LEITURA CRÍTICA DAS MENSAGENS VISUAIS A

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LEITURA CRÍTICA DAS MENSAGENS VISUAIS A PARTIR DE CHARGE
Jaqueline da Silva BOMFIM
Universidade Federal de Alagoas
[email protected]
Railson Vieira DIODATO
Universidade Federal de Alagoas
[email protected]
Olindina Maria Moura da SILVA
Universidade Federal de Alagoas
[email protected]
RESUMO
Esta pesquisa discute a importância da utilização de recursos didáticos nas aulas de Geografia,
buscando instigar a criatividade e criticidade dos alunos no intuito de uma Educação Geográfica.
Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo discutir o uso de charges enquanto recurso didático
nas aulas de Geografia. O lócus da pesquisa será as turmas dos 8° ano do Ensino Fundamental II da
Escola Municipal Padre Pinho em Maceió/AL. Para o desenvolvimento do trabalho iremos utilizar
levantamentos bibliográficos acerca do que compreende a charge e como utilizá-la como recurso
didático; em seguida os alunos produzirão as charges relacionadas ao conteúdo discutido em sala de
aula. Nossos alunos são moradores da periferia de Maceió/AL, muitos vivem em grotas consideradas
favelas, e toda a leitura do conteúdo por nós discutidos em sala de aula tem por interesse construir
cidadãos mais conscientes da realidade em que vivem, resultando em uma leitura das práticas da
política e economia que regem o mundo e principalmente o nosso país. Espera-se que o uso de charges
como recursos didáticos possa desenvolver nos alunos a capacidade de leitura e interpretação de
mensagens visuais, bem como o desenvolvimento do senso crítico, despertando o interesse destes pela
disciplina, proporcionando assim uma nova leitura de mundo.
Palavras-chaves: Ensino de Geografia. Charges .Educação Geográfica.
INTRODUÇÃO
É no cotidiano da sala de aula que sentimos a necessidade de inovar para instigar o
interesse dos alunos. O modelo atrativo no processo ensino-aprendizagem pode ser alcançado
pelo uso das mídias na didática pedagógica.
Mídias são todas as expressões de comunicação que podem se expressar por meio de
textos escritos, mensagens sonoras e ou visuais, podendo ser de massa ou particular.
Ratificando nossa concepção, Silva, M. (2007) nos esclarece que:
A palavra mídia significa o mesmo que meios de informação e comunicação.
São mídias, portanto, o rádio, o jornal, a TV, a revista, o computador, o
satélite, o panfleto, o cartaz, a fotografia, o cinema, a faixa, o banner, enfim,
todo e qualquer meio por meio do qual sejam possíveis a emissão e recepção
de mensagens. Ou seja, entende-se por mídia, ou mídias, os vários veículos
que possibilitam a informação e a comunicação.
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Neste trabalho trataremos o uso da mídia charge como recurso didático inovador, pois
mesmo vindo expresso nos livros didáticos e atualmente sendo muito trabalhado nas questões
do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, esse recurso não se encontra incorporado nas
atividades pedagógicas de muitos professores.
A utilização de recursos didáticos para a disciplina de Geografia é de suma
importância, pois desperta nos discentes a curiosidade, o interesse pela disciplina, fazendo-os
desenvolver habilidades como comparação, interpretação, síntese e análise, além de valorizar
o trabalho do professor de Geografia, não se limitando ao livro didático.
A utilização de charges pode auxiliar a interpretação dos acontecimentos que ocorrem
no espaço
geográfico,
proporcionando-lhes
uma maior compreensão acerca dos
acontecimentos na atualidade, contribuindo com o desenvolvimento do pensamento critico.
Este trabalho surgiu em decorrência da nossa experiência como bolsistas no Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID do curso de Geografia Licenciatura da
Universidade Federal de Alagoas - UFAL, a ser trabalhado na Escola Municipal Padre Pinho
em Maceió/AL. Sendo assim, discutiremos o uso de charges enquanto recurso didático nas
aulas de Geografia.
Nessa perspectiva, surgiram algumas indagações: Como os alunos dos 8° anos da
Escola Municipal Padre Pinho interpretam as mensagens visuais emitidas pelas charges? De
que forma as charges podem contribuir no processo ensino-aprendizagem desses discentes?
A fim de responder tais questionamentos, resolvemos fazer uma intervenção nas
referidas turmas dessa escola aplicando atividades que tenham como objetivos desenvolver a
capacidade de leitura e interpretação de mensagens visuais, a partir da utilização de charges,
bem como desenvolver o senso crítico nos discentes, visando, também, despertar o interesse
destes pela disciplina de Geografia.
A CHARGE COMO RECURSO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
O aparecimento da charge, segundo Corcino e Silva (2011), ocorreu “formalmente,
como um movimento de protesto e a não liberdade da imprensa ocorridos na França,
movimentos esses que sempre estiveram no comando do estado.”
Compreende-se a charge como um recurso didático que utiliza o desenho e a palavra
como meio de reflexão dos conteúdos abortados incrementando a criatividade dos discentes e
ao mesmo tempo despertando-os para uma leitura de vida, de forma suave em razão de que
“[...] são datadas e localizadas geograficamente e normalmente fazem críticas sociais e
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políticas, instigam o estudante a compreender o mundo em que vive.” (MENDES;
FONSECA, 2010, p. 2).
A charge muitas vezes é confundida com outros recursos didáticos, como quadrinhos e
cartuns, valendo a pena fazer a distinção:
Quanto às diferenciações entre charges, tirinhas, cartum e quadrinhos,
podemos pontuar que os quadrinhos possuem uma perspectiva mais ampla,
aparecem de diversas formas, infantis, adultos, críticos e humorísticos,
normalmente possuem personagens fixos, legendas, balões e história
podendo desenvolver em uma tira ou até mesmo em um álbum. A charge
utiliza a caricatura, o cartum raramente contém essa expressão e os seus
personagens são criações de seus autores, ele é uma forma universal
enquanto a charge é datado e localizado geograficamente, porém ambos
fazem críticas sociais e políticas. A charge é uma forma de linguagem nãoverbal, ou seja, o código não é a palavra. (MENDES; FONSECA, 2010, p.
3).
Na construção das charges existem pontos que são essenciais como: o discurso, onde
se emprega frases curtas, muitas vezes com o uso de onomatopeias e uma linguagem figurada,
ou nada se escreve e deixa a própria imagem falar por si; a imagem, elemento primordial, que
se faz por meio de caricatura, onde a intenção é sempre marcada por uma sátira, na expressão
do personagem se busca transmitir a mensagem.
São esses componentes visuais, linguísticos e não-linguísticos que tornam esse recurso
atrativo, além de instigarem o lado da consciência social, política, econômica e ambiental,
pois todos estes fatores são bem trabalhados nas charges, buscando sempre o lado crítico. É
uma mídia de comunicação de massa, que ao ser incorporada em sala de aula, atende ao que
nos incentiva Moran (2007, p. 5-6):
A educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas
linguagens, desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de
expressão e as possíveis manipulações. É importante educar para usos
democráticos, mais progressistas e participativo das tecnologias, que
facilitam a evolução dos indivíduos.
Atualmente vemos este recurso sendo utilizado como forma de incitar a reflexão para
assuntos considerados essenciais dentro da abordagem principalmente econômica e política de
um país.
Nesta percepção, a leitura e confecção da charge vêm contribuir na formação do aluno
no intuito de formar cidadãos críticos e, ao mesmo tempo, utilizando o humor. Com certeza aí
está o grande atrativo dessa estratégia como instrumento pedagógico.
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A linguagem não-verbal costuma ser a primeira leitura do ser humano, seja ela através
de desenhos, imagens, fotografias, dentre outros, e o acompanha ao longo se sua vida, por isso
sua utilização e interpretação deve se dar por todo o processo educativo, pois segundo Silva e
Cavalcanti (2008, p.6)
Percebe-se que tem aumentado o uso de tiras de quadrinhos, charge, cartum
no ensino escolar, como também, em muitas provas de processo seletivo e
que este tipo de abordagem faz parte da rotina de quase todas as pessoas,
pois é bastante divulgada pelos meios de comunicação.
Ainda de acordo com Silva e Cavalcanti (2008, p.9), há que se ter um cuidado na
utilização desse recurso uma vez que
Na era digital, a internet, a charge (digital ou não), a TV e outros se
legitimam como transmissores de informações fragmentadas. São
informações que precisam ser aprofundadas e relacionadas ao que se está
estudando ou se pretende estudar, pois trazem em seu contexto muitos
elementos de Geografia, mas muitas vezes com análise superficial e até
mesmo imbuída de determinadas ideologias (indução ao consumismo, à
competição, à naturalização das desigualdades sociais, a vários tipos de
preconceitos).
É necessário além de um preparo por parte do professor ao se trabalhar esse tipo de
recurso, ser bem seletivo na escolha deste, para que se alcancem os objetivos propostos,
proporcionando uma compreensão do assunto abordado. Deve ser levado em consideração
também que a charge esteja relacionada com algum conteúdo que já tenha sido abordado em
sala de aula, facilitando, assim, a compreensão dos discentes. Tendo em vista que para
confeccionar uma charge se faz necessário diversos conhecimentos que envolvem a
linguagem em suas amplas nuancem e domínio do que se quer comunicar.
Há uma grande vantagem em se trabalhar com charge, pois é um recurso de baixo
custo, além da facilidade de acesso. Além disso, podemos ressaltar Silva, E. (2007, p.7)
quando expõe que:
Várias categorias geográficas, como natureza, lugar, sociedade, espaço,
ambiente, paisagem, dentre outras, podem ser estudadas auxiliadas por
quadrinhos, cartuns e charges, com a análise de conteúdo de geografia em
diversas escalas (local/regional/nacional/mundial).
Também valoriza o trabalho do professor, pois a utilização de outros recursos na
disciplina adquire uma forma complementar ao conteúdo abordado, promovendo a relação
teoria-prática, tornando a disciplina de Geografia mais dinâmica, não se limitando ao livro
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didático, pois o uso exclusivo deste pode tornar a aula enfadonha, desestimulando o interesse
dos discentes. Há certa dificuldade para o professor trabalhar esses recursos em sala de aula,
pois:
O professor precisará de tempo para prepará-la, como sabemos, boa parte
dos nossos docentes dispõem de muito pouco tempo para planejar as suas
aulas e por isso que muitas vezes utilizam apenas o livro como recurso
didático. [...] Além da falta de tempo para buscar novos recursos para as
aulas muitos professores ainda tem outra grande dificuldade que é não saber
manusear determinadas ferramentas como, por exemplo, o computador e
data show, isso geralmente ocorre com os professores mais velhos.
(MEIRELES; VILAR, 2013, p. 7).
É importante ressaltar que, além disso, a carga horária do professor de Geografia é
bastante reduzida, o que acarreta na necessidade de complementação de sua carga horária,
tendo que lecionar em mais turmas, ficando responsável por uma carga maior de discentes,
sobrecarregando-o.
Diante dessa realidade e de tantos outros problemas enfrentados em todo o processo
educacional, o incentivo que nos é dado pelo Governo Federal, através do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID vem contribuindo significativamente
para reverter essa situação. Dentre alguns objetivos do PIBID, podemos destacar:
[...] inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de
educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em
experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter
inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas
identificados no processo de ensino-aprendizagem [...]contribuir para a
articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes,
elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura.
(CAPES, 2013, p. 2, 3).
Nesta perspectiva, surge a necessidade de inovar as aulas de Geografia com recursos
didáticos, como forma de contribuir no processo ensino-aprendizagem. Podemos ressaltar
ainda que o programa incentiva a valorização da formação dos licenciandos, elevando a
qualidade do ensino.
Ao começarmos a nossa experiência como bolsistas, tivemos sobre a nossa
responsabilidade reorganizar o planejamento anual nos itens de “estratégias” e “recursos”,
onde a professora-supervisora nos apresentou várias dinâmicas a fim de serem empregadas
como verificadoras da aprendizagem ou como elemento de aprendizagem.
Com o intuito de investigar como se tem dado a assimilação do conteúdo por parte dos
discentes, sua capacidade de relacionar conteúdos, articular teoria e prática, habilidade de
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comparar, analisar, além de desenvolver o senso crítico, pensou-se em trabalhar com a leitura
crítica das mensagens visuais a partir de charge.
Como o trabalho encontra-se em fase inicial, iremos apresentar detalhadamente como
pretendemos desenvolvê-lo em sala de aula e quais os resultados almejamos alcançar.
A atividade proposta será aplicada nas turmas dos 8° anos da Escola Municipal Padre
Pinho em Maceió/AL e estará relacionada ao tema “Países Desenvolvidos, Subdesenvolvidos
e Emergentes”, conteúdo já trabalhado em sala de aula pela professora das referidas turmas,
visando uma melhor compreensão por parte dos discentes.
A nós, bolsista o trabalho se comporá em:
 Apresentar em sala de aula algumas charges, solicitando que os alunos
interpretem e interferindo quando necessário nas leituras;
 Explicar o que é charge e seus elementos;
 Aplicar, como proposta de atividade, a elaboração de uma charge, aonde os
alunos irão se reunir em dupla e produzir uma charge relacionada ao conteúdo
abordado.
 As duplas irão expor suas ideias em sala de aula;
 Levar os trabalhos para exposição na escola através de um mural.
Será analisado não só a construção dos conhecimentos, como também a capacidade de
interagir e trocar conhecimento em dupla.
A organização do nosso trabalho segue o cronograma abaixo:
MÊS DE JUNHO
MÊS DE JULHO
MÊS DE SETEMBRO
CRONOGRAMA DAS TAREFAS
Ministrou-se o conteúdo
Levantamento bibliográfico
Discussão sobre todas as etapas do projeto
Verificação da aprendizagem com a
dinâmica da criação das charges
Apresentação da nossa experiência no II
encontro regional de práticas de ensino em
geografia – II EREPEG
A inserção da charge nas aulas de Geografia possui o intuito de construirmos a
Educação Geográfica com estes alunos.
CONCLUSÃO
Participar do PIBID tem nos proporcionado varias experienciais positivas, uma vez
que a oportunidade de vivenciar a realidade escolar, enquanto estudante de Geografia nos
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possibilita uma formação mais completa, possibilitando amadurecimento para a prática
escolar.
Para a professora-supervisora este trabalho possibilitou um resgate na sua prática
pedagógica, por meio de aulas mais instigadoras e atrativas. Receber os Bolsistas do PIBID
foi sem dúvida repensar suas práticas pedagógicas, através do ensino e uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação - TICs, aplicada pela dinâmica das charges.
Tendo em vista que o trabalho encontra-se em fase inicial, apenas evidenciaremos as
nossas expectativas em relação à concretude deste trabalho. Acreditamos que este só
acrescentará aos alunos envolvidos uma compreensão critica de mundo no intuito de se
formar cidadãos conscientes e críticos, buscando criar uma transformação local e social.
Esperamos que este trabalho traga resultados positivos na concretização de um ensino
de Geografia, pois entendemos ser o papel dessa disciplina o de pensar, analisar, questionar o
espaço geográfico e os fatos que nele ocorrem. Como disciplina escolar, a Geografia permite
que os sujeitos se percebam como participantes do espaço que estudam, sendo este espaço
produzido pela sociedade decorrente da vida e do trabalho das pessoas ao longo do tempo.
Neste contexto, o professor em sala de aula deve buscar entender as ocorrências e as
transformações deste espaço, a fim de proporcionar aos alunos uma melhor compreensão de
mundo. Nesse sentido, esperamos também que instigue demais professores a realizarem uma
Educação Geográfica significativa em suas salas de aula.
REFERÊNCIAS
BRASIL. CAPES. Portaria nº 096, de 18 de Julho de 2013, que regulamenta o PIBID Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Disponível em:
<http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_096_18jul13_Aprova
RegulamentoPIBID.pdf>. Data de acesso: 21/06/2014.
CORCINO, A. S.; SILVA, M. L. O gênero textual charge como instrumento mediador no
livro didático. SEMANA DE LETRAS: LINGUAGENS E ENTRECHOQUES
CULTURAIS, 6., Caminhos da leitura e da escrita: Um olhar plural, Catolé do Rocha – PB,
out/2011. Anais... Catolé do Rocha – PB, 2006.
MEIRELES, P. S.; VILAR, M. J. L. Utilização de charges como recurso didático no ensino
da Geografia. 2013. Disponível
em:<http://www.editorarealize.com.br/revistas/eniduepb/trabalhos/Modalidade_6datahora_01
_10_2013_18_04_31_idinscrito_378_f2e53b172981b1bbd7875c1627f074ff.pdf>. Data de
Acesso em: 05 jun. 2014.
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MENDES, F. F.; FONSECA, G. S. Ensino de Geografia: Limites e possibilidades na
utilização de charges. Encontro Nacional dos Geógrafos, 26., Porto Alegre – RS, 2010.
Anais... Porto Alegre – RS, 2010.
MORAN, José Manuel. 2007. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da
Comunicação na EAD - uma leitura crítica dos meios. Disponível
em:http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf. Acesso em: 25 jun.
2014.
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Revista Solta a Voz, v. 18, n. 1, p. 41-49, fev/2007.
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SILVA, M. F. O uso do laboratório de informática para uma nova educação. 2007.
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