Hominídeos - Curso do Edilson

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EVOLUÇÃO HUMANA
ETAPAS PRINCIPAIS NA EVOLUÇÃO HUMANA
Australopithecus sp - adaptaram-se ao meio
Homo erectus - fabricaram utensílios e ferramentas
Homo sapiens - dominaram o habitat, devido sua capacidade intelectual.
HOMINÍDEOS
Homo habilis (Australopithecus habilis)
Homo ergaster
Homo erectus
Homo neanderthalensis
Homo sapiens
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DOS HOMINÍDEOS
Postura ereta, locomoção bípede no solo, capacidade craniana superior à de outras famílias aparentadas e
dentes pequenos, com caninos não especializados.
Ramapithecus
Em 1932 o paleontólogo inglês G. E. Lewis descobriu nas colinas de Siwalik, na Índia, restos de mandíbulas
e dentes de um primata que apresentava caracteres evolutivos diferenciadores. O Ramapithecus, nome
que se lhe deu, foi considerado o elo entre os antropóides e os hominídeos evoluídos, mas algumas teorias
discordam da afirmação e associam esse gênero à evolução do orangotango.
Australopithecus
Em 1924, ao ser dinamitada uma pedreira em Taung, na África do Sul, encontrou-se por acaso um pequeno
crânio com alguns traços do chimpanzé, embora prevalecessem outras características que apontavam uma
clara linha de hominização. Esse fóssil, o Australopithecus africanus, conhecido como Baby Dart, em
virtude dos estudos que lhe dedicou o paleontólogo inglês Raymond Arthur Dart, carecia da viseira
frontal própria dos macacos antropóides, tinha uma capacidade craniana de 500cm 3 (que, na idade adulta,
teriam chegado a 600 ou 700cm3) e uma dentadura com apenas dois caracteres gorilóides, nenhum
próprio do chimpanzé e vinte comuns com o homem.
Homo habilis
Em 1960 descobriu-se em Olduvai Gorge, na Tanzânia, uma mandíbula infantil com os parietais, uma
clavícula e alguns ossos da mão e do pé, rodeados de objetos de pedra. Embora tais restos estivessem
num nível de solo inferior ao de fósseis do Australopithecus robustus, seus traços anatômicos levaram à
sua classificação dentro de uma nova espécie, mais evoluída: a do Homo habilis, assim denominado em
1964 por L. S. B. Leakey. Os espécimes mais recentes de H. habilis têm aproximadamente 2 milhões de
anos.
Homo erectus
Em consonância com as teorias de Darwin, o naturalista alemão Ernst Haeckel já afirmava que certamente
existiria um ser metade macaco (pithecos) e metade homem (anthropos). Em 1891, o cientista holandês
Eugène Dubois procurou e achou em Trinil, na ilha de Java, o tipo que denominou Pithecanthropus erectus.
Era um ser totalmente bípede, com capacidade craniana de 900 cm3, quase o dobro da de seu ancestral, o
Australopithecus, mas com a fronte, as órbitas e as mandíbulas semelhantes às dos macacos antropóides.
A antiga denominação, que compreendia também o chamado homem de Pequim, foi substituída pela de
Homo erectus.
Mais tarde se localizaram outros fósseis semelhantes a esse na Europa (homem de Heidelberg) e na
África (Atlanthropus). Tais variedades da espécie genericamente Homo erectus tiveram, segundo as
diversas hipóteses paleontológicas, um período de duração variável, entre 1,6 milhões a 130.000 anos
atrás.
Homo sapiens
Eram indivíduos de caixa craniana e rosto grandes, que teriam vivido no sul e no centro da Europa, assim
como no Oriente Médio, entre 100.000 e 35.000 anos atrás. Supõe-se que o desaparecimento do homem
de Neandertal resultou do predomínio da outra subespécie, o homem de Cro-Magnon, que procedia do
Oriente. Os primeiros fósseis de Cro-Magnon (localidade do sul da França) têm cerca de 32.000 anos,
mas é provável que tenham penetrado na Europa antes dessa data. Outra hipótese atribui a extinção do
homem de Neandertal ao cruzamento entre as duas subespécies. Os dois tipos de esqueletos foram
encontrados, praticamente juntos, no monte Carmelo, em Israel.
O pleistoceno, que abrange o último 1,6 milhão de anos, caracterizou-se pelas cinco glaciações sucessivas
que ocorreram sobre a Terra, intercaladas por quatro intervalos mais brandos. O homem atual, frágil e de
corpo relativamente desprotegido, apareceu entre as duas últimas glaciações. Em suas deficiências
físicas encontrou o desafio que seu grande cérebro enfrentou com êxito: aperfeiçoou a proteção contra
as dificuldades e ameaças da natureza e inventou instrumentos para, de diversas maneiras, dominarem o
ambiente e diversificar suas condições de vida.
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EXERCÍCIOS
1. (Enem 2005) Foi proposto um novo modelo de
evolução dos primatas elaborado por matemáticos e
biólogos. Nesse modelo o grupo de primatas pode ter
tido origem quando os dinossauros ainda habitavam a
Terra, e não há 65 milhões de anos, como é
comumente aceito.
Examinando esta árvore evolutiva podemos dizer que a
divergência entre os macacos do Velho Mundo e o
grupo dos grandes macacos e de humanos ocorreu há
aproximadamente
a) 10 milhões de anos.
b) 40 milhões de anos.
c) 55 milhões de anos.
d) 65 milhões de anos.
e) 85 milhões de anos.
2. (G1 - cps 2004) Observe:
Com base na charge, no esquema e nos conhecimentos
das ciências NÃO é possível afirmar que
a) o Homem e o chimpanzé tiveram ancestral comum.
b) o Homem controla em parte o ambiente em que vive.
c) o homem descende diretamente do macaco.
d) os genes do homem e de seus ancestrais subhumanos são formados pelos mesmos tipos de
substâncias.
e) os filhotes dos macacos e dos humanos mamam e
apresentam temperatura corporal constante.
3. (Mackenzie 2001) A respeito da história evolutiva
do homem e do macaco, considere as afirmações.
I - O homem evoluiu a partir do macaco.
II - Homem e macaco são aparentados no nível de
ordem.
III - Homem e macaco descenderam de um mesmo
ancestral.
Assinale:
a) se somente I for correta.
b) se somente II for correta.
c) se somente III for correta.
d) se somente I e II forem corretas.
e) se somente II e III forem corretas.
4. (Ufpe 2000) Em relação à evolução do Homem,
avalie as seguintes proposições.
(01) O Gênero 'Homo' tem como ancestrais os
Australopitecos.
(02) Os primeiros homens anatomicamente idênticos
ao homem atual, provavelmente, surgiram há mais de
500.000 anos.
(04) Todos os fósseis atribuídos a ancestrais do
Homem são de gêneros diferentes.
(08) O desenvolvimento da capacidade de comunicação
propiciou a evolução cultural.
(16) O 'Homo sapiens' descendem diretamente dos
chimpanzés e gorilas.
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5. (Ufpr 2003) Admite-se que, há cerca de 5 milhões
de anos, a linha evolutiva da qual se originou a espécie
humana separou-se da dos demais macacos
(chimpanzés e gorilas). A revista "Veja" de
17/07/2002 comenta que nos limites do deserto do
Saara foi descoberto um hominídeo com cerca de 7
milhões de anos. Tal achado fóssil desloca para trás
essa divergência evolutiva em cerca de, pelo menos, 1
milhão de anos. Surpreende também por revelar que o
crânio
desse
hominídeo,
batizado
como
'Sahelanthropus
tchadensis',
apresenta
características quase idênticas às dos chimpanzés no
formato e no tamanho (parte posterior), associadas
com características só encontradas em ancestrais
humanos mais recentes, tais como no 'Homo habilis',
os quais apresentam menor projeção da mandíbula e
sobrolhos bem marcados. Esses estudos permitem
reavaliar e entender melhor certos ramos da evolução
humana repensando o raciocínio básico sobre a
evolução das espécies, que interpreta que fósseis
recentes refletem também estágios evolutivos mais
recentes. Sobre o tema, assinale a(s) alternativa(s)
correta(s).
(01) O 'Homo habilis', que surgiu de uma espécie de
'Australopithecus', viveu na África por mais de 500
mil anos e foi o primeiro hominídeo a usar
instrumentos para fins específicos.
(02) Os 'Australopithecus', que viveram na África
entre 3,8 e 3,5 milhões de anos atrás, encontram-se
extintos.
(04) As espécies 'afarensis', 'africanus' e 'robustus'
pertencem ao gênero 'Homo'.
(08) Os 'Australopithecus' viviam nas savanas
africanas, exibiam posição ereta e possuíam cérebro
pouco maior que o dos chimpanzés.
(16) Acredita-se que os primeiros seres humanos 'Homo sapiens' - surgiram a partir de um grupo
populacional de 'Homo erectus'.
6. (Ufsc 2006) Os ossos do pé de alguns dos mais
antigos
europeus,
segundo
estudos
do
paleoantropólogo americano Erik Trinkaus, da
Universidade Washington, em Saint Louis, possuem
alterações sugerindo que os primeiros calçados
começaram a ser usados há cerca de 30 mil anos. Foi
nessa época que os sapatos se tornaram mais rígidos
do que um simples pedaço de pele usado para
esquentar os pés. E também começaram a ser usados
por um período muito maior, com mais efeitos sobre os
dedos. O fato é que, como seria de esperar, quem não
usa sapatos tem uma pisada mais "espalhada",
ganhando um dedão ligeiramente mais robusto. Além
disso, os dedos do meio do pé crescem e se
fortalecem mais nas pessoas que andam descalças.
Medindo cuidadosamente as falanges dos dedos de
povos modernos e hominídeos, que vão de neandertais
com mais de 100 mil anos ao Homo sapiens com pouco
menos de 20 mil anos, o pesquisador descobriu
diferenças bastante claras, que aparentemente
confirmam a hipótese dos "dedos do meio".
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos de
morfologia dos sistemas orgânicos e de evolução,
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) É provável que o aspecto dos pés de quem anda
descalço por toda a vida seja herdado por seus
descendentes.
(02) Ao caminhar descalço, além dos ossos, também os
músculos e tendões dos pés sofrem modificações.
(04) Apesar de não ter sido citada no texto, a pele do
calcanhar daqueles povos, antes dos calçados, devia
ser mais espessa, num fenômeno de queratinização das
células epiteliais.
(08) Os dedos do pé apresentam três falanges.
(16) Em virtude de anos de uso de calçados, se a
humanidade os abandonasse não haveria retorno ao
modelo de pé descrito no texto acima, pois as
alterações sofridas são permanentes.
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