NESTA EDIÇÃO Confira a opinião dos nossos colunistas

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NESTA EDIÇÃO
Confira a opinião dos nossos colunistas
Marileia Scartezini
Farmacêutica Bioquímica, Mestre em
Bioquímica, Doutora em Genética (UFPR)
Pós-Doutora em Hipercolesterolemia
Familiar- University College London-UK.
Consultora Científica em Dislipidemias
da SBAC.
“Jejum flexível para a dosagem do perfil
lipídico”, pág. 6
Ligia Maria Mussolino Camargo
Sócia da empresa Décio Camargo Ltda,
professora de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da Academia
Santarritense de Letras.
“Um Rio Chamado Francisco”,
pág. 8
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto-SP
“Biologia médica do câncer humano”,
pág. 14
A Opinião dos colunistas são de
sua própria responsabilidade .
O leitor pode escrever ou manifestar sua opinião conversando com os mesmos através de
seus emails.
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do
Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão.
“Brasil deu seu recado nas urnas”,
pág. 22
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
“BIOMEDICINA 50 ANOS”, pág. 24
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“O lado positivo da ‘aventura’ da
Theranos”
pág. 28
Na próxima edição, leia o artigo “SÉRIES DE
INTERPRETAÇÕES DOS EXAMES BÁSICOS PARA AVALIAÇÃO DA DEFESA E OXIGENAÇÃO”, escrito pela
Dra. Maria de Lourdes Pires Nascimento - MD,
Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBa, MD
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Nós
desejamos
a todos um excelente
Natal e que os
propósitos para um
Novo Ano se concretizem
positivamente.
Todos nós queremos um
país mais justo e próspero.
Que nossos esforços não se
transformem em
sacrifícios vazios.
Paz, saúde e
espírito de grandeza
humana.
Entrevista
Câncer de próstata: exame de sangue pode
substituir o toque retal?
PSA e exame de toque retal são complementares e indispensáveis para o rastreamento do câncer
de próstata, que acomete 1 em cada 6 homens acima dos 50 anos
O segundo câncer mais comum entre os homens em
todo o mundo – atrás apenas do de pele não-melanoma – é o
câncer de próstata, e suas taxas de incidência são crescentes
no Brasil. Para disseminar ainda mais as recomendações
para a detecção precoce do câncer de próstata ,o médico
patologista clínico, professor da Escola Paulista de Medicina
e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/
Medicina Laboratorial, Adagmar Andriolo, esclarece aspectos
importantes durante a fase de investigação da doença como,
por exemplo, se o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático
Específico) pode substituir o toque retal? (Respostas abaixo).
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou que o ano
de 2016 registraria 61.200 casos novos de câncer de próstata,
o que corresponde a um risco estimado de 61,82 casos
diagnosticados a cada 100 mil homens. De acordo com o Inca,
as significativas mudanças sociais e econômicas das últimas
décadas têm influenciado o aumento nas taxas de incidência
da doença, pois a expectativa de vida dos brasileiros está
aumentando, assim como os métodos diagnósticos estão em
plena evolução.
Quais são os sintomas mais frequentes do câncer de
próstata?
O câncer de próstata em estágio inicial praticamente
não possui sintomas, mas em estágio avançado pode causar,
por exemplo: micção frequente; fluxo urinário fraco ou
interrompido; impotência; presença de sangue no líquido
seminal; dor ou ardor durante a micção; fraqueza ou
dormência nas pernas ou pés e perda do controle da bexiga ou
intestino, devido a pressão do tumor sobre a medula espinhal.
O paciente pode, ainda, sentir dores nas costas, quadris, coxas,
ombros ou outros ossos, nos casos nos quais a doença já se
encontra muito avançada.
Quais são as recomendações para a detecção precoce do
câncer de próstata?
Recomenda-se que todos os homens com mais de 50 anos
façam o exame digital da próstata, pois em cada seis homens
acima dos 50 anos, um é acometido pela doença. Entretanto,
a maior prevalência do câncer de próstata ocorre em homens
com mais de 60 anos. Em cada 10 casos diagnosticados, o
paciente possui mais de 65 anos em seis deles. Aqueles que
possuem um alto risco de desenvolver a doença são os que
têm um parente de primeiro grau (pai, tio, irmão) que teve
diagnóstico de câncer de próstata antes dos 65 anos. Neste
Dr. Adagmar Andriolo
caso, aconselha-se que a investigação seja feita
a partir dos 45 anos e dos 40 anos para aqueles
com mais de um parente de primeiro grau
diagnosticado em idade precoce.
Quais são os exames/métodos mais eficazes
para a detecção do câncer de próstata?
O exame digital da próstata (toque retal) e a
dosagem sanguínea do PSA (Antígeno Prostático
Específico) são os procedimentos básicos e
complementares para o início do rastreamento.
Na sequência, deverá ser avaliada a necessidade
de exames de imagem como Ultrassonografia
Transretal, Cintilografia Óssea, Tomografia
Computadorizada, Ressonância Magnética e/ou
Varredura ProstaScint. Dependendo dos resultados,
o médico pode indicar a realização de biopsia para
fazer a graduação pelo sistema de Gleason.
Com o PSA, é possível dispensar o exame
pela via retal?
Não. Com o toque, pequenos tumores
podem ser percebidos e, muitas vezes, não são
detectados pelos níveis do PSA. Com a realização
de ambos, cerca de 90% dos casos de câncer são
detectados. O PSA é um biomarcador imperfeito,
pois a dosagem do PSA para todos não está
isenta de acarretar falsos diagnósticos e excesso
de tratamento cirúrgico. Por isso, a tendência
atual é fazer uma seleção mais rigorosa dos
indivíduos que precisam ser testados, incluindo
os que apresentam história familiar de câncer
de próstata com evolução rápida e aqueles nos
quais o ultrassom e a biópsia mostrem alterações
significativas.
Apesar de não ser um biomarcador ideal, o
PSA representa a mais bem sucedida experiência
de utilizar um marcador sorológico de neoplasia
em escala mundial. O seu uso criterioso, junto
com outros recursos como o exame de toque
retal, tem contribuído para o diagnóstico precoce
e adoção de tratamento adequado dos pacientes
e, principalmente, tem ajudado a salvar muitas
vidas.
O intervalo entre os exames de rastreamento
depende dos resultados do PSA:
Os homens com PSA < 2,5 ng/ml a cada dois anos.
Anualmente para os homens cujo nível de
PSA é ≥ a 2,5 ng/ml.
O exame de toque retal ainda sofre
preconceito?
Sim, por isso aproveitamos a campanha
Novembro Azul em prol da conscientização sobre
o câncer de próstata para disseminar a importância
do exame de toque para o diagnóstico eficaz. Esse
tipo de exame pode ser desconfortável para o
paciente, mas é rápido e não provoca dor.
A comunidade médica tem discutido
possibilidades de melhorar ainda mais os
procedimentos para a detecção do câncer de
próstata?
Sim, existem vários estudos em andamento
propondo a utilização de outros marcadores e
até mesmo de variantes do próprio PSA, como o
P2PSA que possui maior efetividade. Ainda sobre
a detecção de câncer, de 07 a 10 de setembro do ano
que vem, terei a honra de presidir o 44º Congresso
da Sociedade Internacional de Oncologia e
Biomarcadores (ISOBM, em inglês), que ocorrerá
no Rio de Janeiro. Será o primeiro Congresso
desta Sociedade a ser realizado na América Latina
e, sem dúvidas, uma grande oportunidade para
que sejam discutidos temas relacionados com o
diagnóstico e monitorização do câncer de próstata
e de outros processos neoplásicos.
Esclarecimento
SBPC/ML esclarece equívocos sobre exames laboratoriais
Exemplos de mau uso dos recursos diagnósticos são consequências e não causas da precarização da
prática médica no país, ressalta Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
Alegações sobre desperdício de exames são
frequentemente apontadas como causa de grandes
distorções e aumento dos custos no sistema de saúde
brasileiro, como artigo assinado por Drauzio Varella
dia 26/11, na Folha de S.Paulo (Título: “Desperdício
nababesco”). Porém, a Sociedade Brasileira de Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), mais uma vez,
refuta a visão simplista e os dados sem embasamento que
acabam desqualificando para a sociedade a importância
dos pedidos de exames.
Cerca de 70% das decisões médicas se baseiam em
resultados de exames laboratoriais, o que demonstra sua
importância na cadeia assistencial. Quando bem indicados
e corretamente interpretados, os exames laboratoriais
auxiliam de forma significativa a realização do diagnóstico
e reduzem os novos pedidos de procedimentos mais
complexos, mais invasivos e mais caros.
O “grande número de laudos não retirados” e a
“grande quantidade de resultados que caem dentro da faixa
de normalidade”, a partir da amostragem de solicitações,
são justificativas do desperdício comumente mencionadas
por profissionais do setor através da mídia. Entretanto a
alta quantia de exames com resultados normais não pode
ser vista como indicador de que os exames estejam sendo
solicitados sem necessidade. “Em tempos de medicina
preventiva, somados à malfadada medicina defensiva,
é de se esperar que exames com finalidades de excluir
potenciais problemas sejam incluídos às listas de exames”,
diz o presidente da SBPC/ML, Alex Galoro.
Galoro lembra ainda que exames como a dosagem
da glicemia, para o diagnóstico de diabetes; sorologia,
para HIV; e PSA, para o câncer de próstata, apresentam
frequentemente resultados normais, mas são
extremamente necessários. “O exame seria
desnecessário se o seu resultado não interferisse
na conduta clínica, independentemente de ser
normal ou alterado”, completa.
Quanto ao excesso de laudos, não há dados
consistentes que comprovem este excesso e nem
que o mensure de acordo com as respectivas áreas de
especialidade: Patologia Clínica/Medicina Laboratorial,
Radiologia e Imagem e Anatomia Patológica.Há que
se levar em consideração que os resultados críticos e
determinados exames são comumente informados ao
médico por telefone e/ou internet (procedimento padrão
nos laboratórios clínicos), ou seja, sem a necessidade do
laudo impresso.
A SBPC/ML questiona a informação já
divulgada pela mídia de que 30% dos exames não
são sequer retirados e reforça que nos laboratórios
de patologia clínica associados à entidade, este
dado não chega a 5%. Os gastos em saúde com
as práticas da Medicina Laboratorial, segundo
dados de literatura científica, não ultrapassam 3%
do total de gastos em saúde, em contrapartida,
a especialidade médica responde por 70% das
decisões clínicas do país.
A SBPC/ML não nega que há necessidade de
melhorias para o uso racional de procedimentos
médicos no país, mas os motivos para isso são bem
mais amplos do que as justificativas frequentes e,
muitas vezes, infundadas relatadas por agentes do
setor.
De acordo com Galoro, outros números
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são bem mais críticos e realmente responsáveis
pelos problemas estruturais da saúde brasileira,
como o número de escolas médicas recentemente
autorizadas a funcionar pelo Governo; a
quantidade de pacientes que os médicos devem
atender para que sua atividade se mantenha viável;
o número de agentes atualmente interpostos entre
o médico e o paciente, entre outros.
“Entendemos que focar qualquer discussão
nos efeitos, apenas nos traz a sensação de
impotência, incompetência e ineficiência. Focar
nas causas, por sua vez, trará uma melhor visão
dos reais problemas e nos iluminará o caminho
para uma solução”, diz.
Para a SBPC/ML, uma mudança que
contribuiria para otimizar a utilização dos recursos
do setor seria a aproximação dos Patologistas
Clínicos de outros especialistas. Os Patologistas
Clínicos são profissionais habilitados para participar
das indicações e interpretações laboratoriais em
conjunto com os demais especialistas.
No modelo assistencial atual, não há ingerência
dos profissionais de laboratórios sobre os pedidos
médicos, distanciando as práticas clínicas das
evidências laboratoriais e contribuindo para a
utilização com menor racionalidade. Da mesma
forma, a falta de protocolos e diretrizes clínicas, a
pequena aderência às diretrizes existentes e a baixa
importância e tempo dedicados na graduação
médica, para a Patologia Clínica, contribuem para
este distanciamento e uso inadequado dos exames
laboratoriais.
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Opinião
Jejum flexível para a dosagem do perfil lipídico
Profª Dra. Marileia Scartezini
Farmacêutica Bioquímica, Mestre em
Bioquímica, Doutora em Genética (UFPR)
Pós-Doutora em Hipercolesterolemia
Familiar- University College London-UK.
Consultora Científica em Dislipidemias
da SBAC.
[email protected]
A orientação de tornar flexível o tempo de jejum
para a realização do perfil lipídico: Colesterol total
(CT), HDL-C, não-HDL-C, LDL-C e triglicérides
(TG) nos laboratórios foi indicada pelas Sociedades
Brasileiras de: Cardiologia (SBC), Análises Clínicas
(SBAC), Patologia Médica/Medicina Laboratorial
(SBPC/ML), Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e
Diabetes (SBD).
As evidências científicas demostraram que a coleta
de sangue para medir o perfil lipídico depois de uma
refeição é mais adequada para refletir a situação
metabólica habitual do paciente. Nessa condição, pósprandial, o Colesterol total e suas frações não se alteram
porque não dependem do jejum, já mencionado na V
Diretriz de Dislipidemias em 2013. Os triglicérides,
na coleta de amostra sem jejum, irão sofrer pequenas
alterações em indivíduos normais, considerando uma
refeição usual sem sobrecarga em gordura, sendo o valor
desejável < 175 mg/dL. Teremos grandes alterações
quando existe comprometimento de alguns órgãos ou
alterações genéticas no metabolismo dos triglicérides.
Quando o valor do TG estiver elevado no estado
pós-prandial o risco cardiovascular aumenta. Para a
cardiologia clínica esse tipo de teste é considerado
como um “novo parâmetro” para avaliar o risco de o
paciente desenvolver doença cardiovascular.
Situações em que o paciente coletar a amostra sem
jejum e estiver com os níveis triglicérides > 440mg/
dL ou em recuperação de hipertrigliceridemia severa,
é recomendado ao médico solicitante a prescrição de
uma nova avaliação de TG com jejum de 12h e será
considerado um novo exame de TG pelo laboratório
clínico.
A decisão para flexibilizar o jejum nos laboratórios
teve como base as Diretrizes Europeias da Federação
Europeia de Química Clínica e Medicina Laboratorial
e da Sociedade Europeia de Aterosclerose (2016).
Essa Diretriz analisou diversos estudos realizados
por pesquisadores da Universidade de Copenhague,
envolvendo 300.000 pacientes de países como Canadá,
Estados Unidos e Dinamarca. Ficou demonstrado
não haver alterações significativas para o exame dos
triglicérides entre os grupos de pacientes com jejum
quando comparados com os pacientes sem jejum prévio,
em adultos, crianças e adolescentes.
Estas alterações em relação ao jejum e os valores
referenciais do perfil lipídico foram publicadas, no
dia 05/12/16, no documento oficial das Sociedades
como “Consenso Brasileiro para a Normatização
da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico”
e divulgadas pelas equipes de comunicação das
Sociedades. Também, está em publicação um artigo
na revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia da
SBC como “Posicionamento sobre a flexibilização do
Jejum para o Perfil Lipídico” e será permitido que as
revistas das Sociedades possam publicar também esse
artigo. Será importante para que possamos atingir os
associados, os Laboratórios clínicos e os médicos das
Sociedades envolvidas com a elaboração do documento
de consenso, indicando as recomendações para atuarem
frente à flexibilização do jejum para o perfil lipídico.
A terceira publicação reportando essas alterações em
relação ao jejum e os valores referenciais do perfil lipídico
será na Atualização V Diretriz de Dislipidemias de 2016.
É importante confirmar que como critério
diagnóstico o tempo de jejum preconizado para a
glicemia é de oito horas. No entanto, a coleta de amostra
no laboratório em tempo aleatório pode beneficiar de
modo relevante pacientes diabéticos, idosos e crianças
que não suportam jejum prolongado.
Existe uma preocupação com a questão de
interferência quando o TG está elevado nas técnicas
laboratoriais que não usam a plataforma de “química
seca” ou “UV”. Lembrar que o jejum de 12h será
mantido quando os níveis de TG estiverem elevados
(>440mg/dL).
É recomendado avaliar o LDL-C sem jejum
utilizando a Fórmula de Martin (Martin SS et al. JAMA
2013; 310(19):2061-8.), ou a dosagem direta. Esse
artigo indicado está disponível no site da SBAC e da
SBPC/ML.
O cálculo do LDL-C pela formula de Friedewald
é subestimado quando o TG está elevado e deixase de tratar o paciente pela interferência do TG. Na
formula original se utiliza o fator 5 para dividir o TG
que corresponde ao VLDL-C. O estudo de Martin com
1.350.908 crianças, adolescente e adultos sugerem a
correção da formula de Friedewald, utilizando como
referência a ultracentrifugação. Os cálculos estatísticos
definiram diferentes divisores para o valor de TG que
permitem estimar com maior fidedignidade os valores
de VLDL-C. Para obter estes divisores depende-se
da concentração do não-HDL-C e da concentração do
TG da amostra do paciente. Com este novo divisor (x)
aplica-se a fórmula: LDL-C= CT – HDL-C – TG/x,
onde x varia de 3,1 a 11,9. Isto significa que podemos
calcular o LDL-C com valores de TG na amplitude de
7mg/dL - 13.975 mg/dL com seus respectivos fatores.
A correção traz um benefício importante nas situações
de não poder usar a formula com TG> 400 mg/dL, quer
seja na coleta sem jejum ou com jejum.
Será muito importante incluir o cálculo do nãoHDL-C no laudo do laboratório junto aos demais
resultados do perfil lipídico para adultos, pois os níveis
de triglicérides não interferem no seu cálculo e será
necessário para aplicar a fórmula de Martin.
Com o jejum flexível para o perfil lipídico os
resultados no laudo laboratorial devem ser interpretados
conforme a indicação do exame, o estado metabólico e
o alvo terapêutico de acordo com o risco estratificado
pelo médico.
O objetivo da elaboração do documento de Consenso
entre as sociedades é para uniformizar a flexibilização
do perfil lipídico nos laudos dos laboratórios, em
todo território nacional. Espera-se que o médico e o
laboratório clínico estejam com as mesmas orientações
para informar ao paciente, para dosar o perfil lipídico.
Inovação
Teste inédito de câncer de próstata
traz resultados mais específicos
A Beckman Coulter inovou ao lançar um poderoso
teste para auxiliar no diagnóstico de câncer de próstata:
o p2PSA. A ferramenta é inédita e capaz de reduzir o
número de biópsias negativas e proporcionar decisões
mais confiáveis, em questão de minutos. A ideia é tornar
o processo de diagnóstico mais rápido através de um
exame de sangue mais simples e, consequentemente,
diminuir o número de biópsias desnecessárias e
melhorar os índices de diagnóstico na fase inicial da
doença.
“O sistema de saúde terá uma economia enorme com
o p2PSA, pois com ele um alto número de procedimentos
cirúrgicos desnecessários será evitado. O p2PSA diminui
bastante as condições de falsa positividade do teste, isto
significa maior segurança ao paciente; e uma economia
importante para o sistema como um todo”, explica o Dr.
Nairo M. Sumita, médico e Diretor Científico da Sociedade
Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial
(SBPC/ML).
Com base no documento World Cancer Report
2014 da International Agency for Research on Cancer
(Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS), é
inquestionável que o câncer é um problema de saúde
pública. A estimativa para o Brasil, biênio 2016-2017,
aponta a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos
(61.200 casos).
“Existem várias possibilidades para esse aumento.
Acredita-se que a mais plausível é a genética, já que
essa mutação pode ser transmitida entre a família. Existe
também a questão relacionada ao ambiente, isso interfere
muito no aparecimento da doença como, por exemplo, o
uso do cigarro relacionado ao câncer de pulmão. Não é uma
correlação absoluta, mas existem estudos que mostram esse
elo entre os hábitos dos seres humanos e a incidência com
alguns tipos de câncer, e o de próstata pode ser que esteja
nesse contexto de mudanças de hábitos e alimentação”,
considera o Dr. Sumita.
Percepção masculina em relação
ao câncer de próstata
de câncer, sem desconsiderar o de pele não melanoma,
o câncer de próstata aparece em primeiro lugar como
mais frequente em homens, representando 28,6%
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A Sociedade Brasileira de Urologia divulgou uma
pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, em 2012,
sobre a percepção masculina em relação ao câncer de
próstata e constatou que apesar de 76% dos entrevistados
terem ciência deste tipo de detecção, somente 32% já
fizeram o exame. Os números são mais alarmantes no
nordeste, pois apenas 36% dos homens vão ao urologista,
e na população de classe D/E, onde 74% nunca fez o
exame de toque.
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Opinião
Ligia Maria Mussolino
Camargo
Sócia da empresa Décio
Camargo Ltda, professora
de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da
Academia
Santarritense de Letras
[email protected]
Falar de um Rio é falar de VIDA, é falar da existência do ser
humano na TERRA assim falar de rios brasileiros é falar do POVO
brasileiro.
O Brasil é o país que possui a maior biodiversidade do planeta,
biodiversidade é a diversidade da natureza, ela fala da riqueza e da
variedade do mundo natural.
O Brasil tem inúmeráveis Bacias Hidrográficas, que compreendem o rio e seus afluentes, assim temos a Bacia do rio São Francisco,
do Amazonas, do Tietê entre muitas outras.
Infelizmente, muitos desses rios estão poluídos com suas margens
e seus afluentes devastados, alguns quase mortos.
É isso o que acontece, por exemplo, com o rio São Francisco, o
Velho Chico, como é carinhosamente chamado ou o rio da Integração
Nacional são alguns nomes que ele recebe ao longo de sua caminhada.
Lembro-me, ainda no curso primário, de minhas incansáveis mestras
ensinando-nos a respeito dos rios brasileiros e seus afluentes. Muito
tempo depois pude conhecer sua majestosidade, quando visitei Sergipe.
Sempre me preocupei com a Natureza, é triste ver o rio São Fran-
“Um Rio Chamado Francisco”
cisco sendo devastado, a “Cachoeira de Paulo Afonso” com diversas
barragens para produzir energia e deixar a Natureza sem opção. E agora a transposição do rio.
É o que tristemente vimos acontecer!
Assistindo à novela “Velho Chico”, que é uma ficção, creio que a
novela atinge seus objetivos ao mostrar a degradação do meio ambiente, de tal modo que o rio torna-se um personagem importante, se não o
mais importante do enredo.
Algumas características físicas do Rio da Integração Nacional, o
qual que recebe este nome porque integra cinco estados (Mina Gerais,
Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas) e passa por 521 municípios.
Sua extensão é de 2811 km., com 1371 km. navegáveis. Uma riqueza
imensurável capaz de interligar esses estados todos. Tem ainda cento
e setenta afluentes, sendo um enorme potencial para a economia para
a cultura e para a sociedade como um todo. De acordo com estudos
recentes, o uso da malha fluvial, o uso dos rios, poderia reduzir 40% a
50% o custo da movimentação de carga.
O plano de transposição do rio São Francisco é um projeto complexo e arrojado, de deslocamento de parte das águas do rio São Francisco.
É um projeto polêmico, porque possui muitos pontos negativos e outros
positivos. Positivo haverá água suficiente para o povo que vive nas áreas
áridas e semi-áridas do Nordeste. Negativos: Impacto ambiental causado pela transposição, racionamento de água. Existem muitas dúvidas se
a obra será bem sucedida, pois ela poderá resultar na morte do rio, que
já possui problemas suficientes causados pelo ser, chamado humano.
De acordo com ambientalistas e cientistas, a melhor maneira e a
menos agressiva para minimizar a seca nas regiões do Nordeste brasilei-
ro seriam a construção de poços, para captação de água de lençol freático, além de reservatórios para coleta da água da chuva. Constituem métodos mais baratos, beneficiam diretamente a população e não agridem
o rio nem o meio-ambiente, nem dão margens a obras superfaturadas.
O projeto de transposição prevê a construção de 720 mil metros
de canais que irão transferir água do São Francisco para abastecer açudes e rios que desaparecem na seca.
Em São Paulo também existe um plano para transposição do rio
Itapanhaú, cuja finalidade é alimentar o rio Tietê, esse plano também
não dimensiona o impacto dessa decisão, que atingirá importante parte
da Mata Atlântica. É a biodiversidade novamente destruída!
Existe possibilidade de recuperação desses rios? Especificamente,
do rio São Francisco, que aqui abordamos. Alguns estudiosos e pesquisadores dizem que sim, outros que não categoricamente. Mas, até que
ponto irá esta recuperação? Será uma recuperação total, com a volta da
pureza e cristalinidade das águas, com as margens e os afluentes recuperados e com a volta da fauna e da flora, como que existiam antigamente?
É muito difícil acreditar. O projeto de revitalização do rio São Francisco,
algo mais que essencial, pouco avançou, o tratamento efetivo do esgoto
industrial e urbano das cidades, que beiram o rio, deveria ser prioridade
número um da revitalização e, infelizmente, nada foi feito.
Nós, brasileiros, precisamos conhecer os nossos recursos naturais,
nossa biodiversidade, a importância de nossa Natureza frente a nós
mesmos e frente ao contexto mundial. Meio-ambiente deveria, sim,
ser matéria do currículo escolar.
No rio São Francisco, no Velho Chico, vejo e revejo todos os rios
brasileiros, a eles e aos povos ribeirinhos meu preito de amor e respeito.
o mercado atual
LumiraDx inicia a comercialização do novo sistema de
química seca SPOTCHEMTM EZ SP-4430
A LumiraDx uma multinacional dinâmica e inovadora, lançou no Congresso Brasileiro de Patologia Clínica o equipamento SPOTCHEM EZ SP-4430, analisador bioquímico portátil,
totalmente automatizado para amostras de sangue total, soro ou
plasma, com tecnologia por química seca.
Focando o segmento de POCT (Point of Care Testing) do
mercado diagnóstico brasileiro, o SPOTCHEM EZ SP-4430 irá
proporcionar a realização de testes individuais de bioquímica,
bem como perfis com até seis parâmetros, possibilitando no seu
conjunto, a realização de até nove parâmetros por paciente (painel + três testes individuais).
O equipamento SPOTCHEM EZ SP- 4430 vem preencher
uma lacuna no segmento POCT e agregar valor na resposta diagnóstica rápida e precisa, tão necessária em hospitais e
clínicas, pronto atendimentos, emergências, pronto socorros e
unidades de terapia intensiva.
Característica Gerais:
* Metodologia de reflectometria e ensaios cinéticos
* Micro centrífuga interna
* Baixo volume de sangue total, soro ou plasma
* Medições simultâneas
* Amplo menu de testes:
Testes individuais - ALT, AST, GGT, Amilase, Bilirrubina total,
Creatinina, Frutosamina, Glicose, LDH e Uréia
SPOTCHEMTM
EZ SP-4430
Painéis de Testes
Painel I (LDH/CPK/ALT/AST/URE/BIL-T)
Painel II (CRE/ ALB/ PT/ Ac. Úrico/ URE)
Painel III (CRE/ ALT/ PT/ FAL/ URE/GLI)
* Auto calibração por cartão magnético
* Resultados disponíveis em até 4 minutos
Pesquisas/ Unifesp
Primeiro caso de glaucoma
congênito decorrente do
vírus zika
Além das lesões oculares – principalmente na retina e no nervo óptico – em bebês infectados pelo vírus zika já reveladas,
um novo problema aumenta o alerta sobre
Síndrome da Zika Congênita e sobre seus
efeitos cada vez mais surpreendentes e devastadores.
Essa é a primeira vez que é descrito na
literatura científica a presença de glaucoma
congênito em um bebê com comprovada infecção pelo vírus zika. Doença rara e grave,
pois pode levar à cegueira permanente, o
glaucoma congênito é caracterizado pelo
aumento da pressão intraocular em crianças
portadoras de má formação nos olhos.
O trabalho, publicado na revista Ophthalmology, da Academia Americana de
Oftalmologia, foi realizado em conjunto
por pesquisadores da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), do Hospital Roberto Santos (Salvador/BA), da Universidade de Yale (EUA) e dos laboratórios da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Evandro Chagas.
Ação rápida para evitar danos
Rubens Belfort Jr., professor do Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), um dos autores do estudo, explica
que a possibilidade de um vírus causar o glaucoma congênito abre novas perspectivas na pesquisa
sobre a Síndrome da Zika Congênita e em outras situações onde não se esperaria haver infecção
viral associada.
8
9
Inauguração
Americana/SP recebe maior fábrica de tubos de coleta
de sangue a vácuo do Brasil
Investimento de 42 milhões visa desenvolvimento do mercado local e a inauguração aconteceu em dezembro
Americana, município localizado a 126 quilômetros
da capital do estado de São Paulo, receberá em dezembro
a mais moderna fábrica de tubos para a coleta de sangue a
vácuo. Com investimento de 42 milhões de reais, a Greiner
Bio-One, colíder mundial da divisão pré-analítica e pioneira em tecnologia de acessórios para a área da saúde, espera
conquistar uma parcela ainda mais abrangente em sua atual
participação de mercado.
Em um importante passo para a indústria brasileira, a
Greiner objetiva melhorar a oferta de produtos no segmento pré-analítico. “Existe um movimento de fortalecimento
no desenvolvimento de fornecedores locais, voltados para o
complexo da saúde, e isso vem de encontro com a macropolítica do atual governo brasileiro”, explica Haroldo Fontes
Graci, gerente geral da Greiner Bio-One Brasil.
Todo esse investimento faz parte da Vision 2020, que define de forma clara os objetivos da empresa para os próximos
anos. Para o Grupo Greiner, o Brasil é fundamental em sua
estratégia de negócios, tanto que o CEO Rainer Perneker,
virá prestigiar o evento. “Continuamos a acreditar no país,
sabemos do potencial de crescimento deste mercado e outros
investimentos virão”, afirma.
O prédio – já construído na região metropolitana de
Campinas – é atualmente a única planta da América Latina
com capacidade para produzir, ao ano, 400 milhões de tubos
para coleta de sangue a vácuo. Com a expansão, a empresa
poderá dobrar essa produção, chegando a 800 milhões de
unidades/ano. O início das atividades está previsto para janeiro de 2017.
O potencial mercadológico paulista
Para Juan Quirós, presidente da Investe São Paulo –
Agência Paulista de Promoções de Investimentos e Exportação -, “A concretização desse investimento mostra o crescimento da cadeia produtiva ligada à Saúde no Estado de São
Paulo. Todo esse processo tem se consolidado nos últimos
meses, principalmente por conta da legislação que hoje permite investimentos estrangeiros no setor”, comenta. O projeto recebe apoio da Investe São Paulo desde 2013.
Uma multinacional voltada ao desenvolvimento local
Da esquerda para direita: Juan Quirós (Presidente da Investe
SP), Omar Najar (Prefeito de Americana), Ingomar Lochschmidt
(Cônsul Comercial da Áustria), Rainer Perneker (CEO do Grupo
Greiner) e Haroldo Fontes Graci (Gerente Geral da Greiner Bio-One do Brasil) / Créditos: Plínio Moraes Jr
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A Greiner Bio-One é uma multinacional que atua na área
da saúde nos segmentos pré-analítico, biociência e diagnósticos. Referência em inovação do desenvolvimento e fabricação dos produtos à qualificação dos funcionários, a empresa tem no somatório de Brasil, Áustria, Estados Unidos,
Alemanha, Hungria e Tailândia, volume de negócios de 388
milhões euros.
O grupo possui mais de 1.800 colaboradores operando
globalmente em 23 filiais e inúmeros distribuidores em mais
de 100 países. A matriz da Greiner Bio-One GmbH, situada
em Kremsmünster, Áustria, é parceira tecnológica de universidades, institutos de pesquisa e das indústrias de diagnóstico, farmacêuticas e de biotecnologia. Com ampla rede de
distribuição, a excelência no atendimento garante resposta
ao consumidor de até 48 horas.
Rankeada na Inspeção de Boas Práticas Internacionais,
a empresa emprega toda a tecnologia criada e desenvolvida
fora do país à sede brasileira, o que garante desenvolvimento
também a âmbito pessoal e regional.
A inauguração aconteceu em 6 de dezembro.
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Debate
Primeiro Encontro Latino-Americano de Point of Care
reúne mais de 180 pessoas em São Paulo
Evento científico multidisciplinar reuniu especialistas nacionais e internacionais
Realizado em São Paulo, o POC Day, primeiro Encontro
Latino-Americano de Point of Care, reuniu mais de 180 participantes e 20 palestrantes nacionais e internacionais, entre representantes de grupos de pesquisa, sociedades médicas, grandes
empresas do segmento e até integrantes de governos da América
Latina. Os testes Point of Care (POC), também conhecidos como
testes laboratoriais remotos, são ferramentas para acessar de maneira rápida informações confiáveis para os profissionais de saúde, contribuindo para melhores resultados clínicos, operacionais
e econômicos.
Segundo Paula Távora, patologista clínica e uma das idealizadoras do evento, o dia de debates foi fundamental para o amadurecimento de uma discussão a respeito do Point of Care na região.
Ela explica que colocar a tecnologia POC em pauta é indispensável
num cenário como o vivido na América Latina.
“Os testes Point of Care estão disponíveis para todas as áreas da medicina, da atenção primária à secundária e terciária. Mais
do que isso, são utilizados em áreas como gerenciamento de epidemias, doenças crônicas, fluxo hospitalar, doenças infecciosas,
toxicologia, cuidado perioperatório, atendimento emergencial e
tratamento intensivo”, ressalta.
Durante o POC Day, especialistas de diversos países latino-americanos apresentaram visões diferentes do uso da tecnologia,
demonstrando experiências e casos de sucesso, além de trazer à
tona discussões sobre acesso e modelos econômicos e regulatório
do Point of Care. Para Paula, a oportunidade de reunir tantas nuances diferentes sobre essas ferramentas é ainda mais fundamental no
momento atual vivido pelos países da América Latina.
“Pegando o Brasil como base, vivemos um momento em
que grandes epidemias, novas e velhas, estão em pauta ao mesmo tempo em que passamos por profundas transformações. Hoje
discutimos com afinco temas como acesso à saúde e a viabilidade
econômica desse acesso, enquanto tentamos nos preparar para o
envelhecimento populacional e o aumento das doenças crônicas
ligadas a essa condição”, aponta.
Com tantos fatores envolvidos, a especialista conta que a tecnologia Point of Care aparece como uma ferramenta do parque
laboratorial existente, não como uma concorrente. Um dos exemplos levantados durante o Encontro foi o combate ao HIV no País.
Com uma população de 206 milhões e 70% de pessoas em idade
sexualmente ativa, seria necessária a realização de 144 milhões de
testes por ano para rastreamento e diagnóstico precoce da doença,
POC Day, que deve acontecer na Colômbia”, finaliza.
algo muito além do possível com os laboratórios existentes.
POC Award - Ainda durante o Encontro Latino-Americano,
foi realizado o lançamento do POC Award – Prêmio Alere Latino-Americano em Pesquisa de Point of Care. Criado pela Alere, multinacional líder mundial no segmento de POC, o prêmio tem como
principal missão promover a geração de mais estudos científicos
sobre a tecnologia na América Latina.
Segundo Luis Gonzalez, diretor médico e científico da Alere LATAM, existem hoje muitas experiências utilizando Point
of Care em vários níveis, mas é de extrema importância que
sejam empreendidos esforços para aumentar o volume e a qualidade dessa produção científica no bloco. A ideia é buscar nesses estudos formas de melhorar a tecnologia para que ela possa
trazer ainda mais benefícios tanto para pacientes quanto para os
sistemas de saúde, fortalecendo essa produção e pesquisa em
nossa região.
“As condições e regras do prêmio ainda serão fechadas e divulgadas, com tópicos, prazos e países participantes, entre outras
informações. Será criada uma junta internacional e independente
para conduzir o prêmio anual já no primeiro trimestre de 2017 e
os trabalhos serão recebidos até o fim do primeiro semestre. Os
melhores trabalhos serão apresentados no final do ano, no próximo
Sobre o Point of Care - Conhecidos como Point of Care (POC), os
testes rápidos são ferramentas que permitem acessar informações com agilidade e possuem aplicações que vão
desde o diagnóstico de HIV e Dengue
até o rastreamento de doenças crônicas
e silenciosas, como diabetes. Esses resultados importantes são obtidos muitas vezes após uma amostra simples de
sangue ou saliva e em até 15 minutos,
dependendo do teste em questão. Por
serem realizados com aparelhos portáteis, os testes Point of Care podem ser
feitos em atendimentos residenciais, o
que ajuda no diagnóstico a tratamento
de pacientes com dificuldades de locomoção.
A tecnologia POC tem ganhado cada vez mais relevância
para diagnósticos rápidos, seja na atenção primária ou na
unidade de emergência para agilizar a tomada de decisão e
descobrir alterações ou acompanhar pacientes que já estão
em tratamento.
A testagem rápida e portátil também é uma aliada na luta pelo
preenchimento de “lacunas epidemiológicas”, chegando a pacientes assintomáticos que não se preocupariam em realizar um exame
em curto ou médio prazo, transformando desinformação em informação. Essa facilidade também atua no acesso ao diagnóstico e
acompanhamento médico em um cenário em que os sistemas de
saúde estão sobrecarregados, como no Brasil.
POC em números - Testes POC podem reduzir para 15 minutos os resultados no departamento de emergência em casos como
os de AVC, quando o tempo médio de resposta fica entre 30 e 50
minutos, ou no diagnóstico de embolia pulmonar, hoje realizado
em 102 minutos. Já o uso para detecção de drogas, o tempo de permanência pode ser reduzido em 27%, em comparação com o teste
de laboratório. Pacientes com insuficiência cardíaca que receberam um teste POC no hospital tiveram o seu tempo de internação
diminuído de 11 para oito dias.
Impulsionada por jovens, nova epidemia de HIV/AIDS não está
descartada”, alerta Fundo PositHiVo
Foi apresentado pelo Ministério da Saúde o novo boletim epidemiológico de HIV/AIDS no Brasil. O novo
relatório apresenta dados ainda mais alarmantes do que
havia conhecimento até o momento. Um dos destaques
da edição anual do documento ficou por conta do aumento do número de jovens infectados pelo HIV/AIDS.
O relatório aponta que o número de pessoas infectadas,
na faixa etária entre 20 e 24 anos, mais do que dobrou desde 2000.
Cenário de HIV/AIDS
Em comparação com o ano passado, dados estatísticos que
acabam de ser divulgados pelo Ministério da Saúde revelam um
cenário ainda mais alarmante. Embora o número de pessoas
diagnosticadas com HIV tenha diminuído, o percentual de
indivíduos infectados aumentou expressivamente. Para se
ter uma ideia, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV
e AIDS de 2015, do Ministério da Saúde, o Brasil tinha 781
mil pessoas infectadas pelo HIV, sendo que 20% delas, aproximadamente, não conheciam o diagnóstico.
o mercado atual
O papel do Zinco na Saúde de crianças e adolescentes
Nas mais diferentes culturas, a alimentação vem passando por
modificações, dentre as quais se destaca o maior consumo de alimentos industrializados em detrimento dos produtos frescos e naturais, o
que acarreta deficiências nutricionais. Especificamente em relação à
ingestão de Zinco, a deficiência encontrada varia de 20% a 35%, predominando nos países menos desenvolvidos.
O Zinco é um microelemento importante para o crescimento celular e o metabolismo. Encontrado no soro sanguíneo totalmente ligado
a proteínas, é considerado fundamental para os processos de crescimento, diferenciação e divisão celular, síntese de DNA, transcrição de
RNA, crescimento do tecido conjuntivo, dentre outras funções.
Em razão das inúmeras funções bioquímicas que o Zinco desempenha no organismo, da necessidade do ser humano em obter esse
micronutriente da natureza e da alta prevalência de deficiência principalmente na faixa etária da infância e adolescência, o reconhecimento
da ingestão e dos níveis de Zinco torna-se extremamente importante
para o bom desenvolvimento e saúde nestas faixas etárias.
A situação de saúde e de nutrição de muitas crianças é preocupante diante do perfil nutricional e morbidade. Existem ain-
da problemas que estão relacionados ao déficit de estatura e às
carências de micronutrientes, e que devem considerar tanto as
características epidemiológicas desses agravos quanto às consequências negativas na saúde e desenvolvimento humano, caracterizando problemática importante de saúde pública. A deficiência nutricional é relativamente comum em associação com a
desnutrição protéica em crianças e adolescentes, especialmente
na ausência de suplementação de Zinco.
O diagnóstico de carência de Zinco pode ser suspeitado a partir
da história clínica da criança ou do adolescente conhecendo-se sua
ingestão alimentar diária. Ainda no contexto da anamnese, é possível identificar queixas relacionadas a doenças ou eventos que estejam
associados à maior utilização ou perda desse micronutriente. O diagnóstico definitivo é feito pela dosagem do micronutriente seja no soro,
plasma ou urina. As concentrações séricas normais de Zinco variam
entre 70 e 115 µg/dL.
A BioTécnica disponibiliza em sua linha de produtos o kit para
dosagem de Zinco, com calibrador incluso e programações disponíveis para diversos analisadores.
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Referências Bibliográficas:
DEL CIAMPO, L. F.; DEL CIAMPO, I. R. A importância do zinco para
a saúde do adolescente; Revista do Núcleo de Estudos da saúde do adolescentes - UERJ. Rio de Janeiro. v. 11, n. 2, abr jun, p. 80-86. 2014.
PEDRAZA, D. F. Saúde e nutrição das crianças assistidas em creches
públicas do município de Campina Grande, Paraíba; Caderno Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. v. 24, p. 200-208. 2016.
MOTTA, V. Bioquímica Clínica para o Laboratório: princípios e interpretações. Médica Missau. Porto Alegre. 4 ed. 2003.
Roscelli Maiolini
www.biotecnica.ind.br
[email protected]
+55 (35) 3214-4646
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Opinião
Biologia médica do câncer humano
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
Acadêmico da ARLC
[email protected]
Livro traz informações breves, objetivas e atualizadas
sobre células tumorais.
O livro ‘Biologia médica do câncer humano’, de Paulo Cesar Naoum e Flavio Augusto Naoum, teve por princípio apresentar breves e objetivas informações sobre as recentes revelações biológicas relacionadas com as células tumorais e com o
câncer, sem, no entanto, cometer o equívoco de defini-las. De
fato, definições sobre origens e causas do câncer, entre outros
conhecimentos que abrangem essa doença, são passageiras à
medida que novas informações científicas e tecnológicas sejam
comunicadas.
A complexidade do câncer humano nos revela, por exemplo, que uma simples célula normal produz cerca de 20.000
proteínas e enzimas diferentes. Quando uma ou mais proteínas ou enzimas se alteram estruturalmente, suas funções
podem se modificar e causar repercussões metabólicas absurdas
nas células.
Essas transformações celulares ocorrem a todo momento
em nosso organismo, mas processos biológicos de preservação das espécies induz a morte das células modificadas, num
processo natural de saneamento biológico para preservar o
tecido ou o órgão.
Entretanto, na conjunção de diversos fatores adversos
às suas funções normais, advindos cumulativamente das
adversidades ambientais, de hábitos pessoais não saudáveis, de
estresse e de doenças crônicas, faz com que as células alteradas
resistam ao saneamento biológico e continuem se transformando silenciosamente no microambiente tecidual. Ao longo
de meses ou de anos, as células modificadas se tornam mandantes funcionais de uma pequena parte do órgão que as contém.
Essa maneira biológica de agir, que se inicia a partir de um
pequeno grupo de células anormais, ao somar milhões de unidades celulares, compõe o tumor primário
Esse pequeno tumor, ao alcançar o tamanho aproximado de
2 milímetros, é capaz de produzir proteínas e enzimas anormais
em quantidades suficientes para emitir sinais biológicos e/ou
patológicos que revelam sua presença. Entretanto, ao atingir o tamanho de 4 milímetros, esses sinais passam a ser mais
evidentes e detectáveis em análises laboratoriais e de imagens.
Ocorre que, para alguns tipos de tumores, associados às
condições orgânicas do portador, o aumento de tamanho de 2
para 4 milímetros acontece num espaço de tempo variável de
poucos meses a muitos anos. Sempre se imaginou que o
câncer provém de um descontrole do crescimento celular,
porém agora se sabe que, paradoxalmente, as células tumorais
são biologicamente controladoras de suas ações e das ações de
células normais em seu entorno, incluindo alguns tipos de células de defesas imunológicas.
Esse domínio das células tumorais promove inter-relações com o microambiente em que estão, facilitando a acomodação anatômica e fisiopatológica do tumor. Para entender os
segredos dos principais tipos de câncer, os autores deste
livro tomaram por base uma relevante pesquisa realizada em
2013, em que foram estudados materiais celulares e genéticos
de 3.284 tumores.
Os resultados dessa pesquisa mostraram que há 294.881
mutações diversas causadoras de cerca de 200 tipos diferentes de câncer. Todas essas mutações têm origem em 125 genes
condutores, os Mut-drivers, todos já bem identificados, dos
quais 71 são genes supressores de tumor e 54 são oncogenes.
Mas há, também, os fatores epigenéticos, motivados por interferências ambientais e dos hábitos pessoais e que comprometem aproximadamente 175 genes, os Epi-drivers, a maioria
ainda não totalmente identificados da forma como agem.
Portanto, é possível imaginar que algo próximo de 300 genes do nosso genoma estão envolvidos na origem dos diferentes tipos de câncer. Destaque-se, também, a complexidade genética de cada tipo de tumor, situação que torna mais
difícil entender a biologia do câncer de cada pessoa. Essa infor-
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mação se fundamenta em que alguns tipos de tumores, como
são os casos do câncer de mama, têm pelo menos 33 mutações
distintas, enquanto que o de próstata tem 41, e o de pulmão, em
geral, tem 310 mutações.
Todas as informações, obtidas em recentes publicações
científicas de periódicos especializados em cancerologia e biologia médica, serviram de base para que fossem apresentados,
discutidos e interfaceados temas sobre a biologia da célula tumoral, a biologia molecular dos genes envolvidos na gênese
tumoral, a genética evolutiva do câncer, a imunologia que controla o desenvolvimento tumoral, a bioquímica molecular
dos processos das vias de sinalização celular que ativam ou
desativam as células tumorais, os alvos moleculares de novos
agentes terapêuticos, os principais exames de marcadores tumorais para diagnósticos de câncer em sua fase inicial, e a importância alimentar de nutrientes protetores ou indutores das
transformações de células normais em tumorais.
O estudo realizado ao longo de cinco anos, e que resultou
neste livro, revelou, até o presente, que o câncer explora de forma sinistra todos os desvios biológicos possíveis para estabelecer o seu poder no organismo. Entretanto, essa forma de exploração maligna tem a colaboração do próprio ser humano
que, por meio de sua exposição às hostilidades ambientais
e aos hábitos pessoais sabidamente deletérios, provém 90%
das causas estimuladoras que transformam células normais
em tumorais.
Por mais que a medicina se especialize na conduta
clínica e nos cuidados terapêuticos das pessoas com câncer,
e por mais que a biologia revele os segredos do comportamento das células tumorais, o câncer somente será vencido
quando a população adquirir hábitos saudáveis e higiênicos
de convivência, e o governo, por meio de políticas públicas responsáveis, prover a população com saneamento
ambiental abrangente, na constância do desenvolvimento
educacional e cultural, e nos atendimentos médicos e sanitários
de qualidade a quem necessitar.
Mais informações
[email protected]
(11) 3082-6000
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Brasil deu seu recado nas urnas
Opinião
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
[email protected]
Não foi preciso esperar encerrar o segundo turno das
eleições municipais no país para obtermos a mais importante constatação desse pleito: o Partido dos Trabalhadores (PT) foi o maior derrotado nas urnas. Em 2012,
no seu apogeu, chegou a eleger 638 prefeitos, amparado
por uma máquina pública poderosa, cujos lastros se cons-
truíam no governo federal. Bastava um prefeito pedir a
“benção”, e tudo se ajeitava.
Em 2016, após mensalão, Lava Jato e tantos escândalos, o partido, que afundou o país, elegeu somente 256
prefeitos, foi para o segundo turno em apenas sete cidades e em uma capital, Recife (PE), cujas chances de vitória seriam mínimas. Especula-se até que o partido não
concorra às eleições de 2018, com receio de uma derrota
esmagadora que enterre ainda mais a legenda.
O PT perdeu inclusive em seus redutos históricos,
como a região do ABC paulista e o Nordeste brasileiro.
Em São Paulo, capital, sofreu sua maior derrota em 20
anos, com a vitória de João Dória Jr (PSDB) já em primeiro turno. Um recorte sobre a votação na cidade revela
o quanto o PT perdeu sua capacidade – se é que teve um
dia – de dialogar com a população. Fernando Haddad foi
derrotado principalmente nas periferias, mesmo afirmando ter tomado medidas em prol da população de baixa
renda, como a construção de creches, a implementação
das faixas de ônibus ou o estabelecimento da rede Hora
Certa, na saúde.
Por falar em saúde, este é, sem dúvida, o maior abismo de muitas cidades brasileiras. Em São Paulo, embora
o Estado seja uma referência para muitos municípios, a
falta de diálogo e a alternância de projetos aventureiros
na maior cidade brasileira tornam a assistência prestada à
população desconexa e ineficiente.
Quando assumiu sua gestão, em janeiro de 2013, Fernando Haddad anunciou um plano emergencial que previa a parceria com clínicas privadas para diminuir espera
por exames, consultas e cirurgias. Reportagem do jornal
Folha de S. Paulo destacou a notícia, para a qual me recordo ter concedido entrevista, afirmando que parcerias
público-privadas bem estruturadas certamente poderiam
contribuir para a melhora da saúde na cidade. Quatro
anos depois, segundo reportagem do jornal O Dia, de
agosto de 2016, ainda há espera de mais de dois anos
para a retirada de um tumor benigno e mais de quatro
meses para consultas com especialistas, por exemplo, na
rede Hora Certa. Palavras da reportagem: “médicos da
própria Prefeitura incentivam pacientes a realizar exames
em clínicas privadas porque não há data no Sistema Único de Saúde”.
Será este sistema de saúde que queremos? Uma conquista social que virou letra morta da Constituição? O
quanto o SUS mal gerido e subfinanciado oferece de qualidade à população? Precisamos, antes de tudo, quebrar
paradigmas, sejam eles ideológicos ou corporativistas.
Admitir que o SUS não é capaz de oferecer tudo a todos,
a qualquer tempo, já é um bom começo. E propor parcerias com a iniciativa privada para aumentar a eficiência
do serviço público não significa mexer em direitos ou
conquistas sociais.
Os eleitores deram seu recado. Agora cabe aos governantes fazer acontecer.
Coren-SP
Ativismo pelo Fim
da Violência Contra
as Mulheres
O Brasil é um dos países com os maiores índices de
assassinatos de mulheres do mundo. Segundo o Mapa da
Violência de 2015, publicado pela Organização das Nações
Unidas (ONU), o país tem uma taxa de 4,8 assassinatos para
cada 100 mil mulheres, ocupando a quinta posição em um
ranking de 83 nações.
Inúmeros são os fatores que consolidam esta realidade,
como o fato de a sociedade brasileira ainda desvalorizar as
mulheres, tanto social como economicamente. Desta forma,
elas são discriminadas no mercado de trabalho, ocupando
cargos mais baixos e ganhando menos que os homens para
exercer as mesmas funções.
É neste cenário que a Enfermagem se insere. Categoria
predominantemente feminina – 86,3% no Estado de
São Paulo - convive cotidianamente com a violência no
ambiente profissional, social e também familiar. Dois caos
ocorridos em 2016 evidenciam esta realidade. Em julho,
Fernanda Sante Limeira, teve o pedido de proteção negado
pela Justiça e foi morta pelo ex-marido em frente ao seu
local de trabalho; em março, Janaína Caroline Cunha Alves
foi agredida e asfixiada e passou cinco meses em coma. O
suspeito é o então noivo da enfermeira.
Por isso, o Coren-SP apoia 16 dias de ativismo Pela
Não Violência Contra as Mulheres, promovida entre 25 de
novembro e 10 de dezembro, buscando garantir cuidado e
proteção às profissionais que dedicam a vida ao cuidar.
O Coren-SP exige das autoridades de todas as instâncias
rigoroso combate contra a violência à mulher. Trabalhamos
sempre em prol de assistência humana àquelas que sofrem
qualquer tipo de agressão, bem como da conscientização
quanto à igualdade de gênero em todas as esferas sociais.
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BIOMEDICINA 50 ANOS
Opinião
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região
Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
[email protected]
Nascida de um projeto do professor baiano Roberto Santos, a
história natural se transformou em biomedicina, entre 1966 e 1971.
A ideia original era formar docentes para a área básica do
curso de biomedicina. Com um currículo forte, diverso e amplo, o profissional se habilitou para outras habilidades além da
docência e pesquisa.
A primeira conquista foi o direito a análises clinicas, processo que se iniciou em 1974 e se consagrou no dia 4 de setembro de 1979, na Câmara Federal; e no dia 11 de setembro no
Senado Federal.
A luta dos profissionais contou com o apoio da Associação
Biomédica do Estado de São Paulo - ABESP que foi ao Supremo Tribunal Federal e conseguiu, por onze votos a zero, derrubou por inconstitucionalidade o prazo (julho de 1983) para
atuar nas análises clinicas.
A sessão do Supremo Tribunal Federal ocorreu em 20 de
novembro de 1985 e por unanimidade seguiu o voto do relator,
Desembargador Oscar Correa, favorável a biomedicina.
À partir daí, naturalmente, o Ministro do Trabalho publicou
a efetivação do Conselho Federal de Biomedicina e seus quatro
regionais distribuídos entre os estados do País. Em 2012 formou-se o quinto conselho regional desmembrando os Estados
de Santa Catarina e Rio Grande do Sul que antes pertenciam ao
Regional 1. Agora em 2016 foi aprovado o projeto de criação
do Conselho Regional de Biomedicina 6ª Região que compreende o Estado do Paraná.
Então, á partir de 1979 os biomédicos a se responsabilizar pelos laudos dos exames de laboratório. Hoje, fortalecida,
a profissão chega aos 50 anos, com 36 habilitações aprovadas
e com mais de 300 cursos de biomedicina em todos os estados
da nação.
Destacam-se nesta história o Centro Universitário Barão de
Mauá de Ribeirão Preto; Uniara, Araras, SP; UNIMEP – Piracicaba, SP; OSEC, hoje UNISA – SP; UMC, Mogi das Cruzes
– SP; Universidade de Pernambuco e Universidade do Pará.
Fizemos parte desta história, ao lado de João Sabbag, Silvio
José Cecchi, Valter de Paula, José Eduardo Cavalcante Teixeira,
Ricardo Cecilio, Nilton Alves da Silva, Joana D´Arc, Modesto
Gravina e os então acadêmicos Sergio Antonio Machado, Margareth Dolores, Silvia Zucchi Bailão, Lucia H. Gomes, Carmem Silvia Marçal, Gloria Caserta Pereira e muitos outros a
quem saudamos com emoção.
Hoje os biomédicos ocupam lugares de destaque na saúde e
na educação. A profissão é respeitada pela dedicação e competência, preocupada em cuidar da saúde da população brasileira.
Salve os biomédicos, Salve o 20 de novembro.
Saudações Biomédicas
o mercado atual
ECO Diagnóstica tem opção para diagnóstico de Hepatite B
Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa também chamada de
soro-homóloga. Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é
considerada uma doença sexualmente transmissível. Entre as causas de transmissão estão:
* por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada,
* da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação,
* ao compartilhar material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal
(lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings,
* por transfusão de sangue contaminado.
A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço,
tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção. Como as hepatites virais são
doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.
Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais - www.aids.gov.br
Mais uma opção para diagnóstico de Hepatite B, a ANVISA acaba de publicar mais um
registro da ECO Diagnóstica.
Com uma performance excepcional no INCQS (Biomanguinhos ), o HbsAg ECO Tese chega
para ser mais uma opção ao mercado de laboratório de análises clínicas no Brasil.
www.ecodiagnostica.com.br
contato@ ecodiagnostica.com.br
(31) 3653-2025
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o mercado atual
Gerenciador de amostras biológicas TS-1500
Segurança na fase de recebimento e triagem pré-analítica
O gerenciador de amostras TS-1500, da Greiner Bio-One, é um
equipamento de conceito e design diferenciado, que contribui na
otimização dos processos laboratoriais, gerenciando e controlando automaticamente o recebimento, a triagem e a classificação das
amostras biológicas. Os tubos são separados e direcionados para as
respectivas gavetas de destino, conforme a identificação e o cadastro feito no sistema de informações laboratoriais (LIS), agilizando
a análise das amostras e as rotinas laboratoriais com segurança e de
forma automatizada.
O equipamento consiste em um compartimento de entrada,
com até dez gavetas de saída e mais uma opcional, que pode ser
destina às amostras com erro, correias para movimentação dos tubos, unidade de deslocamento do tubo, leitor de código de barras
e tela sensível ao toque, com informações de fácil compreensão
para o usuário.
O sistema é muito simples de ser operado. Os tubos de amostras biológicas recebidos no laboratório podem ser inseridos diretamente no compartimento de seleção, para dar início ao processo de
separação e triagem. O mecanismo de separação seleciona os tubos
e transfere para a correia de transporte, onde são identificados e
registrados através do código de barras.
Após o reconhecimento, os tubos de amostras biológicas são
transportados para as gavetas de destino, conforme programado nas
regras de seleção. Essas gavetas são facilmente retiradas e levadas
para os setores técnicos. O sistema tem capacidade de processar até
1.500 tubos/hora.
As gavetas de destino possuem monitoramento de quantidade e
dispositivo de contagem de até 150 tubos, sendo que o processo de
triagem interrompe automaticamente quando uma delas é retirada,
evitando a perda de amostras dentro do sistema. A troca das gavetas
também é rápida, com parada e início automático do sistema.
O TS-1500 contribui com melhorias significativas na sinergia
entre as etapas do trabalho e a probabilidade quase nula de erros
durante esse processo. Consequentemente, a qualidade do atendimento ao cliente é elevada, proporcionando maior competitividade
do negócio, uma vez que ocorre o aumento do número de análises
sem perda de qualidade no processo.
www.greinerbioone.com
NT-proBNP (Produto)
A insuficiência cardíaca é um grande problema mundial da
saúde e está associada à alta morbidade e mortalidade. A detecção dessa doença no estágio inicial e o tratamento correto são os
pontos chave para a melhoria na qualidade de vida. O marcador
ideal para auxiliar o paciente com essa doença é o NT-proBNP,
que fornece, com precisão, as respostas necessárias em diagnósticos, prognósticos e monitoramento da IC.
O NT-proBNP tem uma excelente estabilidade, no plasma
com EDTA por 3 dias em temperatura ambiente e por mais tempo ainda se mantido a 4°C (1) A maior estabilidade in vitro e
a menor variabilidade biológica do NT-proBNP oferece menos
oscilações a curto prazo e consequentemente, vantagens em relação ao BNP. (2,3)
Além disso, o NT-proBNP é um teste muito preciso, com
coeficiente de variação entre 2,9 e 6,1% associado com um am-
plo intervalo de medição (5-35000mg/l) (1)
Como o NT-proBNP não é afetado pela hemoglobina, triglicerídeos, bilirrubina e biotina, é fácil de implantá-lo na rotina
de testes laboratoriais(4)
Na Emergência dos hospitais o teste de NT-proBNP Point
of Care é amplamente usado para diferenciar se a causa da dispneia é cardíaca ou pulmonar, podendo aumentar a precisão do
diagnóstico de insuficiência cardíaca aguda em pacientes que
apresentam sintomas ambíguos ou não específicos. (5)
1-K-T.J Yeo et al.: Multicenter evaluation of the Roche
NT-proBNP assay and comparison to the Biosite Triage BNP
assay. Clinica Chimica Acta 2003. 339: 107-115
2- S. Masson et al.: Direct Comparison of B-type Natriuretic Peptide (BNP) and Amino-Terminal proBNP in a Large
Population of Patients with Chronic and Symptomatic Heart
Failure: The Valsartan Heart Failure (Val-HeFT)Data. Clinical
Chemistry (2006) 52:8: 1528-1538
3- Vanderheyden et al.: Head to head comparison of N-terminal pro-B-type natriuretic peptide and B-type natriuretic peptide in patients with/without left ventricular systolic dysfunction. Clinical Biochemistry (2006); 39;640-645
4- Roche Diagnostics Elecsys proBNP Package Insert
(2006)
5-McDonnell, B. et aL (2009). Cardiac biomarkers and the
case for Point of Care testing. Clinical Biochemistry; 42: 549-561
www.roche.com.br
Diagnóstico rápido para Troponina
Wama Diagnóstica disponibiliza kit para detecção de proteínas Troponina I (cTnI) em amostras e sangue total, soro ou plasma humano.
A Wama Diagnóstica, empresa líder de testes rápidos no mercado
brasileiro, possui um aliado no diagnóstico da Síndrome Coronária
Aguda (SCA), caracterizada por um conjunto de condições clínicas,
em que o infarto agudo do miocárdio (IAM) é o evento terminal da
doença: o kit Imuno-Rápido Troponina I. O teste detecta qualitativamente a concentração de Troponina I em amostras de sangue total,
soro ou plasma humano, identificando indivíduos com IAM.
Segundo o DATASUS o IAM é a primeira causa de morte no
Brasil, com aproximadamente 100 mil mortes anuais. Dentre os
sintomas, 75-85% dos pacientes apresentam dor torácica que é
geralmente prolongada (> 20 minutos) e desencadeada por exercício físico ou por estresse, podendo ser acompanhada de dispneia, náuseas, vômitos e hiperidrose.
O IAM reflete a morte celular provocada pela isquemia miocárdica, decorrente do desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio.
A necrose miocárdica é acompanhada pela liberação de macromoléculas intracelulares e proteínas estruturais no interstício cardíaco. A definição clínica do IAM sofreu importantes modificações nos critérios
estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Conforme
a redefinição instituída em 2007, pode-se estabelecer o diagnóstico de
IAM se houver aumento característico da concentração da troponina acompanhado de pelo menos um dos seguintes fatores: sintomas
isquêmicos, alterações eletrocardiográficas indicativas de isquemia,
desenvolvimento de ondas Q patológicas no eletrocardiograma, evidência em exames de imagem de perda de viabilidade miocárdica ou
contratilidade segmentar anormal.
As Troponinas são proteínas presentes nos filamentos finos
dos músculos estriados formando um complexo com três polipeptídeos: a troponina C (cTnC), a troponina I (cTnI) e a troponina T (cTnT). Como existem diferenças antigênicas entre as
troponinas dos músculos esqueléticos e cardíacos, o uso de anti-soros específicos permite a identificação e quantificação de cada
uma delas. As troponinas T (cTnT) e I (cTnI) são consideradas
como os marcadores mais específicos e sensíveis para o diagnóstico de lesão isquêmica do miocárdio.
A elevação dos níveis de cTnI no soro ocorre entre 4 e 8 horas após o início dos sintomas, atinge um pico em 12 horas e permanece elevado por 3 a 10 dias após um evento isquêmico único.
Um segundo pico de menor intensidade ocorre entre o terceiro e
o quarto dia após o infarto. Uma diferença significativa entre as
troponinas e a isoenzima CK-MB é que esta só se eleva após
lesão isquêmica irreversível, enquanto as troponinas, por terem
menor peso molecular e por apresentarem uma fração livre no
citoplasma celular, são liberadas mesmo em situação de isquemia reversível, caracterizada clinicamente por angina instável.
O Imuno-RÁPIDO Troponina I da WAMA é um teste
imunocromatográfico de duplo anticorpo altamente sensível
e específico que detecta qualitativamente a presença de proteínas Troponina I no sangue total, soro ou plasma humano,
com a finalidade de identificar indivíduos com Infarto Agudo
do Miocárdio. Dessa forma, a WAMA Diagnóstica oferece a
seus clientes mais um kit certificado pelo rígido controle de
qualidade ao qual o produto é submetido, justificando assim
sua crescente participação no cenário nacional e internacional.
www.wamadiagnostica.com.br
ECO Diagnóstica: linha completa de Drogas de Abuso
do mercado brasileiro
O teste rápido imunocromatografico é uma alternativa aos
métodos tradicionais, pois trata-se de uma tecnologia inovadora
que concentra a reação antígeno-anticorpo em uma única fase
sólida, sendo esta mantida e utilizada a temperatura ambiente.
O método constitui-se de uma membrana de nitrocelulose no
formato de fita, impregnada
com antígenos ou anticorpos
específicos. A interpretação
dá-se pela reação ou não reação com a amostra.
O MULTI 12 DROGAS ECO Teste é um
teste simples e rápido para
a detecção qualitativa das
drogas de abuso através da
urina humana. Esse dispositivo detecta a combinação
de doze drogas conforme
quadro demonstrado. REFERÊNCIAS:
Podemos dividir as drogas em três grupos:
- Perturbadoras: são aquelas relacionadas á produção de
quadros de alucinação, geralmente de natureza visual. Fazem
com que o cérebro passe a funcionar de maneira perturbada;
- Depressoras: são substâncias químicas capazes de dimi-
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nuir as atividades cerebrais. Possuem propriedade analgésica e
seus usuários tornam-se sonolentos e desconcentrados;
- Estimulantes: são substâncias químicas capazes de aumentar a atividade cerebral, causam aumento da atenção, aceleração do pensamento e euforia.
A ECO Diagnóstica possui a linha mais completa de Drogas de Abuso do mercado brasileiro. No menu de testes, existem vários apresentações que podem se adequar a necessidade
de cada laboratório:
1 - Drogas Individuais - URINA;
2 - MULTI 2 Drogas - URINA;
3 - MULTI 3 Drogas - URINA;
4 - MULTI 5 Drogas - URINA;
5 - MULTI 7 Drogas - URINA;
6 - MULTI 10 Drogas - URINA;
7 - MULTI 12 Drogas - URINA;
8 - MULTI 8 Drogas - SALIVA.
www.ecodiagnostica.com.br
contato@ ecodiagnostica.com.br
(31) 3653-2025
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Opinião
O lado positivo da “aventura” da Theranos
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
As últimas notícias dão conta da derrocada da
Theranos. Era um projeto “disruptivo”. O mercado
laboratorial nunca mais seria o mesmo. Com uma
única gota de sangue seriam feitos centenas de exames,
rapidamente e a um custo muito inferior. Não deu certo.
As intenções eram boas mas não se transformaram
em realidade. Haveria, então, algum aspecto positivo
a colher deste desastre? Segundo Bruce Friedman,
sim. Ele avalia que a Theranos deu força para o DAT
(Direct Access Testing), o processo em que os clientes
solicitam os exames sem a necessidade de um pedido
médico. Junto com o conceito de DAT a Theranos
ajudou a difundir o conceito de PSC (Patient Service
Center), que nada mais é do que o nosso tradicional
posto de coleta. Ou seja, o que está acontecendo nos
EUA agora, na área de atendimento laboratorial, é algo
parecido com o que sempre funcionou por aqui. Lá, os
laboratórios hospitalares são muito fortes e o pedido
é feito pelo médico diretamente ao laboratório. Os
resultados dos exames são encaminhados ao médico, o
qual informa o paciente de seu estado de saúde. Aqui,
fazemos uso também de uma requisição médica, mas
escolhemos o laboratório e recebemos o resultado,
para depois levar ao médico. E há muito tempo
temos a opção de solicitar diretamente os exames,
independentemente de realizar uma consulta médica.
Apesar das formas de trabalho se aproximarem,
uma grande diferença continua nos separando: o
tamanho do mercado. O Sonora Quest atende 23.000
pacientes por dia e faz 57 milhões de exames por ano.
Não é muito? Pois bem, ele atua apenas no Arizona,
que é o décimo quarto em população nos EUA e tem
muitos concorrentes.
Antes de querermos ensinar, portanto, temos muito
a aprender!
CFM e Cremesp
Presidentes enfatizam necessidade de humanização da
Medicina na revisão do Código de Ética Médica
A revisão do Código de Ética Médica (CEM), em curso em
todo o Brasil, deverá refletir as mudanças sociais ocorridas e
os avanços tecno-científicos, com ênfase nos valores e princípios humanitários da profissão. Esta foi a tônica das manifestações dos Conselhos Federal (CFM) e Regional de Medicina
do Estado de São Paulo (Cremesp), na abertura do Encontro
das Regiões Sul e Sudeste para Revisão do CEM, realizado em
29/11, na capital paulista. A mesa de abertura do evento contou
com a presença do presidente do Cremesp, Mauro Aranha, do
presidente do CFM, Carlos Vital, do conselheiro corregedor do
CFM, José Fernando Vinagre, e do primeiro-secretário da Associação Médica Brasileira (AMB), Aldemir Humberto Soares.
Para o presidente do Cremesp, a atualização dos preceitos
éticos que regem a Medicina acompanham as mudanças da sociedade e, por isso, precisam ser revistos periodicamente. “A periodicidade das atualizações tem diminuído a cada nova revisão,
indicando que as mudanças sociais vem acontecendo de maneira
mais acelerada nos últimos tempos”, ressaltou Aranha. A penúltima revisão do CEM demorou duas décadas para ser realizada,
Aedes Aegypti
de 1988 a 2009. Já a atual está em
curso pouco mais de seis anos da
última atualização, refletindo mudanças acentuadas na prática médica, promovidas, entre outros, pelos
avanços tecno-científicos.
O Cremesp recebeu mais de 150
sugestões para a revisão do CEM,
enviadas por médicos, diretores técnicos, conselheiros e população em
geral. De acordo com Camarim, a
Comissão de São Paulo deve analisar, ainda, mais 180 propostas já
recebidas, além de outras ainda deverão ser enviadas até o prazo final Soares, Vital, Aranha e Vinagre durante o Encontro das Regiões Sul e Sudeste para Revisão do CEM
de encaminhamento. Para o vice-presidente, as discussões que estão em curso devem fluir de forma que
bidas até 31 de março de 2017. A previsão é de que o Código entre
ultrapassem o interesse dos médicos e atendam, também, os anseios
em vigor no próximo ano. Saiba como participar da revisão do CEM
da sociedade. Ele lembrou que as sugestões continuarão sendo receem: http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=4122.
Dengue, Zika ou Chikungunya:
como diagnosticar com precisão?
Casos de Dengue, Zika e Chikungunya devem aumentar no
Brasil com a chegada do verão. Por serem causadas pelo mesmo
transmissor (Aedes aegypti) e possuírem algumas semelhanças,
é comum haver confusão na hora do diagnóstico, ainda mais
em períodos endêmicos como os meses de dezembro a março.
Das três, a dengue é a mais conhecida e a que possui vacina.
Já o Chikungunya e o Zika, com menos de dois anos de existência, ainda geram dúvidas em relação às formas de contágio,
segundo Celso Granato, patologista clínico membro da SBPC/
ML.
Ainda não existe um tratamento específico para nenhuma
delas e a maior urgência do segmento, segundo Granato, é gerar
educação para que os médicos saibam diagnosticar com maior
precisão essas doenças, principalmente Zika e Chikungunya
que não foram aprendidas na faculdade.
“Muitos não conhecem todas as ferramentas que os laboratórios disponibilizam para auxiliá-los na confirmação do
diagnóstico”, diz. Dessa forma, o papel dos profissionais do laboratório passa a ser fundamental para suportar as decisões do
médico em relação ao cuidado do paciente.
Regras gerais para o diagnóstico
Atualmente existem duas formas para o diagnóstico da
Dengue, Zika e Chikungunya: o exame de sorologia, também
conhecido como indireto, e os testes moleculares, que são testes
diretos.
Entre os testes indiretos a detecção de anticorpos pode ser
feita por diferentes metodologias, tais como o ELISA, Imunofluorescência indireta ou Imunocromotografia (teste rápido).
Nestes procedimentos, os anticorpos contra o vírus podem ser
detectados após quatro dias de infecção. Porém, é importante
ressaltar que as metodologias indiretas podem apresentar resultados falso-positivos devido às reações cruzadas com outros
vírus da mesma família, como é o caso do vírus da Dengue e
da Febre Amarela.
Por isso, é importante que na interpretação dos resultados
seja levada em consideração a sensibilidade e especificidade do
teste utilizado, seguindo os parâmetros relatados pelos fabricantes.
O patologista clínico esclarece, ainda, que o Chikungunya
não costuma ter reação cruzada com Dengue e Zika. “A três
doenças são transmitidas pela picada do mosquito, mas o Chikungunya é primo da Rubéola”, ressalta.
Já os testes moleculares são testes diretos, também conhecidos como PCR (Polimerase-Chain-Reaction ou Reação em Cadeia da Polimerase) e detectam a presença do vírus no sangue
ou na urina do paciente por meio do seu material genético. “O
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PCR é o teste com maior precisão, porém é mais restrito aos
laboratórios de grande porte”, afirma Granato.
O teste sanguíneo é capaz de detectar a doença do vírus nos
primeiros sete dias de infecção, caso isso não seja possível, o
ideal é realizar o teste de sorologia. No caso específico do Zika,
o vírus pode ser detectado em amostras de urina, por PCR, por
até 15 dias após a infecção. No entanto, o teste molecular negativo não exclui isoladamente a infecção, sendo necessário realizar a pesquisa de anticorpos no caso de suspeita clínica.
No caso das gestantes assintomáticas em relação às três
doenças, a recomendação é realizar o teste sorológico. Se negativo, fica afastada a suspeita da infecção. As gestantes com
sintomas devem seguir a mesma orientação das outras pessoas.
As grávidas precisam ficar atentas com relação ao Zika,
pois é a única que pode resultar em má formação para o bebê,
alerta o patologista. Fora do contexto da gravidez, o Zika já não
é tão preocupante.
No caso da Chikungunya, de 30% a 50% dos infectados
têm chances de desenvolver uma artrite crônica, o que pode
dificultar a mobilidade da pessoa por até dois anos.
A dengue é considerada a mais grave no quesito mortalidade, tendo matado 419 pessoas em 2016. Apesar de ainda ser
um número elevado de casos registrados este ano, em torno de
1.399.480, o número de óbitos diminuiu 47% em relação a 2015
(789 mortes).
Pela complexidade da oferta dos exames, a SBPC/ML reforça a importância de que tanto a solicitação quando à interpretação dos exames sejam feitas por um médico habilitado e
estejam de acordo com as normas regulatórias vigentes, e que
os laboratórios sigam as normas de programas de qualidade laboratorial, como o PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, da entidade.
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2017
Maio
Hospitalar - 16 a 19 de maio
Local: ExpoCenter Norte - São Paulo-SP
Junho
44º Congresso CBAC
11 a 14 de junho
Local: Centro de Convenções de João Pessoa-PB
Setembro
51º Congresso Brasileiro de
Patologia Clínica Medicina
Laboratorial
26 a 29 de setembro
Local: Palácio das
Convenções do Anhembi
São Paulo-SP
Custo médico-hospitalar atinge 19%,
recorde para o período, sendo mais
que o dobro do IPCA
O Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH), produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e o mais importante indicador utilizado pelo mercado de saúde
como referência sobre o comportamento de custos, registrou alta de 19% nos 12 meses encerrados em
março de 2016. Por três meses consecutivos, o indicador que é utilizado como referência para cálculo
de reajustes das mensalidades dos planos de saúde, ficou no patamar de 19%, a maior variação já
registrada no primeiro trimestre de um ano. A título de comparação, a inflação geral do País, medida
pelo IPCA, ficou em 9,4% no mesmo período.
“O resultado do VCMH é impactante. No mesmo período, quase 2 milhões de beneficiários
deixaram a saúde suplementar. Portanto, mesmo com a forte saída de pessoas das carteiras dos planos de saúde, os custos continuaram batendo recorde”, afirma Luiz Augusto Carneiro, superintende
executivo do IESS.
Na comparação de março de 2016 ante março de 2015, a saúde suplementar do Brasil perdeu
1,91 milhão de vínculos. O VCMH é apurado a partir das faturas pagas por uma amostra de operadoras de planos de saúde individuais aos prestadores de serviços – por isso, há a defasagem do período
–, e computa o custo de cada evento e a frequência de utilização (saiba mais sobre a metodologia no
final do texto). A decomposição de cada item de despesa assistencial do VCMH/IESS indica que 60%
do índice decorre de internações, 15% de exames, 11% de consultas, 10% de terapias e 4% de Outros
Serviços Ambulatoriais (OSA).
O superintendente executivo do IESS analisa que a combinação de fatores circunstanciais (crise
econômica e risco de desemprego) e conjunturais (falhas de mercado provocadas pela falta de transparência de informações, processo de envelhecimento populacional, modelo de pagamento de prestadores inadequado) podem ter potencializado os custos da saúde no Brasil. “Em termos conjunturais,
por conta da crise financeira e com o receio de perda de emprego e, por extensão, do benefício do
plano de saúde, muitas pessoas podem ter antecipado a realização de exames e consultas. Isso poderia
impactar na formação do VCMH, mas com uma relevância menor”, explica.
O principal fator de pressão de custos está, entretanto, em causas estruturais, segundo Carneiro.
Especialmente nas falhas existentes ao longo da cadeia produtiva da saúde e que acabam sendo absorvidas nos preços pagos pelas operadoras para os prestadores de serviços, especialmente graças ao
sistema de pagamento de “conta aberta”, ou fee-for-service.
Planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações. O cálculo utiliza os dados de um
conjunto de planos individuais de operadoras, e considera a frequência de utilização pelos beneficiários e o preço dos procedimentos, levando em conta os valores cobrados em todas as regiões do
Brasil. Dessa forma, se em um determinado período os beneficiários usavam, em média, mais os serviços e os preços médios aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que isoladamente com
cada um desses fatores. A metodologia aplicada ao VCMH/IESS é reconhecida internacionalmente e
usada na construção de índices de variação de custo em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index. Além disso, o índice VCMH/IESS considera
uma ponderação por padrão de plano (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a
mensuração mais exata da variação do custo médico hospitalar. Ou seja, se as vendas de um determinado padrão de plano crescerem muito mais do que as de outro padrão, isso pode resultar, no cálculo
agregado, em VCMH maior ou menor do que o real, o que subestimaria ou superestimaria a VCMH.
Sobre o IESS - O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos
conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores
práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como
também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de
saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de
políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Anuncie: www.labornews.com.br [email protected]
16 3629-2119 | 99793-9304
EM
Novembro
2017
O evento acontecerá na sede da AMRIGS, em Porto Alegre.
Informações: (51) 9388 0060, e-mail [email protected] ou www.las.org.br
E
X
P
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Tel. (16) 3629-2119
(16) 99793-9304
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