Problemas urinários e neurológicos diminuem qualidade de vida dos pacientes c/ Esclerose Múltipla Ainda não estão comprovadas as reais causas da Esclerose Múltipla, mas sabe-se que ela é mais comum em mulheres do que em homens, e os sintomas costumam aparecer dos 20 aos 35 anos. As funções fisiológicas também são seriamente afetadas pela doença, gerando a necessidade de acompanhamento e cuidados diários. Uma das ocorrências que acomete os pacientes com esclerose múltipla é a espasticidade. Neste quadro, o paciente apresenta uma rigidez excessiva da musculatura em determinados membros do corpo, como pernas e braços. Os sintomas variam desde uma leve contração até uma deformidade severa, impossibilitando a pessoa de comer, vestir-se, escovar os dentes e até mesmo andar. “É um problema que afeta seriamente a qualidade de vida e deve ser tratado logo no início dos sintomas”, assinala o neurologista Dr. Egberto Reis Barbosa, Chefe do Ambulatório de Distúrbios do Movimento, do Hospital das Clinicas de São Paulo. “Este distúrbio se caracteriza pelo aumento do tônus muscular e pela rigidez excessiva de contração dos músculos”. Outra dificuldade enfrentada pelos pacientes com esclerose múltipla é a síndrome da bexiga hiperativa – que consiste em contrações involuntárias do músculo, fazendo com que a pessoa sinta vontade urgente e repentina de urinar podendo, inclusive, apresentar incontinência urinária (perda de urina). A consequência mais comum é o comprometimento da autoestima e o isolamento social, que pode resultar em depressão. “Muitos pacientes têm medo de que ocorra alguma perda de urina – impondo restrições sexuais, ocupacionais e sociais – ou infecções no sistema urinário, entre outros incômodos”, afirma o Dr. José Carlos Truzzi, doutor em Urologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para amenizar os sintomas desses problemas (espasticidade e bexiga hiperativa) – comuns em portadores de Esclerose Múltipla, a toxina botulínica tipo A, mais conhecida por seu nome comercial BOTOX® (da Allergan), é uma alternativa eficaz e segura de tratamento. A toxina botulínica é aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso terapêutico desde 1992. Ao ser aplicado, o medicamento causa relaxamento temporário do músculo, impedindo as contrações voluntárias no caso da espasticidade e maior controle do aparelho urinário para quem sofre da síndrome da bexiga hiperativa. Informações para pacientes com Esclerose Múltipla: A Síndrome da Bexiga Hiperativa é um problema frequente em pacientes com Esclerose Múltipla. Entender o processo, o tratamento e procurar um especialista em urologia são as melhores formas de tratar e melhorar sua qualidade de vida. No primeiro sinal de que algo está diferente em seu hábito de urinar, imediatamente informe seu médico e solicite que ele encaminhe você a um especialista em urologia. Quanto mais rápido for o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento. Muitos casos de descontrole da bexiga podem ser tratados com medicamentos disponíveis no mercado como, por exemplo, a Toxina Botulínica do tipo A. Se após o tratamento os resultados não forem positivos, não desista, fale novamente com seu médico que ele vai solicitar novos exames, reconfirmar o diagnóstico e modificar alguns procedimentos no tratamento. Mantenha sempre um contato direto com seu médico. (Federação Internacional de Esclerose Múltipla - MSIF) Informações complementares da doença http://www.msif.org/pt/quick_facts/index.html pelo endereço: