uningá œ unidade de ensino superior ingá

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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ
FACULDADE INGÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PERIODONTIA
LETICIA JÄGER
PROTEÍNAS MORFOGENÉTICAS ÓSSEAS E PERIODONTIA:
REVISÃO DE LITERATURA
PASSO FUNDO
2009
1
LETICIA JÄGER
PROTEÍNAS MORFOGENÉTICAS ÓSSEAS E PERIODONTIA:
REVISÃO DE LITERATURA
Monografia apresentada à unidade de Pósgraduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ –
Passo Fundo-RS como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em
Periodontia.
Orientador: Profa. Ms. Paula Branco.
PASSO FUNDO
2009
2
LETICIA JÄGER
PROTEÍNAS MORFOGENÉTICAS ÓSSEAS E PERIODONTIA:
REVISÃO DE LITERATURA
Monografia apresentada à comissão
julgadora da Unidade de Pós-graduação da
Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo FundoRS como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista em Periodontia.
Aprovada em ___/___/______.
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________
Profa. Ms. Paula Branco - Orientadora
____________________________________________
Profa. Ms. Marisa Dal Zot Flôres
____________________________________________
Prof. Cristiano Magagnin
3
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a minha família que sempre me apoiou, não
somente no período da minha especialização, mas em toda a minha vida.
Agradeço aos professores deste curso, Marisa, Dayse e Paula, que se
dedicaram em dividir comigo o seu conhecimento.
Agradeço aos meus colegas, Evandro, Henrique, Grasiela e Rejane, com os
quais passei um ano e meio dividindo conhecimentos, compartilhando momentos
bons e dando muitas risadas.
Agradeço também a Deus, que sem Ele não seria possível sequer estar aqui,
hoje.
4
“A pessoa de sucesso é que viveu bem, riu
muitas vezes e amou bastante, que
conquistou
o
respeito
das
pessoas
inteligentes e o amor das crianças; que
galgou uma posição respeitada e cumpriu
suas tarefas; que deixou este mundo melhor
do que encontrou, ao contribuir com uma flor
mais bonita, um poema perfeito ou uma alma
resgatada; que jamais deixou de apreciar a
beleza do mundo ou falhou em expressá-la;
que buscou o melhor nos outros e deu o
melhor de si.”
Robert Louis Stevenson
5
RESUMO
Várias proteínas morfogenéticas ósseas já foram identificadas, as mais pesquisadas
na área odontológica são as 2, 4, 7 e 12. O objetivo desta monografia é realizar uma
revisão da literatura abrangendo estudos sobre o papel das proteínas
morfogenéticas ósseas na regeneração periodontal. As proteínas morfogenéticas
ósseas fazem parte do grupo dos fatores de crescimento e estimulam a formação
óssea. São principalmente encontradas na matriz extracelular do ligamento
periodontal. Desempenham sua função promovendo excelentes resultados em
relação à formação óssea, moderada formação cementária e uma mínima formação
do ligamento periodontal. Pode-se observar que essas proteínas têm uma excelente
função na formação óssea, mas na regeneração periodontal ainda se mostram
ineficazes.
Palavras Chave: Periodontia, proteína morfogenética óssea, regeneração óssea.
6
ABSTRACT
Several bone morphogenetic proteins had already been identified and the most
searched in Dentistry are 2, 4, 7 and 12. The aim of this literature review is to get
through about studies that involve the important role of bone morphogenetic proteins
in periodontal regeneration. The bone morphogenetic proteins are a part of growth
factors group and stimulate the bone formation. They are mainly found in the
extracellular matrix of the periodontal ligament. They enact their function by
promoting excellent results in bone formation, moderate cement formation and a
minimum periodontal ligament formation. It can be observed that these proteins have
a great role in bone formation, but in periodontal regeneration are still ineffective.
Key works: Periodontics, Bone morphogenetic protein, bone regeneration.
7
LISTA DE ABREVIATURAS
ACS – esponja de colágeno
BMP – proteína morfogenética óssea
BMP-2 – proteína morfogenética óssea-2
BMP-4 – proteína morfogenética óssea-4
BMP-7 – proteína morfogenética óssea-7
BMPf – proteína morfogenética óssea associada à gelatina de rápida degradação
BMPs – proteína morfogenética óssea associada à gelatina de lenta degradação
CONf – grupo controle com gelatina de rápida degradação
CONs – grupo controle com gelatina de lenta degradação
ePTFE – membrana de polipropileno macroporosa reforçada
FFSS – feixe de fibrina
g - grama
HA – hidroxiapatita
hOP-1 – proteína humana osteogênica-1
MB – matriz óssea bovina desmineralizada e liofilizada
mg – miligramas
pg – picograma (10-12gramas)
PGS – esponja de gelatina
rhBMP-2 – proteína morfogenética óssea recombinante humana-2
rhBMP-4 – proteína morfogenética óssea recombinante humana-4
rhBMP-7 – proteína morfogenética óssea recombinante humana-7
rhBMP-12 – proteína morfogenética óssea recombinante humana-12
8
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO..................................................................................
09
2
REVISÃO DE LITERATURA.............................................................
12
3
CONCLUSÃO....................................................................................
23
REFERÊNCIAS...............................................................................................
24
ANEXOS .........................................................................................................
27
9
1 INTRODUÇÃO
Após a finalização de um tratamento adequado para as doenças do
periodonto, a regeneração subseqüente das estruturas periodontais perdidas ou
afetadas pela doença ocorre de modo muito variável. No caso da perda óssea,
comumente presente nas patologias que atingem o periodonto, observa-se que não
ocorre neoformação óssea em todos os sítios que são tratados e, a sanidade, muitas
vezes é acompanhada pela formação de um epitélio juncional longo, o qual substitui
àquele danificado ou perdido durante a evolução da patologia periodontal (LINDHE;
KARRING; LANG, 2005).
Devido a esses fatores, na maioria das vezes torna-se impossível devolver a
estética gengival ao paciente, principalmente após uma doença periodontal já em
estágio avançado, com múltiplas e/ou extensas perdas ósseas e de inserção;
nesses casos, pode-se apenas garantir o controle da doença gengival e a saúde
bucal. Por isso, na tentativa de solucionar essa lacuna inerente aos tratamentos
periodontais, sugere-se a utilização de diversos tipos de enxerto, sendo os enxertos
ósseos os mais pesquisados (LINDHE; KARRING; LANG, 2005).
O uso desses enxertos ósseos na terapia periodontal regenerativa está
baseado na suposição de que a neoformação óssea pode, também, induzir a
formação de uma nova camada de cemento, contendo fibras colágenas inseridas.
No entanto, os estudos têm demonstrado que procedimentos de enxerto ósseo
normalmente resultam em cicatrização caracterizada pela formação de um epitélio
juncional longo
(semelhante àquele obtido após uma terapia periodontal
convencional, com raspagem supra e subgengival), ao invés de uma cicatrização
com formação de uma nova inserção conjuntiva, a qual caracterizaria a verdadeira
regeneração periodontal (LINDHE; KARRING; LANG, 2005).
Mesmo assim, as pesquisas a respeito da formação óssea continuam em
andamento, e nesse âmbito, as chamadas proteínas morfogenéticas ósseas
(também conhecidas simplesmente como BMP) apresentam-se em destaque. As
BMPs constituem-se em fatores de crescimento osteoindutores, ou seja, são fatores
presentes na composição óssea humana ou animal, que podem estimular células
mesenquimais a se diferenciarem em células capazes de formar osso. As proteínas
10
morfogenéticas são consideradas membros da família de fatores de crescimento
(TGF)-β, devido a suas características em sua seqüência de aminoácidos (WOZNEY
et al.,1988 apud HYUN et al., 2005).
Relata-se também que as BMPs são os únicos fatores de crescimento
capazes de induzir a formação óssea em sítios fora do esqueleto, aparentemente
causando diferenciação das células derivadas do tecido mole, produzindo células do
tecido ósseo, independentemente da presença ou não de estrutura óssea prévia
(REDDI, 1981 apud COCHRAN; WOZNEY , 1999).
Em algumas pesquisas, considera-se que essas proteínas não só são
capazes de formar novo osso, como também estão envolvidas na regeneração
considerável de cemento e ligamento periodontal em sítios tratados com enxertos de
BMPs (LINDHE; KARRING; LANG, 2005).
Apesar de haver boas perspectivas de aplicação clínica das BMPs, uma das
maiores dificuldades na sua utilização seria encontrar um meio de transporte para
estas proteínas. Este meio de transporte deveria ser biocompativel, reabsorvível,
transportar as BMPs até o local de sua ação e permitir sua liberação controlada,
contudo sem interferir na ação de formação óssea, além de ser de fácil aplicação
(SEEHERMAN; WOZNEY; LI, 2002 apud HAN et al., 2005).
Uma pesquisa que exemplifica bem as perspectivas de utilização das BMPs
na regeneração das estruturas periodontais é a de Ivanovski et al. (2001).Nesse
estudo realizado em cadáver, comparou-se a concentração de diferentes indutores
de formação óssea com as proteínas morfogenéticas 2 e 4, no interior do periodonto
humano. Nele, um dos indutores (Osteopontin) apresentou-se fraco na matriz
extracelular da gengiva, com forte concentração na matriz extracelular do ligamento
periodontal e no cemento, e moderada concentração no osso. O outro indutor
(Osteocalcina) apresentou concentração muito fraca na matriz extracelular dos
tecidos da gengiva, forte concentração nas estruturas do ligamento periodontal e
moderada no osso e no cemento. O terceiro indutor (Sialo-proteína óssea) não foi
observado nas estruturas gengivais e no ligamento periodontal, mas teve presença
moderada no osso e cemento. J á a s BMP-2 e -4, apesar de apresentarem-se
fracamente
concentradas
nas
estruturas
gengivais, estavam
fortemente
11
concentradas nas estruturas do ligamento periodontal, mesmo que sua presença
não pôde ser detectada no osso e cemento. Sendo assim, pode-se observar que as
proteínas morfogenéticas podem ser utilizadas para identificar células com potencial
de facilitar a formação dos tecidos duros e, assim, regeneração periodontal.
Visto o que foi exposto acima, os estudos realizados com as proteínas
morfogenéticas ósseas revelaram que elas são capazes de induzir regeneração dos
diferentes componentes do periodonto, ou seja, osso alveolar, cemento e ligamento
periodontal (LINDHE; KARRING; LANG, 2005).
Portanto, esta pesquisa de revisão bibliográfica, tem como objetivo avaliar a
ação das proteínas morfogenéticas ósseas na terapia periodontal.
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
Estudos que envolvem a utilização de BMPs geralmente envolvem análises in
vitro e em animais, visto que as pesquisas em humanos são inviáveis e antiéticas,
em sua maioria, devido à necessidade de reproduzir doença periodontal e
conseqüente regeneração. No anexo desta monografia há um quadro com os
resumos dos trabalhos utilizados nesta revisão.
As proteínas morfogenéticas ósseas foram descobertas por Urist e Strates em
1971. As BMPs representam um produto do metabolismo dos osteoblastos,
odontoblastos e de várias células tumorais. Por isso, são encontradas armazenadas
de forma mais concentrada no tecido ósseo, na dentina e em alguns tumores de
células ósseas (RIPAMONTI e REDDI, 1994).
Wozney et al. (1988), aperfeiçoaram a capacidade dessas proteínas em
formar osso, clonando os genes das BMPs. Isso foi realizado no intuito de obter-se
uma produção maior dessas proteínas, uma vez que é necessária uma quantidade
extremamente grande de osso para obter-se apenas o equivalente a 1g de BMP
(WOZNEY, 1995). Desde então, as rhBMPs (obtidas através dessa clonagem e
denominadas Proteínas Morfogenéticas Ósseas Recombinantes Humanas) têm sido
estudadas na tentativa de neoformação óssea, uma vez que possuem alta
capacidade osteoindutora (BARBOSA et al., 2000).
As BMPs formam um grupo de glicoproteínas classificadas em 8 grupos.
Essas proteínas podem ter origem bovina e humana, pertencendo a uma grande
família chamada de Fator de Crescimento Beta (TGF), uma vez que possuem em
suas fórmulas uma seqüência muito similar de aminoácidos entre elas. As proteínas
que foram isoladas (ou purificadas) até então são: BMP-1 ; B M P -2 ; B M P -3
(Osteogenina); BMP-4; BMP-5; BMP-6, BMP-7 e BMP-8; cada uma dessas proteínas
possui uma capacidade osteoindutora diferente (RIPAMONTI e REDDI, 1994).
A BMP-2, por exemplo, possui a maior capacidade osteoindutora dentre todas
as BMPs (WOZNEY, 2005), e as BMPS recombinantes 2, 4 e 7 induzem formação
13
óssea, sendo as mais testadas clinicamente (TUOMINEN et al. 2000).
Um dos estudos mais importantes acerca das proteínas morfogenéticas é o
de Ripamonti et al. em 1994, que avaliaram o potencial de regeneração óssea em
lesões de furca de babuínos. Grandes defeitos de furca, de 10 a 12mm de
profundidade, foram criados cirurgicamente nos primeiros e segundos molares
mandibulares. Em um dos lados foi implantado matriz de colágeno contendo BMP,
enquanto que, no outro lado, os defeitos foram preenchidos apenas com matriz
colágena (grupo controle). Em análise histométrica e histomorfométrica observou-se
um volume maior de mineralização óssea nas furcas tratadas com a matriz colágena
somada à BMP, quando comparados ao grupo controle.
Já em 1996, Ripamonti et al, testaram a eficácia de uma aplicação de
proteína humana osteogênica (hOP-1/BMP-7) agregada a uma matriz de colágeno
na regeneração periodontal em lesões de furca, também em babuínos. Defeitos de
furca classe II nos molares destes animais foram tratados com hOP-1 em duas
concentrações: 100 e 500 pg por g de matriz de colágeno. Cada defeito recebeu em
torno de 200 mg de matriz com hOP-1. Também foi estabelecido o grupo controle
que recebeu como tratamento apenas a matriz de colágeno. As análises mostraram
que a
hOP-1 induziu cementogênese, nas duas concentrações. Focos de
remineralização foram observados dentro do cemento recém depositado. Dentro das
furcas foi encontrada neoformação óssea e cementária separadas por um tecido
fibrovascular que se assemelha ao ligamento periodontal. Já o grupo controle
apresentou uma limitada regeneração óssea com migração do epitélio juncional para
apical, como ocorre normalmente durante a cicatrização de uma lesão periodontal.
Muitas pesquisas envolvem o uso de implantes osseointegrados ao invés de
elementos dentários, como no caso de Cochran et al. (1999), Tatakis (2002) e de
Jung et al. (2003). No primeiro estudo citado, os autores procuraram determinar a
quantidade de formação óssea, promovida por proteína morfogenética óssea
recombinante humana-2 (rhBMP-2) aglutinada à uma matriz de colágeno, em torno
de implantes de titânio, colocados em defeitos padronizados de cães. Os grupos
compreenderam: A) aplicação de rhBMP-2 recoberta com membrana de colágeno,
B) aplicação de rhBMP-2 sem membrana de colágeno recobrindo, C) sem aplicação
de rhBMP-2, com recobrimento de membrana de colágeno e D) sem aplicação de
14
rhBMP-2 e sem membrana de colágeno. No grupo sem rhBMP-2, após 4 semanas,
algumas áreas de novo osso formaram-se em contato com a base do defeito e em
torno dos implantes. Quando o rhBMP-2 estava presente, uma grande quantidade
de osso formou-se em torno do implante. Na avaliação realizada após quatro
semanas, ocorreram as seguintes modificações: o grupo A obteve um aumento de
3,14mm², o grupo B obteve um aumento de 10,83mm², o grupo C obteve um
aumento de 1,76mm² e o grupo B obteve um aumento de 2,54mm². Já com doze
semanas foi observado um aumento de 6,69mm² no grupo A, 8,29mm² no grupo B,
4,58mm² no grupo C e 4,91mm² no grupo D. Analisando os resultados pode-se
observar que a ausência de membrana mostrou melhores resultados na
regeneração óssea e, na presença da proteína, obteve-se um resultado mais
satisfatório na formação óssea em torno dos implantes.
Por sua vez, em 2002, Tatakis et al. observaram o efeito da proteína
morfogenética recombinante humana 2 (rhBMP-2) em diferentes doses utilizadas na
osseointegração de implantes. Seis cães foram utilizados nesta pesquisa. Os dentes
foram extraídos e 3 implantes de titânio foram colocados deixando para fora do osso
alveolar 5 mm do parafuso, criando um defeito peri-implantar. Em seguida foi
colocado sobre o implante camadas de rhBMP-2/ACS em diferentes concentrações
para cada sítio (0,05, 0,1 ou 0,2mg/ml). Nos exames radiográficos, os implantes não
apresentaram radiopacidade circundante logo após o procedimento. Uma fraca
radiopacidade foi notada duas semanas após a cirurgia; na quarta semana, tanto a
densidade quanto a extensão apresentaram estrutura semelhante ao osso
trabecular. Até a sexta semana foi possível observar aumento da densidade óssea.
Os achados histológicos mostraram que a indução óssea foi limitada em todos os
grupos. Osso recém formado, adaptado ao longo dos implantes, exibiu amplos
espaços de osso medular. A analise histométrica mostra uma limitada formação
óssea sem diferenças notáveis entre as doses testadas de rhBMP-2.
Em 2003, Jung et al, avaliaram o efeito da adição de rhBMP-2 a um substituto
ósseo mineral (Bio-Oss) na regeneração tecidual guiada. Onze pacientes que
necessitavam de dois implantes em diferentes áreas da boca com defeitos ósseos
foram incluídos neste estudo. Os implantes foram realizados e a região dos defeitos
teve a cortical óssea perfurada para provocar sangramento, o Bio-Oss com ou sem
rhBMP-2 (grupo teste e grupo controle respectivamente) foi enxertado nestes
15
defeitos e uma membrana foi utilizada para recobrir os sítios. Seis meses mais tarde
observaram-se partículas de Bio-Oss embutidas no osso; no grupo teste 96% do
defeito foi preenchido e, no grupo controle, 91% do defeito foi preenchido. A
densidade óssea também foi maior no grupo teste, 37% contra 30% do grupo
controle.
Em 2000, Barboza et al., os autores avaliaram o potencial de formação óssea
em cães, quando se utiliza proteína morfogenética aglomerada a matriz colágena
(rhBMP-2/ACS), com ou sem reforço de hidroxiapatita (HA), sob compressão do
retalho. O grupo que recebeu rhBMP-2/ACS obteve um aumento de 0,7±0,6mm; já o
grupo que recebeu rhBMP-2/ACS/HA obteve um aumento de 5,5±0,6mm. Os
resultados observados mostraram que com a compressão do retalho a formação
óssea foi limitada e que o grupo que teve reforço de hidroxiapatita obteve um
resultado mais satisfatório.
Como citado anteriormente na introdução dessa revisão de literatura, o estudo
de Ivanovski et al. (2001) é um dos poucos exemplos a respeito da ação das BMPs
quando se trata de regeneração de estruturas periodontais. Essa pesquisa teve
como objetivo determinar a distribuição de sialo-proteína óssea, osteopontin,
osteocalcina e proteínas morfogenéticas ósseas 2 e 4 no interior do periodonto
humano. O tecido examinado foi proveniente de um homem de 50 anos de idade,
após sua morte. O o steopontin apresentou uma fraca concentração na matriz
extracelular da gengiva, porém, uma forte concentração na matriz extracelular do
ligamento periodontal e no cemento, com moderada concentração no osso. A
osteocalcina apresentou uma concentração muito fraca na matriz extracelular dos
tecidos da gengiva, m a s u m a forte concentração nas estruturas do ligamento
periodontal; no osso e no cemento mostrou-se moderadamente presente. A s ialoproteína óssea não foi observada nas estruturas gengivais e no ligamento
periodontal; no osso e no cemento, apareceu moderadamente. Por sua vez, as
BMP-2 e -4 apareceram fracamente concentradas nas estruturas gengivais, mas
fortemente concentradas nas estruturas do ligamento periodontal. No entanto, sua
presença não foi detectada no osso e no cemento. Estas substâncias podem ser
utilizadas para identificar células com potencial de facilitar a formação dos tecidos
duros e, assim, a regeneração periodontal.
16
King e Hughes avaliaram, em 2001, a hipótese de que, após o ferimento
periodontal, a rhBMP-2 estimula o recrutamento de células adjacentes para
promoverem a regeneração periodontal, aumentando a formação de cemento.
Sessenta e quatro ratos tiveram defeitos tratados em sua metade por uma
membrana de colágeno impregnada de rhBMP-2 (32 sítios), e a outra metade
recebeu apenas uma membrana de colágeno sobre a raiz exposta (32 sítios). As
feridas foram fechadas e os animais foram sacrificados nos dias 2, 4, 7 e 10 após a
cirurgia. As analises foram realizadas e os resultados mostraram que o rhBMP-2 não
afetou a proliferação celular inicial no dia 2. No dia 4, não foram observadas
diferenças entre os dois grupos. Já no dia 7, o coágulo deixa de existir, as células
inflamatórias não foram mais encontradas e a formação de novo ligamento
periodontal se tornou mais evidente no grupo que recebeu rhBMP-2. No dia 10 os
resultados mostraram que houve um efetivo aumento da proliferação e da migração
de células adjacentes no grupo que foi tratado com rhBMP-2, assim como de
cemento. Nenhum caso de anquilose ou reabsorção radicular foi encontrado.
A regeneração periodontal induzida por hOP-1 e rhBMP-2 aplicados
isoladamente ou combinadas foi analisada neste estudo. Defeitos de furca classe II
foram preparados cirurgicamente nos 1º e 2º molares de três babuínos. O hOP-1 e
rhBMP-2, isoladamente ou em combinação, foram adicionadas a matriz colágena
óssea xenogenética bovina insolúvel. O implante das proteínas combinadas resultou
numa formação óssea menor do que a hOP-1 isoladamente e o rhBMP-2 induziu a
formação da maior quantidade de osso. A cementogênese foi induzida
principalmente por hOP-1; por sua vez, a rhBMP-2 mostrou reforço da regeneração
e remodelação óssea alveolar (RIPAMONTI et al, 2001).
A comparação dos efeitos da liberação lenta ou rápida de rhBMP-2 pela
esponja de gelatina induzindo cicatrização periodontal foi realizada por Talwar et al,
em 2001. Defeitos periodontais foram criados cirurgicamente em 36 ratos. Os grupos
testes foram tratados com rhBMP-2 adicionada à gelatina enquanto o grupo controle
recebeu apenas gelatina. Quatro grupos de nove ratos foram tratados com rhBMP-2
em
uma
gelatina
de lenta
ou de rápida degradação (BMPs e BMPf,
respectivamente), ou foram tratados apenas com gelatina de lenta ou rápida
degradação (CONs e CONf, respectivamente). Dez dias após este procedimento os
ratos foram sacrificados e as analises realizadas. A BMPf aumentou a formação
17
óssea em comparação com o controle CONf, mas não foram encontradas diferenças
entre a formação óssea promovida pelas BMPs, BMPf ou CONs. A formação
cementária foi maior nos grupos que receberam rhBMP-2 principalmente no grupo
BMPs.
Choi et al, em 2002, avaliaram a regeneração do osso alveolar e do cemento,
ocorrência de anquilose e reabsorção radicular após implante cirúrgico de rhBMP-2
adicionado a uma esponja de colágeno (ACS) em oito cães. Foram criados defeitos
de três paredes nas regiões dos dentes extraídos. Como tratamentos destes defeitos
foram utilizados três condições experimentais: rhBMP-2 aglutinada a uma esponja
de colágeno (rhBMP-2/ACS), ACS (grupo controle) e controle cirúrgico (sem adição
de material). Após oito ou 24 semanas os animais foram sacrificados e os resultados
observados. O implante cirúrgico resultou em aceleração e reforço da formação
óssea, mas com insignificante influencia sobre a regeneração do cemento. O
rhBMP-2 não parece estar associado à reabsorção radicular nem a anquilose.
Neste estudo foram caracterizadas as reações teciduais após implante
cirúrgico de proteína morfogenética óssea recombinante humana aglomerada à uma
esponja de colágeno (rhBMP-2/ACS) em defeitos periodontais de quatro cães.
Todos os defeitos receberam como tratamento rhBMP-2/ACS. Todas as amostras
mostraram um grande volume de osso recém formado. Tecido duro depositado na
superfície da dentina apresentava características ósseas a aparecia misturado com
uma extensa rede de tecido ósseo; somente em áreas localizadas este tecido duro
tinha características de cemento, isto é, exibia uma matriz contendo fibras de
colágeno. Com estes resultados foi possível concluir que a rhBMP-2/ACS mostrouse uma ótima indutora da formação óssea. Infelizmente um típico conjunto cemento,
ligamento periodontal e osso alveolar raramente foi observado (SELVIG et al, 2002).
Wikesjö et al, em 2003a, avaliaram a influência de rhBMP-2 na regeneração
do osso alveolar quando utilizado em conjunto uma membrana de polipropileno,
reforçada, macroporosa (ePTFE). Quatro cães foram submetidos a um procedimento
cirúrgico para a confecção de defeitos periodontais. Estes defeitos foram tratados
com rhBMP-2/ACS ou apenas ACS (grupo controle) e todos os sítios foram
recobertos com ePTFE. Os resultados foram analisados com quatro ou oito após o
procedimento. Radiograficamente foi observado que o grupo que recebeu rhBMP-
18
2/ACS obteve um total preenchimento do espaço proporcionado pela membrana,
com novo osso. Já o grupo que recebeu apenas ACS obteve 30-50% de
preenchimento do espaço, mas em contrapartida apresentou formação de cortical
óssea em torno dos dentes, o que não foi observado nos sítios tratados com rhBMP2/ACS. A anquilose foi notada freqüentemente em locais que receberam essa
mesma substância. Não foram encontradas diferenças significativas na regeneração
cementária entre os grupos de tratamento.
Wikesjö et al, em 2003b, avaliaram a eficácia da utilização de uma membrana
de polipropileno, reforçada, macroporosa (ePTFE) sobre o implante de rhBMP2/ACS na regeneração do osso alveolar de um defeito periodontal em quatro cães.
Nas observações clínicas, notou-se que, em ambos os tratamentos, houve uma
rápida cicatrização. Radiograficamente a formação óssea e cementária foi
semelhante nos dois grupos, mas o grupo que recebeu o ePTFE mostrou uma
arquitetura mais definida. As áreas de regeneração óssea que receberam o ePTFE
se mostraram reforçadas quando comparadas as áreas que não receberam este
dispositivo. Assim sendo, os resultados sugeriram que a melhor forma de aplicação
do rhBMP-2/ACS seria utilizando um dispositivo para recobrir este implante.
Saito, Saito e Kawanami, em 2003, avaliaram a influência da utilização de
uma membrana colocada entre a superfície radicular e a rhBMP-2 associada a um
polímero revestido de esponja de gelatina (PGS) na regeneração periodontal em
cães. Os defeitos ósseos foram tratados com a implantação de rhBMP-2/PGS com
ou sem a interposição de uma membrana (grupo PB e grupo B respectivamente) e o
grupo controle (grupo P) foi estabelecido utilizando-se apenas do PGS sobre a
superfície radicular. Após doze semanas o g rupo P apresentou a migração do
epitélio juncional para a porção apical da superfície radicular envolvida na lesão. No
grupo B, a migração do epitélio juncional ficou limitada a 1 mm para apical da junção
cemento-esmalte; a maior parte da superfície radicular foi recoberta por cemento e
um tecido organizado semelhante ao ligamento periodontal foi observado. Somente
um caso de anquilose foi encontrado. O padrão de regeneração óssea foi idêntico
nos dois grupos, mas o grupo PB obteve uma maior quantidade de osso formado
que o grupo B. Mas em consideração não foi encontrado nenhum caso de anquilose
neste grupo. Assim podemos concluir que a utilização de uma membrana interposta,
19
com implante de rhBMP-2/PGS, reduz a formação óssea e a incidência de
anquilose.
O estudo realizado por Guimarães et al, em 2004, teve como finalidade
avaliar a eficácia da utilização de proteínas morfogenéticas (BMP) (GENPRO –
Baumer SA) associado à hidroxiapatita (HA), com adição de matriz óssea bovina
desmineralizada e liofilizada (MB) (PB-GEN-OX – Baumer SA) na resolução de
defeitos ósseos periodontais de duas ou três paredes em quinze pacientes,
selecionados levando-se em consideração que os pacientes necessitavam ter
evidências radiográficas de pelo menos um par de defeitos interproximais, sem
envolvimento de furca. Estes sítios receberam os materiais BMP+HA+MB (grupo
teste) ou HA+MB (grupo controle) e foram recobertos com uma membrana
reabsorvível (GENDERME – Baumer AS). Após a realização dos tratamentos foram
realizadas avaliações aos três e seis meses. Os achados clínicos deste estudo
demonstraram que a utilização de BMP não gerou benefícios adicionais no
tratamento destes defeitos. Os resultados encontrados nos grupos teste e controle
foram semelhantes, assim sendo puderam considerar que a aplicação de MB e HA
por si só demonstram resultados satisfatórios na resolução destes casos.
Em 2004, Barboza et al, avaliaram o efeito da utilização de biomateriais em
conjunto com rhBMP-2 na regeneração do osso alveolar em seis cães. Oito
semanas, após a produção do defeito ósseo nesses animais, foi realizada a
reintervenção onde foi utilizado rhBMP-2 associada à matriz óssea desmineralizada
(DMB), ou associada a vidro bioativo (Bioglass) (BG). Dois desses animais
receberam como tratamento a aplicação de rhBMP-2/ACS ou cirurgia controle, sem
a i mplantação de nenhum material. Foi observada uma limitada regeneração do
osso alveolar, em média, de 0,1mm no grupo controle. A implantação de rhBMP2/ACS resultou em um aumento de altura do osso alveolar (em média de 2,2mm).
Nos sítios que receberam implantação de rhBMP-2/ACS/DMB houve um aumento na
altura do osso alveolar (em média de 4,4mm). Já nos sítios que receberam rhBMP2/ACS/BG, observou-se aumento ósseo de, em média, 4,6mm. Nesta avaliação não
foi possível notar diferença na taxa de formação óssea entre os implantes de
rhBMP-2/ACS/DMB e rhBMP-2/ACS/BG. Uma rápida formação óssea foi observada
independentemente do espaço promovido pelo biomaterial utilizado.
20
Um estudo piloto foi desenvolvido em 2004 por Sorensen et al, para avaliar o
efeito de rhBMP-12 sobre a regeneração do ligamento periodontal em casos de
reimplante dentário. Seis cães tiveram seus incisivos e pré-molares extraídos e
reimplantados a seguir. Os biomateriais comparados foram o rhBMP-12 ou uma
solução chamada de MFR 00842-tampão (sacarose, glicina, ácido L-glutamatico,
NaCl e polisorbato, com pH de 4,5). As radiografias mostraram diferentes graus de
reabsorção óssea dos dentes reimplantados após oito semanas, sem diferenças
entre as condições experimentais. Todos os espécimes apresentaram presença de
fibras do ligamento periodontal dispersas. A maior parte dessas fibras apareceu
orientada perpendicularmente em relação a superfície radicular. Limitadas áreas de
reabsorção da superfície radicular foram observadas em todos os espécimes. As
observações deste estudo não indicam a utilização tópica de rhBMP-12 para auxiliar
o restabelecimento do ligamento periodontal nos casos de reimplante dentário.
Fiorellini et al, 2005, em um estudo duplo-cego randomizado controlado por
placebo, avaliaram a eficácia da regeneração óssea
induzida
por
duas
concentrações de proteína morfogenética óssea recombinante humana – 2 (rhBMP2) aglutinada à uma esponja de colágeno reabsorvível (ACS), a utilização apenas de
ACS para correção de defeitos ósseos nos alvéolos, após extração, com finalidade
de implantes dentários. Oitenta pacientes (quarenta e três homens e trinta e sete
mulheres) foram incluídos neste estudo. Um total de noventa e cinco sítios para
tratamento. Dois grupos de quarenta pacientes foram distribuídos aleatoriamente de
maneira a receberem como tratamento: rhBMP-2 adicionada à ACS (concentrações
de 0,75mg/ml e 1,5mg/ml), apenas ACS (placebo), ou nenhum tratamento. As
esponjas de colágeno com ou sem rhBMP-2 foram colocadas para preencher os
defeitos ósseos confeccionados cirurgicamente e a eficácia do rhBMP-2/ACS foi
avaliada através de tomografia computadorizada. A avaliação da altura alveolar
indicou que os indivíduos que receberam rhBMP-2/ACS 1,5mg/ml mantiveram a
parede palatina intacta enquanto que os outros grupos obtiveram reduções. A
largura óssea no terço apical aumentou em todos os grupos exceto naquele sem
tratamento. O aumento foi significativamente maior (p < 0,05) para os grupos
tratados com rhBMP-2/ACS no terço médio da raiz. O grupo que recebeu 1,5mg/ml
rhBMP mostrou-se com melhores resultados mesmo quando comparado ao grupo
que recebeu 0,75mg/ml. No terço cervical, o grupo que recebeu 1,5mg/ml também
21
obteve uma espessura maior. Os resultados mostraram que os pacientes tratados
com 1,5mg/ml de rhBMP-2/ACS possuíam estrutura óssea suficiente para colocação
de implante dentário sem a necessidade de uma reintervenção. Ainda, neste estudo,
68 biópsias foram realizadas nos indivíduos que se submeteram a cirurgia de
implantes. A estrutura óssea encontrada na reparação foi essencialmente trabecular
e havia um número moderado de osteoblastos ativos.
Hyun et al, em 2005, avaliaram e compararam o potencial osteogênico das
proteínas morfogenéticas ósseas 2, 4 e 7 aglutinadas à uma esponja de colágeno
reabsorvível (rhBMP-2/ACS, rhBMP-4/ACS e rhBMP-7/ACS). Trinta ratos foram
utilizados neste estudo. Após oito semanas independentemente do tipo de rhBMP
utilizada, todos os defeitos apresentaram um padrão de formação óssea semelhante
e praticamente eliminaram os defeitos com neoformação óssea. A densidade do
osso recém formado também se mostrou semelhante nos 3 grupos analisados.
Portanto, os tipos de rhBMP utilizados neste estudo exerceram uma ação
semelhante sobre a regeneração óssea sem diferenças significantes entre si.
Em 2005, Han et al, avaliaram o efeito osteocondutor de um feixe de fibrina
(FFSS) e sua potencialidade como material transportador de proteína morfogenética
recombinante humana (rhBMP-4) em trinta ratos. Um dos grupos sofreu apenas a
cirurgia controle, sem implante de nenhum material. Outro grupo recebeu como
tratamento um implante de FFSS e o terceiro rhBMP-4/FFSS. Nos resultados da
cirurgia controle observou-se uma mínima formação óssea proveniente das margens
do defeito. No grupo FFSS, em duas semanas foi possível notar que o defeito estava
preenchido com o material e tecido conjuntivo frouxo, com raras áreas de formação
óssea nas margens do defeito; já em oito semanas houve uma maior formação
óssea e o FFSS foi completamente reabsorvido. Os sítios que foram tratados com
rhBMP-4/FFSS mostraram formação óssea evidente já em duas semanas,
principalmente na periferia do defeito; em oito semanas a quantidade de osso
formado foi maior e as amostras apresentaram uma fase mais avançada de
remodelação e consolidação óssea. Não foram detectados vestígios de rhBMP4/FFSS. Os resultados deste estudo mostraram que o FFSS tem potencial
osteocondutor e pode ser utilizado como transportador de rhBMP-4.
22
Wikesjö et al, em 2005, avaliaram o efeito da proteína morfogenética óssea
recombinante humana 12 (rhBMP-12) na regeneração do osso alveolar, cemento e
formação de ligamento periodontal. Defeitos periodontais circunferenciais foram
criados cirurgicamente em torno dos terceiros e quartos pré-molares mandibulares
de seis cães. Três animais receberam como tratamento rhBMP-12 (0,04mg/ml)
aglutinada à esponja de colágeno (ACS) em um dos lados e rhBMP-12 (0,2mg/ml)
/ACS no outro lado. Os outros três animais receberam como tratamento rhBMP-12
(1,0mg/ml) /ACS em um dos lados e no outro lado, rhBMP-2 (0,2mg/ml) /ACS. Oito
semanas após a formação óssea em sítios que receberam rhBMP-2 (70% da altura
do defeito) foi mais extensa do que nos locais que receberam rhBMP-12 (52% da
altura do defeito nos sítios que receberam 0,04mg/ml, 56% da altura do defeito nos
sítios que receberam 0,2mg/ml e 58% da altura do defeito nos sítios que receberam
1,0mg/ml). Não houve significativa diferença na formação óssea entre as diferentes
concentrações de rhBMP-12, e regeneração cementária não se mostrou diferente
nas distintas modalidades de tratamento. Os sítios que receberam rhBMP-12/ACS
apresentaram uma formação do ligamento periodontal com fibras densas e com sua
inserção orientada funcionalmente, semelhante ao ligamento periodontal original. Já
nos sítios que receberam a rhBMP-2/ACS as fibras do ligamento periodontal
desenvolveram-se com uma densidade baixa e orientadas paralelamente ao longo
eixo do dente, tendo suas funções limitados por esse motivo. Não foi observada
diferença entre as concentrações utilizadas.
23
3 CONCLUSÃO
Com esta pesquisa pode-se concluir que as proteínas morfogenéticas ósseas
podem ser consideradas uma excelente promessa na terapia periodontal em caráter
experimental, mas com ressalva na regeneração dos tecidos periodontais perdidos
por conseqüência do avanço da doença periodontal. As diferentes proteínas
morfogenéticas ósseas têm semelhante resultado na formação óssea e diferem-se
nos resultados de regeneração cementária e do ligamento periodontal. A principal
dificuldade em aplicar clinicamente essas proteínas é encontrar o material ideal para
transportá-las até o sitio receptor.
Todos os artigos estudados sugeriram novas pesquisas para confirmar os
resultados até hoje encontrados.
24
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2005.
27
ANEXOS
28
AUTOR E ANO
OBJETIVOS
MATERIAIS E METODOS
RESULTADOS
RIPAMONTI et al;
1994
Avaliar a regeneração periodontal Defeitos
periodontais
foram A mineralização óssea e a
proporcionada pelas BMPs em criados cirurgicamente em quatro formação de osteóides foi maior
babuínos.
babuínos. Esses defeitos foram no grupo tratado com as BMPs.
tratados, na sua metade, com
BMPs adicionadas à uma matriz
colágena óssea insolúvel (ICBM),
na outra metade, com ICBM.
RIPAMONTI et al,
1996
Testar a eficácia de uma única
aplicação de proteína osteogênica
-1 / p r o t e í n a m o r fogenética
-7
(HOP-1/BMP-7) em conjunção
com uma esponja de colágeno
insolúvel
na
regeneração
periodontal de lesões de furca.
COCHRAN et al,
1999
Determinar a quantidade de Seis homens, total de quarenta e A adição de rhBMP-2 resultou
formação óssea que ocorreu nos oito implantes. Vinte e quatro em uma porcentagem maior de
defeitos torno dos implantes destes receberam rhBMP-2/ACS, regeneração óssea. A presença
Doze lesões de furca nos molares
de babuínos foram criadas
cirurgicamente e tratados com
matriz de colágeno insolúvel
(controle), 100 ou 500 ig de HOP-1
por g de matriz.
Após sessenta dias de cura foi
observada cementogênese
sobre a exposição da dentina
nos grupos tratados com HOP-1,
também foram observados focos
de mineralização incipiente.
Dentro da furca foi encontrado
colágeno residual. Formação e
inserção de fibras de Sharpey
foram observadas.
29
tratados ou não com rhBMP-2.
para tratamento dos defeitos em
torno dos implantes, o restante
recebeu apenas ACS. Metade dos
sítios de cada modelo foi recoberto
com membrana e a outra metade
não.
da membrana adiantou a
regeneração óssea, mas num
prazo maior não apresentou
significância.
BARBOZA et al,
2000
Compreender os mecanismos que
afetam a indução óssea por
rhBMP-2/ACS ou rhBMP-2/ACS
combinada à hidroxiapatita (HA)
na presença de compressão do
tecido mole.
Quatro cães foram submetidos à
extração dentária e redução do
rebordo para submeterem-s e a o
estudo. Após oito semanas de
cura, rhBMP-2/ACS ou rhBMP2/ACS+HA implantados
contralaterais.
Nos
sítios
onde
foram
i m p l a n t a d o s r h B M P -2/ACS
obteve
limitado
aumento
horizontal. Já nos sítios que
r e c e b e r a m r h B M P-2/ACS+HA
encontrou-se relevante aumento
horizontal.
IVANOVSKI et al,
2001
Determinar a distribuição de sialoproteína
óssea,
osteopontin,
osteocalcina, BMP-2 e BMP-4 no
interior do periodonto humano.
O tecido periodontal de um
humano (gengiva, osso alveolar,
ligamento periodontal e cemento)
foi analisado, após a sua morte.
Osteopontin foi encontrado no
ligamento periodontal,
osteocalcina foi encontrada no
ligamento periodontal, sialoproteína óssea foi encontrada,
em pouca quantidade, no osso e
no cemento e as BMPs foram
encontradas
no
ligamento
periodontal.
30
KING e HUGHES,
2001
Determinar se rhBMP-2 estimula o
recrutamento de células
para
regeneração
periodontal
e
observar a subseqüente migração
de suas descendentes durante a
cicatrização da ferida.
A raiz distal do primeiro molar foi
desnuda
de
seu
ligamento
periodontal, cemento e dentina
através de uma janela óssea
criada na mandíbula de sessenta e
quatro ratos. A metade foi tratada
com rhBMP-2/ACS e a outra
metade foi tratada com ACS.
Todos os animais receberam uma
injeção de timidina analógica para
marcação.
Os resultados mostraram que
rhBMP-2 tiveram profundo efeito
sobre a proliferação e migração
de células adjacentes.
RIPAMONTI et al,
2001
Avaliar a regeneração periodontal Defeitos de furca classe II nos 1º e
induzida por hOP-1 e rhBMP-2.
2º molares de 3 babuínos foram
tratados com hOP-1 e rhBMP-2
isoladamente ou em conjunto.
O r h B M P -2 induziu a maior
formação óssea. O hOP-1
induziu a maior regeneração
cementária. As duas proteínas
aplicadas conjuntamente
obtiveram os piores resultados.
Comparar
os
efeitos
da
degradação lenta ou rápida da
gelatina usada
como
transportadora de rhBMP-2 n a
Na formação óssea não foi
notada diferença entre os dois
tipos de gelatina. M a s a
presença
de
rhBMP-2
TALWAR et al, 2001
Defeitos ósseos, em 36 ratos,
foram tratados com gelatina de
lenta
e
rápida
degradação
associada ou não com rhBMP-2.
31
cicatrização periodontal.
CHOI et al, 2002
Avaliar a regeneração do osso
alveolar e cemento, anquilose e
reabsorção radicular associadas
ao implante cirúrgico de rhBMP2/ACS.
proporciona uma maior formação
óssea e cementária.
Defeitos periodontais de t r ê s
paredes foram criados na região
de pré-molar de oito cães. Os
defeitos receberam rhBMP-2/ACS
ou ACS ou apenas controle, sem
tratamento.
Os sítios tratados com rhBMP2/ACS
tiveram
cicatrização
acelerada e reforçada formação
óssea, mas não apresenta ação
sobre a formação cementaria.
rhBMP-2/ACS não pareça estar
associada
à
anquilose
e
reabsorção radicular.
SELVING et al, 2002 Caracterizar as reações teciduais Os defeitos ósseos de 4 cães Foi observada uma excelente
após a aplicação de rhBMP-2 em foram tratados com rhBMP-2/ACS. formação óssea. Infelizmente o
defeitos periodontais.
conjunto cemento, ligamento
periodontal e osso alveolar não
foi observado.
TATAKIS et al, 2002 Observar o efeito da rhBMP-2 em Três implantes, com 5mm do
diferentes
doses
na parafuso para fora do osso, foram
osseointegração de implantes.
instalados em cada um dos seis
cães. Os defeitos foram tratados
com rhBMP-2/ACS em diferentes
A indução óssea foi limitada em
todos os grupos, sem diferenças
notáveis entre as concentrações
utilizadas.
32
concentações ( 0,05, 0,1 e 0,2).
JUNG et al, 2003
Testar se a adição ou não de
rhBMP-2 a um substituto ósseo
Bio-Oss
ira
melhorar
o
regeneração óssea guiada.
Onze
pacientes
receberam
implantes dentários e tiveram
defeitos ósseos corrigidos com
Bio-Oss ou Bio-Oss revestido com
rhBMP-2.
A altura inicial do defeito era de
7,0 mm. Nos sítios que
receberam apenas Bio-O s s a
profundidade diminuiu para 0,4
mm e nos sítios que receberam
Bio-Oss+rhBMP-2
a
profundidade diminuiu para 0,2
mm.
SAITO, SAITO e
KAWANAMI; 2003
Avaliar a influencia de uma
membrana de colágeno colocada
entre uma esponja de colágeno
(PGS) contendo rhBMP-2 e a raiz
do
dente
na
regeneração
periodontal.
Setenta
e
dois
defeitos
periodontais
foram
criados
cirurgicamente. Foram divididos
em três grupos. O grupo B
recebeu rhBMP-2/PGS, o grupo
PB recebeu rhBMP-2/PGS com
membrana de colágeno entreposta
e o grupo P recebeu apenas PGS.
Os grupos B e PB apresentaram
maior nível de formação óssea e
de tecido conjuntivo anexo à
regeneração
cementária.
O
grupo B apresentou maior grau
de formação óssea do que o
grupo PB embora este não tenha
apresentado anquilose.
WIKESJÖ et al;
2003
Avaliar a influência de rhBMP-2 na Defeitos
periodontais
foram Regeneração óssea e também
regeneração do osso alveolar e criados cirurgicamente em quatro a n q u i l o s e f o r a m
periodontal com a utilizaçã o d e cães labradores. rhBMP-2/ACS foi significativamente maiores nos
33
uma membrana como cobertura.
implantado aleatoriamente na sítios tratados
metade dos sítios e recoberto com 2/ACS.
uma membrana (ePTFE). Nos
outros sítios foi implantado ACS e
recoberto com ePTFE.
com
rhBMP-
WIKESJÖ et al;
2003
Avaliar a eficiência de uma
membrana (ePTFE) colocada
sobre o implante de rhBMP2/ACS.
D e f e i t o s p e r i o d o nt a i s f o r a m
criados cirurgicamente em quatro
cães labradores. rhBMP-2/ACS foi
implantado em todos os sítios. A
metade, destes sítios, foi recoberto
com ePTFE, a outra metade não
recebeu tratamento adicional.
A
regeneração
óssea
foi
significativamente reforçada nos
sítios com a utilização de
ePTFE.
BARBOZA et al,
2004
Avaliar a eficácia de dois
biomateriais, vidro bioativo e
desmineralizado (BG) / matriz
óssea mineralizada (DMB) em
combinação com rhBMP-2/ACS
em defeito de rebordo alveolar.
Seis cães, quatro receberam as
combinações BG+rhBMP-2/ACS e
DMB+rhBMP-2/ACS em implantes
contralaterais
e
dois
cães
r e c e b e r a m r h B M P -2 / A C S e
cirurgia sem tratamento, como
controle.
A cirurgia controle obteve um
limitado aumento horizontal. Os
sítios
que
receberam
BG+rhBMP-2 / A C S
e
DMB+rhBMP-2/ACS obtiveram
aumento duas vezes maior que
os sítios que receberam rhBMP2. O DMB foi encontrado
substituído por osso recém
formado. O BG foi encontrado
34
incorporado ao osso.
GUIMARÃES et al,
2004
Avaliar o efeito do pool de BMPs Dez pacientes com pares de
bovinas no tratamento de defeitos lesões de duas ou três paredes,
intraósseos.
localizados em pré-molares ou
molares. O grupo teste foi tratado
com pool de BMP e hidroxiapatita
(BMP-HA),
matriz
bovina
desmineralizada (MB) e recoberto
com membrana de colágeno. O
grupo controle foi tratado com MBHA e recoberto com membrana de
colágeno.
Os resultados não mostraram
diferenças significativas entre os
grupos teste e controle. Isso
significa que o pool de BMP não
fornece acréscimo no tratamento
de defeitos intraósseos com
regeneração tecidual guiada.
SORENSEN et al,
2004
Avaliar o efeito de rhBMP-12 sobre Dentes de seis cães foram
a regeneração do ligamento extraídos, receberam o tratamento
periodontal no reimplante dentário. das raízes com rhBMP-12 ou uma
solução
tampão
e
foram
reimplantados.
Os
resultados
foram
semelhantes nos dois grupos
apresentando
focos
de
reabsorção dentária.
FIORELLINI et al,
2005
Avaliar a eficácia da indução Oitenta pacientes divididos em Os pacientes tratados com
óssea
para
colocação
de grupos
de
quarenta
foram 1 , 5 m g / m l r h B M P -2/ACS
implantes dentários por duas randomizados em um duplo- obtiveram resultados melhores
35
concentrações de rhBMP-2/ACS mascarado de modo a receber em
todos
em comparação com placebo e 0,75mg/ml ou 1,5mg/ml rhBMP- analisados.
sem tratamento.
2/ACS, placebo ou nenhum
tratamento.
os
aspectos
HYUN et al, 2005
Avaliar e comparar o potencial
osteogênico de rhBMP-2, -4 e -7
adicionados
à
ACS
com
cicatrização precoce (2 semanas)
e
cicatrização
completa
(8semanas).
Defeitos de 8 mm foram criados no
crânio de trinta ratos. Estes
animais foram divididos em três
ggrupos de dez cada. Os grupos
foram tratados com rhBMP-2/ACS,
rhBMP-4/ACS ou rhBMP-7/ACS.
Os resultados dos tratamentos
nos três grupos, independendo
se
a
avaliação
foi
com
cicatrização precoce ou tardia,
foram semelhantes.
HAN et al, 2005
Avaliar a eficácia de um feixe de
fibrina (FFSS) como meio de
transporte para rhBMP-4 e avaliar
o real poder osteocondutor do
FFSS.
Defeitos de 8 mm foram criados no
crânio de trinta ratos. Estes foram
divididos em três grupos, com dez
ratos cada, que receberam
rhBMP-4/FFSS, apenas FFSS ou
cirurgia controle, sem implante.
O implante de rhBMP-4/FFSS
resultou no reforço de formação
óssea. Novo osso também foi
formado no grupo que recebeu
FFSS mas não tão evidente
quanto no grupo que recebeu
rhBMP-4/FFSS. E uma formação
muito limitada foi observada no
grupo controle.
36
WIKESJÖ et al;
2005
Avaliar a eficácia da utilização de Defeitos
periodontais
foram
rhPMP-12
na
regeneração confeccionados cirurgicamente em
periodontal.
seis cães labradores. Alguns sítios
foram tratados com rhBMP12/ACS enquanto que outros
foram tratados com rhBMP-2/ACS.
Quadro I – resumo dos textos utilizados na pesquisa.
Os sítios tratados com rhBMP2/ACS
obtiveram
melhor
regeneração
óssea,
a
regeneração
cementária
foi
semelhante em todos os sítios,
mas nos sítios tratados com
rhBMP-12/ACS foi observado
melhor formação de ligamento
periodontal.
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