Para destacar o sesqui- centenário do Espiritismo

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N° 81 - ANO XVIII - JULHO/AGOSTO/SETEMBRO DE 2007 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
“A única garantia segura do ensino dos Espíritos está na concordância das revelações feitas espontaneamente,
através de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares.”
Allan Kardec
Estamos ingressando no 18º ano do Ação
Espírita.
Nosso objetivo sempre foi o de contribuir para a
difusão dessa doutrina consoladora que tantos benefícios tem nos proporcionado.
Nossa pauta é a de falar no Bem, sem estabelecer controvérsias, que em regra nada acrescentam.
Buscamos a variedade, tentando agradar:
informações, artigos de trabalhadores, mensagens
espirituais, história infantil, entrevista e estudos.
Também queremos que seja um instrumento
que auxilie na aproximação dos espíritas e no aprimoramento das casas, na medida em que divulga o que
acontece no movimento espírita.
Sabemos das nossas limitações, mas é o que
temos para oferecer, e o fazemos de boa vontade e com
alegria.
Precisamos somar esforços. Quando o mal
ganha terreno, é porque o Bem está se retraindo. Que
cada uma faça o que pode, e já estará fazendo muito.
Prosseguimos nesse trabalho porque sentimos o
carinho e o interesse dos amigos leitores.
São dois mil exemplares por edição, gratuitos,
distribuídos pessoalmente ou pelo correio. Pode
alcançar muitas pessoas, se passarmos adiante o
exemplar que já lemos.
Chegamos até aqui e nos sentimos felizes pela
oportunidade que Deus nos concedeu.
Muito obrigado.
Para destacar o sesquicentenário do Espiritismo, a
REDE MARÍLIA ESPÍRITA
DE INFORMAÇÕES, a USE
de Marília e a BIBLIOTECA
ESPÍRITA DE MARÍLIA,
em parceria, estão promovendo o sorteio de três kits com as
obras básicas de Allan Kardec,
conforme fornecidos pela Federação Espírita Brasileira.
O kit montado pela FEB é uma caixa muito bem
apresentada contendo O Livro dos Espíritos, O Livro dos
Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o
Inferno, A Gênese, Obras Póstumas e O Que é o
Espiritismo, além de um CD-ROM com todas essas obras
no formato PDF, para leitura no computador.
O cupom está sendo distribuído nos centros
espíritas e a urna para o seu depósito fica na Biblioteca
Espírita de Marília, onde será feito o sorteio, no dia 03 de
outubro, às 18 horas.
O interessado deve preencher o cupom e responder corretamente à seguinte questão:
QUAL O EVENTO QUE O ESPIRITISMO
COMEMORAEM 2007?
Consta do regulamento:
1. Que o sorteio não tem caráter de propaganda
comercial e nem visa a arrecadação de fundos, mas
simplesmente oferecer às pessoas a possibilidade do
conhecimento do Espiritismo.
2. Serão entregues três kits com as obras espíritas
de Allan Kardec, conforme fornecidos pela Federação
Espírita Brasileira
3. Cada pessoa poderá concorrer com apenas um
cupom e cada cupom sorteado terá direito a apenas um kit.
4. O cupom deverá ser depositado até o dia 02 de
outubro de 2007, na urna colocada na Biblioteca Espírita
de Marília, localizada na Rua Bahia, 84, em Marília.
5. O sorteio será no dia 03 de outubro de 2007, às
18 horas.
6. O cupom só terá validade se corretamente
preenchido e for possível a identificação da pessoa.
7. Os kits ficarão à disposição dos ganhadores
pelo prazo de 30 (trinta) dias, a contar do sorteio.
edição 81 - página 2
Edson Tomazelli
Lao-Tsé, o célebre pensador
chinês, teve certa feita um sonho no
qual sentia-se como uma borboleta. Ao
despertar, impressionado com a ilusão
que lhe parecia uma realidade, interrogou-se: – “Eu sou um homem que
sonhou ser uma borboleta ou sou uma
borboleta sonhando que é um
homem?”(1)
Muito embora tenhamos hoje
enorme vantagem de conhecimentos,
sentimos urgente necessidade de
descobrir quem realmente somos, quais
nossas possibilidades no tempo
presente e, mais importante, qual o
melhor caminho a seguir para tentarmos
buscar o auto-encontro, pois enquanto
não adquirirmos esses significativos
valores do Espírito, ou pelo menos
poder identificá-los, vivenciaremos
nossa vida com insegurança, imersos
nos conflitos de ansiedade e expectativas que quase nunca se realizarão.
Aliás, o que percebemos é que,
quase sempre, buscamos o transitório e
o insignificante, tentando lograr
resultado imediato, e quando não o
alcançamos nos sentimos frustrados e
até mesmo derrotados.
De fato! Talvez por não
amarmos a nós mesmos, ficamos
sempre dependendo da influência e dos
palpites alheios e, quando não, das
reprimendas pelas nossas atitudes. Isso
porque consideramos que a aprovação
alheia é mais importante do que a nossa
própria aprovação, ou seja, a aprovação
interior. Então, vamos, paulatinamente,
perdendo nossa auto-estima e a confiança em nossos atos. Com essa dependência, passamos a nos sentir como
prisioneiros e criamos uma espécie de
máscara com a qual tentamos evitar a
rejeição social, o que acaba gerando
desconforto e até mesmo enorme
revolta, pois ninguém pode definir por
nós o quanto ou o como devemos ser.
Podemos e devemos ouvir
opiniões e conselhos das pessoas e até
corretivos e advertências, porém, se a
nossa auto-estima estiver em alta,
somado com o exercício do auto-amor,
saberemos tirar de cada situação o que
nos propiciará, de fato, melhor aprendizado e crescimento espiritual.
Na obra citada, encontramos
profundo ensinamento, neste sentido:
“Cada pessoa ou situação de nossas
vidas é como o cinzel que auxiliará a
esculpir a obra incomparável da
ascensão particular. Mas recordemos:
apenas um cinzel! Apenas instrumentos! Pois a tarefa intransferível de
talhar é com cada um de nós, escultores
da individuação”.
Portanto o auto-amor é de
fundamental importância para nós,
porquanto funciona como escudo
contra mágoas e ressentimentos,
mantém-nos seguros e serenos diante
das acusações e ficamos menos
dependentes das coisas materiais,
enfim, melhora em muito a nossa
qualidade de vida, na medida em que
alteramos nossos valores e exercitamos
mais a indulgência com os erros e
defeitos alheios.
De outro modo, é importante
lembrar que esse complexo de inferioridade que, infelizmente, trazemos
arraigados profundamente em nosso
ser, sempre a nosso desfavor, tem que
ser definitivamente extirpado, e o autoamor funciona aqui como uma mola
propulsora que irá, sem dúvida, facilitar
a aceitação de nossa realidade pessoal
como ela é, e não como os outros
querem que ela seja.
Na verdade, precisamos, com
honestidade emocional, descobrir a
verdade real sobre nós mesmos,
afastando-nos das antigas frustrações e
abandonarmos de vez a mania de ser
desgostosos conosco mesmos, o que faz
com que nos sintamos sempre desvalorizados, com persistente sensação de
inutilidade e abandono, levando-nos,
quase sempre, em busca de alegrias
fictícias e conquistas passageiras, sem
qualquer entusiasmo de viver. Basta
prestarmos mais atenção e vamos
perceber quantas criaturas vivem
apenas por viver, levando seu dia-a-dia
sem qualquer sonho ou ilusão, deixando que a vida passe por elas sem que
elas passem pela vida. Vivem mas não
sabem existir, arrastam-se, quase
sempre, em busca de uma falsa alegria
de possuir bens materiais, mas esquecem o prazer verdadeiro de ser. Ora
estão presos nas lembranças do passado, ora atormentados pelo medo do
futuro.
São estruturas construídas ao
longo de nossa jornada milenar e para
reformá-las é necessária muita coragem
e força de vontade, alterando as atitudes
e buscando novos rumos para alcançar
o equilíbrio necessário.
Descobrindo a nossa verdadei-
ra identidade, amando-a com suas
virtudes e defeitos, é grande a chance de
entendermos a razão de nossas dores e
superá-las, compreendendo melhor as
emoções humanas para viver com mais
harmonia, distanciando-nos das
atitudes possessivas.
(1) PASTORINO, Carlos Torres, psic. Divaldo
Pereira Franco, “Impermanência e
Imortalidade”, pg. 55.
Primavera, Primavera,
Estação da alegria!
E o que você espera?
Cante, dance e sorria.
Veja, ali no jardim...
Uma flor desabrochou,
É... é um lindo jasmim,
Que o meu ar perfumou.
Reveste-se a natureza
De encantada beleza,
Nesta estação de cor.
E a alma que se esmera
Faz a sua primavera
Brotar flores de amor.
“Viver a fraternidade de forma
compatível com as necessidades do
momento, eis o dever de todos aqueles
que compreendemos a missão e o
apostolado de Jesus, na Terra.”
Bezerra de Menezes
psic. Divaldo P. Franco
-EXPEDIENTEÓrgão de Divulgação da
Doutrina Espírita
Coordenador:
Donizete Pinheiro
Correspondência:
Rua Mecenas Pinto Bueno, 905
Marília/SP - CEP 17.516-030
Telefone: (14) 3454-6393
E-mail: [email protected]
edição 81 - página 3
Elaborado por Maristela Barusso
TEST
ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA:
354 - A duração das penas futuras:
a-(
) É arbitrária.
b-(
) Tem um tempo limitado e o
espírito tem que aproveitá-lo.
c-(
) Depende do tempo necessário
ao melhoramento.
d-(
) É eterna.
355 - A lei que rege a duração das
penas:
a-(
) É sábia e benevolente e está
subordinada ao esforço do Espírito.
b-(
) Não respeita o livre-arbítrio.
c-(
) Subordina a duração dentro de
um tempo limitado.
d-(
) Impõe penas eternas.
356 -A ressurreição da carne:
a-(
) É impossível e não se
confunde com a reencarnação.
b-(
) É a própria reencarnação.
c-(
) Está ligada à pluralidade das
existências.
d-(
) É uma expressão fora de
moda.
357 - O Inferno e o Paraíso:
a-(
) Estão localizados em um
ponto do Universo.
b-(
) Não se sabe a localização
exata no Universo.
c-(
) Está em cada um segundo a
felicidade ou a infelicidade que
experimenta.
D-(
) Não existem. É fruto da
imaginação dos homens do passado.
as dores do purgatório, logo ele existe.
359 - O Céu é:
a-(
) Lugar onde ficam todos os
bons Espíritos.
b-(
) O Espaço Universal.
c-(
) Um lugar como os Campos
Elísios.
d-(
) Nenhuma delas.
360 - “Meu Reino não é Deste
Mundo”:
a-(
) Palavras do Cristo para falar
dos céus.
b-(
) O coração dos puros e
desinteressados é o Reino de Jesus.
c-(
) Palavra de Jesus para
distinguir o Céu da Terra.
d-(
) Para dizer, com outras
palavras, que era um Rei, para não
ser maltratado.
361 - Reino de Deus na Terra:
a-(
) Nunca acontecerá.
b-(
) Brevemente acontecerá.
c-(
) Quando reinar o amor e a
justiça entre os homens na Terra, sem o
orgulho e o egoísmo.
d - ( ) Nenhuma delas.
358 - O purgatório:
FIM
a-(
) Localiza-se próximo da Terra.
b-(
) É fruto da imaginação.
c-(
) Deve ser entendido como
dores físicas e morais (expiação).
d-(
) Os espíritos afirmam sofrer
O Ação Espírita acompanhou a apresentação de
PLINIO OLIVEIRA na Fundação Eurípides de Marília, no
domingo 19 de agosto, o qual aqui veio a convite da USE
Intermunicipal.
RESPOSTAS
354-c; 355-a; 356-a; 357-c; 358-c;
359-b; 360-b; 361-c
Com as questões desta
edição, encerra-se o ímpar trabalho
realizado pela professora Maristela
Barusso, a quem apresentamos a
nossa gratidão.
As 1019 perguntas e respostas de O Livro dos Espíritos foram
convertidas em 361 testes variados,
como os utilizados em escolas e
vestibulares.
O objetivo era oferecer aos
leitores um estímulo ao estudo da
obra fundamental do Espiritismo,
hoje indispensável ao nosso crescimento espiritual e à nossa felicidade.
No ano do sesquicentenário
de lançamento de “O Livro dos
Espíritos”, permanece o convite para
que, cada vez mais, possamos
compreendê-lo e vivenciá-lo, sendo
melhores e contribuindo para o
aprimoramento do nosso mundo.
Questões extraídas de “O Livro dos Espíritos”,
de Allan Kardec, publicado em 18.04.1857.
Plínio faz jus à referência de que é um poeta cantor,
cantando e falando de suas experiências para aqueles a quem
ele chama de “sua aldeia”, pessoas interessadas na
espiritualidade e na boa música, que eleva e emociona.
Foi exatamente isso que aconteceu com as cerca de
160 pessoas que foram se confortar com as melodias.
Elevação, emoção, consolo e alegria, são sentimentos que
resumem aquela noite de domingo.
edição 81 - página 4
entrevista
Pianista, cantor e compositor, residente em Curitiba,
PLÍNIO OLIVEIRA tem mais de 45 mil CDs vendidos.
Suas apresentações mesclam música, poesia e textos de teor
psicológico, espiritual e filosófico. Produziu, dirigiu e
apresentou uma série de especiais para TV (Tons do Brasil). É
diretor e regente da Orquestra Filarmônica de Música
Brasileira (orquestra de câmara), cujo DVD foi lançado em
2.005.Também dirige o projeto Grupo Vocal Sou da Paz, de
integração sócio-cultural, que beneficia cerca de 80 crianças,
jovens e adultos de famílias de baixa renda, moradores da Vila
Torres em Curitiba. Tem diversos Cds e DVDs.
Esse o nosso entrevistado desta edição.
MAESTRO, COMPOSITOR, CANTOR, EXPOSITOR ESPÍRITA.
COMO VOCÊ SE DEFINE?
Querido Donizete, é importante frisar que sou, sim, cantor e
compositor e que faço palestras, mas não sou exatamente um
cantor espírita nem desejo ser. Sempre que se faz oportuno,
esclareço que a música deve pairar acima de qualquer
religião, crença, filosofia ou mesmo ciência. Ela é uma ponte
de acesso direto ao bem, à paz e a Deus. Um dia deixará de
haver Cristianismo, Budismo, Islamismo ou mesmo
Espiritismo, mas a sabedoria que essas tradições traduzem
permanecerá. A música jamais passará. Por isso sou apenas
cantor. É uma espécie de sacerdócio, sim, mas que tem a
liberdade, a verdade, a paz, o bem e o amor como templos. Se
desejar classificar o que faço, sou um artista de
espiritualidade que ama o Espiritismo.
VOCÊ É UM APAIXONADO PELA MÚSICA? SENTE QUE TRAZ
ESSA TENDÊNCIA DE OUTRA REENCARNAÇÃO? QUANDO
FOI QUE COMEÇOU O SEU INTERESSE PELA MÚSICA?
Sim, é minha paixão, especialmente o gênero canção, tão
significativo na cultura brasileira, embora vilipendiado pela
indústria do consumo no mundo inteiro já faz alguns anos.
Acredito que comecei meu aprendizado musical em outra
encarnação, o que explicaria minha facilidade musical inata.
Me decidi pela carreira de cantor/compositor aos 5 anos
quando ouvi “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil no
rádio de uma vizinha. Nunca mais aquele sonho me
abandonou.
QUAL O FOCO PRINCIPAL DAS SUAS MÚSICAS?
Deus, o amor, a paz, a espiritualidade, a vida.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA PARA O BEM-ESTAR DO
ESPÍRITO?
Ela é uma das experiências transcendentes que a vida humana
permite. Para vivenciá-la em profundidade é necessária uma
disposição íntima, um coração aberto. Mas se confunde muito
música com som. São coisas distintas. No meio espírita raras
vezes ouço música. Na maioria delas ouço sons associados a
textos de conteúdo positivo mas poesia frágil. É um imenso
desafio produzir música que fale de espiritualidade sem cair
no pieguismo, na apelação e no discurso fácil. Mas ainda
assim, essas experiências sonoras têm seu papel no
desenvolvimento da sensibilidade. Música e Espírito são
quase sinônimos. Isso diz tudo.
CONSIDERANDO OS DIVERSOS GÊNEROS DA MÚSICA
BRASILEIRA E MUNDIAL, VOCÊ ACHA QUE HOUVE UMA
PERDA EM RELAÇÃO ÀS PROPOSTAS DOS GRANDES
(Mais informações em www.pliniooliveira.com.br)
MÚSICOS E COMPOSITORES DO PASSADO, COMO
BEETHOVEN, BACH, MOZART? ESTAMOS EVOLUINDO OU
“INVOLUINDO” NA QUALIDADE?
Não podemos nos guiar pelo que a mídia nos tem oferecido,
senão teremos a estranha sensação de involuir mesmo. Tratase mais de uma questão sócio-econômica-cultural-espiritual
do que artística. No entanto, embora a música dos grandes
mestres do passado seja como que insuperável, se tomarmos
por medida a boa música popular, de Tom, Toquinho, Chico,
Milton Nascimento, etc., e compararmos seus versos de
agora com o dos trovadores populares dos séculos anteriores
veremos um aprofundamento poético, melódico e temático
significativo, uma evolução inegável. Já a música erudita nos
passa despercebida, mas quem teve a ousadia de ouvir
Piazzola, Gabriel Yared ou Bernstein (exemplos
contemporâneos menores) verá que a música segue sublime.
VOCÊ TEM FEITO DIVERSAS APRESENTAÇÕES NO MEIO
ESPÍRITA, CANTANDO COM TECLADO E FALANDO, SEMPRE
AGRADANDO AO PÚBLICO. COMO É ALIAR A MÚSICA À
EXPOSIÇÃO? SEU ENFOQUE É SOBRE OS ENSINAMENTOS
ESPÍRITAS OU TENDE MAIS PARA O EMOCIONAL?
Na verdade sou um cantor-contador de histórias, como os já
citados trovadores de tempos muito idos. Essa tradição havia
se perdido nos séculos XIX e XX, mas agora voltei, e com
algo de bom para dizer. O Espiritismo foi minha base, mas
vôos fraternos por outras tradições são inevitáveis,
indispensáveis e essenciais no que faço. O artista tem o dever
de promover a beleza, que é um outro nome de Deus.
SENTE ALGUMA INSPIRAÇÃO ESPIRITUAL DIRETA AO
COMPOR E AO CANTAR?
Sempre. Não faço disso um fato noticioso pois o foco deve ser
a música e não o meu processo criativo. Mas tenho parceiros
espirituais sem os quais nada faria. Não me pergunte quem
são, porque simplesmente não saberia dizer. Mas sem eles,
Plínio Oliveira não existiria como cantor/compositor.
VOCÊ TAMBÉM TEM SE APRESENTADO FORA DO MEIO
ESPÍRITA? COMO É A RECEPTIVIDADE DO SEU TRABALHO?
Me apresento fora do meio espírita não tanto quanto gostaria,
mas quando acontece tem sido maravilhoso. Porém, com o
público espírita ou espiritualista há uma identificação mais
rápida, que coopera muito para meu trabalho.
ALÉM DE SE APRESENTAR, QUAIS SÃO SUAS OUTRAS
ATIVIDADES?
Vivo para a minha música, com a Orquestra, o coro infantil,
meus CDs, DVDs, programa de rádio, site e viagens. Mas, de
(continua na página 5)
edição 81 - página 5
(continuação da entrevista com José Antônio Luiz Balieiro)
vez em quando também sou contratado como produtor ou
arranjador de artistas paranaenses em Curitiba. Normalmente
não dá tempo. Minha música é exigente!
COMO O CENTRO ESPÍRITA PODE APROVEITAR A MÚSICA?
Como preparação do ambiente antes das atividades, como
material de apoio nas palestras, como atividade
sensibilizadora para adultos e crianças, como texto reflexivo
em estudos... e tudo o mais que se imaginar. Apenas ressalto
que a escolha dos repertórios tem de ser coerente com a
atmosfera de serenidade, alegria, sabedoria e espiritualidade
que qualquer templo requer. Não me parece sábio replicarmos
em eventos de foco espiritual a música vazia do mundo com
seus ritmos turbulentos apenas para agradar ouvintes pouco
familiarizados com a beleza. Os centros espíritas são um
excelente lugar para as pessoas aprenderem a ouvir e apreciar
música. Música, não apenas sons.
ALGUM PROJETO ESPECIAL PARA O FUTURO?
Assim que meu novo programa de rádio, o Falando de Amor,
se consolidar, voltarei a fazer TV, mas para cantar a
espiritualidade, não somente a MPB, como fiz no Tons do
Brasil de 1997 a 2003.
No próximo 21 de outubro, domingo, acontecerá em
Marília o 25º Encontro de Dirigentes e Trabalhadores
Espíritas da USE Regional de Marília, evento que se repete
anualmente.
O tema do encontro será "A
Excelência da Comunicação no Centro
Espírita", que será desenvolvido por
NAZIL CANARIM JUNIOR, da
cidade de Bauru.
Nazil é professor universitário,
advogado, expositor espírita, dirigente
de grupo mediúnico e coordenador de
cursos no CEAC de Bauru.
O encontro será nas dependências do Colégio Bezerra
de Menezes, das 9 às 16 horas, com almoço coletivo. Não há
taxa de inscrição.
A USE Regional compreende as intermunicipais de
Garça, Marília e Tupã.
COLÉGIO BEZERRA DE MENEZES
Completando em
setembro 71 anos de
fundação, o CENTRO
E S P Í R I TA L U Z E
VERDADE, localizado na
Rua XV de Novembro,
1146, em Marília, programou uma semana de
estudos sobre “O Livro dos
Espíritos”, com diversos
expositores, sempre às 20
horas.
Dia 03 - 2ª. Feira - LEONDENIS DE OLIVEIRA
BORGES, de Franca, com o tema: Introdução ao Estudo da
Doutrina Espírita.
Dia 04 - 3ª. Feira - Profª. MARIA ENI ROSSETINI
PAIVA, de Lins, com o tema: Livro I de O LIVRO DOS
ESPÍRITOS.
Dia 05 - 4ª. Feira
- Profº. RODRIGUES
FERREIRA, de São José do Rio Preto, com o tema: Livro II
de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
Dia 06 - 5ª. Feira - JOSÉ MARIA DE MEDEIROS
SOUZA, de Santo André, com o tema: Livro III de O LIVRO
DOS ESPÍRITOS.
Dia 07 - 6ª. Feira - CELIA XAVIER DE
CAMARGO, de Rolândia/PR, com o tema: Livro IV de O
LIVRO DOS ESPÍRITOS
Dia 08 - Sábado - FRANCISCO DO ESPÍRITO
SANTO NETO, de Catanduva, com o tema: AMOR,
RELIGIÃO DE DEUS.
O Luz e Verdade é um dos centros espíritas mais
antigos da cidade, com diversas atividades, que podem ser
consultadas no site www.mariliaespirita.jor.br
A ADE-SP
Associação de
Divulgadores do Espiritismo de São Paulo
e a ADE-Campinas promovem o 5º
Simpósio Paulista de Comunicação
Social Espírita, em São Paulo, nos dias 7 e
8 de Setembro de 2007, com os objetivos de
aprofundar o significado da Comunicação
Social Espírita e do papel do Centro
Espírita como agente de divulgação da
cultura espírita; e iniciar um diálogo aberto
sobre os rumos que podem ser adotados para melhorar o
processo de comunicação nas diversas áreas de atividades do
Centro Espírita.
Os expositores convidados são Éder Favaro, Ivan
Franzolim, Jéferson Betarello Américo Luiz Sucena de
Almeida, Dermeval Carinhana Jr. e Milton Felipeli, trabalhando temas relativos ao relacionamento com o público interno e
externo, difusão e venda do livro espírita, palestras públicas e
reuniões de estudos doutrinários e práticos.
Informações a respeito nos sites www.sp-ade.org.br e
www.adecampinas.org.br
edição 81 - página 6
Aylton Guido Coimbra Paiva
Nosso grupo de estudo, naquela noite, debruçava-se
sobre a Lei de Adoração, constante da 3ª Parte de O Livro dos
Espíritos, de Allan Kardec, desejando entendê-la ou ampliar o
seu conhecimento sobre ela.
Luciano, o coordenador do grupo, afirmou:
– De início já vou citar a questão formulada por Allan
Kardec: “ Tem Deus preferência pelos que o adoram desta ou
daquela maneira?” Ao que, os Mentores Espirituais
esclareceram: “ Deus prefere os que o adoram do fundo do
coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal,
aos que julgam honrá-lo com cerimônias que os não tornam
melhores para com os seus semelhantes”.
– Interessante – aparteou Antonio –, parece que essa
colocação do assunto leva-nos a uma visão de que o conceito
de adoração, no Espiritismo, apresenta a adoração a Deus
como forma de participação na sociedade. É isso?
– O que você opina, Lourdes?
– É, parece que para se fazer o bem e evitar o mal é
necessário que o ser humano seja participante da sociedade
em que vive, através de ações que preservem os próprios
direitos naturais, como também, dentro de suas
possibilidades, defenda os direitos naturais do seu
semelhante.
Ricardo, com o seu temperamento alegre, exclamou:
– Olha aí, não só a espírita, como, também, a ilustre
advogada aprofundando a questão.
– Sem gozação, Ricardo, porém acrescento: de nada
vale a adoração exterior manifestada em rituais e posturas
falsas, se o comportamento da pessoa é motivada pelo
egoísmo, orgulho, vaidade e prepotência.
Com a sua tranqüilidade, Luciano aduziu:
– Para fazer o bem e evitar o mal é necessário
procurar extinguir o orgulho, a inveja, o egoísmo, a vaidade e
a prepotência, não só em si mesmo, como também das
instituições sociais.
Interessante, Luciano, prosseguiu Ledir:
– Esse conceito de adoração a Deus leva não só à
reforma íntima, ou seja, à auto-educação da pessoa, como à
reforma da sociedade em seus padrões de egoísmo e orgulho,
em nome das quais se justificam as desigualdades e as
injustiças.
– É verdade, Ledir. Há líderes religiosos que afirmam
dever a religião cuidar apenas da alma; e nesse cuidar da alma
justifica-se a submissão total que leva à alienação social. O
Espiritismo não apresenta um conceito de adoração
fundamentado na submissão passiva e medrosa ao Criador.
Torna-se necessário ter cuidado, a fim de que a religião, e nela
a adoração a Deus, não se torne instrumento dos poderosos do
mundo para manipulação do povo, de conformidade com os
seus interesses pessoais ou dos grupos a que pertencem.
Paulo, que se mantivera em silêncio até então,
interferiu:
– Estava pensando... O Espiritismo ajuda na
compreensão das limitações humanas e na proteção divina,
nunca apelando a uma submissão castradora, de inibição às
potencialidades humanas. Pelo contrário, demonstra que a
oração, ao aproximar a criatura do Criador, constitui-se numa
possibilidade de estudo de si mesma. As boas ações são as
melhores preces, por isso valem os atos mais que a palavra de
pessoas cujos atos as desdizem.
– É Paulo – falou, tranqüilamente, Terezinha –,
segundo o Espiritismo, o valor de uma religião , filosofia ou
seita está em promover o crescimento, a força, a liberdade
àquelas pessoas que a professam e, conseqüentemente, as
levam à fraternidade e à solidariedade.
Após algum tempo de análises e debates sobre as
essenciais condições para a adoração a Deus, sob a ótica
espírita, Luciano arrematou:
– Bem, pessoal, penso que, após o nosso diálogo,
poderemos sintetizar assim: “ o conceito espírita de adoração
infunde um profundo respeito pela Vida, uma permanente
indagação sobre o Universo e o homem, um intrínseco amor
pelo semelhante. Estimula sempre o aperfeiçoamento e o
progresso da pessoa e da sociedade, através da
solidariedade”.
No dia 09 de junho, o centro
espírita Alves de Abreu comemorou
com sucesso seus 58 anos de fundação.
O público lotou o salão do
centro e ouviu HELOISA PÍRES
(pedagoga, professora, com vários
livros publicados sobre Espiritismo)
falar sobre o tema: ATENÇÃO E
MEMÓRIA, discorrendo sobre a capacidade do Espírito armazenar informações e aproveitá-las para a vida; citou casos científicos
de pacientes com problemas mentais e que tiveram, com ajuda
médica, suas memórias ativadas pelo interesse; falou, ainda, sobre
a contribuição do Espiritismo à compreensão do aspecto espiritual
das capacidades das pessoas, que devem ser estimuladas a prosseguir em busca da felicidade e do amor.
O evento teve a participação do Coral Amélie Boudet e no
final a Casa entregou um cartão de homenagem à oradora; também
houve entrega de livros aos presentes e confraternização.
PÚBLICO PRESENTE
OS ESTALIDOS DOS DEDOS AJUDAM, DE ALGUM MODO,
NA APLICAÇÃO DO PASSE?
RAUL TEIXEIRA: Evidentemente que não. Tudo isso faz parte
dos hábitos incorporados pelas pessoas que passam a admitir
que seus trejeitos e tiques são parte da tarefa dos passes ou da
mediunidade. Os estalidos e outros maneirismos com as mãos,
indicando força ou energia, são perfeitamente dispensáveis,
devendo o médium educar-se, procurando aperfeiçoar suas
possibilidades de trabalho. Nenhum estalo, nenhuma fungação,
nenhum toque corporal ou puxadas de dedos, de braços, de
cabelos, têm quaisquer utilidades ou necessidades na prática
dos passes. Deveremos, assim, evitá-los.
(Do livro Diretrizes de Segurança)
palavras de
edição 81 - página 7
Emmanuel
Emmanuel
José Benevides Cavalcante
Vimos no boletim SEI, Serviço de Informação
Espírita, do Rio de Janeiro, nota sobre uma peça que está em
cartaz há quase 2 anos. Trata-se da peça “Quem é Morto
Sempre Aparece”, já assistida por mais de 70 mil pessoas.
Estreou, dia 11 de agosto, em São Paulo, reabrindo o Teatro
Bela Vista, na Rua Major Diogo. Com texto e direção de
Cyrano Rosalém, o espetáculo, o primeiro de humor espírita,
conta histórias de quem chega do “outro lado da vida”, sem se
dar conta do fato. A peça tem Renato Pietro no papel principal;
participação, em vídeo, dos médiuns Francisco Cândido Xavier
e Divaldo Pereira Franco e acompanhamento musical do cantor
e compositor Cayê Milfont.
A arte cênica, no meio espírita, ainda é pouco
expressiva. Aqui, no Brasil, em razão da gravidade e da
urgência dos problemas sociais, os espíritas sempre colocaram
as atividades assistenciais em primeiro plano. Algumas
décadas atrás, elas se punham, até mesmo, à frente da doutrina.
Muitos grupos nasceram da prática da caridade, sem base
espírita. Entretanto, mais recentemente, com as mudanças que
vêm ocorrendo na sociedade, as realizações culturais têm
crescido significativamente, e elas começam a se consolidar
com alguns trabalhos interessantes, como esse que têm trazido
ao teatro um grande público. A peça anterior de Renato Pietro,
“E a Vida Continua”, por exemplo, viajou pelo Brasil todo,
sempre lotando os teatros por onde passou.
Renato Pietro, conhecido ator brasileiro, conta que se
tornou espírita em uma circunstância interessante. Na época,
morava sozinho num prédio de apartamentos no Rio de Janeiro,
e era contratado da Globo. Certo dia, quando voltava para casa,
como o elevador do prédio estivesse com defeito, subiu pelas
escadas de serviço. Mas, ao atingir o andar onde morava, teve
dificuldade de abrir a porta que dava para o corredor. Com um
pouco mais de esforço, ele conseguiu abri-la e viu que ela
estava escorada por uma porção de livros espíritas, certamente,
de alguém que queria se livrar deles. Como estivesse passando
por um momento de pouca inspiração, Prieto pegou o livro cujo
título lhe chamou mais atenção: “E a Vida Continua”. Ao ler
esse livro, identificou-se tanto com ele e ficou tão deslumbrado
com o seu conteúdo, que, imediatamente, veio-lhe à mente
adaptá-lo para o teatro. Entretanto, resolveu consultar primeiro
Chico Xavier, o médium de que André Luiz se valeu para
escrever aquela obra. Chico o incentivou e, desde então, Renato
Pietro não só se convenceu do Espiritismo, como passou a fazer
peças para divulgação das idéias e do ideal da doutrina.
Existem vários grupos de teatro que estão espalhando a
mensagem espírita pelo Brasil. Pouco tempo atrás, assistimos à
peça “Laços Eternos” do romance de Zíbia Gasparetto e,
depois, “Missionários da Luz”, representados por um grupo de
São Paulo, encenada no Teatro Municipal de Marília. São
trabalhos pioneiros de grupos de profissionais da arte cênica,
que começam a despontar aqui e ali, alcançando bom índice de
aceitação, não só dos espíritas, mas do público em geral. Com
certeza, tais iniciativas precisam muito do apoio e do incentivo
dos espíritas.
O Espiritismo ganha campo com isso. Sua propagação,
como Kardec deixou claro, deve ser estimulada por meios
lícitos que possam atingir o grande público e sensibilizá-lo para
os ideais que proclama. Contudo, seu ponto forte, com certeza,
ainda é o livro. Dezenas de editoras e milhares de obras se
espalham por todo o país, mas a mensagem espírita só
“E, tendo orado, moveu-se o lugar em que
estavam reunidos.” - (Atos, 4:31)
Na construção de simples casa de pedra, há que
despender longo esforço para ajustar ambiente próprio,
removendo óbices, eliminando asperezas e melhorando a
paisagem.
Quando não é necessário acertar o solo rugoso, é
preciso, muitas vezes, aterrar o chão, formando leito seguro, à
base forte.
Instrumentos variados movimentam-se, metódicos, no
trabalho renovador.
Assim também na esfera de cogitações de ordem
espiritual.
Na edificação da paz doméstica, na realização dos
ideais generosos, no desdobramento de serviços edificantes,
urge providenciar recursos ao entendimento geral, com vistas à
cooperação, à responsabilidade, ao processo de ação imprescindível. E, sem dúvida, a prece representa a indispensável
alavanca renovadora, demovendo obstáculos no terreno duro da
incompreensão.
A oração é divina voz do espírito no grande silêncio.
Nem sempre se caracteriza por sons articulados na
conceituação verbal, mas, invariavelmente, é prodigioso poder
espiritual comunicando emoções e pensamentos, imagens e
idéias, desfazendo empecilhos, limpando estradas, reformando
concepções e melhorando o quadro mental em que nos cabe
cumprir a tarefa a que o Pai nos convoca.
Muitas vezes, nas lutas do discípulo sincero do
Evangelho, a maioria dos afeiçoados não lhe entende os
propósitos, os amigos desertam, os familiares cedem à sombra e
à ignorância; entretanto, basta que ele se refugie no santuário da
própria vida, emitindo as energias benéficas do amor e da
compreensão, para que se mova, na direção de mais alto, o lugar
em que se demora com os seus.
A prece tecida de inquietação e angústia não pode
distanciar-se dos gritos desordenados de quem prefere a aflição
e se entrega à imprudência, mas a oração tecida de harmonia e
confiança é força imprimindo direção à bússola da fé viva,
recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos
novos para a vida superior.
do livro “VINHA DE LUZ”
psicografia de Francisco Cândido Xavier
recentemente começou a ganhar terreno no teatro e no cinema.
Sabemos, por exemplo, que existe um filme sobre a vida de
Chico Xavier, um trabalho que tem o comando e incentivo
pessoal do jornalista Marcel Souto Maior e que, brevemente, já
estará sendo exibido em cinemas de todo o país.
Desse modo, a cultura espírita vai se irradiando,
levando ao público, através dos vários canais de comunicação,
a contribuição que o Espiritismo tem a dar à sociedade, a fim de
que venha a cumprir seu papel no campo das idéias e das
transformações morais que deseja estimular no seio da
sociedade.
edição 81 - página 8
Histórias de
Tiamara
É preciso aprender a servir
Com a chegada do inverno, o frio castigava toda
a região da floresta. Aqueles animais que haviam
armazenado alimentos estavam tranqüilos. Mas
algumas espécies de animais, talvez por falta de
experiência, estavam sofrendo com a situação.
O macaco Chicão foi um desses que aproveitou
bem o verão. Nadou, viajou e conquistou muitos
amigos. Sua alegria era extraordinária. Agora, isolado
em sua cabana, rodeado por alguns
gravetos, estava sofrendo com o frio e
com a fome.
Mas a solidariedade veio logo,
quando Dona Coruja avisou aos
animais sobre a situação alarmante do
macaquinho.
Eram tantos os donativos que já
não cabiam em sua cabana. Mas, como
era esperto, tratou de organizar tudo da
melhor maneira.
Assim que o inverno foi embora,
Chicão, com sua alegria, voltou a pular
de galho em galho.
Conversava alegre animando
Dona Coelha, que teve dificuldades com
a plantação de cenoura. Ouvia os lamentos das aves
quanto ao calor. Enfim, lá estava o macaquinho
distribuindo amor e esperança a todos.
Mas o verão se firmou e o calor deixou alguns
animais sem suprimentos. Quem mais sofria era Dona
Tartaruga, que perdeu a sua roça com a seca, mas ela
era orgulhosa e mesquinha e não deixava de alfinetar o
macaco Chicão. Seu discurso para alguns animais era
sempre o mesmo:
– Trabalho e trabalho e veja o macaco Chicão:
vive a sorrir e assim passa pela vida sempre sendo
ajudado!
Os animais sabiam do jeito amargo de viver de
Dona Tartaruga e não davam opinião. Outros apenas
diziam:
– Calma, Dona Tartaruga, logo as coisas se
ajeitam.
Mas, como ela era infeliz e reclamava, ninguém
percebia a situação que estava vivendo.
Uma noite, cansada e sozinha, pensou:
“Já não tenho alimentos! O que será de mim? E
chorou desesperadamente, até que adormeceu.”
No dia seguinte, ao abrir a portinha de sua
casa, teve uma surpresa. Havia muitas folhas de
bananeira recheadas de alimentos.
Olhou para ver se havia alguém, e ficou
sua surpresa quando ali viu o macaco
Chicão!
– O que é isso, Chicão?
– São alimentos! foi a resposta.
– São para um batalhão?
– Não, são para senhora.
– Mas como conseguiu? – falou a
Tartaruga já emocionada.
– Com a minha alegria e o meu
amor por todos da floresta. Sei que não
trabalho pesado como muitos, mas o
meu trabalho é carregar muitas dores e
sofrimentos de irmãozinhos menos
felizes, e por isso eu trabalho diferente.
– Como assim? – indagou Dona Tartaruga.
– Trabalho com a alegria, fé e esperança,
animando a todos que necessitam, e é por isso que
muitos me ajudam. Dessa maneira posso ajudar a
irmãzinha.
Dona Tartaruga compreendeu a grande missão
do macaquinho Chicão. Ele era consolador, ele
também trabalhava.
A R E D E M A R Í L I A E S P Í R I TA D E
INFORMAÇÕES é um serviço de divulgação de eventos
do movimento espírita de Marília, sob o patrocínio do
site/fórum ww.mariliaespirita.jor.br, deste periódico e do
departamento de comunicação da USE Intermunicipal.
Aproveitando a tecnologia da internet, encaminha a
pessoas cadastradas informações via-email, facilitando não
só o conhecimento dos eventos mas também a lembrança
daqueles já divulgados por outros meios.
Até agora já são quase 300 pessoas cadastradas. Os
interessados poderão solicitar o registro pelos e-mails:
[email protected] ou [email protected]
Por outro lado, o site www.mariliaespirita.jor.br
tem procurado ser o local de registro e divulgação do
Espiritismo, e quem o acessa pode ter informações básicas
sobre a doutrina, o movimento, as casas espíritas e suas
programações, programas de tv e as edições do Ação
Espírita.
A forma de fórum permite uma maior interação,
inclusive com as próprias casas espíritas colocando suas
informações, permitindo também aos usuários manistar suas
opiniões.
O site cresce à medida do interesse das pessoas e aos
poucos se tornará cada vez mais útil.
Vamos participar, interagir! É bom para todos.
DEVOLUÇÃO PELO CORREIO PARA
Rua Mecenas Pinto Bueno, 905 - Marília/SP- CEP 17.516-030
Crianças:
Surpreender as pessoas com o bem é uma
maneira de transmitir seus sentimentos mesmo sem
dizer uma palavra.
O gesto sincero começa nos pensamentos e
nas emoções. É preciso aprender a servir sempre.
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