- Seminário Concórdia

Propaganda
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SUPLEMENTO TEOLOGICO
Palavra ao Leitor
Tribuna:
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·l)..··~········~·:.=:-;·····O ··;; ..··.·.·
Credenciamento do Curso de Teologia
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p. 4
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Artigos:
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p. 8
e a Missão de Deus na Venezuela
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Hinos do Hinário Luterano Relacionados co,ma Série Trienal
p. 29
p. 44
O Servo de lahweh : :
Reflexões Sobre as Palavras de Cristo
Liturgia:
A Ceia Pascal
p. 53
Música:
Ovelha Perdida
de, Consolai Meu Povo
o
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...
~uxíliosHomiléticos
esenhas Bibliográficas
ANO 14 -
~
0 •••••••••••••••••
:
No. 1
:
1999
p. 66
p. 67
:
••••••
' •••••••
p. 69
p. 90
VOX CONCORDIANA - SUPLEMENTO TEOLÓGICO
Revista teológica semestral publicada pela Congregação de Professores da
Escola Superior de Teologia do Instituto Concórdia de São Paulo.
Conselho Editorial:
Deomar Roos, editor
David Coles W.
Diagramação:
Jarbas Hoffimann
Congregação de Professores:
Ari Lange, Cláudio L. Flor,
David Coles W .. Deomar Roos,
Erní W. Seibert, Leonardo Neitzel,
Paulo W. Buss, Raul Blum.
Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores.
ACEIT A-SE PERMUTA COM REVISTAS CONGÊNERES
ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA
INSTITUTO CONCÓRDIA DE SÃO PAULO
Caixa Postal 60754
05786-990 São Paulo, SP
ANO 14 -
Fone: (011) 5841-7652
FonelFax: (011) 5841-7529
E-mail: [email protected]
No. 1 -
1999
••
PALAVRA AO LEITOR
Este número da Vox Concordiana oferece bom material para a reflexão teológica e para a prática pastoral e congregacional. O Ministério da
Educação trouxe boa notícia com a aprovação do credenciamento dos cursos de teologia a nível de graduação. Os documentos oficiais emitidos pelo
governo federal estão transcritos na seção "Tribuna". As preleções de duas
aulas inaugurais do curso de teologia são aqui publicadas. Em 1998, o dI.
David Coles W., vindo da Igreja Luterana da Venezuela, compartilhou as
suas "Reflexões Sobre as Palavras de Cristo e a Missão de Deus na Vene-
r
zuela". A partir de palavras de Cristo selecionadas do evangelho de João, o
autor traça paralelos entre a atuação das igrejas luteranas venezuelana e
brasileira. A aula inaugural de 1999, proferida pelo dr. Deomar Roos, enfocou "O Servo de Ia.i}weh". Este é um motif peculiar ao livro de Isaías e muita tinta já foi gasta na discussão do mesmo. No entanto, o tema permanece
relevante e oferece importante contribuição nas áreas da cristologia e missão, entre outras. O prof. Raul Blum, a partir do trabalho duma classe de
teologandos, contribui com uma revisão dos hinos do Hinário Luterano
relacionados com as perícopes da série trienal. Desta fonna, pastores e
congregações recebem uma sugestão atualizada para os hinos dos cultos
dominicais. O prof. Blum igualmente contribui com duas harmonizações
inéditas para os hinos "A Ovelha Perdida" e "Ide, Consolai o Meu Povo". A
seção "Liturgia" traz uma adaptação de duas liturgias em uma só celebração para a Quinta-Feira de Endoenças: trata-se da Ceia Pascal do Antigo
Testamento e da cerimônia de Desguamecimento do Altar. A celebração
desta ordem litúrgica teve forte e positivo impacto na congregação onde foi
celebrada. Os "Auxílios Homiléticos" oferecem estudos sermôl1icos para
quatro ocasiões selecionadas do calendário litúrgico. Por fim, as "Resenhas
Bibliográficas" olham para o mercado livreiro teológico. Um novo dicionário do hebraico bíblico e uma análise em profundidade do fenômeno chamado Igreja Universal do Reino de Deus são resenhados.
Cabe notar a mudança no Conselho Editorial da Vox Concordiana.
Registramos a nossa gratidão ao editor, dr. Paulo W. Buss, e companheiros
do Conselho Editorial, prof. Paulo F. Flor. revs. Luisivan Strelow. Paulo K.
Jtmg e Paulo R. Teixeira, que, até o ano passado, esmeraram-se na publicação deste periódico.
DeomarRoos
Editor
-3-
241/99. favora\'elmeL~::
TRIBUNA
logia elTI nível de grdi~
belecerá diretrizes CLJ~
da
CURSO DE TEOLOGIA APROVADO PELO
MI~l:STÉRIO DA EDUCAÇÃO
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7
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11~loestar ligado
Causou grande impacto nos meios teológicos a notícia de que o Ministério da Educação do Brasil reconheceu o primeiro curso de teologia
como um curso válido no contexto universitário. Esta notícia abriu a possibilidade de, preenchidos os requisitos do Ministério de Educação, todos os
cursos de teologia serem reconhecidos.
A notícia foi bem recebida nos meios teológicos porque algumas das
principais razões que impedem o reconhecimento acadêmico da teologia
eram questões filosóficas e ideológicas. A preocupação pela qualidade acadêmica dos cursos, especialmente nas igrejas evangélicas históricas, era
grande mesmo não havendo o reconhecimento governamental. Os seminários teológicos preocupados com esta questão, em 1961, organizaram a
Associação de Seminários Teológicos Evangélicos (ASTE) que, entre outros objetivos, também se preocupava com a qualidade acadêmica das escolas.
Com o reconhecimento da teologia pelo Ministério da Educação,
abre-se a possibilidade para que os que cursaram ou es~ão cursando teologia possam ter os critérios e cursos feitos aproveitados em outras atividades
que não as puramente eclesiásticas. Por outro lado, inicia uma nova fase de
reflEc'xãonas igrejas sobre qual é, afinal de contas, o grande sentido de sua
educação teológica e como isso se relaciona com a realidade universitária e
com a realidade da igreja. O reconhecimento pelo Ministério de Educação
não é necessariamente o reconhecimento de que o trabalho teológico realizado seja de qualidade para o reino de Deus e para o bem da sociedade.
Dado o significado desta decisão federal, transcrevemos abaixo a carta da
ASTE e os documentos oficiais do Ministério da Educação.
2.
Df. Odair Pedroso lVlateus
Secretário (leral da
t) e1181110
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113.0
1. Carta da ASTE
Parecer do Conselho Nacional de Educação sobre os cursos Superiores de Teologia: No último dia 15 de março, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação pronunciou-se, pelo parecer CES
-4-
---~--
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241/99. favoravelmente à autorização e reconhecimento dos cursos de teologia em nível de graduação e pós-graduação no Brasil. O CNE não estabelecerá diretrizes curriculares tanto em virtude da laicidade do Estado e,
portanto, da liberdade religiosa, quanto em razão de o diploma de teologia
não estar ligado a um exercício profissional específico. Os cursos serão
avaliados segundo "os requisitos formais relativos ao número de horas-aula
ministradas, à qualificação do corpo docente e às condições de infraestrutura oferecida". Estamos anexando uma cópia desse documento pelo
qual a teologia deve conquistar cidadania acadêmica no Brasil.
17 de março de 1999
Dr. Odair Pedroso Mateus
Secretário Geral da ASTE
2. Relatório do Conselho Nacional de Educação
O ensino da Teologia nas universidades tem uma longa tradição, que
remonta à própria origem destas instituições.
Na origem,'a Teologia, constituida como uma análise efetuada pela
razão sobre os preceitos da fé, estava estreitamente subordinada a uma única orientação religiosa - de início, o catolicismo. Depois da Reforma, as
universidades protestantes desenvolveram seus próprios cursos teológicos.
De uma forma ou outra, os cursos estavam ligados à religião oficial do
Estado.
A cooperação entre Igreja e Estado, estabelecida pela grande maioria
dos regimes republicanos e pelas monarquias constitucionais, alterou esta
situação, permitindo a pluralidade de orientações teológicas. Isto, entretanto não criou nenhum conflito com o Estado ou entre as diversas orientações religiosas, por não haver, na organização dos sistemas de ensino da
quase totalidade desses países, a instituição de currículos mínimos ou de
diretrizes curriculares. Estabeleceu-se, desta forma, uma pluralidade de
orientações.
No Brasil, a tradição de currículos mínímos ou, mais recentemente,
de diretrizes curriculares nacionais, associada à questão da validade dos
diplomas de ensino superior para fins de exercício profissional pode interferir no pluralismo religioso.
De fato, o estabelecimento de um currículo mínimo ou de diretrizes
curriculares oficiais nacionais para constituir uma Ingerência do Estado em
-5 -
4. Decisão da Câmara
questões de fé e ferir o princípio da separação entre Igreja e Estado. Talvez,
inclusive, seja esta a razão pela qual os cursos de Teologia não se generalizaram nas universidades brasileiras, mas se localizaram preferencialmente
nos seminários.
Em termos da autonomia acadêmica que a constituição assegura, não
pode o Estado impedir ou cercear a criação destes cursos. Por outro lado,
devemos reconhecer que, em que não se tratando de uma profissão regulamentada não há, de fato, nenhuma necessidade de estabelecer diretrizes
curriculares que uniformizem o ensino desta área de conhecimento. Pode o
Estado portanto, ouvindo a regulamentação do conteúdo do ensino, respeitar plenamente os princípios da liberdade religiosa e da separação entre
Igreja e Estado, permitindo a diversidade de orientações.
3. Voto dos Relatores
Tendo em vista estas considerações, manifestamo-nos no sentido de
que:
a) Os cursos de bacharelado em Teologia sejam de composição curricular livre, a critério de cada instituição, podendo obedecer a diferentes
tradições religiosas.
b) Ressalva a autonomia das universidades e Centros Universitários
para a criação de cursos, os processos de autorização e reconhecimento
obedeçam a critérios que considerem exclusivamente os requisitos formais
relativos ao número de horas-aula ministrada, à qualificação do corpo docente e às condições de infra-estrutura oferecidas.
c) O ingresso seja feito através de processo seletivo próprio da instituição, sendo pré-condição necessária para admissão a conclusão do ensino
médio ou equivalente.
d) Os cursos de pós-graduação strictu ou lato senso obedeçam às
normas gerais para este nível de ensino, respeitada a liberdade curricular.
Brasília-DF, 15 de março de 1999.
Eunice R. Durham
Lauro Ribas Zimmer
Jacques Velloso
José Carlos Almeida da Silva
-6-
A Câmara de Educação ~•.~
Sala das Sessões, 15 de
Conselheiros Hésio de .
Roberto Cláudio Frota Beze
4. Decisão da Câmara
_ Estado. Talvez,
3.0 se generali~~ferencialmente
j
assegura, não
__ Por outro lado,
- .•.•...
t15são regula~-=!ecer diretrizes
__imento. Pode o
A Câmara de Educação superior acompanha os votos dos Relatores.
Sala das Sessões, 15 de março de 1999.
Conselheiros Hésio de Albuquerque Cordeiro - Presidente
Roberto Cláudio Frota Bezerra - Vice-Presidente
..
_l eosmo, respel-
entre
-entido de
ição cur~~r
3 diferentes
t."::i'ersitários
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5
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-7 -
----------
ARTIGOS
11
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composto por um escri::~ "- - -por ser anônimo, pass':"J "- : ~- ~o:
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bém desconhecido, recebe1J "-"-
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A, História da Interpretação
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o tema
do servo
n~loé recente. Já o
tempos do Novo Testamento, se deparou com o mesmo quando, diante do
texto hebraico
Is
lhe foi perguIltado: "Peço-te que me expJiqllcs a
quelTI se refere o profeta. Fala de si rneS1TIOou de alguém outro?:l (lÓ.~t 8.34).
As respostas oferecidas a esta pergu '1ta
.. são múltiplas e procedem dos
variados quadrantes teológicos.
Até a primeira metade do séc, XVIII A.D., pede-se falar de LLlTI rela~
tivo consenso nos meios cristãos quanto à identificação do servo de
1ahweh, particularmente aquele retratado em 1s 53. Até então, a interpretação messiânica tradicional era corrente entre os intérpretes do ÂJltigo Tes·
tamento e poucos nomes dissentiam desta Ínterpretação que então prevalecia.I Salvo casos isolados, a unidade do livro do profeta 1saías não era
seriamente questionada. Não se conh.ecia, até então, outros Isaías que não o
de. lerusalém do séc. ";;\[111
a.C, Isto explica, elTI parte, a unidade cristã em
tornu da interpretação rrressiânica ortodOXéL
o seu cn...,
a mudar carn Johailii ,'-'' .
l.Ilentário
1775:; baseou~se no pressuposto qu.e o 11"\-'ro era
distintas. Ero 17887 rlllillâ. reserib.a bibliográfica,
tempos de: e:xJlio
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tação do servo de Iah\veh f1:
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de Isaías, de 1892. Anterior
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contra a separação das pericc;:-:: ::.:
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do Antigo Testamento.
3
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St{fJerÚ'lg ServanL. pp, 6-27. apreserlta
crisi'B desde o Al1tigo Testamento até o século
história da interpretação do servo~ veja North,
2 Schokel, Proíf:tas 1, p. 269.
caDltul0
de Teologia ern 24 de feverei!::; de 1999.
urn. h.lstórico das interpretações judaica e
dezoito da nossa era. Para um sum.áriü da
Servanl o,I lhe Lord, p. 293.
-8 -
Corno conseqÜência de
IJbderleh1 de Duhrn.
Snaith. Serva}]!
<
("'"'1.0.
m,·.2::- ~
Roas'
dc~s
~= ~-nrela_~lIerpreta-
Tes-
Jue nao o
·:ristã em
composto por um escritor ao final do exílio babilônico (séc. VI a.C.) que,
por ser anônimo, passou a ser designado de Dêutero 1saías (literalmente,
Segu.'1do Isaías). Com BenÜlard Duhm (1892), avançou-se mais um passo.
1s 56-66 foi separado do corpus profético e atribuído a um autor do período
do retomo e restauração do exílio babilônico (séc. V a.c.) que, por ser também desconhecido, recebeu a a1culma de Trito 1saías (literalmente, Terceiro
1saías). A influência de Doderlein e, principalmente, de Duhm transcendeu
o seu tempo e fronteiras e se faz presente nos estudos isaianos até os dias
atuais. Com esta oposição aberta à unidade do livro, a autoria ú-nica de 1saías desmorou nos meios acadêmicos criticos?
Tal mudança de posição teve conseqüências diretas sobre a interpretação do servo de 1ahweh no livro de 1saías. Em 1875, Duhm publicou Die
Theologie der Propheten, na qual ele isolou quatro pericopes em 1s 40-55 e
as denominou de 'Ebed-Jahve-Lieder (cânticos do servo de 1ahweh).4 Esta
classificação foi confirmada por Duhm no seu influente comentário ao livro
de 1saías, de 1892. Anterior à popularização da Forrngeschichte (crítica da
fonna), o comentário de Duhm aplicou a 1s 40-66 a então dominante Literaturkritik. 5 A partir de então, os cânticos do servos firmaram-se nas discussões ísaianas. Muita tinta já se gastou neste tema, particularmente na
tentativa de definir a identificação do servo. Estudiosos têm argumentado
contra a separação das pericopes do corpus profético isaiano. No entanto, a
influência de DulL.'11foi forte e a existência dos quatro cânticos do servo
veio a ser considerada como um dos firmes resultados do moderno estudo
do Antigo Testamento.
era
.) C01110 conseqÜência do surgirnento do Dêutero Isaías~ NOlth, SU.fJering Servant, p. 2~ afir-
rna qile in1terpretação
1)6derleln de DUJ.l.lTI.
~ Sn8lth. Sen'{Vl!
coletiva do serve: passou a ser aceita naquele século que separou
~;onto dt; rçff;rên~_'j{i q:__
mnto ao isolamento dos c,ânticos do sen/o" na
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DCl'cebcr a SJrlg'lh:,ri\:!a,:k
3nterlOTes
é1DnhlTL
destes pOer1l8s. Estas pedcopes já
A-.t)bra c1ás51ca Christologie des
~~i)::>quatro
c:Jr~ticü§do servo i ~:}CÚÜ"lentar sobre
15
1extns q:),{)vieram
42.1 ~94 I-IerU2:stenberg
described in this passage i3
This
fiftietl1,
208)
-9-
13
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a.firnla:
• 10 ••
.
cas, reIS.'
Ate "1
l'iabuce.n><
- ,
27.6; 43.10. No uso sec";L',,
B. Os Cânticos do Servo de Jalmeh
Os cânticos do sen'o de Iahweh consistem de unidades de texto do
livro de Isaías com identidade própria que reportam-se ao "servo de
r h
-'" l)ii7i'
- ,:;;;)'.. f, D uum
h_
•
1ou quatro poemas (:"L,-:+;
. 1 - 1 ' 49 . 1- 6 ;
~a,-weh'
ISO
50.4-9; 52.13-53.12) que, no seu entender, nada têm a yer com o seu contexto atual, nem foram escritos pelo Dêutero Isaías. A pmiir daí discutiu-se
a respeito do númer07 e delimitação8 dos cânticos, sobre o autor dos mesmo, sobre a relação com o contexto. sobre a identidade do servo. Sobre
nenhum deles chegou-se a acordo.
"Servo de Iahweh" (i1ii1' '1:Jli) é o título dado ao personagem cujo
chamado, missão, sofrimento, morte e exaltação são descritos nos cânticos
do servo. Às vezes, este é também designado de "servo sofredor", principalmente em conexão com 1s 53. A expressão "servo de Iahweh"
jj' '1:J li.) não aparece no texto, porém Deus o chama "meu servo"
(42,1; 49.3; 52.13; 53.11), e ele (o servo) fala de si mesmo como IIseu servo
(:1,
(de lahweh)" (49.5). O termo '1.::J l1 ocorre 21 vezes emls 40-55, sempre no
singular (exceto 54.17) e em sentido honorífico (exceto 49.7). Destas, é
consenso que 14 ocorrências referem-se a Israel. As outras 7 oconências se
dão nos cânticos do servo e nos versículos com eles relacionados (45.5-7;
50.10,11).9 Via de regra, o tenno h~braico ':"!;:j1) significa "servo, escravo"
No antigo Oriente Próximo (Israel incluso) os adoradores de
(NT,
J
qualquer deus eram seus "servos". Numa aliança, i.::J li indicava o lado
mais fraco em relação ao mais forte. Várias classes de povos e indivíduos
são :hamados "servos de 1ahweh" no Antigo Testamento: profetas, patriar-
(2Rs 22.12). Conclui-s~~. _" :-' 11 é um título de grani:: ::-.-_
nipotenciário, ministro nu;:;', .:'" _,
Portanto, o servo referido r.c:
_
honra diante de Deus.
'1:J
C. Interpretações
servo de Ia..hweh" tomou-se termo técnico vinculado aos estu-
o
(Gressrnarill,
Gtmkel),
__
Sugere~.;.-:-
cânticos. O conceito do se!',: :_
cananeu Tamumz (de Ras-SI:.:
do mito de Tammuz, um de\.., _,.."
2. Interpretação autobic,;::
a si mesmo, Portanto, o sen'c ,=~ _
3, Interpretação indi \
pessoais delineados nos câmic;.:' _ ~
com um personagem históricc,
dia histórico, 13 Duhm defendi?,
g-'cupo ou naçao
,
e o ser\'o e
n1e51110 COl11.un1 grupo
A maioria dos teólogos concorda com os quatro cânticos propostos por Duhm, outros
identificam cinco (os quatro propostos por Duhm mais 42.5-9) ou mesmo sete cânticos
(42.1-4; 5-9; 49.1-6; 49.7; 8013; 5004-10; 53.1-12). Segundo SchOkel, Profetas 1, p. 277, aos
textos sugeridos por Duhm, propõe-se acrescentar ainda os seguintes como cânticos do
servo: 51.1-3; 4-6; 9-16; 61.1-4; 62,1-12; 63.7-14; 66.6-11.
d2 I
A indagação dirigida 3.:
profeta?") continua soando f'C ~
Seis interpretações têm sidc~:=-= _ -,
1. Interpretação mirei: ~
escandinavos (Nyberg, EngL:_
-
A expressão "cântico(s)do
dos isaianos.
6
do Servo
sele:,-=·
7
Há divergência quanto à delimitação dos cânticos, Há os que defendem que o primeiro
cântico (42.1-4) vai até o v. 9, o segtmdo (49.1-6) termina no v. 13, e o terceiro (50.4-9)
estende-se até o v. 11. Há também quem pense que o quarto cântico (52.13-53.12) inicia em
53.1. Veja North, Servant ofthe Lord, p. 292, A maioria dos estudiosos limitam os cânticos
aos "textos curtos".
:~
~:;;:
~:~;,~:~~;~~:;~~
diSCus~;,'
201~202; I-iarrÍsoI1.1nfroducrfo_';,
8
Para um minucioso estudo sobre as ocorrências de 1::l1' em 1saías e, especialmente, em 1s
40-55, veja o artigo de Beecher, The Servant.
{~~~:]:'tK:S;,2\~:!~i23.
Lti.d.
13
p.~lista de
~l)gestão
9
- 10-
Face 0/
D!).
de
;'J{:7"i-:f-":
~ç: texto
do
servo de
-~:
.1.9.1-6;
. :eu con_:: .• LlL1U-Se
Sobre
. ::;::1'0 cUJo
,dnticos
- . pnnCl~ IalT\vehH
servo"
___servo
~5.5-7;
cas, reis.lO Até Nabuconosor é chamado "meu servo" (,.,::t lI) em Jr 25.9;
27.6; 43.10. No uso secular, o "servo do rei" era um importante ministro
(2Rs 22.12). Conclui-se que no Antigo Testamento e no antigo oriente,
i::l é um título de grande honra e status, algo como "braço direito", plenipotenciário, ministro num governo. Ser servo de Iahweh é privilégio.
Portanto, o servo referido nos quatro cânticos é personagem da mais alta
honra diante de Deus.
JJ.
C. Interpretações do Servo de Iahweh
A indagação dirigi da ao evangelista Filipe ("... a quem se refere o
profeta?") continua soando nos meios teológicos. Afinal, quem é o servo?
Seis interpretações têm sido oferecidas a esta pergunta.
1. Interpretação mitológica. Esta proposta está vinculada a teólogos
escandinavos (Nyberg, Engnell) bem como aos pais da Formgeschichte
(Gressmmm, Gtmkel). Sugere-se a presença de elementos mitológicos nos
cânticos. O conceito do serva tem elementos derivados da liturgia do deus
cananeu Tammuz (de Ras-Shan1l'a), Os cânticos são interpretados a partir
d mIto
.. de ~.
{o
1 ammuz, um· d eus que morre e ressuscIta,
como o servo. 11
2. Interpretação autobiográfica. Nesta compreensão, o autor refere-se
a SI. mesmo. p'ortanLo, o servo sena., o propno. n
veutero salas. 12
3. Interpretação individual (também hi.stórica biográfica). Os traços
pessoais delineados nos cânticos levam comentaristas a i.dentificar o servo
com um personagem histórico. O autor refere-se a um indivíduo ou episó,. h'
"
13 n'
d'Ia este mouo
;l de
- mterpretação.
,
mo
1!lstonco.
LUl1m d"e1.en4. Interpretação coletiva ou cOl1Jorativa. Os poemas referem-se a um
grupo ou nação e o servo é identificado com a comm1Ídade de Israel ou
mesmo com um gl1JpO seleto em Israel (o remanescente). Por detrás desta
A
de
:. o lado
__ - :,'::.JrêS
'ji'.íduos
oatnar-
u -.
"::;)5
I'
10
; 277,305
.- ::',O':ro
~-9)
._ inicia em
uni rei ou Líder político (I'víoisés, Jó~Uzias, Eze7ul"obabeL, Sesbassar~ Ivlesulã~ Neenlias, Eleazar, até !neSnl0 Ciro),
(!ou l11eSBlOunJ. contenlporâneo
desconhecido de
T:)ê-llleroIs~d~lS.Para Gll2Jise e refutação de várias interpretações indivíduais~ veja Barrois,
28.
Face n(C77r/Sr pp,
- 11 -
após Pentecoste e na (.c:::-"---=.:'
mas do servo com sim:L:':':: :
santa) evidencia a li..Tll'13. ,~:': .:>~ -:'
compreensão está o conceit{) de personalidade corporativa vigente entre os
povos do antigo Oriente Pró~.;imoincluindo Israel.
5. L-lterprelação mista.' Trata-se de uma combinação das interpretações individual ou coletiva. Entende-se que uma interpretação exclusivamente indi\idual ou coletiva não esgota as potencialidades do servo. Ao
contrário. ambas simplifIcam o problema. Portanto, funde-se a compreensão: o ser;o é um personagem que, por sua vez, encaroa a comunidade de
Israel.
u
-J
nossos pais
vante notar
a dimensão
gentios"; v.
interpretaraL (.:-.
""
que na Feste. ie S':' _:::
missionária já 3.:-::;:-: "~
10 "extremidad:,:.; :~
ção concreta de proclamaçãc~ . .; ~_
Dois cânticos do seDe :.;
6. Interpretação messiânica (ou cristológica). Esta interpretação
entende que os poemas aponta.rn para Cristo, o messias de Israel. Cabe lembrar que os proponentes de outras leituras não negam, necessariamente, que
os cânticos acham a sua plena realização em Jesus. A sua dificuldade reside
na aplicação dos poemas direta e exclusivamente a Cristo.
Summa summarum, a interpretação mitológica não fez escola e a indh'idual (caracterizada pela falta de consenso quanto à identidade do servo)
não tem grande seguidores nos dias atuais. A interpretação coletiva tem
bom número de seguidores e prevalece no judaísm':l tradicional e na exegese crítica liberal. A leitura messiâníca é a única compatível com o Novo
Testamento. No entanto, como lembrado por Rummel, a leitura coletiva
não precisa ser necessariamente descartada.ls Se o conceito de personalidade coletiva vigia em Israel, se Cristo é Israel reduzido a mn só, e se Jesus
não apenas recapitulou mas consumou o destino de Israel, então Cristo
pode encarnar em si mesmo os ideais do povo de Deus eleito e perfeito. A
real e divina missão de Israel poderia estar concentrada nwna única pessoa,
a "'Olber,no messias que a encamou em sua vida e obra. Neste sentido, Israel
certamente tem uma missão para si mesmo e para as nações ao seu redor.
mencionados nos seguintes d:< .__
logia (três vezes), nos Artig:s _. de Concórdia (duas citações
fissões luteranas vinculam te i-=. : :- s:.
=
tificação pela fé. Desta forme ~ ~=
fissões luteranas adotam cl2Iê::-' ~-:
citações dos cânticos do sence
n. lsaias
42.1-4
A. Sumário da Perícope
A perícope introduz e 'eu
Deus e capacitado pelo Sê:;
conselho de Deus às nações d.: -"
não desarlilnará. Realizará sue
D. Os Cânticos do Servo na Tradição Litúrgica e nas Confissões Luteranas
o texto
dos quatro cânticos se faz presente entre as perícopes selecionadas para o alIO litúrgico. Os poemas do servo são lidos na celebração do
batismo de Jesus, no ciclo da Epifania, na semana santa,16 nu..'11domingo
B~ C); 50.4-9: Ditavo (kl;',],in;m
i\.) t: Quarta-Feira !U~Sen1anB S:?c:~:.=.
rnns (série anljal)~ 53.4-12: Sex~~~tr8dic10nal)
Ulo-se!i.undn
!4 Para discussão, veja SchOkel, Profetas I, pp_ 278·279; Hummel, Word Becoming Flesh,
! "p",-s ücon-ências
Pf' 223-224;
Clifford, Second lsaiah, p. 499.
Hummel, Word Becoming Flesh, pp. 223·224.
16 Do Domingo de Ramos à Festa da Páscoa, os cânticos do servo não são lidos apenas na
Quinta-Feira da Semana Santa e no Sábado de Aleluia.
1
- 12 "
~
são 2:~ seg,-,in.::-c
~.igente entre os
".}~ das interpreta-: ":::J.çào exclusiva: ' ~::s do servo. Ao
_ ~::-s:: a compreen~ .::.:uumdade de
'c
_::::rpretação enCabe lem-
>J.çl.
. :' :': amente, que
_ :-:.Údade reside
e a mdo servo)
"ê'Tlvatem
:: 'ia exege~-' o Novo
coletiva
.:-malida_,~Jesus
-- ~à.o C.risto
;:'j
feito. A
Israel
após Pentecoste e na celebração de São Bamabé.17 A vinculação dos poemas do servo com situações da vida de Jesus (com destaque para a semana
santa) evidencia a linha de interpretação adotada pela tradição litúrgic a: os
nossos pais interpretaram cristologicamente os cânticos do servo. É lelevante notar que na Festa de São Bél-rnabé,faz-se a leitura de 1s 42. Tal qual
a dimensão missionária já antecipada no texto isaiânico (v. 6: "luz para os
gentios"; v. 10 "extremidades da terra"), a vinculação do servo a uma situação concreta de proclamação aos gentios em Antioquia é evidente,
Dois cânticos do servo (Is 49: uma menção; 1s 53: seis citações) são
mencionados nos seguintes documentos das confissões luteranas: na Apologia (três vezes), nos Artigos de Esmalcalde (uma menção), e na Fónnula
de Concórdia (duas cítações).í8 Como é do seu feitio hermenêutico, as confissões luteranas vLnculam todas estas citações a Cristo e à doutrina da justificação pela fé, Desta forma e à semelhança da tradição litÚrgica, as confissões luteranas adotam claramente uma leitura messiânica das poucas
citações dos cânticos do servo entre seus documentos.
n. lsaías
42.1-4
A. Sumário da Pericope
A perícope introduz o servo de Iahweh. Este foi eleito pelo próprio
Deus e capacitado pelo seu Espírito para trazer a verdadeira religião e o
conselho de Deus às nações do mundo, O servo trabalhará silenciosamente,
não desanimará. Realizará sua tarefa com suavidade com o que é vacilante,
,eGar.
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17
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42.5-12: Festa de Sãü Barnabé
. res seleci. ~.,~b;-ação do
.. ~" domingo
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na Sell1ana Santa (série trienal A, B~ C);
B) C); 49.1-ó: segundo (série trienal C) e
após
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na Sen18n.R Sfulta (série trienal P,-,
B~ C); 50.4-9: oitavo donlingo após
anua})) DOluingo de RfuT}10S (série trienal
1\..) e QLlarta-Feira na Serna.l1('; Santa (série triena! A.~B, C); 15 52.13-53,4:
Domingo de RatriOS (série anual); 53.4-12: Sexta-Feira Santa
anual); 13 52.13~15: Festa da Páscoa
tl'~dicional); 52.13-53, 12: Sexta-Feir~ Santa (série trienall\, B~ C); 53.10-12: vigésiPentecüste
trienal B).
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(art. 5~ § 23~ ;;ua Lei
.; 5· Ts 5:;.6:
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tolo Evang(~nl0l\):
art. 20~ §
S5~ nDJ I\"fis~.f:,n: Is ~~~11: i\.pologia,
Se
15 53,5:
de Esn1alcalde,
segunda parte, art.
ttD~~sBC;4S ()brasH; 1s 53.10: J\pologia, alt. 24, §§ 23 e
art. 4,
§
íOL nDa Justificaçãoll•
- 13 -
não quebrará o que é fraco, mas também não fraquejará. Nesta tarefa ele
persistirá até que seja realizada.
lorder'
re::rultLilg f1"Ü111(~-;_-.._~
julgamento) em C:ristc,
evangelho da salvação
Á.d\'"
G Emst UTn·ght· "Th~
•
B. Considerações Exegéticas Selecionadas
1. A primeira observação situa-se na área da crítica textuaL A incerteza quanto à identidade do servo já se reflete desde cedo na transmissão do
texto hebraico. É preciso estabelecê-Ia antes de interpretá-Ia. Dois manuscritos do Targum aramaico de Isaías vertem o início do v. 1 como segue:
~n'iii~ -i::l.lJ ~i1 ("eis o meu servo, o messias"). A interpretação messiânica judaica aí está explícita. Por sua vez, a Septuaginta (LXX) interpola
"Jacó" e "Israel" no texto: IaKw~ Ó nalç floU ... 'Iopa'll o EXÀEK1ÓÇ floU
... ("Jacó, o meu servo; ... Israel, o meu eleito"). Desta forma, a LXX sugere
a interpretação coletiva: Israel é o servo. No entanto, ambas as leituras carecem de evidências nas outras versões antigas. Particulannente o manuscrito de Isaías de Qumran e a Vulgata, entre outros, dão sólido apoio ao
texto massorético que nos foi transmitido.
2. As expressões ''''~f1 ("meu servo") e 'l'n:::l ("meu eleito, escolhido") merecem atenção. Primeiro, deve-se notar que ambos os termos estão
em paralelismo. São, no mínimo, muito próximos, talvez até meio sinônimos. Segundo, ambos introduzem alguns ·atributos do objeto ao qual se
i~
Jl. se refere ao agente, ministro plenipotenciário
referem. Já vimos que
de Deus. O tem10 ..,m ~ ("eleito, escorbJdo") é usado no singular referindose a Moisés e a Davi (SI 106.23; 89.4). A..'l1bossão personagens proemineJ!tes na história de Israel e exerceram importantes tarefas que lhe foram
confiadas por Deus. Assim sendo, servo de Iahweh é aquele personagem
de alto status perante Deus que tem uma importante tarefa a C1.1111prrr
-tarefa esta que lhe foi confiada pelo próprio Deus.
3. O fato da expressão ~~iU~ ~'~i' ser usada duas vezes (vv. 1, 3)
junto com D~~~ EJ'trJ:(v. 4) neste cântico, indica que aqui se acha a idéia
central da pencope. Via de regra, ~~~~ é uma decisão legal, ll,'TI julgamento ou justiça, pronunciado por um ~El rD ("juiz"). Há sempre o perigo
de se entender tanto "julgamento" como "justiça" no seu sentido derrogatório, legalista. Também se pode entender ~~t!i/:j como "religião" (em 1s 42.14, por exemplo). No entanto, é preciso enfatizar que no contexto da aliança
~~i9~ é um termo evangélico e indica salvação. A tarefa do servo é aqui
descrita como "promulgar a justiça" (~~tli/:j), isto é, "the total redemptive
°
- 14 ~
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mente, - i1i7 in é traduzido (~=
Pentateuco. No entanto, a n.::: ~-'::
trurr, ensinar". No contexto '..'
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~ ;r ••.•..•..•
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"..,..,.;'"
) i"~ slgnulca
lnsuuçau.
nações aguardam que a insTT..~': _ .:.
cla.lnados. Desta forma, os kc:::::servo de Iahweh.
4. A perg •...
mta "quem s,~:
relevante neste ponto* O textc·
mulgará a justiça aos gentios.
beleçajustiça na terra", v. 4;, ç ,-.terras do mar aguardarão", ". -,
dos povos" e "luz dos gentic,s·
escolhido por Deus para o bes _~
gam para muito além do OrieL:~ C:"é
das têm implicações univers2.~:
belecer justiça e proclamar a
de longe. No contexto histÓr:c- -:
falar de missão no seu sentidc.ô-=--=-;;
cântico claramente enfatiza c_-=servo.
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'1"'" e a Justlça (ou
j::',mUltIma
anallse,
que é proclamado
da salvação.
G. Emst
19
pelo servo-
Este penSfui1ento é expresso
lhat is, God's reaching
li) in
interpola
_
"4
li') in
o termo
li
\vith
of God;
N'ormal-.
no v ..
sua vinculação
com o
sigm'fica "ins, ,
li'i ~ que
tmir, ensinar". No contexto da aliança, iíl in se refere ao evangelho no seu
sentido amplo: o conselho de Deus a ser proclamado aos gentios. Portanto,
lil in
signiílca
.-.~.,-v
'-' '- sugel -.e
nações
aguardam
:..s leituras
clamados. Desta
servo de Iahweh.
ca-
vviu.~the righteousness
é traduzido
como "lei", indicando
No entanto, a raiz verbal de 'iT in é
. r
.Ei-crÓÇ floU
paralelism
dO\'1rn in hu..'1um affairs in order to save those who
•
,,20 P
. 1 a ~~i9{j,
"
are 10st.
aralew
encontramos
.::mo segue:
- - -~ ,.:,;ão messiâ-
fomu por
da seguinte
"The term JU'>tice,' used in synonimous
'law' in verse 4, is in Second Isaiah identical
mente,
Pentateuco.
ou seja, o próprio
"instrução,
ensino"
que a instrução,
forma,
e é neste sentido
a revelação,
os termos
~:.:itli{j
e j!
T ~ •
•
relevante
neste ponto. O""texto anrma
lhes sejfuli pro-
i in delimitam
'f
4. A pergw"1ta "quem são os benefidários
apOiO ao
amplo aqui usado. As
o evangelho
da atividade
que o servo
a tarefa
do
é
do senro?"
..•••C~i~!~~+~
"~("' ,'pro~~~i'
r}~~bl~W:-""q;("até
-cite. escolhi-'
mulgará
:-::,1l08 estao
beleçajustiça
na terra", v. 4), e ,S'D:' C9'~ irl)iil7' ("e por sua instrução as
tenas do mar aguardarão", v, 4)?1 No v. 6 o servo é posto como "aliança
sinônise
._:' .:·Tellciário
.:: ::feri..'1do-;=-'_' proeml" !he toram
~.o_nagem
a justiça
aos gentios",
v, 1), ~~qJ{j
dos povos" e "luz dos gentios" (c'i~ i1K' E:l~i1~i~'). Embora o servo seja
escolhido por Deus para o bem de Israel, os beneficios da sua ação se alargam para muito além do Oriente
das têm implicações
belecer justiça
universais
e proclamar
de longe. No contexto
Próximo.
a instrução
histórico
cântico
seriO.
claramente
enfatiza
As expressões
e missionárias.
acima menciona-
A tarefa do servo de esta-
de Deus visa atingir os de perto e os
do Antigo Testamento,
falar de missão no seu sentido agressivo
i, 3)
que esta-
ainda é cedo para se
a partir do Pentecoste.
que os gentios
são o objetivo
Porém este
da atividade
do
- :_'~:1:1 idéia
'-'1'1
julga-
e
pengo
C<
.bTogatóeili 1s 42.1- - da aliança
19U.w'f1
1 '!
T.l;T, dBp"
"·noFlp
~I..Ond..
o ~ ~~S I 1,
J....;.u.~~lILel,
" ,)r
20
°O'r"\"o
é
aqui
:'edemptive
21 -'-"',
rJ.0;':
às
p. ";10
.:...
10.
\Vright; Isaiah, p. 105.
1118.13
' "
o
e um termo gc-nencopara
terras d'lstantes ao 1ongo da costa med"lterranea. R erere-se
distantes l'eQ.I5es(40.15; 41.1); elYi última análise~ ao mundo.
- 15 -
----------~I!!!!!!!-
c. o Servo de lahweh no Primeirr)
Mt 3.17; Mc 1,11 e Lc
3.22
CÔmico
'Ias, cortantes, penetrarn-: o
arma para perto (Israel'. ô':-.:. ,_.
_
pessoas distantes (gentic~
Primeiro, se em 1s 42 flcc'.:
e adequada aos seus ou-..ic:: ..
'
atuação. A sua palavra e:
que com ele são confroma:: .,
cácia da sua palavra. SegLL::i:
como espada e flecha, A figuL
údo da sua verbalização que f"C:;-o conselho de Deus, o ÀÓYo~.'="ele não só verbaliza o ÂÓYc~.:.~:,
1.14), a mente e aconselhe d:;- .:.:."
Jesus, então o oficio profético:i:: . -,
3. O lamento do servo '1'.:':::-'
rejeição por parte de muitos.-servo pelos que não acolhem c .=
primeiros beneficiários são
entanto, o lamento e o sofrime:c:'
c;;
citam ls 42.1 ao descreverem o batismo
d e J esus. n
A'
J
u seITa, d"o pnmerro cantIco
e'J esus, segunuo
os evange j'lstas. 22
Portanto, Cristo é considerado como o cumprimento e encamação do personagerr. principal deste primeiro poema. Como ungido de Deus, é sua
tarefa estabelecer e proclamar, de forma tranqüila e adequada à criatura
hmnana. o conselho de Deus e o evangelho salvador aos gentios de tenas
longínquas.
llI. lsaías 49.1-6
A. Sumário da Perícope
Neste poema o servo fala como indivíduo num aparente solilóquio.
Ele apresenta-se aos povos distantes como alguém chamado por Iahweh
desde o nascimento e mantido em prontidão para a sua missão. Ele foi
chamado como um profeta (vv, 1, 5)?3 O v. 3 refere-se a Israel como o
servo em quem Iahweh será glorificado. O servo lamenta o seu trabalho
vão, porém a sua força está com Deus. Não é suficiente que ele seja servo
para Israel apenas. Ele deverá ser luz para as nações para que a salvação de
Iahweh atinja os confins da tena. Os vv. 5-6 indicam a sua dupla tarefa:
primeiro, converter e manter Israel unido a Deus; segundo, ser luz dos gentios para levar-Ihes a salvação de Deus.
B. Considerações Exegéticas Selecionadas
1. E preciso notar a mudança do sujeito. No primeiro cântico, falouse sobre o servo. Agora o próprio servo é o sujeito e é ele mesmo que :fa1a
,
.
- J01
~ ...D1ogranca,
'c
ea
sua sltuaçáo
pessoa._1 ( v. 1\}. A;.ntes, a d'escnçao
agora e'
auto-biográfica.
2. O v. 2 af1,,'illaque a boca do servo é uma ;"1';10 :Jj11 ("espada af1afn. ("flecha aguçadaJafiada"). Ou seja, a palavra do
da/cortante") e
servo é espada e flecha. Em ambos os casos, há a menção de armas agressi-
i'i~
23
Veja também a alusão a 1s 42.1 no episódio da transfiguração de Jesus (Mt 17.5; Lc 9.35).
Veja o paralelo no chamado de Jeremias (Jr 1).
- 16 _.~
:--:
o
~
,,-::':::
c;; .
>
o'.: ~_.
ta-se em confiança para Deus. P
verdade, diante de 1ahweh.
servo que está diante de Deus ~
conetamente entendida - que c;;S~"
julgrle. Paralelo a L::i~tU/j \em - =: _ ;:
como fluta ou recompensa ds o ... ' _
O flUto e recompensa da ati\i:i~ .
Deus. E dos céus que virá a:-'·
diante do filho de Deus SU2",c
possível, passe de mim este '__
sÜn~como tu queres! li (rv1t 26._-:='
4, S~ faz necessário urn
de urna
para unir/reunir/jlultar Israel
negaç.ão ~., ("não"), Enl re'~~-~
veTam o ~., (ke tio) t81
e cOlnpreensão
,
22
•..•
_._.
.I~-
_. c:m
vas, cortantes, penetrantes e eficazes no duelo com o oponente. A espada é
arma para perto (Israel), enquanto a flecha é anna para longe, para atingir
pessoas distantes (gentios). Isto nos conduz a duas conclusões ilnportantes.
PrLmeiro, se em 1s 42 ficou estabelecido que o servo agirá de forma mansa
e adequada aos seus ouvintes, aqui fica evidente o poder e a eficácia da sua
atuação. A sua palavra e o seu agir são penetrantes e produzem efeito nos
que com ele são confrontados. O que está aqui afirmado é o poder e a efi-
o batismo
::; jngelistas.22
u.,~ào do perDeus. é sua
..? a cnatura
~-::·.·_k'S de terras
cácia da sua palavra, SeglLndo, é a boca (:I ~ ) do servo que é caracterizada
como espada e flecha. A figura é óbvia. Trata-se do seu discurso, do conte-
l;
.. :~:'"solilóquio.
Dor lahweh
::~jo. Ele foi
:'::-:e] como o'
::'1"': trabalho
'''=1a servo
de
tarefa:
::08 gen-
údo da sua verbalização que penetra e atinge. O servo verbalizará a :i ri ,
o conselho de Deus, o Àóyoç. Em SlL'TIa,na perspectiva do apóstolo João,
ele não só verbaliza O Àóyoç, mas é em si mesmo o Àóyoç de Deus (Jo
1.14), a mente e o conselho de Iahweh feito carne. Portanto, se o sel~VOé
Jesus, então o oficio profético de Cristo é aqui descrito.
3. O lamento do servo quanto à sua atividade (v. 4) já antecipa a sua
rejeição por parte de muitos.24 Este lamento demonstra o sofrimento do
servo pelos que não acolhem o que ele virá a fazer em seu beneficio. Os
primeiros beneficiários são os do seu próprio povo, depois os gentios. No
entanto, o lamento e o sofrimento não são a atitude final do servo. Ele volta-se em confiança para Deus. Pois o seu caso e a sua recompensa estão, na
verdade, diante de 1ahweh. Reaparece o tenno t:J~\Vi.d. Agora é o t:J9\Vi.d do
servo que está diante de Deus. Trata-se da direito, da causa, da justiça - se
corretamente entendida - que estão diante do próprio Deus para que ele os
'J) ~
é aquilo que alguém ganh.a
julgue. Paralelo a ~5:llLi~ vem jj' ~ 5:l .
como fruto ou recompensa da sua atividade ou trabalho. O sentido é claro.
O fruto e recompensa da atividade do servo são grandiosos e estão com
Deus. E dos céus que virá a exaltação. Esta cena nos leva ao Getsêmani,
diante do filho de Deus suando gotas de sangue e orando: "Meu Pai, se
possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e"
sim, como tu queres!" (lv1t26.39).
T
faloü~
:]ue fala
agora
é
afiaê,alavra do
.
T
:I,
T
"••
•.
_
.
4. S~ faz necessário u.m COll1entário critico textual para a clarificação
-, oe urna Clausu
, '1 a no ~./.)l
-bl.u, anue
J se •••.
.
(.,
lé: ~çj~:.~!.,/ I.,~~t.p:l
"e
e corn,preensao
para unir/reunir/juntar Israel a ele"). O termo em questão é o advérbio de
negação ~.~ "não"). Eln respeito ao texto sagrado, os massoretas transcreketib) tal qual receberam, porém à margem grafaram a leitura
veram
o~'
. - c. Lc 9.35).
24
Este tema será desenvolvido detalhadamente no último cântico.
-
J
7 -
(qere') que lhes parecia ser a mais correta: iS ("a ele"). Dentre as versões
antigas mais importantes, apenas a Vulgata aceita o ketib: et Israhel non
congregabitur ("e Israel não será reunido"). A fonna iS (qere') é apoiada
pela LXX, Targum e Qumran, além de ter aceitação praticamente universal
é freqüente entre os coentre os comentaristas. A confusão de i? com
pistas.
~6
5. O v. 6 alarga, de forma explícita, a tarefa do servo. É claramente
dito (e isto é o elemento novo em comparação com o primeiro cântico) que
a tarefa do servo é restaurar a sorte dos seus patrícios. Porém o seu trabalho
não se esgota aí. Ao contrário, o alcance da tarefa do servo é estendido. O
'i~). A luz ('iK) está
servo é posto como "luz para as/dos gentios" (I:I'i~
em oposição às trevas. Onde não há luz, não há vida. Ali reina o caos e a
ser rejeitado. O senc Çm~
seu caso e da sua reco",[·::-'
servo são claramente __... ,.
alcance da sua tarefa chç-L:
salvação de Deus.
v. Isaias
_
50.4-9
A. Sumário da Pericope
O servo, descreve
Sc;;L
morte. Apesar de não ser o caso em todas as situações, o substantivo bl'i~,
acorda man..l-Iãapós marh~ã ;:-..-_~
Ele não foi rebelde aos seus :':-: __
via de regra, é um termo genérico que refere-se às nações ou povos em
geral que não Israel (como é o caso neste texto). Neste caso, e no contexto
dem e o envergonham. Ao
dos cânticos do servo, ser "luz dos gentios" significa tomar-lhes disponível
e acessível a
in (instrução, evangelho) de Iahweh (42.4). O cântico
também afirma que o servo é luz dos gentios "para seres a minha salvação
:ij
(n~i)
até os cantos da terra"
:1:'>i'-i-lJ'n~'i!J' ni':1 S). O verbo ni':i?
(:1: iJ ' infinitivo construto) indica propósito e o substantivo :1~'i!J'significa
"salvação, libertação". Pieper defende que, neste texto, a fonna 'n~ni!J~
("minha salvação") "is an abstract designation of a person, a more emphatic
equivalent of 'My Saviour,.,,25 O que já foi dito em 42.4,6 é aqui repetido e
reafmnado. Ou seja, a atividade do servo vai além de tendências nacionali::tas e tem escopo universal, alcançando todas as nações. O elemento missionário à moda do Antigo Testamento está presente neste texto.
c O Servo de lahweh
no Segundo Cântico
o conceito
de servo de 1ahweh avança neste segundo poema. A apresentação do personagem é mais pessoal, autobiográfica. Fala-se do seu
nascimento, da sua mãe, do seu nome. Em complemento ao servo compreensivo e paciente de 1s 42, aqui a eficácia do seu oficio profético recebe
grande ênfase. A sua palavra, a sua instrução são armas agressivas e penetrantes que atingem a profundeza do coração. No entanto, tal oficio pode
25
c.
- 18 -
c: _-.
o ajuda e vingará a sua causa. >.- ;;
terceiro cântico en.fatiza a fia:-:.:: _ c::de sofrimento sob as mais aic,:,'sofrimento ainda não é tào ê:':vem no Último cântico?6
B. Considerações Exegétícas (".
1. Cabe notar que o tem'_:
que, de certa forma, é inesp::-r: __
discurso autobiográfico, Em ::.:-2. Este cântico aprese:'::, _
do ainda rios é desconheçÍ(L,
comprovada pelo manuscri::
OCOITeapenas nesta passage'·'·
hapCL\ legoJ11enon. p.!"paren:::-_
traduzido por suster. :.._~
dicionaristas de que este é c:: a dificuldade~ os estudjosc~
11 1 lJ
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"-'-'Pieper. isola/; ir. p. ~f~·~;
.. ~_
~)~rLln/
K.BL
Pieper, Isaiah Il, p. 358.
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p. 146~denr}! -~;l>i (:'~:ç
,p_
804~ PI'L<
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" a.s versões
!srahel non
é apoiada
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universal
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claramente
càntico) que
: seu trabalho
:: êstendido. O
..E ('i~) está
..~L:o caos e a
- ,:antivo O';),
.u povos em
contexto
~ riO
.. ê: disponível
O cântico
"~-,asalvação
...:' !Ii'i1?
ser rejeitado. O servo então sofre, porém deixa que Iahweh tome conta do
seu caso e da sua recompensa. Finalmente, os benetlciários da atividade do
servo são claramente delineados. Os de Israel são o primeiro alvo. Porém o
alcance da sua tarefa chega aos gentios, às nações, a quem será trazida a
salvação de Deus.
V. Isaías 50.4-9
A, Sumário da Perícope
O servo, descreve seu contato diário com Deus e como Iahweh o
acorda manhã após manhã para ouvir e aprender como discípulos o fazem.
Ele não foi rebelde aos seus ensinos. Ele não se escondeu dos que o agridem e o envergonham. Ao contrário, pôs toda a sua confiança em Deus que
o ajuda e vingará a sua causa. Ninguém o convencerá de culpa algllilla. O
terceiro dntico enfatiza a fidelidade do servo à sua missão, apesar do grande sofrimento sob as mais diversas circunstâncias. A natureza vicária do
sofrimento ainda não é tão explícita, mas já antecipa e prepara para o que
vem no último cântico.26
- • ';.' significa
~'l
'n1J'IV'
'T
'
... :: emphatic
__.":: ,,"petido e
. ,- _:::.snaClOna,.::'ílento mis-
B. Considerações Exegéticas Selecionadas
1. Cabe notar que o termo'::l ~ ("servo") não ocone neste cântico, o
que, de certa forma, é inesperado. Sem introdução, o poema inicia com um
discmso autobiográfico. Em outras palavras, o servo é quem fala.
2, Este cântico apresenta lh'1l caso típico de um temlO cujo significado ainda nos é desconhecido. Trata-se da forma n111? (v. 4) cuja leitura é
comprovada pelo manuscrito de Qumran, A dificuldade é que esta forma
ocorre apenas nesta passagem em IOdo o Antigo Testamento, ou seja, é um
hapa.;'( legomenon.
Aparentemente trata-se de infmitivo construta Qal de
nu! traduzido por "suster, alentar, ajudar", porém sem a convicção dos
diçionaristas de que este é de fato o seu significado.27 Para tentar solucionar
a diílculdade, os estudiosos voltam-se para as versões antigas. Muitos seT
- ::-::::.A apre:.-se do seu
compre:'~:ico recebe
~:-"o
'as e pene_. ,:,fício pode
Ln
PiepeL Isuioh 11~p, 3XÓ, considera este cântico uni prelúdio 3 Is 53. f~orth, Sujlering
l.)'{:n'Uii!~ p. 146. denoD"'c\na este cântico
COE10 o HGetsên1a.ni do Ser\·oil.
27 1(BL3 , p. 804, prefere colocar uni ponto de interrogação após o ternl0.
- 19 -
•
guem a LXX que a traduz por ElTIElV ("dizer,,).28 No entanto, os tradutores
da LXX pode também estar tentando fazer sentido de um termo que não
lhes era conhecido. Até aparecer melhor solução, ficamos com "suster,
ii
ajudar" (com uma palavra) ou mesmo" dizer" para a forma verbal Ui ~ ?9
3. A expressão t:l~·W~"1í~h("língua de eruditos", v. 4) aponta para
aquele é ensinado. O adjetivo
I
("iniciado, erudito") vem do
verbo
("ensinar"). Em várias vers6~s de 1s 8.16 e 54.13 o mesmo
tenno é traduzido como "discípulos". Os vv. 4-5 também afirmam que os
ouvidos do servo estão abertos como discípulo para o que Deus tem para
lhe ensinar. Afirma-se, desta forma, a função profética do servo. Sua função é dupla. Primeiro, ouvir da parte de Deus. Depois, verbalizar com sabedoria, com língua de iniciado, este conteúdo. No contexto dos cânticos,
i~"
-
im" i~"
T
trata-se da proclamação da justiça (~~
de Iahweh.
tlJ
1':J
)
e do ensino
(71 ~
;11,
evangelho)
4. O mottf do sofrimento do ser/O é central neste cântico (vv. 6-7). O
texto deixa a impressão de que se trata de alguém aparentemente solitário e
abandonado que sofre dura e cruelmente. A hostilidade a ele dirigida é
aberta e ele sofre uma brutal yiolência física. Ele é ferido nas costas e na
face, é cuspido e insultado. Tem a sua barba arrancada.30 O seu rosto é tal
qual t1J'1':J ~ r:! ("pederneira, calhau, seixo, lasca de pedra"), ou seja, é endurecido para enfrentar as bofetadas como se não as sentisse e fosse insensível ao que se passava.3! A humilhação pela qual passa é simplesmente vergonhosa. Sem dúvida, os maltratos de Cristo na manhã da crucificação
estão aqui antecipados (Mt 26.67; 27.30; Io 18.22). Este tema é continuado
e desdobrado em 1s 53.
5. Como no poema anterior, a reação do servo é de resignação, obediência, confiança em Deus e certeza que 1ahweh é o seu defensor (vv. 79). No desempenho da sua missão ele aceita o sofrimento. Porém em meio
a este, a certeza do socorro do Senhor o torna mais forte que a dor. O permanecer impassível diante da hostilidade podia, talvez, ser considerada
como confissão de culpa, o que daria razão ao adversário. No entanto, o
servo apresenta-se tranqüilo ao juízo humano na certeza que .Deus demonsComo, por exemplo, a edição revista e atualizada da Bíblia da SBB.
Para discussão detalhada, veja North, Second Isaiah, p. 201; Watts, Isaiah 34-66, p. 195;
Motyer, Isaiah, p. 399.
30 Na cultura do Oriente Próximo, a barba é simbolo de masculinidade. Veja Ne 13.25.
31 Veja motifsimilar
em Ir 1.18 e Ez 3.8-9.
28
v~·::-.
trará a sua inocência e
nar este motifcom o qu:: ':: -:-
c. O Servo
de latw,'eh ,,' ~~_
A noção de sel\ci:: =.:.ma reforça o motif da
servo é alguém que, com
aprendeu de Deus ao necess:: i· :.
palavra é eficaz, agora é
sofrimento é novidade, Fics
_
mas com grande confiança ::~ - :os beneficiários de tão b1'.:-::'_ : __
último poema.
VI. Isaías 52.13~53.12
A, S/ulnário ela Perlcope
o inicio
do
indica que~ neste caso,
séc. XIII) é nluito
<:::
•
t..4
•.,..:.;
53.11=12)" Deus fala no
do servo. () oráculo descr~~.
cedida de violência
os ímpios, O servo foi desfi:
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Após isto, ele recebe a :-"
o:; Hmuitos" admirados.
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dados
COil10
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J3.Considerações
29
- 20-
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1.
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cantIcos,
e\angelho)
Y;
trará a sua inocência e proverá a sua absolvição. É impossível não relacionar este motifcom o que se passou com Cristo na Semfuia Santa.
c. O Servo de lahweh no Terceiro Cântico
A noção de servo de lahweh progride neste terceiro cântico. O poema reforça o motifda função profética desenvolvida no cântico anterior. O
servo é alguém que, com habilidade de mestre, proclama aquilo que ouviu e
aprendeu de Deus ao necessitado deste conselho, Se antes foi dito que sua
rl
.,
, •••
'"
v motiifd o
pa 1avra e,,..encaz, agora e'+":aúrmaüo
que ela
e sabIa
e apropnada.
sofrimento é novidade. Fica clara a sensação de alguém solitário e sofrido,
mas com grande corilança em Deus. Ainda não estão explícitos o motivo e
os beneficiários de tão bmtal sofrimento. Mas isto será desenvolvido no
último poema.
6-7). O
5c,litário e
dirigida é
A. Sumário da Pericope
- sto é tal
é endu-
o início
do quarto poerna era 52.13 indo até o filIal do capítulo 53
indica que, neste
caso~ a divisão do texto
en1 capítulos
(que retrocede ao
:., ente ver-
séc. XIII) é 111Uitoirlfeliz. Não é sem razão qllê o quarto cântico COlll fre-
. :-,c-itJcaçào
qüência é sirnplesmente
::ntinuado
Esta pericope
denorninado de Isaias 53 .
c.0111eça
e termina caru
a rtItura exaltação
::-::çao, obe,~:'cc'c'r (vv. 7.. '":::::111 meio
::':'1'. O per-.:TlSiderada
- c.
c _'
çntanto, o
ciemons-
::.lS
do servo. O
descreve a
cedida de violência
cllhnlllandü na
servo que serIa pre1110rte
do servo e seu sepultamento
corn
os ímpios. O servo foi desfigurado, desprezado e ferido por Deus. Foi pelos
pecados de muitos, e não do servo, que ele morreu e foi posto na sepultura.
i",PÓS isto, ele recebe a sua recompensa: os seus dias serão prolongados, e
os "n1uitos'l admirados,
os
tfrr1uÍtoslf
ClljOS
pecados
ele
carregOl.l-:
1l1e
são
dados com,o despojo.
B. CC)1zsiderações
:Sxegéticas
/..)elecionaclas
~~J,5.p.195;
~ .~
-.::
,_'.':'.J.
-:
-
1. E consensu que o quarto cântico é U111aunidade da lnais alta quali-
dade poética, talvez o ápice da literatura profética do l\..'1tigo Testamento.
Delitzsch afIrma que é como se Is 53 tivesse sido escrito sob a cruz do
GÓlgota.32Ao mesmo tempo, a perícope está permeada de termos raros e de
baixa ocorrência no A..'1tigoTestamento o que acaba desembocando num
bom número de dificuldades textuais e exegéticas. Isto talvez seja deliberação consciente do autor.33 Afinal, o que aqui está sendo proclamado pelo
profeta é o magnum mysterium da igreja cristã!
2. A pencope começa e termina (52.13-15; 53.10-12) com a afirmação do triunfo do servo. Ou seja, como HUllli'neljá observou,34 Is 53 não é
apenas uma profecia de um servo sofredor que está para morrer. Mas também (e principalmente) de um personagem vitorioso e ressurreto. O triunfo
da Páscoa veio via sofrimentos da Sexta-Feira Santa. Isto não é apenas
mera seqüência histórica, mas cada tema é indispensável para o outro. Não
é possível considerar a humilhação e morte de Cristo separados da sua
exaltação. E vice-versa. Desta forma, ls 52.13-15 é uma miniatura de toda a
perícope (52.13-53.12).
3. O importante motifdo sofrimento vicário é enunciado nos vv. 4-6.
Os sufixos da primeira pessoa do plural ("nós, nosso") indicam a contribuição da audiência. O v. 6 é central, pois articula a natureza vicária da tarefa
do servo: ",., Iahweh fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós ('J~;:' )1"
Portanto, o tema do sofrimento do servo iniciado no poema anterior, encontra aqui a sua justificativa. Afinal, por que um servo justo e eleito pelo
próprio Deus tem que passar por tal via crucis? É por causa de quê ou
quem? Eis a resposta: "'J
! Todos nós!"
4. Precisamos atentar para as cinco ocorrências do advérbio O':l "J
("muitos,,).35 Neste contexto, C':l"J significa não apenas literalmente
"muitos", mas, de fato, "todos". O termo C'::l 'J pertence ao vocabulário
técnico do sacrifício vicário.36 Isto responde à pergunta sobre os beneficiários da tarefa do servo: C':;). "J , todos! Isto inclui os da comunidade de Israel
bem como as nações de terras distantes. Portanto o universalismo introdu-
zido no primeiro cânticc ,
wiversal.
c. O Servo de
Delitzsch, lsaiah, p. 303.
Hummel, Word Becoming Flesh, p. 222.
34 Hummel, Easter, p. 69.
35 As ocorrências
são as seguintes: 52.14: "... como pasmaram muitos"; 52.15: "... muitas
nações"; 53.11: "... justificará a muitos"; 53.12: "... muitos como sua parte", "... levou o
pecado de muitos".
36 No sentido de "todos", C' ~ "} é usado em Dn 12.3 e também em Me 10.45 e Rm 5.19.
33
•...
conStlução
figrrra dr; ~--...
final do texto. ConforTCl~' p~~-::rrimento do servo, mas "'~-:~,..
após a cruz vem a exaltaçs: '.
res, via de regra, entend:~n-:<'_::
10: "... prolongará os seus di::::
desde o primeiro poema. o 2::·
tarefa do servo é aqui reatlnn2._,
VII. O Servo de Iahweh
A. Construção da Noção de Sc~
o conceito
------~~..•_""
.. _ ..•.
-
de servo d;; 1_,
ticos. Ele é primeiro intred-'L_
Iahweh se compraz. A sua t2re~',
gar o ~~r4~ de Deus e arÜ}l1.~ ~:.:
Estes motijs são desdobrad~:, reafl1Tna a função proclârnJ.d;.~~·
cha. E obra do servo trazer
disto, como antecipado em ,:trazer R salvação de .DeEs 2~=
do servo C01TIc;
maçAc:. ()
.
do
-
11101TCro., 11125 na;)
por
l'
-
- 22-
,,~
SOirrmen1:0 e
'.
32
c
A noção de ser\c~e
já adiantado em 1s 50~
texto errl Is 53.
~ ..
~::l
T
Iah1veh
J
Pieper, IsniJh lI, p. 431.
:;:':2 _
~
- --------=--~--~
a cruz do
raros e de
oo::J.::andonum
: .0:;,
~~-=JS
seja delibera.. lamado pelo
_=
:.'lll a afirmals 53 não é
o. '-(;r oMas tam~c,., O triunfo
o:ore
::ao é apenas
c' outro. Não
:dos da sua
' .. Coeuade toda a
•
.
··'-~~~m46
_-,-ll,)~Vv.
•
contrlbm. "~ da tarefa
_:~:
.:i
I
:'T~:'2)!"
.,:::~'tlor, en_ :c' 'Oito pelo
je quê ou
'.
~
zido no primeiro cântico é aqui reafmnado. O que o servo faz tem alcance
universal.
c. O Servo de lahweh no Quarto Cântico
A noção de sel~VO de Iah\veh attnge o seu ápice neste câ.ntico. COI110
já adiantado em Is 50~ o rJzofÍl do so:fdrnellto dernanda boa quantidade de
texto erü 18 53.
estabelecido - e esta 6 a .novidade deste cântico - que o
e111 favor de toda a
sofrimento e
Isto e progresso na
C011s1ruç-ão
da figll.ra do sel"...·~/O,No
a ê:nfase do terüa de 15 53 não está no sofinal do texto. Conforme
~
.
d
...
1
•.••
37 r
.
rflll1ento _o servo~ mas SIm no seu trllrnjO{' soare
o SOIl1nlento.
,\)U seJa~
após a crllZ \/elYI a ex~altação do tÚ.111ulo 'vaziol Comentaristas con.servadores~ via de regra, entendem que a ressulTeição é no m.ínimo sugerida no v.
10: "... prolongará os seus dias!" (bl'~:Ti~~). Por fim, como estabelecido
desde o primeiro poema, o alcance universal da obra e dos benefícios da
tarefa do servo é aqui reafirmado .
VII. O Servo de Iabweh
A. Construção da Noção de Servo de lahweh
'iteralmente
:,cabulário
, ~ beneficiá~:.iê' de Israel
introdu-
O conceito de servo de Iahweh é edificado ao longo dos quatro cânticos. Ele é primeiro introduzido como servo eleito de Deus em quem
Iahweh se compraz. A sua tarefa profética é claramente delineada: promulgar o ~~~~ de Deus e anunciar às temi:> longínquas a i1"J in de Iahweh.
F
~s~es
t
motl.;s
;1'. sao
aesaOürados
,
1,·
nos cantlcos
, "
segumtes.
.
O segu.11.
do poema
reafmna a fun.ç,ão proe-Ífunadora do ser,./o: a sua boca é como espada e flecha, É obra do servo trazer as tribos de Jacó de volta ao seu Deuso Além
.. rnuitas
. levou o
disto, come, antecipado em 42.6, o s<;:1'vo
é posto como luz dos gentios para
trazer a salvaç.ão de· Dells até os confins da terra. 18 50 de1.ineia a tarefa
do servo con10 algt.lérn que telTI língua habilidosa para a procla(1 /7!otif do S(;Íí~Ü1H,;n.to do servo é então referido pela prl1neira "vez.
C-Olll o Úllirno poema, G tema do servo eheg;:: ao clinlax. O se:r\TO sofrerá e
111.0rrc:46.,nla~ não por sua culpa. O seu sofri1nento é vicário ern favor de
~rblO
: ç
bl':l i
Rm 5.19.
37
Piepcr, Isaiah 11,p. 431.
- 23 -
" •••••
---_
•••••••
IIIIM1i11l1.IIIlUt!illll"
toda a humanidade. Porém mais importante que o seu sofrimento é a sua
exaltação. Ele passará pela morte, mas triunfará e prolongará os seus dias
na ressurreição.
Se é verdade que lemos o Antigo Testamento a partir do contexto
canônico, então a centralidade cristológica (com os seus desdobramentos) e
o oficio profético do servo (aos de Israel e aos gentios) são os dois pilares
que slistentam a noção de servo de Iahweh nos poemas do livro de IsaÍas.
das nações (42.6. 49 c
confins da terra (49.6 i
. d'Icam que .'a . _. _.
estas lU
verão a luz do Servo d~
! ..JiJ"e'
rnl«-COrnal'iJ
v ~_ u .•.
~Y.
,,41 ""Pc'rT'~_'
'-_.
__
em levar a mensagem C.cs É verdade que a ~.
partlr do 'Pentecoste nàc: -,.__
B. Interpretação do Novo Testamento
toda a hU111anidade.
Os escritores do Novo Testamento estão convencidos que os cânticos
do servo profetizam Jesus. A opinião do Novo Testamento é que Jesus
considerava-se como o cumprimento das canções do servo, Ele é chamado
de servo de Deus (o nalç aÚwD/aou) em At 3.13,26 e 4.27,30. 1842.1 é
menos aludido por ocasião do batismo de Jesus (Mt 3.17). A citação
de Jesus em I ..c 22.37, o texto de Filipe em ../\.t 8.32-355 e, certan1ente, a
afirmaçào de Pedro em At 3.13 fazem conexão direta de Jesus com a noção
expressa nos cântieos do servo de Iahvieh. Jesus entendia que o seu sofrimento foi profetizado (Mt 26.24,54,56; Mc 9.12; Le 18.31; 24.25-27,45).
1\·1t8.17 relaciona o seu ministério de curas com 1s 53.4. 1s 42.1-4 é vinculado ao seu ministério em Mt 12.15-21. A incredulidade dos judeus é explicada com Is 53.1. Em Lc 24, o poema de 1s 53 certamente figurava entre as
"escrituras" às quais ele se referiu. Os "muitos" de Mc 10.45 é fortemente
reminescente de Is 53.38 Igualmente lPe 2.22,24 vincula 1s 53 com Cristo.
SUi!!ma summarum, o Novo Testamento situa-se claramente na linha de
interpretação cristológica dos cânticos do servo de 1ahweh.
f\±ln:iL
Hjustifica a muitos1', Se. ne-~-
para usufruir o benefícjc,~ ln~-:~~
__
ser avisados daquilo que c ,~
Bibliografia
Barrois, GeorgesA. 1974. n-~ .::__
Crestwood, Si. VladinllI:::-:'-
0
Beeeher, Willis J., 1903. !'Th~ .:;cc:-
::;
Old Testament Interpreto::·
Rapids, Baker, pp. 187-2(.:.
Blaw, Johannes. 1962. A Natw'e:: - .,
Pereira Ramos (1966). Sã:
?.:.
Briggs, Charles A. 1886. Mess:::'
Peabody, Hendrickson Put.;.--.:,,:
c. Os Cânticos do Servo de lahweh e a Missão
Blaw, Natureza Missionária, p. 3]
. ~é chamado para revelar a justiça às :-.':'::
modo que a salvação de Deus pOSS2 2-_ 0_-:::"
gens restantes do Dêutero-Isaías fi ,:'Ô:. -'-__ .
dido pela restauração de Israel. Ol: s-: "
que estende a Israel, aqui o Sel~,C<.:",-- 4] Blaw. Natureza Missionária. D :.
40
o tema missão no Antigo Testamento pode ser mn assunto cmnplexo. Mesmo assim, Johamles Blaw identifica profecias "estritamente missi,."
••
A'
d o servo ..39 O seu argumEnto e'
onanas
no pnmelro
e segunao] cantIcos
sendo o servo chamado para revelar ~~tlÍ~ ao gentios (42.1), pi1ra ser luz
42 Rl::::Uf'
~"'''''''''J'_.' j70Jfitl/f'P7Q
__
declar8ç:5es
38 Para uma lista de citações, alusões Oli semelhanças
mento, veja SchokeI, Profetas /, pp. 344-345.
39 Blaw. Natureza Missionária, p. 31.
- 24-
de textos de Is 53 com o Novo T'5ts~
J'141'c,S/'oiJt/'ria
'''~
.• -Y'l-
[42.2: 49.6] negélndc
~.,
2.
levada às terras do !uar~ que a agG2:
iuinh2. sahrp~ç3.0 até. à e:~tTelnidad:: ,:'2 ~:-:._
a~:nações!! do Ser-.io de .T~véêIl-l J.? ~
c_,
c:'
- --;iento é a sua
os seus dias
- ; :.:2,
do contexto
v _
--,- -""mentos)
e. dois pilares
IsaÍas.
-·'~\~IU1CL
c:'
os cânticos
é q1Je Jesus
.. _ chamado
1s 42.1 é
citação
a
das nações (42.6, 49.6) de tal forma que a salvação de Deus alcance os
confins da terra (49.6), isto caracteriza missão.40 Para ele, afirmações como
estas indicam que "a salvação há de a!can.çar o além-mar; que as n?ções
verão a luz do Servo de Javé, que os confins da terra são convocadl's a
13 ortanto~ a reahzaçao
--'
-.'
, ..•
vo 1tal' para ..ave. ,,41 ~
destas proteclas
lTI1pl1Catanl[:em
em levar a nlensagem aos povos distantes."E
E verdade que a evangelização agressiva tal qual a conhecemos a
partir do Pentecoste não era conlum no AJltigo 1~estanle11to. r~'oentanto; é
difícil deixar de ver em textos como estes o interesse salvifico de Deus para
de muitos" e
toda a b.Ull1ar.Jdade . .4.~final, o ser"vo l!le\!(Yu sobre si o
T'
lIj-ustifica a muitos". Se; neste contexto~ HrrruitosH significa "todos" ~ então 3
para usufruir o benefIcio intencionado por Deus, estes Hmuitos!t precisam
ser avisados daquilo que o ser"/o fez por e para eles .
Bibliografia
_.--:,a noçao
~eu sofri-
Barrois, Georges A. 1974. The Face ofChrist in the Olei Testament,
Crestwood, S1. Vladimir's Seminary Press.
25-27,45).
',J. é vincu-
Beecher, Willis J., 1903. "The Servant", Classical Evangelical Essays in
Old Testament Interpretation, ed. Walter C. Kaiser Jr. (1972), Grand
Rapids, Baker, pp. 187-204.
::>-
;:"c ,.: expli- - :.:,~~
.i'," entre as
-; ~ :urtemente
c: com Cristo.
_ ;ia linha de
Blaw, Johannes. 1962. A Natureza Missionária da Igreja, trad. Jovelino
Pereira Ramos (1966), São Paulo, ASTE.
Briggs, Charles A. 1886. Messianic Prophecy, reimpressão (1988),
Peabody, Hendrickson Publishers,
Blaw, Natureza Missionária, p. 31: "Nestas passagens declara-se claramente que o Servo
é chamado para revelar a justiça às nações (42.1) e para ser luz às nações (42.6, 49.6), de
modo que a salvação de Deus possa alcançar os confins da terra (49.6). Enquanto nas passagens restantes do Dêutero-IsaÍas é declarado apenas que o mundo das nações será surpreendido pela restauração de Israel, ou que estas são convocadas a louvar a Javé pela liberação
que estende a Israel, aqui o Servo chama diretamente as nações à salvação,"
41 Blaw, Natureza Missionária, p, 39.
42 Blaw. Natureza jilissionária, p. 39: "Afinal de contas, estaremos fazendo violência a estas
declarações [42.2; 49.6] negando a idéia mais óbvia nestes versos, de que a justiça será
levada às terras do mar, que a aguardam (42.4), e negando que a expressão "para seres a
nlinha salvação até à e:-ctremidade da terra" (em conexão direta com a designação "luz para
,lt, I1:1ÇÕCS" do Sef'/v de .hvé em 49.6) implica também em levar a mensagem."
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E A I\IISS ..\O DE
Introdução
Prezados innãos
Esta aula que
parte em um sennão
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também ficarem mais familil-'zéé =.,
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pastoral fazendo a missão ée =-.~_;
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o Evangelho ainda não é mu:'
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Aula inaugural proferida na
- 28-
E5C.;
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c":'
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,,::
2
3.1
REFLEXÕES SOBRE AS PALAVRAS DE CRISTO
E A MISSÃO DE DEUS NA VENEZUELA
Seminary
David Coles W·
" ,)5 Dealing
. ~:lc'gical
Introdução
Prezados irmãos e irmãs em Cristo, professores, estudantes, amigos:
Esta aula que vou proferir nesta manhã está baseada em sua maior
parte em um sermão que eu preguei seis ou sete meses atrás nos Estados
Unidos perante uma das congregações luteranas que apoiava o meu trabalho como missionário na Venezuela.
EscollJi este escrito por dois motivos principais. Em primeiro lugar,
naquele sermão eu falei um pouco sobre meu trabalho missionário na Venezuela, para os membros daquela paróquia estadunidense estarem mais
familiarizados com os desafios que estava enfrentando naquele país. Porquanto estou ape1)as chegando ao Instituto, e ainda não tenho nenhuma
experiência aqui no Brasil, pensei que seria útil compartilhar com vocês
algumas impressões um pouco autobiográficas, por assim dizer, para vocês
também ficarem mais familiarizados comigo.
O segundo motivo para escolher este escrito foi que a mensagem espiritual daquele sermão parecia se enquadrar neste contexto de começo do
ano acadêmico. Meu tema naquela ocasião tinha sido: "Jesus Cristo ajuda o
cristão a seguir adiante apesar das mudanças e dos obstáculos". Com isto
não quero dizer que o começo do ano acadêmico seja de alglLlll modo um
obstáculo. Só estou pensando que os novos alunos estão começando um
programa extenso de cinco anos e, após isto, vocês estarão no ministério
pastoral fazendo a missão de Deus em diferentes congregações, ou talvez
plantando missões ou igrejas novas em partes do Brasil ou do mundo onde
o Evangelho ainda não é muito conhecido. Sem dúvida surgirão às vezes
dificuldades nesta peregrinação, e quando isso acontecer vocês poderão se
lembrar que nosso Senhor nos ajuda a perseverar. De fato, Ele promete nos
dar alegria até nos momentos dificeÍs. Como escreveu o apóstolo Paulo em
sua carta aos Colossenses, capítulo 1, versículo 24: "Agora, me regozijo
Aula inaugural proferida na Escola Superior de Teologia em 25 de fevereiro de 1998.
- 29-
nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do Seu corpo, que é a igreja".
O texto daquele sermão se acha no Evangelho segundo João, capítulo
6, versículos 41 a 51. Agora, eu vou ler este trecho: [Segue a leitura.].
Os missionários norte-americanos que trabalham na Venezuela às
vezes acham que os venezuelanos são melhores para iniciar uma coisa que
para levá-Ia a cabo. No começo têm muito entusiasmo e desejam empreender uma experiência nova, mas depois é difícil para eles ficarem constantes
em seus costumes e hábitos. Na prática, o novo crente que entra numa congregação talvez ofertaria facilmente para um projeto especial, mas lhe custaria prometer ofertar uma quantidade fixa cada domingo do ano; talvez
sair-se-ia bem num curso intensivo de educação teológica por extensão que
dura apenas uma semana ou vários fins de semana, mas não terminaria um
curso que se reúne, por exemplo, uma vez por semana durante quinze semanas; talvez seria muito ativo na igreja durante um tempo, mas retirar-seia assim que surgisse algum problema.
Eu imagino que as pessoas na sinagoga de Cafarnaum que escutaram
as palavras pronunciadas por Jesus em nosso texto bíblico de João 6 pareciam-se um pouco aos novos cristãos venezuelanos sobre os quaiseu estava
:falando.É provável que muitos deles estiveram entre os cinco mil homens
que Jesus alimentou milagrosamente com apenas cinco pães e dois peixinhos. Esse acontecimento fora tão extraordinário para eles que com muito
entusiasmo começaram a procurar Jesus em toda parte, até que o encontraram em Cafarnaum, na sinagoga (João 6.22-25). Aquela gente entendia que
Jesus era importante, e por isso foram à sinagoga. No entanto, poucos ficaram. No final de João 6, no versículo 66, lemos: "muitos dos Seus discípulos o abandonaram e já não andavam com Ele". Jesus até temeu que os
Doze também iriam embora.
Em lugar de desisT:s. ::-.::-
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não era benvindo. O noss,.: ç:==-_..
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de alento para nós em qualquer:::'.:"
de perto, portanto, e apliquen,>c.3.'O.:
fortalecerá a nossa fé, animandc-=-: s
com outros, e capacitando-nos ,;:.::::1
I. As palavras de Jesus nos lembra
e expectativas
não têm valor €'5piri
Uma das verdades que J=::.~, '
que estavam na sinagoga de C
seres humanos afastados de D;:....:- :-
Naquela situação, um falso messias também teria talvez abandonado
a luta. De fato, aquelas palavras que o Senhor proferiu na sinagoga de
Cafarnaum produziram uma queda repentina em Sua popularidade. Já os
fariseus de Cafamaum estavam conspirando contra Ele, porque algum tempo atrás Jesus havia sarado num sábado um homem que tinha uma mão
ressequida, como lemos em Mateus 12.14. Recentemente, Herodes Antipas
tinha cortado a cabeça de João Batista, e existia a possibilidade de Jesus ser
a próxima vítima. Até a família de Jesus acreditava que Ele estava louco.
no versículo 44 do nosso texto _._~
enviou, não o trouxer", O SeT'.:-.:· •
"ninguém poderá vir a JvEm. ó;: ::::.:
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Jesus ser
Em lugar de desistir, porém, Jesus confiou em Seu Pai celestial e recebeu a força para voltar corajosamente à sinagoga de Cafamaum, onde
não era benvindo. O nosso Senhor quis voltar porque sentia a necessidade
de fazer uma interpretação do Seu milagre da multiplicação de pães e peixes, porquanto a maioria das testemunhas do milagre tinham compreendido
mal aquela ação de Jesus. A compaixão também motivou Jesus a regressar
à sinagoga. Ele entendia, como disse em outra ocasião, que as multidões
"estavam aflitas e exaustas, como ovelhas que não têm pastor" (MaÚ;us
9.36), pois tinham, como todas as pessoas, muitas necessidades e dúvidas,
mas não estavam recebendo dos fariseus uma boa orientação espiritual.
Jesus sabia, além disso, que Ele ti..'1haexatamente o que essas pessoas necessitavam, "as Palavras da vida eterna" que mencionou Pedro no final de
João 6, versículo 68, quando Jesus perguntou-lhe se ele também retirar-seia. Tais palavras haviam fortalecido o próprio Jesus, segundo a Sua natureza humana, quando estivera desanimado. Tais palavras também poderiam
ser usadas pelo Espírito Santo para encaminhar aquelas pessoas ainda desconcertadas rumo a uma fé verdadeira. Tais palavras são também uma fonte
de alento para nós em qualquer momento de incerteza. Escutemo-Ias mais
de perto, portanto, e apliquemo-Ias às nossas vidas. Assim o Espírito Santo
fortalecerá a nossa fé, animando-nos para que compartilhemos o Evangelho
com outros, e capacitando-nos para que fiquemos sempre firmes.
I. As palavras de Jesus nos lembram que nossas obras
e expectativas não têm valor espiritual
Uma das verdades que Jesus salientou para solidificar a fé daqueles
que estavam na sinagoga de Cafamaum foi a bancarrota espiritual total dos
seres humanos afastados de Deus. Fez isto através das palavras que lemos
no versículo 44 do nosso texto: "ninguém pode vir a Mim se o Pai, Que Me
enviou, não o trouxer". O Senhor reiterou a mesma idéia em João 6.65:
"ninguém poderá vir a Mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido". A multidão supunha que precisava fazer alguma coisa para obter o favor de Deus.
Por isso perguntaram, no versículo 28: "Que faremos para realizar as obras
de Deus?" Jesus respondeu que Deus não exige nenhuma obra; Deus faz
tudo e nós recebemos os beneficios da obra perfeita dEle simplesmente
confiando nAquele que pelo Pai "foi enviado" (João 6.29). A religião judia
naquela época focalizava as obras humanas. Cristo focalizou as obras de
- 31 -
Deus. Já antes Ele dissera para os fariseus: "Meu Pai trabalha até agora, e
Eu trabalho também" (João 5.17).
É evidente que, quando nós confiamos apenas na obra de Deus e não
nos nossos sucessos, ficamos mais firmes, pois os atos de Deus merecem
toda nossa confiança, mas o que nós fazemos sempre tem falhas. Assim foi
a experiência de Lutero. Tentou agradar a Deus fazendo muitas coisas:
jejuando e chicoteando o seu corpo no mosteiro; confessando os seus pecados com muita freqüência perante o seu superior; seguindo a disciplina do
misticismo para ter uma experiência mais profunda da presença de Deus.
Todos estes esforços, porém, não trouxeram paz ao coração de Lutero, porque jamais pôde estar certo dele ter feito o suficiente para ganhar o favor
divino. Mas quando Lutero confiou na obra perfeita de Jesus Cristo na cruz,
ele ficou inabalável apesar da oposição do papa e do imperador, apesar dele
se tomar um fugitivo procurado pelas autoridades, apesar das lutas e divisões que surgiram entre os protestantes. Séculos depois de Lutero foi escrito um hino que descreve a postura do cristão que confia somente em
Cristo: "Minha esperança está edificada sobre nada menos que o sangue e a
retidão de Jesus; não alego nenhum mérito próprio, mas repouso inteiramente sobre o nome de Jesus. Cristo, a rocha sólida, é meu fundamento;
qualquer outro fundamento é areia movediça".]
O missionário, o pastor, ou qualquer cristão que queira levar a sério
o chamado de Cristo na Grande Comissão, "Ide, fazei discípulos de todas
as nações" (Mateus 28.19), terá mais estabilidade e constância em seu trabalho e em sua vida se nunca esquecer que a missão é de Deus e não do
homem. Eu li, num artigo escrito por lLlll professor de missões de llill seminário luterano dos Estados Unidos, que este professor, na primeira aula de
seu curso "Introdução à Missão" costuma distribuir entre os alunos um
questionário no qual ele pergunta "de quem é a missão?" Segundo este
artigo, pelo menos noventa por cento dos estudantes dão uma de duas respostas: uma é que a missão pertence à igreja, que para eles geralmente significa a congregação local como uma organização ou a denominação ou
distrito. A segunda resposta mais popular geralmente é que a missão per-
1 Ver Lutheran Worship (81. Louis: Concordia Publishing House, 1982), hino no. 368, "My
Hope 1s Built on Nothing Less", escrito por Edward Mote (1797-1874): "My hope is built
on nothing less Than Jesus' blood and righteousness; No merit of my own c1aim But whoIly lean on Jesus' name. On Christ, the solid rock, I stand; Ali other grollild is sinking sand,"
I
- 32-
tence ao indivíduo cristão
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edificam; se o Senhor não g.~c ':- ~
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pregação nem de Cristo nem 6-,
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teria abalado sua fé. Em lugar i:, "-'c
DeUs, porque ele, se lembrâ..ilic
fiando só na obra de Deus.
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• õ> hope is built
I :laim But who_ .s sinking sand."
-=-_
tence ao indivíduo cristão que está fazendo a missão.2 Tais conceitos só
podem trazer problemas, pois o missionário talvez confiará em seus conhecimentos, seus talentos, sua metodologia missionária. A Bíblia, porém, nos
ensina que a missão é a i..11Íciativade Deus para buscar todas as pessoas que
estão perdidas ou afastadas dEle, para comunicar-lhes a boa notícia do perdão de Deus que se encontra em Jesus Cristo. Através desta Palavra de
Deus, o Espírito Santo opera a fé, onde e quando Ele quer, nas pessoas que
escutam a mensagem. Assim tais pessoas recebem o perdão de pecados, a
salvação eterna, e um novo relacionamento íntimo com Deus. Como diz o
Salmo 127, "se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a
edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela".
Dizer que a missão é de Deus não justifica a preguiça na tarefa missionária. Por isso, Paulo admoestou os cristãos da cidade de Roma, escrevendo para eles as seguintes palavras: "Como crerão nAquele de Quem
nada ouviram? E como ouvirão, se não forem enviados? Como está escrito:
Quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas!" (Romanos
10.14-15).
Mas Paulo acrescentou no versículo seguinte: "mas nem todos obedeceram ao Evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa
pregação?" O apóstolo acabava de salientar a importância do missionário
sair a compartilhar o Evangelho. Mas ao mesmo tempo, Paulo lutava com o
fato embaraçoso da grande maioria dos judeus não terem acreditado na
pregação nem de Cristo nem dos apóstolos, apesar deles terem ouvido o
Evangelho muitas vezes. Se Paulo tivesse confiado nas credenciais que
tÍ1hlJ.a,primeiro corno judeu zeloso, e após corno missionário que fundou
igrejas desde a Galácia até talvez a Espanha, a incredulidade do seu povo
teria abalado sua fé. Em lugar disso, porém, Paulo celebrou a sabedoria de
Deus, porque ele, se lembrando do fato da missão ser de Deus, estava confiando só na obra de Deus.
B!Jn.ko\vske, Hlvlission \Vork: The Luthenu1\Vay", em i1fissfa A.postolica. Pro~
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;Introduction te Ivíissionsi class (mostlv first vear sen1Ínaf\!~ students) , at least 90~/Ó of students
.
on lh.e f1r5t day of class "\-viUsay that
""
'"
lhe nlission belongs
(in arder
oi preference)
to: 1) The
church, and 2) tl1e individual Christian, Furli'1er questioning reveals what the students often
mean. by "church" ... an organized corporate entity ... a denomination or district."
- 33 -
É bom lembrarmos que o melhor missionário de todos, Jesus Cristo,
também conheceu de perto a incredulidade humana. De fato, poucos dias
antes de alimentar os cinco mil, Jesus tinha visitado Nazaré, onde todos O
conheciam. No entanto, apesar das Suas pregações e milagres, Ele lá fracassou, e lemos no evangelho de Marcos 6.6 que Jesus "admirou-se da
incredulidade deles". Jesus, como Filho de Deus, raramente ficava admirado ou assombrado perante algum fenômeno ou acontecimento. Ele é Deus,
e tudo foi feito "por intermédio dEle"(João 1.3). Nada podia ser surpreendente ou inesperado para Ele. Mas a incredulidade é tão inexplicável que
até Jesus assombrou-se. Contudo, visto que estava confiando em Seu Pai
cele::;tial, nosso Sel1hor não abandono;l a S'ua rnissão apesar daqllcla experiência desagradável, e sim continllou com a mesma estratégia missiorlária de
chegara todas as cidades e- aldeias de Galiléia, Como escreveu o evange~
Nlarcos (6,6), logo depois daquele fracasso Jesus seguia percorrendo
~('asaldeias circunvizilli~aS'i a ensinar".
Na V enezuela) o pano de fundo católic.o da cultu.ra taÍ1/ez contribua
para forInar u-=.maInentalidade religiosa no pO'~lO que pressupõe salvaçã.o por
obras, De lh'na maneira serrlelhante, o ensino dos fariseus e a atit-ude orglllhosa que eles tinham porque acreditavam que estavam clh'TIprindo perfeitamente a lei de Moisés criavam, entre a gente que escutava as palavras de
Jesus na sinagoga de Cafarnaum" essa mesma impressão das obras humanas
serem muito importantes para a salvação.
As igrejas evangélicas e os pentecostais na Venezue1a às vezes também fomentam essa mentalidade, ao ensinarem que para ser cristão é preciso antes de tudo não fumar, não beber, não dançar, Reduzem a vida cristã a
runa série de proibiçÔes. E por elas terem o conceito da igreja estar integrada por pessoas qrle já são perfeitas, nem sempre aplicam Lei e E.van.gelho
da rnaneira mais con'\/eniente. Em tal ambiente~ fi igreja luterana pode ore=·
recer lill1â. boa altemati\nl para aqueles "/enezuelanos que estão procurando
ili"TIacongregação
cristã: lliua proclanlação
111ais clara da graça de De11s, e
un1a conluA~idade e\::lí~siástica c:rlde as lrl11ãs e os lrrnãos se relaCIonam
não
aperlas segun.do a
mas acirna de tudo segundo o Evangelho:; e tentam
ter aquela atitude que Paulo descreveu em Efésios 4.32: "Sede Dns paTa
com outros benignos, c01upasslvos, perdoando-vos uns aos outms, como
também Deus, em Cristo, vos perdoou". Assim, a igreja luterana pode orerecer alivio àqueles venezuelanos que se sentiam sobrecan-egados porque
imaginavam que ti.'1han:.
Deus.
No entanto, existe
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riam na igreja luterana Si: ;-.: ~:. _= ,
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Um homem que tiru.1a se em-:.~_-:_c,
ele seria o herdeiro de sua :.. ~ __
::moça de uma família muito pr-:s'_::-:porém. Quando o homem rl<'>:
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A audiência de Jesus na 5:":-.3:
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des, e seus aliados. Outros ta1-;;:: ::
culares de Jesus para obter 3-.;__._.__,
porém, não satisfez tais expe,::.:.::Deus ou o próximo, mas alise:::.:.:O Senhor disse-lhes com dare::.:.. ::.a
... porque comestes dos pães t _. '- .:
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A murmuração que .... _ . __~
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israelitas tinham se queixad:: ;-: :---:.2
e porque as águas eram am:.:r;:: c''::,
ção do Seu povo: mandou c l?--=-=- -;
continuaram e se tonlaram :. ::': :::..:r
- 34-
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_.: Jesus Cristo,
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~r,de todos O
_;-=-~o, Ele lá fra.'-.:.mirou-se da
--~ -~:::\a admira-= ~
- ~ Ele é Deus,
_::. :~r smpreen~='~~~:licávelqlle
~m Seu Pai
imaginavam que tinham que fazer alguma coisa para ganhar o favor de
Deus.
No entanto, existe o perigo contrário. Talvez os venezuelanos entrariam na igreja luterana só porque ela permite o que outras denominações
proíbem. Tais luteranos seriam preguiçosos e carnais. Já Lutero notou com
pesar este problema na igreja luterana de sua época. Mas, embora Jesus
Cristo tenha recebido os pecadores mais desprezados - publicanos, prostitutas, leprosos, gentios - nunca tolerou o pecado. Por isso, ao ouvir as
murmurações das pessoas na sinagoga, Jesus demmciou o pecado delas,
admoestando-as com as palavras que lemos em João 6A3: "Não murraureis
entre vós".
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nome e, L'rreat!!'xpectatlOns
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do livro, que se chama Pip, tinha grandes expectativas quanto ao seu porvir.
Um homem que tinha se enriquecido na Austrália prometera para Pip que
ele seria o herdeiro de sua fortuna. Pip também estava namorando uma
moça de uma família muito prestigiosa. Estas expectativas não deram certo,
porém. Quando o homem rico voltou da Austrália, o governo inglês confiscou os seus bens, e depois a moça decidiu casar com outro rapaz.
A audiência de Jesus na sinagoga de Cafamaum também tinha grandes expectativas. Alguns acreditavam que Jesus iria lhes prover para sempre comida e outros bens materiais. Outros queriam que Jesus encabeçasse
um movimento guerrilheiro estilo Ché Guevara contra os romanos, Herodes, e seus aliados. Outros talvez queriam aproveitar os milagres espectaculares de Jesus para obter algum lucro (João 6.30; Mateus 16.1). Jesus,
porém, não satisfez tais expectativas, pois a motivação delas não era amar
Deus ou o próximo, mas alimentar o materialismo, a violência e a vaidade.
O Senhor disse-lhes com clareza, nos versículos 26 e 27: "vós me procurais
... porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que
perece ..."
A murmuração que houve na sinagoga traz à memória a murmuração
do povo de Deus depois dele sair do Egito. Aquelas murmurações no Antigo Testamento também foram causadas pela comida e pela bebida, pois os
israelitas tinham se queixado porque não havia nada para comer no deserto
e porque as águas eram amargas. No começo Deus simpatizou com a situação do Seu povo: mandou o maná e adoçou as águas. Mas as murmurações
continuaram e se tomaram a postura típica daquela gente perante qualquer
- 35 -
circunstância da vida. Não adiantava que o Senhor satisfizesse cada desejo
que eles tinham; nunca ficavam contentes. Por isso, essas queixas estragavam a obra de Deus ao minarem a fé dos outros israelitas. Afinal, todo
mundo se esquecia dos atos maravilhosos que Deus fizera para resgatar o
Seu povo da escravidão no Egito.
Durante a vida de Jesus, também, as pessoas que tinham o costume
de murmurar jamais estavam satisfeitas. O Senhor acabava de alimentar os
cinco mil homens com cinco pães e dois peixinhos. Antes disso tir1.hafeito
muitos outros sinais milagrosos. Não obstante, a multidão perguntou para
Ele: "Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em Ti? Quais são os
Teus feitos?" (João 6.30), como se nunca tivesse feito nenhum milagre.
Depois, quando Jesus declarou, "Eu sou o pão que desceu do céu" (v. 41),
eles fingiram escandalizar-se e repetiram a objeção que havia surgido em
Nazaré: Jesus não podia ser o Cristo, porquanto Ele era filho dum casal
humilde. Mas é provável que aquelas pessoas sabiam que Jesus dissera já
antes que Ele veio do céu. Por exemplo, Ele havia dito para Nicodemos:
"Ninguém subiu ao céu, senão Aquele que de lá desceu, a saber, o Filho de
Deus" (João 3.13). E para Natanael e Filipe havia dito: "vereis o céu aberto
e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem" (João
1.51). Contudo, aqueles mu.rmuradores quiseram julgar Aquele por intermédio do Qual foram feltas todas as coisas, Aquele que vai voltar para
julgar os vivos e os mortos.
Nós também às vezes não estamos satisfeitos com as nossas circunstâncias na vida e facilmente criticamos o governo, um indivíduo ramoso, um colega, um parente, até Deus. A crítica pode ser Útil e construtiva,
mas é espiritualmente perigosa se não ficarmos cônscios das nossas próprias fraquezas. Por isso escreveu Tiago em sua epístola (4.12): "Um só é
Legislador e Juiz, Aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem
és, que julgas o próximo?" Paulo também advertiu que uma postura de
crítica pode minar nossa fé: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que
não caia" (lCoríntios 10.12).
O Salvador nos indica um caminho melhor para manter a estabilidade espiritual, a saber, depender continuamente do Pai onipotente e orar, nas
palavras do Pai-Nosso, "seja feita a Tua vontade". Tal foi sempre a atitude
de Jesus. Como Ele disse em João 6.38: "Eu desci do céu, não para fazer a
min..haprópria vontade, e sim a vontade dAquele que Me enviou". Cristo é
Deus; nós, pelo contrário, apenas somos seres humanos. Tanto mais deve- 36 -
mos seguir o exemplo de Sua nU!
Pedro: "Humilhai-vos, pt.lrtanti),s.j
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mos seguir o exemplo de Sua humildade, levando a sério o conselho de
Pedro: "Hnmi1hai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele,
em tempo oportuno, vos exalte" (IPedro 5.6) .
Na primeira das Noventa e Cinco Teses de Lutero, o reformador
afinnou que na vida cristã deve haver um arrependimento diário. Na verdade, chegamos à fortaleza cristã só pelo caminho da humilhação; só assim
reconhecemos a nossa realidade; só assim pode Deus atuar em nossa vida,
pois, como escreveu Pedro, citando as palavras de Provérbios 3.34: "Deus
resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça."
ll. Jesus
fortalece a nossa fé ensinando-nos através da Palana
e alimentando-nos através dos Sacramentos
Outra estratégia que Jesus usou para encaminhar as pessoas na sinagoga de Cafarnaum em direção a uma fé verdadeira e durável foi focalizar
para elas primeiro a Palavra de Deus e, após, o sacramento da Santa Ceia
que Jesus instituiria um ano depois. O Senhor sabia que podemos ficar
constantes na fé só se buscamos sempre estes meios para receber a graça de
Deus.
No versículo 45 de nosso texto, Jesus citou um trecho do profeta
Isaías (54.13), dizendo: "Está escrito nos profetas: e serão todos ensinados
por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a Mim." Nesse momento estava acontecendo uma coisa semelhante àquele episódio que realizou-se um ano atrás na sinagoga de Nazaré, quando Jesus leu um trecho de Isaías 61 e após anunciou: "Hoje, se
cumpriu a Escritura que acabais de ouvir" (Lucas 4.21). Ali estava Jesus, o
próprio Deus, ensinando perante a congregação. Que privilégio foi ter um
professor tão extraordinário! Imaginem se vocês tivessem um autor famoso
como Machado de Assis, Cervantes ou Shakespeare para dar-lhes aulas de
literatura, ou um cientista famoso como Einstein para dar aulas de ciências,
ou um artista ou diretor conhecido de Hollywood ensinando-lhes como
representar um papel no teatro ou no cinema. Mais tarde, os escritores do
Novo Testamento refletiriam maravilhados que tinham sido ensinados pelo
Deus encarnado. Lembremos, por exemplo, o início da epístola aos Hebreus: "Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras,
aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho."
-=-
- 37-
----------III!!!!I
_
O ensinamento de
J ~ s---::~~-~
Jesus tinha várias virtudes como instrutor. Em primeiro lugar, transmitiu. fielmente o ensino do Pai, sem acrescentar, omitir, enfeitar ou alterar
nada. Mais tarde, em Jerusalém, durante a Festa dos Tabernáculos, Jesus
diria: "O Meu ensino não é Meu, e sim dAquele que Me enviou. Quem fala
por sim mesmo está procurando a sua própria glória; mas o que procura a
glória de Quem O enviou, Esse é verdadeiro e nEle não há irtiustiça" (João
7.16,18).
Quando eu trabalhava treinando futuros pastores e capacitando outras pessoas para que elas se tornassem liderança na igreja luterana venezuelana nas diferentes congregações, um alvo importante era transmitir
fielmente a "sã doutrina," como escreveu Paulo em suas cartas a Timóteo
metáfora, Jesus estava seg-c-I-':':
go Testamento, na qual a P:i.::'--comparada a uma comida acha-se no Saimo 34:8: r-'mesmo fenômeno em
(2Timóteo 4.3) e a Tito (1.9; 2.1). Os alunos, entre os quais alguns já estavam desempenhando o ministério pastoral, sempre achavam que cursos
sobre temas como "Lei e Evangelho" ou a "Confissão de Augsburgo" tinham muito valor prático perante os desafios do trabalho pastoral e da missão.
-vinde às águas; e vós7 os .;~...:.e
... Por que gastais o dirJ:ieiT~ _,- _
que não satisfaz? OU\li-rüe :3.t~=-.~
__
relS corri Ilnos manjares, inCls':::
alma viverá; porque COll'\'CSC-
Jesus, então, foi um professor fiel. O ensino dEle concordava perfeitamentecom o testemunhado Antigo Testamento. Como afirmou no Sermão do Monte, Ele não veio revogar ou mudar a Lei de Moisés. Ao mesmo
tempo, a Sua mensagem foi nova, pois anunciava a chegada duma nova
aliança já profetizada por Jeremias, uma aliança de perdão e vida eterna
baseada na Sua própria morte e ressurreição. Já na introdução do seu evangelhó, Joãotin11a escrito: "a lei foi.dada por intermédio de Moisés; a.graça
-e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (1.17). De fato, em toda parte
d6Seu discurso na sinagoga deCáfamaum, Jesus continuamente realçou
que a Palavra é a fonte não só da verdade, mas também da graça. Ditode
-outra rhaneira,a Palavra de Deus traz não só informação correta; tamQém
traz vida. Como disse Jesus em João 5.24: "Quem ouve a Minha Palavra e
crê nAquele que Me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas
passou da morte para li-vida. " Jesus concluiu o Seu -sermão na sinagoga de
Cafarnai.lmcomuma afmnação semelliante:"Aspalavras
que Eu vosteIh1.0
dito são fespúitO'e são vida;' (João 6.63). No ensinodeumcursode~yangelismochattlado "Quero Compartilhar Minha Fé", escrito por outro missionário iuterant> que estátrabaJhando 'na \l enezuela,pude comprovara ver--dade· -das'palavras
do Senhor,. As . pessoas vij.o,mut1apqo -quandôqsão
visitadas, ouvem o EvaÍ'):gelho eenttmu em c()utat()90m a:f)àlavta de Déus:
na verdade passam, da:;inonepara a vida.s'~_
~,
- 38-
pIos da vida diária para ilu.s:.:::.: ~~.-d
Suas ilustrações nas pará':;::::.., =:::J
naum, Jesus aproveítou o ~,,~~.-;;
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Esta ilustraçao que '.em -balho evangeHstico de "Cristc ~J_~ ~ ~
Brasil e em Olltros países: aIT2. --nÚcro-programas de EH.ilU '-'=
os ,problemas da vida diáriEL .::
boa mãe, C01110 tomar boas d~,.:::·:--: ~::_
diante. Qr~alquer venezu.el
folheto do mês, qr~eé tl~i1
como o Evangelho
-
Para Todas Las Naciones·· ~C?~·.:.-=_ :.
tos descobrem que Jesus ~ L.=.::' __
vira "pão da vida" p<:>..ra
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urna Igreja ou procurado um • :-, = '"
bre o perdão, a salvação e a .,]
enfrentar problemas concretcs
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- :·urro lnlSSlO-
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-
~1uand6São
Deus:
~ ,,"-fade
o ensinamento
de Jesus era distinto, também, porque usava exemplos da vida diária para ilustrar verdades espirituais. Bem conhecidas são as
Suas ilustrações nas parábolas. Em Sua mensagem na sinagoga de Cafarnaum, Jesus aproveitou o interesse provocado pela Sua multiplicação dos
pães para desenvolver as Suas observações ao redor da ilustração, "Eu sou
o pão que desceu do céu" (v. 41). Segundo um comentfu.-ista, ao usar esta
metáfora, Jesus estava seguindo o exemplo da literatura sapiencial do Antigo Testatnento, na qual a Palavra como fonte de sabedoria muitas vezes era
comparada a uma comida ou a uma bebida. Um pequeno exemplo disto
acha-se no Salmo 34:8: "Provai e vede que o Senhor é bom"_ Vemos o
mesmo fenômeno em Isaias 55:1-3: "ft~l;.! rrodos vós, os 'rue tendes sedej
vinde às águas; e vós., os que nao tendes dinheiro, vL:.'J.de,
comprai e comei
Por que gastais o dinheiro l1aquil0 que não é pão, e o vosso suor, naquilo
qu.e rlã.o satisfaz? {)rlvi-rn.e atentame:nte, corneí o qtte é bOL=""1
e '/08 deleitareis com :finos manjares. L.icli:.""1a1 os ouvidos e vinde a Iv1im; ou·~/ie a vossa
aLllla viverá; porque convosco farei ili-na aliança perpétua, qlle COIlsiste :n.as
fiéis rnisencórdias pronletidas a Davi"'. No livro dos Provérbios, a sabedo=
ria é personificada 11Ulrta 111.ulb.er qlle prepara U111 bal1quete e peGe para as
suas criadas sarrem às nlas para co:nvidar todc: li"'1undo a vir ao baJJ_quete.
,
Todos os que vinham e comiam aprendiam a andar "pelo carr.Jnho do entendimento" (9.6).
Esta ilustração que vem do livro dos Provérbios lembra-rne do trabalho eva11gelístico de "Cristo Para Todas Lias Nacio:nes';: na Venez-uela, no
Brasil e eln outros países; através dos meios
cOlilUlricação de :raassas. Os
micro=programas de rádio dessa organização relacionam o Evangelho com
os probler.üas da vida diária, por exernplo;; como se:r UITi bOJTI pai ou uma
boa tilãe, corno toma:f boas decisões, (: alc{)olismo~ as drügas~ e aSSlril por
diante. Qualquer venezu.elaIlo:, ao escutar a mensagem, pode ligar e pedir '-.-folheto do mês, que é um livreto de vinte
•
COlTIO
o EvangeH.lo
;'
11
-.
qu.e eSta passaD.ClOpor essa
u
•
••
-
-.
G1IICU1=
Uln escritório de "Cristo
dade. f\ pessoa também pode tele:toTlar ou
Para ~rodas Las l~aciones" para receber conselh.o e orientação
, .. A..ssim mui=
tos descobrem qlle
nas lutas diárias, e a Palavra de Deus
- Jesus é lJma ajuda
-
.
vira "pão da vida" para eles. Pessoas que talvez n.unca tivessem visitado
uma igreja ou procurado um conselheiro cristão escutam a boa notícia sobre o perdão, a salvação e a vida eterna. Também encontram sabedoria para
enfrentar problemas concretos.
- 39-
Dizem que a Venezuela é" após o Uníguai, o país latino-americano
menos receptivo ao Evangelho. Houve muito materialismo porque antes a
ll1dústria do petróleo produzia
riqueza e exigÜi pOllCO t1'aba1110. Alérn
disso~ e'xistem, como aqui no Brasil; forças espiritllais C(JffiO fi te:itiçaria e {)
espiritislTIO, que têm d0l11inio sobre 111111tas pessoas e afastam=nas do Deus
(~)desafio1
é apresentar o E-vangelho com criatividade,
conjO
Jesus ern C:afarnaum~ e confiar n.o poder l:la Palavra de })etlS,
a promessa que lemos e~rúIsnias 55.11: "~t\ Pa.lavra que sair da
rvlinha boca :nã,Qvoltará para 1\1im \lazia~ mas fará o que lvle apraz e prosperará ~nacp,:Ülopara que a designei."
consideramos de que man.elra o pão da vida é a Palâ'vra de Deus.
Palavra que Jesus el1SbJOll e qlle 11ÓS talnbém ensinamos pode ser ch_arria ...
da "pão da vida" porque traz vida e sabedoria. Mas em nosso texto o Senhor deu ao pão da vida um segundo sigr1ificado quando afirmou, no versí~
cuIo 51, "o pão que Eu darei pela vida do mlL'ldo é a WiL'1ha carne."
Anteriormente, em João 6.33, Jesus tinha expressado uma idéia parecida:
"o pão de Deus é O que desce do céu e dá vida ao mundo." Nestes versÍculos, a imagem "pão de Deus" comlL.'1i.caa idéia do Deus feito carne e
apÓs sacrificado na cruz como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo" (João 1.29). Assim como a nutrição que tem o trigo, milho, ou
mandioca se toma acessi'v'el para nÓs no pão~ assin1 tambénl Çftoda a plenitude da divindade" (Colossenses 2.9) se tornou acessível e Útil pél..ranós
graças à encamação de DetlS enl Jesus C~risto.Assim como pão, quando o
cotnemos,: é ~Çsacrificado" para qu.e ílÓS tenhamos vida, assinl tarnbénl a
mort~ de Jesus trollxe vida para toda a humanidade, Durante a Sua p3ixão~
Ele explanaria esta verdade usando outra ilustração: "se o grão de trigo,
caindo na terra, não morrer, fica ele sÓ; mas, se morrer, produz muito fruto"
(João 12.24). Estas verdades cristológicas da encarnação e da expiação são
muito profundas, pois através delas compreendemos melhor o amor inefável de Deus por todos nós e os grandes esforços que Deus fez para nos
resgatar do domínio do pecado, da morte e do Satanás. Vale a pena refletir
sobre este significado do "pão da vida", e a Santa Ceia é um bom momento
para tal meditação. De fato, ao pru:ticipannos deste sacramento sentirüos de
uma maneira muito pessoal que Jesus tem cuidado de nós como indivíduos
e como Corpo de Cristo; ao recebermos o perdão dos pecados, vida e salvação em associação com o verdadeiro corpo e sangue do Senhor, entendemos que Deus em Cristo não poupou nada, mas entregou-se totalmente para
Já
l\
- 40 -
nós vivermos; ao conílarmc" =-=.~
to, somos encorajados a se~2 ':::"-3
espirituais, assim como um E l:'::5 ~:-S
e quarenta noites após ter c:::c-.:: - ~
19.6-8).
:-.c-:::
IIl. Jesus estabiliza a nossa fé n.:"
e uma visão para o futuro
d
A terceira estratégia qUç _'::,_ ~
piritual da Sua audiência na si;::;_
ampla do porvir glorioso que :t= . _
como Salvador e Senhor. Repe:: :'-=--.é~
ressurreição. Por exemplo, no \t~ 0_:
último dia." Um comentarista dç ;_- os
à ressurreição e ao último dia D.z.c
estava desenvolvendo. Para a.s
modo de falar também era
~ . -
tinha ressuscitado, e alguns juc.e"..-'
que havia vida após a morte.
alguém; falaríamos, provavelr;::c_',::
de falar sobre a ressurreição de: - . c
é logicamente o último assumo~ _
Talvez poderíamos aclarJT
de uma demonst.raçã,o de comas, ..:
dos Ur..idos falam sobre "the
onde podemos ver rapidamenTe
vezes, os norte-americanos sã.~ L--:-.a respeito de um jogo de basque:::nOres - quantos pontos fez _
itom Une," ou seja, o resultado
Em Suas palavras na si:: -;:.::~
as etapas intermediárias da \"l~.:: ~:-:isso disse, no versículo 49; ..'.<"" - : __
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espirituais, assim como um Elias desanimado pôde caminhar quarenta dias
e quarenta noites após ter comido um pão cozido que Deus lhe deu (lReis
19.6-8).
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A terceira estratégia que Jesus usou para fomentar a estabilidade espiritual da Sua audiência na sinagoga de Cafarnaum foi dar-lhes uma visão
ampla do porvir glorioso que tem todo aquele que confia em Jesus Cristo
como Salvador e Senhor. Repetidamente Ele falou sobre a vida eterna e a
ressurreição. Por exemplo, no versículo 44, disse: "Eu o ressuscitarei no
último dia." Um comentarista de nosso texto observou que estas referências
à ressurreição e ao último dia não parecem se enquadrar no tema que Jesus
estava desenvolvendo. Para as pessoas na sinagoga de Cafarnaum, este
modo de falar também era insólito. Lembremo-nos de que Jesus ainda não
tinha ressuscitado, e alguns judeus, como os saduceus, nem acreditavam
que havia vida após a morte. Imaginemos que nós estamos evangelizando
alguém; falaríamos, provavelmente, sobre muitos temas da fé cristã a..lltes
de falar sobre a ressuITeição do corpo. De fato, na dogmática a escatologia
é logicamente o último assunto discutido.
Talvez poderíamos aclarar as palavras de Jesus usando a linguagem
de uma demonstração de contas, a linguagem da contabilidade. Nos Estados Unidos falam sobre "the bottom Une", a última linha de demonstração,
onde podemos ver rapidamente se o negócio teve lucro ou teve perda. Às
vezes, os norte-americanos são ÍTúpacientes e práticos. Se recebem noticias
a respeito de um jogo de basquetebol, talvez não desejarão saber os pormenores - quantos pontos fez Michael Jordan - só iJão querer saber o "bottom line," ou seja, o resultado filial: Chicago 111, Seattle 104.
Em Suas palavras na sinagoga de Cafamaum, Jesus também omitiu
as etapas intermediárias da vida cristã para focalizar o resultado final. Por
isso disse, no versículo 49, "vossos pais comeram o maná no deserto e 111orreram." A morte é o resultado final se procuramos só o pão material. A
ressurreição e a vida eterna são o resultado final quando nós procurarmos
Jesus, o pão da vida. Eis um ensino que nos dá firmeza perante as vicissitu- 41 -
des da vida: Jesus, "que começou a boa obra" em nós, "há de completá-Ia
até ao dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1.6).
Às vezes, o ministério social duma igreja apenas fornece comida, assistência médica, educação e assim por diante. A igreja luterana na Venezuela lidou com este perigo, pois antes uma escola de primeiro e segundo
graus não tinha um bom programa de educação cristã, e uma clínica que
oferecia serviços médicos mais baratos não. coordenava os seus esforços
com as estratégias evangelísticas da congregação na qual estava situada.
Este estilo errôneo de ministério foi comparado com uma anedota que escutei uma vez sobre Martinho de Tours, um cristão da Idade Média. Martinho viu um dia como um cristão a cavalo deu uma moeda a um mendigo,
mas não falou com ele. Melhor tivesse sido dar-lhe a moeda e também
compartilhar o Evangelho com o mendigo.
Jesus mesmo nos dá o melhor exemplo. Após ter alimentado os cinco
mil, ensinou-os; tentou dar-lhes uma nova visão e um novo propósito na
vida. Tínha usado a mesma estratégia com Nicodemos e com a mulher
samaritana. Os judeus em Cafarnaum criam que já conheciam as maravilhas mais espetaculares que Jesus podia fazer, como quando os israelitas
comeram maná no deserto (João 6.31). A mulher samaritana também achava que a fonte de Jacó era o máximo que Deus iria fazer. Jesus, porém,
queria que estas pessoas entendessem que viriam revelações muito mais
significantes da glória de Deus. Mais importante que a alimentação dos
cinco mil seriam a Santa Ceia, a morte e ressurreição de Cristo, a vinda do
Espírito Santo no Dia de Pentecostes, e o crescimento da igreja desde Jerusalém até Roma e até os confins da terra (Atos 1.8). Após, na Festa dos
Tabernáculos, Jesus declararia: "Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.
Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de
água viva" (João 7.37-38). Com tais palavras, Jesus quis que a Sua audiência já tivesse uma idéia da futura missão que nós agora estamos fazendo
sob a direção do Espírito Santo.
Sem dúvida, Jesus mesmo obteve força para continuar e fazer a última e desagradável viagem a Jerusalém porque não se esqueceu do resultado fmal, do "battom line" da ressurreição e da vida eterna. Como lemos em
Hebreus 12.2, "Jesus, em troca da alegria que Lhe estava pn)]J()st:1, snportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do
trono de Deus." Este mesmo versículo nos assegura que Jesus é "o Autor e
- 42 -
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Conclusão
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Consumador da fé", Jesus sempre nos fortalecerá nos nossos estudos e ministérios e na missão de Deus .
Conclusão
Então, louvemos nosso Deus e Senhor porque Ele nos dá as palavras
da vida que fomentam a fé e a firmeza. E concluamos com a oração doxológica de Efésios 3.20-21, que nos lembra do poder de Deus na Illissã.o:
"Ora, Aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo
quanto pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a
Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para
'11ém!" S.D.G.
todo sempre. i\..
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- 43 -
TRIENALA
HINOS DO HINÁRIO LUTERANO RELACIONADOS
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Raul Blum
No final da década de 80, foram publicados nesta revista três listagens de hinos. Cada listagem estava relacionada com um ano da série trienal. Este foi um trabalho de três classes de alunos da Escola Superior de
Teologia como requisito para as aulas de Litúrgica. Estamos reeditando
estas listagens, juntando toda a Série Trienal, agora revisadas por uma nova
turma da Escola Superior de Teologia.
Esta listagem de hinos tem duas [malidades:
1. Auxiliar o pastor ou dirigente de cultos e estudos bíblicos a encontrar, com rapidez e facilidade, hinos adequados para o dia do ano litúr-
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2. Abranger o Hinário Luterano o quanto mais possível.
Esperamos poder ajudar a reduzir o tempo de procura de hinos adequados para cada dia do ano litúrgico. É claro que, de acordo com o enfoque da mensagem do dia, algumas sugestões de hinos tenham que ser alteradas. Outra dificuldade que poderá ocorrer é que alguns hinos listados não
sejam do conhecimento da congregação. Neste caso, a nossa sugestão é que
se aproveite o momento para ensaiar com a congregação um hino "novo"
que ela ainda não conhece. Nosso hinário tem uma grande abrangência de
assuntos bíblicos. Quanto mais o utilizarmos no seu todo mais verdades
bíblicas serão firmadas na mente dos nossos congregados.
Diz-se que um bom hinário é um bom livro de doutrina. Nós temos
um bom hinário e, conseqüentemente, um bom livro de doutrina. Façamos
amplo e bom uso dele.
Na listagem que segue, o hino é indicado pelo número que se encontra entre colchetes. Por exemplo, a indicação [303] remete ao hino 303.
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[542]
- 51 -
LITrt
CEL-\ PASC~
A presente liturgia ave~e-uma só celebração para o eu}:e::.~ ~.-=
a celebração da Ceia PascaL
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em que o povo de Israel, por :c::e- ,
passou a caminhar, livre, para" :;::-. .: f
Testamento foi adaptada para 3.~ C'.::--::
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acontece ao fmal do culto da Qu;":':.-::,
culto da Sexta-Feira da Paixão. () ~=':i'
literado (seguido da tradução) e .::==_:
timentas, os ingredientes e as re c C'_ :,,-5
guida via editor da Vox ConcortÚ:;':_= 1
pelo rev. Paulo R. Teixeira. pas:c~ :·.1
SP.
_SI_1_0_5._1-_7
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Ir 25.30-32 ou 26.1-6 fl95]
lTs 1.3-10 ou 3.7-13 [424]
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Is 65.17-25
ouEz3411-16,23-24
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Mt25.1-13
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ou 25.31-46
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[543]
Le 12.42-48 ou 23~5-43
I
"...como Cordeiro foi levado ao
estava sobre Ele .., "(Is 53.7.5\
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I. Saudação
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Narrador: Sejam todos bem-\Jnd. s ..:'
vamos celebrar a antiga Festa da .P..:
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na verdade, estamos livres da ~ . ~
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L Aprender a valorizar cada \ez -:::~
Jesus, nosso Cordeiro Pascal;
2. Perceber a transição entre 3. ?lS-~-3
cristã:
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3. Aprofu.t1dar nosso conheeimen:: :::: ;4. Ter uma melhor compreen~§ ~ . ~
Testamento.
- 52 -
LITURGIA
CEIA PASCAL CRISTÃ
A presente liturgia apresenta duas ordens litúrgicas adaptadas em
uma só celebração para o culto na Quinta-Feira de Endoenças. A primeira é
a celebração da Ceia Pascal. Esta cerimônia tem a sua origem na ocasião
em que o povo de Israel, por intervenção divina, saiu do cativeiro egípcio e
passou a caminhar, livre, para a terra prometida. Esta cerimônia do Antigo
Testamento foi adaptada para a celebração cristã nos tempos do Novo Testamento. A outra ordem é a cerimônia do Desguamecimento do Altar que
acontece ao fmal do culto da Quinta-Feira de Endoenças em preparo para o
culto da Sexta-Feira da Paixão. O texto dos cânticos em hebraico foi trans,
:- ::2.1-6
:~071
j
[543]::;':.
: :3..;-58 [l2~'_,-
literado (seguido da tradução) e a melodia dos mesmos (bem como as vestimentas, os ingredientes e as receitas para a celebração) pode ser conseguida via editor da Vox Concordiana. Esta liturgia foi adaptada e elaborada
pelo rev. Paulo R. Teixeira, pastor na Congregação Redentor, São Paulo,
SP.
"...como Cordeiro foi levado ao matadouro ... o castigo que traz a paz
estava sobre Ele ... "(Is 53.7,5)
I. Saudação
Narrador: Sejam todos bem-vindos à Ceia Pascal cristã! Na noite de hoje,
vamos celebrar a antiga Festa da Páscoa que Deus deu ao povo de Israel há
três mil anos, quando os libertou da escravidão do Egito. Em Cristo Jesus,
na verdade, estamos livres da observância dessa Festa. Se, todavia, celebramos esta Páscoa, temos em vista os seguintes objetivos:
L Aprender a valorizar cada vez mais a liberdade que temos em Cristo
Jesus, nosso Cordeiro Pascal;
2. Perceber a transição entre a Páscoa antiga e a nova Páscoa, a Páscoa
cristã:
3. Aprofundar nosso conhecimento do relato da última Ceia;
4. Ter uma melhor compreensão da Santa Ceia e suas raizes no Antigo
Testamento.
- 53 -
Além do mais, para nós, cristãos, a Ceia Pascal é uma cena da paixão de
nosso Senhor. É uma dramatização do que aconteceu na noite da QuintaFeira Santa. Que Deus abençoe a participação de todos nesta Ceia.
2. Acendendo
Narrador:
as Luzes da Festa.
Nos lares israelitas, era tarefa da mãe acender as luzes dos can-
deeiros, dando vida e alegria ao ambiente da Festa. A luz também lembra a
palavra de Deus, que ilumina o mundo.
(Todos põe-se de pé; apagam-se as luzes e as mulheres
acendem as velas. Canta-se Is 2.3c.)
3. A Bênção da Festa.
Narrador:
Todos os alimentc5 ;;~~-0_.5
tras refeições) eram abençoad,:õ ;c:~"
chefe da casa agradecia a Deus. l:,",-o::,:="
Dirigente: Bendito sejas tu, Sen.h:~ .c.:>
todos os povos para teu servlçc e :-.:" ::'
através de teus mandamentos. e c=.-. =-c·:
para que celebrássemos esta Fes:::;:.: ?2
comemorando a nossa libertaçãco l::-'-,
i:
dito sejas tu, ó nosso Deus, Rei
tentas, e nos permites vivenciar e ;;:ê
:- -
Cântico: 1s 2.3c (melodia tradicional hebraica)
.Hmnêns: Louvamos-te, ó Deus E:~~o.
Cantor:
Todos:
Ki miTsion tetsê Torah, ki miTsion tetsê Torah,
Ki miTsion, ki miTsion, ki miTsion tetsê Torah;
udvár haShem mIrushalaim,
udvár haShem mIrushalaim.
Pois de Sião sairá a Lei, pois de Sião sairá a Lei,
pois de Sião, pois de Sião, pois de Sião sairá a Lei;
e a Palavra de Deus, de Jerusalém,
e a Palavra de Deus, de Jerusalém.
Mulheres: Ó Deus de Abraão, Isaque e Jacó, que o brilho desta Festa se
espalhe por toda a face da terra, levando o clarão de tua luz divina a todos
os que vivem em trevas e servidão. Que esta celebração. na qual lembramos
a libertação de nossos pais do domínio de Faraó, nos faça, com espírito
agradecido, lutar contra toda a forma de opressão. Abençoa a nós e a nossas
famílias com a paz do Espírito Santo. Em nome de Jesus. Amém.
(Todos sentam-se.)
dia dura para sempre. Abres a tuBc'
(O ,l,vrirneiro cálice de virzhc:
ou "Kiddu'Jh ", é
lneiro cálice dizendo:
seniéiC
6'RecebEiill
que nlli"1Camais beberei deste
.LL..1
"'''' . 8) .
~~-
,ir:h:
(Todos erguem o ci!:-:
: _
Todos: Bendito sejas tu., Senhor.
o fruto da videira.
(Todos tameu': .:.
4. O Lavar das Mãos.
Narrador:
Lavar as mãos
an:t~:':'c::: .. ,
É possível que foi a esta altura:.:. .•
~~'::';
.:54-
~ena da paixão de
. ::- r.l noite da Quinta, ,,;;sta Ceia.
3. A Bênção da Festa.
Narrador: Todos os alimentos servidos na Páscoa (como também em outras refeições) eram abençoados antes de serem consumidos, ou seja, o
chefe da casa agradecia a Deus, louvando seu nome pelos dons concedidos.
.' - :er as luzes dos can- . ..2
também lembra a
- ":i!!heres
:~ lorah,
.~-:Torah;
Dirigente: Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus, que nos escolheste dentre
todos os povos para teu serviço e nos exaltaste, ensinando-nos a santidade
através de teus mandamentos. Com amor eterno nos deste dias santifi~ados,
para que celebrássemos esta Festa dos Pães Azimos. Por isso nos reu...umos,
comemorando a nossa libertação, lembrando nosso êxodo do Egito. Bendito sejas tu, ó nosso Deus, Rei do uIl1verso, que nos deste a vida e a sustentas, e nos permites vivenda:; esta Festa de alegria.
Homens: Louvamos-te, 6 Deus Eterno, porque tu és bom e a Í'..mmisericórdia dura para sempre. Abres a tua mão e satisfazes a todos. Amém.
(O primeiro cálice de vinho, chamado "cálice da santificação "
ou HKiddush 'J, é servido. A..)erá tomado logo a seguir.)
"0-2
a LeI,
: .':Li a Lei;
desta Festa se
. ciZ divina a todos
..,; ouallembramos
d.ce,
-.~
:~,;a. com espírito
Nar:rado:r: Na última Ceia de Jesus com os discípulos, ele serviu este
lueiro cálice dizendo: ;'Recebam isto e repartfuli entre vocês. Pois aflilllo
que nllilca mais beberei deste vinho até que chegue o Reino de Deus" (Le
22.18).
(Todos erguem o cálice e dizem em conjunto:)
Todos: Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus, Rei do universo, que criaste
o fruto da videira.
.:-: . .: a nós e a nossas
(Todos tomam do primeiro cálice.)
4. O Lavar das Mãos.
Narrador: Lavar as mãos antes da refeição é um antigo costume oriental.
É possível que foi a esta altura da Ceia que Jesus levantou e lavQu os pés
- 55 -
dos seus discípulos, dando ênfase e expressão ao novo Mandamento
amor - O servir com humildade.
do
(Segue a leitura de Jo 13.1,4-5. Após a leitura todos podem lava-,.
as mãos, molhando as pontas dos dedos no recipiente d'água
sobre a mesa, enxugando-as com guardanapos.)
Todos: Seja a nossa PáSc\)3.l.:c·.::?::'-:':
Deus, para nós e para noss:
Cristo.
7. O Relato da Saída do Egito.
Narrador:
5. O Comer das Verduras.
Narrador: O comer das verduras é a parte preliminar da ceia. Antes de
comer a verdura, que é embebida em salmoura, símbolo das lágrimas e do
sofrimento no Egito, todos proferem uma bênção:
Todos: Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus, Rei do universo, que criaste
o fruto da terra.
(Todos pegam um pouco de verdura, molham a mesma
na salmoura e a comem.)
A narrativa da saicb.:::
=-;J
o recontar da história da pri.mec.:::? i:-:
cativo, especialmente para as c:-:.::.:-'
pelo caçula, que faz as quatro re"'~.:..::c:.:i
Caçula (em pé): Por que esta nc,>: :: :'
1. Todas as outras noites, comer:-:- o
memos só pão sem fermento?
2. Nas outras noites, comemos q\.lio~._"
memos ervas amargas?
3. Todas as outras noites, COStlL.";13.;-~:
6. O Partir do Pão Ázimo.
que esta noite molhamos a vereI;.:::: :-~
especial de maça e nozes)?
4. Todas as noites, comemos sem '0"
bramas a Páscoa?
Narrador: O dirigente tem diante de si três grandes pães ázimos (matsóth).
Isto se deve ao seguinte: entre os israelitas, havia um pão para refeição
diária. No dia de sábado havia dois, em lembrança à dupla porção de maná
que colhianl, no sexto dia, no deserto (Êx 16.22). Na Páscoa, havia três
matsôth. Trata-se de pão ázimo, sem fermento, usado também por Jesus ao
instituir a Santa Ceia.
Dirigente: Para responder suas perg-..=--:
relato da saída do Egito, conforrr.e
significado de cada alimento.
(O dirigente toma o segundo pão ázimo, o do meio, parte-o em dois,
e então levanta a bandeja com o pão, dizendo:)
Dirigente: Eis o pão do tormento, que nossos pais comeram no Egito. Todos vós que tendes fome, vinde e comei! Todos vós que o desejardes, vinde
celebrai a Páscoa conosco. Este ano festejamos aqui; ano que vem em Jerusalém. Este ano muitos ainda se acham em servidão; que no próximo ano
todos possam ser livres!
- 56 -
(Seguem as leituras de
L l:
_-3
8. Hino (HL 205):
Digno és, ó Cordeiro, de todo 10'.l\'c·
graças nós rendemos por teu aI1xr
Tua seja a glór12 e: ::-:
para todo o sem}"re ...:~
Teus são os poderes e os tronC·5\;s:';.-e:-::-:.
hoje e para sempre. Amém .. ;.\r.c.e,....
ao novo Mandamento
do
,:iira todos podem lavar
,é '10 recipiente d'água
,.; pmrdanapos.)
_- ~ ::reliminar da ceia. Antes de
Todos: Seja a nossa Páscoa uma Festa de libertação, de vida e de paz com
Deus, para nós e para nosso próximo, por meio da ressurreicão de Jesus
Cristo.
7. O Relato da Saída do Egito.
Narrador: A narrativa da saída do Egito recebe o nome de "Haggadah". É
o recontar da história da primeira Páscoa, e sempre teve grande valor educativo, especialmente para as crianças. Esta parte do ritual é introduzida
pelo caçula, que faz as quatro perguntas tradicionais.
, .', símbolo das lágrimas e do
. RÔ:l
do universo, que criaste
.. ';·,olham a mesma
pães ázimos (matsóth).
-.:::',ia um pão para refeição
'-.:a à dupla porção de maná
Na Páscoa, havia três
Caçula (em pé): Por que esta noite é diferente das outras?
1. Todas as outras noites, comemos todo o tipo de pão. Por que hoje comemos só pão sem fermento?
2. Nas outras noites, comemos qualquer tipo de verdura. Por que hoje comemos ervas amargas?
3. Todas as outras noites, costumamos molhar a verdura no tempero. Por
que esta noite molhamos a verdura em salmoura e harróseth (um molho
especial de maça e nozes)?
4. Todas as noites, comemos sem cerimônias especiais. Por que hoje celebramos a Páscoa?
~ .:.::des
Dirigente: Para responder suas perguntas, vamos ouvir em primeiro lugar o
relato da saída do Egito, conforme o livro de Êxodo e, depois, explicar o
significado de cada alimento.
'J.sado também por Jesus ao
(Seguem as leituras de Êx 12.1-3; 5-8; 11-14; 26-27; 40-42.)
c'.:
iizeio,parte-o em dois,
:50. dizendo:)
8. Hino (HL 205):
"::::s comeram no Egito. Toes que o desejardes, vinde
::J.i: ano que vem em Jeruque no próximo ano
Digno és, ó Cordeiro, de todo louvor,
graças nós rendemos por teu amor.
Tua seja a glória e o domínio também,
para todo o sempre. Amém. Amém.
Teus são os poderes e os tronos também,
hoje e para sempre. Amém. Amém.
- 57 -
Glória nas alturas, na terra também,
glórias, Aleluia! Amém. Amém.
9. Apresentação
dos Alimentos Cerimoniais.
Narrador: Para esclarecer a relação existente entre a saída do Egito e a
Ceia Pascal, o dirigente passa a apresentar os alimentos cerimoniais, um de
cada vez, explicando o seu significado.
Dirigente: Este "matsôth", o pão ázimo, que comemos, qual a sua razão de
ser? É porque nossos pais não tiveram tempo suficiente para deixar a massa
do pão fermentar quando o Rei dos reis se manifestou e os libertou. Como
dizem as Escrituras: "Os israelitas fizeram pão sem fermento com a massa
que haviam levado do Egito, pois os egípcios os haviam expulsado do país
tão de repente, que eles não tinham tido tempo de preparar comida nem de
preparar massa com fermento." (Êx 12.29).
Todos: Bendito és tu, Senhor nosso Deus, Rei do llIliverso, que da terra
tiras o pão!
(Todos tomam um pedaço de pão ázimo e o comem.)
Dirigente: "Marór" significa erva amarga. Comemos ervas amargas para
relembrar que os egípcios amarguraram a vida de nossos pais, como está
escrito: "Os egípcios '" os tomaram escravos, tratando-os com brutalidade.
Fizeram que a vida deles se tomasse amarga, obrigando-os a fazer trabalhos
pesados na fabricação de tijolos, nas construções e nas plantações. Em tO"
dos os serviços que os israelitas faziam, eles eram tratados com crueldade"
(Êx 1.12-14). A "harróseth" (um molho especial que está no recipiente
sobre a mesa), com sua cor vermelha, simboliza a argamassa e os tijolos
que os escravos hebreus eram obrigados a fabricar no Egito.
(Todos mergulham um pouco da erva amarga na "harróseth" e a comem.)
Narrador: Com relação ao cordeiro, havia uma série de exigências rituais,
todas com significado profético: devia ser macho, sem defeito .. prefigurando Cristo, o Cordeiro de Deus, que é santo e sem mancha, nem defeito de
- 58 -
pecado; era assado num es;c:~esando toda a sua extensão e a. - ~_:-=-.:. :=:;
osso deveria ser quebrado cruz.
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Dirigente: Qual o significado de ~: : ::.:::;
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ele passou pelas casas dos israe li::. ~ :;-::.l
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adoraram ao Deus Eterno" (Êx
1::-
Narrador:
Também nós nos iIK~:-::'::'~C
palavras de ICo 5.7: "Cristo, o no:,,:- C
do". Na verdade, já o Antigo Te~:~:~:
quando disse em 1853.7: "Ele l'-' ~_~
mente e não disse uma só pala\T2 F~:-'.:
ser morto, como uma ovelha qU3.nd:
(Todos tomam um pedaço do Cor:1<-'
~: i'
acompanhado de vinho .:-,,Narrador: A prece de gratidão qu:
melhante ao prefácio da celebra.; 1.
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a 118. É provável que o próprk Se-" ~..
salmos.
Dirigente: Em toda a geração, C2C.3 ::-.
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e para nós mesmos. Ele nos c:-.: =- _ ~
m~entoà alegria, da desolaçã" :i::'_ .. _
e do cativeiro à redenção.
pecado; era assado num espeto em forma de cruz, comuma vara traspassando toda a sua extensão e a outra separando os pés dianteiros, e nenhum
osso deveria ser quebrado - prefigurando assim a morte de Cristo sobre a
cruz.
:t.tte a saída do Egito e a
:-:-.:"::ctos
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qual a sua razão de
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e a comem.)
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sem defeito - prefiguran.::: mancha, nem defeito de
Dirigente: Qual o significado do cordeiro pascal? O "pessach" é o cordeiro
que nossos pai sacrificaram em memória daquela noite, quando o T odoPoderoso passou pelas casas de nossos antepassados no Egito, como está
escrito: "É o sacrifício da Páscoa em honra do Deus Eterno, pois no Egito
ele passou pelas casas dos israelitas e não parou. O Eterno matou os egípcios, mas não matou as nossas famílias. Então os israelitas se ajoelharam e
adoraram ao Deus Eterno" (Êx 12.27).
Narrador: Também nós nos inclinamos em adoração, ao lembrarmos as
palavras de lCo 5.7: "Cristo, o nosso Cordeiro da Páscoa, já foi sacrificado". Na verdade, já o Antigo Testamento profetizou este acontecimento,
quando disse em 1s 53.7: "Ele foi maltratado, mas agüentou tudo humildemente e não disse uma só palavra. Ficou calado como um cordeiro que vai
ser morto, como uma ovelha quando cortam a sua lã".
(Todos tomam um pedaço do Cordeiro e o comem_ O comer do Cordeiro é
acompanhado de vinho, pão ázimo e ervas amargas.)
Narrador: A prece de gratidão que o dirigente pronunciará a seguir é semelhante ao prefácio da celebração da Santa Ceia. Entre o povo de Israel,
era costume recitar os salmos de louvor chamados "Halld', os salmos 113
a 118. É provável que o próprio Senhor Jesus tenha orado e cantado esses
salmos .
Dirigente: Em toda a geração, cada um deve considerar-se como se tivesse
saído pessoalmente do Egito, como está escrito: "Estou fazendo isso por
causa daquilo que o Deus Eterno fez por mim quando saí do Egito" (Êx
13.8). Portanto, é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, cele~
brar, exaltar e adorar a quem realizou todos estes milagres para nossos pais
e para nós mesmos. Ele nos conduz.iu da escravidão à liberdade,
sofrimento à alegria, da desolação à dias festivos, da escuridão à lL'TIft grande luz
e do cativeiro à redenção.
- 59 -
(Todos se levantam, recitam o Salmo 117 e cantam o Salmo 150.6:)
I __
avado assim me aju . lltarei 3. ~_.~.::dos santos fiéis qu.e;;jUT1tC:
Louvai ao Senhor, vós, todos os gentios,
louvai-o todos os povos;
porque mui grande é a sua misericórdia
para conosco,
e a fidelidade do Senhor
a.c· ;:
.=.-
leu
nos céus.
.
-
-.
.
-
-
-
-
.
I 1..~A.ção
de tiraças
e ;32nt2 L tiD..
-
subsiste para sempre. Aleluia!
Cântico (SI150.6):
Cantor:
Todos:
~enJ:~-~__
Kol há neshamá tehalel Yah,
kol há neshamá tehalel Yfu~.
Di.rigente: Bendito seja o
Hallelu Yah, hallelu Yah, hallelu Yah,
kol há neshamá tehalel Yah.
dá o pão a todas as criaturas
Todo o ser que respira louve ao Sen..hor.Aleluia.
Todo o ser que respira louve ao Senhor. Aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Louve ao Senhor. Aleluia.
fl1erna o
...
JI1UI1C10
InteIro
":
com Ç~~2--
criaturas!
1'IJ":r"?<in"·
n ftart"
). ~4
aU't...'=';,~· p e~~l"
;:,
a.
p ':d
=.
Jo.~
rneJlto< Nela Jesus, nosso
Narrador: Verdadeiramente, podemos cantar "Aleluial" por tão grandiosa
salvação que Deus operou a nosso favor, redenção esta que lhe custou um
preço enorme: "Porque Deus amou ao mUJldo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna" (10 3.16).
:-..
EJe é quem tudo sustenta,
Dirigente:
':;E.nqual1to
lvíe.ssias. :;:'.-
seguir tornou
enl
~E~-:;-,-_._
~
un1 cálice e, tende: ~
de.le todos; Porque
lavar
isto
--
(:orrnallL
e o deu aos discipttlos
partiu
do
,-1.;,
",-.,.;,-,-,'
\,.i:-~~ v.,.-~~,_
=.
o meu ::<~J:~::-_,_
de
illllltoS.
é
10. Hino (HL 84):
(Durante o cantar do hino, são trazidos às mesas
aquele dia em que o hei de beber. - -.
26.26-29).
os elementos da Santa Ceia, o cálice da Bênção.)
Nai4:rador: O apóstolo I)aulo
Corre uma fonte divinal de sangue do Senhor;
ali terá perdão real o pobre pecador.
Eu nessa fonte banharei meu negro coração;
de Cristo, então, receberei completa redenção.
gunta: 6;Porventura
-=-~
do sangue de Cristo?" OCo:
Jesus tomou o cálice deu graças __. ::
é o cálice da nova aliança n. __..
~_:
22.10).
- 60-
T::::-~:-'::-~:- .;
o cálice d2~ =-'::-: 3. ~
Lavado assim me aJuntarei li toda multidão
- .::Salmo150.6:)
dos santos fiéis que;: junto ao Rei, ao pé do trono estão')
'reli grau.de e divina! ~rnor des~jo aqui can.tar;
nos
espero te lOll'var.
ao Senhor.
Dirigente~
"rodos: {~ue{)l101ne do Selli1:lor
Dirigente:
bendito
8.fZD:ra
0-,'
e ser-núre
•
Bendito
dá o pão a todas as criaturas,; pois eterl10 é G seu arraor e sa1110 o seu nome.
Ele é qlterl1 tudo sustenta,
faz bem a todos os S0118 fill10s.
Todos: Bendito sejas, Senhor nosso Deus, que dás alimentos a todas as
criaturas!
__.i"'~;l'. Aleluia.
': <-:'~'r.Aleluia.
Narrador:
E esta a parte da cerimônia
qu.e está registrada
fiO }..Jovo
Testa ...
lnerlto. Nela Jesus, nosso rviessias;. explica o sell sigpJfi.cado:
por tão grandiosa
~sta que 111ecustO"L!
lL.1!1
maneira que deu o seu
. ::reça, mas terJla a vida
Dirigente:
"Enquanto
C01111fu-=n,
tomou Jesus um
parth.l e o deu aos discípulos dizendo:
pâO
e'l
. isto
qlle, destLl "hora em diante, não beberei
deste fruto da videira,
aquele dia em que o hei de beber, novo., COI1Vosc:o no reino
'c'
às mesas
corpo,
.1\.
seguir tonl0l1 lli-n cálice e, tendo da.do graças, o ellu'c:ge)U dizendo: Bebei
dele todos;
da nova aliança~ derrama""
isto é o meu sfulgue; o
do
em
favor
de
rGrnissão
de
muitos,.
pecados,
para
E· digo-vos
. :OS
at)en~;oaI1do"G, o
é o. fr~u
até
de meu Pai" (Mt
26.26-29) .
da Bênção.)
coração;
- 'çta redenção.
Narrador: O apóstolo Paulo refere-se ao cálice da bênção, qÚando per~
gunta: "Porventura o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão
do sangue de Cristo?" (lCo 10.26). São Lucas relata que, depois de cear,
Jesus tomou o cálice deu graças e ofereceu-o aos discípulos, dizendo: "Este
é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós" (Lc
22.10).
- 61 -
(Após as palavras do dirigente, todos os que desejarem participar
da Ceia do Senhor devem colocar-se em pé, aguardando
serem servidos em seus lugares.)
Dirigente: Que o Deus Eteme- oS:O'~';=-~.
os trate com bondade e miseric~r:ii2
com amor e lhes dê a paz.
Dirigente: Que Deus abençoe a participação de todos em sua mesa celestiaI, que é fonte de fé, perdão e vida em Cristo Jesus, nosso Cordeiro Pascal.
Todos: Amém.
13. Hino (HL 122.1-2):
(A. congregação senta-se. A Distribuição da Santa Ceia seráfeita pelos
assistentes. Após o comer e beber, seguem-se as palavras do Dirigente.)
\Todo5
Dirigente: Qlle o comer e beber do corpo e sfuigue de nosso Selli~or Jesus
Cristo fortale.ça a todos :na fé verdadeira para a vida eterna, Orernos:
12~Oração (enl pé):
Íin.al desta Cela, Que
Deus .. lJeus de nossos 1)8,13"
sua libertação do Egito, bem como a
a Páscoa do povo de
118.rloite enl que foi traido5
L>;;iaque Jesus celebrou carn seus
,
ao
TI.osso
eSTa mensagem ae
pedimos que 1108 ajudes a
íiberdade e de vida.
'
A Cristo coroai, Cordeiro vencedor'
Ouvi dos coros celestiais, dos anjcs.
Erguei vibrante voz de todo coraç;k.
louvando aquele que morreu e deu-no:
A Cristo coroai, seu Ia:~
das suas chagas o es;l;-=-d
Nem anjos lá do céu - ,
que o próprio FiL':lcde
DESGUARNECD
Homens: Tini-nos da escravidão que nós mesmos buscamos e à qual facilmente nos submetemos: a escravidão do poder, do dinheiro, dos prazeres, da vida sem sentido. Faze-1I0S compreender que a liberdade que pedinl()S e queremos deve ser também liberdade para os Olltros,
SE--::-::E
IT-"
(Todos seguem o dirigente eT!:;- .::'
cerimônia de Desg:..c.>~-=~
14. Leitura da Palavra: Mateus 2- .. -:,
De acordo
cooperar
110
em nosso
n.~.-:-'lr.
~"'J.u._t
sob
selltido
terrOI5
Ci'ueremos
nleGO;
nobreza Otl
(l~odosv<'enfa~
- - -~,
í!í.-::-t:'.;:....
•...•..._1-
que :rrlngu.en.J.
que é a tome de todas as outras escra1/id5es,
do mundo e·
Todos: Que a luz da liberdade alcance as 111aisrenlotas
o coração de eada ser hU1JlaDO! El1tão poderemos 'Vi\/er
como irmãos, plenamente livres, com aquela liberdade que nos deste por
meio de Jesus, teu Filho, nosso Senhor. A,mém. Vem, Senhor Jesus.
Dirigente: Tradicionalmente, (1
equipamentos litúrgicos na noite
feito por motivo simbólico. Dei>::': __
antes de sua crucificação, foram C:_o c - ~
parte de sua profullda humi.lhaç3.c ,_.
_
como foi escrito pelo apóstolo ?;L~_ == F
~62-
jl;J::~-'~-------------IIII!!!!!,__
=-.,=;;
·:·';'2jarem participar
i1g'.lardando
. : :.:·s em sua mesa ce1esti-
Dirigente: Que o Deus Eterno os abençoe e os guarde; que o Deus Eterno
os trate com bondade e misericórdia; que o Deus Eterno olhe para vocês
com amor e lhes dê a paz .
Todos: Amém .
Cordeiro Pascal.
. _ õ. IlOSSO
13. Hino (HL 122.1-2):
-':.=
Ceia seráfeita pelos
do Dirigente.)
__~~ef10SS0 Ser~~orJesus
- - ·=:er:IUl.
Oremos:
bern corüü a
(Todos sentam-se.)
A Cristo coroai, Cordeiro vencedor!
Ouvi dos coros celestiais, dos anjos, o louvor.
Erguei vibrante voz de todo coração,
louvando aquele que morreu e deu-nos salvação.
A Cristo coroai, seu lado e mãos olhai,
das suas chagas o esplendor e a glória contemplai.
Nem anjos lá do céu o podem compreender:
que o próprio Filho de Deus Pai pelo. homem vá morrer.
esta mensagem de
DESGUARNEClMENTO
à qual fa=
do dinheiro~ dos praze~
--lê fi liberdade que pedi-
DO ALTAR
__~ bUSCalJI0S e
(Todos seguem o dirigente em procissão atéo Templo para a
cerimônia de Desguarnecimentodo Altar. )
14. Leitura da Palavra: Mateus 27.15~3i.
pobreza Ott
ao pecado~
~cr
COJllO
do mundo e
teus nUlOS e
erdade que nos deste por
~ill, Sen.'l}orJesus.
(Todos sentam-se para ouvir a leitura.)
Dirigente: Tradicionalmente, o altar é desguarnecido de seus paramentos e
equipamentos litúrgicos na noite da Quinta-Feira da Paixão. Este serviço é
feito por motivo simbólico. Depois da Ceia Pascal com seus discípulos e
antes de sua crucificação, foram tiradas as vestes de Jesus. Este ato faz
parte de sua profunda humilhação por nós e nos deve induzir à humildade,
como foi escrito pelo apóstolo Paulo em Fp 2.5-11.
(Segue-se a leitura.)
- 63 -
•.•.••.
~
•••
__ -a.;~~--------_I!I!l!!II!II!!l_---""--------o!!!!!!!!!!-="!!!!JI.
Assim irmãos, em sinal de tristeza e arrependimento por nossos pecados,
que mataram o Filho de Deus, retiramos agora todos os ornamentos do
Templo e cobrimos o altar com pano preto, até o culto do Domingo da Páscoa, quando ornaremos o altar com paramentos, flores e símbolos festivos
da ressurreição, da vida e da vitória sobre a morte, o pecado e o inferno.
",ICSH
(Procede-se à retirada dos objetos e da cobertura do altar.)
Estamos oferecendo duas
Dirigente: Oremos: Deus Todo-Poderoso, nosso Pai celestial, nós te Lmploramos que olhes com misericórdia para a tua família, por quem nosso Senhor Jesus Cristo se dispôs a ser traído, entregue nas mãos de homens pecadores e a sofrer a morte de cruz. Na noite em que foi traído e preso, teu
Filho deu aos seus discípulos um novo mandamento - amarem uns aos
outros assim como ele os amou. Pedimos que, pelo teu Espírito Santo, escrevas este Marldamento em nossos corações e nos ajudes a praticá-Io. Por
teu Filho Jesus Cristo, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina eternamente. Amém.
=,,:õ __-'-ô,
i
para coro misto a quatro vozes. t: r.::-~
contralto, tenor e baixo.
"lde, Consolai Meu Povo" ê r:....~
coro feminino a três vozes (sop;-3.::::.~~,
utilizado por wli coral masculiT'o :;;-::::
ser utiiizado por um coro misto. dê'. :.::::::;
pos e as masculinas também em três :::.~
pelo grupo femLrrillo
.. a outra pek iÇ~_ cor'Junto. Também podem ser ca..:.:.=' "
parte il'1strumental pode ficar fora.:
"Bells" (sinos) pode ser tocado nU2 :::0:
tro. O violh'1o (vIi) pode ser substin..::::- ;
doce contralto; pode também ser :: ~-'-__ j
pode ser U!l1 contrabaixo eletrÔL>:
ranjo para os instrwuentos foi
aquele ou aqueles que o regente tlc.;;-.' .: .±
"Bells" e deixar os outros fora, ou S:-=T:
c
3. ;:
o Templo
será agora fechado, para ser reaberto no domingo para o culto de
Páscoa. Que a paz do Senhor nos acompanhe. Amém.
(Todos saem em silêncio e de forma reverente do Templo.)
SOLI DEO GLORIA
-64 -
J:'
•
~
:::-:-:ç:liimento por nossos pecados,
~·)ra todos os ornamentos do
... z.=
~
lá :-::
~:é o culto do Domingo da Páse símbolos festivos
= :Tte, o pecado e o inferno.
I'
; .:.-::;
coóertura do altar.)
•.
::_:~:...=c:':::·:'5. flores
MÚSICA
MÚSICA PARA CORAIS
Raul Elum
Pai celestial, nós te implofamília, por quem nosso Se:-::-egue nas mãos de homens pe:~em que foi traído e preso, teu
=.:.::ldamento - amarem uns aos
- - 550
- ---=.
pelo teu Espírito Santo, es';::: e nos ajudes a praticá-ia. Por
-=-::pmtoSanto vive e reina eter-. _e.
• : ~::10 no domingo para o culto de
_:_-~. Amém.
§§'
_ -- ~
re-verente do Templo.)
_~LORL4
Estamos oferecendo duas músicas para corais. "A Ovelha Perdida" é
para coro misto a quatro vozes. É para a formação mais utilizada: soprano,
contralto, tenor e baixo.
"Ide, Consolai Meu Povo" é para grupo de vozes iguais. Pode ser um
coro feminino a três vozes (soprano, meio-soprano e contralto); pode ser
utilizado por um coral masculÍ1J.o(tenor, barítono e baixo); ou ainda pode
ser utilizado por um coro misto, dividindo as vozes femininas em três grupos e as masculinas também em três grupos. Uma estrofe pode ser cantada
pelo grupo feminino a outra pelo grupo masculÍ1J.o e a terceira estrofe em
co~unto. Também podem ser cantadas as três estrofes em conjunto. A
parte Í1J.struméntal pode ficar fora, caso não haja músicos para executá-Ia .
"Bells" (sinos) pode ser tocado num teclado ligando-se o respectivo registro. O vÍolL'lo (vii) pode ser substituído por li.tna flauta transversal ou flauta
doce contralto; pode também ser tocado por um teclado. O contrabaixo (cb)
pode ser 1h'11 contrabaixo eletrônico ou pode ser tocado por teclado. O arranjo para os instrumentos foÍ feito de tal maneira que pode ser utilizado
aquele ou aqueles que o regente tiver à disposição. Pode-se utilizar somente
"Bens" e deixar os outros fora, ou somente o violi.io, etc.
- 65-
IDE, CO:KSOLAI :'.1
A OVELHA PERDIDA
(SCTB)
Letra: NestorWelzel,
(T Br B n'l "
,
Música: Nestor Welzel, ] 972
197!
..:. ,
~";.J
;:>
t..;:
.
"Ira: Johann G. Olearius (1671)
Trad. J. W. Faustini
Arranjo: Raul Blum, 1995
(Baseado em Lucas !5)
Bells
I.No
2.0
3.Se
li
ven - ta e no - ve o ve - lhas mui - to
gu oro o seu
re
ve
ma
ba
lhas o
das nós
nho o
bom pas - tor dei
so -mos do Se
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e
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tor.
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bém
nos
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éo1"- a-gui
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mi - go_e bom Pas
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le -gre_aos
seus
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~,i}.
Raul Blum/Instituto Concórdia de São Paulo
Rua Raul dos Santos Machado, 25
05794-370 São Paulo, SP
icspest(âjuol.com.br
- 66 -
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IDE, CONSOLAI MEU POVO
(T, Br, B e/ou S, Ms, C)
IDA
. eIra: Johann G. Olearius (1671)
Música: Nestor Welzel, 1972
Arranjo: Rau! B!um, 1995
Trad.l
Mel: J. W. Faustini, 1971
A.'!. Raul Blum, 1988/1996
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Rau! Bium/lnstituto Con(X'lrdia de São Paulo
Rua Raul dos Santos Machado, 25
05794-370, São Paulo, SP
[email protected]
- 67 -
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e_um ca - mi -nho_ae ~e_a - bri;
de Deus ao - Imar,
Pai,
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re -bre
- ve a- I paz
Ia -da_épor
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di·
va -Ies,
e há de
-H
I. O Texto no Ano Eclesiástico
Por ser uma festa em da:::.
em qualquer dia da semana, te IlL S :- ~ :-:'
mente o acontecimento da Refc;2~ .:.-~
oportunizando uma adoração de Í::.: _ ::
irá completamente de encontro cc:::::. :-::
o Sola Scriptura. O povo de Deus :-.~: _
,
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o --a•••
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tes,
TO.
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v-mui
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men--- oram
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..ce teí-I- Am
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; Mas, quando a Palavra de Deus é ;"~.i
rias na igreja de Deus ocorrem D.Ci'---'::''':::
salva ao que crê e jamais volta \2.=.::.. ~.~.
As outr:1" :,<>ríco:,es do dia são CC::ll: ~:.;;
Salmo 46: Este salmo é e'.a.L~~·-:·
comparável, é garantia de aH-<;Íose:::.::::::.
fonte, e muito. Inspirou-se nele pa.c.::. ::':
salmista nos demonstra que DêU5 ~ --;:
Não há o que temer quando se ter::. -;:~':
que dá força, que é todo-podewsc. :::.
Jr 31.31-34: Deus, em seu 2.C:-'- ;:
povo. O acordo é simples: ;;Eu 5-;:,-;::
povo", E todos conhecerão a De'..:S -:.:
Ele. O perdão será a marca reglstr.::.::::e:
Rm 3.19-28: Paulo mostr::. :: 5.:-
I
=-
de se receber a graciosa salyaçã:
gratuitamente, nos justifica medi::..:-::::~ :;:
.=..:.
:- .:.:""
H. O Texto no Contexto
As palavras de Jesus scb:~ :-.: _'
nunciadas em meio a um dir:'.: '-;::.-= _
- 68-
-
AUXÍLIOS HOMILÉTICOS
--=7=
+- __---1:-
FESTA DA REFORMA
3 1 de o,utubro, de 1999
Série trienal A, Evangelho,: Jo,ão,8.31-36
Am
I. O Texto no Ano Eclesiástico
·:3 mi ~1ho a e -le a - bri:
.- -"
de Deus ao -Imor,
Pai,
'-ç a paz
Ia· da]por
Par ser uma festa em data fixa da nassa calendário" padendo, aCo,rrer
em qualquer dia da semana, temo,s neste ano, a privilégio, de celebrar no,vamente a aco,ntecimento, da Reforma Luterana num daminga, dia de culta,
e diva -les,
e há de
.'
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O
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=-=----.:-=----~~~---~
~==---===--~~=
_.~-~
apartunizanda uma adaraçãa de fato, especial. Cam certeza a nassa texto,
irá completamente de encantra com pela menas uma das bases da Refarma:
o,Sola Scriptura. O pavo, de Deus não, sabreviverá sem a Palavra de Deus,
Mas, quando, a Palavra de Deus é pregada e ensinada, as refo,rmas necessárias na igreja de Deus acarrem narmalmente, pais ela é pader de Deus que
salva ao, que crê e jamais vo,lta vazia, segundo, a promessa do própria Deus.
As o,utras !1~ríc()!lesdo dia são, co,ma segue.
Salmo 46: Este salmo é evangelho que refresca a alma, é co,nso,lo,inco,mparável, é garantia de alívio sem medida. Lutero também bebeu desta
fo,nte, e muita. Inspirou-se nele para escrever seu hino, "Ein Feste Burg". O
salmista nos demonstra que Deus é fiel, fidedigno" totalmente co,nfiável.
Não, há o que temer quando se tem este Deus, que dá refúgio, que é socorro,
que dá força, que é todo-paderoso, etc.
Jr 31.31-34: Deus, em seu amor, propõe um nova acordo, co,m o, seu
po,vo. O acordo é simples: "Eu serei o Deus deles, e eles serão, o meu
povo". E todos conhecerão a Deus, ou seja, terão, um co,mpramisso, com
Ele. O perdão, será a marca registrada deste aco,rdo.
Rm 3.19-28: Paulo mostra aos cristãos romanos, e a nós, que o meio
de se receber a gracio,sa salvação, da parte de Deus é a fé. Deus, em Cristo,
gratuitamente, no,sjustifica mediante a fé.
H. O Texto no Contexto
As palavras de Jesus sobre as quais iremos refletir a seguir foram pronunciadas em meio, a um clima tenso" po,is já havia a intenção, por parte dos
- 69 -
v. 33: "descendentes"
~CE"G - ':c:'5il
Jamais fomos escravos dê aiº" :,-,-, .~
principais judeus (sacerdotes e fariseus) de prender a Jesus. Jesus ainda não
estava preso porque "não era ainda chegada a sua hora'; (Jo 8.20). Jesus
tinha, de maneira escondida, ido para a Festa dos Tabemáculos em Jerusalém. De repente, foi ao templo e começou a ensinar. Em nosso contexto
específico, Jesus está defendendo a sua missão e autoridade. Alguns creram, mas muitos ficaram com mais raiva ainda de Jesus, especialmente
após perceberem que Jesus se declarava Iahweh, Eu sou, Deus! Chegaram a
pegar em pedras para atirar nele. Mas ele sumiu do jeito que apareceu
(8.59).
à escravidão (B); nunca fomos e"':T:l'~':
escravos de ninguém (E): nllIlca S-::;r-T2~~::
escravos de nenhum homem na terra F
Como dizes tu: SerÚs li\Tes' . := 1
nós venhamos a nos tornar homen" li·.T-:S~
lU. O Texto no Vernáculo
pecado (E). The Living Bible
.3.
seremos livres? (C); Como ~>des
i'íZ:;-
quer você dizer com "libertará",? i G\.
v. 34: Que comete pecado L~,.B.D F
nào rr-ad',:z
cê"C~
vos ...".
Versões e titulos:
a) Almeida Revista e Atualizada: Jesus defende a sua missão e autoridade
(21-59).
b) Tradução Ecumênica: A verdadeira posteridade de Abraão (31-59).
c) Bíblia na Linguagem de Hoje: Os livres e os escravos (31-47).
d) Bíblia de Jerusalém: Jesus e Abraão (31-59).
e) Claretiana: Discussão entre Jesus e os fariseus (12-59).
f) Almeida Revista e Corrigida: Discurso de Jesus sobre a sua missão (1259).
g) The Living Bible: Discussões com os líderes religiosos.
Todas versões em questão !?i"", ~
Almeida Revista e Corrigi da (F), que ili--2.}
V. 35: Fica em casa (A,E,Fi: pe~
familia (C); E os escravos não têm dir-étn
reitos que existem! (G).
V. 36: Verdadeiramente (A.E.F' =
verdade (G).
IV. O Texto no Original
V. 31: jlÉvw: permanecer, ficar. \"l\er.
1TWTE1JW: crer. crer em, estar conYen(ijG~
a
Texto:
v. 31:
Disse ... aos '" que haviam crido nele: (A); ... disse ... haviam
acreditado nele: (B); ... disse ... acreditaram nele: (C); Disse ... haviam crido: (D); ... dizia ... creram: (E);
dizia
criam ...: (F); E Jesus falou a
estes que creram: (G).
Se permanecerdes ... sois (A); Se pennaneceis ... sois (B), Se vocês
obedecerem às minhas palavras, serão de fato meus seguidores (C); Se
permanecerdes ... sereis ... (D,E,F); Vocês são verdadeiramente meus seguidores se viverem como eu digo (G).
V. 32:
vos libertará (A);
fará de vós homens livres (B); ." os livos livrará (E); n. vos libertará (F); '"
bertará (C); ... vos libertará (D);
libertará vocês (G).
o ••
o ••
"0
- 70-
l6yoç: palavra, proclamação, mensagem.
jiat1rrüÍç: discípulo, aluno, aprendiz
V. 32: )'lJWaKW; .conhecer, saber. ,ir a (';}"~
'"\'fi
.- .. ,
fX.A.TjuHa:
ver dade,· fide d'19nI'd a de, C0nr~·"'''W
, 1
'
1"wer..al,
.
1'l..._ •.
E.fl.EUTEpOW:
porem llut:n·"c,
V __31l:.
·t
~t
nrl~.-i~
'o ü1Lpjla. semen e, p0_.edu.:!'-"
__ -=-~"'"_
V. 34: lq.l.aprLa: pecado,pec?mi~-Dsidê.je. e
ôoúÂ.oç:escravo
Y 35: otKia:casa, a família
I
s'
':.
.,
Ao
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.C;~ •. , ..••
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ti
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HÇ '[o;; utwvn:: por toaR a etern~;""'·,}'e.
". 36: ovrwç: realmente. certâ1.T:e,,:e ec··"'·
;;
--j",y
a Jesus. Jesus ainda não
" ,ua hora" (Jo 8.20). Jesus
~s Tabernáculos em Jerusa~1,sin:JT. Em nosso contexto
.=
. '~ e autoridade. Alguns cre~~ia de Jesus, especialmente
:- Eu sou, Deus! Chegaram a
..~,ju do jeito que apareceu
V. 33: "descendentes" (C,E,G); "de~cendência" (A,B,D,F).
Jamais fomos escravos de alguém (A,D); nunca ninguém nos reduziu
à escravidão (B); nunca fomos escravos de ninguém (C); jamais fomos
escravos de ninguém (E); nunca servimos a ninguém (F); nunca fomos
escravos de nenhum homem na terra (F) .
Como dizes tu: Sereis livres? (A,E,F); como podes tu pretender que
nós venhamos a nos tornar homens livres? (B); Como é que você diz que
seremos livres? (C); Como podes dizer: Tomar-vos-eis livres? (D); que
quer você dizer com "libertará"? (G).
V. 34: Que comete pecado (A,B,D,F); quem peca (C); se entrega ao
pecado (E). The Living Bible não traduz esta parte, mas diz: "Vocês são escravos ...."
3.
sua missão e autoridade
i~.iêde Abraão (31-59).
::scravos (31-47).
- : _, ! 12-59).
:~ ~::sus sobre a sua missão (12-
Todas versões em questão falam em "escTavD"do pecado, menos a
Almeida Revista e Corrigida (F),que usa o termo "ser10".
V. 35: Fica em casa (A,E,F); permanece em casa (B,D); fica com a
família (C); E os escravos não têm direitos, mas o Filho tem todos os direitos que existeml (G).
V. 36; Verdadeiramente (A,E,F); realmente (B,D); de fato (C); de
verdade (G).
IV. O Texto no Original
f
,..,
•.•••
V. 31: llEvw: permanecer, Ílcar, VIver, contmuar, perSIstir
TIWTEDW: crer, crer em, estar convencido de, dar crédito a
·~}e: (A); ... disse '" haviam
(C); Disse ... haviam cri:-::.m ...: (F); E Jesus falou a
sois (B), Se vocês
meus seguidores (C); Se
-jadeiramente meus segui-
.:.:-,çceis ...
-:\mens livres (B); ... os livos libertará (F); ...
~
o:
.Â.óyoç:palavra, proclamação, mensagem, ensino
j.üXfurnlç: discípulo, ahhio, aprendiz
~.
~~, YVWOKW: co·nhecer, sa b'er, vIra c011hecer
.
V. 51.:
&.Â:J)~u~: verdade, fidedignidade, confiabilidade
,1
'
l'b
' .
tI\.E\YrEpOW:
;. ertal, por em '"b
n eraaUt;
V. 33: O1TÉ.p}.1a.: semente, posteridade, descendente, filho
V. 34;&}.1ttp~[«:pecado,pecarrrinosidade,erro
õouÀoç: escravo
V. 35; o tKi«: casa, a família
, 'rov
"~ ü,i.wva: por to da a etenu 'da·de, para sempre
HÇ
V. 36:
ÓV1Wç:
realmente, certamente, em verdade
•
- 71 -
V. Conceitos Básicos
(v. 31): permanecer, ficar, viver, continuar, persistir. Cristo
permanece no cristão na medida em que sua Palavra permanece neste
mesmo cristão. O relacionamento entre Deus e o homem se determina de
IlÉV<.u
modo definitivo pelo relacionamento de homem com a Palavra de Jesus
(Schlatter). Através da Palavra é estabelecida a verdadeira comunhão entre
Cristo e o cristão. Esta perma..'1ência do cristão em Cristo faz dele uma possessão de Cristo até a profundidade do seu ser. Assim, "permanecer na
palavra" significa o cristão ser aquilo que ele já foi e está sendo feito pela
Palavra de Jesus. Portanto, o discípulo verdadeiro está em sintonia com a
instrução de seu mestre. Ela se toma a regra de fé e de prática do discípuio.
IlCieTrr~ç (v. 31): discípulo, aluno, aprendiz. Segundo D. Müller
(DITNT), o termo em nosso texto é simplesmente para designar o termo
"cristão". Aqui já não há mais a necessidade da presença do Jesus terrestre.
Pelo contrário, os discípulos são aqueles que habitam "na Palavra", ficando, assiul, em comunhão com Cristo. A essência do discipulado se acha no
cumprimento, pelo discípulo, do seu dever de ser testemUlli~a do seu Senhor
durante toda a sua vida.
(v. 32): conhecer, entender, saber, vir a conhecer, distinguir. O conhecimento de Deus sempre se vincula com os atos divinos de
auto-revelação. Sempre se vincula com a proclamação dalgum ato específico de Iahweh. O conhecimento surge, então, dos seus atos reveladores e do
testemunho deles (Escritura Sagrada). O ser humano passa a cOlh~ecer a
Deus na medida em que Ele opera em graça ou em julgamento. Conhecer a
Deus e a Jesus significa entrar no relacionamento pessoal e continuado que
Deus mesmo possibilita. Assim, para conhecer a verdade é preciso "não só
ouvir" as palavras de Jesus, mas "de algulna fonna estar mlido com aquele
que é a verdade" (C. H. Dodd).
ÉÂEUeEpÓW
(v. 32): libertar, por em liberdade. Nunca se emprega no
sentido político. Também mmca se dá a idéia da liberdade como um direito
de fazer consigo mesmo, e com a sua vida, o que bem se entender. No
Novo Testamento, o homem livre é aquele é escravo de Cristo (lCo 7.22).
A liberdade se acha na vida com Deus, vivida conforme aquilo que era
intenção original de Deus para o homem. A liberdade nos é dada naquilo
que Cristo fez por nós. Em CIisto, o homem é libertado dos poderes opressores deste mundo: pecado, Satanás, lei, morte e velho homem. Porque
YLVWOKW
- 72 -
foram conquistados por Criste. ",,:ec: _~ '-.2
homem e Deus. Esta libertaçàc, e:-.:- -__
é libertação da compulsão e da
somente onde o Espírito Santo '-r ~-~
pio de sua vida, e onde o mesmo se; ~--- '"
operação. O homem que está ,·erÓ':e· 2--=
dade ao ficar livre para o sel\-içc I\: -ó ~
nidade dos homens livres.
"
Cl:flCipHCi
(v. 34): peca d o. pe,:::.:--- - ~~
;3
com Deus. É a tendência humana:':
- --
estabelecer-se na sua própria posi,;l. - .,
tanto um desviar-se do relacioname-:
~~
bedecer seus mandamentos. É quaL'::
Deus e se toma ímpio.
õoúÀoç (v. 34): escravo. O ScI
Cristo, é escravo do pecado. É escra-.:
letra da lei, na esperança da sahaç 2: ?;
poderes espirituais do mal, ou porque : =-:c-t
porque vive em função de seu ventre F~Z:
seus desejos secretos. Desta escra'.-i':::.: .:
Jesus Cristb. Quanto mais o homem te~:.:õ
envolve no laço, mais se suja na iam2::: 1
completa.
aÀ~TEw (v. 32): verdade. Üie'::~;
ocorre 109 vezes no Novo Testamem:
tos de João. Das 26 vezes que o adje::
I
- em J oao.
- 'A~1\.1lTL~'O~
mento,! . 7 estao
:::;1
tura joanina. A "verdade" ocupa um ~_.;a
João, como veremos a seguir. Quand:
:e
para reforçar as suas palavras, para e_":;-:-e5;
nhar a certeza da sua mensagem (e;; ..: L: .::_
Nos sinóticos, Jesus ataca tB.Il::: __c~
e a ação, ou entre a palavra e a reaL'::i':e
as palavras estão sempre de acod: : - =- :
23.2; Lc 11.46, etc.). Outras ücürrê=-~_-=-" j
correlatos, nos Evangelhos sÍllóÚ::s e e-::::.
€
: :-;Tmuar,persistir, Cristo
? 3.l:wra permanece neste
~ : '~l0mem se determina de
.;:c)ma Palavra de Jesus
::r.:1adeiracomunhão entre
::-- Cristo faz dele uma pos'\ ssim, "permanecer na
ê está sendo feito pela
- : ::'- - está em sintoma com a
.:i
de prática do discípulo.
Segundo D. Müller
~--:: para designar o termo
__ ::s'-:'nça do Jesus terrestre.
'-':3.m "na Palavra", fican:) discipulado se acha no
~- '.estemunha do seu Senhor
'C
::
. - ',.c;:"
..
:r. vir a conhecer, distincom os atos divinos de
__ .i.
-'3.çào dalgum ato específiatos reveladores e do
; 'êUS
passa a conhecer a
_ :::-:-,
julgamento. Conhecer a
. - pessoal e continuado que
el'dade é preciso "não só
--:'.3.estar unido com aquele
:, .":"l::mo
-:..:le. Nunca se emprega no
>berdade como U,'l1 direito
-,y; bem se entender. No
_r':'.G de Cristo (lCo 7.22).
" ~c)nfonne aquilo que era
: ~,jade nos é dada naquilo
•':-ertado dos poderes opres. -:: e '.-elho homem. Porque
foram conquistados por Cristo, estes já não podem fazer separação entre o
homem e Deus. Esta libertação, enquanto está no mundo, nunca é total, mas
é libertação da compulsão e da exigência (DITNT). A liberdade permanece
somente onde o Espírito Santo opera no ser humano, tomando-se o princípio de sua vida, e onde o mesmo ser humano não impede ou bloqueia a Sua
operação. O homem que está verdadeiramente livre demonstra a sua liberdade ao ficar livre para o serviço a Deus e ao próximo. A igreja é a comunidade dos homens livres.
clf.UXPTLo:
(v. 34): pecado, pecaminosidade, erro. É a quebra da aliança
com Deus. É a tendência humana de desviar da ordem dada por Deus e
estabelecer-se na sua própria posição, indo por seu próprio caminho. É
tanto um desviar-se do relacionamento de fidelidade a Deus quanto desobedecer seus mandamentos. É quando o homem afasta-se da aliança com
Deus e se toma ímpio.
ôoúÀoç (v. 34): escravo. O ser humano, fora da esfera do reino de
Cristo, é escravo do pecado. É escravo ou porque simplesmente observa a
letra da lei, na esperança da salvação (Rm 7.6,25), ou porque serve aos
poderes espirituais do mal, ou porque observa a lei por horror da morte, ou
porque vive em função de seu ventre (prazer), ou porque vive em função de
seus desejos secretos. Desta escravidão ninguém rode libertar, a não ser
Jesus Cristo. Quanto mais o homem tenta livrar a si mesmo, mais ainda se
envolve no laço, mais se suja na lama do pecado. É que a sua escravidão é
completa.
&À~TELO:
(v. 32): verdade, fidedignidade, confiabilidade. 'AÀ~eEto:
ocorre 109 vezes no Novo Testamento. Quase metade das vezes nos escritos de João. Das 26 vezes que o adjetivo &ÀllT~Çocorre no Novo Testamento, 17 estão em João. 'AÀ~nvoç aparece 28 vezes, sendo 23 na literatura joanina. A "verdade" ocupa um lugar central no evangelho segundo
João, como veremos a seguir. Quando o termo é dito pelo próprio Cristo, é
para reforçar as suas palavras, para expressar a sua autoridade e para sublinhar a certeza da sua mensagem (ex.: Lc 4.25; Jeremias).
Nos sinóticos, Jesus ataca tanto qualquer discrepância entre a palavra
e a ação, ou entre a palavra e a realidade, como demonstra que suas próprias palavras estão sempre de acordo com seus atos e com a realidade (Mt
23.2; Lc 11.46, etc.). Outras ocorrências do termo em questão, ou de seus
corre latos, nos Evangelhos sinóticos e em Atos, ou têm o sentido de verda-
-73 .
-
------ -------- --
-
de em contraste com a falsidade, o ocultamento ou o logro, ou referem-se à
honestidade ou à sinceridade.
O apóstolo Paulo usa &).~8ELa em várias nuanças. Um de seus usos
maiS distintivos é o uso da mesma para caracterizar o próprio evangeUlO
como, por exemplo, em 015.7. Bultmann vê aqui também o sentido de
"ensino verdadeiro" e "fé", Paulo também usa &)c~eEla num sentido mais
amplo para significar a revelação que Deus fez da sua vontade ou até mesmo de seu divino ser, ou mediante a lei, ou até mesmo, em um só lugar,
mediante a criação. Este uso é característico dos dois primeiros capítulos de
Romanos. Outra l1uança dada por Paulo é o da verdade em contraste com a
mentira ou o íogro. Tal qual para Jesus~ a verdade fica sendo Ul11a questão
de con~elaçãoentre a pa:.a1.Ta e o ato (full 9.1~2Co 7.14). ()utra ainda, se'Testamento~ é a nuançEt dada no sentido ;;dag"uirrdo corlceitos do Ax
confiar~~ C.Ol110 ern Pun 3.3-7. Paulo tanlbéuJ. usa o
Quilc
elTi. (rue
se
,
-,
'
11:.) se.ntido de des-..
/endarnellto (2Co 4.2\ elTIbora não busOtle mera
dedicacão à l/erdade
adrrliração teórica da 'verdade intelectu.al rn.as]
como
é e;{pressa :no evangelho,
·verdade e a pureza .. e111 l?aulo~ tar.nbém COD_trastam com K~KLC{~TIovTlP[a e TIGp1-iE[C:~~
pois o alTIOr genuírlo acarreta não o tipo de engartO qu.e faz de outra pessoa um instrurnellto ou prisÍ=
oneiro mas, sim. o tipo de verdade que é a base das relações interpessoais
plenas. Nas epístolas pastorais, a verdade é essencialmente a verdade revelada da mensagem do evangelho.
Já citamos acima a freqüência de &:A+t8nc( e seus correlatos nos escritos joaninos. Somente este fato já nos mostra a importância do conceito
para João. Bultmann e Dodd argumentam que João vê a verdade primariamente como realidade em contraste com a falsidade ou aparência, insistindo em considerar este fato como um conceito helenístico da verdade em
teDJ10
.>-..\
João. Segundo Thiselton, outros estudiosos (como Barret, Mon-is Brov,TI, e
especialmente Kuyper) sublinham ocon-ências em João onde &)#,EtO:: pode
possivelmente significar "fidelidade", como evidência de afinidades com o
Antigo Testamento e com o judaísmo. O próprio Thiselton, adota o conceito de &A~eELa no sentido da "realidade" em contraste com a falsidade e
a mera aparência, sem, no entanto, caracterizar a ocorrência do conceito
como evidência de afinidade com idéias gregas, ou desconsiderar a influência da tradição do A,-'ltigoTestamento. Vilson Scholz, por sua vez, entende
que é questionável o estabelecimento de lL111 nitido contraste entre a noção
grega e a noção hebraica de verdade. Segundo ele, nos textos joaninos não
- 74 -
se pode criar um molde fixe ,"c _ ...
grego, seja enfatizando <) aspC',:.
sa ter empregado &)c~eElÚ ,,=: ,~_ ..
adaptado um conceito no\'o. n:
tradicionais da significação d2
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C01110 Silllples
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de Deus; etc.
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assiste. Cristo é a verdade. Sere, (~
.é.
lamento, engodo e trevas. Em
Deus está conosco. Há uma luz 1L ".-'
VI. Pensamento Central
Aquele que permanece 11::i P ,c._
cerá a verdade que liberta o ser hu]~':
VIL Persuasão
1. Alvo de Vida: Que o
ais.;_
e. que ele viva segundo o que D:'é
guiado pela Palavra de Deus nc~~:::-_2, A101éstia: Muitas
ycz:-s· ~..
1eit;.1ras~ prcgaç.Ôes e estudos,
~<_
Como se
lua Je nÓs carn a sua Pala\T3.
co cuso~ tal qual os judeus,
F-\=
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o logro, ou referem-se à
nuanças. Um de seus usos
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tful1bém o sentido de
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~(.;.~8Hctnum sentido mais
~.:ia sua vontade ou até mes;!lesmo, em um só lugar,
prirl1eiros capitulos de
-:-rdadeem contraste com a
fica sendo Uill!:t questão
7.14). Outra alrlda~ seno sentIdo ~~d.a~
Paulo
usa o
:.J.e
-.-
dedicação
i ·ve.rdade
o amor genulllo
pnsldas relações ínterpessoais
~~~nçialmente a verdade reve-- '~'" lêS
ou
VI, Pensamento
Central
Aquele que permanece na Palavra de Jesus, o Filho de Deus, conhecerá a verdade que liberta o ser humano do pecado.
e seus correlatos nos es-
importância do conceito
T,~;;'io vê a verdade primaria':"oldade ou aparência, insistinhelenistico da verdade em
J.
lamento, engodo e trevas. Em Cristo, a realidade de Deus está presente.
Deus está conosco. Há uma luz no final do túnel para a hurnanidade.
aC('lf-
...
1j111lDstcume.nto
se pode criar um molde fixo na interpretação, seja acentuando o aspecto
grego, seja enfatizando o aspecto hebraico. O autor acredita que Jesus possa ter empregado à.À ~8E tlX em sentidos variados, que tenha até mesmo
adaptado um conceito novo, no qual estariam presentes todos os elementos
tradicionais da significação da palavra. O que deve ser destacado, segundo
Scholz, é que a preocupação de João e de todos os escritores sacros é cristológica (10 20.30,31), Pois, se verdade é a realidade, então esta realidade é
Jesus. Se a verdade é fidelidade, então Cristo é a verdade de Deus, o fiel, o
"sim" a todas as suas promessas. Assim, é natural que João use o termo
como simples verdade em contraste com a mentira (10 4,18), verdade como
fidedignidade (Jo 8.13-58), verdade como a idéia da realidade em contraste
com a aparência da situação (10 6.55), verdade como revelação da realidade
de Deus; etc.
Quid est veritas? Est vir qui adest. A verdade é lh'll homem que nos
assiste. Cristo é a verdade. Sem Cristo, tudo é confusão, vendamento, ve-
Zl
Barret, Morris BrO\vn, e
. '::m João onde &À~eELO: pode
é"idência de afinidades com o
~:mG
-r'no Thiselton, adota o con-
=l. '.~ontraste com a falsidade e
,'~-?::,ra ocorrência do conceito
. ~." ou desconsiderar a influên- ~.cholz, por sua \/ez~ entende
;:ido contraste entre a noção
~='L:~nos
textos joaninos não
VII. Persuasão
1. Alvo de Vida: Que o discípulo de Jesus permaneça na Palavra, isto
é, que ele viva segwldo o que Deus fez dele, sendo sempre alimentado e
guiado pela Palavra de Deus no seu dia-a-dia .
2. jVfoiéstia: Muitas vezes nós escutamos as palavras de Jesus em
leltm'as, pn:g~lçc'es e estudos. No entanto, não a ouvimos de fato com o
COriié;a(). Como se diz: "Entra num ouvido e sai no outro!" Deus se aproxilllil de nÓs com a sua Palavra poderosa e nós a desprezamos e fazemos pouco (;,'20, tal qual os judeus. Por isso, o que acaba acontecendo é que a fé
não sobrevive por inanição, por falta de vivência da Palavra, ou seja, por
nào ser um verdadeiro discípulo (aluno, seguidor). Sabemos que a existência da nossa fé depende exclusivamente de Deus. Mas não podemos esquecer que há uma grande possibilidade de nós, por nossas próprias forças,
- 75 -
_____
~
__
~
~
-
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h
_
"entristecermos o Espírito Santo' (Ef 430). pondo a perder. paulatina e
gradativamente, tudo aquilo que Deus nos concedeu graciosamente. sem
mérito algum de nossa parte. O não usufruir da Palavra de Deus e da Ceia
do Sen..ílOrentristecem o Espírito Santo. Deste modo, acabamos por n3.0
progredir no desvendamento da verdade de Deus, tomando-nos, outra vez.
escravos do pecado. Tempo de cristia..'1ismo ou de luteranismo, tradições.
costumes religiosos antigos, construções de templos, heranças eclesiais ou
inovações litÚrgicas não nos conduzem ao porto seguro da verdade. O que
Jesus deseja é ser ouvido. Ouvido de verdade. Ele deseja que a sua Palavra
mexa com a vida de cada urn. Ele deseja nos tornar livres para servirnl0s a
Deus.
3. A1eio: Como o próprio Serillor Jesus Cristo diz: "Eu sou o cfu"11inho~ a verdade e a vida~' (Jo 14.6)~ ou então~ enl nosso texto: ';'Se o Filb.o
vos libertar, sereis realmente homens livres" (Io 8.36). E Cristo vem até
nós como o caminho, como a verdade, como a vida, como a libertação do
pecado, através da sua Palavra. A esta mesma Palavra o apóstolo Paulo
chama de poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rrn 1.16).
VIII. Sugestão de Esboço
Introdução: Quantidade de denominações religiosas (crescimento das religiões orientais, animistas, espíritas e neo-pentecostais).
Tema: Como é possível permanecer discípulo de Jesus no mundo de hoje?
b) A verdade é a reallcE.,~
continuamente na nossa "~_..
.-
povo de Deus no que se rere:-e ::.:
refere às promessas ainda 1'5: ::.
realidade, é desvendamento t~- .~:::::"
Cristo, em quem não há menU' "de Deus).
3. Sendo liberto do pecado!
a) A liberdade mais importante n~_
b) A liberdade não significa ser.
freados, concupiscência).
i, ::.
c) p.~liberdade signific.a servir ac; '~.:~
de 1..1111
escravo sem di:-:::~~-~-::
guém que, como filho, faz pane - - -d) Ser livTe, servindo a Jesus, signi:::_ diabo e sobre a morte. O pecado rei - :
ele perdeu o seu domínio sobre
vida do homem, agora como uma '--: .
do novamente escravizar o hcmer:
telYlpOrário
plantado por Cristo (Rm 5 e 6).
1. Permanecendo na Palavra de Jesus!
"Permanecer" significa:
a) primeiramente ouvir de verdade (meditar na Palavra lida, nos sermões,
nas meditações, etc.).
b) "ruminar" a Palavra
c) comunhão com Cristo (Batismo e Ceia do Senhor)
d) a prática da vontade do Pai.
2. Conhecendo a verdade!
NATIVIDADE DE NOSS
25 de dez:;
Série trienal B. E,.
I. O Texto no Ano Eclesiástico
sorte~ antes.
ao pecador seja uma realidade
como segue.
lTILLlldoà própria
a) "Conhecer" não envolve apenas aspectos cognitívos e mentais.
"COlli1.eCer"envolve relacionamento com a verdade, sendo que Cristo é a
verdade feita ser humano (10 14.6) .
. 76 -
.'~ler paulatina e
-.·_·:osamente, sem
ic Deus e da (leia
b) A verdade é a realidade que o Espírito Santo nos faz perceber
continuamente na nossa lÜstóna pessoal e na história da hlll1lanidade e do
povo de Deus no que se refere às ações salvadoras de Deus e no que se
refere às promessas ainda não concretizadas. Verdade é fidedigpjdade, é
realidade, é desvendamento progressivo, é Deus se revelando na lÜstória, é
Cristo, em quem não há mentira. O que Cristo nos diz é a verdade (palavra
de Deus).
~.:abamos por não
outra vez,
• c'
31lÍsmo, tradições,
eclesiais ou
OS verdade. O que
. =:"lnças
que a sua PaL:rvra
3. Sendo liberto do pecado!
a) A liberdade mais importante não é a política (externa) .
b) A liberdade não significa senTir a si mesrno (libertinagem, desejosdesenfreados, concupiscência).
c) A liberdade sigrtitica servir ao senhor certo: Jesus Cristo. Não é o serviço
temporário de lLnl escravo sem direitos, mas um serviço volwltário de a1guérn que, como filho, faz parte da família,
d) Ser livre, servindo a Jesus, signit1ca ser vitorioso sobre o pecado, sobre o
diabo e sobre a morte. O pecado não pode mais reinar no ser humano, pois
ele perdeu o seu domínio sobre nós. Contudo, o pecado ainda pennanece na
vida do homem, agora como uma força maligna (velho homem), procurando novamente escravizar o homem, lutando contra o novo homem, im-
.. -~~s para serVIrmos a
texto: "Se o Filho
). E Cristo vem até
- do
__:.:omo a "b
11 ertaçao
_::\Ta o apóstolo Paulo
;:-le que crê (Rm 1.16).
- c,;:; (crescimento das reli.- =c.cecostais).
- ::'5U5 no mundo de hoje?
plantado por Cristo (Rm 5 e 6) .
Valdemar A. Arend
NATIVIDADE DE NOSSO SE1'ffiOR - DIA DE NATAL
25 de dezembro de 1999
?:'\lavra lida, nos sermões,
Série trienal B, Evangelho: Lucas 2.1-20
1. O Texto no Ano Eclesiástico
Os textos bíblicos evidenciam o serJlOr da história, que não deixou o
mundo à própria sorte, antes, porém, efetiva os meios para que a salvação
ao pecador seja uma realidade. Os outros textos para esta celebração são
como segue.
cognitivos e mentais.
sendo qUê Cristo é a
:::-_:::de,
-77 -
--
..... __
..
c_-
.•••
Salmo 98: Este Salmo bem retrata o espírito natalino, de louvor e
gratidão a Deus, por manifestar o poder e a salvação de Deus perante todas
as nações.
Isaías 62.10-12: O profeta manifesta a esperança que devemos fundamentar em Deus. As obras divinas em relação ao seu povo atestam a
fidelidade e a restauração a Sião (Jerusalém), Através de seu povo, Deus
torna notól1a a salvaç,ão, tomarldo célebre seu nome até os confins da terra,
rito 3a4 ...7: Podemos descrever este texto como a jüstificação objetiva: o amor de Deus visa salvar todos os hom.en.5. A jllstificação s'ul~etiva
(v. 7) diz
àqueles que mediante a fé crêern enl Cristo, sendo declarados perdoados e herdeiros da vida eterna.
Lucas 2.1 =20: Lu.cas5 carn toda propriedade5 descre\re o nascimento
do FiL~o de Deus; do 'Verbo que se fez carne. Dues manifesta, assim, o seu
propósito de salvar a humanidade através da vinda do seu Filho.
n. O Texto
no Contexto
lU. O Texto no Vernáculo
No v. 1, não há um propósito de determinar o ano do nascimento de
Cristo, mas de situar no tempo as personalidades políticas da época. O decreto para o recenseamento visava a cobrança de impostos, um marco importante na obra de César Augusto.
Cada cidadão judeu voltou à cidade de origem. Assim detenr..inava o
decreto" José e I\1aria que esta\/arn na cidade de t~azaré~ por serem da "casa
j D
...
.,
"
., Claro
t
e lamLtla ae
~ aVi."- drrlge111-Se
a, n
beleln
\.n'J uciela,
'\7. ~1) , n
J texto- deIxa
a
ação de Deus no Inundo. Imperadores e reis submetem-se aos propósitos
divinos, lnesmo selli percebere}}1 esta ÔJ;,ão. () nascÍmellto de C-risto CIYl
Bele',,'1 di'!J1u'd'e'ia
esta'l" detprrn\1"<>,-i,--.
11::."1:''''''''''''
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ele T!p""
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-'~"--1....-'
<; .---,
'), ..•.
Vl_
1t ')-". 4_hvrl;"
Em poucas palavras o e\/L:ngeli:3ta relata o Ilascimento de
(v.
6-7). O relato é suscinto, COE"1 repercussão na terra e riO céu.
Criaturas angelicais fazem parte do decreto divino. Eles pregam o
evangelho da salvação. O medo dos pastores no campo, diante da manifes']'
.•....•....•..
~
..•.••••.•.
_
júbilo. O evangelho é poder de D:::_:
do nascimento sob os seguin:e;: c:- ~,.
Salvador, que é Cristo, o Senher
__
divina e humana de Cristo. Ele ::
c,
implica em ser salvador, em reTLr
Os pastores deram crédit,~ -,-"
_~_, _,
olhos extraordinário fato, sendc
_
"tudo o que íD.lham ouvido e \'i5t:
IV. Persuasão
O Evangelho de Lucas reSgi:i
__
Palavra de Deus. A preocupação err; ,ede Deus entre os homens, leva Luc:~
nascimento de Cristo. Por outro li':'.
:=:
Lucas, após criteriosa pesquisa quanto aos fatos históricos que marcaram o nascimento de Cristo, transcreve-os de maneira objetiva, autenticando, assim, as narrativas das "testemlLrllaS oculares" (1.2).
.C'
tação da "glória do Senb.or·· " c.
sagem que os anjos transmite::c
O conteúdo da pala\'Ta :Lé',~c.:.:
~
_,.."
..•. ~
__
.•...•. ,..<.
.J
••. _ .
-~
- 78 -
acontecimentos imperiais e regioD3:"
nascimento de Cristo, é para asseg'..'C:..:__
dades que foste L.'1struído"(1.4), con: - -:-J.:
celentíssimo Teófilo". Somos Corl"'~
:
dades da Escritura, conforme apren:'.e-' - :
da escola dominical, catecismo. e5r-~=- :
Objetivo: Que os ouvintes sejam re-:;--a
des em que foram instruidos sobre Cr:~:_
ldoléstia: Falta de conscientizaçàc
Falta de instrução quanto à grayids~;
como o senhor e salvador. Tomar-so:
-= ,,-::
2•
=-,0:;'
prometer-se com a boa nova da 53>2~ ,-
1"
.Meio: Jesus Cristo é o único serj-i~r o:=.2~
Deus, veio para salvar a criatura c i::":'
0::=
-.::.:lmo, de louvor e
:.:ô
Deus perante todas
.1 ,.:pe devemos fun':eu povo atestam a
de seu povo, Deus
confins da terra.
- ç,
~ustificação objeti- _,élsÜficação subjetiva
sendo decla=
tação da "glória do SenllOr" (v. 9), converge para o evangelho, para a mensagem que os anjos transmitem: "Não temais" (v. 10).
O conteúdo da palavra anunciada pelos anjos é de consolo, amparo e
júbilo. O evangelho é poder de Deus. Os anjos declaram o fato consumado
do nascimento sob os seguintes aspectos (v. 11): "na cidade de Davi, o
Salvador, que é Cristo, o Senhor". Os anjos falam de doutrina, da natureza
divina e humana de Cristo. Ele é o único que é o "Cristo, o Senhor". Isto
implica em ser salvador, em remir os pecadores (1.77).
Os pastores deram crédito à mensagem. Confirmam com os próprios
olhos extraordinário fato, sendo levados a louvar a Deus e a testemw-mar
"tudo o que tinham ouvido e visto" (v. 20).
_~screve o rlâSClrnento
...~njfesta, assim, o seu
_, "eu Filho.
:'::tos históricos que mar.-''3.neira objetiva, autenti.~.i.
'- :::;. (12)
' ..~.'
o'
•
;, ano do nascimento de
da época. O de~
impostos, um marco Ím-
IV. Persuasão
O Evangelho de Lucas resgata o estudo e a seriedade com respeito à
Palavra de Deus. A preocupação em ser fiel, ao transcrever os fatos da ação
de Deus entre os homens, leva Lucas a documentar o contexto político do
nascimento de Cristo. Por outro lado, não se perde nos bastidores dos
acontecimentos imperiais e regionais. O propósito de Lucas, em relatar o
nascimento de Cristo, é para assegurar os cristãos sobre a "certeza das verdades que foste instruído" (1.4), cOl1-Íormeprimeiramente dirige-se ao "excelentíssimo Teófilo". Somos convidados a continuarmos firmes nas verdades da Escritura, conforme aprendemos de nossos pais, na igreja: através
da escola dominical, catecismo, estudos bíblicos e mensagens.
Objetivo: Que os ouvintes sejam revigorados na fé com respeito às verdades em que foram instruídos sobre Cristo.
=~rn.Assin1 determinava o
"'~azaré, por serenl da ~'casa
-t). () texto deixa claro a
~~-'metem~seaos propósitos
de Cristo C}Yl
__ ~1eus Ctvfq 5.2; IvIt 2,4-6).
T1J.scinlento de (~ristu C'v.
=,
1\1oléstia: Falta de conscientização
(pessoal) do estudo da Palavra de Deus.
Falta de instrução quanto à gravidade do pecado e o que representa Cristo
como o senhor e salvador. Tomar-se mero expectador do Natal, sem comprometer-se com a boa nova da salvação.
Meio: Jesus Cristo é o único senhor e salvador. Sendo verdadeiro homem e
Deus, veio para salvar a criatura caída em pecado.
divino. Eles pregam o
CanlpOj diante da 111anifes-
::':::, "0;;'[0
__
=.
-79 -
Tema: Comprometidos com o Evangelho! (Como?)
A. Crendo no que fomos instruídos.
B. Vivendo no que aprendemos (santificação).
Celso Wottrich
aspecto fundamental
ante de Deus, visto
manas precárias. O
templo nos mostram
na
cumprir
nascimenr:. "as limitaçÔeõ "
IH. O Texto no Vernáculo
CIRCUNCISÁO E NONIE DO SEf..frIOR - DIA DO ANO NOVO
de janeiro de 2000
Série ii-ienal B, Evangelho: Lucas 2.21
10
1. O Texto no Ano Edesiástico
Visto os calendá.rios civii e eclesiástico seguirem camiili~os diversos,
a festa da circu.ncÍsãü de Jesus assumiu papel secili~dário 110 calendário
litÚ.rgico. I':oucas são as congregações que ail1da celebram esta fe·sta menor,
Mas, o dia tem seu valor, especialmente se olharmos da ótica da humÜhação de Cristo, Ao ser circuncidado, Jesus cumpriu a lei, colocando-se
à 111ercê dela a
de se tornar ü 110S80 -salvador. Todo o contexto, que
inicia no .l\.dvento até a Senla:na Sarlta, r10S faz olhar para a lrcunanjdade de
leituras do
PaSSâIldo pelas
aSSUll1e illil
d(;t(;nmin.ii<10
nc.nne do Senhor se
percebernos que o nOllle do
caráter em relação a sua obra (Salnlo 8): o
"A grada
salvac.ão
diz
Paulo
ça de Deus rnanifestada em Cristo e (}
HientlIlcan10S
(} nOl11e
Senhor
(Rolnanos 1.1=7). En1 NÚlYlerOS (6022-2
nas bênçãos que Ele TiOS confere.
:no
C111 ação
sal'(~.rific-a para o h0111ern
O Texto no Contexto
o capítulo
2 de Lucas 1108 rernete à histÓria do nascÍnJento de Jesus
corn todos os detalhes 11ccessários para reconi1ecê-lo COlno cU111pridor das
promessas de Deus.
Os primeiros leitores de L,llcas, cristãos de orige111 gentnic8~ puderarn
perceber, assirn COI110 _nóshoje~ a universalidade da graça de Deus no Hlenino nascido eln Belém. 1\0 assu1l1ir a condição 11Uil1ana, o
de
aSSlliue para si as exigênCias da leL clli~lprÜ1do-aelYi 11.0550 lt~gar.
- 80-
Neste versículo único, L1CZi3 ::
humartidade de Jesus. Primeiro, ccl:,;:-.
circuncisão. Depois, nO nome de J::,~,
ção", sendo que isto caracteriza a 0'::-;2 .. _
A ordenação da circlL.'lcisão L õ
que tem oito dias será circuncidadc ~:-.~-:
ções", A identificação física era a m2.~~':'
soa fazia pa..rte do mesmo povo d2.
Abraão. Além desta perspectiva, a~é:- __
aspecto espiritual por trás de seu ate:
lhava-se pera.nte Deus~ reconh,ecendc·
marca como alguém que foi resgatad.: ,, __~
Há correlação com o batismo crist;
família da fé, ta.'Ilbém precisamos díar-:.::::·,:;-,
Deus para canosco pois ela nos traz S8;- é,. 1,
Outro aspecto do estado da hLl.::l'.::-,.::ç
lacionado ao nome Jesus. "O Senhor é 3_" 3
c, .....
_
promessa de que do descendente de
como nós, sujeito às leis que regem :::~"::'O "\
osa. Percebemos ao longo dos reiatüs Ç:'. c~_~
às normas de seu tempo - só que (; s~...
se nosso Redentor.
Lucas demonstra anteriormec:,e __~
Quando o fuijO de Deus anuncia a \fans . _
Jesus já aparece, juntamente com c 5~ -' _ .. _
se fundem em Jesus.
Celso W ottrich
aspecto fundamental
ante de Deus, visto
manas precárias. O
templo nos mostram
na humilhação de Cristo. Ele é o nosso substituto dicumprir perfeitamente a lei, mesmo em condições hunascimento, a visita dos pastores, a oferta levada ao
as limitações humanas de Jesus e sua família.
IH. O Texto no Vernáculo
••
1
.••
~~'gulrem Camlfi..110Scilversos,
..::l secllndário
no calendário
cele-bram esta Íesta menor.
se olhannos da ótica da hu:~'Llnlprilla leis colocando-se
.lclor.
° contexto,
Todo
que
cllh.ar para a htnnanidade de
obra (Salrn.o 8); o
grai;aul0
sal vacao
8 Sl13
o llornern
•
~' __
7
-;
"j
~L}JJna.
Jl,,-
•
Neste versículo único, Lucas foi bastante criativo para caracterizar a
hu,'1lanidade de Jesus. Primeiro, coloca-o sob a lei, quatldo a cumpre com a
circuncisão. Depois, no nome de Jesus, que sigrljfica "o Senlwr é Salvação", sendo que isto caracteriza a obra vicária de Cristo em nosso favor.
A ordenação da circuncisão nos leva a Gn 17.12; 21.4 e Lv 12.3: "o
que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações". A identificação física era a marca que mostrava se determinada pessoa fazia parte do mesmo povo da aliança que Deus estabelecera com
Abraão, Além desta perspectiva, a circuncisão nos leva a identificar um
aspecto espLritual por trás de seu ato: o homem, ao ser circuncidado, humiLlJ.ava-seperante Deus, reconhecendo suas limitações, lembrando-se de sua
marca como alguém que foi resgatado e chamado à aliança do Deus Eterno.
Há conelação com o batismo cristão, onde além de sermos chamados à
família da fé, também precisamos diariamente ter em mente esta aliança de
Deus para conosco pois ela nos traz salvação.
Outro aspecto do estado da humilhação presente neste texto está relacionado ao nome Jesus. "O Senhor é salvação" significa que se cumpriu a
promessa de que do descendente de Davi viria o Salvador. Jesus é homem
como nós, sujeito às leis que regem nossas vidas, tanto civil, moral e religiosa. Percebemos ao longo dos relatos evangelísticos como Jesus se sujeitou
às normas de seu tempo - só que o seu cumprimento foi perfeito, tomandose nosso Redentor.
c~Óriado nascimento de Jesus
:nhecê-lo como cmnpridor das
Lucas demonstra anteriormente este aspecto no seu evangelho.
Quando o anjo de Deus anuncia a Maria o nascimento do Salvador, o nome
Jesus já aparece, juntamente com o seu conteúdo salvífico. Nome e função
se fundem em Jesus.
:je orÍgelYi genti1ica, puderan_l
_~~,j?,deda graça de Deus 11.0 111(',hW.lluna, o
_~_~-~Gc;-acrn r108SO
.
-
.
lugar, Este é
o
- 81 -
IV. Persuasão
quando ocorrer o dia de>,;l::2_
(Púlpito, vaI. 2), a festa tem,,-'.::
ração do nascimento de lestE .. '. ~
Pensamento central: Cristo sltieita-se à lei em nosso favor.
dora na sua mensagem: a gn~J : o, __
reflete o grande "Cristo para T: __ 5
todos indistintamente, quer paE ~. - =-:i
ricos. quer para pobres; quer p2:::
__~
mente de raça, procedência, líng'12 :: :: .
Moléstia: As nossas limitações nos levam a crer em algo fora de nós. Todo
o ser humano, por mais que se considere moralmente uma boa pessoa, perceberá, ao longo de seus dias, todas as iniqüidades praticadas, talvez, no
íntimo de sua mente.
lI. O Texto no Contexto
Meio: Cristo é o caminho, pois assu.'lliu a forma de servo, sujeitando-se à
lei e cmnprindo-a de forma perfeita, resgatando-nos de nossas limitações
eternas. Já hoje podemo~ nos animar quando nossa vida e trabalho não são
perfeitos, visto camir.L.11annos
para uma cidade que é eterna.
o evangelista Mateus dir1~'- __
meio, os judeus. Eis aí a razão di: ó:: _ ~.
profecias do Antigo Testamento CC::T -:
sua obra por ele narrados. Mateusiç=-.:J:
.Óc
O~jetivo: Reconhecer que Cristo veio ao mundo para ser o nosso Salvador,
sl~eitando-se às mesmas limitações que nós temos, mas vencendo-as, tornando-se o Salvador de todos os homens.
ção que Cristo é a continuação do (::- :
num novo acordo e, até mesmo, qu;;- C .. ó:,
iniciada lá no Antigo Testamento. E .:ó",
crito com a lista dos antepassados de .'=:
V. Sugestão de Esboço
Deus. Para Mateus, em Jesus se C.IL~~~
mento. Num contexto mais próxim~ . .:-;
Mateus mostra a reação de Herodes .':-:;
lia de Jesus, antes de saltar mais ou =.::::
início do ministério de João Batista::
::SI
As outras leituras do dia sào ::._.
Jesus, é o autor da salvação. Porque?
A. Ele cumpriu a lei perfeitamente.
B. Ele nos deu o exemplo de humildade.
C. Ele nos deu a condição de sermos eternamente perfeitos.
Clóvis J. Prul1zel
mão, nos apresenta um rei justo. ;::t.
peitado, honrado, cujo Reino não ter" ~.=
que ele próprio, pois é uma re:fe;~rL:
temos pintada uma imagem do _""~
.~
salém porque o Senhor a ilumin.rá: : =- ~
com as nações (gentios também: tr.::::=-::
e adorná-Ia. Transparece nesta p:::: ~._
clamação de que ainda há um fu,:,.-:: _
:30,
EPIFANIA DO NOSSO SEl'U:iOR
6 de janeiro de 2000
Série trienal B, Evangelho: Mateus 2.1-] 2
I. O Texto no Ano Eclesiástico
A Epifania é celebrada no dia 6 de janeiro. No Novo Testamento.
engloba a manifestação de Jesus em glória, por ocasião da prin1cira
para a obra da salvaç:Io, e da segunda vinda, para a manife.staçf:[() final
- 82 -
I
Comentários interessantes sobre o
L::.;-'.: :'
30; Igreja Luterana, 30. trimestre 19-9':'7
204); e Vox Concordiana 8í2, i992.;;:
::,,=-.
l-:-:
< 20 fora de nós. Iodo
.:,.lIna boa pessoa, per~~. praticadas, talvez, no
L-.....•.
~~:ervo, sujeitando-se à
.: de nossas limitações
-:ia e trabalho não são
. ~ar\ra
n 1 dor~
~_.ser o nosso
~·eitos.
Clóvis ]. Pnmzel
~1-12
•
1
\,.'lHua.
IlllaL
quando ocorrer o dia do juizo. Segundo informações de Otto A. Goerl
(Púlpito, vaI. 2), a festa tem sua origem na igreja oriental, como comemoração do nascimento de Jesus. A Epifania, o Natal dos Gentios, é consoladora na sua mensagem: a graça salvadora de Deus é universal! A Epifania
reflete o grande "Cristo para Iodos". Ela anuncia: Cristo é salvador para
todos indistintamente, quer para homens, quer para mulheres; quer para
ricos, quer para pobres; quer para judeus, quer para gentios; indiferentemente de raça, procedência, língua e posição.!
n. O Texto
no Contexto
o
evangelista Mateus dirigiu o seu escrito para as pessoas do seu
meio, os judeus. Eis aí a razão do seu constante esforço em relacionar as
profecias do Antigo Testamento com os acontecimentos relativos a Cristo e
sua obra por ele narrados. Mateus demonstra a cada instante em sua narração que Cristo é a continuação do plano de Deus, visto que agora se está
num novo acordo e, até mesmo, que Cristo é a culminância da obra de Deus
iniciada lá no Antigo Testamento. É assim que Mateus começa o seu escrito com a lista dos antepassados de Jesus, ligando-o à história do povo de
Deus. Para Mateus, em Jesus se cumprem as promessas do Antigo Testamento. Num contexto mais próximo, após a narração da visita dos magos,
Mateus mostra a reação de Herodes à traição dos mesmos e a fuga da família de Jesus, antes de saltar mais ou menos trinta anos a fIm de relatar o
início do ministério de João Batista e mesmo do próprio Jesus.
As outras leituras do dia são como segue. O 81 72, escrito por 8alomão, nos apresenta um rei justo, reto, compassivo, bondoso, perene, respeitado, homado, cttio Reino não tem fronteiras e nem fIm, muito maior do
que ele próprio, pois é uma referência ao próprio Messias. Em 1s 60.1-6
temos pintada uma imagem do brilho e da glória que caracterizarão Jerusalém porque o Senhor a iluminará com a sua luz. A imagem se completa
com as nações (gentios também!) trazendo dos seus tesouros para edifIcá-la
e adorná-Ia. Transparece nesta passagem, num primeiro momento, a proclamação de que ainda há um futuro grandioso reservado para a Jerusalém
! Comentários interessantes sobre o texto podem ser encontrados em PÚlpito, vol. 2, pp. 930; Igreja Luterana, 30. trimestre 1979, pp. 61-62; Igreja Luterana 50/2,1991, pp. 201204); e Vox Concordiana 8/2,1992, pp. 76-80.
- 83 -
-~~-----!!I!!!!!!!!!I!I_---------
terrena. Num segundo momento, anuncia-se a Jerusalém celestial a ser
concretizada por Deus nos últimos dias, pela eficácia do poder de Deus, por
causa do seu amor e da sua fidelidade. Na epístola de Paulo aos Efésios
(3.2-12) temos revelado o segredo de Deus, ou seja, a salvação pela fé em
Jesus Cristo. O apóstolo deixa bem claro que a revelação deste segredo é
para "todos",
que quer dizer "para os gentios também"t Paulo sabe-se
escolhido para levar avante o segredo a fim de que deixe de sê-Ia, tanto
para os judeus como para os gentios espalhados por todo o mundo.
°
"viemos para adorá-l'~'
"viemos adorá-Io" (C,EF).
menino" (G).
V. 3: "alarmou-se" (Aí, "f: .., _ -::- .:
cupado" (C), "ficou alarmado" ~
perturbado" (G).
V. 4: "principais sacerdote,
dotes e os escribas do povo" (B1. ":" :'-:::'13
da Lei" (C), "os chefes dos sacercL:;;:,
cipes dos sacerdotes e os escritas
judeus" (G),
V. 6: "a menor entre as princifs, .=
" .. _u _ .
. cwa
, , d e"n d e J u d'"
a (B)", a n,en,,"
paiS
(C), "o menor entre os clãs de Judá" =:
dá" (E), "a menor entre as capitais ,-" . __
daica sem importância" (G).
"de ti sairá o Guia" (A,F), "de ri rá o líder" (C), "de ti sairá um chefe" -.
será levantado daí" (G).
"que há de apascentar" (A.F!,
(C), "que governará" (E), "para dirig:r4'
V. 7: "inquiriu deles com pre:
deles a época exata" (B), '~:pergl.llY:c-'_J
_
certificar-se carn eles a respeite: ck· .:=""-.~
época exata" (E), ;'inquiriu exatamen::: deles a época exata" (G).
V, 8: "Ide informar-vos (',," - - - :: ~
i: :-:"
llI, O Texto no Vemácuio
Versões e títulos:
T
a) Almeida Revista e Atualizada: A visita dos magos.
b) Tradução Ecumênica: A visita dos magos.
c) Bíblia na Linguagem de Hoje: Os visitantes do Oliente.
d) Bíblia de Jerusalém: A visita dos magos.
e) Claretiana: A adoração dos magos.
f) Almeida Revista e Corrigida: Os magos do Oriente,
g) The Living Bible: Os sábios do Oriente.
Texto:
V. 1: "uns magos do Oriente" (A), "magos vindos do Oriente" (B),
" a 1guns h omens que estwd avam as estrelas
l' VIeram d-,o unenteq
r.'
"('~""
Lj, magos
do Oriente" (D), "magos vieram do Oriente" (E), "Ul1S magos vieram do
Oriente" (F), "algui'1s sábios das terras do Oriente" (G),
\'" 2: "Onde está o recéül-nascido Rei dos Judeus?" (A,,);"Onde está
o Rei dos judeus que acaba de nascer?" (B)~ "Onde está o menino que nasceu para ser rei dos judeus?~~ (C), ;'Ollde está o rei dos jude'us recém,. ?"
..
" de nascer .~.,-~,
nascIdo
~ (D')," "0.1
nue esta, o reI., aos Judeus
que acaba
(' (i:j,
"Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?'~ (F)~ HOnde está o Rei dos
Judeus recém-nascido" (G),
"'vinlos a sua estrela no Orierlte"(l\ ..,C,E,F), "vimos o seu astro no
()riente" (B), "vimos a sua estrela no seu strrgir" (D), "vimos a sua estrela
nas distantes terras do Oriente" (G).
- 84 .
G0111 exatidão"
(B), "Vão e
proclli"":"aiobter informações
procureE~
exatas
"Ide, e perglLfltai diligentelrlerlte"
/:;..B{blia de Jerusalém e a -;, >
ar" enquanto as outras traduzem ..;lj_=-~~
V" 9: "estrela" (J\,C,I:i:-E~F .Cr
V. 10: "alegraram-se cem ;r,:~~-=::
lLl1laalegria muito grande" (Bi, ,.:~~
"alegraram-se imensamente"
n ,
--=--::.
J
•---
.~~'lsalém celestial a ser
poder de Deus, por
de Paulo aos Efésios
- - _ '- :10
salvação pela fé em
'Ôlação deste segredo é
..ornbém"! Pauio sabe-se
2,
deixe de sê-Io, tanto
o mundo.
"viemos para adorá-Io" (A), "viemos prestar-lhe homenagem" (B),
"viemos adorá-ia" (C,E,F), "viemos homenageá-Ia" (D), "viemos adorar o
menino" (G).
V. 3: "alarmou-se" (A), "ficou perturbado" (B,C), "ficou muito preocupado" (C), "ficou alarmado" (D), "perturbou-se" (F), "ficou muitíssimo
perturbado" (G) .
V. 4: "principais sacerdotes e escribas do povo" (A), "sumos sacerdotes e os escribas do povo" (B), "os chefes dos sacerdotes e os professores
da Lei" (C), "os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo" (D), "os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo" (E,F), "líderes religiosos dos
judeus" (G).
V. 6: "a menor entre as principais de Judá" (A), "a menor das principais cidades de Judá" (B), "a menor entre as principais cidades de Judá"
(C), "o menor entre os clãs de Judá" (D), "a menor entre as cidades de Judá" (E), "a menor entre as capitais de Judá" (F), "você não é uma vila judaica sem importância" (G).
"de ti sairá o Guia" (A,F), "de ti que sairá o chefe" (B), "de você sairá o líder" (C), "de ti sairá unI chefe" (D), "de ti sairá o chefe" (E), "o Rei
será levantado daí" (G).
"que há de apascentar" (A,F), "que apascentará" (B,D), "que guiará"
fCI.
~o"emara'"
(E) "rwf::J
"
I ~ "q'lP
•••.
1 o
"
pd -~c1irigrr'
-- ..•. "(G)
\.
V. 7: "inquiriu deles com precisão quanto ao tempo" (A), "inquiriu
deles a época exata" (B), "pergu.lltou qual o tempo exato" (C), "procurou
certificar-se com eles a respeito do tempo" (D), "perguntou-lhes sobre a
época exata" (E), "inquiriu exatamente deles acerca do tempo" (F), "obteve
deles a época exata" (G).
V. 8: "rde infoffi.lar-VOs cuidadosamente" (A), "Ide informar~vos
·l"~·~ P.'7·.:lt-i·.:ã~
-~Yt1 lnlOnnayües
• __
c - rr-~
1DelYice rt as 5~ \ L,
"YdCVlll
vA~uU~C ••" \1--'j, ",\17..
V"O v i:hOCllil:O,l,
1 e a"
procurai obter infom1açÔes exatas]'; (D)3 '~Ide e informai-vos bem" (E),
"rde, e perguntai diligentemente" (F), "procurem o menino" (G),
A Bíblia de Jerusalém e a Tradução Ecumênica trazem "homenagear" enqufulto as outras traduzem "adorar".
v•• o.
J. "",
vStr
.ela
' "(v"l., C,DE, ,F ,u),
'" " as.tr"
o (B) .
V. 10: "alegraram-se com grande e intenso júbilo" (A), "sentiram
ll.rna alegria muito grande" (B), "ficaram muito felizes e contentes" (C),
"alegraram-se imensamente" (D), "os encheu de profunda alegria" (E),
L!l.~
;I1dos do Oriente" (B),
()riente" (C), "magos
"uns magos vieram do
.j-~us?" (Aj, "Onde está
__ ,,'stá o menino que nas~
• 1
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~e] aos judeus recemJ:::30a de nascer?" (E),
~~Ondeestá o Rei dos
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'~vimos a sua estrela
- 85 -
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"alegraràm-se muito com grande júbilo" (F), "a alegria deles foi enorme"
(G).
V. 11: "se ajoelharam" (C,G), "prostrando-se" (os outros textos).
"entregaram-lhe suas ofertas" (A), "abrindo seus escrinios, ofereceram-lhe de presente" (B), "abriram as suas caixas e lhe oferecer3-11lpresentes" (C), "abriram os seus cofres e ofereceram-lhe presentes" (D), "abrindo
os seus tesouros, ofereceram-l."'1epresentes" (E), "abrindo os seus tesouros,
ofertaram-lhe dádivas" (F), "então abriJam os seus presentes e lhe deram"
(G).
V. 12: "sendo por diviIia advertência prevenidos em sonho" (A), "divinamente avisados em so11.ho"(B), "num sonho Deus avisou" (C), "avisados em sonho" (D), "avisados em sonhos" (E), "sendo por divina revelação
avisados em sonhos" (F), "Deus lhes tinha avisado num sonho" (G).
8Tjacwpoúç: caixinha, receptá c
V • 12
"
,
L : ovcxp:
S011110.
V. Conceitos Básicos
,
") 1 : pessoa ou ~::h.~:
~CXYOl
(v.
__
especialmente a interpretação d2s ~'-" :;
coisas. Seriam astrólogos erudin~
co:
DITNT que os magos em questãc ~,2- ~,~
do ocultismo, nem mesmo astrÓI:;:;
que mostrava sinais no céu, e que ~-=-_ :::
cometa ou supernova) indicaya. ~~:-'cumprira a promessa acerca da Q'j2 c"
no oriente. Desde a época de Te I';-. __
sido três magos. Mas é apenas tradiç ~_
TIpO<JKlJVÉW
(v. 2): prostrar-se :'-,-:
designar o costume de prostrar-se i:e'o.=
a orla de suas vestes, o chão, ete. i.~~=de. Sempre que é feita a reverênci::: :::
de que Ele é o Rei, ou seja, o grande; S :::-1
,U '- ","-.
_ ~;...;. --'
:?t1'f'ilp (v 9)' Fstrela N;;"
ção do nascimento de um grande 5·: -: : nos céus. Jonanes Kepler sugeriu C;'_::' -'- ~
uma conjuilção dos pla.fletas Júri;:::,: =:
a.C. Como diz D.A. Hagner, "(::\2: -;._:::
ção astrológica judaica acerca i::: .. -..:
comlliü de Júpiter com o govemc
-=-
,",c
-=-_,
IV. O Texto no Original
V. 1: &:v(cmÂ.~: o surgir das estrelas, e depois, o nascer do sol. A palavra
traduzida "oriente" sigpifica "a partir da nascente" do sol. O signit1cado
geográfico é oriente.
V. 2: tÍK'1:w: dar à luz.
BaoL).EúÇ TWVIouócxlwv: Rei dos Judeus; é um título messiânico.
V. 3: nxpcX.aaw: sacudir junto, agitar; figo remexer, perturbar, inquietar,
lançar em confusão.
V. 4: &.PXLEPEÚç:
sumo sacerdote.
YPcx~llcxrEúç:escriba.
TIUVe&VOllCXL:
indagar. O uso do verbo no tempo imperfeito sugere que Herodes indagou repetidas vezes.
v
V.
6:
'ç'
.
E<.EPXO~CXL:
sarro
"
ab'nr.
- 86 -
\
.••
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t.
•
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yw:
\" • I
x,o·üoo'·ç
~YOÚllEVOÇ
(~YÉollat): guiar. Usado para homens em posição de liderança.
TIOL!J.CXtVW:
pastorear, apascentar, levar à pastagem. Figuradamente, é uma
referência à atividade de proteção, regência e governo.
V. 7: &KPlPÓW:aprender exata ou acuradamente.
V. 8: EÇHcX(W: examinar, indagar.
1TcxlótoV:diminutivo de criança.
V. 10: Xa.Pá::alegria.
V. 11: TIL1Trw:cair.
aVOL
l.\......,
('\T
,
•
111'
J' o'w"\
u!u. '-"-'-"--'-
.1.
bra a perfeição do céu.
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•.• Incenso, ol1barc
~
,Ü!-'1XVOÇ:
rios tipos da aigumas árvores D2<
baliza tanto a atividade de Jesus
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- __
~ .:.
c ~:---
são (Hb 7.25). A vinda de gem; - ~ _. -.
expectativa judaica.
,
•
T'
O~lJpV1X:mirra. Lrâ LllI'.
presente muito estimado.
...
~c:=
toi enorme"
çscrímos, oferece__o:Iereceram presen-~:~~iles"(D), "abrindo
- :-.::C os seus tesouros,
~sentes e lhe deram"
_
- -: em sonho" (A), "di- Cc"'l~
'-'''''0''L''h (jnv'sn
•. :l~. U." ("""
.
pUr divina revelaçã.o
sonho" (O).
:~.:scerdo sol. A palavra
do soL O sigr.J.ficado
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messiânico.
._ :::er, perí'..rrbar, inquietar,
:::perfeito sugere que He-
- :-.':-em posição de liderança.
--;e::::1, Figuradamente, é uma
·-erl10.
8Tjocwpoúç: caixinha, receptáculo para valores.
V. 12: ova.p: sonho.
V. Conceitos Básicos
(v. 1): pessoa ou sacerdote babilômco ou "sábio" que conhece
especialmente a interpretação das estrelas e dos sonhos, bem como outras
coisas. Seriam astrólogos eruditos (Tasker). 1. Stafford Wright escreve no
DITNT que os magos em questão não eram praticantes grosseiros das artes
do ocultismo, nem mesmo astrólogos comuns, pois acreditavam em Deus
que mostrava sinais no céu, e que um certo corpo celeste (planeta, estrela,
cometa ou supernova) indicava, pela sua aparência e posição, que Deus
cumprira a promessa acerca da qual devem ter ouvido da parte dos judeus
no oriente. Desde a época de Tertuliano surgiu a tradição de que teriam
sido três magos. Mas é apenas tradição.
1TPOOKUVÉW
(v. 2): prostrar-se para adorar, reverenciar. Usado para
designar o costume de prostrar-se diante de uma pessoa e beijar-lhe os pés,
a orla de suas vestes, o chão, etc. É demonstração de reverência e humildade. Sempre que é feita a reverência diante de Cristo. demonstra-se a idéia
de que Ele é o Rei, ou seja, o grande Senhor sobre todas as coisas.
aot~p (v. 9): Estrela. Não era incomum no mundo antigo a associação do nascimento de um grande soberano com fenômenos extraordinários
nos céus. Johanes Kepler sugeriu que a estrela vista pelos magos teria sido
uma conjunção dos planetas Júpiter e Satumo que ocorreu três vezes em 7
a.C. Como diz D.A. Hagner, "esta possibilidade é reforçada por uma tradição astrológica judaica acerca da conjunção, bem como pela associação
comum de Júpiter com o governo soberano e Satu...rnocom o povo judaico".
xpuaóç (v. 11): ouro. Oferta generosa de valor duradouro que lembra a perfeição do céu.
H~a.voç: incenso, olíbano, uma goma branca e resinosa obtida de vários tipos da algumas árvores na Arábia. Seglliido o DITNT, o incenso simboliza tanto a atividade de Jesus quanto o seu oficio sacerdotal de intercessão (Hb 7.25). A vinda de gentios trazendo olíbano para o Messias era uma
expectativa judaica.
OflÚPVa.:mirra. Era um item (goma, fragrância) de comércio e um
presente muito estimado.
}.l.tXYOl
- 87 --
XPrlflccd(w
(v. 12): ser informado. Tem conexão com "oráculo"
Neste caso pessoas recebem instrução de Deus mediante revelações. No
grego clássico significa fazer negócios, dirigir os negócios pÚblicos, então
aconselhar, consultar sobre questões públicas.
VI. Pensamento
Central
Jesus Cristo se revela salvador a todos os seres humanos. Cristo para
todos!
VII. Persuasão
Alvo de Fé: Deus em seu plano eterno abre a todos os seres humanos a
possibilidade de crerem para que, crendo e confiando naquilo que Cristo, o
Filho de Deus, por eles fez, possam, gratuitamente, ser incorporados ao seu
grande povo. "Quem crer e for batizado será salvo!"
Moléstia: A universalidade da graça pressupõe a universalidade do pecado.
Nós, às vezes, temos dificuldades em reconhecer estas duas realidades.
Numa situação, podemos estar vivendo nossa vida de discípulos achandonos superiores aos outros, imaginando que nossa vida contabiliza um número muito menor de pecados do que a vida dos outros (não-cristãos,
membros de outras denominações, etc.). Em outra situação, podemos, como
família, congregação ou denominação, estar nos transformando espontaneamente num gueto, ou seja num gmpo fechado e ensimesmado, o qual não
consegue ser, apesar da ação propulsora do Espírito Santo pela Palavra, um
canal eficiente da graça de Deus. E, então, as nossas atitudes acabam por
tomar-se atitudes como as de Herodes: procuramos destruir aquilo que
questiona e anleaça a nossa acomodação. A nossa acomodação~, juntarncnte
com tudo aquilo que fazemos para preser\lá-la~ conduzirá ao erltristeeer do
Espírito Santo. A seguir, tra..'1sparecerá a frieza. E a frieza espiritual nos
conduzirá, com certeza, para a morte espiritual.
lvfeio: Jesus Cristo veio para todos! Ele é o Salvador
de todos. Ele é o F~ei
de todos. Ele é o Guia e Pastor de todos. Ele é o motivo da alegria de todos.
Ele é o motivo da adoração de todos. Os nlagos descobrirarn
do evangelho e creram, Quem mais crerá nesta mensagem?
- 88 -
a rnens2,gern
VIII. Sugestão de Esboço
Tema: Todos para Cristo!
A. Cristo também é para nÓs.
1) Jesus é o Salvador e o Rei des L::~
2) Nós não somos do povo primeT= 2: ='"
3) Mas agora nós fomos aprOXilT:'::':: _.
lPe 2.10).
B. Cristo não é só para nós.
1) Agora nós somos o povo de DeL=
2) A salvação é uma necessidade de 3) Só os salvos (o povo de Deus)
use como mstru.'1lentos:
a) At 2.8: "Sereis minhas testemurJ.:.:'
b) Mt 28.18-20: "Ide, portanto, fa:.::e:::"
c em "oráculo".
"':: re\'elações. No
_.:5 públicos, então
·llllanos. Cristo para
.:
'JS
seres hu,'Uanos a
La.quilo que Cristo, o
=~ l..clcorporadosao seu
VIII. Sugestão de Esboço
Tema: Todos para Cristo!
A. Cristo também é para nós.
1) Jesus é o Salvador e o Rei dos Judeus.
2) Nós não somos do povo primeiro de Deus, segundo o sangue.
3) Mas agora nós fomos aproximados pelo sangue de Cristo (Ef 2.13,14;
IPe 2.10).
B. Cristo não é só para nós.
1) Agora nós somos o povo de Deus
2) A salvação é uma necessidade de toda a humanidade
3) Só os salvos (o povo de Deus) podem ajudar não impedindo que Deus os
use como instrumentos:
a) At 2.8: "Sereis minhas testemunhas ..."
b) rv1t28.18-20: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações ..."
ersalidade do pecado.
::"tas duas realidades.
Valdemar A. Arend
discípulos achandoia contabiliza lL111 nú-
_Ç:
outros
(nao-cnstaos,
'-
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Stomiolo e José Bortolini, São Paulo: Paulus, 1997, 798 pp.
o Dicionário
Bíblico Hebraico-Português é tradução portuguesa de
1997 da recente publicação em língua espanhola em 1994. Luis Alonso
Sch6kel, professor do Pontificio Instituto Bíblico, de Roma, é biblista conhecido e atuante na academia européia, com particular influência nos países de fala espanhola. O mesmo tem oferecido significante contribuição
para os estudos da estruLrra literária dos documentos da Bíblia Hebraica,
assunto no qual as suas publicações são referências necessárias. Em outras
áreas, a obra de Schõkel tem sido parcialmente divulgada no Brasil pela
Paulus Editora, sendo que a série Grande Comentário Bíblico, com alguns
volu..'Uesjá traduzidos e publicados, merece atenção. O atual dicionário de
hebraico foi originaL'1lente publicado em sua forma final espanhola pelo
Editorial Trotta, de Madri, em 1994. No entanto, este é o produto final de
um longo trabalho (coisa de vinte anos) duma persistente equipe cuja redação do primeiro verbete iniciou em 1976. De lá até a publicação da tradução portuguesa (em 1997) lh'll exaustivo caminho foi trilhado. Porém tal
persevera.l1ça resultou numa obra de primeira qualidade.
Como toda boa publicação, o dicionário tem a sua própria personalidade. A base de todo o empreendL'11ento é a NuevCi. Bíblia Espcdlola. A
fonte de toda a matéria do dicionário é a Bíblia Hebraica com o acréscimo
dos códices hebraicos do livro de Eclesiástico. Em números redondos, cerca de 5000 vocábulos são dicionarizados, muitos dos quais são utilizados
uma ou poucas vezes na Bíblia Hebraica. A organização dos 2entidos e
traduções dos vários verbetes orienta-se por uma lógica semámic2L Quando
possível, tenta-se agrupar os vocábulos também por campo semântico, Informação abundante sobre os verbetes e grande quantidade
traduçi5es
são disponibilizadas ao usuário. Isto inclui as nuâncias de tracÍ1'içi.\o a respeito de expressões usadas com verbos ou preposições, por exerrrpl Sinôrumos, antôpimos, sentidos correlatos e associados com os verb~tt's, todos
são oferecidos.
Por oütro, o diciorlário talnbém diferencia-se dos que se acham a
disposição no mercado livreiro. Via de regra, a obra não se precupa em
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informar o gênero dos verbetes. A raiz verbal não é vocalizada quando não
existe a forma Qal. Schõkel declara na introdução que a obra da sua equipe
não é um dicionário etimológico, nem histórico, nem comparativo. Não é
etimológico porque "a simples etimolagia não nos basta para deduzir o
significado de tmla palavra" (p. 6). Não é histórico porque "tampouCü tivemos a pretensão de mostrar a evolução histórica do significado das palavras dentro da Bíblia hebraica" (p. 6). E também não é comparativo porque
"tampouco é decisiva para estabelecer o significado de uma palavra a comparação com línguas aíins" (p. 6). À comparação externa, Schõkel prefere
a interna, na qual as relações de significado dos verbetes são buscadas dentro do próprio texto bíblico. A onomástica se encontra em um bloco único
ao final do dicionário. Â transcrição dos nomes hebraicos para o português
segue a orientação acadêmica de Antônio Houaiss, critério já adotado e
seguido pela versão portuguesa da Bíblia de Jerusalém, também publicada
pela Paulus. Como evidenciado pelo título, o dicionário lida apenas com o
idioma hebraico, não se preocupando com o aramaico.
Os verbetes são listados em rigorosa ordem alfabética e não a partir
da sua raiz verbal. As formas difíceis, exceções e palavras com grafia peculiar são listadas e remetidas à sua respectiva raiz verbal ou ao verbete
com ortografia mais conhecida. Os vários significados de um vocábulo são
impressos em itálico, o que facilita a sua localização especialmente em
verbetes com alto número de ocorrências. Tomando a formal verbal1p r
como exemplo (p. 197), o dicionário lista formas representativas do verbo
em Qal e Hit1l bem como uma forma que ocorre em Eclesiástico. As traduções oferecidas para o verbo são as seguintes: Qal: "ser ou estar velho,
ancião, decrépito, senil; envelhecer, avelhentar-se, envelhentar-se; tornarse, chegar a ser velho"; Hifil: "envelhecer, ser velho", Âpós alguns comentários sobre o significado e uso da palavra em diferentes contextos, acrescenta-se os sinônimos, antômmos e expressões que utilizam esta raiz verbal
com os seus respectivos significados e referências bíblicas. Por fim, os
cinco verbetes provenientes da mesma raiz verbal são Estados e recebem
tratamento semelhante. Quando o vocábulo em foco tem um alto número de
ocorrências na Bíblica Hebraica, este tratamento se toma bem mais detalhado, rico e minucioso.
Os tradutores para a edição brasileira (Ivo Storniolo e José Bortolini)
bem como o revisor (Walter Eduardo Lisboa) são todos exegetas com formação pelo Pontificio Instituto Bíblico, de Roma. O revisor é argentino, o
- 91 -
-- - ~
que lhe confere segurança no manuseio da IÚ1guaespanhola. Com 798 páginas encadernadas com capa dura, a qualidade gráfica do dicionário é boa.
A impressão dos caracteres hebraicos e a sua vocalização é nítida e não
apresenta dificuldade para a leitura.
Em suma, com esta publicação, a Paulus coloca à disposição dos estudiosos um dicionário de pri.meira linha que certamente traz importante
contribuição para os estudos vétero-testamentát-ios nos países de fala portuguesa.
DeomarRoos
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Marketing de um Empreendimento Neopentecostal. Petrópolis, São
Paulo e São Bernardo do Campo: Vozes, Simpósio Editora e U:tvffiSP,
1997.
o livro
Teatro, Templo e Mercado, escrito por um professor da Universidade Metodista de São Paulo, é valioso porque é a primeira monografia que descreve a fundo a natureza, a organização, as estratégias, as práticas, a teologia e a história da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Esta denominação neopentecostal, fundada em 1977, tem tido, como é bem
sabido, uma expansão fenomenal, atraindo em menos de duas décadas,
segundo estatísticas que o autor Campos colheu da imprensa paulistana em
1995 (p. 409), entre três e seis milhões de fiéis a mais de 2000 templos no
Brasil e em mais de trinta outros países. Ao mesmo tempo, a IURD, a paIiir
de sua aquisição da Rede Record de televisão em 1989, foi fortemente criticada na mídia, por exemplo por ela fazer uma "mercantilização do saE,la177). Por causa destas polêmic.as~ fic.ava difíc.il saber o que pensar~
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po religioso está mudando rapidamente. A mesma coisa estaria acontecendo em outros países, fazendo com que haja "um clima de turbulência, pluralismo e realinhamento organizacional" na vida religiosa do mundo inteiro
(p. 17). Neste sentido, o livro Teatro, Templo e Mercado é relevante também para leitores fora do Brasil. Campos usa o conceito de "religiosidade
mÍpirna brasileira", 11.i11 substrato de idéias religiosas que estão subjacentes
especiabnente ao catolicismo, ao kardecismo e aos cultos afro-brasileiros
para expEcar a espiritualidade da Igreja Universal e suas ligações com a
mentalidade religiosa do Brasil. Este sincretism.o seria uma das causas do
creS'Cíllle:nto vertiginoso da Igreja Universal (pp. 44, 20). Por isso, Campos
com freqüência compara a IURD não só com aquelas religiões tão fortes no
Brasil, mas tllilibém com o protestantismo histórico, e0i11 outras denominaçÔes pentecüstais, e até com a igreja ortodoxa (1'. 86). Campos também
SetD.t;lJJlanlças
entre a Igreja Universal e fenômenos religiosos e filosófiços
fora do Brasil, como a Nova Era e o pós-modernismo. A igreja
luterana, no ent<h'1to,é apenas lli'na p<h'1:edo "protest<h'1tismo histórico" na
analise de Campos, embora ele mencione a Hora Luterana ao narrar a rJsi.ória do uso do rádio pelas igrejas no Brasil (p. 269).
Leonildo SilveirC\,Campos é membro da Igreja Presbiteriana In.dependente (IPI, p. 269) e teve "uma formação de pastor presbiteriano" (p.
27). Por isso ele conhece bem a história da igreja e às vezes assinala paralelos entre essa história e a situação atual como, por exemplo, entre o crescimento da igreja primitiva e o crescimento da IlJRD (pp. 215-216). Por
isso ele não exclui, a priori, a ação sobrenatural de Deus como fator importante no desenvolvimento da Igreja Universal (p. 13). Embora Campos
esteja ciente do perigo dele terj C01110 "protestarte I1istórico;'~ um preCOil=
ceito contra o pentecostalisrr:o e especialmenI0~:Gl1trâ o neopel1tecostalis--IrIO,movinlentos que ern.pouco tempo eclipsararrl igrejas protestantes como
a sua,: que há mais de um. século já trabalh.a·/Rm 110 Brasil~ n~, verdade ele
reseIl/a su_as criticas
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foi rígida e pouco cnati,"a
começo!..! a
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Por exemplo] ele conta que a IPI ;:n"{}dlLZtU .na década de 60 UlTI
gran1a de televisão) mas não soube. conte-xtualizar o E"~lfulgelho àquele meio
de cornunicacão, Em '"i/ez
a igreja leVOtl~'para o estúdio o seu coral~
vestido a rigor~ o velb.o púlpito e o pastor que discursava; usando toga preta, para uma imaginária congregação" (p. 282). Décadas depois aconteceria
UHl "casamento perfeito" entre a televisão e a Igreja UrJversal (p. 286).
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CRISTO PARA TODOS
A Escola de Teologia como educandârio oficial da Igreja Evangélica Luterana do Brasil
promove o lema da igreja refletido no seu logotipo.
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