, SUPLEMENTO TEOLOGICO Palavra ao Leitor Tribuna: ~ ·l)..··~········~·:.=:-;·····O ··;; ..··.·.· Credenciamento do Curso de Teologia ~ ···p· 3 p. 4 '\, Artigos: :~ , p. 8 e a Missão de Deus na Venezuela ~ ~ Hinos do Hinário Luterano Relacionados co,ma Série Trienal p. 29 p. 44 O Servo de lahweh : : Reflexões Sobre as Palavras de Cristo Liturgia: A Ceia Pascal p. 53 Música: Ovelha Perdida de, Consolai Meu Povo o :.: ... ~uxíliosHomiléticos esenhas Bibliográficas ANO 14 - ~ 0 ••••••••••••••••• : No. 1 : 1999 p. 66 p. 67 : •••••• ' ••••••• p. 69 p. 90 VOX CONCORDIANA - SUPLEMENTO TEOLÓGICO Revista teológica semestral publicada pela Congregação de Professores da Escola Superior de Teologia do Instituto Concórdia de São Paulo. Conselho Editorial: Deomar Roos, editor David Coles W. Diagramação: Jarbas Hoffimann Congregação de Professores: Ari Lange, Cláudio L. Flor, David Coles W .. Deomar Roos, Erní W. Seibert, Leonardo Neitzel, Paulo W. Buss, Raul Blum. Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores. ACEIT A-SE PERMUTA COM REVISTAS CONGÊNERES ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA INSTITUTO CONCÓRDIA DE SÃO PAULO Caixa Postal 60754 05786-990 São Paulo, SP ANO 14 - Fone: (011) 5841-7652 FonelFax: (011) 5841-7529 E-mail: [email protected] No. 1 - 1999 •• PALAVRA AO LEITOR Este número da Vox Concordiana oferece bom material para a reflexão teológica e para a prática pastoral e congregacional. O Ministério da Educação trouxe boa notícia com a aprovação do credenciamento dos cursos de teologia a nível de graduação. Os documentos oficiais emitidos pelo governo federal estão transcritos na seção "Tribuna". As preleções de duas aulas inaugurais do curso de teologia são aqui publicadas. Em 1998, o dI. David Coles W., vindo da Igreja Luterana da Venezuela, compartilhou as suas "Reflexões Sobre as Palavras de Cristo e a Missão de Deus na Vene- r zuela". A partir de palavras de Cristo selecionadas do evangelho de João, o autor traça paralelos entre a atuação das igrejas luteranas venezuelana e brasileira. A aula inaugural de 1999, proferida pelo dr. Deomar Roos, enfocou "O Servo de Ia.i}weh". Este é um motif peculiar ao livro de Isaías e muita tinta já foi gasta na discussão do mesmo. No entanto, o tema permanece relevante e oferece importante contribuição nas áreas da cristologia e missão, entre outras. O prof. Raul Blum, a partir do trabalho duma classe de teologandos, contribui com uma revisão dos hinos do Hinário Luterano relacionados com as perícopes da série trienal. Desta fonna, pastores e congregações recebem uma sugestão atualizada para os hinos dos cultos dominicais. O prof. Blum igualmente contribui com duas harmonizações inéditas para os hinos "A Ovelha Perdida" e "Ide, Consolai o Meu Povo". A seção "Liturgia" traz uma adaptação de duas liturgias em uma só celebração para a Quinta-Feira de Endoenças: trata-se da Ceia Pascal do Antigo Testamento e da cerimônia de Desguamecimento do Altar. A celebração desta ordem litúrgica teve forte e positivo impacto na congregação onde foi celebrada. Os "Auxílios Homiléticos" oferecem estudos sermôl1icos para quatro ocasiões selecionadas do calendário litúrgico. Por fim, as "Resenhas Bibliográficas" olham para o mercado livreiro teológico. Um novo dicionário do hebraico bíblico e uma análise em profundidade do fenômeno chamado Igreja Universal do Reino de Deus são resenhados. Cabe notar a mudança no Conselho Editorial da Vox Concordiana. Registramos a nossa gratidão ao editor, dr. Paulo W. Buss, e companheiros do Conselho Editorial, prof. Paulo F. Flor. revs. Luisivan Strelow. Paulo K. Jtmg e Paulo R. Teixeira, que, até o ano passado, esmeraram-se na publicação deste periódico. DeomarRoos Editor -3- 241/99. favora\'elmeL~:: TRIBUNA logia elTI nível de grdi~ belecerá diretrizes CLJ~ da CURSO DE TEOLOGIA APROVADO PELO MI~l:STÉRIO DA EDUCAÇÃO _ 7 ~ =-.--: 11~loestar ligado Causou grande impacto nos meios teológicos a notícia de que o Ministério da Educação do Brasil reconheceu o primeiro curso de teologia como um curso válido no contexto universitário. Esta notícia abriu a possibilidade de, preenchidos os requisitos do Ministério de Educação, todos os cursos de teologia serem reconhecidos. A notícia foi bem recebida nos meios teológicos porque algumas das principais razões que impedem o reconhecimento acadêmico da teologia eram questões filosóficas e ideológicas. A preocupação pela qualidade acadêmica dos cursos, especialmente nas igrejas evangélicas históricas, era grande mesmo não havendo o reconhecimento governamental. Os seminários teológicos preocupados com esta questão, em 1961, organizaram a Associação de Seminários Teológicos Evangélicos (ASTE) que, entre outros objetivos, também se preocupava com a qualidade acadêmica das escolas. Com o reconhecimento da teologia pelo Ministério da Educação, abre-se a possibilidade para que os que cursaram ou es~ão cursando teologia possam ter os critérios e cursos feitos aproveitados em outras atividades que não as puramente eclesiásticas. Por outro lado, inicia uma nova fase de reflEc'xãonas igrejas sobre qual é, afinal de contas, o grande sentido de sua educação teológica e como isso se relaciona com a realidade universitária e com a realidade da igreja. O reconhecimento pelo Ministério de Educação não é necessariamente o reconhecimento de que o trabalho teológico realizado seja de qualidade para o reino de Deus e para o bem da sociedade. Dado o significado desta decisão federal, transcrevemos abaixo a carta da ASTE e os documentos oficiais do Ministério da Educação. 2. Df. Odair Pedroso lVlateus Secretário (leral da t) e1181110 ,.::;:'-,,>-;--;, •• -, '=" ..•..~"'-'- "-- .•":'-,L <~,'";-r·, 113.0 1. Carta da ASTE Parecer do Conselho Nacional de Educação sobre os cursos Superiores de Teologia: No último dia 15 de março, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação pronunciou-se, pelo parecer CES -4- ---~-- --------------. w - _"':~ia de que o Mi- de teologia -~:icia abriu a possiação, todos os :_.~ ••e algumas das ~co da teologia - ;d3. qualidade aca- \..:stóricas, era ~:. Os seminá•. J:-garuzaram a :::: ~.le. entre ou.2êmica das es'-" da Educação, do teoloatividades o\'a fase de -; sentido de sua - - - ~ :::rll\'ersitária e Educação - ~Ológico reali:.z sociedade. . o a carta da -.. .4e ~ _.::sos Superio~~~ação Supe:' ~zrecer CES 241/99. favoravelmente à autorização e reconhecimento dos cursos de teologia em nível de graduação e pós-graduação no Brasil. O CNE não estabelecerá diretrizes curriculares tanto em virtude da laicidade do Estado e, portanto, da liberdade religiosa, quanto em razão de o diploma de teologia não estar ligado a um exercício profissional específico. Os cursos serão avaliados segundo "os requisitos formais relativos ao número de horas-aula ministradas, à qualificação do corpo docente e às condições de infraestrutura oferecida". Estamos anexando uma cópia desse documento pelo qual a teologia deve conquistar cidadania acadêmica no Brasil. 17 de março de 1999 Dr. Odair Pedroso Mateus Secretário Geral da ASTE 2. Relatório do Conselho Nacional de Educação O ensino da Teologia nas universidades tem uma longa tradição, que remonta à própria origem destas instituições. Na origem,'a Teologia, constituida como uma análise efetuada pela razão sobre os preceitos da fé, estava estreitamente subordinada a uma única orientação religiosa - de início, o catolicismo. Depois da Reforma, as universidades protestantes desenvolveram seus próprios cursos teológicos. De uma forma ou outra, os cursos estavam ligados à religião oficial do Estado. A cooperação entre Igreja e Estado, estabelecida pela grande maioria dos regimes republicanos e pelas monarquias constitucionais, alterou esta situação, permitindo a pluralidade de orientações teológicas. Isto, entretanto não criou nenhum conflito com o Estado ou entre as diversas orientações religiosas, por não haver, na organização dos sistemas de ensino da quase totalidade desses países, a instituição de currículos mínimos ou de diretrizes curriculares. Estabeleceu-se, desta forma, uma pluralidade de orientações. No Brasil, a tradição de currículos mínímos ou, mais recentemente, de diretrizes curriculares nacionais, associada à questão da validade dos diplomas de ensino superior para fins de exercício profissional pode interferir no pluralismo religioso. De fato, o estabelecimento de um currículo mínimo ou de diretrizes curriculares oficiais nacionais para constituir uma Ingerência do Estado em -5 - 4. Decisão da Câmara questões de fé e ferir o princípio da separação entre Igreja e Estado. Talvez, inclusive, seja esta a razão pela qual os cursos de Teologia não se generalizaram nas universidades brasileiras, mas se localizaram preferencialmente nos seminários. Em termos da autonomia acadêmica que a constituição assegura, não pode o Estado impedir ou cercear a criação destes cursos. Por outro lado, devemos reconhecer que, em que não se tratando de uma profissão regulamentada não há, de fato, nenhuma necessidade de estabelecer diretrizes curriculares que uniformizem o ensino desta área de conhecimento. Pode o Estado portanto, ouvindo a regulamentação do conteúdo do ensino, respeitar plenamente os princípios da liberdade religiosa e da separação entre Igreja e Estado, permitindo a diversidade de orientações. 3. Voto dos Relatores Tendo em vista estas considerações, manifestamo-nos no sentido de que: a) Os cursos de bacharelado em Teologia sejam de composição curricular livre, a critério de cada instituição, podendo obedecer a diferentes tradições religiosas. b) Ressalva a autonomia das universidades e Centros Universitários para a criação de cursos, os processos de autorização e reconhecimento obedeçam a critérios que considerem exclusivamente os requisitos formais relativos ao número de horas-aula ministrada, à qualificação do corpo docente e às condições de infra-estrutura oferecidas. c) O ingresso seja feito através de processo seletivo próprio da instituição, sendo pré-condição necessária para admissão a conclusão do ensino médio ou equivalente. d) Os cursos de pós-graduação strictu ou lato senso obedeçam às normas gerais para este nível de ensino, respeitada a liberdade curricular. Brasília-DF, 15 de março de 1999. Eunice R. Durham Lauro Ribas Zimmer Jacques Velloso José Carlos Almeida da Silva -6- A Câmara de Educação ~•.~ Sala das Sessões, 15 de Conselheiros Hésio de . Roberto Cláudio Frota Beze 4. Decisão da Câmara _ Estado. Talvez, 3.0 se generali~~ferencialmente j assegura, não __ Por outro lado, - .•.•... t15são regula~-=!ecer diretrizes __imento. Pode o A Câmara de Educação superior acompanha os votos dos Relatores. Sala das Sessões, 15 de março de 1999. Conselheiros Hésio de Albuquerque Cordeiro - Presidente Roberto Cláudio Frota Bezerra - Vice-Presidente .. _l eosmo, respel- entre -entido de ição cur~~r 3 diferentes t."::i'ersitários ecimento -::-..::-.::stoS formais 5 - do corpo do- -7 - ---------- ARTIGOS 11 __ composto por um escri::~ "- - -por ser anônimo, pass':"J "- : ~- ~o: Segundo Isaías). Com B:;~~:_ ~ =. 1s 56-66 foi separado dc'_-_~ __: do retomo e restauração d: . bém desconhecido, recebe1J "-"- I. Preliminares Isaías). A influência de A, História da Interpretação o seu tempo e fronteiras e s:: =::.::. ~ atuais. Com esta oposição abe=-:,,-2 as desmarou nos meios acadé=-:~ : s o tema do servo n~loé recente. Já o tempos do Novo Testamento, se deparou com o mesmo quando, diante do texto hebraico Is lhe foi perguIltado: "Peço-te que me expJiqllcs a quelTI se refere o profeta. Fala de si rneS1TIOou de alguém outro?:l (lÓ.~t 8.34). As respostas oferecidas a esta pergu '1ta .. são múltiplas e procedem dos variados quadrantes teológicos. Até a primeira metade do séc, XVIII A.D., pede-se falar de LLlTI rela~ tivo consenso nos meios cristãos quanto à identificação do servo de 1ahweh, particularmente aquele retratado em 1s 53. Até então, a interpretação messiânica tradicional era corrente entre os intérpretes do ÂJltigo Tes· tamento e poucos nomes dissentiam desta Ínterpretação que então prevalecia.I Salvo casos isolados, a unidade do livro do profeta 1saías não era seriamente questionada. Não se conh.ecia, até então, outros Isaías que não o de. lerusalém do séc. ";;\[111 a.C, Isto explica, elTI parte, a unidade cristã em tornu da interpretação rrressiânica ortodOXéL o seu cn..., a mudar carn Johailii ,'-'' . l.Ilentário 1775:; baseou~se no pressuposto qu.e o 11"\-'ro era distintas. Ero 17887 rlllillâ. reserib.a bibliográfica, tempos de: e:xJlio acrescentou os seus rnesmo Tal mudança de posiç~_ tação do servo de Iah\veh f1: Theologie der Propheten. r:,,as denominou de 'Ebed-Ja ;"".;-_ classificação foi confinnad" ;: r =--] de Isaías, de 1892. Anterior ;-:=1 fonna), o comentário de Dd-__ -r :: l raturkritik.5 A partir de eF3cussões isaianas. Muita ti nu. __ • i tentativa de definir a ideDtitl~ ': ~ contra a separação das pericc;:-:: ::.: influência de Duhm foi forte:; : veio a ser considerada come do Antigo Testamento. 3 -f lJ.,,-ulainaugural plo:Dcrida na EscoLR S\.\pierio\ St{fJerÚ'lg ServanL. pp, 6-27. apreserlta crisi'B desde o Al1tigo Testamento até o século história da interpretação do servo~ veja North, 2 Schokel, Proíf:tas 1, p. 269. caDltul0 de Teologia ern 24 de feverei!::; de 1999. urn. h.lstórico das interpretações judaica e dezoito da nossa era. Para um sum.áriü da Servanl o,I lhe Lord, p. 293. -8 - Corno conseqÜência de IJbderleh1 de Duhrn. Snaith. Serva}]! < ("'"'1.0. m,·.2::- ~ Roas' dc~s ~= ~-nrela_~lIerpreta- Tes- Jue nao o ·:ristã em composto por um escritor ao final do exílio babilônico (séc. VI a.C.) que, por ser anônimo, passou a ser designado de Dêutero 1saías (literalmente, Segu.'1do Isaías). Com BenÜlard Duhm (1892), avançou-se mais um passo. 1s 56-66 foi separado do corpus profético e atribuído a um autor do período do retomo e restauração do exílio babilônico (séc. V a.c.) que, por ser também desconhecido, recebeu a a1culma de Trito 1saías (literalmente, Terceiro 1saías). A influência de Doderlein e, principalmente, de Duhm transcendeu o seu tempo e fronteiras e se faz presente nos estudos isaianos até os dias atuais. Com esta oposição aberta à unidade do livro, a autoria ú-nica de 1saías desmorou nos meios acadêmicos criticos? Tal mudança de posição teve conseqüências diretas sobre a interpretação do servo de 1ahweh no livro de 1saías. Em 1875, Duhm publicou Die Theologie der Propheten, na qual ele isolou quatro pericopes em 1s 40-55 e as denominou de 'Ebed-Jahve-Lieder (cânticos do servo de 1ahweh).4 Esta classificação foi confirmada por Duhm no seu influente comentário ao livro de 1saías, de 1892. Anterior à popularização da Forrngeschichte (crítica da fonna), o comentário de Duhm aplicou a 1s 40-66 a então dominante Literaturkritik. 5 A partir de então, os cânticos do servos firmaram-se nas discussões ísaianas. Muita tinta já se gastou neste tema, particularmente na tentativa de definir a identificação do servo. Estudiosos têm argumentado contra a separação das pericopes do corpus profético isaiano. No entanto, a influência de DulL.'11foi forte e a existência dos quatro cânticos do servo veio a ser considerada como um dos firmes resultados do moderno estudo do Antigo Testamento. era .) C01110 conseqÜência do surgirnento do Dêutero Isaías~ NOlth, SU.fJering Servant, p. 2~ afir- rna qile in1terpretação 1)6derleln de DUJ.l.lTI. ~ Sn8lth. Sen'{Vl! coletiva do serve: passou a ser aceita naquele século que separou ~;onto dt; rçff;rên~_'j{i q:__ mnto ao isolamento dos c,ânticos do sen/o" na fi DCl'cebcr a SJrlg'lh:,ri\:!a,:k 3nterlOTes é1DnhlTL destes pOer1l8s. Estas pedcopes já A-.t)bra c1ás51ca Christologie des ~~i)::>quatro c:Jr~ticü§do servo i ~:}CÚÜ"lentar sobre 15 1extns q:),{)vieram 42.1 ~94 I-IerU2:stenberg described in this passage i3 This fiftietl1, 208) -9- 13 a ser a.firnla: • 10 •• . cas, reIS.' Ate "1 l'iabuce.n>< - , 27.6; 43.10. No uso sec";L',, B. Os Cânticos do Servo de Jalmeh Os cânticos do sen'o de Iahweh consistem de unidades de texto do livro de Isaías com identidade própria que reportam-se ao "servo de r h -'" l)ii7i' - ,:;;;)'.. f, D uum h_ • 1ou quatro poemas (:"L,-:+; . 1 - 1 ' 49 . 1- 6 ; ~a,-weh' ISO 50.4-9; 52.13-53.12) que, no seu entender, nada têm a yer com o seu contexto atual, nem foram escritos pelo Dêutero Isaías. A pmiir daí discutiu-se a respeito do númer07 e delimitação8 dos cânticos, sobre o autor dos mesmo, sobre a relação com o contexto. sobre a identidade do servo. Sobre nenhum deles chegou-se a acordo. "Servo de Iahweh" (i1ii1' '1:Jli) é o título dado ao personagem cujo chamado, missão, sofrimento, morte e exaltação são descritos nos cânticos do servo. Às vezes, este é também designado de "servo sofredor", principalmente em conexão com 1s 53. A expressão "servo de Iahweh" jj' '1:J li.) não aparece no texto, porém Deus o chama "meu servo" (42,1; 49.3; 52.13; 53.11), e ele (o servo) fala de si mesmo como IIseu servo (:1, (de lahweh)" (49.5). O termo '1.::J l1 ocorre 21 vezes emls 40-55, sempre no singular (exceto 54.17) e em sentido honorífico (exceto 49.7). Destas, é consenso que 14 ocorrências referem-se a Israel. As outras 7 oconências se dão nos cânticos do servo e nos versículos com eles relacionados (45.5-7; 50.10,11).9 Via de regra, o tenno h~braico ':"!;:j1) significa "servo, escravo" No antigo Oriente Próximo (Israel incluso) os adoradores de (NT, J qualquer deus eram seus "servos". Numa aliança, i.::J li indicava o lado mais fraco em relação ao mais forte. Várias classes de povos e indivíduos são :hamados "servos de 1ahweh" no Antigo Testamento: profetas, patriar- (2Rs 22.12). Conclui-s~~. _" :-' 11 é um título de grani:: ::-.-_ nipotenciário, ministro nu;:;', .:'" _, Portanto, o servo referido r.c: _ honra diante de Deus. '1:J C. Interpretações servo de Ia..hweh" tomou-se termo técnico vinculado aos estu- o (Gressrnarill, Gtmkel), __ Sugere~.;.-:- cânticos. O conceito do se!',: :_ cananeu Tamumz (de Ras-SI:.: do mito de Tammuz, um de\.., _,.." 2. Interpretação autobic,;:: a si mesmo, Portanto, o sen'c ,=~ _ 3, Interpretação indi \ pessoais delineados nos câmic;.:' _ ~ com um personagem históricc, dia histórico, 13 Duhm defendi?, g-'cupo ou naçao , e o ser\'o e n1e51110 COl11.un1 grupo A maioria dos teólogos concorda com os quatro cânticos propostos por Duhm, outros identificam cinco (os quatro propostos por Duhm mais 42.5-9) ou mesmo sete cânticos (42.1-4; 5-9; 49.1-6; 49.7; 8013; 5004-10; 53.1-12). Segundo SchOkel, Profetas 1, p. 277, aos textos sugeridos por Duhm, propõe-se acrescentar ainda os seguintes como cânticos do servo: 51.1-3; 4-6; 9-16; 61.1-4; 62,1-12; 63.7-14; 66.6-11. d2 I A indagação dirigida 3.: profeta?") continua soando f'C ~ Seis interpretações têm sidc~:=-= _ -, 1. Interpretação mirei: ~ escandinavos (Nyberg, EngL:_ - A expressão "cântico(s)do dos isaianos. 6 do Servo sele:,-=· 7 Há divergência quanto à delimitação dos cânticos, Há os que defendem que o primeiro cântico (42.1-4) vai até o v. 9, o segtmdo (49.1-6) termina no v. 13, e o terceiro (50.4-9) estende-se até o v. 11. Há também quem pense que o quarto cântico (52.13-53.12) inicia em 53.1. Veja North, Servant ofthe Lord, p. 292, A maioria dos estudiosos limitam os cânticos aos "textos curtos". :~ ~:;;: ~:~;,~:~~;~~:;~~ diSCus~;,' 201~202; I-iarrÍsoI1.1nfroducrfo_';, 8 Para um minucioso estudo sobre as ocorrências de 1::l1' em 1saías e, especialmente, em 1s 40-55, veja o artigo de Beecher, The Servant. {~~~:]:'tK:S;,2\~:!~i23. Lti.d. 13 p.~lista de ~l)gestão 9 - 10- Face 0/ D!). de ;'J{:7"i-:f-": ~ç: texto do servo de -~: .1.9.1-6; . :eu con_:: .• LlL1U-Se Sobre . ::;::1'0 cUJo ,dnticos - . pnnCl~ IalT\vehH servo" ___servo ~5.5-7; cas, reis.lO Até Nabuconosor é chamado "meu servo" (,.,::t lI) em Jr 25.9; 27.6; 43.10. No uso secular, o "servo do rei" era um importante ministro (2Rs 22.12). Conclui-se que no Antigo Testamento e no antigo oriente, i::l é um título de grande honra e status, algo como "braço direito", plenipotenciário, ministro num governo. Ser servo de Iahweh é privilégio. Portanto, o servo referido nos quatro cânticos é personagem da mais alta honra diante de Deus. JJ. C. Interpretações do Servo de Iahweh A indagação dirigi da ao evangelista Filipe ("... a quem se refere o profeta?") continua soando nos meios teológicos. Afinal, quem é o servo? Seis interpretações têm sido oferecidas a esta pergunta. 1. Interpretação mitológica. Esta proposta está vinculada a teólogos escandinavos (Nyberg, Engnell) bem como aos pais da Formgeschichte (Gressmmm, Gtmkel). Sugere-se a presença de elementos mitológicos nos cânticos. O conceito do serva tem elementos derivados da liturgia do deus cananeu Tammuz (de Ras-Shan1l'a), Os cânticos são interpretados a partir d mIto .. de ~. {o 1 ammuz, um· d eus que morre e ressuscIta, como o servo. 11 2. Interpretação autobiográfica. Nesta compreensão, o autor refere-se a SI. mesmo. p'ortanLo, o servo sena., o propno. n veutero salas. 12 3. Interpretação individual (também hi.stórica biográfica). Os traços pessoais delineados nos cânticos levam comentaristas a i.dentificar o servo com um personagem histórico. O autor refere-se a um indivíduo ou episó,. h' " 13 n' d'Ia este mouo ;l de - mterpretação. , mo 1!lstonco. LUl1m d"e1.en4. Interpretação coletiva ou cOl1Jorativa. Os poemas referem-se a um grupo ou nação e o servo é identificado com a comm1Ídade de Israel ou mesmo com um gl1JpO seleto em Israel (o remanescente). Por detrás desta A de :. o lado __ - :,'::.JrêS 'ji'.íduos oatnar- u -. "::;)5 I' 10 ; 277,305 .- ::',O':ro ~-9) ._ inicia em uni rei ou Líder político (I'víoisés, Jó~Uzias, Eze7ul"obabeL, Sesbassar~ Ivlesulã~ Neenlias, Eleazar, até !neSnl0 Ciro), (!ou l11eSBlOunJ. contenlporâneo desconhecido de T:)ê-llleroIs~d~lS.Para Gll2Jise e refutação de várias interpretações indivíduais~ veja Barrois, 28. Face n(C77r/Sr pp, - 11 - após Pentecoste e na (.c:::-"---=.:' mas do servo com sim:L:':':: : santa) evidencia a li..Tll'13. ,~:': .:>~ -:' compreensão está o conceit{) de personalidade corporativa vigente entre os povos do antigo Oriente Pró~.;imoincluindo Israel. 5. L-lterprelação mista.' Trata-se de uma combinação das interpretações individual ou coletiva. Entende-se que uma interpretação exclusivamente indi\idual ou coletiva não esgota as potencialidades do servo. Ao contrário. ambas simplifIcam o problema. Portanto, funde-se a compreensão: o ser;o é um personagem que, por sua vez, encaroa a comunidade de Israel. u -J nossos pais vante notar a dimensão gentios"; v. interpretaraL (.:-. "" que na Feste. ie S':' _::: missionária já 3.:-::;:-: "~ 10 "extremidad:,:.; :~ ção concreta de proclamaçãc~ . .; ~_ Dois cânticos do seDe :.; 6. Interpretação messiânica (ou cristológica). Esta interpretação entende que os poemas aponta.rn para Cristo, o messias de Israel. Cabe lembrar que os proponentes de outras leituras não negam, necessariamente, que os cânticos acham a sua plena realização em Jesus. A sua dificuldade reside na aplicação dos poemas direta e exclusivamente a Cristo. Summa summarum, a interpretação mitológica não fez escola e a indh'idual (caracterizada pela falta de consenso quanto à identidade do servo) não tem grande seguidores nos dias atuais. A interpretação coletiva tem bom número de seguidores e prevalece no judaísm':l tradicional e na exegese crítica liberal. A leitura messiâníca é a única compatível com o Novo Testamento. No entanto, como lembrado por Rummel, a leitura coletiva não precisa ser necessariamente descartada.ls Se o conceito de personalidade coletiva vigia em Israel, se Cristo é Israel reduzido a mn só, e se Jesus não apenas recapitulou mas consumou o destino de Israel, então Cristo pode encarnar em si mesmo os ideais do povo de Deus eleito e perfeito. A real e divina missão de Israel poderia estar concentrada nwna única pessoa, a "'Olber,no messias que a encamou em sua vida e obra. Neste sentido, Israel certamente tem uma missão para si mesmo e para as nações ao seu redor. mencionados nos seguintes d:< .__ logia (três vezes), nos Artig:s _. de Concórdia (duas citações fissões luteranas vinculam te i-=. : :- s:. = tificação pela fé. Desta forme ~ ~= fissões luteranas adotam cl2Iê::-' ~-: citações dos cânticos do sence n. lsaias 42.1-4 A. Sumário da Perícope A perícope introduz e 'eu Deus e capacitado pelo Sê:; conselho de Deus às nações d.: -" não desarlilnará. Realizará sue D. Os Cânticos do Servo na Tradição Litúrgica e nas Confissões Luteranas o texto dos quatro cânticos se faz presente entre as perícopes selecionadas para o alIO litúrgico. Os poemas do servo são lidos na celebração do batismo de Jesus, no ciclo da Epifania, na semana santa,16 nu..'11domingo B~ C); 50.4-9: Ditavo (kl;',],in;m i\.) t: Quarta-Feira !U~Sen1anB S:?c:~:.=. rnns (série anljal)~ 53.4-12: Sex~~~tr8dic10nal) Ulo-se!i.undn !4 Para discussão, veja SchOkel, Profetas I, pp_ 278·279; Hummel, Word Becoming Flesh, ! "p",-s ücon-ências Pf' 223-224; Clifford, Second lsaiah, p. 499. Hummel, Word Becoming Flesh, pp. 223·224. 16 Do Domingo de Ramos à Festa da Páscoa, os cânticos do servo não são lidos apenas na Quinta-Feira da Semana Santa e no Sábado de Aleluia. 1 - 12 " ~ são 2:~ seg,-,in.::-c ~.igente entre os ".}~ das interpreta-: ":::J.çào exclusiva: ' ~::s do servo. Ao _ ~::-s:: a compreen~ .::.:uumdade de 'c _::::rpretação enCabe lem- >J.çl. . :' :': amente, que _ :-:.Údade reside e a mdo servo) "ê'Tlvatem :: 'ia exege~-' o Novo coletiva .:-malida_,~Jesus -- ~à.o C.risto ;:'j feito. A Israel após Pentecoste e na celebração de São Bamabé.17 A vinculação dos poemas do servo com situações da vida de Jesus (com destaque para a semana santa) evidencia a linha de interpretação adotada pela tradição litúrgic a: os nossos pais interpretaram cristologicamente os cânticos do servo. É lelevante notar que na Festa de São Bél-rnabé,faz-se a leitura de 1s 42. Tal qual a dimensão missionária já antecipada no texto isaiânico (v. 6: "luz para os gentios"; v. 10 "extremidades da terra"), a vinculação do servo a uma situação concreta de proclamação aos gentios em Antioquia é evidente, Dois cânticos do servo (Is 49: uma menção; 1s 53: seis citações) são mencionados nos seguintes documentos das confissões luteranas: na Apologia (três vezes), nos Artigos de Esmalcalde (uma menção), e na Fónnula de Concórdia (duas cítações).í8 Como é do seu feitio hermenêutico, as confissões luteranas vLnculam todas estas citações a Cristo e à doutrina da justificação pela fé, Desta forma e à semelhança da tradição litÚrgica, as confissões luteranas adotam claramente uma leitura messiânica das poucas citações dos cânticos do servo entre seus documentos. n. lsaías 42.1-4 A. Sumário da Pericope A perícope introduz o servo de Iahweh. Este foi eleito pelo próprio Deus e capacitado pelo seu Espírito para trazer a verdadeira religião e o conselho de Deus às nações do mundo, O servo trabalhará silenciosamente, não desanimará. Realizará sua tarefa com suavidade com o que é vacilante, ,eGar. _' ';?ranas 17 f..v: ip.!tnr?~ __""_,-, .••. ~•..•ocr.rrpl11 v •.. ;~'~A •• n~-"Q ç;e;,c;-ni~1tpQ ,,~~~ •••• \,..,~ ••••••.•• ~ •• ,-, ne~.;:;?;p,::, '_' ""'~''''''''''' •••••••• T~d.~k."1=7' , •.Bati<:=n1o de T_,", • .# •••• ., ~ _ Nosoo .••••• "enll0r (se'rl'es U \ anual e trienal A~B, C); 42.1=9: SeguIlda~FeiTa 42.5-12: Festa de Sãü Barnabé . res seleci. ~.,~b;-ação do .. ~" domingo ;ig Flesh, na Sell1ana Santa (série trienal A, B~ C); B) C); 49.1-ó: segundo (série trienal C) e após ::: na Sen18n.R Sfulta (série trienal P,-, B~ C); 50.4-9: oitavo donlingo após anua})) DOluingo de RfuT}10S (série trienal 1\..) e QLlarta-Feira na Serna.l1('; Santa (série triena! A.~B, C); 15 52.13-53,4: Domingo de RatriOS (série anual); 53.4-12: Sexta-Feira Santa anual); 13 52.13~15: Festa da Páscoa tl'~dicional); 52.13-53, 12: Sexta-Feir~ Santa (série trienall\, B~ C); 53.10-12: vigésiPentecüste trienal B). 18 n_~ !\"'''-'-'r.''r;:''''~~~~'~;;'--'' <:\'"'''''~eguJ.ntes. ~.:. • 1~ Te" 4':f.V 'jf~<...,,<'1-'\,,; .•••• 1 OLv;~dlCI<-.,-, e _~j.5.,-ç;'~:'_l_l !..1,.JllH-.l13. d e "-"'I.h!.., ••o!.dta, aec!.a!açao SO'l'd 1 a ;:}a:...; : 2-penas na (art. 5~ § 23~ ;;ua Lei .; 5· Ts 5:;.6: .r;-""" :;,~ tolo Evang(~nl0l\): art. 20~ § S5~ nDJ I\"fis~.f:,n: Is ~~~11: i\.pologia, Se 15 53,5: de Esn1alcalde, segunda parte, art. ttD~~sBC;4S ()brasH; 1s 53.10: J\pologia, alt. 24, §§ 23 e art. 4, § íOL nDa Justificaçãoll• - 13 - não quebrará o que é fraco, mas também não fraquejará. Nesta tarefa ele persistirá até que seja realizada. lorder' re::rultLilg f1"Ü111(~-;_-.._~ julgamento) em C:ristc, evangelho da salvação Á.d\'" G Emst UTn·ght· "Th~ • B. Considerações Exegéticas Selecionadas 1. A primeira observação situa-se na área da crítica textuaL A incerteza quanto à identidade do servo já se reflete desde cedo na transmissão do texto hebraico. É preciso estabelecê-Ia antes de interpretá-Ia. Dois manuscritos do Targum aramaico de Isaías vertem o início do v. 1 como segue: ~n'iii~ -i::l.lJ ~i1 ("eis o meu servo, o messias"). A interpretação messiânica judaica aí está explícita. Por sua vez, a Septuaginta (LXX) interpola "Jacó" e "Israel" no texto: IaKw~ Ó nalç floU ... 'Iopa'll o EXÀEK1ÓÇ floU ... ("Jacó, o meu servo; ... Israel, o meu eleito"). Desta forma, a LXX sugere a interpretação coletiva: Israel é o servo. No entanto, ambas as leituras carecem de evidências nas outras versões antigas. Particulannente o manuscrito de Isaías de Qumran e a Vulgata, entre outros, dão sólido apoio ao texto massorético que nos foi transmitido. 2. As expressões ''''~f1 ("meu servo") e 'l'n:::l ("meu eleito, escolhido") merecem atenção. Primeiro, deve-se notar que ambos os termos estão em paralelismo. São, no mínimo, muito próximos, talvez até meio sinônimos. Segundo, ambos introduzem alguns ·atributos do objeto ao qual se i~ Jl. se refere ao agente, ministro plenipotenciário referem. Já vimos que de Deus. O tem10 ..,m ~ ("eleito, escorbJdo") é usado no singular referindose a Moisés e a Davi (SI 106.23; 89.4). A..'l1bossão personagens proemineJ!tes na história de Israel e exerceram importantes tarefas que lhe foram confiadas por Deus. Assim sendo, servo de Iahweh é aquele personagem de alto status perante Deus que tem uma importante tarefa a C1.1111prrr -tarefa esta que lhe foi confiada pelo próprio Deus. 3. O fato da expressão ~~iU~ ~'~i' ser usada duas vezes (vv. 1, 3) junto com D~~~ EJ'trJ:(v. 4) neste cântico, indica que aqui se acha a idéia central da pencope. Via de regra, ~~~~ é uma decisão legal, ll,'TI julgamento ou justiça, pronunciado por um ~El rD ("juiz"). Há sempre o perigo de se entender tanto "julgamento" como "justiça" no seu sentido derrogatório, legalista. Também se pode entender ~~t!i/:j como "religião" (em 1s 42.14, por exemplo). No entanto, é preciso enfatizar que no contexto da aliança ~~i9~ é um termo evangélico e indica salvação. A tarefa do servo é aqui descrita como "promulgar a justiça" (~~tli/:j), isto é, "the total redemptive ° - 14 ~ VV • ~ _-,- ". _ ~ E:- ~ - - - .- \.••••.:.~ T~c-- that i8, God's reacTh'1g ,L;.-:. nre 110st..,,20 pn~alelo a ,,:-"i~ al. ét1. .i _~_: .• , mente, - i1i7 in é traduzido (~= Pentateuco. No entanto, a n.::: ~-':: trurr, ensinar". No contexto '..' _. sentido a..lJ.lplo:o conselho d", ;:::~_: ~ ;r ••.•..•..• -.-. "'" .__ "..,..,.;'" ) i"~ slgnulca lnsuuçau. nações aguardam que a insTT..~': _ .:. cla.lnados. Desta forma, os kc:::::servo de Iahweh. 4. A perg •... mta "quem s,~: relevante neste ponto* O textc· mulgará a justiça aos gentios. beleçajustiça na terra", v. 4;, ç ,-.terras do mar aguardarão", ". -, dos povos" e "luz dos gentic,s· escolhido por Deus para o bes _~ gam para muito além do OrieL:~ C:"é das têm implicações univers2.~: belecer justiça e proclamar a de longe. No contexto histÓr:c- -: falar de missão no seu sentidc.ô-=--=-;; cântico claramente enfatiza c_-=servo. ' ~;:sl1l3.iS .•. ~. Lstantes ;:1 o·. , "', aruer ,. 1:'u r<;ll' S JUd gesmp'. "., resUitmg ITom vOU julgamento) evangelho em Cristo Wright r. ," '1"'" e a Justlça (ou j::',mUltIma anallse, que é proclamado da salvação. G. Emst 19 pelo servo- Este penSfui1ento é expresso lhat is, God's reaching li) in interpola _ "4 li') in o termo li \vith of God; N'ormal-. no v .. sua vinculação com o sigm'fica "ins, , li'i ~ que tmir, ensinar". No contexto da aliança, iíl in se refere ao evangelho no seu sentido amplo: o conselho de Deus a ser proclamado aos gentios. Portanto, lil in signiílca .-.~.,-v '-' '- sugel -.e nações aguardam :..s leituras clamados. Desta servo de Iahweh. ca- vviu.~the righteousness é traduzido como "lei", indicando No entanto, a raiz verbal de 'iT in é . r .Ei-crÓÇ floU paralelism dO\'1rn in hu..'1um affairs in order to save those who • ,,20 P . 1 a ~~i9{j, " are 10st. aralew encontramos .::mo segue: - - -~ ,.:,;ão messiâ- fomu por da seguinte "The term JU'>tice,' used in synonimous 'law' in verse 4, is in Second Isaiah identical mente, Pentateuco. ou seja, o próprio "instrução, ensino" que a instrução, forma, e é neste sentido a revelação, os termos ~:.:itli{j e j! T ~ • • relevante neste ponto. O""texto anrma lhes sejfuli pro- i in delimitam 'f 4. A pergw"1ta "quem são os benefidários apOiO ao amplo aqui usado. As o evangelho da atividade que o servo a tarefa do é do senro?" ..•••C~i~!~~+~ "~("' ,'pro~~~i' r}~~bl~W:-""q;("até -cite. escolhi-' mulgará :-::,1l08 estao beleçajustiça na terra", v. 4), e ,S'D:' C9'~ irl)iil7' ("e por sua instrução as tenas do mar aguardarão", v, 4)?1 No v. 6 o servo é posto como "aliança sinônise ._:' .:·Tellciário .:: ::feri..'1do-;=-'_' proeml" !he toram ~.o_nagem a justiça aos gentios", v, 1), ~~qJ{j dos povos" e "luz dos gentios" (c'i~ i1K' E:l~i1~i~'). Embora o servo seja escolhido por Deus para o bem de Israel, os beneficios da sua ação se alargam para muito além do Oriente das têm implicações belecer justiça universais e proclamar de longe. No contexto Próximo. a instrução histórico cântico seriO. claramente enfatiza As expressões e missionárias. acima menciona- A tarefa do servo de esta- de Deus visa atingir os de perto e os do Antigo Testamento, falar de missão no seu sentido agressivo i, 3) que esta- ainda é cedo para se a partir do Pentecoste. que os gentios são o objetivo Porém este da atividade do - :_'~:1:1 idéia '-'1'1 julga- e pengo C< .bTogatóeili 1s 42.1- - da aliança 19U.w'f1 1 '! T.l;T, dBp" "·noFlp ~I..Ond.. o ~ ~~S I 1, J....;.u.~~lILel, " ,)r 20 °O'r"\"o é aqui :'edemptive 21 -'-"', rJ.0;': às p. ";10 .:... 10. \Vright; Isaiah, p. 105. 1118.13 ' " o e um termo gc-nencopara terras d'lstantes ao 1ongo da costa med"lterranea. R erere-se distantes l'eQ.I5es(40.15; 41.1); elYi última análise~ ao mundo. - 15 - ----------~I!!!!!!!- c. o Servo de lahweh no Primeirr) Mt 3.17; Mc 1,11 e Lc 3.22 CÔmico 'Ias, cortantes, penetrarn-: o arma para perto (Israel'. ô':-.:. ,_. _ pessoas distantes (gentic~ Primeiro, se em 1s 42 flcc'.: e adequada aos seus ou-..ic:: .. ' atuação. A sua palavra e: que com ele são confroma:: ., cácia da sua palavra. SegLL::i: como espada e flecha, A figuL údo da sua verbalização que f"C:;-o conselho de Deus, o ÀÓYo~.'="ele não só verbaliza o ÂÓYc~.:.~:, 1.14), a mente e aconselhe d:;- .:.:." Jesus, então o oficio profético:i:: . -, 3. O lamento do servo '1'.:':::-' rejeição por parte de muitos.-servo pelos que não acolhem c .= primeiros beneficiários são entanto, o lamento e o sofrime:c:' c;; citam ls 42.1 ao descreverem o batismo d e J esus. n A' J u seITa, d"o pnmerro cantIco e'J esus, segunuo os evange j'lstas. 22 Portanto, Cristo é considerado como o cumprimento e encamação do personagerr. principal deste primeiro poema. Como ungido de Deus, é sua tarefa estabelecer e proclamar, de forma tranqüila e adequada à criatura hmnana. o conselho de Deus e o evangelho salvador aos gentios de tenas longínquas. llI. lsaías 49.1-6 A. Sumário da Perícope Neste poema o servo fala como indivíduo num aparente solilóquio. Ele apresenta-se aos povos distantes como alguém chamado por Iahweh desde o nascimento e mantido em prontidão para a sua missão. Ele foi chamado como um profeta (vv, 1, 5)?3 O v. 3 refere-se a Israel como o servo em quem Iahweh será glorificado. O servo lamenta o seu trabalho vão, porém a sua força está com Deus. Não é suficiente que ele seja servo para Israel apenas. Ele deverá ser luz para as nações para que a salvação de Iahweh atinja os confins da tena. Os vv. 5-6 indicam a sua dupla tarefa: primeiro, converter e manter Israel unido a Deus; segundo, ser luz dos gentios para levar-Ihes a salvação de Deus. B. Considerações Exegéticas Selecionadas 1. E preciso notar a mudança do sujeito. No primeiro cântico, falouse sobre o servo. Agora o próprio servo é o sujeito e é ele mesmo que :fa1a , . - J01 ~ ...D1ogranca, 'c ea sua sltuaçáo pessoa._1 ( v. 1\}. A;.ntes, a d'escnçao agora e' auto-biográfica. 2. O v. 2 af1,,'illaque a boca do servo é uma ;"1';10 :Jj11 ("espada af1afn. ("flecha aguçadaJafiada"). Ou seja, a palavra do da/cortante") e servo é espada e flecha. Em ambos os casos, há a menção de armas agressi- i'i~ 23 Veja também a alusão a 1s 42.1 no episódio da transfiguração de Jesus (Mt 17.5; Lc 9.35). Veja o paralelo no chamado de Jeremias (Jr 1). - 16 _.~ :--: o ~ ,,-::'::: c;; . > o'.: ~_. ta-se em confiança para Deus. P verdade, diante de 1ahweh. servo que está diante de Deus ~ conetamente entendida - que c;;S~" julgrle. Paralelo a L::i~tU/j \em - =: _ ;: como fluta ou recompensa ds o ... ' _ O flUto e recompensa da ati\i:i~ . Deus. E dos céus que virá a:-'· diante do filho de Deus SU2",c possível, passe de mim este '__ sÜn~como tu queres! li (rv1t 26._-:=' 4, S~ faz necessário urn de urna para unir/reunir/jlultar Israel negaç.ão ~., ("não"), Enl re'~~-~ veTam o ~., (ke tio) t81 e cOlnpreensão , 22 •..• _._. .I~- _. c:m vas, cortantes, penetrantes e eficazes no duelo com o oponente. A espada é arma para perto (Israel), enquanto a flecha é anna para longe, para atingir pessoas distantes (gentios). Isto nos conduz a duas conclusões ilnportantes. PrLmeiro, se em 1s 42 ficou estabelecido que o servo agirá de forma mansa e adequada aos seus ouvintes, aqui fica evidente o poder e a eficácia da sua atuação. A sua palavra e o seu agir são penetrantes e produzem efeito nos que com ele são confrontados. O que está aqui afirmado é o poder e a efi- o batismo ::; jngelistas.22 u.,~ào do perDeus. é sua ..? a cnatura ~-::·.·_k'S de terras cácia da sua palavra, SeglLndo, é a boca (:I ~ ) do servo que é caracterizada como espada e flecha. A figura é óbvia. Trata-se do seu discurso, do conte- l; .. :~:'"solilóquio. Dor lahweh ::~jo. Ele foi :'::-:e] como o' ::'1"': trabalho '''=1a servo de tarefa: ::08 gen- údo da sua verbalização que penetra e atinge. O servo verbalizará a :i ri , o conselho de Deus, o Àóyoç. Em SlL'TIa,na perspectiva do apóstolo João, ele não só verbaliza O Àóyoç, mas é em si mesmo o Àóyoç de Deus (Jo 1.14), a mente e o conselho de Iahweh feito carne. Portanto, se o sel~VOé Jesus, então o oficio profético de Cristo é aqui descrito. 3. O lamento do servo quanto à sua atividade (v. 4) já antecipa a sua rejeição por parte de muitos.24 Este lamento demonstra o sofrimento do servo pelos que não acolhem o que ele virá a fazer em seu beneficio. Os primeiros beneficiários são os do seu próprio povo, depois os gentios. No entanto, o lamento e o sofrimento não são a atitude final do servo. Ele volta-se em confiança para Deus. Pois o seu caso e a sua recompensa estão, na verdade, diante de 1ahweh. Reaparece o tenno t:J~\Vi.d. Agora é o t:J9\Vi.d do servo que está diante de Deus. Trata-se da direito, da causa, da justiça - se corretamente entendida - que estão diante do próprio Deus para que ele os 'J) ~ é aquilo que alguém ganh.a julgue. Paralelo a ~5:llLi~ vem jj' ~ 5:l . como fruto ou recompensa da sua atividade ou trabalho. O sentido é claro. O fruto e recompensa da atividade do servo são grandiosos e estão com Deus. E dos céus que virá a exaltação. Esta cena nos leva ao Getsêmani, diante do filho de Deus suando gotas de sangue e orando: "Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e" sim, como tu queres!" (lv1t26.39). T faloü~ :]ue fala agora é afiaê,alavra do . T :I, T "•• •. _ . 4. S~ faz necessário u.m COll1entário critico textual para a clarificação -, oe urna Clausu , '1 a no ~./.)l -bl.u, anue J se •••. . (., lé: ~çj~:.~!.,/ I.,~~t.p:l "e e corn,preensao para unir/reunir/juntar Israel a ele"). O termo em questão é o advérbio de negação ~.~ "não"). Eln respeito ao texto sagrado, os massoretas transcreketib) tal qual receberam, porém à margem grafaram a leitura veram o~' . - c. Lc 9.35). 24 Este tema será desenvolvido detalhadamente no último cântico. - J 7 - (qere') que lhes parecia ser a mais correta: iS ("a ele"). Dentre as versões antigas mais importantes, apenas a Vulgata aceita o ketib: et Israhel non congregabitur ("e Israel não será reunido"). A fonna iS (qere') é apoiada pela LXX, Targum e Qumran, além de ter aceitação praticamente universal é freqüente entre os coentre os comentaristas. A confusão de i? com pistas. ~6 5. O v. 6 alarga, de forma explícita, a tarefa do servo. É claramente dito (e isto é o elemento novo em comparação com o primeiro cântico) que a tarefa do servo é restaurar a sorte dos seus patrícios. Porém o seu trabalho não se esgota aí. Ao contrário, o alcance da tarefa do servo é estendido. O 'i~). A luz ('iK) está servo é posto como "luz para as/dos gentios" (I:I'i~ em oposição às trevas. Onde não há luz, não há vida. Ali reina o caos e a ser rejeitado. O senc Çm~ seu caso e da sua reco",[·::-' servo são claramente __... ,. alcance da sua tarefa chç-L: salvação de Deus. v. Isaias _ 50.4-9 A. Sumário da Pericope O servo, descreve Sc;;L morte. Apesar de não ser o caso em todas as situações, o substantivo bl'i~, acorda man..l-Iãapós marh~ã ;:-..-_~ Ele não foi rebelde aos seus :':-: __ via de regra, é um termo genérico que refere-se às nações ou povos em geral que não Israel (como é o caso neste texto). Neste caso, e no contexto dem e o envergonham. Ao dos cânticos do servo, ser "luz dos gentios" significa tomar-lhes disponível e acessível a in (instrução, evangelho) de Iahweh (42.4). O cântico também afirma que o servo é luz dos gentios "para seres a minha salvação :ij (n~i) até os cantos da terra" :1:'>i'-i-lJ'n~'i!J' ni':1 S). O verbo ni':i? (:1: iJ ' infinitivo construto) indica propósito e o substantivo :1~'i!J'significa "salvação, libertação". Pieper defende que, neste texto, a fonna 'n~ni!J~ ("minha salvação") "is an abstract designation of a person, a more emphatic equivalent of 'My Saviour,.,,25 O que já foi dito em 42.4,6 é aqui repetido e reafmnado. Ou seja, a atividade do servo vai além de tendências nacionali::tas e tem escopo universal, alcançando todas as nações. O elemento missionário à moda do Antigo Testamento está presente neste texto. c O Servo de lahweh no Segundo Cântico o conceito de servo de 1ahweh avança neste segundo poema. A apresentação do personagem é mais pessoal, autobiográfica. Fala-se do seu nascimento, da sua mãe, do seu nome. Em complemento ao servo compreensivo e paciente de 1s 42, aqui a eficácia do seu oficio profético recebe grande ênfase. A sua palavra, a sua instrução são armas agressivas e penetrantes que atingem a profundeza do coração. No entanto, tal oficio pode 25 c. - 18 - c: _-. o ajuda e vingará a sua causa. >.- ;; terceiro cântico en.fatiza a fia:-:.:: _ c::de sofrimento sob as mais aic,:,'sofrimento ainda não é tào ê:':vem no Último cântico?6 B. Considerações Exegétícas (". 1. Cabe notar que o tem'_: que, de certa forma, é inesp::-r: __ discurso autobiográfico, Em ::.:-2. Este cântico aprese:'::, _ do ainda rios é desconheçÍ(L, comprovada pelo manuscri:: OCOITeapenas nesta passage'·'· hapCL\ legoJ11enon. p.!"paren:::-_ traduzido por suster. :.._~ dicionaristas de que este é c:: a dificuldade~ os estudjosc~ 11 1 lJ Fi "" "-'-'Pieper. isola/; ir. p. ~f~·~; .. ~_ ~)~rLln/ K.BL Pieper, Isaiah Il, p. 358. c': p. 146~denr}! -~;l>i (:'~:ç ,p_ 804~ PI'L< --------. " a.s versões !srahel non é apoiada , c' ') universal .~ entre os co::':lte E u ~ .::' claramente càntico) que : seu trabalho :: êstendido. O ..E ('i~) está ..~L:o caos e a - ,:antivo O';), .u povos em contexto ~ riO .. ê: disponível O cântico "~-,asalvação ...:' !Ii'i1? ser rejeitado. O servo então sofre, porém deixa que Iahweh tome conta do seu caso e da sua recompensa. Finalmente, os benetlciários da atividade do servo são claramente delineados. Os de Israel são o primeiro alvo. Porém o alcance da sua tarefa chega aos gentios, às nações, a quem será trazida a salvação de Deus. V. Isaías 50.4-9 A, Sumário da Perícope O servo, descreve seu contato diário com Deus e como Iahweh o acorda manhã após manhã para ouvir e aprender como discípulos o fazem. Ele não foi rebelde aos seus ensinos. Ele não se escondeu dos que o agridem e o envergonham. Ao contrário, pôs toda a sua confiança em Deus que o ajuda e vingará a sua causa. Ninguém o convencerá de culpa algllilla. O terceiro dntico enfatiza a fidelidade do servo à sua missão, apesar do grande sofrimento sob as mais diversas circunstâncias. A natureza vicária do sofrimento ainda não é tão explícita, mas já antecipa e prepara para o que vem no último cântico.26 - • ';.' significa ~'l 'n1J'IV' 'T ' ... :: emphatic __.":: ,,"petido e . ,- _:::.snaClOna,.::'ílento mis- B. Considerações Exegéticas Selecionadas 1. Cabe notar que o termo'::l ~ ("servo") não ocone neste cântico, o que, de certa forma, é inesperado. Sem introdução, o poema inicia com um discmso autobiográfico. Em outras palavras, o servo é quem fala. 2, Este cântico apresenta lh'1l caso típico de um temlO cujo significado ainda nos é desconhecido. Trata-se da forma n111? (v. 4) cuja leitura é comprovada pelo manuscrito de Qumran, A dificuldade é que esta forma ocorre apenas nesta passagem em IOdo o Antigo Testamento, ou seja, é um hapa.;'( legomenon. Aparentemente trata-se de infmitivo construta Qal de nu! traduzido por "suster, alentar, ajudar", porém sem a convicção dos diçionaristas de que este é de fato o seu significado.27 Para tentar solucionar a diílculdade, os estudiosos voltam-se para as versões antigas. Muitos seT - ::-::::.A apre:.-se do seu compre:'~:ico recebe ~:-"o 'as e pene_. ,:,fício pode Ln PiepeL Isuioh 11~p, 3XÓ, considera este cântico uni prelúdio 3 Is 53. f~orth, Sujlering l.)'{:n'Uii!~ p. 146. denoD"'c\na este cântico COE10 o HGetsên1a.ni do Ser\·oil. 27 1(BL3 , p. 804, prefere colocar uni ponto de interrogação após o ternl0. - 19 - • guem a LXX que a traduz por ElTIElV ("dizer,,).28 No entanto, os tradutores da LXX pode também estar tentando fazer sentido de um termo que não lhes era conhecido. Até aparecer melhor solução, ficamos com "suster, ii ajudar" (com uma palavra) ou mesmo" dizer" para a forma verbal Ui ~ ?9 3. A expressão t:l~·W~"1í~h("língua de eruditos", v. 4) aponta para aquele é ensinado. O adjetivo I ("iniciado, erudito") vem do verbo ("ensinar"). Em várias vers6~s de 1s 8.16 e 54.13 o mesmo tenno é traduzido como "discípulos". Os vv. 4-5 também afirmam que os ouvidos do servo estão abertos como discípulo para o que Deus tem para lhe ensinar. Afirma-se, desta forma, a função profética do servo. Sua função é dupla. Primeiro, ouvir da parte de Deus. Depois, verbalizar com sabedoria, com língua de iniciado, este conteúdo. No contexto dos cânticos, i~" - im" i~" T trata-se da proclamação da justiça (~~ de Iahweh. tlJ 1':J ) e do ensino (71 ~ ;11, evangelho) 4. O mottf do sofrimento do ser/O é central neste cântico (vv. 6-7). O texto deixa a impressão de que se trata de alguém aparentemente solitário e abandonado que sofre dura e cruelmente. A hostilidade a ele dirigida é aberta e ele sofre uma brutal yiolência física. Ele é ferido nas costas e na face, é cuspido e insultado. Tem a sua barba arrancada.30 O seu rosto é tal qual t1J'1':J ~ r:! ("pederneira, calhau, seixo, lasca de pedra"), ou seja, é endurecido para enfrentar as bofetadas como se não as sentisse e fosse insensível ao que se passava.3! A humilhação pela qual passa é simplesmente vergonhosa. Sem dúvida, os maltratos de Cristo na manhã da crucificação estão aqui antecipados (Mt 26.67; 27.30; Io 18.22). Este tema é continuado e desdobrado em 1s 53. 5. Como no poema anterior, a reação do servo é de resignação, obediência, confiança em Deus e certeza que 1ahweh é o seu defensor (vv. 79). No desempenho da sua missão ele aceita o sofrimento. Porém em meio a este, a certeza do socorro do Senhor o torna mais forte que a dor. O permanecer impassível diante da hostilidade podia, talvez, ser considerada como confissão de culpa, o que daria razão ao adversário. No entanto, o servo apresenta-se tranqüilo ao juízo humano na certeza que .Deus demonsComo, por exemplo, a edição revista e atualizada da Bíblia da SBB. Para discussão detalhada, veja North, Second Isaiah, p. 201; Watts, Isaiah 34-66, p. 195; Motyer, Isaiah, p. 399. 30 Na cultura do Oriente Próximo, a barba é simbolo de masculinidade. Veja Ne 13.25. 31 Veja motifsimilar em Ir 1.18 e Ez 3.8-9. 28 v~·::-. trará a sua inocência e nar este motifcom o qu:: ':: -:- c. O Servo de latw,'eh ,,' ~~_ A noção de sel\ci:: =.:.ma reforça o motif da servo é alguém que, com aprendeu de Deus ao necess:: i· :. palavra é eficaz, agora é sofrimento é novidade, Fics _ mas com grande confiança ::~ - :os beneficiários de tão b1'.:-::'_ : __ último poema. VI. Isaías 52.13~53.12 A, S/ulnário ela Perlcope o inicio do indica que~ neste caso, séc. XIII) é nluito <::: • t..4 •.,..:.; 53.11=12)" Deus fala no do servo. () oráculo descr~~. cedida de violência os ímpios, O servo foi desfi: pecados de muitos, e 113.C Após isto, ele recebe a :-" o:; Hmuitos" admirados. i. :_- '.CO dados COil10 despojoo J3.Considerações 29 - 20- = = 1. É consensu :~: dade poética, tal'vez e -2:::: ~:- _ ", ': 5 tradutores ':-c'no que não ,>Jffi "suster, ,_ '.. ~, ,."" L • 29 1'!Jd ~ :-~_';.11, aponta para ,:','[0 ,. ") vem d o l3 o mesmo ,,:T'clam que os )::us tem para ,::-0. Sua fun,z.'11' com sa- cantIcos, e\angelho) Y; trará a sua inocência e proverá a sua absolvição. É impossível não relacionar este motifcom o que se passou com Cristo na Semfuia Santa. c. O Servo de lahweh no Terceiro Cântico A noção de servo de lahweh progride neste terceiro cântico. O poema reforça o motifda função profética desenvolvida no cântico anterior. O servo é alguém que, com habilidade de mestre, proclama aquilo que ouviu e aprendeu de Deus ao necessitado deste conselho, Se antes foi dito que sua rl ., , ••• '" v motiifd o pa 1avra e,,..encaz, agora e'+":aúrmaüo que ela e sabIa e apropnada. sofrimento é novidade. Fica clara a sensação de alguém solitário e sofrido, mas com grande corilança em Deus. Ainda não estão explícitos o motivo e os beneficiários de tão bmtal sofrimento. Mas isto será desenvolvido no último poema. 6-7). O 5c,litário e dirigida é A. Sumário da Pericope - sto é tal é endu- o início do quarto poerna era 52.13 indo até o filIal do capítulo 53 indica que, neste caso~ a divisão do texto en1 capítulos (que retrocede ao :., ente ver- séc. XIII) é 111Uitoirlfeliz. Não é sem razão qllê o quarto cântico COlll fre- . :-,c-itJcaçào qüência é sirnplesmente ::ntinuado Esta pericope denorninado de Isaias 53 . c.0111eça e termina caru a rtItura exaltação ::-::çao, obe,~:'cc'c'r (vv. 7.. '":::::111 meio ::':'1'. O per-.:TlSiderada - c. c _' çntanto, o ciemons- ::.lS do servo. O descreve a cedida de violência cllhnlllandü na servo que serIa pre1110rte do servo e seu sepultamento corn os ímpios. O servo foi desfigurado, desprezado e ferido por Deus. Foi pelos pecados de muitos, e não do servo, que ele morreu e foi posto na sepultura. i",PÓS isto, ele recebe a sua recompensa: os seus dias serão prolongados, e os "n1uitos'l admirados, os tfrr1uÍtoslf ClljOS pecados ele carregOl.l-: 1l1e são dados com,o despojo. B. CC)1zsiderações :Sxegéticas /..)elecionaclas ~~J,5.p.195; ~ .~ -.:: ,_'.':'.J. -: - 1. E consensu que o quarto cântico é U111aunidade da lnais alta quali- dade poética, talvez o ápice da literatura profética do l\..'1tigo Testamento. Delitzsch afIrma que é como se Is 53 tivesse sido escrito sob a cruz do GÓlgota.32Ao mesmo tempo, a perícope está permeada de termos raros e de baixa ocorrência no A..'1tigoTestamento o que acaba desembocando num bom número de dificuldades textuais e exegéticas. Isto talvez seja deliberação consciente do autor.33 Afinal, o que aqui está sendo proclamado pelo profeta é o magnum mysterium da igreja cristã! 2. A pencope começa e termina (52.13-15; 53.10-12) com a afirmação do triunfo do servo. Ou seja, como HUllli'neljá observou,34 Is 53 não é apenas uma profecia de um servo sofredor que está para morrer. Mas também (e principalmente) de um personagem vitorioso e ressurreto. O triunfo da Páscoa veio via sofrimentos da Sexta-Feira Santa. Isto não é apenas mera seqüência histórica, mas cada tema é indispensável para o outro. Não é possível considerar a humilhação e morte de Cristo separados da sua exaltação. E vice-versa. Desta forma, ls 52.13-15 é uma miniatura de toda a perícope (52.13-53.12). 3. O importante motifdo sofrimento vicário é enunciado nos vv. 4-6. Os sufixos da primeira pessoa do plural ("nós, nosso") indicam a contribuição da audiência. O v. 6 é central, pois articula a natureza vicária da tarefa do servo: ",., Iahweh fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós ('J~;:' )1" Portanto, o tema do sofrimento do servo iniciado no poema anterior, encontra aqui a sua justificativa. Afinal, por que um servo justo e eleito pelo próprio Deus tem que passar por tal via crucis? É por causa de quê ou quem? Eis a resposta: "'J ! Todos nós!" 4. Precisamos atentar para as cinco ocorrências do advérbio O':l "J ("muitos,,).35 Neste contexto, C':l"J significa não apenas literalmente "muitos", mas, de fato, "todos". O termo C'::l 'J pertence ao vocabulário técnico do sacrifício vicário.36 Isto responde à pergunta sobre os beneficiários da tarefa do servo: C':;). "J , todos! Isto inclui os da comunidade de Israel bem como as nações de terras distantes. Portanto o universalismo introdu- zido no primeiro cânticc , wiversal. c. O Servo de Delitzsch, lsaiah, p. 303. Hummel, Word Becoming Flesh, p. 222. 34 Hummel, Easter, p. 69. 35 As ocorrências são as seguintes: 52.14: "... como pasmaram muitos"; 52.15: "... muitas nações"; 53.11: "... justificará a muitos"; 53.12: "... muitos como sua parte", "... levou o pecado de muitos". 36 No sentido de "todos", C' ~ "} é usado em Dn 12.3 e também em Me 10.45 e Rm 5.19. 33 •... conStlução figrrra dr; ~--... final do texto. ConforTCl~' p~~-::rrimento do servo, mas "'~-:~,.. após a cruz vem a exaltaçs: '. res, via de regra, entend:~n-:<'_:: 10: "... prolongará os seus di:::: desde o primeiro poema. o 2::· tarefa do servo é aqui reatlnn2._, VII. O Servo de Iahweh A. Construção da Noção de Sc~ o conceito ------~~..•_"" .. _ ..•. - de servo d;; 1_, ticos. Ele é primeiro intred-'L_ Iahweh se compraz. A sua t2re~', gar o ~~r4~ de Deus e arÜ}l1.~ ~:.: Estes motijs são desdobrad~:, reafl1Tna a função proclârnJ.d;.~~· cha. E obra do servo trazer disto, como antecipado em ,:trazer R salvação de .DeEs 2~= do servo C01TIc; maçAc:. () . do - 11101TCro., 11125 na;) por l' - - 22- ,,~ SOirrmen1:0 e '. 32 c A noção de ser\c~e já adiantado em 1s 50~ texto errl Is 53. ~ .. ~::l T Iah1veh J Pieper, IsniJh lI, p. 431. :;:':2 _ ~ - --------=--~--~ a cruz do raros e de oo::J.::andonum : .0:;, ~~-=JS seja delibera.. lamado pelo _= :.'lll a afirmals 53 não é o. '-(;r oMas tam~c,., O triunfo o:ore ::ao é apenas c' outro. Não :dos da sua ' .. Coeuade toda a • . ··'-~~~m46 _-,-ll,)~Vv. • contrlbm. "~ da tarefa _:~: .:i I :'T~:'2)!" .,:::~'tlor, en_ :c' 'Oito pelo je quê ou '. ~ zido no primeiro cântico é aqui reafmnado. O que o servo faz tem alcance universal. c. O Servo de lahweh no Quarto Cântico A noção de sel~VO de Iah\veh attnge o seu ápice neste câ.ntico. COI110 já adiantado em Is 50~ o rJzofÍl do so:fdrnellto dernanda boa quantidade de texto erü 18 53. estabelecido - e esta 6 a .novidade deste cântico - que o e111 favor de toda a sofrimento e Isto e progresso na C011s1ruç-ão da figll.ra do sel"...·~/O,No a ê:nfase do terüa de 15 53 não está no sofinal do texto. Conforme ~ . d ... 1 •.•• 37 r . rflll1ento _o servo~ mas SIm no seu trllrnjO{' soare o SOIl1nlento. ,\)U seJa~ após a crllZ \/elYI a ex~altação do tÚ.111ulo 'vaziol Comentaristas con.servadores~ via de regra, entendem que a ressulTeição é no m.ínimo sugerida no v. 10: "... prolongará os seus dias!" (bl'~:Ti~~). Por fim, como estabelecido desde o primeiro poema, o alcance universal da obra e dos benefícios da tarefa do servo é aqui reafirmado . VII. O Servo de Iabweh A. Construção da Noção de Servo de lahweh 'iteralmente :,cabulário , ~ beneficiá~:.iê' de Israel introdu- O conceito de servo de Iahweh é edificado ao longo dos quatro cânticos. Ele é primeiro introduzido como servo eleito de Deus em quem Iahweh se compraz. A sua tarefa profética é claramente delineada: promulgar o ~~~~ de Deus e anunciar às temi:> longínquas a i1"J in de Iahweh. F ~s~es t motl.;s ;1'. sao aesaOürados , 1,· nos cantlcos , " segumtes. . O segu.11. do poema reafmna a fun.ç,ão proe-Ífunadora do ser,./o: a sua boca é como espada e flecha, É obra do servo trazer as tribos de Jacó de volta ao seu Deuso Além .. rnuitas . levou o disto, come, antecipado em 42.6, o s<;:1'vo é posto como luz dos gentios para trazer a salvaç.ão de· Dells até os confins da terra. 18 50 de1.ineia a tarefa do servo con10 algt.lérn que telTI língua habilidosa para a procla(1 /7!otif do S(;Íí~Ü1H,;n.to do servo é então referido pela prl1neira "vez. C-Olll o Úllirno poema, G tema do servo eheg;:: ao clinlax. O se:r\TO sofrerá e 111.0rrc:46.,nla~ não por sua culpa. O seu sofri1nento é vicário ern favor de ~rblO : ç bl':l i Rm 5.19. 37 Piepcr, Isaiah 11,p. 431. - 23 - " ••••• ---_ ••••••• IIIIM1i11l1.IIIlUt!illll" toda a humanidade. Porém mais importante que o seu sofrimento é a sua exaltação. Ele passará pela morte, mas triunfará e prolongará os seus dias na ressurreição. Se é verdade que lemos o Antigo Testamento a partir do contexto canônico, então a centralidade cristológica (com os seus desdobramentos) e o oficio profético do servo (aos de Israel e aos gentios) são os dois pilares que slistentam a noção de servo de Iahweh nos poemas do livro de IsaÍas. das nações (42.6. 49 c confins da terra (49.6 i . d'Icam que .'a . _. _. estas lU verão a luz do Servo d~ ! ..JiJ"e' rnl«-COrnal'iJ v ~_ u .•. ~Y. ,,41 ""Pc'rT'~_' '-_. __ em levar a mensagem C.cs É verdade que a ~. partlr do 'Pentecoste nàc: -,.__ B. Interpretação do Novo Testamento toda a hU111anidade. Os escritores do Novo Testamento estão convencidos que os cânticos do servo profetizam Jesus. A opinião do Novo Testamento é que Jesus considerava-se como o cumprimento das canções do servo, Ele é chamado de servo de Deus (o nalç aÚwD/aou) em At 3.13,26 e 4.27,30. 1842.1 é menos aludido por ocasião do batismo de Jesus (Mt 3.17). A citação de Jesus em I ..c 22.37, o texto de Filipe em ../\.t 8.32-355 e, certan1ente, a afirmaçào de Pedro em At 3.13 fazem conexão direta de Jesus com a noção expressa nos cântieos do servo de Iahvieh. Jesus entendia que o seu sofrimento foi profetizado (Mt 26.24,54,56; Mc 9.12; Le 18.31; 24.25-27,45). 1\·1t8.17 relaciona o seu ministério de curas com 1s 53.4. 1s 42.1-4 é vinculado ao seu ministério em Mt 12.15-21. A incredulidade dos judeus é explicada com Is 53.1. Em Lc 24, o poema de 1s 53 certamente figurava entre as "escrituras" às quais ele se referiu. Os "muitos" de Mc 10.45 é fortemente reminescente de Is 53.38 Igualmente lPe 2.22,24 vincula 1s 53 com Cristo. SUi!!ma summarum, o Novo Testamento situa-se claramente na linha de interpretação cristológica dos cânticos do servo de 1ahweh. f\±ln:iL Hjustifica a muitos1', Se. ne-~- para usufruir o benefícjc,~ ln~-:~~ __ ser avisados daquilo que c ,~ Bibliografia Barrois, GeorgesA. 1974. n-~ .::__ Crestwood, Si. VladinllI:::-:'- 0 Beeeher, Willis J., 1903. !'Th~ .:;cc:- ::; Old Testament Interpreto::· Rapids, Baker, pp. 187-2(.:. Blaw, Johannes. 1962. A Natw'e:: - ., Pereira Ramos (1966). Sã: ?.:. Briggs, Charles A. 1886. Mess:::' Peabody, Hendrickson Put.;.--.:,,: c. Os Cânticos do Servo de lahweh e a Missão Blaw, Natureza Missionária, p. 3] . ~é chamado para revelar a justiça às :-.':':: modo que a salvação de Deus pOSS2 2-_ 0_-:::" gens restantes do Dêutero-Isaías fi ,:'Ô:. -'-__ . dido pela restauração de Israel. Ol: s-: " que estende a Israel, aqui o Sel~,C<.:",-- 4] Blaw. Natureza Missionária. D :. 40 o tema missão no Antigo Testamento pode ser mn assunto cmnplexo. Mesmo assim, Johamles Blaw identifica profecias "estritamente missi,." •• A' d o servo ..39 O seu argumEnto e' onanas no pnmelro e segunao] cantIcos sendo o servo chamado para revelar ~~tlÍ~ ao gentios (42.1), pi1ra ser luz 42 Rl::::Uf' ~"'''''''''J'_.' j70Jfitl/f'P7Q __ declar8ç:5es 38 Para uma lista de citações, alusões Oli semelhanças mento, veja SchokeI, Profetas /, pp. 344-345. 39 Blaw. Natureza Missionária, p. 31. - 24- de textos de Is 53 com o Novo T'5ts~ J'141'c,S/'oiJt/'ria '''~ .• -Y'l- [42.2: 49.6] negélndc ~., 2. levada às terras do !uar~ que a agG2: iuinh2. sahrp~ç3.0 até. à e:~tTelnidad:: ,:'2 ~:-:._ a~:nações!! do Ser-.io de .T~véêIl-l J.? ~ c_, c:' - --;iento é a sua os seus dias - ; :.:2, do contexto v _ --,- -""mentos) e. dois pilares IsaÍas. -·'~\~IU1CL c:' os cânticos é q1Je Jesus .. _ chamado 1s 42.1 é citação a das nações (42.6, 49.6) de tal forma que a salvação de Deus alcance os confins da terra (49.6), isto caracteriza missão.40 Para ele, afirmações como estas indicam que "a salvação há de a!can.çar o além-mar; que as n?ções verão a luz do Servo de Javé, que os confins da terra são convocadl's a 13 ortanto~ a reahzaçao --' -.' , ..• vo 1tal' para ..ave. ,,41 ~ destas proteclas lTI1pl1Catanl[:em em levar a nlensagem aos povos distantes."E E verdade que a evangelização agressiva tal qual a conhecemos a partir do Pentecoste não era conlum no AJltigo 1~estanle11to. r~'oentanto; é difícil deixar de ver em textos como estes o interesse salvifico de Deus para de muitos" e toda a b.Ull1ar.Jdade . .4.~final, o ser"vo l!le\!(Yu sobre si o T' lIj-ustifica a muitos". Se; neste contexto~ HrrruitosH significa "todos" ~ então 3 para usufruir o benefIcio intencionado por Deus, estes Hmuitos!t precisam ser avisados daquilo que o ser"/o fez por e para eles . Bibliografia _.--:,a noçao ~eu sofri- Barrois, Georges A. 1974. The Face ofChrist in the Olei Testament, Crestwood, S1. Vladimir's Seminary Press. 25-27,45). ',J. é vincu- Beecher, Willis J., 1903. "The Servant", Classical Evangelical Essays in Old Testament Interpretation, ed. Walter C. Kaiser Jr. (1972), Grand Rapids, Baker, pp. 187-204. ::>- ;:"c ,.: expli- - :.:,~~ .i'," entre as -; ~ :urtemente c: com Cristo. _ ;ia linha de Blaw, Johannes. 1962. A Natureza Missionária da Igreja, trad. Jovelino Pereira Ramos (1966), São Paulo, ASTE. Briggs, Charles A. 1886. Messianic Prophecy, reimpressão (1988), Peabody, Hendrickson Publishers, Blaw, Natureza Missionária, p. 31: "Nestas passagens declara-se claramente que o Servo é chamado para revelar a justiça às nações (42.1) e para ser luz às nações (42.6, 49.6), de modo que a salvação de Deus possa alcançar os confins da terra (49.6). Enquanto nas passagens restantes do Dêutero-IsaÍas é declarado apenas que o mundo das nações será surpreendido pela restauração de Israel, ou que estas são convocadas a louvar a Javé pela liberação que estende a Israel, aqui o Servo chama diretamente as nações à salvação," 41 Blaw, Natureza Missionária, p, 39. 42 Blaw. Natureza jilissionária, p. 39: "Afinal de contas, estaremos fazendo violência a estas declarações [42.2; 49.6] negando a idéia mais óbvia nestes versos, de que a justiça será levada às terras do mar, que a aguardam (42.4), e negando que a expressão "para seres a nlinha salvação até à e:-ctremidade da terra" (em conexão direta com a designação "luz para ,lt, I1:1ÇÕCS" do Sef'/v de .hvé em 49.6) implica também em levar a mensagem." 40 conIple-:::,ntenlissi~ - 25 Brown, John. 1953. The Sufferings and the Glories ofthe Messiah: An Exposítion of Psalm 18 and Isaiah 52: 13-53: 12, reimpressão (1981), Grand Rapids, Baker. Koehler, Ludwig: BdUI::'~~~ The HebreH' aná ..{ M. E. J. Ricnardo:L. ~~. __ Brown, Francis; Driver, S. R.; Briggs, Charles A., eds. 1907. A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament, reimpressão com correções (1953), Oxford, Clarendon. (BDB) Livro de Concórdia. ~::s Clifford, Richard J. 1992. "Second Isaiah", The Anchor Bible Dictionary, ed. David N. Freedman, New York, Doubleday, voI. 6, pp. 490-501. Clines, David J. A. 1976.1, He, We, & They: A Literary Approach to Isaiah 53 (JSOT Supplement Series 1), Sheffield, University af Sheffield Press. IPorto Alegre, Longenecker, Richard :".... Christianity (TwÍii B~-·:· Lutheran Worship. 1982. p,::-' LC-Iv1S~Saint Louis. C l\t1otyer9 J" A. 1993. ~The l'J orth, C~hTistopher R. "1:;;'~,-~ Delitzsch, Franz. 1890. 15aiah (Commentary on the Old Testament 1n Ten Volumes 7), trad. James Martin, reimpressão (1975), Grand Rapids, Eerdmans. Harrison, Roland K. 1969. lntroduction to the Old Testament, Grand Rapids, Eerdmans. Hengstenberg, Emst W. 1847. Christology ofthe Old Testament, trad. Reuei Keith, reimpressão (1970), Grand Rapids, Kregel Publications. Hummel, Horace D. 1976. "Easter: Isaiah 52: 13-15", Concordia Journal2. pp.69-70. Hummel, Horace D. 1979. The Word Becoming Flesh, Saint Louis, Concordia. HrunmeI, Horace D. 1983. "Justification in the OId Te stament ", Concordia Journal9, pp. 9-17. Oxtoby', Gurdon C. 1966. Philadelpl--Ja, Macho, Barcelona ..E di Pieper ~A ugust. 1919. Milwaukee, Nortbvest:,:: Ridderbos, J. 1950. Isaias por AdieI Almeida de C::· _ Cristão. Kaiser Jr., Walter C. 1980. "Messianic Prophecies in the OT", Handbook of Biblical Prophecy, eds. Carl E. Armerding e W. Ward Gasque, Grand Rapids, Baker, pp. 75-88. Sch6kel, Luis Alol1so; Diaz.'- (Grande Comentário B:: . Paulo, Paulinas. Kaiser Jr., Walter C. 1985. lhe Uses ofthe Old Testament in the Ne,v, Chicago, Moody Press. SchOkel, Luis AIol1so. 199.+ D. Ivo Stomiolo e José Bec:.· Kaiser Jr., Walter C. 1995. The Messiah in the Old Testament, Carslik Paternoster. Siddav.fay, elaire. 1997. y-- .• Capacitando Kauffeld, Eugene P. 1983. Divine Footprints - Christ in the Old Tes!ament. Milwaukee, Northwestem Press. Snaith~ - 26-'-~ ------- ~~ .._-----~-~=~==~-=--------:=====""'= An 1981), =·[ebrewand _'-c-nonary, .. ..190-501. - .7ch to Isaiah - Sheffield n211[ Koehler, Ludwig; Baumgartner, Walter; StallL111, Johann Jakob, eds. 1994-. The Hebrew andAramaic Lexicon ofthe Old Testament, 3rd. ed., trad. M. E. J. Richardson, Leiden, Brill. (KBL3) Livro de Concórdia. 1580. Trad. Arnaldo Schüller (1980), São Leopoidp !Porto Alegre, Sinodal/Concórdia. Longenecker, Richard N. 1970. The Christology of Early Jewisn Christianity (Twin Books Series), Grand Rapids, Baker. Lutheran Worship. 1982. Preparado pela Commislon on Worsr..ip da LC-MS, Saint Louls, Concordia. Mot-jer, J. !-\. 1993. ']ne ProphecJ;' qí Isaiah'J I.eicester ~L~ter=V arsity Press. t)xford l.Jniversitv Press, in Ten Rapids, eéL l,JLlnd George "'::\_< vaL 4, pp. 292=294 . Oxtoby, Gurdon C~.1966~ lDrediction - trad. Publications. ·,i'íí2i1t, ::rdia Journa12. .Fulfillrnent in the Riole, PIÜladelphia, Westminster. 1\. 1963. "Isaíasn~ Enciclo~vedia de Ia Bibliüj ed, Alejan.dro DíezMacho, Barcelona, Ediciones Ganiga, vaI. 4, pp. 225-241. Penna., P· ,~,,,.,'" ,+ •. 'OlQ 'n . I .1, l' +~ ~1 Lrw~n r: .; PL . K"vwai.~ - p(lQ7Q) _ ley~<, 1-\.ugus 1./. ~. 1",a1arl <>ai1~H. -' -'o, .J: S;:ÜntLows, _ . ~;:Dll1ent",Concordia :'. lhe OT", Handbook of \Vard Gasque, Grand lK' Milwaukee, Northwestern. Hidderbos, J. 1950. Isaías (Série Cultura Bíblica 17), trad. do inglês (1985) por i',diel Almeida de Oliveira (1986), São Paulo, Vida Nova e MlLl1do Cristão. Sch6kel, Luis Alonso; Diaz, J. L. Sicre. 1980. Profetas 1: Isaías, Jeremias (Grande Comentário Bíblico), trad. Anacleto Alvarez (1988), São Paulo, Paulinas. SchOkel, Luis Alonso. 1994. Dicionário Bíblico Hebraico-Português, trad. Ivo Stonllolo e José Bortolini (1997), São Pauio, Pauius. -.;'Testament, Carslile, -.-:,,·ist in the Old Testament. Siddaway, Claire. 1997. "Princípios Missiológicos dos Cânticos do Servo", Capacitando Para Missões Transculturais 4, pp. 53-69. Snaith, Nonnan H. 1950. "The Servant ofthe Lord in Deutero-Isaiah", "fI' ;i·>".. ;n 1 p' t "Pr" l~ .) eo,. Jl •. H R OWle) 1 1, Edi,n 'bur gh , 0,.,(i,,,, U l,ir! , ..•• Tp~t __ ~,a.n_f1. . OpileC), , . H ,_. T& T. CiarL pp. 187-200. - 27 - REFLEXÕESSOBR~ Stoeckhardt, George. 1890-92. Christ in Old Testament Prophecy, trad. Erwin W. Koehlinger, Fort Wayne, Concordia Theological Seminary Press. Surburg, Raymond F., ed. S.d. Exegetical Essays and MateriaIs Dealing with Messianic Prophecy, Fort Wayne, Concordia Theological Seminary Press. Watts, John D. W. 1987.lsaiah 34-66 (Word Biblical Commentary 25), Waco, Word Books. Whybray, R. N. 1975.lsaiah 40-66 (New Century Bible Commentary), reimpressão (1984), London, Marshall,Morgan & Scott. Wright, G. Emest. 1964. The Book of lsaiah (The Layman's Bible Commentary 11), Atlanta, John Knox. E A I\IISS ..\O DE Introdução Prezados innãos Esta aula que parte em um sennão . Ç: lI"T:". ~: : == \011 C: .. ~-· QU;:: :: _ .• ,_ ::. Unidos perante uma das e~-.;::-~~2 lho como missionário na '\'~~:__ =-.:o:' Escolhi este escrik ::..~ naquele sennão eu falei 'l"T. ;: ~ _.< nezuela, para os membros:.:, .. familiarizados com os dessI;. c - :o: quanto estou apel}as chegar:'::' experiência aqui no Brasil. r;::-o~ algumas impressões um pO'.lc I .:. ~ também ficarem mais familil-'zéé =., O segundo motn'o par::: ::C,' piritual daquele sennão paree:: ,;:: ano acadêmico. Meu tema na..::~::::. cristão a seguir adiante apes.l' .::;s não quero dizer que o começ: obstáculo. Só estou pensard: '::.:0: programa extenso de cince .l-. -: -: pastoral fazendo a missão ée =-.~_; =._ pla..'1tandomissões ou igrejas i..' o Evangelho ainda não é mu:' _.: dificuldades nesta peregrill3ç 2 :. ~ lembrar que nosso Senhor ll:: ... _. dar alegria até nos mamem: 5 _. _e sua carta aos Colossenses. Aula inaugural proferida na - 28- E5C.; :. :::.: c":' .. =' i,ecy, trad. ,,:: 2 3.1 REFLEXÕES SOBRE AS PALAVRAS DE CRISTO E A MISSÃO DE DEUS NA VENEZUELA Seminary David Coles W· " ,)5 Dealing . ~:lc'gical Introdução Prezados irmãos e irmãs em Cristo, professores, estudantes, amigos: Esta aula que vou proferir nesta manhã está baseada em sua maior parte em um sermão que eu preguei seis ou sete meses atrás nos Estados Unidos perante uma das congregações luteranas que apoiava o meu trabalho como missionário na Venezuela. EscollJi este escrito por dois motivos principais. Em primeiro lugar, naquele sermão eu falei um pouco sobre meu trabalho missionário na Venezuela, para os membros daquela paróquia estadunidense estarem mais familiarizados com os desafios que estava enfrentando naquele país. Porquanto estou ape1)as chegando ao Instituto, e ainda não tenho nenhuma experiência aqui no Brasil, pensei que seria útil compartilhar com vocês algumas impressões um pouco autobiográficas, por assim dizer, para vocês também ficarem mais familiarizados comigo. O segundo motivo para escolher este escrito foi que a mensagem espiritual daquele sermão parecia se enquadrar neste contexto de começo do ano acadêmico. Meu tema naquela ocasião tinha sido: "Jesus Cristo ajuda o cristão a seguir adiante apesar das mudanças e dos obstáculos". Com isto não quero dizer que o começo do ano acadêmico seja de alglLlll modo um obstáculo. Só estou pensando que os novos alunos estão começando um programa extenso de cinco anos e, após isto, vocês estarão no ministério pastoral fazendo a missão de Deus em diferentes congregações, ou talvez plantando missões ou igrejas novas em partes do Brasil ou do mundo onde o Evangelho ainda não é muito conhecido. Sem dúvida surgirão às vezes dificuldades nesta peregrinação, e quando isso acontecer vocês poderão se lembrar que nosso Senhor nos ajuda a perseverar. De fato, Ele promete nos dar alegria até nos momentos dificeÍs. Como escreveu o apóstolo Paulo em sua carta aos Colossenses, capítulo 1, versículo 24: "Agora, me regozijo Aula inaugural proferida na Escola Superior de Teologia em 25 de fevereiro de 1998. - 29- nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do Seu corpo, que é a igreja". O texto daquele sermão se acha no Evangelho segundo João, capítulo 6, versículos 41 a 51. Agora, eu vou ler este trecho: [Segue a leitura.]. Os missionários norte-americanos que trabalham na Venezuela às vezes acham que os venezuelanos são melhores para iniciar uma coisa que para levá-Ia a cabo. No começo têm muito entusiasmo e desejam empreender uma experiência nova, mas depois é difícil para eles ficarem constantes em seus costumes e hábitos. Na prática, o novo crente que entra numa congregação talvez ofertaria facilmente para um projeto especial, mas lhe custaria prometer ofertar uma quantidade fixa cada domingo do ano; talvez sair-se-ia bem num curso intensivo de educação teológica por extensão que dura apenas uma semana ou vários fins de semana, mas não terminaria um curso que se reúne, por exemplo, uma vez por semana durante quinze semanas; talvez seria muito ativo na igreja durante um tempo, mas retirar-seia assim que surgisse algum problema. Eu imagino que as pessoas na sinagoga de Cafarnaum que escutaram as palavras pronunciadas por Jesus em nosso texto bíblico de João 6 pareciam-se um pouco aos novos cristãos venezuelanos sobre os quaiseu estava :falando.É provável que muitos deles estiveram entre os cinco mil homens que Jesus alimentou milagrosamente com apenas cinco pães e dois peixinhos. Esse acontecimento fora tão extraordinário para eles que com muito entusiasmo começaram a procurar Jesus em toda parte, até que o encontraram em Cafarnaum, na sinagoga (João 6.22-25). Aquela gente entendia que Jesus era importante, e por isso foram à sinagoga. No entanto, poucos ficaram. No final de João 6, no versículo 66, lemos: "muitos dos Seus discípulos o abandonaram e já não andavam com Ele". Jesus até temeu que os Doze também iriam embora. Em lugar de desisT:s. ::-.::- . cebeu a força para \·OlT::.:. :::. =.3J não era benvindo. O noss,.: ç:==-_.. de fazer uma interpretaçàcj: xes, porquanto a maioria :2' ':.: _ 1 ': -'.:= mal aquela ação de Jesus . .-\ .. =-;-.::.: à sinagoga. Ele entendia. ~,~=-.':: s "estavam aflitas e exaus:::s. ~: __. Q t''11..am ,/.=--16) , pois _ •••. ull! ., cnmn T',.~;, " ... mas não estavam recebendo ~: f: Ao"" ~', .•••.• ::- Jesus sabia, além disso, que E'ç . .., cessitavam, "as Palavras da \ .~.:: =:f João 6, versículo 68, quanc:l.:cl=' .. 1 ia. Tais palavras haviam f0r131 ç cc:. za humana, quando estivera d.e::: :::-.:' = ser usadas pelo Espírito SanTo ;:.3.:-' concertadas nuno a uma fé yerd.:.::::'" de alento para nós em qualquer:::'.:" de perto, portanto, e apliquen,>c.3.'O.: fortalecerá a nossa fé, animandc-=-: s com outros, e capacitando-nos ,;:.::::1 I. As palavras de Jesus nos lembra e expectativas não têm valor €'5piri Uma das verdades que J=::.~, ' que estavam na sinagoga de C seres humanos afastados de D;:....:- :- Naquela situação, um falso messias também teria talvez abandonado a luta. De fato, aquelas palavras que o Senhor proferiu na sinagoga de Cafarnaum produziram uma queda repentina em Sua popularidade. Já os fariseus de Cafamaum estavam conspirando contra Ele, porque algum tempo atrás Jesus havia sarado num sábado um homem que tinha uma mão ressequida, como lemos em Mateus 12.14. Recentemente, Herodes Antipas tinha cortado a cabeça de João Batista, e existia a possibilidade de Jesus ser a próxima vítima. Até a família de Jesus acreditava que Ele estava louco. no versículo 44 do nosso texto _._~ enviou, não o trouxer", O SeT'.:-.:· • "ninguém poderá vir a JvEm. ó;: ::::.: dão supunha que precisé\\a f:::zç~.:.? Por isso perguntaram, no \'eE:~'~.. .2 de Deus?" Jesus respondeu q~;.: =e: tudo e nós recebemos os be:-.e-==::. confiando nAquele que pele ?:c naquela época focalizava as ••••• !!!!!!!!! ••• ... •••.. II!!II= '=,ào. capítulo •.~,.~ .. - _..c ~ , ;..-O';;''"a] enezuela às -:c \- - l-na COlsa que empreen_~::m constfu'1tes .: .::-:,,3 numa con~-,=._~. mas lhe cusi: mo; talvez _ . - ê_}TIl ~,~ ::\.tensão que -:: :::rminaria um - _~-'--_::: quinze se:--2S retirar-se_,_~ _-,-::;:-scutaram :::'10 6 parecieu estava homens - '~, :: de)s Deixi-< 11;: com muito _= : _c: o encontra_ 112.:5 :--<: ;.:- - =:' __ o __ = mil ::Iltendia que poucos ficaSeus discípu- :c::meu que os _ :;;zabandonado ~- _ :~ smagoga de y- .J:i:.ldade. Já os --:r-'Ç algum tem___ ::rilla lli'11a mão n A.' ,~:c{leS,,ntlpas • - - 2=j" Jesus ser Em lugar de desistir, porém, Jesus confiou em Seu Pai celestial e recebeu a força para voltar corajosamente à sinagoga de Cafamaum, onde não era benvindo. O nosso Senhor quis voltar porque sentia a necessidade de fazer uma interpretação do Seu milagre da multiplicação de pães e peixes, porquanto a maioria das testemunhas do milagre tinham compreendido mal aquela ação de Jesus. A compaixão também motivou Jesus a regressar à sinagoga. Ele entendia, como disse em outra ocasião, que as multidões "estavam aflitas e exaustas, como ovelhas que não têm pastor" (MaÚ;us 9.36), pois tinham, como todas as pessoas, muitas necessidades e dúvidas, mas não estavam recebendo dos fariseus uma boa orientação espiritual. Jesus sabia, além disso, que Ele ti..'1haexatamente o que essas pessoas necessitavam, "as Palavras da vida eterna" que mencionou Pedro no final de João 6, versículo 68, quando Jesus perguntou-lhe se ele também retirar-seia. Tais palavras haviam fortalecido o próprio Jesus, segundo a Sua natureza humana, quando estivera desanimado. Tais palavras também poderiam ser usadas pelo Espírito Santo para encaminhar aquelas pessoas ainda desconcertadas rumo a uma fé verdadeira. Tais palavras são também uma fonte de alento para nós em qualquer momento de incerteza. Escutemo-Ias mais de perto, portanto, e apliquemo-Ias às nossas vidas. Assim o Espírito Santo fortalecerá a nossa fé, animando-nos para que compartilhemos o Evangelho com outros, e capacitando-nos para que fiquemos sempre firmes. I. As palavras de Jesus nos lembram que nossas obras e expectativas não têm valor espiritual Uma das verdades que Jesus salientou para solidificar a fé daqueles que estavam na sinagoga de Cafamaum foi a bancarrota espiritual total dos seres humanos afastados de Deus. Fez isto através das palavras que lemos no versículo 44 do nosso texto: "ninguém pode vir a Mim se o Pai, Que Me enviou, não o trouxer". O Senhor reiterou a mesma idéia em João 6.65: "ninguém poderá vir a Mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido". A multidão supunha que precisava fazer alguma coisa para obter o favor de Deus. Por isso perguntaram, no versículo 28: "Que faremos para realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu que Deus não exige nenhuma obra; Deus faz tudo e nós recebemos os beneficios da obra perfeita dEle simplesmente confiando nAquele que pelo Pai "foi enviado" (João 6.29). A religião judia naquela época focalizava as obras humanas. Cristo focalizou as obras de - 31 - Deus. Já antes Ele dissera para os fariseus: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também" (João 5.17). É evidente que, quando nós confiamos apenas na obra de Deus e não nos nossos sucessos, ficamos mais firmes, pois os atos de Deus merecem toda nossa confiança, mas o que nós fazemos sempre tem falhas. Assim foi a experiência de Lutero. Tentou agradar a Deus fazendo muitas coisas: jejuando e chicoteando o seu corpo no mosteiro; confessando os seus pecados com muita freqüência perante o seu superior; seguindo a disciplina do misticismo para ter uma experiência mais profunda da presença de Deus. Todos estes esforços, porém, não trouxeram paz ao coração de Lutero, porque jamais pôde estar certo dele ter feito o suficiente para ganhar o favor divino. Mas quando Lutero confiou na obra perfeita de Jesus Cristo na cruz, ele ficou inabalável apesar da oposição do papa e do imperador, apesar dele se tomar um fugitivo procurado pelas autoridades, apesar das lutas e divisões que surgiram entre os protestantes. Séculos depois de Lutero foi escrito um hino que descreve a postura do cristão que confia somente em Cristo: "Minha esperança está edificada sobre nada menos que o sangue e a retidão de Jesus; não alego nenhum mérito próprio, mas repouso inteiramente sobre o nome de Jesus. Cristo, a rocha sólida, é meu fundamento; qualquer outro fundamento é areia movediça".] O missionário, o pastor, ou qualquer cristão que queira levar a sério o chamado de Cristo na Grande Comissão, "Ide, fazei discípulos de todas as nações" (Mateus 28.19), terá mais estabilidade e constância em seu trabalho e em sua vida se nunca esquecer que a missão é de Deus e não do homem. Eu li, num artigo escrito por lLlll professor de missões de llill seminário luterano dos Estados Unidos, que este professor, na primeira aula de seu curso "Introdução à Missão" costuma distribuir entre os alunos um questionário no qual ele pergunta "de quem é a missão?" Segundo este artigo, pelo menos noventa por cento dos estudantes dão uma de duas respostas: uma é que a missão pertence à igreja, que para eles geralmente significa a congregação local como uma organização ou a denominação ou distrito. A segunda resposta mais popular geralmente é que a missão per- 1 Ver Lutheran Worship (81. Louis: Concordia Publishing House, 1982), hino no. 368, "My Hope 1s Built on Nothing Less", escrito por Edward Mote (1797-1874): "My hope is built on nothing less Than Jesus' blood and righteousness; No merit of my own c1aim But whoIly lean on Jesus' name. On Christ, the solid rock, I stand; Ali other grollild is sinking sand," I - 32- tence ao indivíduo cristão -:":;;0 :;; podem trazer problemas. r;~lS: -? cimentos, seus talentos. 5"~;2 ~-;~:<]; ensina que a missão é a i:'~ê.~2::-:: ~ estão perdidas ou afastad2s~E _: p dão de Deus que se enco=~::~= Deus, o Espírito Santo oj)'er" i::: ( escutam a mensagem. Ass~ '" :.:o:" ~ salvação eterna, e um no'-o re:::,_J Salmo 127, "se o Senhor nÊL::~: edificam; se o Senhor não g.~c ':- ~ Dizer que a missão é de sionária. Por isso, Paulo p3 vendo para eles as seguintes nada ouviram? E como omÍTic, ôC: Quão formosos são os pés 10.14-15). Mas Paulo acrescentou n: o. deceram ao Evangelho; pois pregação?" O apóstolo acaba., i sair a compartilhar o EvangeL\c fato embaraçoso da grande IrE: _:i pregação nem de Cristo nem 6-, Evangelho muitas vezes. Se tinha, primeiro como judeu Zé' z~, igrejas desde a Galácia até t.11'<=_ 2i teria abalado sua fé. Em lugar i:, "-'c DeUs, porque ele, se lembrâ..ilic fiando só na obra de Deus. 31;;:\;:;;r31 responses to the ::p.lestic JII1.tr;)::tuctiün to :r./IissiGr~s: ç1:::.~:- -::::11 Lhehrst da}' of class v.. -ill S2~, ~~ churcn, and 2) the individual CL:"~- mea.n by ··church~~ ... an organiz~,: ,~;:;-~:. _ _-.::: = 3.té agora, e Deus e não j;,us merecem 3.:;. Assim foi =unas COlsas: _o:: :; seus peca:i5ciplina do -~::c::ça de Deus. ::c Lutero, por~:ili.'lar o favor '.: apesar dele - ~:.:; lutas e divi-_.Eero foi es:Yrlente em __:c _ s3.ngueea -=- .iSO inteirafundamento; ... :: ,e\ di :: seno __ ::--1105 de todas .- ~:J. em seu tra:='eus e não do . _, de um semi_ -r::neira aula de :: '5 alunos um = = Segundo este de duas res~ : ~ ;::eralmente si"":::3. ::cilominação ou _._: a missão per- _-_::-:': no. 368, "My • õ> hope is built I :laim But who_ .s sinking sand." -=-_ tence ao indivíduo cristão que está fazendo a missão.2 Tais conceitos só podem trazer problemas, pois o missionário talvez confiará em seus conhecimentos, seus talentos, sua metodologia missionária. A Bíblia, porém, nos ensina que a missão é a i..11Íciativade Deus para buscar todas as pessoas que estão perdidas ou afastadas dEle, para comunicar-lhes a boa notícia do perdão de Deus que se encontra em Jesus Cristo. Através desta Palavra de Deus, o Espírito Santo opera a fé, onde e quando Ele quer, nas pessoas que escutam a mensagem. Assim tais pessoas recebem o perdão de pecados, a salvação eterna, e um novo relacionamento íntimo com Deus. Como diz o Salmo 127, "se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela". Dizer que a missão é de Deus não justifica a preguiça na tarefa missionária. Por isso, Paulo admoestou os cristãos da cidade de Roma, escrevendo para eles as seguintes palavras: "Como crerão nAquele de Quem nada ouviram? E como ouvirão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas!" (Romanos 10.14-15). Mas Paulo acrescentou no versículo seguinte: "mas nem todos obedeceram ao Evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação?" O apóstolo acabava de salientar a importância do missionário sair a compartilhar o Evangelho. Mas ao mesmo tempo, Paulo lutava com o fato embaraçoso da grande maioria dos judeus não terem acreditado na pregação nem de Cristo nem dos apóstolos, apesar deles terem ouvido o Evangelho muitas vezes. Se Paulo tivesse confiado nas credenciais que tÍ1hlJ.a,primeiro corno judeu zeloso, e após corno missionário que fundou igrejas desde a Galácia até talvez a Espanha, a incredulidade do seu povo teria abalado sua fé. Em lugar disso, porém, Paulo celebrou a sabedoria de Deus, porque ele, se lembrando do fato da missão ser de Deus, estava confiando só na obra de Deus. B!Jn.ko\vske, Hlvlission \Vork: The Luthenu1\Vay", em i1fissfa A.postolica. Pro~ Lutherar; Societ:;.rjor lviissiolGgy~ Vai. 3~no. 2 1995\ D. 66. TIota de fcxb.Dé: ~~Incünversation \vith thousands of Lulherans, sev·eral regp0~SeS to the question ;;;\(·/hosemission i5 itT' are typicaL For exarrlple. iu {te ;Introduction te Ivíissionsi class (mostlv first vear sen1Ínaf\!~ students) , at least 90~/Ó of students . on lh.e f1r5t day of class "\-viUsay that "" '" lhe nlission belongs (in arder oi preference) to: 1) The church, and 2) tl1e individual Christian, Furli'1er questioning reveals what the students often mean. by "church" ... an organized corporate entity ... a denomination or district." - 33 - É bom lembrarmos que o melhor missionário de todos, Jesus Cristo, também conheceu de perto a incredulidade humana. De fato, poucos dias antes de alimentar os cinco mil, Jesus tinha visitado Nazaré, onde todos O conheciam. No entanto, apesar das Suas pregações e milagres, Ele lá fracassou, e lemos no evangelho de Marcos 6.6 que Jesus "admirou-se da incredulidade deles". Jesus, como Filho de Deus, raramente ficava admirado ou assombrado perante algum fenômeno ou acontecimento. Ele é Deus, e tudo foi feito "por intermédio dEle"(João 1.3). Nada podia ser surpreendente ou inesperado para Ele. Mas a incredulidade é tão inexplicável que até Jesus assombrou-se. Contudo, visto que estava confiando em Seu Pai cele::;tial, nosso Sel1hor não abandono;l a S'ua rnissão apesar daqllcla experiência desagradável, e sim continllou com a mesma estratégia missiorlária de chegara todas as cidades e- aldeias de Galiléia, Como escreveu o evange~ Nlarcos (6,6), logo depois daquele fracasso Jesus seguia percorrendo ~('asaldeias circunvizilli~aS'i a ensinar". Na V enezuela) o pano de fundo católic.o da cultu.ra taÍ1/ez contribua para forInar u-=.maInentalidade religiosa no pO'~lO que pressupõe salvaçã.o por obras, De lh'na maneira serrlelhante, o ensino dos fariseus e a atit-ude orglllhosa que eles tinham porque acreditavam que estavam clh'TIprindo perfeitamente a lei de Moisés criavam, entre a gente que escutava as palavras de Jesus na sinagoga de Cafarnaum" essa mesma impressão das obras humanas serem muito importantes para a salvação. As igrejas evangélicas e os pentecostais na Venezue1a às vezes também fomentam essa mentalidade, ao ensinarem que para ser cristão é preciso antes de tudo não fumar, não beber, não dançar, Reduzem a vida cristã a runa série de proibiçÔes. E por elas terem o conceito da igreja estar integrada por pessoas qrle já são perfeitas, nem sempre aplicam Lei e E.van.gelho da rnaneira mais con'\/eniente. Em tal ambiente~ fi igreja luterana pode ore=· recer lill1â. boa altemati\nl para aqueles "/enezuelanos que estão procurando ili"TIacongregação cristã: lliua proclanlação 111ais clara da graça de De11s, e un1a conluA~idade e\::lí~siástica c:rlde as lrl11ãs e os lrrnãos se relaCIonam não aperlas segun.do a mas acirna de tudo segundo o Evangelho:; e tentam ter aquela atitude que Paulo descreveu em Efésios 4.32: "Sede Dns paTa com outros benignos, c01upasslvos, perdoando-vos uns aos outms, como também Deus, em Cristo, vos perdoou". Assim, a igreja luterana pode orerecer alivio àqueles venezuelanos que se sentiam sobrecan-egados porque imaginavam que ti.'1han:. Deus. No entanto, existe ~t-. ~ riam na igreja luterana Si: ;-.: ~:. _= , M T aiS . 1uteranos s;::-::c= ::--=~ promem. pesar este problema na i;c-= . .: Cristo tenha recebido os :;;::':·>:5 > tutas, leprosos, gentios - ::'-:._:. -c murmurações das pessoas :: _ admoestando-as com as entre vós". O escritor inglês ü: se, .__. roman.ce cujo nome é Grecz: ':'_'.:.-::_~ do livro, que se chama Fir, Um homem que tiru.1a se em-:.~_-:_c, ele seria o herdeiro de sua :.. ~ __ ::moça de uma família muito pr-:s'_::-:porém. Quando o homem rl<'>: cou os seus bens, e depois a IT/::: i. A audiência de Jesus na 5:":-.3: des expectativas. Alguns acrec.i:2-·~ pre comida e outros bens maTe:-::.:s um movimento guerrilheiro esc-:· des, e seus aliados. Outros ta1-;;:: :: culares de Jesus para obter 3-.;__._.__, porém, não satisfez tais expe,::.:.::Deus ou o próximo, mas alise:::.:.:O Senhor disse-lhes com dare::.:.. ::.a ... porque comestes dos pães t _. '- .: perece ..." A murmuração que .... _ . __~ do povo de Deus depois dçl-: ~.:- :i go Testamento também fc-rã=:-. :: '- _i-:i israelitas tinham se queixad:: ;-: :---:.2 e porque as águas eram am:.:r;:: c''::, ção do Seu povo: mandou c l?--=-=- -; continuaram e se tonlaram :. ::': :::..:r - 34- -= _.: Jesus Cristo, :)oucos dias ~r,de todos O _;-=-~o, Ele lá fra.'-.:.mirou-se da --~ -~:::\a admira-= ~ - ~ Ele é Deus, _::. :~r smpreen~='~~~:licávelqlle ~m Seu Pai imaginavam que tinham que fazer alguma coisa para ganhar o favor de Deus. No entanto, existe o perigo contrário. Talvez os venezuelanos entrariam na igreja luterana só porque ela permite o que outras denominações proíbem. Tais luteranos seriam preguiçosos e carnais. Já Lutero notou com pesar este problema na igreja luterana de sua época. Mas, embora Jesus Cristo tenha recebido os pecadores mais desprezados - publicanos, prostitutas, leprosos, gentios - nunca tolerou o pecado. Por isso, ao ouvir as murmurações das pessoas na sinagoga, Jesus demmciou o pecado delas, admoestando-as com as palavras que lemos em João 6A3: "Não murraureis entre vós". -:::::-:.-~:rrarla de por -_~je orgu. nc:1o Derfei- -:,làyras de . c f:'1manas =.zes tam- -_.:: e nreCl_:ia. cristã a .ir l.,"1tegra- --'-'::ngelho COlno ofe_~s porque o escritor inglês do século passado, Charles Dickens, escreveu um • ,-, r< • (r< • l!.,xpecratzvas. ~ " ) O' nerOl " romance cUJo nome e, L'rreat!!'xpectatlOns \.vranaes do livro, que se chama Pip, tinha grandes expectativas quanto ao seu porvir. Um homem que tinha se enriquecido na Austrália prometera para Pip que ele seria o herdeiro de sua fortuna. Pip também estava namorando uma moça de uma família muito prestigiosa. Estas expectativas não deram certo, porém. Quando o homem rico voltou da Austrália, o governo inglês confiscou os seus bens, e depois a moça decidiu casar com outro rapaz. A audiência de Jesus na sinagoga de Cafamaum também tinha grandes expectativas. Alguns acreditavam que Jesus iria lhes prover para sempre comida e outros bens materiais. Outros queriam que Jesus encabeçasse um movimento guerrilheiro estilo Ché Guevara contra os romanos, Herodes, e seus aliados. Outros talvez queriam aproveitar os milagres espectaculares de Jesus para obter algum lucro (João 6.30; Mateus 16.1). Jesus, porém, não satisfez tais expectativas, pois a motivação delas não era amar Deus ou o próximo, mas alimentar o materialismo, a violência e a vaidade. O Senhor disse-lhes com clareza, nos versículos 26 e 27: "vós me procurais ... porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece ..." A murmuração que houve na sinagoga traz à memória a murmuração do povo de Deus depois dele sair do Egito. Aquelas murmurações no Antigo Testamento também foram causadas pela comida e pela bebida, pois os israelitas tinham se queixado porque não havia nada para comer no deserto e porque as águas eram amargas. No começo Deus simpatizou com a situação do Seu povo: mandou o maná e adoçou as águas. Mas as murmurações continuaram e se tomaram a postura típica daquela gente perante qualquer - 35 - circunstância da vida. Não adiantava que o Senhor satisfizesse cada desejo que eles tinham; nunca ficavam contentes. Por isso, essas queixas estragavam a obra de Deus ao minarem a fé dos outros israelitas. Afinal, todo mundo se esquecia dos atos maravilhosos que Deus fizera para resgatar o Seu povo da escravidão no Egito. Durante a vida de Jesus, também, as pessoas que tinham o costume de murmurar jamais estavam satisfeitas. O Senhor acabava de alimentar os cinco mil homens com cinco pães e dois peixinhos. Antes disso tir1.hafeito muitos outros sinais milagrosos. Não obstante, a multidão perguntou para Ele: "Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em Ti? Quais são os Teus feitos?" (João 6.30), como se nunca tivesse feito nenhum milagre. Depois, quando Jesus declarou, "Eu sou o pão que desceu do céu" (v. 41), eles fingiram escandalizar-se e repetiram a objeção que havia surgido em Nazaré: Jesus não podia ser o Cristo, porquanto Ele era filho dum casal humilde. Mas é provável que aquelas pessoas sabiam que Jesus dissera já antes que Ele veio do céu. Por exemplo, Ele havia dito para Nicodemos: "Ninguém subiu ao céu, senão Aquele que de lá desceu, a saber, o Filho de Deus" (João 3.13). E para Natanael e Filipe havia dito: "vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem" (João 1.51). Contudo, aqueles mu.rmuradores quiseram julgar Aquele por intermédio do Qual foram feltas todas as coisas, Aquele que vai voltar para julgar os vivos e os mortos. Nós também às vezes não estamos satisfeitos com as nossas circunstâncias na vida e facilmente criticamos o governo, um indivíduo ramoso, um colega, um parente, até Deus. A crítica pode ser Útil e construtiva, mas é espiritualmente perigosa se não ficarmos cônscios das nossas próprias fraquezas. Por isso escreveu Tiago em sua epístola (4.12): "Um só é Legislador e Juiz, Aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?" Paulo também advertiu que uma postura de crítica pode minar nossa fé: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" (lCoríntios 10.12). O Salvador nos indica um caminho melhor para manter a estabilidade espiritual, a saber, depender continuamente do Pai onipotente e orar, nas palavras do Pai-Nosso, "seja feita a Tua vontade". Tal foi sempre a atitude de Jesus. Como Ele disse em João 6.38: "Eu desci do céu, não para fazer a min..haprópria vontade, e sim a vontade dAquele que Me enviou". Cristo é Deus; nós, pelo contrário, apenas somos seres humanos. Tanto mais deve- 36 - mos seguir o exemplo de Sua nU! Pedro: "Humilhai-vos, pt.lrtanti),s.j em tempo oportuno, vos exalte" li Na primeira das NovenI.ii e afirmou que na vida cristã cy;-ye ;"0"j de, chegamos à fortaleza cr,-",-ü Si} reconhecemos a nossa reali(i",,~~ pois, como escreveu Pedra, çi-;..1.Q~resiste aos soberbos, contudo Eles :os:: ll. Jesus fortalece a nossa fé ensm e alimentando-nos através dos S~ Outra estratégia que Jesus -3' goga de Cafarnaum em direçãc::. ..:: para elas primeiro a PalaHa de que Jesus instituiria um ano de~<~ constantes na fé só se buscamos ~:I Deus. No versículo 45 de nossc :eIsaías (54.13), dizendo: "Está e~7',:; por Deus. Portanto, todo aquele q~ do, esse vem a Mim." Nesse mo:::;};; melhante àquele episódio que re.alin zaré, quando Jesus leu um trech-o .iá; cumpriu a Escritura que acabais de c próprio Deus, ensinando perante ~ ". professor tão extraordinário! TJTI"?:-;;: como Machado de Assis, Cenanees literatura, ou um cientista famos.: ç.C~ ou um artista ou diretor COnheCi:::: representar um papel no teatro ()';::a Novo Testamento refletiriam mar3. ..-:1 Deus encarnado. Lembremos. vcr e: breus: "Havendo Deus, outrora. fal~ aos pais, pelos profetas, nestes Ul t:::;}0 cada desejo :-=~sse :;.lcixas estragaAfinal, todo . c . -;.s _,. ~ ;'3.ra resgatar o o costume " : de aUmentar os ~ -:-~ '-iam - o ',.:'.i 550 tin..ha feito -", perguntou para T i~ Quais são os '.:::'.c'1um milagre. ~c' céu" (v. 41), surgido em ::1:'10 dum casal "I e • ~ __:.:sus Glssera Ja - ;.~.:.~<icodemos: :--e~. O Filho de :: eis o céu aberto __ h,::rmem" (João '::'..le1e <Dor inter',11 voltar para nossas crr__ 2.:li-dduo famo-~- __::1 e construtiva, .lS : ::~,snossas própri- ..:.12): "Um só é - c - ~ quem uma postura de em pé, veja que _c ~ ':u, porém, =_~ c "'::- -:. - .'..c,ter a estabilida- - -::ente e orar, nas sempre a atitude _~_, :1ão para fazer a ~ erylou". Cristo é 3.,,:0 mais deve- mos seguir o exemplo de Sua humildade, levando a sério o conselho de Pedro: "Hnmi1hai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte" (IPedro 5.6) . Na primeira das Noventa e Cinco Teses de Lutero, o reformador afinnou que na vida cristã deve haver um arrependimento diário. Na verdade, chegamos à fortaleza cristã só pelo caminho da humilhação; só assim reconhecemos a nossa realidade; só assim pode Deus atuar em nossa vida, pois, como escreveu Pedro, citando as palavras de Provérbios 3.34: "Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça." ll. Jesus fortalece a nossa fé ensinando-nos através da Palana e alimentando-nos através dos Sacramentos Outra estratégia que Jesus usou para encaminhar as pessoas na sinagoga de Cafarnaum em direção a uma fé verdadeira e durável foi focalizar para elas primeiro a Palavra de Deus e, após, o sacramento da Santa Ceia que Jesus instituiria um ano depois. O Senhor sabia que podemos ficar constantes na fé só se buscamos sempre estes meios para receber a graça de Deus. No versículo 45 de nosso texto, Jesus citou um trecho do profeta Isaías (54.13), dizendo: "Está escrito nos profetas: e serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a Mim." Nesse momento estava acontecendo uma coisa semelhante àquele episódio que realizou-se um ano atrás na sinagoga de Nazaré, quando Jesus leu um trecho de Isaías 61 e após anunciou: "Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir" (Lucas 4.21). Ali estava Jesus, o próprio Deus, ensinando perante a congregação. Que privilégio foi ter um professor tão extraordinário! Imaginem se vocês tivessem um autor famoso como Machado de Assis, Cervantes ou Shakespeare para dar-lhes aulas de literatura, ou um cientista famoso como Einstein para dar aulas de ciências, ou um artista ou diretor conhecido de Hollywood ensinando-lhes como representar um papel no teatro ou no cinema. Mais tarde, os escritores do Novo Testamento refletiriam maravilhados que tinham sido ensinados pelo Deus encarnado. Lembremos, por exemplo, o início da epístola aos Hebreus: "Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho." -=- - 37- ----------III!!!!I _ O ensinamento de J ~ s---::~~-~ Jesus tinha várias virtudes como instrutor. Em primeiro lugar, transmitiu. fielmente o ensino do Pai, sem acrescentar, omitir, enfeitar ou alterar nada. Mais tarde, em Jerusalém, durante a Festa dos Tabernáculos, Jesus diria: "O Meu ensino não é Meu, e sim dAquele que Me enviou. Quem fala por sim mesmo está procurando a sua própria glória; mas o que procura a glória de Quem O enviou, Esse é verdadeiro e nEle não há irtiustiça" (João 7.16,18). Quando eu trabalhava treinando futuros pastores e capacitando outras pessoas para que elas se tornassem liderança na igreja luterana venezuelana nas diferentes congregações, um alvo importante era transmitir fielmente a "sã doutrina," como escreveu Paulo em suas cartas a Timóteo metáfora, Jesus estava seg-c-I-':': go Testamento, na qual a P:i.::'--comparada a uma comida acha-se no Saimo 34:8: r-'mesmo fenômeno em (2Timóteo 4.3) e a Tito (1.9; 2.1). Os alunos, entre os quais alguns já estavam desempenhando o ministério pastoral, sempre achavam que cursos sobre temas como "Lei e Evangelho" ou a "Confissão de Augsburgo" tinham muito valor prático perante os desafios do trabalho pastoral e da missão. -vinde às águas; e vós7 os .;~...:.e ... Por que gastais o dirJ:ieiT~ _,- _ que não satisfaz? OU\li-rüe :3.t~=-.~ __ relS corri Ilnos manjares, inCls'::: alma viverá; porque COll'\'CSC- Jesus, então, foi um professor fiel. O ensino dEle concordava perfeitamentecom o testemunhado Antigo Testamento. Como afirmou no Sermão do Monte, Ele não veio revogar ou mudar a Lei de Moisés. Ao mesmo tempo, a Sua mensagem foi nova, pois anunciava a chegada duma nova aliança já profetizada por Jeremias, uma aliança de perdão e vida eterna baseada na Sua própria morte e ressurreição. Já na introdução do seu evangelhó, Joãotin11a escrito: "a lei foi.dada por intermédio de Moisés; a.graça -e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (1.17). De fato, em toda parte d6Seu discurso na sinagoga deCáfamaum, Jesus continuamente realçou que a Palavra é a fonte não só da verdade, mas também da graça. Ditode -outra rhaneira,a Palavra de Deus traz não só informação correta; tamQém traz vida. Como disse Jesus em João 5.24: "Quem ouve a Minha Palavra e crê nAquele que Me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para li-vida. " Jesus concluiu o Seu -sermão na sinagoga de Cafarnai.lmcomuma afmnação semelliante:"Aspalavras que Eu vosteIh1.0 dito são fespúitO'e são vida;' (João 6.63). No ensinodeumcursode~yangelismochattlado "Quero Compartilhar Minha Fé", escrito por outro missionário iuterant> que estátrabaJhando 'na \l enezuela,pude comprovara ver--dade· -das'palavras do Senhor,. As . pessoas vij.o,mut1apqo -quandôqsão visitadas, ouvem o EvaÍ'):gelho eenttmu em c()utat()90m a:f)àlavta de Déus: na verdade passam, da:;inonepara a vida.s'~_ ~, - 38- pIos da vida diária para ilu.s:.:::.: ~~.-d Suas ilustrações nas pará':;::::.., =:::J naum, Jesus aproveítou o ~,,~~.-;; s'-_~ pães para desenvolver as ,-~e o pão que desceu do céu" - _ Ss, ,:: ~. =- o r"" •.••• fiéis 1111Sericórdias p]t'ometid2~ ria é nersonific.ada nl.llli4 suas criadas sairem às ruas :".,~ o d os os que vmJ.J.ame .. tendimento" (9.6). 1. Esta ilustraçao que '.em -balho evangeHstico de "Cristc ~J_~ ~ ~ Brasil e em Olltros países: aIT2. --nÚcro-programas de EH.ilU '-'= os ,problemas da vida diáriEL .:: boa mãe, C01110 tomar boas d~,.:::·:--: ~::_ diante. Qr~alquer venezu.el folheto do mês, qr~eé tl~i1 como o Evangelho - Para Todas Las Naciones·· ~C?~·.:.-=_ :. tos descobrem que Jesus ~ L.=.::' __ vira "pão da vida" p<:>..ra ele~ ?, ê' urna Igreja ou procurado um • :-, = '" bre o perdão, a salvação e a .,] enfrentar problemas concretcs ~ a .•• _-'o ~~: ,--;J --=~~: lugar, trans~- -'eitar ou alterar - ;'71áculos, Jesus ~=-_-:cu. Quem fala - que procura a :nJustiça" (João _ : 2Dacitando ouluterana veneera transmitir :::r:as a Timóteo ___ ô3.lguns já esta:icTi que cursos _-\ugsburgo" ti- >tJral e da mis~=-~::rdavaperfei.:c:.c.-mouno Ser- ôés. Ao mesmo ___ c.~.:da duma nova e \'iJa eterna .:~- do seu eValÍ.. ' I_.;,~ '.~""" a· graça .:: ~. ",ill toda parte ..:::llente· realçou _-'-~aça. Dito de .:-:;",ta; também ~:::;haPalavra e _ c _. _._Di,.,::" ~:n juizo, mas ôinagoga de Eu vostenho 'd"' .. é: - c,-, de t:!vange- - :·urro lnlSSlO- _~=::-rovar a vere - ~1uand6São Deus: ~ ,,"-fade o ensinamento de Jesus era distinto, também, porque usava exemplos da vida diária para ilustrar verdades espirituais. Bem conhecidas são as Suas ilustrações nas parábolas. Em Sua mensagem na sinagoga de Cafarnaum, Jesus aproveitou o interesse provocado pela Sua multiplicação dos pães para desenvolver as Suas observações ao redor da ilustração, "Eu sou o pão que desceu do céu" (v. 41). Segundo um comentfu.-ista, ao usar esta metáfora, Jesus estava seguindo o exemplo da literatura sapiencial do Antigo Testatnento, na qual a Palavra como fonte de sabedoria muitas vezes era comparada a uma comida ou a uma bebida. Um pequeno exemplo disto acha-se no Salmo 34:8: "Provai e vede que o Senhor é bom"_ Vemos o mesmo fenômeno em Isaias 55:1-3: "ft~l;.! rrodos vós, os 'rue tendes sedej vinde às águas; e vós., os que nao tendes dinheiro, vL:.'J.de, comprai e comei Por que gastais o dinheiro l1aquil0 que não é pão, e o vosso suor, naquilo qu.e rlã.o satisfaz? {)rlvi-rn.e atentame:nte, corneí o qtte é bOL=""1 e '/08 deleitareis com :finos manjares. L.icli:.""1a1 os ouvidos e vinde a Iv1im; ou·~/ie a vossa aLllla viverá; porque convosco farei ili-na aliança perpétua, qlle COIlsiste :n.as fiéis rnisencórdias pronletidas a Davi"'. No livro dos Provérbios, a sabedo= ria é personificada 11Ulrta 111.ulb.er qlle prepara U111 bal1quete e peGe para as suas criadas sarrem às nlas para co:nvidar todc: li"'1undo a vir ao baJJ_quete. , Todos os que vinham e comiam aprendiam a andar "pelo carr.Jnho do entendimento" (9.6). Esta ilustração que vem do livro dos Provérbios lembra-rne do trabalho eva11gelístico de "Cristo Para Todas Lias Nacio:nes';: na Venez-uela, no Brasil e eln outros países; através dos meios cOlilUlricação de :raassas. Os micro=programas de rádio dessa organização relacionam o Evangelho com os probler.üas da vida diária, por exernplo;; como se:r UITi bOJTI pai ou uma boa tilãe, corno toma:f boas decisões, (: alc{)olismo~ as drügas~ e aSSlril por diante. Qualquer venezu.elaIlo:, ao escutar a mensagem, pode ligar e pedir '-.-folheto do mês, que é um livreto de vinte • COlTIO o EvangeH.lo ;' 11 -. qu.e eSta passaD.ClOpor essa u • •• - -. G1IICU1= Uln escritório de "Cristo dade. f\ pessoa também pode tele:toTlar ou Para ~rodas Las l~aciones" para receber conselh.o e orientação , .. A..ssim mui= tos descobrem qlle nas lutas diárias, e a Palavra de Deus - Jesus é lJma ajuda - . vira "pão da vida" para eles. Pessoas que talvez n.unca tivessem visitado uma igreja ou procurado um conselheiro cristão escutam a boa notícia sobre o perdão, a salvação e a vida eterna. Também encontram sabedoria para enfrentar problemas concretos. - 39- Dizem que a Venezuela é" após o Uníguai, o país latino-americano menos receptivo ao Evangelho. Houve muito materialismo porque antes a ll1dústria do petróleo produzia riqueza e exigÜi pOllCO t1'aba1110. Alérn disso~ e'xistem, como aqui no Brasil; forças espiritllais C(JffiO fi te:itiçaria e {) espiritislTIO, que têm d0l11inio sobre 111111tas pessoas e afastam=nas do Deus (~)desafio1 é apresentar o E-vangelho com criatividade, conjO Jesus ern C:afarnaum~ e confiar n.o poder l:la Palavra de })etlS, a promessa que lemos e~rúIsnias 55.11: "~t\ Pa.lavra que sair da rvlinha boca :nã,Qvoltará para 1\1im \lazia~ mas fará o que lvle apraz e prosperará ~nacp,:Ülopara que a designei." consideramos de que man.elra o pão da vida é a Palâ'vra de Deus. Palavra que Jesus el1SbJOll e qlle 11ÓS talnbém ensinamos pode ser ch_arria ... da "pão da vida" porque traz vida e sabedoria. Mas em nosso texto o Senhor deu ao pão da vida um segundo sigr1ificado quando afirmou, no versí~ cuIo 51, "o pão que Eu darei pela vida do mlL'ldo é a WiL'1ha carne." Anteriormente, em João 6.33, Jesus tinha expressado uma idéia parecida: "o pão de Deus é O que desce do céu e dá vida ao mundo." Nestes versÍculos, a imagem "pão de Deus" comlL.'1i.caa idéia do Deus feito carne e apÓs sacrificado na cruz como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1.29). Assim como a nutrição que tem o trigo, milho, ou mandioca se toma acessi'v'el para nÓs no pão~ assin1 tambénl Çftoda a plenitude da divindade" (Colossenses 2.9) se tornou acessível e Útil pél..ranós graças à encamação de DetlS enl Jesus C~risto.Assim como pão, quando o cotnemos,: é ~Çsacrificado" para qu.e ílÓS tenhamos vida, assinl tarnbénl a mort~ de Jesus trollxe vida para toda a humanidade, Durante a Sua p3ixão~ Ele explanaria esta verdade usando outra ilustração: "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele sÓ; mas, se morrer, produz muito fruto" (João 12.24). Estas verdades cristológicas da encarnação e da expiação são muito profundas, pois através delas compreendemos melhor o amor inefável de Deus por todos nós e os grandes esforços que Deus fez para nos resgatar do domínio do pecado, da morte e do Satanás. Vale a pena refletir sobre este significado do "pão da vida", e a Santa Ceia é um bom momento para tal meditação. De fato, ao pru:ticipannos deste sacramento sentirüos de uma maneira muito pessoal que Jesus tem cuidado de nós como indivíduos e como Corpo de Cristo; ao recebermos o perdão dos pecados, vida e salvação em associação com o verdadeiro corpo e sangue do Senhor, entendemos que Deus em Cristo não poupou nada, mas entregou-se totalmente para Já l\ - 40 - nós vivermos; ao conílarmc" =-=.~ to, somos encorajados a se~2 ':::"-3 espirituais, assim como um E l:'::5 ~:-S e quarenta noites após ter c:::c-.:: - ~ 19.6-8). :-.c-::: IIl. Jesus estabiliza a nossa fé n.:" e uma visão para o futuro d A terceira estratégia qUç _'::,_ ~ piritual da Sua audiência na si;::;_ ampla do porvir glorioso que :t= . _ como Salvador e Senhor. Repe:: :'-=--.é~ ressurreição. Por exemplo, no \t~ 0_: último dia." Um comentarista dç ;_- os à ressurreição e ao último dia D.z.c estava desenvolvendo. Para a.s modo de falar também era ~ . - tinha ressuscitado, e alguns juc.e"..-' que havia vida após a morte. alguém; falaríamos, provavelr;::c_',:: de falar sobre a ressurreição de: - . c é logicamente o último assumo~ _ Talvez poderíamos aclarJT de uma demonst.raçã,o de comas, ..: dos Ur..idos falam sobre "the onde podemos ver rapidamenTe vezes, os norte-americanos sã.~ L--:-.a respeito de um jogo de basque:::nOres - quantos pontos fez _ itom Une," ou seja, o resultado Em Suas palavras na si:: -;:.::~ as etapas intermediárias da \"l~.:: ~:-:isso disse, no versículo 49; ..'.<"" - : __ reram." A morte é o resulta:: :"ressurreição e a vida eterna sii~ _ _ Jesus, o pão da vida. Eis um e,,"'-: Cc .. r~c!-an1.erlCanO nós vivermos; ao confiarmos nas promessas que Jesus faz neste sacramento, somos encorajados a seguir adiante constantes nas nossas peregrinações espirituais, assim como um Elias desanimado pôde caminhar quarenta dias e quarenta noites após ter comido um pão cozido que Deus lhe deu (lReis 19.6-8). 'Tuue 3Jltes a Além eo ,'~S do Deus - de lU. Jesus estabiliza a nossa fé nos dando um propósito na vida e uma visão para o futuro :::..~.texto o Se_c :-~1UU, no linha .0 versí- Cfu-ne." parecida: ~<estes ver sifeito ca..rne e _:,_,pecado do _ rnilho7 ou ....DlvillL~ ~ a. nara nos r. V Sua paixão, de trigo, Tüuito frllto~' e-':piação são -- :' a.mor inefá:.:-: tez para nos pena refletir -".:: ':c ---.':corri momento de 111di'v.iduos __~_ .::_\~ida e salva-~_.r_bGr~ el1tende- - ~ ~,~::i:.:lm,cnte para A terceira estratégia que Jesus usou para fomentar a estabilidade espiritual da Sua audiência na sinagoga de Cafarnaum foi dar-lhes uma visão ampla do porvir glorioso que tem todo aquele que confia em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Repetidamente Ele falou sobre a vida eterna e a ressurreição. Por exemplo, no versículo 44, disse: "Eu o ressuscitarei no último dia." Um comentarista de nosso texto observou que estas referências à ressurreição e ao último dia não parecem se enquadrar no tema que Jesus estava desenvolvendo. Para as pessoas na sinagoga de Cafarnaum, este modo de falar também era insólito. Lembremo-nos de que Jesus ainda não tinha ressuscitado, e alguns judeus, como os saduceus, nem acreditavam que havia vida após a morte. Imaginemos que nós estamos evangelizando alguém; falaríamos, provavelmente, sobre muitos temas da fé cristã a..lltes de falar sobre a ressuITeição do corpo. De fato, na dogmática a escatologia é logicamente o último assunto discutido. Talvez poderíamos aclarar as palavras de Jesus usando a linguagem de uma demonstração de contas, a linguagem da contabilidade. Nos Estados Unidos falam sobre "the bottom Une", a última linha de demonstração, onde podemos ver rapidamente se o negócio teve lucro ou teve perda. Às vezes, os norte-americanos são ÍTúpacientes e práticos. Se recebem noticias a respeito de um jogo de basquetebol, talvez não desejarão saber os pormenores - quantos pontos fez Michael Jordan - só iJão querer saber o "bottom line," ou seja, o resultado filial: Chicago 111, Seattle 104. Em Suas palavras na sinagoga de Cafamaum, Jesus também omitiu as etapas intermediárias da vida cristã para focalizar o resultado final. Por isso disse, no versículo 49, "vossos pais comeram o maná no deserto e 111orreram." A morte é o resultado final se procuramos só o pão material. A ressurreição e a vida eterna são o resultado final quando nós procurarmos Jesus, o pão da vida. Eis um ensino que nos dá firmeza perante as vicissitu- 41 - des da vida: Jesus, "que começou a boa obra" em nós, "há de completá-Ia até ao dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1.6). Às vezes, o ministério social duma igreja apenas fornece comida, assistência médica, educação e assim por diante. A igreja luterana na Venezuela lidou com este perigo, pois antes uma escola de primeiro e segundo graus não tinha um bom programa de educação cristã, e uma clínica que oferecia serviços médicos mais baratos não. coordenava os seus esforços com as estratégias evangelísticas da congregação na qual estava situada. Este estilo errôneo de ministério foi comparado com uma anedota que escutei uma vez sobre Martinho de Tours, um cristão da Idade Média. Martinho viu um dia como um cristão a cavalo deu uma moeda a um mendigo, mas não falou com ele. Melhor tivesse sido dar-lhe a moeda e também compartilhar o Evangelho com o mendigo. Jesus mesmo nos dá o melhor exemplo. Após ter alimentado os cinco mil, ensinou-os; tentou dar-lhes uma nova visão e um novo propósito na vida. Tínha usado a mesma estratégia com Nicodemos e com a mulher samaritana. Os judeus em Cafarnaum criam que já conheciam as maravilhas mais espetaculares que Jesus podia fazer, como quando os israelitas comeram maná no deserto (João 6.31). A mulher samaritana também achava que a fonte de Jacó era o máximo que Deus iria fazer. Jesus, porém, queria que estas pessoas entendessem que viriam revelações muito mais significantes da glória de Deus. Mais importante que a alimentação dos cinco mil seriam a Santa Ceia, a morte e ressurreição de Cristo, a vinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes, e o crescimento da igreja desde Jerusalém até Roma e até os confins da terra (Atos 1.8). Após, na Festa dos Tabernáculos, Jesus declararia: "Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva" (João 7.37-38). Com tais palavras, Jesus quis que a Sua audiência já tivesse uma idéia da futura missão que nós agora estamos fazendo sob a direção do Espírito Santo. Sem dúvida, Jesus mesmo obteve força para continuar e fazer a última e desagradável viagem a Jerusalém porque não se esqueceu do resultado fmal, do "battom line" da ressurreição e da vida eterna. Como lemos em Hebreus 12.2, "Jesus, em troca da alegria que Lhe estava pn)]J()st:1, snportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus." Este mesmo versículo nos assegura que Jesus é "o Autor e - 42 - Consumador da fé". Jesus Sç~""::~= nistérios e na missão de Deus = Conclusão Então, louvemos nosse I':::-2 da vida que fomentam a fé e :.':~:....-~ lógica de Efésios 3.20-2 L 'l_e -"., "Ora, Aquele que é poderos: :::ê_".:. quanto pedimos ou pensames,: _~.Ele seja a glória, na igreja e ==todo sempre. AJ.'l1ém!" S,D,G . ~ ~c'mpletá-la . ~ (mnida, as:~::-.3.na Vene: .~: e segundo .:-'..'. (inllCa que c :;'.15 esforços : ,:a':a situada. . _~,::.:L)taque es: ",[édia. Marti- 21 mendigo, ~::J. e também Consumador da fé", Jesus sempre nos fortalecerá nos nossos estudos e ministérios e na missão de Deus . Conclusão Então, louvemos nosso Deus e Senhor porque Ele nos dá as palavras da vida que fomentam a fé e a firmeza. E concluamos com a oração doxológica de Efésios 3.20-21, que nos lembra do poder de Deus na Illissã.o: "Ora, Aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para '11ém!" S.D.G. todo sempre. i\.. '"do os cinco ;~';opósito na .:m a mulher ,:'1i as maraVl::: os israelitas :: :.:...ubémachai esus, porém, mais ~:' mUllO ::',::mação dos do :, desde lem: ::a Festa dos . .'.\Em e beba. -- -_~irào rios de . é Sua audiên: C::::i10S fazendo <. a vinda ,ê. ,.- ç fazer a últi""0 lemos em supor- A destra do ~ "o Autor e - 43 - TRIENALA HINOS DO HINÁRIO LUTERANO RELACIONADOS COM A SÉRIE TRIENAL TRIl ç :.; --------- - ---- Raul Blum No final da década de 80, foram publicados nesta revista três listagens de hinos. Cada listagem estava relacionada com um ano da série trienal. Este foi um trabalho de três classes de alunos da Escola Superior de Teologia como requisito para as aulas de Litúrgica. Estamos reeditando estas listagens, juntando toda a Série Trienal, agora revisadas por uma nova turma da Escola Superior de Teologia. Esta listagem de hinos tem duas [malidades: 1. Auxiliar o pastor ou dirigente de cultos e estudos bíblicos a encontrar, com rapidez e facilidade, hinos adequados para o dia do ano litúr- ---- -- ,- --, - . IL~.. '----:: ! Is '.'::-'. ~: Quart( ;::'-"' ~ glcO; 2. Abranger o Hinário Luterano o quanto mais possível. Esperamos poder ajudar a reduzir o tempo de procura de hinos adequados para cada dia do ano litúrgico. É claro que, de acordo com o enfoque da mensagem do dia, algumas sugestões de hinos tenham que ser alteradas. Outra dificuldade que poderá ocorrer é que alguns hinos listados não sejam do conhecimento da congregação. Neste caso, a nossa sugestão é que se aproveite o momento para ensaiar com a congregação um hino "novo" que ela ainda não conhece. Nosso hinário tem uma grande abrangência de assuntos bíblicos. Quanto mais o utilizarmos no seu todo mais verdades bíblicas serão firmadas na mente dos nossos congregados. Diz-se que um bom hinário é um bom livro de doutrina. Nós temos um bom hinário e, conseqüentemente, um bom livro de doutrina. Façamos amplo e bom uso dele. Na listagem que segue, o hino é indicado pelo número que se encontra entre colchetes. Por exemplo, a indicação [303] remete ao hino 303. Si 96 1s9:- - - h~,.·.- "T"<- ~. c' ., • :.., ILc:: : .: Natividade de ''; c' 5: S12 ~ Is 52.7-10 [II Hb 11-9 Jo l.I-14 ISi :' 115)~ -: ". .:> . _ ----~~- IHt:-~ Lm. [35J )ol.'-.C Nathidade de '\::5õ !S19~ ~.--IIs 62 :" Tr'':'" - ,_ 'C- S11I1 Is 63.7-9 [16 G144~ Mt213-I5,19-23 [136 Salmo 147.12-20 . Is 61.IO::§D_ll~L Ef13-6,15-18 [8L Jo 1.1-18 [491 8172 Is60~@ __ Ef 3.l-12.lli'lL Mt2.1-12 [69J - 44- de ~(,,< ~ Natividade .__ 1,1' " - . I~' " . '- i:s:' __ ~~-; I.To : _ .:: -~- ____ ~S' -__:~s-::.- _ - j tJ3.2-12, [11] [64] ----Is1562.10-12 52.7-10 -._[221 Sl2 S198 S12 Le Is J22-6 126 1.46b-55 Is 45.22-25 Is 61.10-62.3 ~ S196 Jr S1111 8125.1-9 SI 96 81147.12-20 147.12-20 TRIENALA 2.25-40 Fv Sf3.14-18 ITs 4.4-7 5.16-24 íl31 [2221 [2851 ~,.',' SI19 Natividade 72 de (8-9' Nosso Senhor -i,'-Dia 2361 431 3931 491 Hb 2.10-18 CI312-17 1562.10-12 Li 9 . - .... Rrn 1625-27f9Y/< Hb 1.1-9 [481 Tt 3.4-7 '371 33.14-16 [12] /ou Mq 5.2-4 [61 -'rn .. 44] L/ li'111-10 Tt2.11-14 431 .Le Me Is ls 2Pe3.8-14 Lc3.1-6 MI3.1-4 40.1-11 9.2-7 1.1-8 [241 [231 [li] íl4 [8 111 535] 1552.7-10 [121 21.25-36 13.33-37 441]ou [384] 19.28-40f51 Le21-20 2.1-20 [26 [5571 Fp ICo 13-11 13-9[51 [375] IMt21-12 [63] Ef 13-6,15-18 1.6-8, 19-28 '-1/l 2.41-52 Mt 3.7-J8 21-12 f380] [69] (;..l. .)';c [371] TRIENALC TRIENALB 61.1-3, 10-Jl [324] ]01.1-18 ITs 1.1-18 139-45 3.9-13 [421 (46-55) 391] [71 Jo 11-14 1.1-14-f35r [351 ,.[42] Hb 10.5-10 3731 .,; Tt Le 211-14llllL 21-20[261 [5591 -_______ 1.26-38 [548] Is63.16b-17;641-8 [3] is 60"1-6[651 Hbl1-~ -~-_._-----, -IS! .31.10"12 151 7.(1-7) 8-lIL~6 [341L ___ de Natal 2Sm . 601-6l§2L IEf31-12 [275] Ef I. 3-6, 15-181~7-ªL ______ 5-17) I5.4-13[101[304] --Ef3.2-12 [2721 351-10 [3921 62.10-12 [91 Mt Tg57-1O[81 11.1-10 112-11 [131 G14.4-7 [376) Is 2.1-5 63.7-9 [303] [16f----1552.7-10 Ts6Q1-6T651 9.2-7 [191 fIO) n I] . Mt24.37-44 [910u211-ll [61 Lc2.1-20 [5541 S150.l-15 S1111 Tt 3.4-7 [1431 Jo 1.1-18 [49] SI 72 Salmo 147.12-20 Sl2 S124 SI 146 611 0-62.3 [194] __Natividade S198 -25 [41 /7::::: 96 Mt 2.13-15, 19-23 [136] Le 2.1-20 (557)-"1 3.1-12 [357] SI721-14 (15-19) Ef13-6, 1~2L 1.1-14735] Primeiro Domineo após oSI Natal Domingo anós onoNatal Terceiro Domingo Advento Segundo Epifania de Nosso do. Senhor Nosso no --_____ Senhor Véspera de Natal Natal Natividade de Nosso Senhor Aurora de ~_9 Rrn 11-7 illL [2] -- Segundo [69] ~Mt2.1-12 13.11-14 [296] Quarto Domingo no Advento Primeiro Domingo Advento Is61.10-62.3 1951 _____ . «;;...,. --..., ____ .M_.~-~ -~ Raul Elum _ :: :, ta três lista:- - ia série trie} Superior de . - .',. s reeditando -: '.'CT uma nova .: "clblicos a en.} do ano litúr- _":::: :ie hinos ade__ ''::,~''com o enfoque ser alte-_:, ~s listados não _-,:=1 sugestão é que "novo" llll hino - _- '::: 3.brangência de :nais verdades ___ =-_1';a. _: Nós temos mina. Façamos - :;-c .-0 ::.: que se enconhino 303. - 45 - o a ós E ifania SI 45.7-9 Is42.1-7 64 At 1034-38 275 SI 45. 7-9 1542.1-7 [288) At 10.34-38 [270] Mt 3.13-17 [158] Lc3.15-17,21-22 [671 8136.5-10 Is 62.1-5 68 1-5 Is 49. 1-6 [270) I Co 1.1-9 [275] Jo 1.29-41 [3011 159.1-4 [I) ouAm 3.1-8 I Co 1.10-17 [353] Mt 4.12-23 [429] Is 611-6 -~- ;~.L. SI ~--;-_ (265) __ SI 142 5119 - -".:. 1542.14-21 [5] Ef5.8-14 [64] Jo 9.1-41 ou 9.13-17, 34-39 [41 Ex lQ -o> lCo' ::.':::--- Quarto Domingo após Epifania i SI il9.J7-24 W36 IJr [338) IICo1.4-10 12.27-13.13 :1811 IDt [203] ,ICo 18.15-20 8.1-13 300 Me 1.21-28 [266) 9uinto Lc 4.21-32 Domingo após Epifani~ S1138 f388 [267] I . 15 58. 5-9a J3.i21 IS1174.1-12 Dó 71-7 [413] lS1136 ils 6.1-8 (9-13) (146] lCo 2.1-5 [270] Mt 5.13-20 [3851 irCo916-23 r3~,_, IMe 1.29-39 [244) fiCo '4.12b-20 [22:i] __ ILc51-11 [477] .. _ Dt 30.15-20 [295] ~.?6-13 [247] --;.--1 IMt 5.20-37 f367 Ef24-1': !ICo 9.24-27 [312] pCo 15.12, 16-20 fS24] 17-26 (538] Quinto Do"";::;" SI 51.lC~ '! ~ : Jr 3131-3~ Hb 5~-S ==l I --.J J I .•.. ;+ ~ !, 95 Segunda-fei,~ SI365-1: Is 42 l-i: l,. Hb9I;-;; SI 36.5-10 15421-9 [301] Hb9.II,15 [83J Jo 12.I-ll f841 'ICo 3.10-11 [306] Mt 5.3818 [395 -,- ! !Sll __ jJr 17.5-8 [309] _SII03.1-i3 -co I 18132 12Rs 51-14 [62] ttYT9.1'T17-1 U385 'o,. __ SI ::- 1-: Nm21-,-:~ Os 515-6.2 [395J Rm 8.1-10 (1331 Mt 20.17-28 [831 . Sexto Domingo após Epifania SI119.1-16 l-'-,. O",.,c- , Quarto D,:.~ SI I Mq 6.1-8 [244] I Co 1.26-3 [288] Mt 5.1-12 [4181 ~'.~ Terceiro D-~~ IICO 12.12-21,26-27 [3001' jLc 414-21 [62] .. " IMc 1.14-20 [316) ..•... Gn 12.1-8 [327] Rm4.l-5, 13-17 [366] Jo 4.5-26 (27-30, 39-42) [393] ifania 81 146 IR:""·''':' I;=: :.~-~ .-~ ..-,-: - . 81105.4-11 ICo 12.1-11 [307] Jo 2.1-11 62 SI27.1-9 '; GilD-9, 15-17; 3.1-7 [44] Rm5.12(l3-16) 17-19 [791 Mt4.1-1I [405] ifania S192. Priméir~ ls; :: 81130 "" JoI21-1. Terça-Feírli ~._' S162 SI 18.1-7, 17-20 1s 49.13- 18 [214 lCo 4.1-13 [301 Mt6.24-34 Sl18 1--. -15491-6 ls 49.1-6 [601"1. I Co 1.18-25 [80] Jo 12.20-36 f2901 ICo II S--.::' '. Jo 122C~3:->1 Quartil-fejr~ :::1 SI 18.21-31 SI182:-é Is 504-9b [93] Rm 5.6-11 [37'1 Mt 26. 14-25 [951 Is SOA-"': SI 116.12-19 SI I i6 I'::·: : Êx :4 :ICo l: c:-. - Mt26;':-:: ':, Quin ti!- Êx 12. 1-14 [109] ICo 11.17-32 ou 11.23-26 Jo 13.1-17,34 [385] , - 46- ~._-- ---,--;":;: ~-~., ..,._- .. -: Rm 5 ê- [258J r Nfc 14 ~:-.::: >fl! j, do _ , ~- , ''?~:SJ Fp'.' ....2.5-11 [92 " Dominl!o na SI 36.5-10 SI4 S192 SI91 126 142 19.7-14 51.10-15 18.1-7 17-20 SI6 92 Mt Jo 12.1-11 ICo 12.20-36 26.14-25 1.18-25 [84] 95]>80 1543.16-21 [1891 Rm 1549.1-6 5.6-11 f3791;~/; f60 18.21-31 SIl!6.12-19 SI1l6.12-19 ' Fp ,290] ...•. -'c'-Jo 'i.. [301] -:~:, 2901 Fp 38-14 [83 [2591 ..•....... JrJo 31.31-34 [,,'.! [2561 28.1-3, 6-9 IS132 Jr 26.8-15 26.5-10 8.31-39 10.1-13 [2041 f4011 [36 3171 Hb9.11-15 Is 42.1-9 0011 [831 "" Le 4.1-13 [5051 Dt 15121-6 32.36-39 f1561 2091 801.'·' \:,) 801 3.17-41 [5231 20.9-19 [3061 13.31-35 [2911 IICo Co 1.18-31 ou 1.18, 22-25 [2501 10.8b-13 3601 .)Quaresma Le 22.7-20 ~ Le 15.1-3,11-32 [362] -1 fi ..f2631 ,~' .. --,C' . Primeiro 31.31-34 [84] Gn22.1-18 Gn28.10-17,18-22 19.7-14 14.1 122-25 [314 [91 [77 [257] [95] Ex 24.3-11 [84] Nm Ef2.4-1O lCo Ze 3.14-21 9.9-10 21.4-19 10.16-17 [371] [12] [92] [87] [271] <+;'5Rm5.1-1I 2.13-22 [341 [98] 12.20-33 [971 Is 2.5-11 50.4-9b Is 50.4-9b Is 49.1-6 [93] [931 [60 "'I..Hbl015-39 Rm SI Mt ..eCo 18.1-7, 26.14-25 5.6-11 17-20 [3791 [95] Me 1.l2-15 [85 -Jo 22.1-23.56 ou 23.1-49 SI27 1-62-26 (7-14) Hb 5.7-9 [94] 12.20-36 8.31-38 [418 ou 419] Ex3.1-8a, 10-15 [2111 13.1-9 (3801:/" ,()c,)[97] Jo 12.1-1 /,ICo ::"'I1.18-25 -';', [84] 1542. If.'.[86] -9 14.1-15, 47 ou 15.1-39 [76lio' Hb9.11-15[83 ,! Ex 12. 1-14 1091 1542.J-9 [3011 1549.1-6 [60 12.20-36 118-25 Gn Is Jo 13.1-17, 2.7-9,15-17; 12.1-8 [327] 34 [5] f3851 3.1-7 [44] 504-9b [93] SI138 SI SI SI 18.21-31 I130 142 054-11 SI92 Mt4.1-11 [4051 SI 36.5-]0 15 Os lCo 515-6.2 8.1-10 11.17-32 [94]-':-' rJ331 395] ou 11.23-26 .'. (258) Rm 8.11-19 [2921 SI 116.1-9 Ez37.1-3 (4-10) 11-14 [1351 SI 116.12-19 Ef5.8-14 [64 Mt 20.17-28 [83] 1-27.66 ou Jo 27.42.14-21 I5.12 l-54 [951 c" ," ..[41 ,- Segunda-Feira Mt26.14-25 [951 .34-39 Rm Rm4.1-5, 9.1-41 (13-16) ou 13-17 9.13-17, 17-19 [3661 [791 111-53 ou 11.47-53 [5261 Hb9.11-15 12.1-11 [84] [831 ..,,' Fp 25-11 [931 .' Quarta-Feira Jo 4.5-26 (27-30, 39-42) [393] 5.6-11 [379] SI 18.]-7, ]7-20 na Semana Santa Quinta-Feira Endoenças Segundo na Semana Dominl!o Santa Quaresma Terceiro Domin2o na Domingo Terça-Feira de Ramos na -de Semana Domingo Santa da Paixão )uarto Domingo Quinto Domin~o na Quaresma >:·2"7 .- [300 :391 354] ~~:~178] 2' [360 - 47 - SI 22.1-24 ls 52.13-53.12 ou Os6.1-6 Hb4.14-16,57-9 364 / -,~~ ~ . IS-I-9-g----======--.S ... S"" [921 -~ - ~--- .. :~ /'_.~; 1,.... _ L'" Ex 14.10-15 ou 14.26-29 [99] Rm 6.3-11 [101] -~-::" Me 16.1-8 [113] ~------_.- IAt 1.(1-7) 8-14 f!25J " , ilPe412-17; 5.6-11 [418J po 17.1-11 (278] SI 118.1-2, 15-24 _ Ar 10.34-43 [114] " .. CI 3.1-4 [105] Jo 20.1-9 (10-18) ou Mt 28.1-10 [108] ,., ~ - -- Il--~ ...,,' < - - lJ )(: ~ i;;~~=-,~:c-ci!'~,' . o IR",,, 11;' I .<1.17 /...l-27 .06.21 :i37-39a' [143] ."~'. -. i:>:~-: - D ..• ! ~.••.'-'~~~ j,,: SI 146 "'SI U.<ouh,·n09Q Dn 12.le-3 ou Jn 2.2-9 [105' lCo 5.6-8 [109] Le 24.13-49 [100] , .. tJ12.28~29 [142] !Ez :: - : --~ 1M 2.1-21 1133] !A' =:.::.:: ~-' 'Jo 165-11 110 - ,- _:Co SI 105.1-7 IS1489-1I iSl At 2.143, 22-32 [114] !Ez 36.22-28 1'135ou 139] IE; jAp 21.1-5 I.A.~"" IPe 1.3-9 Jo 20.19-31 - [282] [122] pvít SI16 At 2. 143, 36-47 [1111 Pe 1.17-21 [282] Le 24.13-35 [106] /} • -- I >. ,-' •..•• ~. [1361 [529 ou 536J i.r" 2816-20 [325 ou 407] . 2J ',!~,ít:S : .. ISI135 S:mtíssima jGn 1.1,2.3 lou Dt 4.32-34,39.40 [395] lU' ir,: : .- IM'Y 16-_70 [1"8' "J J SI23 At 6.1-9; 7.2a, 51.60 [1311 A! 13.15-163, 26-33 [1031 :2;r['i[! Ap 7.9-17 [529] :c', Jo 10.22-30 f2921 1Pe 2. ] 9-25 .J.!22] Jo 10.1-10 [279] I ,.,,-' SI 146 S1110 At 17.1-]5 [456] 1Pe 2.4- 10 [366] Jo 14.1-12 [4701 AI 13.44-52 [355J Ap 21.1-5 [529] Jo 13.31-35 [3881 .0'-' _',-, ISi 4 !D!lllg-21,26=-i8~ ! iRm3.21-25a,27-28 Irvft7 (' "-20\ ') '- ')0 l_I -/ !SI 119.65-72 IOs 515-6 6 [3471 ~. , -'-,i3761 [""'98J L o' 1M! ,Rm4.,8-25 9.9-13 [3191Mc3 [110] I Este culto não está previsto na Série Trienal. Como Salmo, poderá ser usado o mesmo texto do culto de Véspera de Páscoa, Jn 2.2b-9. - 48- 2 '>, !rc~11-8-:--'-----'- ~- c_c;. SI23 ~ Tri~~~~t - h=f L, ~ i2Co 13.11-14[191L~ /f ~~";,H~ .:ó •• se1~:TI.:'~DCC_2' :;;/5'-"-;-: ,12CG':5,~ ' '1\1.- o - c, -: ~ .. : Te~~e:;ü-ij,~ iS12S 1(;,.. c :.' ':--c-;- __ c- j';-:;-:,:-,,I';'--C'~:,-:: ,c',: Este culto não está previsto na Sé:" _~ -=---:-'~,~, SI98 ~~-----At 17.22-31 [104> IPe 3.15-22 [316] Jo 14.15-21 f233' ,, ·S198 - --~-------------_.__ At21-11 [1441 .. ! -;: ~_ ,RmíU4-17,22-27 Jo 7.37-39a [143 [365} SI 143 ou hino 99 IOnl1.1-9 '343 IAt 2.37-47 [247J Jo 15.26-27; 16.6-1! !4~ 1~11 ~u h:no ~9 IJl "-.2,,-L9 ;.1:2j ,At2.1-21 lu3] Jo 16.5-li [1361 . ~'/.? i SI48.9-11 -c: !Ez 36.22-28 [243 ! ~1 ~p LI 15 - [l350n 139]. r5A9 5<6' ---I I L ou ~ j _~ iM! 28.16-20 (325 O a~ós Pentecostes IS183 ISí 135 ~Gnl.l,2.3 lou Di 4.32-34, 39.40 [395] !2Co l3.11-14 [191] !Mt28.!6-20 f158 jipVR22_o.j ••••• :"':'j'j ::92] 'S14 -~~-_. ~ I 18-21,26-28 [395] -Rm 3.2í-25a, 27-28 [376IMt 7.(15-20) 21-29 [298J f : '':,(,1 --. ~; 5 - ~"j [388J _, ,do o mesmo 2 ..J J,m5.1-5.J4071 i '- :6-33 Este culto não está previsto na Série Trienal. - 49 - 1 [1881 1..& ~ ou 4071 i S191 Jr 20.7-13 [4281 Rm 5.12-15 [285] Mt 10.24-33 [3161 SI119.153-160 Jr 28.5-9 [1351 Rm 6.1b-ll [1401 Mt 1034-47 '390J •.. - l 51119.137-144 Ze 9.9-12 [14] f-- Décimo T "reei '" Quarto Dominl!;o após Pentecostes SI92.1-5 (6-11) 12-15 S132 Ez 1722-24 [149 2Sm 11.26-12.10, 13-15 [3451 2Co5.1-10 [521 GI2.11-21 [373)··,;: Me4.26-34 [241 Le 7.36-50 [279] .: Quinto Domingo após Pentecostes SI 107.1-3,23-32 SI 119.41-48 Jó 38.1-11 fI571 Ze 12.7-10 417 2Co 5.14-21 [94 GI3.23-29 366 Me 4.35-41 [365 Le 9.18-24 318 Sexto Domingo após Pentecostes 51121 5116 Lm 3.22-33 [396 - .. lRs 19.14·21 [390J ~Co_8~1-9,13-14 f388];: Me ).21·24a, 35-43 IOU "2"A' ,. [5'S' J. -+0:j4 • 1 J I e ..,1 L. ,~"" - Cl1.1-14 [375] 1§t~09-14 [132] " iLc 10.25-37 [391] ós Pentecostes ;,' : i .. 1=' ~~ .:::. _. :~ ·SI119.105·l!2 .. lliJ515-21 (317) IRm 12.1-8 [472] jIvÍt 16.21-26 [319J ~: - _-.--.:.-----: i\'.c' . j i ~; ~~:~~W5~JD";~?,,< ~ j IS1103.1-13 fG-ri 5015-21 [530] iÉ='1114.5-9 [533L jM! ] 8.21-35 [385] i ILclOI-12,16(17-20)[333]i Si 25.1-10 -- Décimo QU"H': ::,.~ ,• Sétiri!o Domingo após _Pentecostes SI 143.1-2, 5-8 . iSl19 iEz21-5 [150] 11566.10-14 ,. , . _..... [219]" u. lu! O.l-lU, IQ-lO 15~LJ iLCO12.7-19_ (40)j Mc6.1-6 [346] ~. '~I , Gl5.1, ]3-25 1386] I'L 9~' -6~ pQ71 I", \f:.... - ~ _~,~...-.-.-. - - SI 100 Ex 19.2-8a [135J Rm5.6-lJ [378J Mt 9.35-10.8 [338] .---1 r 5'2719 1 - Déd!'~i5éI~r" 115 ~: . .... , D . 2: :::. ~~. ". ir;;> ~ . [\;c< , .. - , -" Déci~~ln' 'Õ~I:C ..... - .•••D: ~ ~Fp55 6·9 (6-i1) [391J 19-27 r3!91 ~~1 1-5 Mt 20.1-16 [3971 F" , ,- _.':- 3:--' ..:- ' jJr iI;;: ; ;~-.- Hb :::. Me ]C:'.: '-:" ésimo Primeir: ::::' SI } 1; - :-: . ~ - .-i.iT'; :- Hb 3 Me :. --SI 96 Is 45.1-7 [160] !Ts 1.l·5a [395] Mt 22.15-21 [387] ~.- '4171 _: ::66] • : o :: 1:3] j!.. ; ! o'o~cE~i~)l[333ro-i ~-•......• , .. - . o·. !i --.==i I ,:C'-14) [4211 "-~l _, ._ )08] ',,"lJ ~.~, r 133 r. 1380 [3961 S-16 [320] [542] - 51 - LITrt CEL-\ PASC~ A presente liturgia ave~e-uma só celebração para o eu}:e::.~ ~.-= a celebração da Ceia PascaL ~2 _::; L em que o povo de Israel, por :c::e- , passou a caminhar, livre, para" :;::-. .: f Testamento foi adaptada para 3.~ C'.::--:: tamento. A outra ordem é a cerÜT.' =-_ ~ acontece ao fmal do culto da Qu;":':.-::, culto da Sexta-Feira da Paixão. () ~=':i' literado (seguido da tradução) e .::==_: timentas, os ingredientes e as re c C'_ :,,-5 guida via editor da Vox ConcortÚ:;':_= 1 pelo rev. Paulo R. Teixeira. pas:c~ :·.1 SP. _SI_1_0_5._1-_7 __ ~ _ Ir 25.30-32 ou 26.1-6 fl95] lTs 1.3-10 ou 3.7-13 [424] Mt 25.31-46 ou 24.1-14 f425 SI 130 ou SI 100 Is 65.17-25 ouEz3411-16,23-24 2Pe 3J-4,TI0a, lou ICo 15.20-28 Mt25.1-13 --- ,. .-.---_ [529] 13 IAp i2 6-13 ou C! {-D-20 [266J [131L. ou 25.31-46 -- [543] Le 12.42-48 ou 23~5-43 I "...como Cordeiro foi levado ao estava sobre Ele .., "(Is 53.7.5\ ! I. Saudação t ~ [540J I Narrador: Sejam todos bem-\Jnd. s ..:' vamos celebrar a antiga Festa da .P..: três mil anos, quando os liberte..: 22 ;:Õ' na verdade, estamos livres da ~ . ~ bramas esta Páscoa, temos em '.iSC2 -" L Aprender a valorizar cada \ez -:::~ Jesus, nosso Cordeiro Pascal; 2. Perceber a transição entre 3. ?lS-~-3 cristã: = :' 3. Aprofu.t1dar nosso conheeimen:: :::: ;4. Ter uma melhor compreen~§ ~ . ~ Testamento. - 52 - LITURGIA CEIA PASCAL CRISTà A presente liturgia apresenta duas ordens litúrgicas adaptadas em uma só celebração para o culto na Quinta-Feira de Endoenças. A primeira é a celebração da Ceia Pascal. Esta cerimônia tem a sua origem na ocasião em que o povo de Israel, por intervenção divina, saiu do cativeiro egípcio e passou a caminhar, livre, para a terra prometida. Esta cerimônia do Antigo Testamento foi adaptada para a celebração cristã nos tempos do Novo Testamento. A outra ordem é a cerimônia do Desguamecimento do Altar que acontece ao fmal do culto da Quinta-Feira de Endoenças em preparo para o culto da Sexta-Feira da Paixão. O texto dos cânticos em hebraico foi trans, :- ::2.1-6 :~071 j [543]::;':. : :3..;-58 [l2~'_,- literado (seguido da tradução) e a melodia dos mesmos (bem como as vestimentas, os ingredientes e as receitas para a celebração) pode ser conseguida via editor da Vox Concordiana. Esta liturgia foi adaptada e elaborada pelo rev. Paulo R. Teixeira, pastor na Congregação Redentor, São Paulo, SP. "...como Cordeiro foi levado ao matadouro ... o castigo que traz a paz estava sobre Ele ... "(Is 53.7,5) I. Saudação Narrador: Sejam todos bem-vindos à Ceia Pascal cristã! Na noite de hoje, vamos celebrar a antiga Festa da Páscoa que Deus deu ao povo de Israel há três mil anos, quando os libertou da escravidão do Egito. Em Cristo Jesus, na verdade, estamos livres da observância dessa Festa. Se, todavia, celebramos esta Páscoa, temos em vista os seguintes objetivos: L Aprender a valorizar cada vez mais a liberdade que temos em Cristo Jesus, nosso Cordeiro Pascal; 2. Perceber a transição entre a Páscoa antiga e a nova Páscoa, a Páscoa cristã: 3. Aprofundar nosso conhecimento do relato da última Ceia; 4. Ter uma melhor compreensão da Santa Ceia e suas raizes no Antigo Testamento. - 53 - Além do mais, para nós, cristãos, a Ceia Pascal é uma cena da paixão de nosso Senhor. É uma dramatização do que aconteceu na noite da QuintaFeira Santa. Que Deus abençoe a participação de todos nesta Ceia. 2. Acendendo Narrador: as Luzes da Festa. Nos lares israelitas, era tarefa da mãe acender as luzes dos can- deeiros, dando vida e alegria ao ambiente da Festa. A luz também lembra a palavra de Deus, que ilumina o mundo. (Todos põe-se de pé; apagam-se as luzes e as mulheres acendem as velas. Canta-se Is 2.3c.) 3. A Bênção da Festa. Narrador: Todos os alimentc5 ;;~~-0_.5 tras refeições) eram abençoad,:õ ;c:~" chefe da casa agradecia a Deus. l:,",-o::,:=" Dirigente: Bendito sejas tu, Sen.h:~ .c.:> todos os povos para teu servlçc e :-.:" ::' através de teus mandamentos. e c=.-. =-c·: para que celebrássemos esta Fes:::;:.: ?2 comemorando a nossa libertaçãco l::-'-, i: dito sejas tu, ó nosso Deus, Rei tentas, e nos permites vivenciar e ;;:ê :- - Cântico: 1s 2.3c (melodia tradicional hebraica) .Hmnêns: Louvamos-te, ó Deus E:~~o. Cantor: Todos: Ki miTsion tetsê Torah, ki miTsion tetsê Torah, Ki miTsion, ki miTsion, ki miTsion tetsê Torah; udvár haShem mIrushalaim, udvár haShem mIrushalaim. Pois de Sião sairá a Lei, pois de Sião sairá a Lei, pois de Sião, pois de Sião, pois de Sião sairá a Lei; e a Palavra de Deus, de Jerusalém, e a Palavra de Deus, de Jerusalém. Mulheres: Ó Deus de Abraão, Isaque e Jacó, que o brilho desta Festa se espalhe por toda a face da terra, levando o clarão de tua luz divina a todos os que vivem em trevas e servidão. Que esta celebração. na qual lembramos a libertação de nossos pais do domínio de Faraó, nos faça, com espírito agradecido, lutar contra toda a forma de opressão. Abençoa a nós e a nossas famílias com a paz do Espírito Santo. Em nome de Jesus. Amém. (Todos sentam-se.) dia dura para sempre. Abres a tuBc' (O ,l,vrirneiro cálice de virzhc: ou "Kiddu'Jh ", é lneiro cálice dizendo: seniéiC 6'RecebEiill que nlli"1Camais beberei deste .LL..1 "'''' . 8) . ~~- ,ir:h: (Todos erguem o ci!:-: : _ Todos: Bendito sejas tu., Senhor. o fruto da videira. (Todos tameu': .:. 4. O Lavar das Mãos. Narrador: Lavar as mãos an:t~:':'c::: .. , É possível que foi a esta altura:.:. .• ~~'::'; .:54- ~ena da paixão de . ::- r.l noite da Quinta, ,,;;sta Ceia. 3. A Bênção da Festa. Narrador: Todos os alimentos servidos na Páscoa (como também em outras refeições) eram abençoados antes de serem consumidos, ou seja, o chefe da casa agradecia a Deus, louvando seu nome pelos dons concedidos. .' - :er as luzes dos can- . ..2 também lembra a - ":i!!heres :~ lorah, .~-:Torah; Dirigente: Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus, que nos escolheste dentre todos os povos para teu serviço e nos exaltaste, ensinando-nos a santidade através de teus mandamentos. Com amor eterno nos deste dias santifi~ados, para que celebrássemos esta Festa dos Pães Azimos. Por isso nos reu...umos, comemorando a nossa libertação, lembrando nosso êxodo do Egito. Bendito sejas tu, ó nosso Deus, Rei do uIl1verso, que nos deste a vida e a sustentas, e nos permites vivenda:; esta Festa de alegria. Homens: Louvamos-te, 6 Deus Eterno, porque tu és bom e a Í'..mmisericórdia dura para sempre. Abres a tua mão e satisfazes a todos. Amém. (O primeiro cálice de vinho, chamado "cálice da santificação " ou HKiddush 'J, é servido. A..)erá tomado logo a seguir.) "0-2 a LeI, : .':Li a Lei; desta Festa se . ciZ divina a todos ..,; ouallembramos d.ce, -.~ :~,;a. com espírito Nar:rado:r: Na última Ceia de Jesus com os discípulos, ele serviu este lueiro cálice dizendo: ;'Recebam isto e repartfuli entre vocês. Pois aflilllo que nllilca mais beberei deste vinho até que chegue o Reino de Deus" (Le 22.18). (Todos erguem o cálice e dizem em conjunto:) Todos: Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus, Rei do universo, que criaste o fruto da videira. .:-: . .: a nós e a nossas (Todos tomam do primeiro cálice.) 4. O Lavar das Mãos. Narrador: Lavar as mãos antes da refeição é um antigo costume oriental. É possível que foi a esta altura da Ceia que Jesus levantou e lavQu os pés - 55 - dos seus discípulos, dando ênfase e expressão ao novo Mandamento amor - O servir com humildade. do (Segue a leitura de Jo 13.1,4-5. Após a leitura todos podem lava-,. as mãos, molhando as pontas dos dedos no recipiente d'água sobre a mesa, enxugando-as com guardanapos.) Todos: Seja a nossa PáSc\)3.l.:c·.::?::'-:': Deus, para nós e para noss: Cristo. 7. O Relato da Saída do Egito. Narrador: 5. O Comer das Verduras. Narrador: O comer das verduras é a parte preliminar da ceia. Antes de comer a verdura, que é embebida em salmoura, símbolo das lágrimas e do sofrimento no Egito, todos proferem uma bênção: Todos: Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus, Rei do universo, que criaste o fruto da terra. (Todos pegam um pouco de verdura, molham a mesma na salmoura e a comem.) A narrativa da saicb.::: =-;J o recontar da história da pri.mec.:::? i:-: cativo, especialmente para as c:-:.::.:-' pelo caçula, que faz as quatro re"'~.:..::c:.:i Caçula (em pé): Por que esta nc,>: :: :' 1. Todas as outras noites, comer:-:- o memos só pão sem fermento? 2. Nas outras noites, comemos q\.lio~._" memos ervas amargas? 3. Todas as outras noites, COStlL.";13.;-~: 6. O Partir do Pão Ázimo. que esta noite molhamos a vereI;.:::: :-~ especial de maça e nozes)? 4. Todas as noites, comemos sem '0" bramas a Páscoa? Narrador: O dirigente tem diante de si três grandes pães ázimos (matsóth). Isto se deve ao seguinte: entre os israelitas, havia um pão para refeição diária. No dia de sábado havia dois, em lembrança à dupla porção de maná que colhianl, no sexto dia, no deserto (Êx 16.22). Na Páscoa, havia três matsôth. Trata-se de pão ázimo, sem fermento, usado também por Jesus ao instituir a Santa Ceia. Dirigente: Para responder suas perg-..=--: relato da saída do Egito, conforrr.e significado de cada alimento. (O dirigente toma o segundo pão ázimo, o do meio, parte-o em dois, e então levanta a bandeja com o pão, dizendo:) Dirigente: Eis o pão do tormento, que nossos pais comeram no Egito. Todos vós que tendes fome, vinde e comei! Todos vós que o desejardes, vinde celebrai a Páscoa conosco. Este ano festejamos aqui; ano que vem em Jerusalém. Este ano muitos ainda se acham em servidão; que no próximo ano todos possam ser livres! - 56 - (Seguem as leituras de L l: _-3 8. Hino (HL 205): Digno és, ó Cordeiro, de todo 10'.l\'c· graças nós rendemos por teu aI1xr Tua seja a glór12 e: ::-: para todo o sem}"re ...:~ Teus são os poderes e os tronC·5\;s:';.-e:-::-:. hoje e para sempre. Amém .. ;.\r.c.e,.... ao novo Mandamento do ,:iira todos podem lavar ,é '10 recipiente d'água ,.; pmrdanapos.) _- ~ ::reliminar da ceia. Antes de Todos: Seja a nossa Páscoa uma Festa de libertação, de vida e de paz com Deus, para nós e para nosso próximo, por meio da ressurreicão de Jesus Cristo. 7. O Relato da Saída do Egito. Narrador: A narrativa da saída do Egito recebe o nome de "Haggadah". É o recontar da história da primeira Páscoa, e sempre teve grande valor educativo, especialmente para as crianças. Esta parte do ritual é introduzida pelo caçula, que faz as quatro perguntas tradicionais. , .', símbolo das lágrimas e do . RÔ:l do universo, que criaste .. ';·,olham a mesma pães ázimos (matsóth). -.:::',ia um pão para refeição '-.:a à dupla porção de maná Na Páscoa, havia três Caçula (em pé): Por que esta noite é diferente das outras? 1. Todas as outras noites, comemos todo o tipo de pão. Por que hoje comemos só pão sem fermento? 2. Nas outras noites, comemos qualquer tipo de verdura. Por que hoje comemos ervas amargas? 3. Todas as outras noites, costumamos molhar a verdura no tempero. Por que esta noite molhamos a verdura em salmoura e harróseth (um molho especial de maça e nozes)? 4. Todas as noites, comemos sem cerimônias especiais. Por que hoje celebramos a Páscoa? ~ .:.::des Dirigente: Para responder suas perguntas, vamos ouvir em primeiro lugar o relato da saída do Egito, conforme o livro de Êxodo e, depois, explicar o significado de cada alimento. 'J.sado também por Jesus ao (Seguem as leituras de Êx 12.1-3; 5-8; 11-14; 26-27; 40-42.) c'.: iizeio,parte-o em dois, :50. dizendo:) 8. Hino (HL 205): "::::s comeram no Egito. Toes que o desejardes, vinde ::J.i: ano que vem em Jeruque no próximo ano Digno és, ó Cordeiro, de todo louvor, graças nós rendemos por teu amor. Tua seja a glória e o domínio também, para todo o sempre. Amém. Amém. Teus são os poderes e os tronos também, hoje e para sempre. Amém. Amém. - 57 - Glória nas alturas, na terra também, glórias, Aleluia! Amém. Amém. 9. Apresentação dos Alimentos Cerimoniais. Narrador: Para esclarecer a relação existente entre a saída do Egito e a Ceia Pascal, o dirigente passa a apresentar os alimentos cerimoniais, um de cada vez, explicando o seu significado. Dirigente: Este "matsôth", o pão ázimo, que comemos, qual a sua razão de ser? É porque nossos pais não tiveram tempo suficiente para deixar a massa do pão fermentar quando o Rei dos reis se manifestou e os libertou. Como dizem as Escrituras: "Os israelitas fizeram pão sem fermento com a massa que haviam levado do Egito, pois os egípcios os haviam expulsado do país tão de repente, que eles não tinham tido tempo de preparar comida nem de preparar massa com fermento." (Êx 12.29). Todos: Bendito és tu, Senhor nosso Deus, Rei do llIliverso, que da terra tiras o pão! (Todos tomam um pedaço de pão ázimo e o comem.) Dirigente: "Marór" significa erva amarga. Comemos ervas amargas para relembrar que os egípcios amarguraram a vida de nossos pais, como está escrito: "Os egípcios '" os tomaram escravos, tratando-os com brutalidade. Fizeram que a vida deles se tomasse amarga, obrigando-os a fazer trabalhos pesados na fabricação de tijolos, nas construções e nas plantações. Em tO" dos os serviços que os israelitas faziam, eles eram tratados com crueldade" (Êx 1.12-14). A "harróseth" (um molho especial que está no recipiente sobre a mesa), com sua cor vermelha, simboliza a argamassa e os tijolos que os escravos hebreus eram obrigados a fabricar no Egito. (Todos mergulham um pouco da erva amarga na "harróseth" e a comem.) Narrador: Com relação ao cordeiro, havia uma série de exigências rituais, todas com significado profético: devia ser macho, sem defeito .. prefigurando Cristo, o Cordeiro de Deus, que é santo e sem mancha, nem defeito de - 58 - pecado; era assado num es;c:~esando toda a sua extensão e a. - ~_:-=-.:. :=:; osso deveria ser quebrado cruz. p:-c=~=_-~,,: Dirigente: Qual o significado de ~: : ::.:::; que nossos pai sacrificaram er::. =-~= c~ Poderoso passou peias casas de :;.: s:: : s escrito: "É o sacrifício da Páscc?e= -é ele passou pelas casas dos israe li::. ~ :;-::.l os, mas não matou as nossas adoraram ao Deus Eterno" (Êx 1::- Narrador: Também nós nos iIK~:-::'::'~C palavras de ICo 5.7: "Cristo, o no:,,:- C do". Na verdade, já o Antigo Te~:~:~: quando disse em 1853.7: "Ele l'-' ~_~ mente e não disse uma só pala\T2 F~:-'.: ser morto, como uma ovelha qU3.nd: (Todos tomam um pedaço do Cor:1<-' ~: i' acompanhado de vinho .:-,,Narrador: A prece de gratidão qu: melhante ao prefácio da celebra.; 1. era costu ..Tl1erecitar os salmos de l::. "'S a 118. É provável que o próprk Se-" ~.. salmos. Dirigente: Em toda a geração, C2C.3 ::-. saído pessoalmente do Egito. C":~~: ~_ causa daquilo que o Deus Ete;;: _ -.l 3 .~. R) P o,rt aura, ~. e, nO~SL "') úe,,,, r1 ,,=,. c,:-' ~.~ ~'" _ brar, exaitar e adorar a quem rC'.::.':z- ~~-j e para nós mesmos. Ele nos c:-.: =- _ ~ m~entoà alegria, da desolaçã" :i::'_ .. _ e do cativeiro à redenção. pecado; era assado num espeto em forma de cruz, comuma vara traspassando toda a sua extensão e a outra separando os pés dianteiros, e nenhum osso deveria ser quebrado - prefigurando assim a morte de Cristo sobre a cruz. :t.tte a saída do Egito e a :-:-.:"::ctos cerimoniais, um de r qual a sua razão de .' t - ente para deixar a massa _::: :;:eu e os libertou. Como c::: fermento com a massa :::. -:D:lOS, :'.::·-iam expulsado do país ['reparar comida nem de :>:: universo, que da terra __ ":0 e o comem_) _ . ::::.effiOservas amargas para _.:':e nossos pais, como está -atando-os com brutalidade. pc;~' pc - .. ~. P"~t . ttegéL"ldO-osa fazer trabalhos plantações. Em to• :.fi tratados com crueldade" :::,3.1 que está no recipiente - =.:: a argamassa e os tijolos t c.rno Egito. --':::'e nas -__ = _t -!Zarróseth" e a comem.) - " ,érie de exigências rituais, sem defeito - prefiguran.::: mancha, nem defeito de Dirigente: Qual o significado do cordeiro pascal? O "pessach" é o cordeiro que nossos pai sacrificaram em memória daquela noite, quando o T odoPoderoso passou pelas casas de nossos antepassados no Egito, como está escrito: "É o sacrifício da Páscoa em honra do Deus Eterno, pois no Egito ele passou pelas casas dos israelitas e não parou. O Eterno matou os egípcios, mas não matou as nossas famílias. Então os israelitas se ajoelharam e adoraram ao Deus Eterno" (Êx 12.27). Narrador: Também nós nos inclinamos em adoração, ao lembrarmos as palavras de lCo 5.7: "Cristo, o nosso Cordeiro da Páscoa, já foi sacrificado". Na verdade, já o Antigo Testamento profetizou este acontecimento, quando disse em 1s 53.7: "Ele foi maltratado, mas agüentou tudo humildemente e não disse uma só palavra. Ficou calado como um cordeiro que vai ser morto, como uma ovelha quando cortam a sua lã". (Todos tomam um pedaço do Cordeiro e o comem_ O comer do Cordeiro é acompanhado de vinho, pão ázimo e ervas amargas.) Narrador: A prece de gratidão que o dirigente pronunciará a seguir é semelhante ao prefácio da celebração da Santa Ceia. Entre o povo de Israel, era costume recitar os salmos de louvor chamados "Halld', os salmos 113 a 118. É provável que o próprio Senhor Jesus tenha orado e cantado esses salmos . Dirigente: Em toda a geração, cada um deve considerar-se como se tivesse saído pessoalmente do Egito, como está escrito: "Estou fazendo isso por causa daquilo que o Deus Eterno fez por mim quando saí do Egito" (Êx 13.8). Portanto, é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, cele~ brar, exaltar e adorar a quem realizou todos estes milagres para nossos pais e para nós mesmos. Ele nos conduz.iu da escravidão à liberdade, sofrimento à alegria, da desolação à dias festivos, da escuridão à lL'TIft grande luz e do cativeiro à redenção. - 59 - (Todos se levantam, recitam o Salmo 117 e cantam o Salmo 150.6:) I __ avado assim me aju . lltarei 3. ~_.~.::dos santos fiéis qu.e;;jUT1tC: Louvai ao Senhor, vós, todos os gentios, louvai-o todos os povos; porque mui grande é a sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do Senhor a.c· ;: .=.- leu nos céus. . - -. . - - - - . I 1..~A.ção de tiraças e ;32nt2 L tiD.. - subsiste para sempre. Aleluia! Cântico (SI150.6): Cantor: Todos: ~enJ:~-~__ Kol há neshamá tehalel Yah, kol há neshamá tehalel Yfu~. Di.rigente: Bendito seja o Hallelu Yah, hallelu Yah, hallelu Yah, kol há neshamá tehalel Yah. dá o pão a todas as criaturas Todo o ser que respira louve ao Sen..hor.Aleluia. Todo o ser que respira louve ao Senhor. Aleluia. Aleluia, aleluia, aleluia. Louve ao Senhor. Aleluia. fl1erna o ... JI1UI1C10 InteIro ": com Ç~~2-- criaturas! 1'IJ":r"?<in"· n ftart" ). ~4 aU't...'=';,~· p e~~l" ;:, a. p ':d =. Jo.~ rneJlto< Nela Jesus, nosso Narrador: Verdadeiramente, podemos cantar "Aleluial" por tão grandiosa salvação que Deus operou a nosso favor, redenção esta que lhe custou um preço enorme: "Porque Deus amou ao mUJldo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (10 3.16). :-.. EJe é quem tudo sustenta, Dirigente: ':;E.nqual1to lvíe.ssias. :;:'.- seguir tornou enl ~E~-:;-,-_._ ~ un1 cálice e, tende: ~ de.le todos; Porque lavar isto -- (:orrnallL e o deu aos discipttlos partiu do ,-1.;, ",-.,.;,-,-,' \,.i:-~~ v.,.-~~,_ =. o meu ::<~J:~::-_,_ de illllltoS. é 10. Hino (HL 84): (Durante o cantar do hino, são trazidos às mesas aquele dia em que o hei de beber. - -. 26.26-29). os elementos da Santa Ceia, o cálice da Bênção.) Nai4:rador: O apóstolo I)aulo Corre uma fonte divinal de sangue do Senhor; ali terá perdão real o pobre pecador. Eu nessa fonte banharei meu negro coração; de Cristo, então, receberei completa redenção. gunta: 6;Porventura -=-~ do sangue de Cristo?" OCo: Jesus tomou o cálice deu graças __. :: é o cálice da nova aliança n. __.. ~_: 22.10). - 60- T::::-~:-'::-~:- .; o cálice d2~ =-'::-: 3. ~ Lavado assim me aJuntarei li toda multidão - .::Salmo150.6:) dos santos fiéis que;: junto ao Rei, ao pé do trono estão') 'reli grau.de e divina! ~rnor des~jo aqui can.tar; nos espero te lOll'var. ao Senhor. Dirigente~ "rodos: {~ue{)l101ne do Selli1:lor Dirigente: bendito 8.fZD:ra 0-,' e ser-núre • Bendito dá o pão a todas as criaturas,; pois eterl10 é G seu arraor e sa1110 o seu nome. Ele é qlterl1 tudo sustenta, faz bem a todos os S0118 fill10s. Todos: Bendito sejas, Senhor nosso Deus, que dás alimentos a todas as criaturas! __.i"'~;l'. Aleluia. ': <-:'~'r.Aleluia. Narrador: E esta a parte da cerimônia qu.e está registrada fiO }..Jovo Testa ... lnerlto. Nela Jesus, nosso rviessias;. explica o sell sigpJfi.cado: por tão grandiosa ~sta que 111ecustO"L! lL.1!1 maneira que deu o seu . ::reça, mas terJla a vida Dirigente: "Enquanto C01111fu-=n, tomou Jesus um parth.l e o deu aos discípulos dizendo: pâO e'l . isto qlle, destLl "hora em diante, não beberei deste fruto da videira, aquele dia em que o hei de beber, novo., COI1Vosc:o no reino 'c' às mesas corpo, .1\. seguir tonl0l1 lli-n cálice e, tendo da.do graças, o ellu'c:ge)U dizendo: Bebei dele todos; da nova aliança~ derrama"" isto é o meu sfulgue; o do em favor de rGrnissão de muitos,. pecados, para E· digo-vos . :OS at)en~;oaI1do"G, o é o. fr~u até de meu Pai" (Mt 26.26-29) . da Bênção.) coração; - 'çta redenção. Narrador: O apóstolo Paulo refere-se ao cálice da bênção, qÚando per~ gunta: "Porventura o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo?" (lCo 10.26). São Lucas relata que, depois de cear, Jesus tomou o cálice deu graças e ofereceu-o aos discípulos, dizendo: "Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós" (Lc 22.10). - 61 - (Após as palavras do dirigente, todos os que desejarem participar da Ceia do Senhor devem colocar-se em pé, aguardando serem servidos em seus lugares.) Dirigente: Que o Deus Eteme- oS:O'~';=-~. os trate com bondade e miseric~r:ii2 com amor e lhes dê a paz. Dirigente: Que Deus abençoe a participação de todos em sua mesa celestiaI, que é fonte de fé, perdão e vida em Cristo Jesus, nosso Cordeiro Pascal. Todos: Amém. 13. Hino (HL 122.1-2): (A. congregação senta-se. A Distribuição da Santa Ceia seráfeita pelos assistentes. Após o comer e beber, seguem-se as palavras do Dirigente.) \Todo5 Dirigente: Qlle o comer e beber do corpo e sfuigue de nosso Selli~or Jesus Cristo fortale.ça a todos :na fé verdadeira para a vida eterna, Orernos: 12~Oração (enl pé): Íin.al desta Cela, Que Deus .. lJeus de nossos 1)8,13" sua libertação do Egito, bem como a a Páscoa do povo de 118.rloite enl que foi traido5 L>;;iaque Jesus celebrou carn seus , ao TI.osso eSTa mensagem ae pedimos que 1108 ajudes a íiberdade e de vida. ' A Cristo coroai, Cordeiro vencedor' Ouvi dos coros celestiais, dos anjcs. Erguei vibrante voz de todo coraç;k. louvando aquele que morreu e deu-no: A Cristo coroai, seu Ia:~ das suas chagas o es;l;-=-d Nem anjos lá do céu - , que o próprio FiL':lcde DESGUARNECD Homens: Tini-nos da escravidão que nós mesmos buscamos e à qual facilmente nos submetemos: a escravidão do poder, do dinheiro, dos prazeres, da vida sem sentido. Faze-1I0S compreender que a liberdade que pedinl()S e queremos deve ser também liberdade para os Olltros, SE--::-::E IT-" (Todos seguem o dirigente eT!:;- .::' cerimônia de Desg:..c.>~-=~ 14. Leitura da Palavra: Mateus 2- .. -:, De acordo cooperar 110 em nosso n.~.-:-'lr. ~"'J.u._t sob selltido terrOI5 Ci'ueremos nleGO; nobreza Otl (l~odosv<'enfa~ - - -~, í!í.-::-t:'.;:.... •...•..._1- que :rrlngu.en.J. que é a tome de todas as outras escra1/id5es, do mundo e· Todos: Que a luz da liberdade alcance as 111aisrenlotas o coração de eada ser hU1JlaDO! El1tão poderemos 'Vi\/er como irmãos, plenamente livres, com aquela liberdade que nos deste por meio de Jesus, teu Filho, nosso Senhor. A,mém. Vem, Senhor Jesus. Dirigente: Tradicionalmente, (1 equipamentos litúrgicos na noite feito por motivo simbólico. Dei>::': __ antes de sua crucificação, foram C:_o c - ~ parte de sua profullda humi.lhaç3.c ,_. _ como foi escrito pelo apóstolo ?;L~_ == F ~62- jl;J::~-'~-------------IIII!!!!!,__ =-.,=;; ·:·';'2jarem participar i1g'.lardando . : :.:·s em sua mesa ce1esti- Dirigente: Que o Deus Eterno os abençoe e os guarde; que o Deus Eterno os trate com bondade e misericórdia; que o Deus Eterno olhe para vocês com amor e lhes dê a paz . Todos: Amém . Cordeiro Pascal. . _ õ. IlOSSO 13. Hino (HL 122.1-2): -':.= Ceia seráfeita pelos do Dirigente.) __~~ef10SS0 Ser~~orJesus - - ·=:er:IUl. Oremos: bern corüü a (Todos sentam-se.) A Cristo coroai, Cordeiro vencedor! Ouvi dos coros celestiais, dos anjos, o louvor. Erguei vibrante voz de todo coração, louvando aquele que morreu e deu-nos salvação. A Cristo coroai, seu lado e mãos olhai, das suas chagas o esplendor e a glória contemplai. Nem anjos lá do céu o podem compreender: que o próprio Filho de Deus Pai pelo. homem vá morrer. esta mensagem de DESGUARNEClMENTO à qual fa= do dinheiro~ dos praze~ --lê fi liberdade que pedi- DO ALTAR __~ bUSCalJI0S e (Todos seguem o dirigente em procissão atéo Templo para a cerimônia de Desguarnecimentodo Altar. ) 14. Leitura da Palavra: Mateus 27.15~3i. pobreza Ott ao pecado~ ~cr COJllO do mundo e teus nUlOS e erdade que nos deste por ~ill, Sen.'l}orJesus. (Todos sentam-se para ouvir a leitura.) Dirigente: Tradicionalmente, o altar é desguarnecido de seus paramentos e equipamentos litúrgicos na noite da Quinta-Feira da Paixão. Este serviço é feito por motivo simbólico. Depois da Ceia Pascal com seus discípulos e antes de sua crucificação, foram tiradas as vestes de Jesus. Este ato faz parte de sua profunda humilhação por nós e nos deve induzir à humildade, como foi escrito pelo apóstolo Paulo em Fp 2.5-11. (Segue-se a leitura.) - 63 - •.•.••. ~ ••• __ -a.;~~--------_I!I!l!!II!II!!l_---""--------o!!!!!!!!!!-="!!!!JI. Assim irmãos, em sinal de tristeza e arrependimento por nossos pecados, que mataram o Filho de Deus, retiramos agora todos os ornamentos do Templo e cobrimos o altar com pano preto, até o culto do Domingo da Páscoa, quando ornaremos o altar com paramentos, flores e símbolos festivos da ressurreição, da vida e da vitória sobre a morte, o pecado e o inferno. ",ICSH (Procede-se à retirada dos objetos e da cobertura do altar.) Estamos oferecendo duas Dirigente: Oremos: Deus Todo-Poderoso, nosso Pai celestial, nós te Lmploramos que olhes com misericórdia para a tua família, por quem nosso Senhor Jesus Cristo se dispôs a ser traído, entregue nas mãos de homens pecadores e a sofrer a morte de cruz. Na noite em que foi traído e preso, teu Filho deu aos seus discípulos um novo mandamento - amarem uns aos outros assim como ele os amou. Pedimos que, pelo teu Espírito Santo, escrevas este Marldamento em nossos corações e nos ajudes a praticá-Io. Por teu Filho Jesus Cristo, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina eternamente. Amém. =,,:õ __-'-ô, i para coro misto a quatro vozes. t: r.::-~ contralto, tenor e baixo. "lde, Consolai Meu Povo" ê r:....~ coro feminino a três vozes (sop;-3.::::.~~, utilizado por wli coral masculiT'o :;;-:::: ser utiiizado por um coro misto. dê'. :.::::::; pos e as masculinas também em três :::.~ pelo grupo femLrrillo .. a outra pek iÇ~_ cor'Junto. Também podem ser ca..:.:.=' " parte il'1strumental pode ficar fora.: "Bells" (sinos) pode ser tocado nU2 :::0: tro. O violh'1o (vIi) pode ser substin..::::- ; doce contralto; pode também ser :: ~-'-__ j pode ser U!l1 contrabaixo eletrÔL>: ranjo para os instrwuentos foi aquele ou aqueles que o regente tlc.;;-.' .: .± "Bells" e deixar os outros fora, ou S:-=T: c 3. ;: o Templo será agora fechado, para ser reaberto no domingo para o culto de Páscoa. Que a paz do Senhor nos acompanhe. Amém. (Todos saem em silêncio e de forma reverente do Templo.) SOLI DEO GLORIA -64 - J:' • ~ :::-:-:ç:liimento por nossos pecados, ~·)ra todos os ornamentos do ... z.= ~ lá :-:: ~:é o culto do Domingo da Páse símbolos festivos = :Tte, o pecado e o inferno. I' ; .:.-::; coóertura do altar.) •. ::_:~:...=c:':::·:'5. flores MÚSICA MÚSICA PARA CORAIS Raul Elum Pai celestial, nós te implofamília, por quem nosso Se:-::-egue nas mãos de homens pe:~em que foi traído e preso, teu =.:.::ldamento - amarem uns aos - - 550 - ---=. pelo teu Espírito Santo, es';::: e nos ajudes a praticá-ia. Por -=-::pmtoSanto vive e reina eter-. _e. • : ~::10 no domingo para o culto de _:_-~. Amém. §§' _ -- ~ re-verente do Templo.) _~LORL4 Estamos oferecendo duas músicas para corais. "A Ovelha Perdida" é para coro misto a quatro vozes. É para a formação mais utilizada: soprano, contralto, tenor e baixo. "Ide, Consolai Meu Povo" é para grupo de vozes iguais. Pode ser um coro feminino a três vozes (soprano, meio-soprano e contralto); pode ser utilizado por um coral masculÍ1J.o(tenor, barítono e baixo); ou ainda pode ser utilizado por um coro misto, dividindo as vozes femininas em três grupos e as masculinas também em três grupos. Uma estrofe pode ser cantada pelo grupo feminino a outra pelo grupo masculÍ1J.o e a terceira estrofe em co~unto. Também podem ser cantadas as três estrofes em conjunto. A parte Í1J.struméntal pode ficar fora, caso não haja músicos para executá-Ia . "Bells" (sinos) pode ser tocado num teclado ligando-se o respectivo registro. O vÍolL'lo (vii) pode ser substituído por li.tna flauta transversal ou flauta doce contralto; pode também ser tocado por um teclado. O contrabaixo (cb) pode ser 1h'11 contrabaixo eletrônico ou pode ser tocado por teclado. O arranjo para os instrumentos foÍ feito de tal maneira que pode ser utilizado aquele ou aqueles que o regente tiver à disposição. Pode-se utilizar somente "Bens" e deixar os outros fora, ou somente o violi.io, etc. - 65- IDE, CO:KSOLAI :'.1 A OVELHA PERDIDA (SCTB) Letra: NestorWelzel, (T Br B n'l " , Música: Nestor Welzel, ] 972 197! ..:. , ~";.J ;:> t..;: . "Ira: Johann G. Olearius (1671) Trad. J. W. Faustini Arranjo: Raul Blum, 1995 (Baseado em Lucas !5) Bells I.No 2.0 3.Se li ven - ta e no - ve o ve - lhas mui - to gu oro o seu re ve ma ba lhas o das nós nho o bom pas - tor dei so -mos do Se bom Pas - tor con e É Vii As ~ tor. le da, tamanos bém nos aIa guar éo1"- a-gui bus car foi quem que 1"- -I sus. -ran -te_an -I dou. i lon -ge_er -I mi - go_e bom Pas bom Se - nhor Je -\ que #f: -!'- Oh, Vai Le =T-~T r . '\ -fi- I não te_a- fas - tes vou a pa -ca_a_D- ra e -- le_e bus I sa, vol le. não lhá que, ao de ca ve tou con - ten - te ao o - lhes pa - Ta lon - ge, se per A Com Em ,~:o. ~ L_=---~--------!'€o; i com le a gos e - nós le - mos tens a - ra_oI paz. 50, des -I! I !a.pa va a_er compa tens mi céu. can I II 1- trar. le -gre_aos seus a :1 -I ran - te foi mos §I f[ ~,i}. Raul Blum/Instituto Concórdia de São Paulo Rua Raul dos Santos Machado, 25 05794-370 São Paulo, SP icspest(âjuol.com.br - 66 - F' W:i:=-=-:="- ._.._~_::.==;-;. IDE, CONSOLAI MEU POVO (T, Br, B e/ou S, Ms, C) IDA . eIra: Johann G. Olearius (1671) Música: Nestor Welzel, 1972 Arranjo: Rau! B!um, 1995 Trad.l Mel: J. W. Faustini, 1971 A.'!. Raul Blum, 1988/1996 W Faustini T T -.-. :,as - tor dei . -':;05 do Se - P.s.s - tor con xou, nhOL duz. I - ... Pas .Te -- Le Vai Oh, tOL sus, ';ê_an r '/ dou. I i '~_ I + .+ 1 A Com Em mos a t' ~~ ~ IiI ~ I r J d F -J i-. __ J ~ ~---, -, ~ trar. paz. céu. Rau! Bium/lnstituto Con(X'lrdia de São Paulo Rua Raul dos Santos Machado, 25 05794-370, São Paulo, SP [email protected] - 67 - ~ Ê ====1 j ide, consolai meu povo AVXILIOS H() li 1\ .. '" Série trienal ::.....::.' B Em Em - Am e céus. cão. li trai. DoSeor a voz ou - VI, ~e a - gló ru -- ria sa-lém #I Pois do pre Se •-lgai lhor e_um ca - mi -nho_ae ~e_a - bri; de Deus ao - Imar, Pai, 50 re -bre - ve a- I paz Ia -da_épor TT~.'- •-" di· va -Ies, e há de -H I. O Texto no Ano Eclesiástico Por ser uma festa em da:::. em qualquer dia da semana, te IlL S :- ~ :-:' mente o acontecimento da Refc;2~ .:.-~ oportunizando uma adoração de Í::.: _ :: irá completamente de encontro cc:::::. :-:: o Sola Scriptura. O povo de Deus :-.~: _ , ten o --a••• ren -do tes, TO. gel v-mui --oz men--- oram hei ..ce teí-I- Am re -sa n,B7dos eis con que arleso -do per fo I.-,f Em - ro, -Ia_o mun·do_inpe ~'~ !q 4a -:to d~S :.?"r-r - d: g: fi fi lIo .... , ..-- nT'" , , ; Mas, quando a Palavra de Deus é ;"~.i rias na igreja de Deus ocorrem D.Ci'---'::'''::: salva ao que crê e jamais volta \2.=.::.. ~.~. As outr:1" :,<>ríco:,es do dia são CC::ll: ~:.;; Salmo 46: Este salmo é e'.a.L~~·-:· comparável, é garantia de aH-<;Íose:::.::::::. fonte, e muito. Inspirou-se nele pa.c.::. ::': salmista nos demonstra que DêU5 ~ --;: Não há o que temer quando se ter::. -;:~': que dá força, que é todo-podewsc. :::. Jr 31.31-34: Deus, em seu 2.C:-'- ;: povo. O acordo é simples: ;;Eu 5-;:,-;:: povo", E todos conhecerão a De'..:S -:.: Ele. O perdão será a marca reglstr.::.::::e: Rm 3.19-28: Paulo mostr::. :: 5.:- I =- de se receber a graciosa salyaçã: gratuitamente, nos justifica medi::..:-::::~ :;: .=..:. :- .:.:"" H. O Texto no Contexto As palavras de Jesus scb:~ :-.: _' nunciadas em meio a um dir:'.: '-;::.-= _ - 68- - AUXÍLIOS HOMILÉTICOS --=7= +- __---1:- FESTA DA REFORMA 3 1 de o,utubro, de 1999 Série trienal A, Evangelho,: Jo,ão,8.31-36 Am I. O Texto no Ano Eclesiástico ·:3 mi ~1ho a e -le a - bri: .- -" de Deus ao -Imor, Pai, '-ç a paz Ia· da]por Par ser uma festa em data fixa da nassa calendário" padendo, aCo,rrer em qualquer dia da semana, temo,s neste ano, a privilégio, de celebrar no,vamente a aco,ntecimento, da Reforma Luterana num daminga, dia de culta, e diva -les, e há de .' .. o - ..-- ~ - -J--rJ I I ~ r~~ Em dos os pe mui con 4a - dps teu - teso do meu- sa gel' ro. O , 4- '.-=- =-=----.:-=----~~~---~ ~==---===--~~= _.~-~ apartunizanda uma adaraçãa de fato, especial. Cam certeza a nassa texto, irá completamente de encantra com pela menas uma das bases da Refarma: o,Sola Scriptura. O pavo, de Deus não, sabreviverá sem a Palavra de Deus, Mas, quando, a Palavra de Deus é pregada e ensinada, as refo,rmas necessárias na igreja de Deus acarrem narmalmente, pais ela é pader de Deus que salva ao, que crê e jamais vo,lta vazia, segundo, a promessa do própria Deus. As o,utras !1~ríc()!lesdo dia são, co,ma segue. Salmo 46: Este salmo é evangelho que refresca a alma, é co,nso,lo,inco,mparável, é garantia de alívio sem medida. Lutero também bebeu desta fo,nte, e muita. Inspirou-se nele para escrever seu hino, "Ein Feste Burg". O salmista nos demonstra que Deus é fiel, fidedigno" totalmente co,nfiável. Não, há o que temer quando se tem este Deus, que dá refúgio, que é socorro, que dá força, que é todo-paderoso, etc. Jr 31.31-34: Deus, em seu amor, propõe um nova acordo, co,m o, seu po,vo. O acordo é simples: "Eu serei o Deus deles, e eles serão, o meu povo". E todos conhecerão a Deus, ou seja, terão, um co,mpramisso, com Ele. O perdão, será a marca registrada deste aco,rdo. Rm 3.19-28: Paulo mostra aos cristãos romanos, e a nós, que o meio de se receber a gracio,sa salvação, da parte de Deus é a fé. Deus, em Cristo, gratuitamente, no,sjustifica mediante a fé. H. O Texto no Contexto As palavras de Jesus sobre as quais iremos refletir a seguir foram pronunciadas em meio, a um clima tenso" po,is já havia a intenção, por parte dos - 69 - v. 33: "descendentes" ~CE"G - ':c:'5il Jamais fomos escravos dê aiº" :,-,-, .~ principais judeus (sacerdotes e fariseus) de prender a Jesus. Jesus ainda não estava preso porque "não era ainda chegada a sua hora'; (Jo 8.20). Jesus tinha, de maneira escondida, ido para a Festa dos Tabemáculos em Jerusalém. De repente, foi ao templo e começou a ensinar. Em nosso contexto específico, Jesus está defendendo a sua missão e autoridade. Alguns creram, mas muitos ficaram com mais raiva ainda de Jesus, especialmente após perceberem que Jesus se declarava Iahweh, Eu sou, Deus! Chegaram a pegar em pedras para atirar nele. Mas ele sumiu do jeito que apareceu (8.59). à escravidão (B); nunca fomos e"':T:l'~': escravos de ninguém (E): nllIlca S-::;r-T2~~:: escravos de nenhum homem na terra F Como dizes tu: SerÚs li\Tes' . := 1 nós venhamos a nos tornar homen" li·.T-:S~ lU. O Texto no Vernáculo pecado (E). The Living Bible .3. seremos livres? (C); Como ~>des i'íZ:;- quer você dizer com "libertará",? i G\. v. 34: Que comete pecado L~,.B.D F nào rr-ad',:z cê"C~ vos ...". Versões e titulos: a) Almeida Revista e Atualizada: Jesus defende a sua missão e autoridade (21-59). b) Tradução Ecumênica: A verdadeira posteridade de Abraão (31-59). c) Bíblia na Linguagem de Hoje: Os livres e os escravos (31-47). d) Bíblia de Jerusalém: Jesus e Abraão (31-59). e) Claretiana: Discussão entre Jesus e os fariseus (12-59). f) Almeida Revista e Corrigida: Discurso de Jesus sobre a sua missão (1259). g) The Living Bible: Discussões com os líderes religiosos. Todas versões em questão !?i"", ~ Almeida Revista e Corrigi da (F), que ili--2.} V. 35: Fica em casa (A,E,Fi: pe~ familia (C); E os escravos não têm dir-étn reitos que existem! (G). V. 36: Verdadeiramente (A.E.F' = verdade (G). IV. O Texto no Original V. 31: jlÉvw: permanecer, ficar. \"l\er. 1TWTE1JW: crer. crer em, estar conYen(ijG~ a Texto: v. 31: Disse ... aos '" que haviam crido nele: (A); ... disse ... haviam acreditado nele: (B); ... disse ... acreditaram nele: (C); Disse ... haviam crido: (D); ... dizia ... creram: (E); dizia criam ...: (F); E Jesus falou a estes que creram: (G). Se permanecerdes ... sois (A); Se pennaneceis ... sois (B), Se vocês obedecerem às minhas palavras, serão de fato meus seguidores (C); Se permanecerdes ... sereis ... (D,E,F); Vocês são verdadeiramente meus seguidores se viverem como eu digo (G). V. 32: vos libertará (A); fará de vós homens livres (B); ." os livos livrará (E); n. vos libertará (F); '" bertará (C); ... vos libertará (D); libertará vocês (G). o •• o •• "0 - 70- l6yoç: palavra, proclamação, mensagem. jiat1rrüÍç: discípulo, aluno, aprendiz V. 32: )'lJWaKW; .conhecer, saber. ,ir a (';}"~ '"\'fi .- .. , fX.A.TjuHa: ver dade,· fide d'19nI'd a de, C0nr~·"'''W , 1 ' 1"wer..al, . 1'l..._ •. E.fl.EUTEpOW: porem llut:n·"c, V __31l:. ·t ~t nrl~.-i~ 'o ü1Lpjla. semen e, p0_.edu.:!'-" __ -=-~"'"_ V. 34: lq.l.aprLa: pecado,pec?mi~-Dsidê.je. e ôoúÂ.oç:escravo Y 35: otKia:casa, a família I s' ':. ., Ao • ~ .C;~ •. , ..•• . ti , ';' HÇ '[o;; utwvn:: por toaR a etern~;""'·,}'e. ". 36: ovrwç: realmente. certâ1.T:e,,:e ec··"'· ;; --j",y a Jesus. Jesus ainda não " ,ua hora" (Jo 8.20). Jesus ~s Tabernáculos em Jerusa~1,sin:JT. Em nosso contexto .= . '~ e autoridade. Alguns cre~~ia de Jesus, especialmente :- Eu sou, Deus! Chegaram a ..~,ju do jeito que apareceu V. 33: "descendentes" (C,E,G); "de~cendência" (A,B,D,F). Jamais fomos escravos de alguém (A,D); nunca ninguém nos reduziu à escravidão (B); nunca fomos escravos de ninguém (C); jamais fomos escravos de ninguém (E); nunca servimos a ninguém (F); nunca fomos escravos de nenhum homem na terra (F) . Como dizes tu: Sereis livres? (A,E,F); como podes tu pretender que nós venhamos a nos tornar homens livres? (B); Como é que você diz que seremos livres? (C); Como podes dizer: Tomar-vos-eis livres? (D); que quer você dizer com "libertará"? (G). V. 34: Que comete pecado (A,B,D,F); quem peca (C); se entrega ao pecado (E). The Living Bible não traduz esta parte, mas diz: "Vocês são escravos ...." 3. sua missão e autoridade i~.iêde Abraão (31-59). ::scravos (31-47). - : _, ! 12-59). :~ ~::sus sobre a sua missão (12- Todas versões em questão falam em "escTavD"do pecado, menos a Almeida Revista e Corrigida (F),que usa o termo "ser10". V. 35: Fica em casa (A,E,F); permanece em casa (B,D); fica com a família (C); E os escravos não têm direitos, mas o Filho tem todos os direitos que existeml (G). V. 36; Verdadeiramente (A,E,F); realmente (B,D); de fato (C); de verdade (G). IV. O Texto no Original f ,.., •.••• V. 31: llEvw: permanecer, Ílcar, VIver, contmuar, perSIstir TIWTEDW: crer, crer em, estar convencido de, dar crédito a ·~}e: (A); ... disse '" haviam (C); Disse ... haviam cri:-::.m ...: (F); E Jesus falou a sois (B), Se vocês meus seguidores (C); Se -jadeiramente meus segui- .:.:-,çceis ... -:\mens livres (B); ... os livos libertará (F); ... ~ o: .Â.óyoç:palavra, proclamação, mensagem, ensino j.üXfurnlç: discípulo, ahhio, aprendiz ~. ~~, YVWOKW: co·nhecer, sa b'er, vIra c011hecer . V. 51.: &.Â:J)~u~: verdade, fidedignidade, confiabilidade ,1 ' l'b ' . tI\.E\YrEpOW: ;. ertal, por em '"b n eraaUt; V. 33: O1TÉ.p}.1a.: semente, posteridade, descendente, filho V. 34;&}.1ttp~[«:pecado,pecarrrinosidade,erro õouÀoç: escravo V. 35; o tKi«: casa, a família , 'rov "~ ü,i.wva: por to da a etenu 'da·de, para sempre HÇ V. 36: ÓV1Wç: realmente, certamente, em verdade • - 71 - V. Conceitos Básicos (v. 31): permanecer, ficar, viver, continuar, persistir. Cristo permanece no cristão na medida em que sua Palavra permanece neste mesmo cristão. O relacionamento entre Deus e o homem se determina de IlÉV<.u modo definitivo pelo relacionamento de homem com a Palavra de Jesus (Schlatter). Através da Palavra é estabelecida a verdadeira comunhão entre Cristo e o cristão. Esta perma..'1ência do cristão em Cristo faz dele uma possessão de Cristo até a profundidade do seu ser. Assim, "permanecer na palavra" significa o cristão ser aquilo que ele já foi e está sendo feito pela Palavra de Jesus. Portanto, o discípulo verdadeiro está em sintonia com a instrução de seu mestre. Ela se toma a regra de fé e de prática do discípuio. IlCieTrr~ç (v. 31): discípulo, aluno, aprendiz. Segundo D. Müller (DITNT), o termo em nosso texto é simplesmente para designar o termo "cristão". Aqui já não há mais a necessidade da presença do Jesus terrestre. Pelo contrário, os discípulos são aqueles que habitam "na Palavra", ficando, assiul, em comunhão com Cristo. A essência do discipulado se acha no cumprimento, pelo discípulo, do seu dever de ser testemUlli~a do seu Senhor durante toda a sua vida. (v. 32): conhecer, entender, saber, vir a conhecer, distinguir. O conhecimento de Deus sempre se vincula com os atos divinos de auto-revelação. Sempre se vincula com a proclamação dalgum ato específico de Iahweh. O conhecimento surge, então, dos seus atos reveladores e do testemunho deles (Escritura Sagrada). O ser humano passa a cOlh~ecer a Deus na medida em que Ele opera em graça ou em julgamento. Conhecer a Deus e a Jesus significa entrar no relacionamento pessoal e continuado que Deus mesmo possibilita. Assim, para conhecer a verdade é preciso "não só ouvir" as palavras de Jesus, mas "de algulna fonna estar mlido com aquele que é a verdade" (C. H. Dodd). ÉÂEUeEpÓW (v. 32): libertar, por em liberdade. Nunca se emprega no sentido político. Também mmca se dá a idéia da liberdade como um direito de fazer consigo mesmo, e com a sua vida, o que bem se entender. No Novo Testamento, o homem livre é aquele é escravo de Cristo (lCo 7.22). A liberdade se acha na vida com Deus, vivida conforme aquilo que era intenção original de Deus para o homem. A liberdade nos é dada naquilo que Cristo fez por nós. Em CIisto, o homem é libertado dos poderes opressores deste mundo: pecado, Satanás, lei, morte e velho homem. Porque YLVWOKW - 72 - foram conquistados por Criste. ",,:ec: _~ '-.2 homem e Deus. Esta libertaçàc, e:-.:- -__ é libertação da compulsão e da somente onde o Espírito Santo '-r ~-~ pio de sua vida, e onde o mesmo se; ~--- '" operação. O homem que está ,·erÓ':e· 2--= dade ao ficar livre para o sel\-içc I\: -ó ~ nidade dos homens livres. " Cl:flCipHCi (v. 34): peca d o. pe,:::.:--- - ~~ ;3 com Deus. É a tendência humana:': - -- estabelecer-se na sua própria posi,;l. - ., tanto um desviar-se do relacioname-: ~~ bedecer seus mandamentos. É quaL':: Deus e se toma ímpio. õoúÀoç (v. 34): escravo. O ScI Cristo, é escravo do pecado. É escra-.: letra da lei, na esperança da sahaç 2: ?; poderes espirituais do mal, ou porque : =-:c-t porque vive em função de seu ventre F~Z: seus desejos secretos. Desta escra'.-i':::.: .: Jesus Cristb. Quanto mais o homem te~:.:õ envolve no laço, mais se suja na iam2::: 1 completa. aÀ~TEw (v. 32): verdade. Üie'::~; ocorre 109 vezes no Novo Testamem: tos de João. Das 26 vezes que o adje:: I - em J oao. - 'A~1\.1lTL~'O~ mento,! . 7 estao :::;1 tura joanina. A "verdade" ocupa um ~_.;a João, como veremos a seguir. Quand: :e para reforçar as suas palavras, para e_":;-:-e5; nhar a certeza da sua mensagem (e;; ..: L: .::_ Nos sinóticos, Jesus ataca tB.Il::: __c~ e a ação, ou entre a palavra e a reaL'::i':e as palavras estão sempre de acod: : - =- : 23.2; Lc 11.46, etc.). Outras ücürrê=-~_-=-" j correlatos, nos Evangelhos sÍllóÚ::s e e-::::. € : :-;Tmuar,persistir, Cristo ? 3.l:wra permanece neste ~ : '~l0mem se determina de .;:c)ma Palavra de Jesus ::r.:1adeiracomunhão entre ::-- Cristo faz dele uma pos'\ ssim, "permanecer na ê está sendo feito pela - : ::'- - está em sintoma com a .:i de prática do discípulo. Segundo D. Müller ~--:: para designar o termo __ ::s'-:'nça do Jesus terrestre. '-':3.m "na Palavra", fican:) discipulado se acha no ~- '.estemunha do seu Senhor 'C :: . - ',.c;:" .. :r. vir a conhecer, distincom os atos divinos de __ .i. -'3.çào dalgum ato específiatos reveladores e do ; 'êUS passa a conhecer a _ :::-:-, julgamento. Conhecer a . - pessoal e continuado que el'dade é preciso "não só --:'.3.estar unido com aquele :, .":"l::mo -:..:le. Nunca se emprega no >berdade como U,'l1 direito -,y; bem se entender. No _r':'.G de Cristo (lCo 7.22). " ~c)nfonne aquilo que era : ~,jade nos é dada naquilo •':-ertado dos poderes opres. -:: e '.-elho homem. Porque foram conquistados por Cristo, estes já não podem fazer separação entre o homem e Deus. Esta libertação, enquanto está no mundo, nunca é total, mas é libertação da compulsão e da exigência (DITNT). A liberdade permanece somente onde o Espírito Santo opera no ser humano, tomando-se o princípio de sua vida, e onde o mesmo ser humano não impede ou bloqueia a Sua operação. O homem que está verdadeiramente livre demonstra a sua liberdade ao ficar livre para o serviço a Deus e ao próximo. A igreja é a comunidade dos homens livres. clf.UXPTLo: (v. 34): pecado, pecaminosidade, erro. É a quebra da aliança com Deus. É a tendência humana de desviar da ordem dada por Deus e estabelecer-se na sua própria posição, indo por seu próprio caminho. É tanto um desviar-se do relacionamento de fidelidade a Deus quanto desobedecer seus mandamentos. É quando o homem afasta-se da aliança com Deus e se toma ímpio. ôoúÀoç (v. 34): escravo. O ser humano, fora da esfera do reino de Cristo, é escravo do pecado. É escravo ou porque simplesmente observa a letra da lei, na esperança da salvação (Rm 7.6,25), ou porque serve aos poderes espirituais do mal, ou porque observa a lei por horror da morte, ou porque vive em função de seu ventre (prazer), ou porque vive em função de seus desejos secretos. Desta escravidão ninguém rode libertar, a não ser Jesus Cristo. Quanto mais o homem tenta livrar a si mesmo, mais ainda se envolve no laço, mais se suja na lama do pecado. É que a sua escravidão é completa. &À~TELO: (v. 32): verdade, fidedignidade, confiabilidade. 'AÀ~eEto: ocorre 109 vezes no Novo Testamento. Quase metade das vezes nos escritos de João. Das 26 vezes que o adjetivo &ÀllT~Çocorre no Novo Testamento, 17 estão em João. 'AÀ~nvoç aparece 28 vezes, sendo 23 na literatura joanina. A "verdade" ocupa um lugar central no evangelho segundo João, como veremos a seguir. Quando o termo é dito pelo próprio Cristo, é para reforçar as suas palavras, para expressar a sua autoridade e para sublinhar a certeza da sua mensagem (ex.: Lc 4.25; Jeremias). Nos sinóticos, Jesus ataca tanto qualquer discrepância entre a palavra e a ação, ou entre a palavra e a realidade, como demonstra que suas próprias palavras estão sempre de acordo com seus atos e com a realidade (Mt 23.2; Lc 11.46, etc.). Outras ocorrências do termo em questão, ou de seus corre latos, nos Evangelhos sinóticos e em Atos, ou têm o sentido de verda- -73 . - ------ -------- -- - de em contraste com a falsidade, o ocultamento ou o logro, ou referem-se à honestidade ou à sinceridade. O apóstolo Paulo usa &).~8ELa em várias nuanças. Um de seus usos maiS distintivos é o uso da mesma para caracterizar o próprio evangeUlO como, por exemplo, em 015.7. Bultmann vê aqui também o sentido de "ensino verdadeiro" e "fé", Paulo também usa &)c~eEla num sentido mais amplo para significar a revelação que Deus fez da sua vontade ou até mesmo de seu divino ser, ou mediante a lei, ou até mesmo, em um só lugar, mediante a criação. Este uso é característico dos dois primeiros capítulos de Romanos. Outra l1uança dada por Paulo é o da verdade em contraste com a mentira ou o íogro. Tal qual para Jesus~ a verdade fica sendo Ul11a questão de con~elaçãoentre a pa:.a1.Ta e o ato (full 9.1~2Co 7.14). ()utra ainda, se'Testamento~ é a nuançEt dada no sentido ;;dag"uirrdo corlceitos do Ax confiar~~ C.Ol110 ern Pun 3.3-7. Paulo tanlbéuJ. usa o Quilc elTi. (rue se , -, ' 11:.) se.ntido de des-.. /endarnellto (2Co 4.2\ elTIbora não busOtle mera dedicacão à l/erdade adrrliração teórica da 'verdade intelectu.al rn.as] como é e;{pressa :no evangelho, ·verdade e a pureza .. e111 l?aulo~ tar.nbém COD_trastam com K~KLC{~TIovTlP[a e TIGp1-iE[C:~~ pois o alTIOr genuírlo acarreta não o tipo de engartO qu.e faz de outra pessoa um instrurnellto ou prisÍ= oneiro mas, sim. o tipo de verdade que é a base das relações interpessoais plenas. Nas epístolas pastorais, a verdade é essencialmente a verdade revelada da mensagem do evangelho. Já citamos acima a freqüência de &:A+t8nc( e seus correlatos nos escritos joaninos. Somente este fato já nos mostra a importância do conceito para João. Bultmann e Dodd argumentam que João vê a verdade primariamente como realidade em contraste com a falsidade ou aparência, insistindo em considerar este fato como um conceito helenístico da verdade em teDJ10 .>-..\ João. Segundo Thiselton, outros estudiosos (como Barret, Mon-is Brov,TI, e especialmente Kuyper) sublinham ocon-ências em João onde &)#,EtO:: pode possivelmente significar "fidelidade", como evidência de afinidades com o Antigo Testamento e com o judaísmo. O próprio Thiselton, adota o conceito de &A~eELa no sentido da "realidade" em contraste com a falsidade e a mera aparência, sem, no entanto, caracterizar a ocorrência do conceito como evidência de afinidade com idéias gregas, ou desconsiderar a influência da tradição do A,-'ltigoTestamento. Vilson Scholz, por sua vez, entende que é questionável o estabelecimento de lL111 nitido contraste entre a noção grega e a noção hebraica de verdade. Segundo ele, nos textos joaninos não - 74 - se pode criar um molde fixe ,"c _ ... grego, seja enfatizando <) aspC',:. sa ter empregado &)c~eElÚ ,,=: ,~_ .. adaptado um conceito no\'o. n: tradicionais da significação d2 Scholz, é que a preocupação de;: .. __" . 1..1.. v-'-;'),~:;:tolo'g'ca (lo .:.')0 • 30J, 31'\f.' p·~i,', ..,.--;:"-----= -- "' Jesus. Se a verdade é fidelidal"" ~- :,i ' "sim" a todas as suas promess,:: C01110 Silllples 'verdade en1 contr-i:->:- _ fidedignidade (Jo 8.13-58), \eri:õ:'~ com a aparência da situação {]c de Deus; etc. \'?r ~ • Q Ula ., est verltaS( . n nst assiste. Cristo é a verdade. Sere, (~ .é. lamento, engodo e trevas. Em Deus está conosco. Há uma luz 1L ".-' VI. Pensamento Central Aquele que permanece 11::i P ,c._ cerá a verdade que liberta o ser hu]~': VIL Persuasão 1. Alvo de Vida: Que o ais.;_ e. que ele viva segundo o que D:'é guiado pela Palavra de Deus nc~~:::-_2, A101éstia: Muitas ycz:-s· ~.. 1eit;.1ras~ prcgaç.Ôes e estudos, ~<_ Como se lua Je nÓs carn a sua Pala\T3. co cuso~ tal qual os judeus, F-\= não sc:brevive por ~:~'r não ser uni \lErdadc '1 i~ " ela aa nossa Te cer que há urna ina:n5ção. disciru~ - _ . =: '.l o logro, ou referem-se à nuanças. Um de seus usos ,é'rizar o próprio evangelho tful1bém o sentido de = ~(.;.~8Hctnum sentido mais ~.:ia sua vontade ou até mes;!lesmo, em um só lugar, prirl1eiros capitulos de -:-rdadeem contraste com a fica sendo Uill!:t questão 7.14). Outra alrlda~ seno sentIdo ~~d.a~ Paulo usa o :.J.e -.- dedicação i ·ve.rdade o amor genulllo pnsldas relações ínterpessoais ~~~nçialmente a verdade reve-- '~'" lêS ou VI, Pensamento Central Aquele que permanece na Palavra de Jesus, o Filho de Deus, conhecerá a verdade que liberta o ser humano do pecado. e seus correlatos nos es- importância do conceito T,~;;'io vê a verdade primaria':"oldade ou aparência, insistinhelenistico da verdade em J. lamento, engodo e trevas. Em Cristo, a realidade de Deus está presente. Deus está conosco. Há uma luz no final do túnel para a hurnanidade. aC('lf- ... 1j111lDstcume.nto se pode criar um molde fixo na interpretação, seja acentuando o aspecto grego, seja enfatizando o aspecto hebraico. O autor acredita que Jesus possa ter empregado à.À ~8E tlX em sentidos variados, que tenha até mesmo adaptado um conceito novo, no qual estariam presentes todos os elementos tradicionais da significação da palavra. O que deve ser destacado, segundo Scholz, é que a preocupação de João e de todos os escritores sacros é cristológica (10 20.30,31), Pois, se verdade é a realidade, então esta realidade é Jesus. Se a verdade é fidelidade, então Cristo é a verdade de Deus, o fiel, o "sim" a todas as suas promessas. Assim, é natural que João use o termo como simples verdade em contraste com a mentira (10 4,18), verdade como fidedignidade (Jo 8.13-58), verdade como a idéia da realidade em contraste com a aparência da situação (10 6.55), verdade como revelação da realidade de Deus; etc. Quid est veritas? Est vir qui adest. A verdade é lh'll homem que nos assiste. Cristo é a verdade. Sem Cristo, tudo é confusão, vendamento, ve- Zl Barret, Morris BrO\vn, e . '::m João onde &À~eELO: pode é"idência de afinidades com o ~:mG -r'no Thiselton, adota o con- =l. '.~ontraste com a falsidade e ,'~-?::,ra ocorrência do conceito . ~." ou desconsiderar a influên- ~.cholz, por sua \/ez~ entende ;:ido contraste entre a noção ~='L:~nos textos joaninos não VII. Persuasão 1. Alvo de Vida: Que o discípulo de Jesus permaneça na Palavra, isto é, que ele viva segwldo o que Deus fez dele, sendo sempre alimentado e guiado pela Palavra de Deus no seu dia-a-dia . 2. jVfoiéstia: Muitas vezes nós escutamos as palavras de Jesus em leltm'as, pn:g~lçc'es e estudos. No entanto, não a ouvimos de fato com o COriié;a(). Como se diz: "Entra num ouvido e sai no outro!" Deus se aproxilllil de nÓs com a sua Palavra poderosa e nós a desprezamos e fazemos pouco (;,'20, tal qual os judeus. Por isso, o que acaba acontecendo é que a fé não sobrevive por inanição, por falta de vivência da Palavra, ou seja, por nào ser um verdadeiro discípulo (aluno, seguidor). Sabemos que a existência da nossa fé depende exclusivamente de Deus. Mas não podemos esquecer que há uma grande possibilidade de nós, por nossas próprias forças, - 75 - _____ ~ __ ~ ~ - ~~-- h _ "entristecermos o Espírito Santo' (Ef 430). pondo a perder. paulatina e gradativamente, tudo aquilo que Deus nos concedeu graciosamente. sem mérito algum de nossa parte. O não usufruir da Palavra de Deus e da Ceia do Sen..ílOrentristecem o Espírito Santo. Deste modo, acabamos por n3.0 progredir no desvendamento da verdade de Deus, tomando-nos, outra vez. escravos do pecado. Tempo de cristia..'1ismo ou de luteranismo, tradições. costumes religiosos antigos, construções de templos, heranças eclesiais ou inovações litÚrgicas não nos conduzem ao porto seguro da verdade. O que Jesus deseja é ser ouvido. Ouvido de verdade. Ele deseja que a sua Palavra mexa com a vida de cada urn. Ele deseja nos tornar livres para servirnl0s a Deus. 3. A1eio: Como o próprio Serillor Jesus Cristo diz: "Eu sou o cfu"11inho~ a verdade e a vida~' (Jo 14.6)~ ou então~ enl nosso texto: ';'Se o Filb.o vos libertar, sereis realmente homens livres" (Io 8.36). E Cristo vem até nós como o caminho, como a verdade, como a vida, como a libertação do pecado, através da sua Palavra. A esta mesma Palavra o apóstolo Paulo chama de poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rrn 1.16). VIII. Sugestão de Esboço Introdução: Quantidade de denominações religiosas (crescimento das religiões orientais, animistas, espíritas e neo-pentecostais). Tema: Como é possível permanecer discípulo de Jesus no mundo de hoje? b) A verdade é a reallcE.,~ continuamente na nossa "~_.. .- povo de Deus no que se rere:-e ::.: refere às promessas ainda 1'5: ::. realidade, é desvendamento t~- .~:::::" Cristo, em quem não há menU' "de Deus). 3. Sendo liberto do pecado! a) A liberdade mais importante n~_ b) A liberdade não significa ser. freados, concupiscência). i, ::. c) p.~liberdade signific.a servir ac; '~.:~ de 1..1111 escravo sem di:-:::~~-~-:: guém que, como filho, faz pane - - -d) Ser livTe, servindo a Jesus, signi:::_ diabo e sobre a morte. O pecado rei - : ele perdeu o seu domínio sobre vida do homem, agora como uma '--: . do novamente escravizar o hcmer: telYlpOrário plantado por Cristo (Rm 5 e 6). 1. Permanecendo na Palavra de Jesus! "Permanecer" significa: a) primeiramente ouvir de verdade (meditar na Palavra lida, nos sermões, nas meditações, etc.). b) "ruminar" a Palavra c) comunhão com Cristo (Batismo e Ceia do Senhor) d) a prática da vontade do Pai. 2. Conhecendo a verdade! NATIVIDADE DE NOSS 25 de dez:; Série trienal B. E,. I. O Texto no Ano Eclesiástico sorte~ antes. ao pecador seja uma realidade como segue. lTILLlldoà própria a) "Conhecer" não envolve apenas aspectos cognitívos e mentais. "COlli1.eCer"envolve relacionamento com a verdade, sendo que Cristo é a verdade feita ser humano (10 14.6) . . 76 - .'~ler paulatina e -.·_·:osamente, sem ic Deus e da (leia b) A verdade é a realidade que o Espírito Santo nos faz perceber continuamente na nossa lÜstóna pessoal e na história da hlll1lanidade e do povo de Deus no que se refere às ações salvadoras de Deus e no que se refere às promessas ainda não concretizadas. Verdade é fidedigpjdade, é realidade, é desvendamento progressivo, é Deus se revelando na lÜstória, é Cristo, em quem não há mentira. O que Cristo nos diz é a verdade (palavra de Deus). ~.:abamos por não outra vez, • c' 31lÍsmo, tradições, eclesiais ou OS verdade. O que . =:"lnças que a sua PaL:rvra 3. Sendo liberto do pecado! a) A liberdade mais importante não é a política (externa) . b) A liberdade não significa senTir a si mesrno (libertinagem, desejosdesenfreados, concupiscência). c) A liberdade sigrtitica servir ao senhor certo: Jesus Cristo. Não é o serviço temporário de lLnl escravo sem direitos, mas um serviço volwltário de a1guérn que, como filho, faz parte da família, d) Ser livre, servindo a Jesus, signit1ca ser vitorioso sobre o pecado, sobre o diabo e sobre a morte. O pecado não pode mais reinar no ser humano, pois ele perdeu o seu domínio sobre nós. Contudo, o pecado ainda pennanece na vida do homem, agora como uma força maligna (velho homem), procurando novamente escravizar o homem, lutando contra o novo homem, im- .. -~~s para serVIrmos a texto: "Se o Filho ). E Cristo vem até - do __:.:omo a "b 11 ertaçao _::\Ta o apóstolo Paulo ;:-le que crê (Rm 1.16). - c,;:; (crescimento das reli.- =c.cecostais). - ::'5U5 no mundo de hoje? plantado por Cristo (Rm 5 e 6) . Valdemar A. Arend NATIVIDADE DE NOSSO SE1'ffiOR - DIA DE NATAL 25 de dezembro de 1999 ?:'\lavra lida, nos sermões, Série trienal B, Evangelho: Lucas 2.1-20 1. O Texto no Ano Eclesiástico Os textos bíblicos evidenciam o serJlOr da história, que não deixou o mundo à própria sorte, antes, porém, efetiva os meios para que a salvação ao pecador seja uma realidade. Os outros textos para esta celebração são como segue. cognitivos e mentais. sendo qUê Cristo é a :::-_:::de, -77 - -- ..... __ .. c_- .••• Salmo 98: Este Salmo bem retrata o espírito natalino, de louvor e gratidão a Deus, por manifestar o poder e a salvação de Deus perante todas as nações. Isaías 62.10-12: O profeta manifesta a esperança que devemos fundamentar em Deus. As obras divinas em relação ao seu povo atestam a fidelidade e a restauração a Sião (Jerusalém), Através de seu povo, Deus torna notól1a a salvaç,ão, tomarldo célebre seu nome até os confins da terra, rito 3a4 ...7: Podemos descrever este texto como a jüstificação objetiva: o amor de Deus visa salvar todos os hom.en.5. A jllstificação s'ul~etiva (v. 7) diz àqueles que mediante a fé crêern enl Cristo, sendo declarados perdoados e herdeiros da vida eterna. Lucas 2.1 =20: Lu.cas5 carn toda propriedade5 descre\re o nascimento do FiL~o de Deus; do 'Verbo que se fez carne. Dues manifesta, assim, o seu propósito de salvar a humanidade através da vinda do seu Filho. n. O Texto no Contexto lU. O Texto no Vernáculo No v. 1, não há um propósito de determinar o ano do nascimento de Cristo, mas de situar no tempo as personalidades políticas da época. O decreto para o recenseamento visava a cobrança de impostos, um marco importante na obra de César Augusto. Cada cidadão judeu voltou à cidade de origem. Assim detenr..inava o decreto" José e I\1aria que esta\/arn na cidade de t~azaré~ por serem da "casa j D ... ., " ., Claro t e lamLtla ae ~ aVi."- drrlge111-Se a, n beleln \.n'J uciela, '\7. ~1) , n J texto- deIxa a ação de Deus no Inundo. Imperadores e reis submetem-se aos propósitos divinos, lnesmo selli percebere}}1 esta ÔJ;,ão. () nascÍmellto de C-risto CIYl Bele',,'1 di'!J1u'd'e'ia esta'l" detprrn\1"<>,-i,--. 11::."1:'''''''''''' "rtP-..•••...•. ele T!p"" "'-" ~"" •...•(T\!iCl -'~"--1....-' <; .---, '), ..•. Vl_ 1t ')-". 4_hvrl;" Em poucas palavras o e\/L:ngeli:3ta relata o Ilascimento de (v. 6-7). O relato é suscinto, COE"1 repercussão na terra e riO céu. Criaturas angelicais fazem parte do decreto divino. Eles pregam o evangelho da salvação. O medo dos pastores no campo, diante da manifes']' .•....•....•.. ~ ..•.••••.•. _ júbilo. O evangelho é poder de D:::_: do nascimento sob os seguin:e;: c:- ~,. Salvador, que é Cristo, o Senher __ divina e humana de Cristo. Ele :: c, implica em ser salvador, em reTLr Os pastores deram crédit,~ -,-" _~_, _, olhos extraordinário fato, sendc _ "tudo o que íD.lham ouvido e \'i5t: IV. Persuasão O Evangelho de Lucas reSgi:i __ Palavra de Deus. A preocupação err; ,ede Deus entre os homens, leva Luc:~ nascimento de Cristo. Por outro li':'. :=: Lucas, após criteriosa pesquisa quanto aos fatos históricos que marcaram o nascimento de Cristo, transcreve-os de maneira objetiva, autenticando, assim, as narrativas das "testemlLrllaS oculares" (1.2). .C' tação da "glória do Senb.or·· " c. sagem que os anjos transmite::c O conteúdo da pala\'Ta :Lé',~c.:.: ~ _,.." ..•. ~ __ .•...•. ,..<. .J ••. _ . -~ - 78 - acontecimentos imperiais e regioD3:" nascimento de Cristo, é para asseg'..'C:..:__ dades que foste L.'1struído"(1.4), con: - -:-J.: celentíssimo Teófilo". Somos Corl"'~ : dades da Escritura, conforme apren:'.e-' - : da escola dominical, catecismo. e5r-~=- : Objetivo: Que os ouvintes sejam re-:;--a des em que foram instruidos sobre Cr:~:_ ldoléstia: Falta de conscientizaçàc Falta de instrução quanto à grayids~; como o senhor e salvador. Tomar-so: -= ,,-:: 2• =-,0:;' prometer-se com a boa nova da 53>2~ ,- 1" .Meio: Jesus Cristo é o único serj-i~r o:=.2~ Deus, veio para salvar a criatura c i::":' 0::= -.::.:lmo, de louvor e :.:ô Deus perante todas .1 ,.:pe devemos fun':eu povo atestam a de seu povo, Deus confins da terra. - ç, ~ustificação objeti- _,élsÜficação subjetiva sendo decla= tação da "glória do SenllOr" (v. 9), converge para o evangelho, para a mensagem que os anjos transmitem: "Não temais" (v. 10). O conteúdo da palavra anunciada pelos anjos é de consolo, amparo e júbilo. O evangelho é poder de Deus. Os anjos declaram o fato consumado do nascimento sob os seguintes aspectos (v. 11): "na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor". Os anjos falam de doutrina, da natureza divina e humana de Cristo. Ele é o único que é o "Cristo, o Senhor". Isto implica em ser salvador, em remir os pecadores (1.77). Os pastores deram crédito à mensagem. Confirmam com os próprios olhos extraordinário fato, sendo levados a louvar a Deus e a testemw-mar "tudo o que tinham ouvido e visto" (v. 20). _~screve o rlâSClrnento ...~njfesta, assim, o seu _, "eu Filho. :'::tos históricos que mar.-''3.neira objetiva, autenti.~.i. '- :::;. (12) ' ..~.' o' • ;, ano do nascimento de da época. O de~ impostos, um marco Ím- IV. Persuasão O Evangelho de Lucas resgata o estudo e a seriedade com respeito à Palavra de Deus. A preocupação em ser fiel, ao transcrever os fatos da ação de Deus entre os homens, leva Lucas a documentar o contexto político do nascimento de Cristo. Por outro lado, não se perde nos bastidores dos acontecimentos imperiais e regionais. O propósito de Lucas, em relatar o nascimento de Cristo, é para assegurar os cristãos sobre a "certeza das verdades que foste instruído" (1.4), cOl1-Íormeprimeiramente dirige-se ao "excelentíssimo Teófilo". Somos convidados a continuarmos firmes nas verdades da Escritura, conforme aprendemos de nossos pais, na igreja: através da escola dominical, catecismo, estudos bíblicos e mensagens. Objetivo: Que os ouvintes sejam revigorados na fé com respeito às verdades em que foram instruídos sobre Cristo. =~rn.Assin1 determinava o "'~azaré, por serenl da ~'casa -t). () texto deixa claro a ~~-'metem~seaos propósitos de Cristo C}Yl __ ~1eus Ctvfq 5.2; IvIt 2,4-6). T1J.scinlento de (~ristu C'v. =, 1\1oléstia: Falta de conscientização (pessoal) do estudo da Palavra de Deus. Falta de instrução quanto à gravidade do pecado e o que representa Cristo como o senhor e salvador. Tomar-se mero expectador do Natal, sem comprometer-se com a boa nova da salvação. Meio: Jesus Cristo é o único senhor e salvador. Sendo verdadeiro homem e Deus, veio para salvar a criatura caída em pecado. divino. Eles pregam o CanlpOj diante da 111anifes- ::':::, "0;;'[0 __ =. -79 - Tema: Comprometidos com o Evangelho! (Como?) A. Crendo no que fomos instruídos. B. Vivendo no que aprendemos (santificação). Celso Wottrich aspecto fundamental ante de Deus, visto manas precárias. O templo nos mostram na cumprir nascimenr:. "as limitaçÔeõ " IH. O Texto no Vernáculo CIRCUNCISÁO E NONIE DO SEf..frIOR - DIA DO ANO NOVO de janeiro de 2000 Série ii-ienal B, Evangelho: Lucas 2.21 10 1. O Texto no Ano Edesiástico Visto os calendá.rios civii e eclesiástico seguirem camiili~os diversos, a festa da circu.ncÍsãü de Jesus assumiu papel secili~dário 110 calendário litÚ.rgico. I':oucas são as congregações que ail1da celebram esta fe·sta menor, Mas, o dia tem seu valor, especialmente se olharmos da ótica da humÜhação de Cristo, Ao ser circuncidado, Jesus cumpriu a lei, colocando-se à 111ercê dela a de se tornar ü 110S80 -salvador. Todo o contexto, que inicia no .l\.dvento até a Senla:na Sarlta, r10S faz olhar para a lrcunanjdade de leituras do PaSSâIldo pelas aSSUll1e illil d(;t(;nmin.ii<10 nc.nne do Senhor se percebernos que o nOllle do caráter em relação a sua obra (Salnlo 8): o "A grada salvac.ão diz Paulo ça de Deus rnanifestada em Cristo e (} HientlIlcan10S (} nOl11e Senhor (Rolnanos 1.1=7). En1 NÚlYlerOS (6022-2 nas bênçãos que Ele TiOS confere. :no C111 ação sal'(~.rific-a para o h0111ern O Texto no Contexto o capítulo 2 de Lucas 1108 rernete à histÓria do nascÍnJento de Jesus corn todos os detalhes 11ccessários para reconi1ecê-lo COlno cU111pridor das promessas de Deus. Os primeiros leitores de L,llcas, cristãos de orige111 gentnic8~ puderarn perceber, assirn COI110 _nóshoje~ a universalidade da graça de Deus no Hlenino nascido eln Belém. 1\0 assu1l1ir a condição 11Uil1ana, o de aSSlliue para si as exigênCias da leL clli~lprÜ1do-aelYi 11.0550 lt~gar. - 80- Neste versículo único, L1CZi3 :: humartidade de Jesus. Primeiro, ccl:,;:-. circuncisão. Depois, nO nome de J::,~, ção", sendo que isto caracteriza a 0'::-;2 .. _ A ordenação da circlL.'lcisão L õ que tem oito dias será circuncidadc ~:-.~-: ções", A identificação física era a m2.~~':' soa fazia pa..rte do mesmo povo d2. Abraão. Além desta perspectiva, a~é:- __ aspecto espiritual por trás de seu ate: lhava-se pera.nte Deus~ reconh,ecendc· marca como alguém que foi resgatad.: ,, __~ Há correlação com o batismo crist; família da fé, ta.'Ilbém precisamos díar-:.::::·,:;-, Deus para canosco pois ela nos traz S8;- é,. 1, Outro aspecto do estado da hLl.::l'.::-,.::ç lacionado ao nome Jesus. "O Senhor é 3_" 3 c, ..... _ promessa de que do descendente de como nós, sujeito às leis que regem :::~"::'O "\ osa. Percebemos ao longo dos reiatüs Ç:'. c~_~ às normas de seu tempo - só que (; s~... se nosso Redentor. Lucas demonstra anteriormec:,e __~ Quando o fuijO de Deus anuncia a \fans . _ Jesus já aparece, juntamente com c 5~ -' _ .. _ se fundem em Jesus. Celso W ottrich aspecto fundamental ante de Deus, visto manas precárias. O templo nos mostram na humilhação de Cristo. Ele é o nosso substituto dicumprir perfeitamente a lei, mesmo em condições hunascimento, a visita dos pastores, a oferta levada ao as limitações humanas de Jesus e sua família. IH. O Texto no Vernáculo •• 1 .•• ~~'gulrem Camlfi..110Scilversos, ..::l secllndário no calendário cele-bram esta Íesta menor. se olhannos da ótica da hu:~'Llnlprilla leis colocando-se .lclor. ° contexto, Todo que cllh.ar para a htnnanidade de obra (Salrn.o 8); o grai;aul0 sal vacao 8 Sl13 o llornern • ~' __ 7 -; "j ~L}JJna. Jl,,- • Neste versículo único, Lucas foi bastante criativo para caracterizar a hu,'1lanidade de Jesus. Primeiro, coloca-o sob a lei, quatldo a cumpre com a circuncisão. Depois, no nome de Jesus, que sigrljfica "o Senlwr é Salvação", sendo que isto caracteriza a obra vicária de Cristo em nosso favor. A ordenação da circuncisão nos leva a Gn 17.12; 21.4 e Lv 12.3: "o que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações". A identificação física era a marca que mostrava se determinada pessoa fazia parte do mesmo povo da aliança que Deus estabelecera com Abraão, Além desta perspectiva, a circuncisão nos leva a identificar um aspecto espLritual por trás de seu ato: o homem, ao ser circuncidado, humiLlJ.ava-seperante Deus, reconhecendo suas limitações, lembrando-se de sua marca como alguém que foi resgatado e chamado à aliança do Deus Eterno. Há conelação com o batismo cristão, onde além de sermos chamados à família da fé, também precisamos diariamente ter em mente esta aliança de Deus para conosco pois ela nos traz salvação. Outro aspecto do estado da humilhação presente neste texto está relacionado ao nome Jesus. "O Senhor é salvação" significa que se cumpriu a promessa de que do descendente de Davi viria o Salvador. Jesus é homem como nós, sujeito às leis que regem nossas vidas, tanto civil, moral e religiosa. Percebemos ao longo dos relatos evangelísticos como Jesus se sujeitou às normas de seu tempo - só que o seu cumprimento foi perfeito, tomandose nosso Redentor. c~Óriado nascimento de Jesus :nhecê-lo como cmnpridor das Lucas demonstra anteriormente este aspecto no seu evangelho. Quando o anjo de Deus anuncia a Maria o nascimento do Salvador, o nome Jesus já aparece, juntamente com o seu conteúdo salvífico. Nome e função se fundem em Jesus. :je orÍgelYi genti1ica, puderan_l _~~,j?,deda graça de Deus 11.0 111(',hW.lluna, o _~_~-~Gc;-acrn r108SO . - . lugar, Este é o - 81 - IV. Persuasão quando ocorrer o dia de>,;l::2_ (Púlpito, vaI. 2), a festa tem,,-'.:: ração do nascimento de lestE .. '. ~ Pensamento central: Cristo sltieita-se à lei em nosso favor. dora na sua mensagem: a gn~J : o, __ reflete o grande "Cristo para T: __ 5 todos indistintamente, quer paE ~. - =-:i ricos. quer para pobres; quer p2::: __~ mente de raça, procedência, líng'12 :: :: . Moléstia: As nossas limitações nos levam a crer em algo fora de nós. Todo o ser humano, por mais que se considere moralmente uma boa pessoa, perceberá, ao longo de seus dias, todas as iniqüidades praticadas, talvez, no íntimo de sua mente. lI. O Texto no Contexto Meio: Cristo é o caminho, pois assu.'lliu a forma de servo, sujeitando-se à lei e cmnprindo-a de forma perfeita, resgatando-nos de nossas limitações eternas. Já hoje podemo~ nos animar quando nossa vida e trabalho não são perfeitos, visto camir.L.11annos para uma cidade que é eterna. o evangelista Mateus dir1~'- __ meio, os judeus. Eis aí a razão di: ó:: _ ~. profecias do Antigo Testamento CC::T -: sua obra por ele narrados. Mateusiç=-.:J: .Óc O~jetivo: Reconhecer que Cristo veio ao mundo para ser o nosso Salvador, sl~eitando-se às mesmas limitações que nós temos, mas vencendo-as, tornando-se o Salvador de todos os homens. ção que Cristo é a continuação do (::- : num novo acordo e, até mesmo, qu;;- C .. ó:, iniciada lá no Antigo Testamento. E .:ó", crito com a lista dos antepassados de .'=: V. Sugestão de Esboço Deus. Para Mateus, em Jesus se C.IL~~~ mento. Num contexto mais próxim~ . .:-; Mateus mostra a reação de Herodes .':-:; lia de Jesus, antes de saltar mais ou =.:::: início do ministério de João Batista:: ::SI As outras leituras do dia sào ::._. Jesus, é o autor da salvação. Porque? A. Ele cumpriu a lei perfeitamente. B. Ele nos deu o exemplo de humildade. C. Ele nos deu a condição de sermos eternamente perfeitos. Clóvis J. Prul1zel mão, nos apresenta um rei justo. ;::t. peitado, honrado, cujo Reino não ter" ~.= que ele próprio, pois é uma re:fe;~rL: temos pintada uma imagem do _""~ .~ salém porque o Senhor a ilumin.rá: : =- ~ com as nações (gentios também: tr.::::=-:: e adorná-Ia. Transparece nesta p:::: ~._ clamação de que ainda há um fu,:,.-:: _ :30, EPIFANIA DO NOSSO SEl'U:iOR 6 de janeiro de 2000 Série trienal B, Evangelho: Mateus 2.1-] 2 I. O Texto no Ano Eclesiástico A Epifania é celebrada no dia 6 de janeiro. No Novo Testamento. engloba a manifestação de Jesus em glória, por ocasião da prin1cira para a obra da salvaç:Io, e da segunda vinda, para a manife.staçf:[() final - 82 - I Comentários interessantes sobre o L::.;-'.: :' 30; Igreja Luterana, 30. trimestre 19-9':'7 204); e Vox Concordiana 8í2, i992.;;: ::,,=-. l-:-: < 20 fora de nós. Iodo .:,.lIna boa pessoa, per~~. praticadas, talvez, no L-.....•. ~~:ervo, sujeitando-se à .: de nossas limitações -:ia e trabalho não são . ~ar\ra n 1 dor~ ~_.ser o nosso ~·eitos. Clóvis ]. Pnmzel ~1-12 • 1 \,.'lHua. IlllaL quando ocorrer o dia do juizo. Segundo informações de Otto A. Goerl (Púlpito, vaI. 2), a festa tem sua origem na igreja oriental, como comemoração do nascimento de Jesus. A Epifania, o Natal dos Gentios, é consoladora na sua mensagem: a graça salvadora de Deus é universal! A Epifania reflete o grande "Cristo para Iodos". Ela anuncia: Cristo é salvador para todos indistintamente, quer para homens, quer para mulheres; quer para ricos, quer para pobres; quer para judeus, quer para gentios; indiferentemente de raça, procedência, língua e posição.! n. O Texto no Contexto o evangelista Mateus dirigiu o seu escrito para as pessoas do seu meio, os judeus. Eis aí a razão do seu constante esforço em relacionar as profecias do Antigo Testamento com os acontecimentos relativos a Cristo e sua obra por ele narrados. Mateus demonstra a cada instante em sua narração que Cristo é a continuação do plano de Deus, visto que agora se está num novo acordo e, até mesmo, que Cristo é a culminância da obra de Deus iniciada lá no Antigo Testamento. É assim que Mateus começa o seu escrito com a lista dos antepassados de Jesus, ligando-o à história do povo de Deus. Para Mateus, em Jesus se cumprem as promessas do Antigo Testamento. Num contexto mais próximo, após a narração da visita dos magos, Mateus mostra a reação de Herodes à traição dos mesmos e a fuga da família de Jesus, antes de saltar mais ou menos trinta anos a fIm de relatar o início do ministério de João Batista e mesmo do próprio Jesus. As outras leituras do dia são como segue. O 81 72, escrito por 8alomão, nos apresenta um rei justo, reto, compassivo, bondoso, perene, respeitado, homado, cttio Reino não tem fronteiras e nem fIm, muito maior do que ele próprio, pois é uma referência ao próprio Messias. Em 1s 60.1-6 temos pintada uma imagem do brilho e da glória que caracterizarão Jerusalém porque o Senhor a iluminará com a sua luz. A imagem se completa com as nações (gentios também!) trazendo dos seus tesouros para edifIcá-la e adorná-Ia. Transparece nesta passagem, num primeiro momento, a proclamação de que ainda há um futuro grandioso reservado para a Jerusalém ! Comentários interessantes sobre o texto podem ser encontrados em PÚlpito, vol. 2, pp. 930; Igreja Luterana, 30. trimestre 1979, pp. 61-62; Igreja Luterana 50/2,1991, pp. 201204); e Vox Concordiana 8/2,1992, pp. 76-80. - 83 - -~~-----!!I!!!!!!!!!I!I_--------- terrena. Num segundo momento, anuncia-se a Jerusalém celestial a ser concretizada por Deus nos últimos dias, pela eficácia do poder de Deus, por causa do seu amor e da sua fidelidade. Na epístola de Paulo aos Efésios (3.2-12) temos revelado o segredo de Deus, ou seja, a salvação pela fé em Jesus Cristo. O apóstolo deixa bem claro que a revelação deste segredo é para "todos", que quer dizer "para os gentios também"t Paulo sabe-se escolhido para levar avante o segredo a fim de que deixe de sê-Ia, tanto para os judeus como para os gentios espalhados por todo o mundo. ° "viemos para adorá-l'~' "viemos adorá-Io" (C,EF). menino" (G). V. 3: "alarmou-se" (Aí, "f: .., _ -::- .: cupado" (C), "ficou alarmado" ~ perturbado" (G). V. 4: "principais sacerdote, dotes e os escribas do povo" (B1. ":" :'-:::'13 da Lei" (C), "os chefes dos sacercL:;;:, cipes dos sacerdotes e os escritas judeus" (G), V. 6: "a menor entre as princifs, .= " .. _u _ . . cwa , , d e"n d e J u d'" a (B)", a n,en,," paiS (C), "o menor entre os clãs de Judá" =: dá" (E), "a menor entre as capitais ,-" . __ daica sem importância" (G). "de ti sairá o Guia" (A,F), "de ri rá o líder" (C), "de ti sairá um chefe" -. será levantado daí" (G). "que há de apascentar" (A.F!, (C), "que governará" (E), "para dirig:r4' V. 7: "inquiriu deles com pre: deles a época exata" (B), '~:pergl.llY:c-'_J _ certificar-se carn eles a respeite: ck· .:=""-.~ época exata" (E), ;'inquiriu exatamen::: deles a época exata" (G). V, 8: "Ide informar-vos (',," - - - :: ~ i: :-:" llI, O Texto no Vemácuio Versões e títulos: T a) Almeida Revista e Atualizada: A visita dos magos. b) Tradução Ecumênica: A visita dos magos. c) Bíblia na Linguagem de Hoje: Os visitantes do Oliente. d) Bíblia de Jerusalém: A visita dos magos. e) Claretiana: A adoração dos magos. f) Almeida Revista e Corrigida: Os magos do Oriente, g) The Living Bible: Os sábios do Oriente. Texto: V. 1: "uns magos do Oriente" (A), "magos vindos do Oriente" (B), " a 1guns h omens que estwd avam as estrelas l' VIeram d-,o unenteq r.' "('~"" Lj, magos do Oriente" (D), "magos vieram do Oriente" (E), "Ul1S magos vieram do Oriente" (F), "algui'1s sábios das terras do Oriente" (G), \'" 2: "Onde está o recéül-nascido Rei dos Judeus?" (A,,);"Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer?" (B)~ "Onde está o menino que nasceu para ser rei dos judeus?~~ (C), ;'Ollde está o rei dos jude'us recém,. ?" .. " de nascer .~.,-~, nascIdo ~ (D')," "0.1 nue esta, o reI., aos Judeus que acaba (' (i:j, "Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?'~ (F)~ HOnde está o Rei dos Judeus recém-nascido" (G), "'vinlos a sua estrela no Orierlte"(l\ ..,C,E,F), "vimos o seu astro no ()riente" (B), "vimos a sua estrela no seu strrgir" (D), "vimos a sua estrela nas distantes terras do Oriente" (G). - 84 . G0111 exatidão" (B), "Vão e proclli"":"aiobter informações procureE~ exatas "Ide, e perglLfltai diligentelrlerlte" /:;..B{blia de Jerusalém e a -;, > ar" enquanto as outras traduzem ..;lj_=-~~ V" 9: "estrela" (J\,C,I:i:-E~F .Cr V. 10: "alegraram-se cem ;r,:~~-=:: lLl1laalegria muito grande" (Bi, ,.:~~ "alegraram-se imensamente" n , --=--::. J •--- .~~'lsalém celestial a ser poder de Deus, por de Paulo aos Efésios - - _ '- :10 salvação pela fé em 'Ôlação deste segredo é ..ornbém"! Pauio sabe-se 2, deixe de sê-Io, tanto o mundo. "viemos para adorá-Io" (A), "viemos prestar-lhe homenagem" (B), "viemos adorá-ia" (C,E,F), "viemos homenageá-Ia" (D), "viemos adorar o menino" (G). V. 3: "alarmou-se" (A), "ficou perturbado" (B,C), "ficou muito preocupado" (C), "ficou alarmado" (D), "perturbou-se" (F), "ficou muitíssimo perturbado" (G) . V. 4: "principais sacerdotes e escribas do povo" (A), "sumos sacerdotes e os escribas do povo" (B), "os chefes dos sacerdotes e os professores da Lei" (C), "os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo" (D), "os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo" (E,F), "líderes religiosos dos judeus" (G). V. 6: "a menor entre as principais de Judá" (A), "a menor das principais cidades de Judá" (B), "a menor entre as principais cidades de Judá" (C), "o menor entre os clãs de Judá" (D), "a menor entre as cidades de Judá" (E), "a menor entre as capitais de Judá" (F), "você não é uma vila judaica sem importância" (G). "de ti sairá o Guia" (A,F), "de ti que sairá o chefe" (B), "de você sairá o líder" (C), "de ti sairá unI chefe" (D), "de ti sairá o chefe" (E), "o Rei será levantado daí" (G). "que há de apascentar" (A,F), "que apascentará" (B,D), "que guiará" fCI. ~o"emara'" (E) "rwf::J " I ~ "q'lP •••. 1 o " pd -~c1irigrr' -- ..•. "(G) \. V. 7: "inquiriu deles com precisão quanto ao tempo" (A), "inquiriu deles a época exata" (B), "pergu.lltou qual o tempo exato" (C), "procurou certificar-se com eles a respeito do tempo" (D), "perguntou-lhes sobre a época exata" (E), "inquiriu exatamente deles acerca do tempo" (F), "obteve deles a época exata" (G). V. 8: "rde infoffi.lar-VOs cuidadosamente" (A), "Ide informar~vos ·l"~·~ P.'7·.:lt-i·.:ã~ -~Yt1 lnlOnnayües • __ c - rr-~ 1DelYice rt as 5~ \ L, "YdCVlll vA~uU~C ••" \1--'j, ",\17.. V"O v i:hOCllil:O,l, 1 e a" procurai obter infom1açÔes exatas]'; (D)3 '~Ide e informai-vos bem" (E), "rde, e perguntai diligentemente" (F), "procurem o menino" (G), A Bíblia de Jerusalém e a Tradução Ecumênica trazem "homenagear" enqufulto as outras traduzem "adorar". v•• o. J. "", vStr .ela ' "(v"l., C,DE, ,F ,u), '" " as.tr" o (B) . V. 10: "alegraram-se com grande e intenso júbilo" (A), "sentiram ll.rna alegria muito grande" (B), "ficaram muito felizes e contentes" (C), "alegraram-se imensamente" (D), "os encheu de profunda alegria" (E), L!l.~ ;I1dos do Oriente" (B), ()riente" (C), "magos "uns magos vieram do .j-~us?" (Aj, "Onde está __ ,,'stá o menino que nas~ • 1 • ~ ~e] aos judeus recemJ:::30a de nascer?" (E), ~~Ondeestá o Rei dos T .t.. • l.. \ -," f"R-""),\ p> t""'l1'" It""""\) ..• A o seu astro no '~vimos a sua estrela - 85 - ---------~ ~---~~ ~ - -- - "alegraràm-se muito com grande júbilo" (F), "a alegria deles foi enorme" (G). V. 11: "se ajoelharam" (C,G), "prostrando-se" (os outros textos). "entregaram-lhe suas ofertas" (A), "abrindo seus escrinios, ofereceram-lhe de presente" (B), "abriram as suas caixas e lhe oferecer3-11lpresentes" (C), "abriram os seus cofres e ofereceram-lhe presentes" (D), "abrindo os seus tesouros, ofereceram-l."'1epresentes" (E), "abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas" (F), "então abriJam os seus presentes e lhe deram" (G). V. 12: "sendo por diviIia advertência prevenidos em sonho" (A), "divinamente avisados em so11.ho"(B), "num sonho Deus avisou" (C), "avisados em sonho" (D), "avisados em sonhos" (E), "sendo por divina revelação avisados em sonhos" (F), "Deus lhes tinha avisado num sonho" (G). 8Tjacwpoúç: caixinha, receptá c V • 12 " , L : ovcxp: S011110. V. Conceitos Básicos , ") 1 : pessoa ou ~::h.~: ~CXYOl (v. __ especialmente a interpretação d2s ~'-" :; coisas. Seriam astrólogos erudin~ co: DITNT que os magos em questãc ~,2- ~,~ do ocultismo, nem mesmo astrÓI:;:; que mostrava sinais no céu, e que ~-=-_ ::: cometa ou supernova) indicaya. ~~:-'cumprira a promessa acerca da Q'j2 c" no oriente. Desde a época de Te I';-. __ sido três magos. Mas é apenas tradiç ~_ TIpO<JKlJVÉW (v. 2): prostrar-se :'-,-: designar o costume de prostrar-se i:e'o.= a orla de suas vestes, o chão, ete. i.~~=de. Sempre que é feita a reverênci::: ::: de que Ele é o Rei, ou seja, o grande; S :::-1 ,U '- ","-. _ ~;...;. --' :?t1'f'ilp (v 9)' Fstrela N;;" ção do nascimento de um grande 5·: -: : nos céus. Jonanes Kepler sugeriu C;'_::' -'- ~ uma conjuilção dos pla.fletas Júri;:::,: =: a.C. Como diz D.A. Hagner, "(::\2: -;._::: ção astrológica judaica acerca i::: .. -..: comlliü de Júpiter com o govemc -=- ,",c -=-_, IV. O Texto no Original V. 1: &:v(cmÂ.~: o surgir das estrelas, e depois, o nascer do sol. A palavra traduzida "oriente" sigpifica "a partir da nascente" do sol. O signit1cado geográfico é oriente. V. 2: tÍK'1:w: dar à luz. BaoL).EúÇ TWVIouócxlwv: Rei dos Judeus; é um título messiânico. V. 3: nxpcX.aaw: sacudir junto, agitar; figo remexer, perturbar, inquietar, lançar em confusão. V. 4: &.PXLEPEÚç: sumo sacerdote. YPcx~llcxrEúç:escriba. TIUVe&VOllCXL: indagar. O uso do verbo no tempo imperfeito sugere que Herodes indagou repetidas vezes. v V. 6: 'ç' . E<.EPXO~CXL: sarro " ab'nr. - 86 - \ .•• ~ t. • ~ -=-= I yw: \" • I x,o·üoo'·ç ~YOÚllEVOÇ (~YÉollat): guiar. Usado para homens em posição de liderança. TIOL!J.CXtVW: pastorear, apascentar, levar à pastagem. Figuradamente, é uma referência à atividade de proteção, regência e governo. V. 7: &KPlPÓW:aprender exata ou acuradamente. V. 8: EÇHcX(W: examinar, indagar. 1TcxlótoV:diminutivo de criança. V. 10: Xa.Pá::alegria. V. 11: TIL1Trw:cair. aVOL l.\......, ('\T , • 111' J' o'w"\ u!u. '-"-'-"--'- .1. bra a perfeição do céu. , 'R •.• Incenso, ol1barc ~ ,Ü!-'1XVOÇ: rios tipos da aigumas árvores D2< baliza tanto a atividade de Jesus ~~:. =- - __ ~ .:. c ~:--- são (Hb 7.25). A vinda de gem; - ~ _. -. expectativa judaica. , • T' O~lJpV1X:mirra. Lrâ LllI'. presente muito estimado. ... ~c:= toi enorme" çscrímos, oferece__o:Iereceram presen-~:~~iles"(D), "abrindo - :-.::C os seus tesouros, ~sentes e lhe deram" _ - -: em sonho" (A), "di- Cc"'l~ '-'''''0''L''h (jnv'sn •. :l~. U." (""" . pUr divina revelaçã.o sonho" (O). :~.:scerdo sol. A palavra do soL O sigr.J.ficado -:u.lc messiânico. ._ :::er, perí'..rrbar, inquietar, :::perfeito sugere que He- - :-.':-em posição de liderança. --;e::::1, Figuradamente, é uma ·-erl10. 8Tjocwpoúç: caixinha, receptáculo para valores. V. 12: ova.p: sonho. V. Conceitos Básicos (v. 1): pessoa ou sacerdote babilômco ou "sábio" que conhece especialmente a interpretação das estrelas e dos sonhos, bem como outras coisas. Seriam astrólogos eruditos (Tasker). 1. Stafford Wright escreve no DITNT que os magos em questão não eram praticantes grosseiros das artes do ocultismo, nem mesmo astrólogos comuns, pois acreditavam em Deus que mostrava sinais no céu, e que um certo corpo celeste (planeta, estrela, cometa ou supernova) indicava, pela sua aparência e posição, que Deus cumprira a promessa acerca da qual devem ter ouvido da parte dos judeus no oriente. Desde a época de Tertuliano surgiu a tradição de que teriam sido três magos. Mas é apenas tradição. 1TPOOKUVÉW (v. 2): prostrar-se para adorar, reverenciar. Usado para designar o costume de prostrar-se diante de uma pessoa e beijar-lhe os pés, a orla de suas vestes, o chão, etc. É demonstração de reverência e humildade. Sempre que é feita a reverência diante de Cristo. demonstra-se a idéia de que Ele é o Rei, ou seja, o grande Senhor sobre todas as coisas. aot~p (v. 9): Estrela. Não era incomum no mundo antigo a associação do nascimento de um grande soberano com fenômenos extraordinários nos céus. Johanes Kepler sugeriu que a estrela vista pelos magos teria sido uma conjunção dos planetas Júpiter e Satumo que ocorreu três vezes em 7 a.C. Como diz D.A. Hagner, "esta possibilidade é reforçada por uma tradição astrológica judaica acerca da conjunção, bem como pela associação comum de Júpiter com o governo soberano e Satu...rnocom o povo judaico". xpuaóç (v. 11): ouro. Oferta generosa de valor duradouro que lembra a perfeição do céu. H~a.voç: incenso, olíbano, uma goma branca e resinosa obtida de vários tipos da algumas árvores na Arábia. Seglliido o DITNT, o incenso simboliza tanto a atividade de Jesus quanto o seu oficio sacerdotal de intercessão (Hb 7.25). A vinda de gentios trazendo olíbano para o Messias era uma expectativa judaica. OflÚPVa.:mirra. Era um item (goma, fragrância) de comércio e um presente muito estimado. }.l.tXYOl - 87 -- XPrlflccd(w (v. 12): ser informado. Tem conexão com "oráculo" Neste caso pessoas recebem instrução de Deus mediante revelações. No grego clássico significa fazer negócios, dirigir os negócios pÚblicos, então aconselhar, consultar sobre questões públicas. VI. Pensamento Central Jesus Cristo se revela salvador a todos os seres humanos. Cristo para todos! VII. Persuasão Alvo de Fé: Deus em seu plano eterno abre a todos os seres humanos a possibilidade de crerem para que, crendo e confiando naquilo que Cristo, o Filho de Deus, por eles fez, possam, gratuitamente, ser incorporados ao seu grande povo. "Quem crer e for batizado será salvo!" Moléstia: A universalidade da graça pressupõe a universalidade do pecado. Nós, às vezes, temos dificuldades em reconhecer estas duas realidades. Numa situação, podemos estar vivendo nossa vida de discípulos achandonos superiores aos outros, imaginando que nossa vida contabiliza um número muito menor de pecados do que a vida dos outros (não-cristãos, membros de outras denominações, etc.). Em outra situação, podemos, como família, congregação ou denominação, estar nos transformando espontaneamente num gueto, ou seja num gmpo fechado e ensimesmado, o qual não consegue ser, apesar da ação propulsora do Espírito Santo pela Palavra, um canal eficiente da graça de Deus. E, então, as nossas atitudes acabam por tomar-se atitudes como as de Herodes: procuramos destruir aquilo que questiona e anleaça a nossa acomodação. A nossa acomodação~, juntarncnte com tudo aquilo que fazemos para preser\lá-la~ conduzirá ao erltristeeer do Espírito Santo. A seguir, tra..'1sparecerá a frieza. E a frieza espiritual nos conduzirá, com certeza, para a morte espiritual. lvfeio: Jesus Cristo veio para todos! Ele é o Salvador de todos. Ele é o F~ei de todos. Ele é o Guia e Pastor de todos. Ele é o motivo da alegria de todos. Ele é o motivo da adoração de todos. Os nlagos descobrirarn do evangelho e creram, Quem mais crerá nesta mensagem? - 88 - a rnens2,gern VIII. Sugestão de Esboço Tema: Todos para Cristo! A. Cristo também é para nÓs. 1) Jesus é o Salvador e o Rei des L::~ 2) Nós não somos do povo primeT= 2: ='" 3) Mas agora nós fomos aprOXilT:'::':: _. lPe 2.10). B. Cristo não é só para nós. 1) Agora nós somos o povo de DeL= 2) A salvação é uma necessidade de 3) Só os salvos (o povo de Deus) use como mstru.'1lentos: a) At 2.8: "Sereis minhas testemurJ.:.:' b) Mt 28.18-20: "Ide, portanto, fa:.::e:::" c em "oráculo". "':: re\'elações. No _.:5 públicos, então ·llllanos. Cristo para .: 'JS seres hu,'Uanos a La.quilo que Cristo, o =~ l..clcorporadosao seu VIII. Sugestão de Esboço Tema: Todos para Cristo! A. Cristo também é para nós. 1) Jesus é o Salvador e o Rei dos Judeus. 2) Nós não somos do povo primeiro de Deus, segundo o sangue. 3) Mas agora nós fomos aproximados pelo sangue de Cristo (Ef 2.13,14; IPe 2.10). B. Cristo não é só para nós. 1) Agora nós somos o povo de Deus 2) A salvação é uma necessidade de toda a humanidade 3) Só os salvos (o povo de Deus) podem ajudar não impedindo que Deus os use como instrumentos: a) At 2.8: "Sereis minhas testemunhas ..." b) rv1t28.18-20: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações ..." ersalidade do pecado. ::"tas duas realidades. Valdemar A. Arend discípulos achandoia contabiliza lL111 nú- _Ç: outros (nao-cnstaos, '- .. ,::.ç-ão,podenlos, como .~.'IÓrmando espontane"mesmado, o quall1ão ·:·amo pela Palavra, um .:': atitudes acabam por ciestrmf aquIlo que ••• « jlliltamel1te ~ _.21rá ao entristecer do nos T1'leza de tCH.:lOS. Ulen:;ageDl - 89 - RESENHAS BIBLIOGRÁFICAS informar o gênero dos \'erbete~ .-"~~ eXiste a Iorma Q aI. :-.::' , Sch,o,'el "k ' "(;,('".3.,:",, ~ '. C: __ o SchOkel, Luis Alonso. Dicionário Bíblico Hebraico-Português, trad. Ivo Stomiolo e José Bortolini, São Paulo: Paulus, 1997, 798 pp. o Dicionário Bíblico Hebraico-Português é tradução portuguesa de 1997 da recente publicação em língua espanhola em 1994. Luis Alonso Sch6kel, professor do Pontificio Instituto Bíblico, de Roma, é biblista conhecido e atuante na academia européia, com particular influência nos países de fala espanhola. O mesmo tem oferecido significante contribuição para os estudos da estruLrra literária dos documentos da Bíblia Hebraica, assunto no qual as suas publicações são referências necessárias. Em outras áreas, a obra de Schõkel tem sido parcialmente divulgada no Brasil pela Paulus Editora, sendo que a série Grande Comentário Bíblico, com alguns volu..'Uesjá traduzidos e publicados, merece atenção. O atual dicionário de hebraico foi originaL'1lente publicado em sua forma final espanhola pelo Editorial Trotta, de Madri, em 1994. No entanto, este é o produto final de um longo trabalho (coisa de vinte anos) duma persistente equipe cuja redação do primeiro verbete iniciou em 1976. De lá até a publicação da tradução portuguesa (em 1997) lh'll exaustivo caminho foi trilhado. Porém tal persevera.l1ça resultou numa obra de primeira qualidade. Como toda boa publicação, o dicionário tem a sua própria personalidade. A base de todo o empreendL'11ento é a NuevCi. Bíblia Espcdlola. A fonte de toda a matéria do dicionário é a Bíblia Hebraica com o acréscimo dos códices hebraicos do livro de Eclesiástico. Em números redondos, cerca de 5000 vocábulos são dicionarizados, muitos dos quais são utilizados uma ou poucas vezes na Bíblia Hebraica. A organização dos 2entidos e traduções dos vários verbetes orienta-se por uma lógica semámic2L Quando possível, tenta-se agrupar os vocábulos também por campo semântico, Informação abundante sobre os verbetes e grande quantidade traduçi5es são disponibilizadas ao usuário. Isto inclui as nuâncias de tracÍ1'içi.\o a respeito de expressões usadas com verbos ou preposições, por exerrrpl Sinôrumos, antôpimos, sentidos correlatos e associados com os verb~tt's, todos são oferecidos. Por oütro, o diciorlário talnbém diferencia-se dos que se acham a disposição no mercado livreiro. Via de regra, a obra não se precupa em - 90 - ::-- ,- não é um dicionário etlll101ógl(:. - ~ _ etimológico porque "a simples .;- '. significado de uma palavra" ip ,~ vemos a pretensão de mostrar a:::-·_ vras dentro da Bíblia hebraica" •f' "tampouco é decisiva para estabe: e: e. paração com línguas afins" (p, 6 a intema, na qual as relações de si;;..::::: tm do próprio texto bíblico. A cnCL:"~: ao final do dicionário. A transcri'~â: segue a orientação acadêrrÚca de .~.-. _ seguido pela versão portuguesa da 5: - .::. pela Paulus. Como evidenciado pele :.idioma hebraico, não se preocupandc : .. _, Os verbetes são listados em "~=_. da sua raiz verbal. As formas dit1ceis. _ culiar são lista das e remetidas à 52 : e::=-::< ,.=. H __ : - com ortografia mais conhecida. Os \2., impressos em itálico, o que facilita .:: verbetes com alto número de oconé;'': _ como exemplo (p. 197), o dicion2..ric .:'.:,:: em QaI e Rifil bem como uma forill2~'-::;- _', ções oferecidas para o verbo sào as ::c:l~ .li ancião, decrépito, senil; envelhecer. 2' ::;--::-_~ se, chegar a ser velho"; Hifil: "envelhe:e: s< tários sobre o significado e uso da ;'2.2' -: ~ centa-se os sinônimos, antônimos e e":::: -~:, ~.• com os seus respectivos sigrÜ:tlC3.c:s:: ::: f cinco verbetes provenientes da m~s=:_ o:. tratamento semelhante. Quando o ";:: - _ ocorrências na Bíblica Hebraica. e,-:;lhado, rico e minucioso. Os tradutores para a edição _._ bem como o revisor (Walter E dLr d- ~,_,_ mação pelo Pontifício Institu.to B;--.:l~:. _= ..-------------- . trad. Ivo _ 1994, portuguesa de Luis Alonso ~.:'ma,é biblista coi.nt1uência nos paículte contribuição ia Bíblia Hebraica, c • essárias. Em outras .~àda no Brasil pela Biblico, com alguns =. atual dicionário de i -: i "1 ~ln~ilesparlllOla pelO ~ é o produto final de ",~':lte equipe cuja reda.: publicação da tradu=:: nilhado. Porém tal 'ua própria personaliBiblia EspaFíola. A _-::-:.ilCa com o acréscirrlo -~ (~uais são utilizados dos sentidos e _ . __ Z3.cão serüânticâ. Quando :="alllposenlântico. Intraduç,ões ~- :3. ::s. por e)(\;:mn'lo. Sinô- todos - ".J.cs que se 2-i-cham à informar o gênero dos verbetes. A raiz verbal não é vocalizada quando não existe a forma Qal. Schõkel declara na introdução que a obra da sua equipe não é um dicionário etimológico, nem histórico, nem comparativo. Não é etimológico porque "a simples etimolagia não nos basta para deduzir o significado de tmla palavra" (p. 6). Não é histórico porque "tampouCü tivemos a pretensão de mostrar a evolução histórica do significado das palavras dentro da Bíblia hebraica" (p. 6). E também não é comparativo porque "tampouco é decisiva para estabelecer o significado de uma palavra a comparação com línguas aíins" (p. 6). À comparação externa, Schõkel prefere a interna, na qual as relações de significado dos verbetes são buscadas dentro do próprio texto bíblico. A onomástica se encontra em um bloco único ao final do dicionário.  transcrição dos nomes hebraicos para o português segue a orientação acadêmica de Antônio Houaiss, critério já adotado e seguido pela versão portuguesa da Bíblia de Jerusalém, também publicada pela Paulus. Como evidenciado pelo título, o dicionário lida apenas com o idioma hebraico, não se preocupando com o aramaico. Os verbetes são listados em rigorosa ordem alfabética e não a partir da sua raiz verbal. As formas difíceis, exceções e palavras com grafia peculiar são listadas e remetidas à sua respectiva raiz verbal ou ao verbete com ortografia mais conhecida. Os vários significados de um vocábulo são impressos em itálico, o que facilita a sua localização especialmente em verbetes com alto número de ocorrências. Tomando a formal verbal1p r como exemplo (p. 197), o dicionário lista formas representativas do verbo em Qal e Hit1l bem como uma forma que ocorre em Eclesiástico. As traduções oferecidas para o verbo são as seguintes: Qal: "ser ou estar velho, ancião, decrépito, senil; envelhecer, avelhentar-se, envelhentar-se; tornarse, chegar a ser velho"; Hifil: "envelhecer, ser velho", Âpós alguns comentários sobre o significado e uso da palavra em diferentes contextos, acrescenta-se os sinônimos, antômmos e expressões que utilizam esta raiz verbal com os seus respectivos significados e referências bíblicas. Por fim, os cinco verbetes provenientes da mesma raiz verbal são Estados e recebem tratamento semelhante. Quando o vocábulo em foco tem um alto número de ocorrências na Bíblica Hebraica, este tratamento se toma bem mais detalhado, rico e minucioso. Os tradutores para a edição brasileira (Ivo Storniolo e José Bortolini) bem como o revisor (Walter Eduardo Lisboa) são todos exegetas com formação pelo Pontificio Instituto Bíblico, de Roma. O revisor é argentino, o - 91 - -- - ~ que lhe confere segurança no manuseio da IÚ1guaespanhola. Com 798 páginas encadernadas com capa dura, a qualidade gráfica do dicionário é boa. A impressão dos caracteres hebraicos e a sua vocalização é nítida e não apresenta dificuldade para a leitura. Em suma, com esta publicação, a Paulus coloca à disposição dos estudiosos um dicionário de pri.meira linha que certamente traz importante contribuição para os estudos vétero-testamentát-ios nos países de fala portuguesa. DeomarRoos po religioso está mudando rapi:i2.~:-::'~.:--. = do em outros países, fazendo cc::: _ ralismo e realinhamento organiz_1c' (p. 17). Neste sentido, o li\l'o T," , ... bém para leitores fora do Brasil l ' mínima brasileira", um substrato.l':Õ :.:.:::::. _ especialmente ao catolicisn1o~ ae: ~~:?,t,: para explicar a espiritualidade da I~:: . mentalidade religiosa do Brasil. E ~:e :-~~~:-: crescirn.erÜü vertigin.oso da Igreja ~~l~ - __:.;,:.._ Gom comtJara a IUP.J) ni: c .o Brasil, rnas tfulibém com o protestanI~,::~. çoes pentecostais, e até com a igrçj ~~-'~Campos, Leonildo Silveira. Teatro, Templo e Mercado: Organização e Marketing de um Empreendimento Neopentecostal. Petrópolis, São Paulo e São Bernardo do Campo: Vozes, Simpósio Editora e U:tvffiSP, 1997. o livro Teatro, Templo e Mercado, escrito por um professor da Universidade Metodista de São Paulo, é valioso porque é a primeira monografia que descreve a fundo a natureza, a organização, as estratégias, as práticas, a teologia e a história da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Esta denominação neopentecostal, fundada em 1977, tem tido, como é bem sabido, uma expansão fenomenal, atraindo em menos de duas décadas, segundo estatísticas que o autor Campos colheu da imprensa paulistana em 1995 (p. 409), entre três e seis milhões de fiéis a mais de 2000 templos no Brasil e em mais de trinta outros países. Ao mesmo tempo, a IURD, a paIiir de sua aquisição da Rede Record de televisão em 1989, foi fortemente criticada na mídia, por exemplo por ela fazer uma "mercantilização do saE,la177). Por causa destas polêmic.as~ fic.ava difíc.il saber o que pensar~ contas, a respeito da Igreja. Universal. Felizrnente~ nest[:. ep..lase 500 páginas., ~-":amDOS p,ermit,e que· erl.:"'1:erguernos :s.nr.o os e:rros ac:h.ou 8c:ln.elh.anças para Ç(}I11fil(;xopanorama €"";aJTlpOSo sucesso . T~Tni~.-~~i:..:__ 2 - analise de Carnpos, embora ele menCl,~~_:' __ tóna do uso do rádio pelas igrejas no 2:2"· Y a.-n;Idn o; C ampo~,...,ç~ LL::----, -:-"," "-. L",U.ll '-.; CI.:t uuv",rr<\ ;~ ... "'enr1pnte 'TPI p. fi "6") e teve "11ma p -'-u+ __ ... 27). Por isso ele conhece bem a histÓri: : ~ leIas entre essa história e a situação 3L::_ .:ô cimento da igreja primitiva e o cres::i::-::-.::isso ele não exclui, a priori, a ação s:~:-~"':::portante 110 desenvolvilnento da Igre_::c esteja eiente do perigo dele ter~ C::..::rI> ceito contra o pentecostalismo e e SI::: ~__ ~_ .1._UV_.1.1". , \~ , k "j l..-W.....L..!.. =; lTIO,11lGvinlentos que errl pouco ten'opc :reser··/2- suas ~ criticas foi rígida e pOllCG cl'ialtiv~touandc _ Por exemplo, ele conta cn;;~ gralHa de televisão5 l11as não de corl1uDlcaçao, .c,m vez dl:;:;:~~. _ vestido a rigor~ o velho ta; para uma imaginária congreg2:-~',ª= um "casamento perfeito" entre a té'.':' <; - entre a Igreja fura do Brasil, como a ); L', \ r'1COS • - -..-- ••••• espetacular - 92- '.~ . ..::.Com 798 pá:icionário é boa. : j: é rÚtida e não __ iisDosicão " , dos estraz importante , ;' aises de fala portu- - .--=':-:-cte DeomarRoos Organização e Petrópolis, São _.:310 Editora e UMESP, ,':<1. um professor da Ul1i.. __c é a primeira monogra~,>as estratégias, as práti_: Reino de Deus (IlJRD). .. -~, tem tido, como é bem .... n:enos de duas décadas, c:Y' ':. imprensa paulistana em mais de 2000 templos no c,·,c, tempo, a IURD, a partir ~l 1989, foi fortemente cri'mercantilização do sagradifícil saber o que pensar, 2'::' ê: po religioso está mudando rapidamente. A mesma coisa estaria acontecendo em outros países, fazendo com que haja "um clima de turbulência, pluralismo e realinhamento organizacional" na vida religiosa do mundo inteiro (p. 17). Neste sentido, o livro Teatro, Templo e Mercado é relevante também para leitores fora do Brasil. Campos usa o conceito de "religiosidade mÍpirna brasileira", 11.i11 substrato de idéias religiosas que estão subjacentes especiabnente ao catolicismo, ao kardecismo e aos cultos afro-brasileiros para expEcar a espiritualidade da Igreja Universal e suas ligações com a mentalidade religiosa do Brasil. Este sincretism.o seria uma das causas do creS'Cíllle:nto vertiginoso da Igreja Universal (pp. 44, 20). Por isso, Campos com freqüência compara a IURD não só com aquelas religiões tão fortes no Brasil, mas tllilibém com o protestantismo histórico, e0i11 outras denominaçÔes pentecüstais, e até com a igreja ortodoxa (1'. 86). Campos também SetD.t;lJJlanlças entre a Igreja Universal e fenômenos religiosos e filosófiços fora do Brasil, como a Nova Era e o pós-modernismo. A igreja luterana, no ent<h'1to,é apenas lli'na p<h'1:edo "protest<h'1tismo histórico" na analise de Campos, embora ele mencione a Hora Luterana ao narrar a rJsi.ória do uso do rádio pelas igrejas no Brasil (p. 269). Leonildo SilveirC\,Campos é membro da Igreja Presbiteriana In.dependente (IPI, p. 269) e teve "uma formação de pastor presbiteriano" (p. 27). Por isso ele conhece bem a história da igreja e às vezes assinala paralelos entre essa história e a situação atual como, por exemplo, entre o crescimento da igreja primitiva e o crescimento da IlJRD (pp. 215-216). Por isso ele não exclui, a priori, a ação sobrenatural de Deus como fator importante no desenvolvimento da Igreja Universal (p. 13). Embora Campos esteja ciente do perigo dele terj C01110 "protestarte I1istórico;'~ um preCOil= ceito contra o pentecostalisrr:o e especialmenI0~:Gl1trâ o neopel1tecostalis--IrIO,movinlentos que ern.pouco tempo eclipsararrl igrejas protestantes como a sua,: que há mais de um. século já trabalh.a·/Rm 110 Brasil~ n~, verdade ele reseIl/a su_as criticas acerbas para sua dize:m:io que foi rígida e pouco cnati,"a começo!..! a fi situaç.ão religiosa no Por exemplo] ele conta que a IPI ;:n"{}dlLZtU .na década de 60 UlTI gran1a de televisão) mas não soube. conte-xtualizar o E"~lfulgelho àquele meio de cornunicacão, Em '"i/ez a igreja leVOtl~'para o estúdio o seu coral~ vestido a rigor~ o velb.o púlpito e o pastor que discursava; usando toga preta, para uma imaginária congregação" (p. 282). Décadas depois aconteceria UHl "casamento perfeito" entre a televisão e a Igreja UrJversal (p. 286). - 93 - CRISTO PARA TODOS A Escola de Teologia como educandârio oficial da Igreja Evangélica Luterana do Brasil promove o lema da igreja refletido no seu logotipo.