Discurso Dra. Graça

Magistrados, servidores e servidoras,
Bom dia a todos
Meus cumprimentos à Desembargadora Valdenyra Thomé, Diretora do
CEMEJ11, que se empenhou na busca de prêmios tão valorosos quanto à
memória do nosso TRT, e ao Desembargador Antônio Carlos Marinho Bezerra,
que dirigiu este órgão até outubro de 2013 com a sabedoria, inteligência e
sensibilidade de quem geriu o Regional por três biênios administrativos.
Quero iniciar retomando uma citação do Padre Antônio Vieira, dita no século
17. Dizia aquele religioso e filósofo, um dos mais influentes no processo de
colonização do Brasil, que
O efeito da memória é levar-nos aos ausentes, para
que estejamos com eles, e trazê-los a nós, para que
estejam conosco.
O Tribunal do Trabalho da 11ª Região possui um passado cujos elementos
históricos precisamos resgatar e preservar para que se possa entender nossa
trajetória institucional no tempo presente.
O conhecimento dessa memória e desse passado também possui repercussão
para o futuro da instituição na medida em que nos permite reler e reinterpretar
nossas ações e projetos fazendo as devidas correções e ajustes de rota.
Magistrados, servidores e gestores que aqui atuam ou atuaram desde que
éramos subordinados à 8ª Região – muitos já ausentes – merecem o
resguardo da memória. E, nós, inversamente, necessitamos trazê-los a nós
para compartilhar com eles aquilo que nos identifica especificamente como 11ª
Região.
Todos nós precisamos conhecer nossas origens, nossas histórias, nossas
falhas e nossas conquistas. Sem isso, ficamos à deriva, com pouca perspectiva
de futuro. Só o conhecimento do passado – individual e coletivo – possibilita a
criação daquilo que nomeamos “sentimento de pertencimento”. E como seres
sociais que somos precisamos desse sentimento para nos identificar com os
grupos.
A Gincana Cultural promovida pelo CEMEJ11 teve por objetivo a obtenção de
material para composição do acervo do Centro de Memória deste Tribunal,
bem como promover o envolvimento institucional com a causa da memória, que
é responsabilidade de todos nós.
E aqui estamos para premiar os vencedores, que ofereceram informações e
documentos relevantes sobre a nossa memória, buscados em acervos
pessoais de servidores aposentados e magistrados, provocando um retorno ao
passado e revolvendo memórias adormecidas.
Que esse espírito competitivo saudável envolva a todos os servidores em uma
próxima edição da Gincana Cultural. Parabéns! Vocês agiram como sujeitos
históricos que contribuíram diretamente para escrever nossa história.
MARIA DAS GRAÇAS ALECRIM MARINHO
Desembargadora, Presidente em exercício do TRT11
Manaus, 01/07/2014