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Sumário
Geografia ............................................................................................................................... 2
Os princípios da geografia .............................................................................................. 5
As categorias geográficas............................................................................................... 7
O planeta terra – o início...................................................................................................12
O sistema solar ...............................................................................................................14
A formação do planeta Terra........................................................................................17
O planeta terra – movimentos e relações Terra-Lua ...................................................22
Os movimentos do planeta Terra ....................................................................................25
As fases da lua ...................................................................................................................33
As marés .............................................................................................................................36
Os Eclipses .........................................................................................................................39
Coordenadas geográficas.................................................................................................44
Os fusos horários ...............................................................................................................57
A cartografia........................................................................................................................69
Projeções cartográficas .................................................................................................71
Escalas Cartográficas .......................................................................................................77
Qual a origem da Terra? ...................................................................................................83
Tabela do Tempo Geológico ............................................................................................86
A estrutura interna da Terra .............................................................................................90
A estrutura externa da Terra ............................................................................................93
A teoria da deriva continental...........................................................................................94
Placas Tectônicas ..............................................................................................................96
Rochas, minerais e o solo. ............................................................................................ 103
O ciclo das rochas....................................................................................................... 107
Nossa atmosfera ............................................................................................................. 110
Referências bibliográficas.............................................................................................. 119
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Etapa 1
GEOGRAFIA
A Geografia surgiu, enquanto saber oficial, no início do século XIX, quando
vêm a público as obras dos alemães (prussianos) Alexander Von Humboldt (17691859) e Karl Ritter (1779-1859). Afirmar que a Geografia Científica surgiu no
século XIX, em território alemão, não significa negar um saber geográfico
anteriormente produzido. A geografia é um saber tão antigo quanto a própria
história dos homens. Desde os primórdios da história humana, os povos já eram
dotados de uma mobilidade espacial, decorrente tanto do exercício da curiosidade
como da necessidade de reprodução da própria sociedade, que levou ao
conhecimento de regiões diferentes daquelas da habitação inicial. Essas
migrações permitiram a ampliação do conhecimento da superfície terrestre e
propiciaram o registro e a transmissão desse saber geográfico.
Os gregos foram os precursores na produção de um saber geográfico de
forma sistematizada. Esse pioneirismo grego explica-se, pelo desenvolvimento do
comércio. O comércio é a fonte principal de contato com o “desconhecido”, ele
estimula
a
curiosidade
e
obriga
à
sistematização
das
informações
e
conhecimentos geográficos. As descrições dos lugares (aspectos sociais,
culturais, políticos, econômicos, bem como características físico-naturais), tornamse uma necessidade prática, juntamente com a produção de mapas. Esse saber
geográfico
era
produzido
principalmente, principalmente, por mercadores,
navegantes, militares, historiadores, filósofos e matemáticos. A Geografia
encontrava-se diluída na filosofia grega. A produção do saber geográfico na
Antiguidade deu-se, por duas formas de expressão: vertente histórico-descritiva
(narrativas de viagens e descrições regionais); vertente matemático-cartográfico
(estudos referentes à forma e à dimensão da Terra e representações
cartográficas). Na vertente histórico-descritiva, destacam-se as contribuições de
Heródoto, Hipócrates e Estrabão.
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A Geografia é a ciência que estuda o planeta Terra. A Geografia estuda a
superfície terrestre. A origem etimológica do termo é derivada dos radicais gregos
geo = "Terra" + graphein = "escrever". Descreve as paisagens que resultaram da
relação entre o homem e a natureza. Desde a mais alta antiguidade o homem se
preocupava com o conhecimento do espaço em que vivia. Às vezes esse
conhecimento era uma resposta desejada pela curiosidade. Outras vezes tais
conhecimentos tinham objetivos econômicos ou políticos.
O modo como é tratado sistematicamente o
conhecimento da Terra é o objetivo específico
da Geografia. A Geografia é uma disciplina que
nasceu na própria origem humana. Mas apenas
se tornou uma ciência depois que a civilização
grega
floresceu.
A
superfície
terrestre
é
composta basicamente da atmosfera, da litosfera, da hidrosfera e da biosfera. É o
habitat, ou meio ambiente. Nela vivem os seres humanos, os animais e as plantas.
A
área da superfície da Terra é habitável. Ela apresenta diversas
características. Uma das principais é a complexidade interativa dos elementos
físicos, biológicos e humanos. Dentre esses elementos podemos citar o relevo, o
clima, a água, o solo, a vegetação, a agricultura e a urbanização. Outra
característica é como o ambiente varia muito de um lugar para outro, conforme os
lados antagônicos: de um lado os trópicos e, por outro as regiões polares frias, os
desertos áridos ao contrário das florestas equatoriais úmidas, as vastas planícies
rebaixadas em contraposição às montanhas íngremes e as superfícies geladas e
despovoadas em oposição às grandes metrópoles que ultrapassam os milhões de
habitantes. Outra
característica
ainda é a regularidade de determinados
fenômenos já registrados. Trata-se dos climáticos. A regularidade dos fenômenos
climáticos permite que se generalize sua distribuição no espaço geográfico. Os
exemplos mais verdadeiros são as medidas térmicas e pluviométricas. As medidas
3
térmicas e pluviométricas são os principais elementos climáticos para a
agropecuária e outras atividades feitas pelo homem.
A geografia tem quatro preocupações particulares. Primeiro, a localização de
seu objeto. Segundo, as inter-relações com os fenômenos (especialmente a
relação entre a humanidade e o território, igualmente à ecologia). Terceiro, a
regionalização. E, quarto, as áreas correlatas. Procura saber sobre os lugares
onde há civilização, sua distribuição acima da superfície da Terra e os fatores de
ambiente, cultura, economia e relativos à recursos da natureza. Esses fatores têm
influência nessa distribuição. Trata-se de uma tentativa de respostas a perguntas
sobre a possibilidade de reconhecimento populacional de uma região, modo de
vida, cultura e sobre os movimentos e relações ocorridas nos lugares
diferenciados. A geografia foi sistematizada como disciplina acadêmica em
atribuição aos pesquisadores Alexander Von Humboldt e Carl Ritter, que viveram
no Século XIX. O profissional desta disciplina é o geógrafo.
O espaço geográfico
No espaço terrestre, o homem cria um espaço para viver e garantir a sua
existência. Constrói campos de cultivo (agricultura), cidades, estradas, indústrias,
campos para a pastagem do gado, represa rios, extrai recursos minerais e
vegetais da natureza. Ao fazer isso, ele modifica a natureza. Transforma a
natureza, o espaço natural, segundo suas necessidades. Produz um novo espaço.
Esse espaço produzido pelo homem recebe o nome de espaço geográfico. Assim,
o homem, através de seu trabalho e ao longo da história, é um construtor ou
produtor de espaços geográficos. Portanto, não podemos esquecer que o espaço
geográfico inclui a natureza e os homens (sociedade).
No espaço geográfico, está incluído o meio natural que é o substrato onde as
atividades humanas respondem pela organização do espaço, conforme os
padrões econômicos e culturais. A natureza resultante da pura combinação dos
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fatores físicos, químicos e biológicos ao sofrer apropriação e transformação por
parte do homem, através do trabalho, converte-se em natureza socializada ou
“segunda natureza”, caracterizando as relações que incorporam as forças
produtivas nos diferentes modos de produção. O modo como os homens se
relacionam com a natureza depende do modo como os homens se relacionam
entre si. Os fenômenos resultantes da relação homem-natureza encontram-se
determinados pelas relações entre os próprios homens, em um determinado
sistema social.
Os princípios da geografia
No século XIX, do surgimento da Geografia como ciência, fez-se necessária a
fixação de princípios metodológicos, que lhe conferem o devido caráter científico.
Os princípios formulados são os seguintes:
• O princípio da extensão, concebido por Friedrich Ratzel (1844-1904). O
princípio reza que é preciso delimitar o fato a ser estudado, localizando-o na
superfície terrestre.
• O princípio da analogia, também chamado Geografia Geral, exposto por Karl
Ritter (1779-1859) e Paul Vidal de La Blache (1845-1918). Estes autores
mostraram que é preciso comparar o fato ou área estudada com outros fatos ou
áreas da superfície terrestre, em busca de semelhanças e diferenças.
• O princípio da causalidade, formulado por Alexander von Humboldt (17691859), que diz respeito à necessidade de explicar o porquê dos fatos.
• O princípio da conexidade ou interação, apresentado por Jean Brunhes
(1869-1930). Segundo ele, os fatos não são isolados, e sim inseridos num sistema
de relações, tanto locais quanto interlocais.
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• O princípio da atividade, formulado também por Brunhes, que afirma ter os
fatos um caráter dinâmico, mutável, o que demanda o conhecimento do passado
para a compreensão do presente e previsão do futuro.
O objeto material da Geografia é a Terra, a superfície terrestre, e seu objeto
formal são as relações aí processadas. Com outras palavras, o objeto formal da
Geografia é o estudo das relações locais (verticais) de fatores que diferenciam um
lugar de outro, e das relações horizontais entre os lugares ou áreas.
Das diferentes interpretações da relação homem x espaço surgiram duas
concepções geográficas:
A Escola Determinista, fundada por Ratzel, em 1822, que, como o nome
indica, sugere que o espaço natural determina as formas de sua ocupação por
parte do homem. Desta forma, os povos do litoral seriam necessariamente
pescadores, os de planalto criadores e os de planície mais naturalmente
agricultores. O fascismo italiano do período entre guerras atacou veementemente
essa teoria, negando que a Itália estaria fadada a ser uma potência de terceira
ordem em função da não disponibilidade de carvão em seu território.
A Escola Possibilista, defendida primeiramente por La Blache e depois pela
escola francesa que ele criara, não negava a influência que a natureza exercia
sobre o homem, mas este pode escolher e modificar o espaço físico, conforme
suas capacidades.
Percebe-se claramente que as duas concepções não exprimem uma verdade
geográfica absoluta, uma vez que se baseiam em momentos históricos diferentes,
em que a ocupação do espaço pelo homem foi determinada por tal capacidade ou
inabilidade. Ambas devem então ser tomadas como corretas, mas deve-se ter o
cuidado de aplicá-las corretamente ao período ou localização estudada.
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As categorias geográficas
Para se estudar e entender a ciência geográfica, os teóricos a dividiram em
cinco categorias de análises: o espaço, o lugar, a paisagem, a região e o território,
que juntos formam o espaço geográfico.
Espaço – na Geografia (em outras ciências é diferente), o espaço é concebido
como uma porção especifica da superfície da Terra, cuja interação entre natureza
e ser humano, reflete na reprodução social e na construção da paisagem.
Paisagem natural – é a paisagem sem a ação modificadora do homem, ou
seja, as bases geológicas e climáticas.
Paisagem cultural – é modelada a partir de uma paisagem natural por meio de
um grupo cultural. A cultura é o agente, a área natural é o meio e a paisagem
cultural é o resultado.
Lugar - base da reprodução da vida (vivência afetiva) e pode ser analisado
pela tríade habitante-identidade-lugar. O “não lugar” são lugares de passagem,
como aeroportos, estradas, supermercados, local de trabalho etc., não existindo
uma relação ou mesmo uma identidade com o indivíduo.
Região - o conceito de região esta correlacionado com continuidade e
contiguidade (vizinhança), possuindo delimitação e características semelhantes.
Varia conforme as escolas geográficas.
Território - está ligado ao poder, dominação e conquista. O território é todo
espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder, podendo ser
contíguo ou fragmentado, variando de um quarteirão dominado por uma quadrilha
de traficantes e/ou até um bloco constituído pelos países membros da OTAN.
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Na internet:
a) http://www.slideshare.net/markoabreu/geografia-e-categorias-de-anlise
b) http://www.slideshare.net/brenoamarante/conceitos-geogrficos-6876922
c) http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/252/241
d) http://www.neysilva.com/2011/02/nocoes-basicas-das-categorias.html
Aprofundamento:
Local: relacionado a um determinado ponto de um lugar (coordenada geográfica)
Região Determinista: (o meio sobre o homem) região natural, ambientalista,
descritiva, sem evolução, idiográfica, que segue as características físicas,
qualitativa da Escola Alemã.
Região Possibilista: (o homem sobre o meio) não estática, possui evolução,
interação entre os elementos da paisagem, positivista. Escola Francesa.
Região Teorética: (a matemática) também chamada de ―Nova Geografia‖, uso
de modelos matemáticos, visão globalizada e métodos quantitativos.
Região Marxista: (o trabalho humano) também chamada de ―Geografia Critica‖,
proposta com uma clara definição metodológica, fundamentada no materialismo
histórico e dialético, baseado no marxismo. A delimitação da região na visão critica
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se dá a partir do melhor meio para a reprodução do capital, sendo o Estado
apenas mediador entre mercado, capital e força de trabalho.
Região humanista: (tempo e cultura) utiliza-se do espaço vivido, numa
revalorização da paisagem e uso da linha fenomenológica, não existindo a
neutralidade. Na região humanista é considerada a consciência que o homem
possui de diferentes espaços e padrões culturais, próprios de cada sociedade e
tempo histórico.
Região Nodal: (a rede urbana) refere-se ao ―nó‖ da circulação entre as
cidades (equivale às modernas regiões metropolitanas) influência do centro
urbano sobre as demais áreas.
Região Histórica: (a história) é toda história da influência progressiva do
homem sobre o espaço (formas de apropriação agrícola, rural e urbana) que
constitui o fator principal de unidade de paisagem numa certa porção do espaço
(região).
Região Natural: (a natureza) refere-se à certas partes do espaço que o
meio físico que marca mais nitidamente o conjunto da paisagem e, por
consequência, delimitam a região.
Região Econômica: (a economia) é quando a amplitude da atividade
industrial marca por toda parte a paisagem.
Fronteiras: são recursos utilizados para delimitar áreas de territórios. As
fronteiras podem ser: naturais ou artificiais.
Fronteiras Naturais: ocorrem quando são usados elementos naturais para
demilitar os territórios, como um rio ou o topo de uma montanha.
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Fronteiras Artificias: ocorrem quando são usados elementos construídos pelo
homem para delimitar os territórios, como um muro ou um cercado.
Para a compreensão de alguns aspectos da relação entre países é de suma
importância dominar os conceitos de Estado, Nação e País. Somente a partir da
percepção desses conceitos é que podem ficar claros as decisões tomadas por
grandes líderes mundiais e ações referentes a política internacional.
Estado: é a forma como a sociedade se organiza politicamente. É o conjunto
das instituições governamentais que organizam e administram uma determinada
sociedade. No Brasil esta organização política está dividida em três poderes que
funcionam regulados pela Constituição Federal. São eles: a) Executivo; b)
Legislativo e; c) Judiciário.
Nação: é constituída por um ―coletivo humano‖ com características comuns
(idioma, tradições, costumes, religião...) e ligados por laços históricos, étnicos e
culturais.
País: um território politicamente delimitado por fronteiras com unidade
político-administrativa (Estado), habitado por uma comunidade (nação) com
história própria.
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Reflexão/Discussão
Observe as imagens a seguir:
a) Qual é uma paisagem natural e qual é uma paisagem humanizada?
Explique.
b) Você é capaz de observar um espaço geográfico? Discuta suas conclusões
no plantão de geografia com o seu professor.
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O PLANETA TERRA – O INÍCIO
O início de tudo
A busca pela compreensão sobre como foi desencadeado o processo que
originou o universo atual, proporcionou – e ainda proporciona – vários debates,
pesquisas e teorias que possam explicar tal fenômeno. É um tema que desperta
grande curiosidade dos humanos desde os tempos mais remotos e gera grandes
polêmicas, envolvendo conceitos religiosos, filosóficos e científicos.
Até o momento, a explicação mais aceita sobre a origem do universo entre a
comunidade cientifica é baseada na teoria da Grande Explosão, em inglês, Big
Bang. Ela apoia-se, em parte, na teoria da relatividade do físico Albert Einstein
(1879-1955) e nos estudos dos astrônomos Edwin Hubble (1889-1953) e Milton
Humason (1891-1972), os quais demonstraram que o universo não é estático e se
encontra em constante expansão, ou seja, as galáxias estão se afastando umas
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das outras. Portanto, no passado elas deveriam estar mais próximas que hoje, e,
até mesmo, formando um único ponto.
A teoria do Big Bang foi anunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado
estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre e astrônomo belga
Georges Lemaître (1894-1966). Segundo eles, o universo teria surgido após uma
grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás. O termo explosão
refere-se a uma grande liberação de energia, criando o espaço-tempo.
Até então, havia uma mistura de partículas subatômicas (quarks, elétrons,
neutrinos e suas partículas) que se moviam em todos os sentidos com velocidades
próximas à da luz. As primeiras partículas pesadas, prótons e nêutrons,
associaram-se para formarem os núcleos de átomos leves, como hidrogênio, hélio
e lítio, que estão entre os principais elementos químicos do universo.
Ao expandir-se, o universo também se resfriou, passando da cor violeta à
amarela, depois laranja e vermelha. Cerca de 1 milhão de anos após o instante
inicial, a matéria e a radiação luminosa se separaram e o Universo tornou-se
transparente: com a união dos elétrons aos núcleos atômicos, a luz pode caminhar
livremente. Cerca de 1 bilhão de anos depois do Big Bang, os elementos químicos
começaram a se unir dando origem às galáxias.
Essa é a explicação sistemática da origem do universo, conforme a teoria do
Big Bang. Aceita pela maioria dos cientistas, entretanto, muito contestada por
alguns pesquisadores. Portanto, a origem do universo é um tema que gera muitas
opiniões divergentes, sendo necessária uma análise crítica de cada vertente que
possa explicar esse acontecimento.
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O sistema solar
Segundo medições recentes, o sistema solar começou a se formar há 5
bilhões de anos. No entanto, durante a maior parte da história da humanidade, o
sol, na verdade uma estrela dentre 750 bilhões presentes apenas na Galáxia da
Via Láctea, não considerado o centro do sistema de astros que inclui o planeta
Terra. A observação a olho nu dá a impressão que todos os astros giram em torno
da Terra.
Uma
impressão
confirmada
teoricamente
pelo
filósofo, matemático e
astrônomo grego Claudius Ptolomeu, no século II d.C., através da teoria do
universo geocêntrico, também chamado geocentrismo. Embora o filósofo e
astrônomo grego Aristarco de Samos, no século III a.C., tivesse proposta a teoria
do sol como centro, com a Terra efetuando movimentos de translação ao redor da
estrela e de rotação em seu próprio eixo, no sentido anti-horário. Na realidade, o
geocentrismo acabou atendendo os interesses teológicos do cristianismo,
ratificando que o homem era o centro da criação divina e que, portanto, sua
morada, o planeta terra, seria o centro do universo.
Assim, negar o geocentrismo, por séculos, passou a significar questionar a
existência de Deus, já que iria contra as palavras da Bíblia. Somente nos século
XVI o geocentrismo seria colocado em dúvida pela teoria heliocêntrica de Nicolau
Copérnico, prussiano de nascimento, mas criado na Polônia e Itália.
Segundo o heliocentrismo, o sol seria o centro de um sistema de astros,
dentre inúmeros outros sistemas estelares. Uma teoria que na época foi aceita
como possibilidade por grande parte do clero, mas que foi desacreditada pelos
homens de ciência, já que Copérnico não tinha provas matemáticas ou
astronômicas além de suas observações a olho nu. No século XVII, foi Galileu
Galilei que provou a teoria heliocêntrica, através de cálculos e do uso do
telescópio. Porém, ele foi processado pela Inquisição e forçado a negar suas
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teorias para escapar da fogueira. Segundo consta, ao negar o heliocentrismo, teria
pronunciado: “nego, contudo a terra se move”. O heliocentrismo só foi aceito após
os estudos de Johannes Kepler no século XVII e Isaac Newton no século XVIII.
Nosso sistema solar está composto pela nossa estrela, o Sol, pelos oito
planetas com suas luas e anéis, pelos planetas anões, asteroides e pelos
cometas. Os cinco planetas mais brilhantes, que são visíveis a olho nu, já eram
conhecidos desde a antiguidade. A palavra planeta em grego quer dizer astro
errante. Depois da invenção do telescópio, outros 2 planetas do Sistema Solar
foram descobertos: Urano em 1781 por William Herschel (1738-1822), Netuno em
1846 por previsão de Urbain Jean Joseph Le Verrier (1811-1877) e John Couch
Adams (1819-1892). Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde William Tombaugh
(1906-1997), e classificado até agosto de 2006 como o nono planeta do sistema
solar. Desde então a União Astronômica Internacional reclassificou Plutão como
planeta anão, constituindo uma nova categoria de corpos do sistema solar, na qual
também foram encaixados Ceres, o maior objeto do cinturão de asteroides entre
as órbitas de Marte e Júpiter, e Éris (2003UB313) o maior asteroide do cinturão de
Kuiper. Os nomes dos planetas são associados a deuses romanos: Júpiter, deus
15
dos deuses; Marte, deus da guerra; Mercúrio, mensageiro dos deuses; Vênus,
deusa do amor e da beleza; Saturno, pai de Júpiter, deus da agricultura; Urano,
deus do céu e das estrelas, Netuno, deus do Mar e Plutão, deus do inferno.
O "novo" sistema solar, com a adição da classe dos "planetas anões" pela
União Astronômica Internacional, em 2006. Figura:Wikipedia
Na ordem da imagem: Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno. Os planetas anões: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris.
Existem dois tipos básicos de planetas, os terrestres, que são do tipo da Terra,
e os jovianos, que são do tipo de Júpiter. Os planetas terrestres compreendem os
quatro planetas mais próximos do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
Os quatro planetas terrestres: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
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A formação do planeta Terra
Estima-se
que
o
planeta
Terra
surgiu
há
aproximadamente 4,6 bilhões de anos e que, durante muito
tempo,
permaneceu
como
um
ambiente
inóspito,
constituído por aproximadamente 80% de gás carbônico,
10% de metano, 5% de monóxido de carbono, e 5% de gás
nitrogênio. O gás oxigênio era ausente ou bastante
escasso, já que sua presença causaria a oxidação e
destruição dos primeiros compostos orgânicos – o que não ocorreu, propiciando
mais tarde o surgimento da vida.
Nosso planeta foi, durante muito tempo,
extremamente quente em razão das atividades vulcânicas, jorrando gases e lava;
ausência da camada de ozônio; raios ultravioletas, descargas elétricas e
bombardeamento de corpos oriundos do espaço. Sobre isso, inclusive, sabe-se
que a maioria do carbono e de moléculas de
água existentes hoje foi parte constituinte de
asteroides que chegaram até aqui. Foi esta
água que permitiu, ao longo de muito tempo, o
resfriamento
da
superfície
terrestre,
em
processos cíclicos e sucessivos de evaporação,
condensação
e
precipitação. Após seu esfriamento, estas moléculas se
acumularam nas depressões mais profundas do planeta, formando oceanos
primitivos. Acompanhando a evolução do planeta e da vida, existem teorias que
defendem a hipótese de que a Terra teria passado por cinco extinções em massa,
a última ocorrida há 65 milhões de anos, responsável pela extinção dos
dinossauros devido ao impacto de um asteroide.
A origem do termo Terra vem a partir dos gregos na antiguidade. Dominando a
astronomia, identificaram os planetas então observáveis com deuses, tal como
Hades ou Hermes. O nosso planeta representava para eles Gaia, deusa da
fertilidade, nome transformado em terra pelos romanos, termo que em latim tinha o
mesmo significado atual de solo. Os romanos foram os primeiros a registrar o
17
termo planeta terra em textos que versavam sobre astronomia, fazendo referência
aos habitantes do planeta Terra.
Herdeiros da cultura grega, eles também renomearam os outros planetas,
latinizando os nomes em grego dos deuses, tal como Vênus e Marte.
O único satélite natural da Terra, a lua, segundo
algumas hipóteses, teria evitado outras extinções,
funcionando como um escudo contra o impacto de
corpos celestes. Aliás, segundo a teoria mais aceita, a
lua foi formada quando um objeto do tamanho de Marte
se chocou com a Terra. Segundo esta hipótese, parte
deste objeto teria se fundido com a terra e parte se
desprendido, formando a lua.
A Lua tem fascinado a humanidade através dos séculos. Desde a metade do
século 17 Galileu e outros astrônomos fizeram observações através do recéminventado telescópio, e notaram uma infinidade de crateras superpostas. Também
já é do conhecimento da ciência (há mais de um século) que a Lua é menos densa
que a Terra. Embora alguma informação a respeito da Lua tenha sido obtida antes
da era espacial, esta nova era revelou muitos segredos que mal podíamos
imaginar. O conhecimento atual da Lua é maior do que para qualquer outro objeto
além da Terra. Este conhecimento levou a uma melhor compreensão e maior
consideração à complexidade dos planetas terrestres.
Aprofundamento:
Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar
na superfície da Lua. Ele foi seguido por Edwin Aldrin, ambos da missão Apollo
11. Eles, e os astronautas que os seguiram, experimentaram a ausência de
atmosfera; as comunicações usavam rádios, porque ondas sonoras precisam de
ar como meio. O céu lunar é sempre escuro, porque a difração da luz, que torna o
céu da Terra azul, também só ocorre em uma atmosfera. Os astronautas também
estavam sujeitos às diferenças gravitacionais; a gravidade da lua é um -sexto da
Terra; uma pessoa que pesa 82 kg na Terra pesa somente 14 kg na Lua.
18
A Lua está a 384.403 km da Terra. Seu diâmetro é de 3.476 km. Tanto a
rotação da Lua quando sua revolução em volta da Terra leva 27 dias, 7 horas e 43
minutos. Esta rotação síncrona é causada pela distribuição não homogênea de
massa na Lua, que fez com que a gravidade da Terra mantivesse sempre o
mesmo hemisfério da Lua voltado para a Terra. Librações óticas têm sido
observadas desde o século 17. Muito pequenas, mas reais (máximo de O°.O4),
estas librações são causadas pelo efeito da gravidade do Sol e da excentricidade
da órbita da Terra, perturbando a órbita da Lua e permitindo variações cíclicas no
torque, tanto na direção Leste-Oeste quanto na norte-sul.
Durante o projeto Apolo, quatro estações sismológicas alimentadas por
energia nuclear foram instaladas na Lua, para coletar dados sobre seu interior.
Existe somente atividade tectônica residual causada pelo esfriamento e forças de
maré, mas outros lunamotos foram causados pelo impacto de meteoros e mesmo
por métodos artificias, como o impacto proposital do módulo lunar na Lua. Estes
resultados mostraram que a Lua tem uma crosta de 60 km de espessura no centro
do lado voltado para a Terra. Se a crosta for uniforme, ela constitui cerca de 10%
do volume da Lua, comparado com 1% na Terra. Os estudos sísmicos da crosta e
manto na Lua indicam que nosso satélite tem camadas diferenciadas por
processos ígneos. Não existe evidência de um núcleo ferroso, a não ser que seja
muito pequeno. Informações sísmicas têm influenciado as teorias de formação e
evolução da Lua.
A Lua sofreu muitos impactos logo após sua formação, causando uma
mistura completa da crosta original e das rochas primordiais, derretidas,
enterradas e obliteradas. Impactos meteóricos trouxeram uma variedade "exótica"
de rochas para a Lua, de modo que os exemplares coletados em 9 locais
produziram rochas de muitas variedades para estudos. Os impactos também
expuseram rochas lunares de alta profundidade e distribuíram os fragmentos
lateralmente para longe de seu local de origem, tornando-os mais acessíveis. A
crosta abaixo da superfície também se tornou mais fina e quebradiça, permitindo
que o basalto derretido do interior alcançasse a superfície. Como a Lua não tem
atmosfera nem água, os componentes do solo não erodem quimicamente como na
Terra. Rochas com mais de 4 bilhões de anos são encontradas na superfície,
fornecendo informação sobre a história primordial do sistema solar, inexistente na
Terra. A atividade geológica na Lua consiste de grandes impactos ocasionais e a
formação contínua do regolito. Desta forma, a Lua é considerada geologicamente
morta. Com a história primordial de alta taxa de colisões de meteoroides e a
19
queda relativamente abrupta da alta taxa de impacto, a Lua é considerada
fossilizada no tempo.
Sem a Lua não haveria nenhum eclipse, embora isso não pareça ter
implicações muito sérias; e, além disso, saberíamos do que se tratam, pois
eclipses também ocorrem entre os satélites de Júpiter, por exemplo. Porém, sem a
Lua as noites teriam uma iluminação uniforme, já que exceto pelas luzes das
cidades é a luz do luar que faz a noite clara. Isso já traria algumas implicações na
evolução das espécies.
Predadores noturnos levam vantagem. Basta lembrar que o nosso medo
natural do escuro vem do fato de não conseguirmos enxergar bem com pouca luz,
ao contrário de certos animais predadores, que sem o luar teriam vantagem em
suas caçadas noturnas. Sem a Lua, o ciclo das marés também seria diferente.
Ainda existiria a alternância entre marés alta e baixa (as marés também são
provocadas pela ação gravitacional do Sol), só que em menor intensidade – 70%
menor.
As aves migratórias também precisam da Lua. Com menores forças de maré,
também seria menor a faixa de areia que é periodicamente coberta pela água do
mar, durante a maré alta, e depois exposta ao Sol durante a maré baixa. Acontece
que essa faixa de areia é habitada por uma grande diversidade de seres,
importantes não somente para a vida marinha, mas também para diversas
espécies de aves migratórias, que deles se alimentam.
Sem a Lua, os dias na Terra seriam mais curtos – estima-se algo em torno
de 18 horas, pois as forças de maré reduzem a rotação do planeta, alongando o
dia.
É fácil de entender: tais forças agem igualmente nas partes sólidas e fluídas
do planeta, mas sua ação nos líquidos é mais evidente. Assim, ao "puxar" os
oceanos friccionando-os contra a crosta sólida, duas vezes por dia e por bilhões
de anos, pouco a pouco diminuiu a velocidade de rotação da Terra – aumentando
a duração do dia.
20
Na Internet:
a) http://www.if.ufrgs.br/fis02001/aulas/aulasisolar.htm
b) http://www.planetario.ufrgs.br/sistemasolar.html
c) http://www.brasilescola.com/biologia/terra-primitiva.htm
d) http://www.brasilescola.com/biologia/origem-vida.htm
e) http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/qual-a-origem-da-lua.html
f) http://www.brasilescola.com/curiosidades/a-origem-da-lua.htm
g) http://www.brasilescola.com/geografia/lua.htm
h) http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/decimo/temaIIu6.2.html
i) http://astronomia.forumeiros.com/t561-teorias-sobre-a-origem-da-lua-aolongo-do-tempo
j) http://emarchiori.blogspot.com.br/2010/04/mapa-da-lua.html
l) http://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/moon.htm#intro
21
Observe a figura a seguir:
O evento ilustrado teve qual importância para a vida na terra? Discuta em aula
com o professor e seus colegas (5 minutos). Possíveis dúvidas após a aula podem
ser levadas para o plantão.
O PLANETA TERRA – MOVIMENTOS E RELAÇÕES TERRA-LUA
O planeta Terra é o terceiro mais próximo do sol, com uma área de 510
milhões de quilômetros quadrados, temperatura que varia de -89 graus Celsius até
57 graus positivos. A maior parte do planeta é composta por água, (70%), dividida
em cinco oceanos (Pacífico, Atlântico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico). A
parte terrestre é dividida em quatro continentes físicos (Antártida, América,
Austrália e Eurafrásia – União da Europa, África e Ásia); e seis continentes
políticos (América, África, Ásia, Europa, Oceania e Antártida).
No início da formação do planeta
estes continentes estariam unidos
em uma única massa de terra,
chamada Pangeia (do grego pan =
inteiro + gea que vem de gaia),
22
cercada por um único oceano, nomeado Pantalassa (do grego pan + talasso =
mar). Uma teoria desenvolvida, no início do século XX, pelo meteorologista
alemão Afred Wegener, embora somente confirmada dez anos após sua morte,
em 1940. Esta massa teria começado a se afastar há cerca de 200 milhões de
anos, devido ao efeito das placas tectônicas, blocos da superfície da crosta
terrestre (atualmente são conhecidos 52), que se movimentam conforme a
pressão interna do planeta, causando terremotos e erupções vulcânicas.
Aliás, a liberação de vapor de água pelos vulcões foi responsável pela
formação
da
atmosfera
terrestre.
A
primeira
atmosfera
era
composta,
principalmente, por hélio e hidrogênio, quando o calor provinha da crosta em
forma de plasma. Há 3 bilhões de anos a superfície do planeta esfriou, formando
uma crosta endurecida repleta de vulcões que liberaram vapor de água, dióxido de
carbono e amoníaco. Este ambiente criou a segunda atmosfera composta,
sobretudo, por dióxido de carbono, vapor de água, amônia, metano e óxidos de
enxofre.
Estes componentes geraram um efeito estufa que impediu a Terra de esfriar
durante 2 bilhões de anos. Posteriormente, o vapor de água condensou formando
chuvas que compuseram os oceanos, dissolvendo o dióxido de carbono,
transformado em combustíveis fósseis e rochas sedimentares.
Foi somente então que surgiu a terceira atmosfera, a atual, composta,
principalmente, por nitrogênio e oxigênio. Assim, a existência de vida na Terra se
tornou finalmente possível, propiciando o aparecimento de animais e vegetais,
inicialmente nos mares e depois na porção terrestre.
Aprofundamento:
Em nível espacial, a Terra tem uma característica bastante importante para
que haja vida em seu interior: a existência de atmosfera. Esta atmosfera é
composta por vários gases, sendo o nitrogênio, o oxigênio e o argônio os três
principais gases da atmosfera. Ela serve para vários fins, entre eles, proteger a
Terra de raios ultravioletas e prover oxigênio para a respiração dos seres vivos. A
Terra realiza os movimentos de translação, que é o movimento em torno do Sol,
23
durando 365 dias (um ano) e o movimento de rotação, movimento em torno de seu
próprio eixo, que dura cerca de um dia ( 24 horas).
A Terra tem várias camadas para dentro. A crosta é a camada mais externa
e onde vivemos. Ela, junto a uma camada acima do Manto, é chamada de
Litosfera, que é totalmente sólida. Abaixo existe o Manto, uma camada composta
de silício, ferro e magnésio. O mais interna é o núcleo, que tem uma parte líquida
e outra sólida, mesmo estando à altíssimas temperaturas.
Na região da Litosfera é que estão localizadas as placas tectônicas. Essas
placas são pedaços de Litosfera que ocupam toda Terra. A Terra tem sete
grandes placas tectônicas e muitas outras menores. Elas ficam umas ―encaixadas‖
nas outras e essa área que está entre uma placa e outra são os pontos de
ocorrência de terremotos e de vulcões. Isso porque quando uma placa ―fricciona‖ a
outra, os resultados podem ser vulcões ativos, terremotos, tsunami entre outros.
A sua forma não é perfeitamente arredondada, mas sim um pouco
achatada e inclinada, cerca de 23 graus. Essa inclinação, aliás, influencia, junto à
translação, para determinar as estações do ano (inverno, verão, outono e
primavera). Tem uma massa de, aproximadamente, 5,973.1024 e volume em
torno de 1,083. 1012. É o maior dos planetas sólidos, já que os outros planetas
maiores que a Terra, no sistema solar, são gasosos. Têm em si várias linhas
imaginárias, como os trópicos de Capricórnio, de Câncer, a linha do Equador
(linha que corta a terra ao meio dividindo-a em norte e sul) e o meridiano de
Greenwich ( também cora a Terra ao meio, mas desta vez na vertical, dividi ndo
em lados leste e oeste). Não são somente essas linhas, existem vários trópicos e
meridianos, ajudando, por exemplo, a definir o fuso-horário nas diferentes cidades
do mundo.
Mas para que se chegasse ao planeta em que vivemos e para que ele
adquirisse essa formação foram anos de formação. Segundo os evolucionistas
foram mais 4,6 bilhões de anos. Para os criacionistas foram de 6 a 10 mil anos. As
divergências entre essas duas correntes não param por aí: a forma como a Terra
se formou, de como a vida surgiu e sobre como a vida possa, possivelmente
acabar, também assuntos que as duas linhas de raciocínio não acharam ponto
comum.
24
RESUMÃO PLANETA TERRA:
http://www.centrodeensinounificado.com.br/wordpress/?p=118
OS MOVIMENTOS DO PLANETA TERRA
Rotação é movimento onde a Terra gira em torno de seu próprio eixo. Esse
movimento acontece no sentido anti-horário (para um referencial observando o
planeta do espaço, sobre o polo Norte). O período de rotação, ou seja, o tempo
que a Terra demora a executar uma volta completa sobre si mesma corresponde à
duração de um dia e é de 23 horas 56 minutos 4 segundos e 9 centésimos.
Quando um lado do planeta está para o lado do sol, é dia, e,
consequentemente, do lado oposto é noite. Sem o movimento da Rotação não
haveria vida na Terra, já que este movimento desempenha um papel fundamental
no equilíbrio de temperatura e composição química da atmosfera. O movimento de
rotação da Terra ocorre de oeste para leste, ou seja, a porção Leste vê o nascer
do sol primeiro que o Oeste. É usual aproximar este valor às vinte e quatro horas.
Este movimento da Terra em volta do seu eixo imaginário tem as suas
consequências:
 A sucessão dos dias e das noites (se a Terra não girasse, era sempre
de dia, na parte virada para o Sol, e sempre de noite, na parte escura).
 O movimento aparente do Sol, durante o dia (Nós falamos em nascer e
pôr do Sol, observando o seu movimento ao longo do dia - movimento este que
não existe, pois o Sol está fixo no centro do Sistema Solar e a Terra é que roda).
 O movimento aparente das estrelas, durante a noite (pela mesma razão
do movimento aparente do sol).
25
 A variação da obliquidade dos raios solares, num mesmo lugar, ao
longo do dia (ao longo do dia, os raios solares apresentam diferentes inclinações,
em relação à superfície da Terra).
Vale lembrar que, durante o ano, a iluminação do SOL não é igual em todos
os lugares da Terra, pois o eixo imaginário, em torno do qual a Terra faz a sua
rotação, tem uma inclinação de 23o 27, em relação ao plano da órbita terrestre. O
movimento aparente do Sol, ou seja, o deslocamento do disco solar tal como
observado a partir da superfície ocorre do leste para o oeste. É por isso que, há
milhares de anos, o Sol serve como referência de posição: a direção onde ele
aparece pela manhã é o leste ou nascente e a direção onde ele desaparece no
final da tarde é o oeste ou poente.
A ROTAÇÃO DA TERRA SOBRE O SEU EIXO IMAGINÁRIO
26
Translação é o deslocamento da Terra ao redor do Sol (órbita). A execução
do movimento é caracterizada por uma elipse (forma ligeiramente oval). Por isso,
que a distância entre a Terra e o Sol varia de acordo com a época do ano sendo
147,1 milhões de Km no periélio (ponto da Terra mais próximo do Sol), enquanto
que no afélio (ponto da Terra mais afastado do Sol) a distância é de 152,1 milhões
de Km.
Informações:
 Uma volta completa ao redor do sol dura 365 dias e 6 horas;
 A distância percorrida pela Terra com uma volta completa é de 930
milhões de quilômetros;
 A velocidade média da Terra nesse percurso é de 29,9 km/s;
 A Ocorrência das estações do ano.
TRANSLAÇÃO DA TERRA AO REDOR DO SOL
Aprofundamento:
A revolução da Terra, também conhecida como translação da Terra, é o
movimento elíptico que a Terra realiza ao redor do Sol. Esse movimento,
juntamente com a inclinação do eixo de rotação da Terra, é responsável pelas
estações do ano. O movimento demora 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12
27
segundos para ser realizado. Como não há dias "quebrados", essas quase 6
horas são acumuladas ao longo de 4 anos até formar um dia, assim, o dia 29 de
fevereiro ―surge‖ no chamado Ano Bissexto. São anos bissextos, por definição, os
múltiplos de 4, desde que não sejam também múltiplos de 100, exceto se forem
múltiplos de 400. ex. 1600, 2000, 2400.
O sentido de translação da Terra é anti-horário se observado do espaço
sideral do Norte para o Sul. Se observado do Sul para o Norte este movimento
seria horário.
Chamamos de ESTAÇÃO DO ANO cada uma das quatro subdivisões do ano
baseadas em padrões climáticos. São elas: primavera, verão, outono e inverno. As
estações do ano ocorrem devido a uma inclinação de 23°27’ em relação ao plano
orbital. Podemos dizer então que as estações são ocasionadas pelo eixo de
rotação da Terra, juntamente com o movimento da mesma em torno do sol, que
dura um ano e recebe o nome de translação.
Cada estação apresenta
características
sendo
marcado
peculiares,
que
o
por
verão
dias
é
mais
longos que as noites; e o
inverno,
por
noites
mais
longas que os dias. No início
do
outono
e
durante
a
primavera, os dias e as
noites
têm
a
mesma
duração. A diferenciação na radiação solar durante o ano influencia diretamente
na reprodução dos animais, nos aspectos da cobertura vegetal, na temperatura,
nas chuvas, na agricultura etc. Esse ciclo é de fundamental importância para a
manutenção da vida na Terra, proporcionando uma variação dos elementos
climáticos e belas paisagens.
28
Aprofundamento:
Inicialmente o ano era dividido em duas partes:
O período quente (em latim: "ver"): era dividido em três fases: a Prima Vera
(literalmente "primeiro verão"), de temperatura e humidade moderadas, o Tempus
Veranus (literalmente "tempo da frutificação"), de temperatura e humidade
elevadas, e o Æstivum (em português traduzido como "estio"), de temperatura
elevada e baixa humidade.
O período frio (em latim: "hiems") era dividido em apenas duas fases: o
Tempus Autumnus (literalmente "tempo do ocaso"), em que as temperaturas
entram em declínio gradual, e o Tempus Hibernus, a época mais fria do ano,
marcada pela neve e ausência de fertilidade.
Posteriormente, para ajustar as estações à posição exata dos equinócios e
solstícios, correlacionando-as com a influência do movimento de translação
associado à inclinação do eixo da Terra, convencionou-se, no ocidente, dividir o
ano em somente quatro estações. Em algumas culturas, ainda se divide o ano em
cinco estações, como a China. Outros Países como a Índia dividem o ano em
apenas três estações: uma estação quente, uma estação fria e uma estação
chuvosa.
SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS
O eixo de rotação da terra (movimento em torno dela mesma) possui uma
posição fixa que está ligeiramente inclinada em 23,5 º em relação ao eixo de
translação da terra (movimento da terra em torno do sol). Isto faz com que em
determinada época do ano, a luz solar incida com maior intensidade sobre o
hemisfério norte e, na outra parte do ano, incida com maior intensidade sobre o
hemisfério sul, caracterizando o chamado solstício. Da mesma forma, ocorre que
29
em determinada época, a luz solar incide de maneira igual sobre os dois
hemisférios, caracterizando o equinócio.
Desta forma, diz-se que é solstício
de verão no hemisfério sul quando a luz
solar incide com maior intensidade sobre
este hemisfério e, ao mesmo tempo, que
é solstício de inverno no hemisfério
norte, por causa da menor incidência de
luz solar neste hemisfério.
Podemos dizer que o equinócio é
um
estágio
intermediário
entre
o
solstício de verão e o de inverno em determinado hemisfério. Ou seja, o equinócio
ocorre quando a incidência maior de luz solar se dá exatamente sobre a linha do
Equador.
Então, diz-se que é equinócio de outono para o hemisfério que está indo do
verão para o inverno e equinócio de primavera para o hemisfério que está indo do
inverno para o verão.
SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS
30
O solstício e o equinócio ocorrem duas vezes por ano, nos dias 22 de
dezembro e 22 de junho, no caso do solstício, e nos dias 23 de setembro e 21 de
março para o equinócio.
O momento exato de um solstício é aquele em que o sol, visto da terra,
encontra-se o mais distante possível do “equador celeste” (linha imaginária que
marca o céu ao meio – como o equador com a terra), ou seja, quando ele se
encontra a 23,5º para o norte ou para o sul dessa linha. Já o momento exato do
equinócio é quando o sol passa exatamente sobre o equador celeste.
Podemos dizer, também, que quando é solstício de verão no hemisfério sul, o
sol estará “a pino” sobre o Trópico de Capricórnio, pois este se encontra
exatamente a 23,5º da Linha do Equador e, portanto, receberá incidência direta da
luz solar. Ou o contrário, quando for solstício de verão no hemisfério norte, o sol
estará “a pino” sobre o Trópico de Câncer. No equinócio, o sol estará “a pino”
sempre sobre as regiões localizadas próximas a linha do equador.
Da mesma forma, podemos dizer que, nas regiões polares, o Círculo Polar
Ártico delimita a região que não receberá sol durante o solstício de inverno no
hemisfério norte. Da mesma forma que o Círculo Polar Antártico, delimita a região
que não receberá sol durante o solstício de inverno no hemisfério sul.
As relações Terra - Lua
A Lua completa uma volta em torno da Terra em 27 dias, 7 horas, 43 minutos
e 12 segundos. A velocidade da Lua em torno da Terra é de aproximadamente 1
km/s, ou seja, a cada segundo a Lua se desloca 1 km em torno da Terra.
Como a Lua é um astro que não gera sua própria luz, vemos apenas as partes
de Lua iluminadas pelo Sol. À medida que a Lua se movimenta, vemos diferentes
partes iluminadas pelo Sol, ou seja, vemos diferentes fases da Lua. A cada 29
dias e meio, a Lua repete a mesma fase. A observação das repetições das fases
da Lua deu origem, de forma aproximada, aos meses de 30 dias dos nossos
calendários.
31
Aprofundamentos:
A distância Terra-Lua foi medida por radar e por laser, colocados pelos
astronautas na Lua (missões Apolo 11, 14 e 15). Seu valor médio é de 384 403 km
e varia de 356 800 km a 406 400 km. Outro refletor francês também foi instalado
pela missão russa não tripulada Lunakhod 2. A Lua tem três movimentos
principais: rotação em torno de seu próprio eixo, revolução em torno da Terra e
translação em torno do Sol junto com a Terra, mas existe também um pequeno
movimento de libração.
À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por
um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo
completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido
desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (˜ 430 a.C.), já
conhecia sua causa, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) registrou a explicação correta
do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo
luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol.
A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua
representa o quanto dessa face iluminada pelo Sol está voltada também para a
Terra. Durante metade do ciclo essa porção está aumentando (lua crescente) e
durante a outra metade ela está diminuindo (lua minguante). Tradicionalmente
apenas as quatro fases mais características do ciclo - Lua Nova, QuartoCrescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante - recebem nomes, mas a porção que
vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, varia de dia para dia. Por essa razão
os astrônomos definem a fase da Lua em termos de número de dias decorridos
desde a Lua Nova (de 0 a 29,5) e em termos de fração iluminada da face visível
(0% a 100%). Assim, a fase da lua representa o quanto da face iluminada pelo Sol
está na direção da Terra.
A Lua se move cerca de 13° para leste, por dia, em relação às estrelas. Esse
movimento é um reflexo da translação da Lua em torno da Terra, completada em
27,32 dias (mês sideral). O Sol também se move cerca de 1° por dia para leste,
refletindo a translação da Terra em torno do Sol, completada em 365,2564 dias
(ano sideral). Portanto, a Lua se move cerca de 12° por dia em relação ao Sol, e a
cada dia a Lua cruza o meridiano local aproximadamente 48 min mais tarde do
que no dia anterior. O dia lunar, portanto, tem 24h48m.
32
À medida que a Lua orbita em torno da Terra, completando seu ciclo de
fases, ela mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Isso indica que o
seu período de translação é igual ao período de rotação em torno de seu próprio
eixo. Portanto, a Lua tem rotação sincronizada com a translação.
É muito improvável que essa sincronização seja casual. Acredita-se que ela
tenha acontecido como resultado das grandes forças de maré exercidas pela
Terra na Lua no tempo em que a Lua era jovem e mais elástica. As deformações
tipo bojos causadas na superfície da Lua pelas marés teriam freiado a sua rotação
até ela ficar com o bojo sempre voltado para a Terra e, portanto, com período de
rotação igual ao de translação. Essa perda de rotação teria em consequência
provocado o afastamento maior entre Lua. Atualmente a Lua continua afastandose da Terra, a uma taxa de 4 cm/ano.
Note que como a Lua mantém a mesma face voltada para a Terra, um
astronauta na Lua não vê a Terra nascer ou se pôr. Se ele está na face voltada
para a Terra, a Terra estará sempre visível. Se ele estiver na face oculta da Lua,
nunca verá a Terra.
A Lua é muito grande, mede 38 milhões de quilômetros quadrados de área, e
tem 3,474 quilômetros de diâmetro, mas é 13 vezes menor que a Terra. Com 1/4
do tamanho da Terra e 1/6 de sua gravidade, é o único corpo celeste visitado por
seres humanos e onde a NASA (sigla em inglês de National Aeronautics and
Space Administration) pretende implantar bases permanentes. A distância média
da Lua a Terra é de aproximadamente 384.000 quilômetros. Se pudéssemos ir de
avião até ela, nós levaríamos 16 dias para chegar.
AS FASES DA LUA
As quatro fases principais do ciclo são:
Lua Nova:
Lua e Sol, vistos da Terra, estão na mesma direção.
33
A Lua nasce aproximadamente às 6h e se põe aproximadamente às 18h.
A Lua Nova acontece quando a face visível da Lua não recebe luz do Sol, pois
os dois astros estão na mesma direção. Nessa fase, a Lua está no céu durante o
dia, nascendo e se pondo aproximadamente junto com o Sol. Durante os dias
subsequentes, a Lua vai ficando cada vez mais a leste do Sol e, portanto, a face
visível vai ficando crescentemente mais iluminada a partir da borda que aponta
para o oeste, até que aproximadamente 1 semana depois temos o QuartoCrescente, com 50% da face iluminada.
Lua Quarto-Crescente:
Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de 90°.
A Lua está a leste do Sol e, portanto, sua parte iluminada tem a convexidade
para o oeste.
A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à
meia-noite
A Lua tem a forma de um semicírculo com a parte convexa voltada para o
oeste. Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de aproximadamente 90°. A
Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meianoite. Após esse dia, a fração iluminada da face visível continua a crescer pelo
lado voltado para o oeste, até que atinge a fase Cheia.
Lua Cheia:
Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de 180°, ou
12h.
A Lua nasce aproximadamente 18h e se põe aproximadamente às 6h do dia
seguinte.
34
Na fase cheia, 100% da face visível está iluminada. A Lua está no céu durante
toda a noite, nasce quando o Sol se põe e se põe ao nascer do Sol. Lua e Sol,
vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de aproximadamente 180°,
ou 12h. Nos dias subsequentes a porção da face iluminada passa a ficar cada vez
menor à medida que a Lua fica cada vez mais a oeste do Sol; o disco lunar vai dia
a dia perdendo um pedaço maior da sua borda voltada para o oeste.
Aproximadamente 7 dias depois, a fração iluminada já se reduziu a 50%, e temos
o Quarto-Minguante.
Lua Quarto-Minguante:
A Lua está a oeste do Sol, que ilumina seu lado voltado para o leste
A Lua nasce aproximadamente a meia-noite e se põe aproximadamente ao
meio-dia
A Lua está aproximadamente
90° a oeste do Sol, e tem a forma
de
um
semi-círculo
com
a
convexidade apontando para o
leste.
A
Lua
nasce
aproximadamente à meia-noite e
se
põe
aproximadamente
ao
meio-dia. Nos dias subsequentes
a Lua continua a minguar, até
atingir o dia 0 do novo ciclo.
FASES DA LUA
35
AS MARÉS
Não há água na Lua, mas a mesma movimenta as águas da Terra, formando
as marés.
Maré é a atração gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra e, em menor
escala, da atração gravitacional exercida pelo Sol sobre a Terra. Estas forças
fazem com que ocorram as marés. Enquanto a Terra gira no seu movimento
diário, o bojo de água continua sempre apontando aproximadamente na direção
da Lua. Em certo momento, um determinado ponto da Terra estará embaixo da
Lua e terá maré alta (épocas de lua Cheia, e lua Nova, quando a Lua e a Terra
estão alinhadas). Aproximadamente seis horas mais tarde (6h 12m), a rotação da
Terra terá levado esse ponto a 90° da Lua, e ele terá maré baixa. Dali a mais seis
horas e doze minutos, o mesmo ponto estará a 180° da Lua, e terá maré alta
novamente. Portanto as marés acontecem duas vezes a cada 24h 48, que é a
duração do dia lunar.
Como a órbita (trajetória que um astro descreve ao redor de outro) da Lua ao
redor da Terra é irregular, tem pontos em que a Lua está mais próxima da Terra e
pontos em que está mais distante.
No ponto em que a Terra está mais próxima da Lua as águas dos mares e dos
rios sobem, formando as marés altas, e no ponto em que está mais distante as
águas abaixam, formando as marés baixas.
A ideia básica da maré provocada pela Lua, por exemplo, é que a atração
gravitacional sentida por cada ponto da Terra devido à Lua depende da distância
do ponto à Lua. Portanto a atração gravitacional sentida no lado da Terra que está
mais próximo da Lua é maior do que a sentida no centro da Terra, e a atração
gravitacional sentida no lado da Terra que está mais distante da Lua é menor do
que a sentida no centro da Terra. Em relação ao centro da Terra, um lado está
sendo puxado na direção da Lua e o outro lado está sendo puxado na direção
contrária. A maré do lado oposto não é causada pela rotação da Terra. Como a
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água flui muito facilmente, ela se "empilha" nos dois lados da Terra, que fica com
um bojo de água na direção da Lua e outro na direção contrária.
Se a Terra fosse totalmente coberta de água, a máxima altura da maré seria
1m. Como a Terra não é completamente coberta de água, vários aspectos
resultantes da distribuição das massas continentais contribuem para que a altura e
a hora da maré variem de lugar a outro. Em algumas baías e estuários as marés
chegam a atingir 10m de altura.
Resumindo Maré: movimento de fluxo e refluxo periódico das águas
oceânicas resultante da influência gravitacional da Lua e do Sol sobre a Terra. Ao
girar em torno da Terra, a Lua atrai as massas de água pela força da gravidade e
faz o oceano subir e descer em relação às terras emersas. Ao mesmo tempo, a
Terra roda em torno de si mesma, deixando sempre metade de sua superfície
voltada para o satélite. Como resultado desses dois movimentos, as marés sobem
e descem constantemente, em intervalos aproximados de seis horas para a alta
ou para a baixa. A cada dia, o movimento do mar produz duas marés altas
(quando o oceano está de frente para a Lua e em oposição a ela) e duas baixas
(nos intervalos entre as altas). Existe ainda outro ciclo, de 29 dias, no qual se
alternam períodos em que há grande diferença entre a maré alta e a baixa, no
mesmo dia, e períodos em que essa variação é menor. O Sol também influencia
as marés. Ele é 26 milhões de vezes maior do que a Lua, mas, por estar 400
vezes mais afastado da Terra, exerce apenas a metade de sua influência.
37
Efeitos das Marés
Efeitos das Marés
38
OS ECLIPSES
Um eclipse acontece sempre que um corpo entra na sombra de outro. Assim,
quando a Lua entra na sombra da Terra, acontece um eclipse lunar. Quando a
Terra é atingida pela sombra da Lua, acontece um eclipse solar.
Os eclipses são fenômenos que ocorrem devido à posição entre a Lua, a
Terra e o Sol. Às vezes, esses astros se alinham, bloqueando parte da luz solar
que ilumina a Terra ou a Lua. Um eclipse acontece sempre que um corpo entra na
sombra de outro. Assim, quando a Lua entra na sombra da Terra, acontece um
eclipse lunar. Quando a Terra é atingida pela sombra da Lua, acontece um eclipse
solar. Os eclipses podem ser lunares ou solares.
Eclipse Lunar
O eclipse lunar acontece na fase da Lua Cheia. Ocorre quando a Terra fica
entre o Sol e a Lua, que passa pela região da sombra da Terra. A Terra, nessa
ocasião, bloqueia os raios solares que iluminam a Lua. A sombra da Terra se
projeta na Lua, cobrindo-a parcial (eclipse parcial) ou totalmente (eclipse total).
Eclipse solar
Ocorre quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, ou seja, na fase de Lua Nova
e todos ficam alinhados em uma reta só. Nessa ocasião, a Lua bloqueia os raios
solares que iluminam parte da Terra. O eclipse solar pode ser parcial para
39
algumas regiões. Esse fenômeno ocorre pelo menos duas vezes ao ano; no
entanto ocorre raramente num mesmo local da Terra.
Na internet:
http://zykonn.wordpress.com/2013/09/21/infograficos-coletados-pela-rede/
http://www.explicatorium.com/CFQ7-Movimentos-da-Terra.php
http://www. suapesquisa.com/geografia/movimentos_terra.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/movimentos-terra.htm
http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-1.html
http://www.escolakids.com/movimentos-da-terra.htm
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/movimentos-da-terra-rotacaotranslacao-e-estacoes-do-ano.htm
http://www.explicatorium.com/CFQ7-Esta%E7oes-do-ano.php
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Astronomia/?pg=2
http://www.suapesquisa.com/geografia/estacoesdoano.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/estacoes-ano.htm
http://astro.if.ufrgs.br/fordif/node3.htm
http://www.brasilescola.com/fisica/newton-explicacao-das-mares.htm
http://www.cdcc.usp.br/cda/aprendendo-basico/forcas-de-mares/forcas-demares.htm
http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/
http://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/eclipse.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/eclipse.php
http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/noticias/0,,OI1860995EI8399,00-Como+ocorrem+os+eclipses+do+Sol+e+da+Lua.html
40
Para relembrar:
1. O movimento da Terra responsável pelas estações do ano é chamado de:
a) Rotação
b) Nutação
c) Translação
d) Precessão
2. A estação do ano caracterizada pelos dias mais longos que as noites é:
a) Inverno
b) Verão
c) Primavera
d) Outono
3. Marque a alternativa correta sobre as quatro estações do ano.
a) As estações do ano são bem definidas em todo o planeta.
b) O outono é a estação do ano que recebe maior quantidade de radiação solar.
c) O verão é a estação do ano que começa com o término do outono e antecede a
primavera.
d) O movimento de translação, juntamente com a inclinação do eixo da Terra em
relação ao plano orbital, é responsável pelas estações do ano.
e) As estações do ano não alteram a dinâmica natural de um determinado local.
41
4. Qual o período de rotação e translação na Terra?
5. Quantos solstícios acontecem durante o ano? Em que datas,
aproximadamente? O que caracteriza um solstício?
6. Quantos equinócios acontecem durante o ano? Em que datas,
aproximadamente? O que caracteriza um equinócio?
7. Como se chama a trajetória aparente do Sol na esfera celeste ao longo do ano?
Qual a sua inclinação em relação ao equador celeste?
42
Gabarito
1) C
2) B
3) D
4) rotação- 24 horas/translação- 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos
5) Ocorrem no ano dois solstícios, momentos onde o Sol atinge suas máximas
declinações Sul e Norte. Nestas datas ocorrem os dias mais longos e as noites
mais curtas (solstícios de verão) e os dias mais curtos e as noites mais longas
(solstícios de inverno). O solstício de inverno ocorre no Hemisfério Norte próximo
ao dia 21 de Dezembro e o de verão próximo ao dia 20 de junho. Os solstício no
Hemisfério Sul ocorrem inversamente aos do Hemisfério Norte, verão em 21 de
dezembro e inverno em 20 de junho.
6) O equinócio é um termo latino que significa noites iguais, referindo-se às
noites que são iguais aos dias, ou seja, onde o período de insolação é igual ao
período sem iluminação solar. Ocorrem dois por ano, caracterizando civilmente o
começo das estações primavera e outono, respectivamente próximo ao dia 20 de
setembro e 21 de março no hemisfério Sul. No momento do equinócio o Sol cruza
exatamente o Equador celeste.
7) A trajetória se chama eclíptica e a inclinação é em torno de 23 graus e 27
minutos.
43
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Em geografia, a ideia de direção nos é dada pela orientação, baseada nos
pontos cardeais, colaterais e subcolaterais, representados na figura denominada
rosa dos ventos.
A localização de um lugar é definida pelas coordenadas geográficas (latitude e
longitude) e pela altitude. Sua posição está ligada ao conjunto de relações que
foram estabelecidas entre esse lugar e os outros lugares, dentro do espaço
geográfico.
Embora o conceito de espaço geográfico envolva elementos concretos e
abstratos, para a localização de um lugar no espaço, precisamos trabalhar com
algo concreto: um local onde podemos nos mover, levando em conta as direções e
a altitude. Vale salientar também que existem também outras denominações para
os pontos geográficos, a saber:
 Meridional ou austral significa dizer que está ao sul;
 Setentrional ou boreal significa dizer que está ao norte;
 Ocidente quer dizer que está ao oeste;
 Oriente quer dizer que está ao leste;
 Sul-oriental que dizer que está ao sudeste;
 Sul-ocidental quer dizer que está ao sudoeste;
 Norte-oriental quer dizer que está ao nordeste;
 Norte-ocidental quer dizer que está ao noroeste.
44
Aprofundamentos:
O Meridiano de Greenwich
Podemos traçar sobre o globo tantos meridianos quantos desejarmos e
qualquer um deles, junto ao seu antemeridiano, estará dividindo o planeta em
duas metades exatamente iguais. Essa característica tornou necessário
determinar aquele que seria o meridiano de origem, com base no qual seriam
definidas as posições relativas dos pontos sobre a superfície terrestre. Durante
muito tempo, cada nação utilizou como meridiano-base aquele que atravessava a
sua capital. O Brasil utilizava o meridiano do Observatório do Castelo, no Rio de
Janeiro; a França utilizava o meridiano de Paris; os Estados Unidos, o meridiano
de Washington; o Reino Unido, o de Greenwich, que passa pelo observatório de
mesmo nome, em Londres; e assim acontecia em quase todos os outros países.
Essa situação criava inúmeros embaraços nas relações internacionais, quer nas
comunicações e no comércio, quer, em especial, na navegação marítima, na
época (final do século XIX) o principal meio de transporte entre os continentes.
Em 1884, os Estados Unidos e o Reino Unido assinaram o Acordo de
Washington, pelo qual os norte americanos passariam a tomar Greenwich como
seu meridiano referencial. Pesaram nessa decisão a hegemonia britânica no
mundo, além da necessidade da precisão horária num país como os Estados
Unidos, em que uma ferrovia transcontinental atravessa, de costa a costa, cerca
de 4 mil quilômetros.
Alguns países opuseram-se à definição de Greenwich como meridiano
principal, entre eles a França. Foram realizadas várias negociações, até que foi
encontrada uma solução: todos adotariam Greenwich, e o sistema métrico, cujo
padrão é o metro, seria adotado como o sistema de medidas internacional. O
Reino Unido, a partir de então, usaria esse sistema em substituição ao uso de
medidas em polegadas. Assim, oficializou-se o meridiano de Greenwich como o
meridiano inicial para a definição das posições dos pontos sobre a superfície
terrestre no Congresso Internacional de Geografia realizado em Londres em 1895.
Atualmente para o homem se localizar na superfície terrestre é muito simples
basta ter um GPS (Sistema Global de Posicionamento). Mas nem sempre foi
assim. A melhor opção é saber utilizar um mapa e junto com ele a Rosas do
Vento.
45
Com as Rosas do Vento temos:
 Pontos Cardeais (NORTE, SUL, LESTE, OESTE);
 Pontos Colaterais (NORDESTE, NOROESTE, SUDESTE, SUDOESTE);
 Pontos
Sub
LESTE-SUDESTE,
–
Colaterais
(NORTE-NORDESTE, LESTE-NORDESTE,
SUL-SUDESTE,
SUL-SUDOESTE,
OESTE-SUDOESTE,
OESTE-NOROESTE E NORTE-NOROESTE).
ROSA DOS VENTOS
As coordenadas geográficas são um sistema de linhas imaginárias traçadas
sobre o globo terrestre ou um mapa. É através da interseção de um meridi ano
com um paralelo que podemos localizar cada ponto da superfície da Terra. Suas
coordenadas são a latitude e a longitude e o princípio utilizado é a graduação
(graus, minutos e segundos). Os paralelos e os meridianos são indicados por
graus de circunferências. Um grau (1°) equivale a uma das 360 partes iguais em
que a circunferência pode ser dividida. Um grau por sua vez divide-se em 60
46
minutos (60') e cada minuto pode ser divido em 60 segundos (60"). Assim um grau
é igual a 59 minutos e 60 segundos.
Os paralelos são linhas paralelas ao Equador, sendo que a própria linha
imaginária do Equador é um paralelo. O 0º corresponde ao equador, o 90º ao polo
norte e o -90º ao polo sul. O paralelo de zero grau (0°) é a linha imaginária traçada
na parte mais larga da Terra, é o paralelo de maior medida. Esse paralelo tem um
nome especial. Ele foi chamado Equador e divide o planeta em duas metades.
Acima do Equador está o hemisfério norte e abaixo do Equador está o hemisfério
sul.
EQUADOR E OS HEMISFÉRIOS NORTE E SUL
FONTE: http://w w w .m entirasverissim as.com /2012/01/coordenadas -geograficas-localizando.htm l
Os meridianos são linhas perpendiculares ao Equador que vão do Polo Norte
ao Polo Sul e cruzam com os paralelos. Todos os meridianos possuem o mesmo
tamanho e o ponto de partida para a numeração dos meridianos é o meridiano que
passa pelo observatório de Greenwich, na Inglaterra. Logo, o meridiano de
Greenwich é o meridiano principal (0°). A leste de Greenwich os meridianos são
47
medidos por valores crescentes até 180º e, a oeste, suas medidas são
decrescentes até o limite de -180º.
GREENWICH E OS HEMISFÉRIOS OCIDENTAL E ORIENTAL
FONTE: http://w w w .m entirasverissim as.com /2012/01/coordenadas -geograficas-localizando.htm l
PARALELOS E MERIDIANOS
48
Latitude: São as linhas que tracejam a Terra no sentido horizontal, também
conhecidas como paralelas. O círculo máximo da esfera terrestre, na horizontal, é
chamado de Equador. O Equador corresponde à latitude 0°, dividindo o planeta
em hemisférios Norte e Sul. As latitudes variam de 0 a 90°, tanto ao Norte quanto
ao Sul. A latitude, além de servir para localização geográfica, é uma variável
importante para estudar os tipos de clima da Terra, pois a incidência de raios
solares no planeta é maior nos lugares com latitudes menores, isto é, mais
próximas à linha do Equador.
LATITUDE
FONTE: http://w w w .m entirasverissim as.com /2012/01/coordenadas -geograficas-localizando.htm l
Longitude: São as coordenadas geográficas que cortam a Terra no sentido
vertical, também conhecidas como Meridianos. A distância das longitudes varia de
0° a 180°, nos sentidos Leste e Oeste. Como padronização internacional, adotouse o Meridiano de Greenwich como ponto de partida, a longitude de 0°. Assim, tal
meridiano divide a Terra em Ocidental (a Oeste) e Oriental (a leste). Foi a partir
das longitudes que se criaram os fusos horários. Todos os meridianos se
encontram e se cruzam nos polos Norte e Sul.
49
LONGITUDE
FONTE: http://w w w .m entirasverissim as.com /2012/01/coordenadas -geograficas-localizando.htm l
Aprofundamentos
As zonas térmicas da Terra
Você já sabe que os meridianos e os paralelos são indicados por graus de
circunferências e que algumas dessas linhas recebem nomes especiais. É o caso
da linha do Equador e do meridiano de Greenwich, que são as coordenadas
iniciais, isto é, 0°. Além do Equador, há outros paralelos que recebem nomes
próprios, pois são muito importantes. São eles:
Trópico de Câncer – a 23° 27’ de latitude norte;
Trópico de Capricórnio – a 23° 27’ de latitude sul;
Círculo Polar Ártico – a 66° 33’ de latitude norte;
Círculo Polar Antártico - a 66° 33’ de latitude sul.
50
Os trópicos e os círculos polares são importantes porque servem de limite
para as zonas da Terra. Essas zonas são chamadas assim para destacar a
influência da insolação ou luminosidade solar e porque há uma inclinação de
aproximadamente 23°. Essa inclinação favorece, associada ao movimento de
translação da Terra, o surgimento das estações do ano caracterizado pelos
solstícios e equinócios.
As zonas térmicas são as diferentes zonas de intensidade de luz e calor que
a Terra recebe do sol. As zonas térmicas ou zonas de iluminação estão divididas
em: Zona Polar Ártica, Zona Temperada do Norte, Zona Tropical ou Intertropical,
Zona Temperada do Sul e Zona Polar Antártica.
Por causa da inclinação do eixo e da forma arredondada da Terra, a luz e o
calor do Sol, não chegam com a mesma intensidade a todos os lugares do
planeta. Nos polos e nas regiões próximas a eles, os raios solares atingem a
superfície da Terra de maneira muito inclinada e, por essa razão a quantidade de
calor é menor, isso explica a formação de calotas de gelo nas proximidades dos
polos Norte e Sul. A quantidade de luz que atinge a superfície da terra nas áreas
próximas ao Equador, faz com que as mesmas recebam grande quantidade de
calor e maior iluminação durante todo o ano. As Zonas Térmicas Temperada do
Norte e a Zona Temperada do Sul são regiões intermediárias entre as regiões
menos e mais iluminadas.
A expressão zonas térmicas vem sendo atualmente denominada zonas de
iluminação, pois existem outros fatores que influenciam a temperatura do ar
atmosférico de um lugar. Por exemplo, grande parte da Cordilheira dos Andes, na
América do Sul, encontra-se entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, ou
seja, na zona tropical ou intertropical. Entretanto, devido à altitude dessas
montanhas e planaltos elevados, predominam ali baixas temperaturas.
Zona tropical: é a faixa, das baixas latitudes, localizada entre os trópicos. Por
isso, também chamada de zona intertropical. Caracteriza-se por receber mais
intensamente a luz solar, pois nela os raios do Sol incidem verticalmente, ficando
51
―a pino‖ ao meio-dia. Como o calor da superfície terrestre vem do Sol, é fácil
concluir que esta é em média a zona mais quente do nosso planeta.
Zonas temperadas: são zonas localizadas em latitudes médias,
compreendidas entre o trópico e o círculo polar, tanto no hemisfério norte como no
hemisfério sul. Nessas zonas, os raios do Sol nunca ficam realmente ―a pino‖, pois
incidem de modo mais ou menos inclinado. Quando maior o afastamento em
relação ao Equador, maior será a inclinação dos raios solares, o que reduz a
quantidade de luz e calor recebidos do Sol. Assim, as zonas temperadas são
menos quentes e iluminadas que a zona tropical.
Zonas polares: são as zonas de altas latitudes, localizadas além dos círculos
polares, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul. Essas zonas recebem
os raios do Sol muito inclinados e, portanto, muito fracos. Por causa disso, são
muito frias. Há períodos do ano em que o Sol nem aparece.
A maior parte do território brasileiro, por exemplo, situa-se na zona
intertropical. Daí porque no Brasil, em geral, predominam temperaturas elevadas.
ZONAS TÉRMICAS DA TERRA
52
Aprofundamentos
O sistema GPS
GPS é a sigla da expressão Global Positioning System (Sistema de
Posicionamento Global). A expressão refere-se ao sistema desenvolvido na
década de 1960 pelo Departamento de Defesa dos EUA, com fins militares, e
posteriormente disponibilizado para os civis. O GPS captura sinais de alguns dos
satélites artificiais que foram colocados em órbita, segundo o projeto Navstar. A
aparelho calcula a posição dos satélites por meio de sinais e determina com
exatidão a posição de qualquer objeto na superfície da Terra, fornecendo para
isso as coordenadas geográficas e a altitude do lugar. A União Europeia pretende
colocar em funcionamento um concorrente do GPS, o Galileo Satellite System,
que contará com 30 satélites.
Saiba mais em
http://deolhonageografiadaweb.blogspot.com.br/2013/02/como-funciona-ogps.html
A importância da latitude
A latitude é um fator importantíssimo para explicar as diferenças térmicas,
isto é, as diferenças de temperatura na superfície terrestre. Geralmente as
temperaturas diminuem do Equador para os polos. Assim, quanto menor a
latitude, maior a temperatura, e vice-versa. As áreas de altas latitudes, ou seja,
mais distantes do Equador, são mais frias que as de baixas latitudes. É importante
saber que essas diferenças de temperatura são aproximadas, não absolutas. Em
geral as áreas temperadas são mais frias que as equatoriais e mais quentes que
as polares, mas há exceções. Existem áreas muito frias situadas dentro da zona
tropical e áreas quentes, dentro da zona temperada. Porque além da latitude
outros fatores influenciam na temperatura, como a altitude.
53
A influência da altitude
De maneira geral, a temperatura diminui com a altitude. Essa diminuição é de
cerca de 0,6°C a cada 100 m. Assim, considerando as características do relevo da
superfície terrestre, com áreas baixas e áreas elevadas, regiões de latitudes
semelhantes podem ter temperaturas bem diferentes. Por exemplo, o monte
Quênia, com 5.211m de altitude localizado no país de mesmo nome (que é
atravessado pela linha do equador), apresenta as chamadas neves eternas e
clima frio de montanha. As demais áreas do país apresentam clima tropical, com
duas estações bem definidas: uma de chuvas (no verão) e outra de seca (no
inverno).
Na internet
http://www.brasilescola.com/geografia/coordenadas-geograficas.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/coorde nadas-geograficas.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/latitudes-longitudes.htm
http://www.infoescola.com/geografia/coordenadas-geograficas/
http://cienciadaterra.blogspot.com.br/2009/03/coordenadas-geograficas.html
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/coordenadas_geo/
http://www.mundoeducacao.com/geografia/zonas-termicas-terra.htm
http://www.significados.com.br/zonas-termicas/
http://www.brasilescola.com/geografia/zonas-termicas-terra.htm
http://viaxeaitaca.com/tag/zonas-termicas/
http://www.brasilescola.com/geografia/gpssistema-posicionamento-global.htm
54
Relembrando
1. Sobre as coordenadas geográficas, assinale a alternativa correta.
a) A longitude é determinada pelo ângulo formado pela posição de um
determinado ponto e plano meridional, podendo variar de zero a 90º.
b) Coordenada geográfica é o ponto em que duas latitudes se cruzam.
c) Tanto as latitudes quanto as longitudes são medidas em graus, minutos
e segundos.
d) Os principais paralelos e meridianos que cortam o território brasileiro
são: Equador e Tordesilhas.
e) O paralelo é uma circunferência imaginária, que pode ser traçado até
180 vezes sobre a superfície terrestre.
2. Paralelos e meridianos são linhas imaginárias que se intercruzam na
superfície terrestre. No cruzamento de um paralelo com um meridiano, há um
ponto específico que determina a latitude e a longitude, permitindo a sua
localização. Sobre as referidas latitude e longitude, é correto afirmar:
a) São medidas angulares entre dois pontos.
b) São distâncias em graus entre dois pontos.
c) São medidas em quilômetros entre a linha do Equador e o meridiano de
Greenwich.
d) A latitude varia de 0º a 180º para Leste ou para Oeste.
e) A longitude varia de 0º a 90º para Norte ou para Sul.
55
Respostas:
1. C
2. A
Forneça a posição dos locais marcados no mapa a seguir (em aula):
A:
B:
C:
D:
56
OS FUSOS HORÁRIOS
Os fusos horários, também denominados zonas horárias, foram estabelecidos
através de uma reunião composta por representantes de 25 países em
Washington, capital estadunidense, em 1884. Nessa ocasião foi realizada uma
divisão do mundo em 24 fusos horários distintos.
A metodologia utilizada para essa divisão partiu do princípio de que são
gastos, aproximadamente, 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para que
a Terra realize o movimento de rotação, ou seja, que gire em torno de seu próprio
eixo, realizando um movimento de 360°. Portanto, em uma hora a Terra se
desloca 15°. Esse dado é obtido através da divisão da circunferência terrestre
(360°) pelo tempo gasto para que seja realizado o movimento de rotação (24 h).
O fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo centro é
0°. Esse meridiano, também denominado inicial, atravessa a Grã-Bretanha, além
de cortar o extremo oeste da Europa e da África. A hora determinada pelo fuso de
Greenwich recebe o nome de GMT. A partir disso, são estabelecidos os outros
limites de fusos horários.
A Terra realiza seu movimento de rotação girando de oeste para leste em
torno do seu próprio eixo, por esse motivo os fusos a leste de Greenwich (marco
inicial) têm as horas adiantadas (+); já os fusos situados a oeste do meridiano
inicial têm as horas atrasadas (-).
Alguns
países
de
grande extensão territorial no sentido Leste-Oeste
apresentam mais de um fuso horário. A Rússia, por exemplo, possui 11 fusos
horários distintos, consequência de sua grande área. O Brasil também apresenta
mais de um fuso horário, pois o país apresenta extensão territorial 4.319,4
quilômetros no sentido Leste-Oeste, fato que proporciona a existência de quatro
fusos horários distintos, no entanto, graças ao Decreto n° 11.662, publicado no
Diário Oficial de 25 de abril de 2008, o país passou a adotar somente três.A
57
compreensão dos fusos horários é de extrema importância, principalmente para as
pessoas que realizam viagens e têm contato com pessoas e relações comerciais
com locais de fusos distintos dos seus, proporcionando, portanto, o conhecimento
de horários em diferentes partes do globo.
FUSOS HORÁRIOS DO MUNDO
FUSO HORÁRIO NO BRASIL
O território brasileiro está localizado à oeste do meridiano de Greenwich
(longitude 0º) e, em virtude de sua grande extensão longitudinal, compreende
quatro fusos horários, variando de duas a cinco horas a menos que a hora do
meridiano de Greenwich (GMT). O primeiro fuso (30º O) tem duas horas a menos
que a GMT. O segundo fuso (45º O), o horário oficial de Brasília, é três horas
58
atrasado em relação à GMT. O terceiro fuso (60º O) tem quatro horas a menos
que a GMT. O quarto e último possui cinco horas a menos em relação à GMT.
Segundo a Lei nº 11.662, de 24 de abril de 2008, a partir de zero hora de 24
de junho de 2008 passaram a vigorar no Brasil 3 (três) fusos horários.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem (24), sem vetos, a lei
que reduz de quatro para três o número de fusos horários usados no Brasil. A
mudança, que tem prazo de 60 dias para entrar em vigor, atingirá municípios nos
Estados do Acre, Amazonas e Pará e será publicada no ―Diário Oficial‖ da União
de hoje (25).
Dentro desse prazo, os 22 municípios do Acre ficarão com diferença de uma
hora em relação a Brasília — hoje são duas horas a menos. Municípios da parte
oeste do Amazonas, na divisa com o Acre, sofrerão a mesma mudança, o que
igualará o fuso dos Estados do Acre e do Amazonas.
A mudança na lei também fará com que o Pará, que atualmente tem dois
fusos horários, passe a ter apenas um. Os relógios da parte oeste do Estado
serão adiantados em mais uma hora, fazendo com que todo o Pará fique com o
mesmo horário de Brasília.
O projeto, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), foi aprovado no Senado
em 2007. Ao tramitar na Câmara, foi alvo de pressão de emissoras de televisão. O
lobby foi por conta da entrada em vigor de portaria do Ministério da Justiça que
determinou a exibição do horário de programas obedecendo à classificação
indicativa.
Portanto, os estados brasileiros seguem os seguintes horários de acordo com
o novo fuso:
 Fernando de Noronha (PE): - 2 horas em relação ao Meridiano de
Greenwich;
 Estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, Goiás, Distrito Federal,
Tocantins, Amapá e Pará: - 3 horas em relação ao Meridiano de Greenwich;
59
 Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e
Acre: - 4 horas em relação ao Meridiano de Greenwich.
MUDANÇA NO FUSO HORÁRIO BRASILEIRO
Aprofundamento
Jet Lag ou Doença do Fuso
O Jet lag (em português: descompensação horária, ou em medicina,
dissincronose) é uma fadiga de viagem, é uma condição fisiológica que é uma
consequência de alterações no ritmo circadiano. As alterações podem provocar
uma mudança do trabalho do organismo. O organismo de uma pessoa está
acostumado com o tempo de rotação da Terra e quando uma pessoa viaja em um
avião mudando de meridiano, pode ocorrer que o dia passe mais rápido e
provoque o Jet lag. Acredita-se que a condição é o resultado do rompimento do
ciclo " luz/escuridão". Pode ser provocado por fatores ambientais.
O Jet Lag ocorre como consequência de viagem através de vários fusos
horários, o que se tornou comum com as viagens a jato e daí o nome em Inglês
(Jet, jato; Lag, diferença de horário). Desta maneira após uma viagem passando
por vários fusos horários a pessoa se sente como se o relógio interno dela (relógio
biológico) não estivesse no mesmo do horário do local.
60
Desta maneira logo após uma viagem cruzando fusos horários há um
distúrbio do sono pois a pessoa quer dormir no horário que estava habituada e
não no horário local - isto denomina-se Jet Lag. Este é um tipo de Insônia pois não
consegue dormir no horário que deveria.
Causa
Quando uma pessoa viaja entre vários fusos horários, o relógio biológico não
fica de acordo com o horário do destino, pois o ritmo dia/noite em que a pessoa
estava acostumada: o padrão natural do corpo é mudado, como por exemplo, as
horas de refeição, de repouso e regulação hormonal já não correspondem ao
ambiente. Desde o momento da chegada no destino e adaptação ao horário local,
a pessoa está sofrendo um jet lag.
A rapidez em que o corpo se ajusta ao novo horário varia de pessoa para
pessoa. Enquanto algumas pessoas demoram muitos dias para se adaptar ao
novo horário, outras demoram poucas horas para fazê-lo. Não é considerado jetlag viajar por apenas uma ou duas zonas de fuso horário.
A condição não é baseada no tamanho do vôo, mas pela distância
transmeridiana viajada (Leste-Oeste). Um voo entre Frankfurt e Joanesburgo, a
rota está marcada na mesma zona de fuso horário, não causa jet-lag, enquanto
um vôo entre Nova Iorque e Los Angeles pode causar. Também, a Linha
Internacional de Data não pode ser cogitada como contribuindo para o jet-lag, uma
vez que o máximo possível é de + ou -12 horas de diferença. Uma diferença
horária de 20 horas causa apenas 4 horas de jet-lag. Porém, paradas podem
complicar esta aritmética.
Outra causa para o jet lag pode também ser várias noites acordado
consecutivamente, pois o organismo habitua-se a dormir a uma dada hora e
demora-se a recuperar as horas de sono perdidas e o regresso ao estado normal.
A linha internacional de data
A ―linha internacional de data‖ é uma linha imaginária que, por convenção, é
representada pelo meridiano oposto ao Meridiano de Greenwich e que atravessa o
Oceano Pacífico separando o mundo em dois: a leste é um dia a menos do que a
61
oeste dela. Ou seja, quando nos países localizados a oeste (Japão por ex.) da
linha internacional de data, for dia 4, nos países localizados a leste (Américas, por
ex.) da linha internacional de data, será dia 3. O horário continuará o mesmo
(respeitando-se os fusos).
Embora a Linha Internacional de Data não obedeça nenhum padrão científico
para sua localidade ou traçado (a linha está situada no meio do Pacífico por ser
um dos locais menos habitado do planeta, causando menos transtornos, e seu
traçado passa comodamente em volta de algumas ilhas, sendo, portanto,
irregular), se faz necessária essa separação de dias diferentes por causa do
tamanho da terra.
Explicando, como todos sabemos o sol nasce do leste para o oeste. Desta
forma, quando o dia está amanhecendo na China, por exemplo, no Mediterrâneo
ainda é noite e ainda vai amanhecer. Assim, sempre haverá uma diferença de
horário entre dois lugares localizados em pontos diferentes no planeta e, quanto
mais afastados estes dois lugares, maior a diferença. Suponhamos dois lugares
diametralmente opostos no globo, enquanto em um deles é dia, no outro já será
noite, porque neste lugar onde é noite (mais a oeste da linha internacional de data)
o sol ―nasceu primeiro‖ do que no lugar onde ainda é dia.
É como na história de Júlio Verne, ―Volta ao Mundo em 80 Dias‖: Phileas
Fogg, um aventureiro, resolve dar a volta ao mundo em 80 dias e, se utiliza dessa
diferença de data para ganhar um dia na corrida. Ele viaja em sentido oeste-leste
(saindo de Londres e indo em direção à Índia, e passando por outros lugares até
chegar à Inglaterra vindo de Nova York pelo oeste), desta forma, ele ganha um dia
durante a viagem.
Por Caroline Faria
Fonte: http://www.infoescola.com/cartografia/linha-internacional-de-data/
62
LINHA INTERNACIONAL DA TROCA DE DATA NO PACÍFICO
63
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1.Descreva a metodologia utilizada para a elaboração dos fusos horários.
2.A linha imaginária considerada o marco 0° dos fusos horários é:
a) Linha do Equador
b) Trópico de Capricórnio
c) Meridiano de Greenwich
d) Trópico de Câncer
3.(PUC-MG) Ao dividir os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de
duração do movimento de __________, o resultado é 15 graus. A cada 15 graus
que a Terra gira, passa-se uma hora. Assim, cada uma das 24 divisões da Terra
corresponde a um __________.
Para que o texto fique adequadamente preenchido, as lacunas devem ser
completadas, respectivamente, por:
a) translação e meridiano.
b) translação e paralelo.
c) rotação e círculo.
d) rotação e fuso horário.
64
4.Uma família embarca em uma viagem às 14:00 horas, do dia 03 de março,
de um ponto A (localizado a 30° O) com destino a B (localizado a 45° L). O tempo
de voo é de 10 horas. Qual o dia e o horário de chegada da família ao ponto B?
5.Um empresário necessita realizar duas reuniões, uma em A (45° L) e a outra
em B (180°L). Ele embarca de C (60° O) às 13:00 horas do dia 25 de abril. Após
10 horas de viagem, o empresário desembarca em A. O tempo gasto na reunião é
de 7 horas e logo em seguida ele já estava no avião com destino a B.
Considerando que a viagem de A a B leva 15 horas, responda:
a) Qual o horário e o dia de chegada do empresário em A?
b) Qual o horário e o dia de chegada do empresário em B?
Respostas
Resposta Questão 1
Os fusos horários foram estabelecidos através da divisão da circunferência da
Terra (360°) pelo tempo gasto durante o movimento de rotação, ou seja, que a
Terra realiza um giro em torno do seu próprio eixo, sendo que são necessárias,
aproximadamente, 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para a
realização desse movimento. Portanto, dividindo 360 por 24, temos o resultado de
15. Nesse sentido, dividiu-se a superfície do planeta em 24 fusos horários, cada
um equivalendo a 15° da circunferência terrestre e tendo sua hora definida em
relação ao meridiano de Greenwich, também chamado marco inicial (0°).
65
Resposta Questão 2
a) Falso – A Linha do Equador consiste numa linha imaginária responsável
pela divisão do globo em norte e sul, através dessa linha é possível se estabelecer
as latitudes.
b) É uma linha geográfica imaginária que está localizada ao sul da linha do
Equador.
c) Verdadeiro – O meridiano de Greenwich é a linha imaginária responsável
por dividir o globo terrestre em ocidente (oeste) e oriente (leste). A partir dele é
possível medir as longitudes. Esse é considerado o marco inicial (0°) dos fusos
horários e pelo fato da Terra girar no sentido de oeste para leste, os fusos a leste
de Greenwich têm as horas adiantadas (+); já os fusos situados a oeste do
meridiano inicial têm as horas atrasadas (-).
d) Falso – O Trópico de Câncer é uma linha imaginária localizada ao norte da
linha do Equador, portanto, não tem relação com os fusos horários.
Resposta Questão 3
a) Falso – A translação é o movimento que a Terra realiza em torno do Sol,
durante esse processo são gastos 365 dias e seis horas. Esse fenômeno é
responsável pela alternância das estações do ano. O meridiano é uma linha
geográfica imaginária.
b) Falso – A translação é o movimento que a Terra realiza em torno do Sol,
durante esse processo são gastos 365 dias e seis horas. O paralelo, por sua vez,
consiste no círculo menor perpendicular ao eixo terrestre.
66
c) Falso – a rotação é o movimento que a Terra faz em torno de seu próprio
eixo, sendo realizado em, aproximadamente, 24 horas. No entanto, círculo não
tem relação com os fusos horários.
d) Verdadeiro – Denomina-se rotação o movimento que a Terra faz em torno
do seu próprio eixo (360°), esse movimento é realizado em aproximadamente 24
horas. Os fusos horários foram estabelecidos através da divisão do eixo da Terra
(360°) pelo tempo de duração do movimento de rotação (24 horas), portanto,
temos o resultado de 15°, responsável por um fuso horário.
Resposta Questão 4
Considerando que cada fuso horário corresponde a 15° e que os fusos
horários aumentam as horas no sentido oeste – leste, temos:
30° O
15° O
0° O
15° L
30° L
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
45°L
19:00
Embarque: 14:00 horas do dia 03 de março.
Diferença de fuso entre 30° O e 45° L: 5 horas.
Tempo de viagem: 10 horas
Resolução: 5 horas + 10 horas = 15 horas.
14:00 do dia 03 de março + 15 horas = 05:00 horas do dia 04 de março.
Portanto, há a diferença de 5 horas a mais entre 30° O e 45° L, considerando
que a família desembarcou às 14:00 horas do dia 03 de março e o tempo de
viagem é de 10 horas, ela chegou ao ponto B às 05:00 horas do dia 4 de março.
67
Resposta Questão 5
a) Qual o horário e o dia de chegada do empresário em A?
O empresário partiu de C (60° O) às 13:00 horas com destino a A (45° L), visto
que as horas são adiantadas no sentido oeste – leste, e que cada 15° representa
um fuso horário, temos:
60° O
45°
30°
15°
0°
15° L
30°
45°
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
Portanto, quando for 13:00 em C (ponto de partida) será 20:00 horas em A
(destino da viagem). Considerando que a viagem demore 10 horas, o empresário
chegará a A às 06:00 horas do dia 26 de abril.
b) Qual o horário e o dia de chegada do empresário em B?
O empresário chegou a A às 06:00 do dia 26 de abril, e após 7 horas,
embarcou com destino a B. Portanto, o empresário embarcou às 13:00 horas no
avião com destino a B (180° O).
06:00 horas + 7 horas = 13:00 horas.
45° L
60°
75°
90°
105°
120°
135°
150°
165°
180°
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
Portanto, quando o viajante embarcar às 13:00 horas no voo no ponto A (45°),
já serão 22:00 horas no ponto B (180 °L). Considerando que a viagem demore 15
horas, o empresário desembarcará em B (180° L) às 13:00 do dia 27 de abril.
68
Na internet
http://www.infoescola.com/geografia/fusos-horarios/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/fusos-horarios-entenda-comose-determina-a-hora-em-cada-pais.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/fuso -horario.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/fusos-horarios-2.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/fusos-horarios.htm
http://www.guiageo-mapas.com/fuso-horario.htm
http://www.brasilescola.com/brasil/fuso-horario-brasileiro.htm
http://www.horadebrasilia.com/fuso-horario.php
A CARTOGRAFIA
A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre,
tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção,
produção,
difusão,
utilização
e
estudo
dos
mapas. Na
cartografia, as
representações de área podem ser acompanhadas de diversas informações, como
símbolos, cores, entre outros elementos. A cartografia é essencial para o ensino
da Geografia e tornou-se muito importante na educação contemporânea, tanto
para as pessoas atenderem às necessidades do seu cotidiano quanto para
estudarem o ambiente em que vivem.
69
Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos que, em
função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de
conhecimento geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já encontrado
foi confeccionado na Suméria, em uma pequena tábua de argila, representando
um Estado. A confecção de um mapa normalmente começa a partir da redução da
superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas que figuram a Terra por inteiro
em pequena escala, o globo se apresenta como a única maneira de representação
exata. A transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana
recebe a denominação de projeção cartográfica.
Na pré-história, a Cartografia era usada para delimitar territórios de caça e
pesca. Na Babilônia, os mapas do mundo eram impressos em madeira, mas foram
Eratosthenes de Cirene e Hiparco (século III a.C.) que construíram as bases da
cartografia moderna, usando um globo como forma e um sistema de longitudes e
latitudes. Ptolomeu desenhava os mapas em papel com o mundo dentro de um
círculo. Com a era dos descobrimentos, os dados coletados durante as viagens
tornaram os mapas mais exatos. Após a descoberta do novo mundo, a cartografia
começou a trabalhar com projeções de superfícies curvas em impressões planas.
Hoje, a cartografia é feita por meios modernos, como as fotografias aéreas
(realizadas por aviões) e o sensoriamento remoto por satélite. Além disso, com os
recursos dos computadores, os geógrafos podem obter maior precisão nos
cálculos, criando mapas que chegam a ter precisão de até 1 metro. As fotografias
aéreas são feitas de maneira que, sobrepondo-se duas imagens do mesmo lugar,
obtém-se a impressão de uma só imagem em relevo. Assim, representam-se os
detalhes da superfície do solo. Depois, o topógrafo completa o trabalho sobre o
terreno, revelando os detalhes pouco visíveis nas fotografias.
A
outra
técnica
cartográfica,
o
sensoriamento
remoto,
consiste
na
transmissão, a partir de um satélite, de informações sobre a superfície do planeta
ou da atmosfera. Quase toda coleta de dados físicos para os especialistas é feita
por meio de sensoriamento remoto, com satélites especializados que tiram fotos
da Terra em intervalos fixos.
70
Para a geração das imagens pelos satélites, escolhe-se o espectro de luz que
se quer enxergar, sendo que alguns podem enviar sinais para captá-los em seu
reflexo com a Terra, gerando milhares de possibilidades de informação sobre
minerais, concentrações e tipos de vegetação, entre outros. Existem satélites que
chegam a enxergar um objeto de até vinte centímetros na superfície da Terra,
quando o normal são resoluções de vinte metros.
O MAPA
A localização de qualquer lugar na Terra pode ser mostrada em um mapa. Os
mapas são normalmente desenhados em superfícies planas, em proporção
reduzida do local da Terra escolhido. Nenhum mapa impresso consegue mostrar
todos os aspectos de uma região. Mapas, em contraposição a foto aéreas e dados
de satélite, podem mostrar concentração populacional e de renda, diferenças de
desenvolvimento social, entre outras informações.
Como os mapas possuem representação plana, eles não representam
fielmente a forma geóide da Terra, o que levou cartógrafos a utilizarem globos
para imitar essa forma. Os mapas mais comuns são os políticos e topográficos. Os
políticos representam graficamente os continentes e as fronteiras entre os países,
enquanto os topográficos representam o relevo em níveis de altura (normalmente
inclui também os rios mais importantes). Para desenhar mapas cartográficos
depende-se de um sistema de localização com longitudes e latitudes, uma escala,
uma projeção e símbolos. Atualmente, boa parte do material que o cartógrafo
necessita é obtido por sensoriamento remoto com foto de satélite ou fotografias
aéreas.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Sabemos que a maneira mais adequada de representar a Terra como um todo
é por meio de um globo. Porém, precisamos de mapas planos para estudar a
superfície do planeta. Transformar uma esfera em uma área plana do mapa seria
71
impossível se os cartógrafos não utilizassem uma técnica matemática chamada
projeção. No entanto, imagine como seria se abríssemos uma esfera e a
achatássemos para a forma de um plano. Com isso, as partes da esfera original
teriam que ser esticadas, principalmente nas áreas mais próximas aos os polos,
criando grandes deformações de área. Então, para chegar a uma representação
mais fiel possível, os cartógrafos desenvolveram vários métodos de projeções
cartográficas, ou seja, maneiras de representar um corpo esférico sobre uma
superfície plana.
Como toda projeção resulta em deformações e incorreções, às vezes algumas
características precisam ser distorcidas para representarmos corretamente as
outras. As deformações podem acontecer em relação às distâncias, às áreas ou
aos ângulos. Conforme o sistema de projeção utilizado, as maiores alterações da
representação localizam-se em uma ou outra parte do globo: nas regiões polares,
nas equatoriais ou nas latitudes médias. É o cartógrafo define qual é a projeção
que vai atender aos objetivos do mapa.
A projeção mais simples e conhecida é a de Mercator (nome do holandês que
a criou). Outras técnicas foram evoluindo e muitas outras projeções tentaram
desfazer as desigualdades de área perto dos polos com as de perto do equador,
como por exemplo a projeção de Gall. Como não há como evitar as deformações,
classifica-se cada tipo de projeção de acordo com a característica que permanece
correta. Temos então:
 Projeções equidistantes = distâncias corretas
 Projeções conformes = igualdade dos ângulos e das formas dos
continentes
 Projeções equivalentes = mostram corretamente a distância e a proporção
entre as áreas
72
Principais projeções cartográficas
Projeção Cilíndrica: O plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera
terrestre. Após realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o
cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o
qual será desenhado o mapa.
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
Projeção Cônica: O plano da projeção é um cone envolvendo a esfera
terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos convergem
para o polo.
PROJEÇÃO CÔNICA
73
Projeção Plana ou Azimutal: O plano da projeção é um plano tangente à
esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos
irradiam-se do polo.
PROJEÇÃO PLANA
Projeção de Mercator: Nesta projeção os meridianos e os paralelos são
linhas retas que se cortam em ângulos retos. Corresponde a um tipo cilíndrico
pouco modificado. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.
PROJEÇÕES DE MERCATOR OU CILÍNDRICA EQUATORIAL.
74
Projeção de Peters: Outra projeção muito utilizada para planisférios é a de
Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é cilíndrica equivalente, e
determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o
Equador até os polos, como podemos observar no mapa a seguir.
PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIVALENTE DE PETERS
As retas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos
menores, resultando na representação das massas continentais, um significativo
achatamento no sentido Leste-Oeste e a deformação no sentido Norte-Sul, na
faixa compreendida entre os paralelos 60º Norte e Sul, e acima destes até os
polos, a impressão de alongamento da Terra.
75
Projeção Ortográfica: Ela nos apresenta um hemisfério como se o víssemos
a grande distância. Os paralelos mantêm seu paralelismo e os meridianos passam
pelos polos, como ocorre na esfera. As terras próximas ao Equador aparecem
com forma e áreas corretas, mas os polos apresentam maior deformação.
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
Projeção de Mollweide: Nesta projeção os paralelos são linhas retas e os
meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a
forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área
como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.
PROJEÇÃO DE MOLLWEIDE
76
Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide: É uma projeção
descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os
meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais
dos continentes para lograr maior exatidão.
PROJEÇÃO DE GOODE
Projeção de Holzel: Projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz
referência à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos
polos.
PROJEÇÃO DE GOODE
ESCALAS CARTOGRÁFICAS
O mapa é uma imagem reduzida de uma determinada superfície. Essa
redução - feita com o uso da escala - torna possível a manutenção da proporção
do espaço representado. É fácil reconhecer o mapa do Brasil, por exemplo,
77
independente do tamanho em que ele é apresentado, pois a sua confecção
obedeceu a determinada escala, que mantém a sua forma. A escala cartográfica
estabelece, portanto, uma relação de proporcionalidade entre as distânci as
lineares em um desenho (mapa) e as distâncias correspondentes na realidade. As
escalas podem ser indicadas de duas maneiras: através de uma representação
gráfica ou através de uma representação numérica.
A escala gráfica
A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de reta graduado,
sobre o qual está estabelecida diretamente a relação entre as distâncias no mapa,
indicadas a cada trecho deste segmento, e a distância real de um território.
Observe:
De acordo com este exemplo cada segmento de 1 cm é equivalente a 3 km no
terreno, 2 cm a 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distância no mapa, entre
duas localidades seja de 3,5 cm, a distância real entre elas será de 3,5 X 3, ou
10,5 km (dez quilômetros e meio). A escala gráfica apresenta a vantagem de
estabelecer direta e visualmente a relação de proporção existente entre as
distâncias do mapa e do território.
A escala numérica
A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática,
normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300
000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de vezes em que o
espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor
que o tamanho real da superfície que ele representa.
78
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do denominador,
são indicados em cm. O numerador é sempre 1 e indica o valor de 1cm no mapa.
O denominador é a unidade variável e indica o valor em cm correspondente no
território. No caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa
300 000 cm no terreno, ou 3 km. Trata-se, portanto da representação numérica da
mesma escala gráfica apresentada anteriormente.
Caso o mapa seja confeccionado na escala 1:300, cada 1cm no mapa
representa 300 cm ou 3 m. Para fazer estas transformações é necessário aplicar a
escala métrica decimal:
79
As questões que envolvem o uso da escala estão geralmente relacionadas a
três situações:
1. Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), em um
mapa de escala (E) 1: 300 000.
2. Calcular a distância no mapa (d) de escala (E) 1: 300 000 entre dois pontos
situados a 15 m de distância (D) um do outro.
3. Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no
mapa (d) de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km.
80
Grande e pequena escala
Para a elaboração de mapas de superfícies muito extensas é necessário que
sejam utilizadas escalas que reduzam muito os elementos representados. Esses
mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto,
quanto maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua
elaboração e menor será a escala. As escalas grandes são aquelas que reduzem
menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior
detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é
menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem
ser utilizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cidade. De
acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300
000.
A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de
informação que se pretende destacar. Numa pequena escala o mais importante é
representar as estruturas básicas dos elementos representados e não a exatidão
de seu posicionamento ou os detalhes que apresentam. Aliás, o detalhamento
neste tipo de mapa compromete a sua qualidade e dificulta a sua leitura. Numa
grande escala, como plantas de uma casa ou de uma cidade, existe uma maior
preocupação com os detalhes, mas assim mesmo as informações devem ser
selecionadas para atender apenas o objetivo pelo qual foram elaboradas.
Cálculos com escalas (resolvidos)
d = distância no mapa
D = distância real
E = Escala
Fórmula Base
81
1. Para um rio que no mapa de 1:50.000 tem 50cm, qual será a distância real
deste rio?
d = 50cm
D=?
E = 50.000
jogando na fórmula (d / D = 1 / E)
50cm / D = 1 / 50.000 (fazer regra de três)
50cm x 50.000 = D x 1
2.500.000cm = D
D = 25.000m
D = 25km
2. Para uma estrada que no mapa mede 80cm e sua distância real é de 80km,
qual é a escala do mapa?
d = 80cm
D = 80km
E=?
jogando na fórmula (d / D = 1 / E)
80cm / 80km = 1 / E (colocar na mesma medida de comprimento)
0,000.8km / 80km = 1 / E (fazer regra de três)
0,000.8km x E = 80km x 1
E = 80km / 0,000.8km
E = 100.000
ou seja
a escala numérica do mapa é de 1:100.000
82
Na internet
http://www.brasilescola.com/geografia/cartografia.htm
http://www.suapesquisa.com/geografia/cartografia.htm
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/?pg=3
http://www.mundoeducacao.com/geografia/projecoes-cartograficas.htm
http://www.cursoobjetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/projecoes_cartograficas.aspx
http://www.brasilescola.com/geografia/projecoes-cartograficas.htm
FALANDO GEOLOGICAMENTE DO PLANETA TERRA
Qual a origem da terra?
Muitos cientistas e físicos ao longo do tempo têm formado teorias para
explicar a origem da Terra. Os mais notáveis físicos são de acordo com uma
teoria, que é a que se segue:
1. Há cerca de 4,6 bilhões de anos, originou-se primeiro o sol através de uma
densa nuvem de poeira e gás que se contraiu, formando não só o sol mas outros
planetas.
83
2. Com a radioatividade das rochas algumas partes da Terra se derreteram. O
níquel e o ferro se fundiram formando o núcleo, enquanto na superfície ficou um
oceano de rochas incandescentes.
3. A Terra primitiva sofreu um resfriamento, os vulcões entraram em erupção
emitindo gases que formaram a atmosfera, por sua vez originando matéria
orgânica e água.
4. Há cerca de 3,5 bilhões de anos, grande parte da crosta terrestre já estava
formada, mas bem diferente da atual.
Para a formação atual, continentes e ilhas, levou-se milhões de anos, pois por
volta de 3,5 bilhões de anos atrás a Terra estava dividida em um só continente.
A Geologia é a ciência que estuda a evolução e a constituição da Terra, ela
está dividida em dois ramos:
Geologia Física: estuda o subsolo da Terra, e analisa as transformações
provocadas pelos agentes internos e externos do relevo.
Geologia
Histórica: representada pela paleontologia estuda o
desenvolvimento dos vegetais e animais através de fósseis, e a estratigrafia que
analisa a sequência das rochas no tempo.
Escala geológica do tempo (resumo)
Para se entender a estrutura da Terra é necessário também, o conhecimento
do tempo geológico. A escala geológica do Tempo está dividida em Eras, que se
dividem em Períodos, e estes se dividem em Épocas.
A primeira Era é a chamada Pré-cambriana, que se divide em três períodos:
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- Azóica: por volta de 4,5 bilhões de anos atrás, esse período é marcado pela
não existência de vida, esse período durou bilhões de anos.
- Arqueozóica e Proterozóica: nesse período passaram a surgir os seres
unicelulares
e
invertebrados
(algas
e
bactérias). Formação
das
rochas
magmáticas. Existência de dois continentes: Árqueo-ártico e Indo-afro-brasileiro.
A Era Paleozóica está dividida nos períodos: Permiano, Carbonífero,
Devoniano, Siluriano, Ordoviciano e Cambriano.
Nestes períodos houve a existência de rochas sedimentares e metamórficas.
Existência de cinco continentes: Indo, Afro, Brasileiro (Gondwana), Terra
Canadense e Terra Siberiana. Surgiram os peixes e os primeiros répteis.
A próxima Era foi a Mesozóica, dividida pelos períodos Cretáceo, Jurássico e
Triássico. Surgiram mamíferos e aves; répteis gigantescos (dinossauros); grandes
florestas; e rochas sedimentares e vulcânicas.
Já na Era Cenozóica existem dois períodos, Quaternário e Terciário. Este
último tem cinco épocas: Plioceno, Mioceno, Oligoceno, Eoceno e Paleoceno.
Neste período houve o desenvolvimento dos mamíferos e fanerógamos. Os
répteis gigantes foram extintos, formou-se as bacias sedimentares.
No período do Quaternário existem duas épocas: Holoceno e Pleistoceno.
Houve neste período a glaciação no hemisfério norte; delineamento dos atuais
continentes; formação das bacias sedimentares recentes; aparecimento do
homem.
85
ILUSTRAÇÃO QUE MOSTRA UM RESUMO DO TEMPO GEOLÓGICO
Tabela do Tempo Geológico
ERA
PERÍODO /
INÍCIO
ÉPOCA
- "Era do Homem". O homem
Quaternário
CENOZÓICA
1,8 milhões
de anos
PRINCIPAIS EVENTOS
Holoceno torna-se a forma de vida
(recente)
dominante sobre a Terra.
- Estabilização do clima.
86
- Glaciações mais recentes.
Pleistoceno
- Domínio dos mamíferos de
grande porte.
- Evolução do homo sapiens
- Avanço das geleiras.
- A vegetação é dominada pelos
Plioceno
campos e savanas.
- Aparecimento de mamíferos
ruminantes.
- Formação de grandes campos.
Mioceno
Terciário
- Mudanças climáticas levam a
formação da calota polar
Antártica.
65 milhões
de anos
- Aparecimento de elefantes e
Oligoceno
cavalos.
- Aparecimento de vários tipos de
gramíneas.
Eoceno
Paleoceno
Cretáceo
- Surgimentos da maior parte das
ordens de mamíferos.
- Domínio dos mamíferos de porte
pequeno a médio.
- Primeiras plantas com flores,
146 milhões
grupos modernos de insetos,
de anos
pássaros e mamíferos.
MESOZÓICA
- Pterossauros e primeiros
Jurássico
pássaros.
208 milhões
- Dinossauros vagueiam pela
de anos
Terra.
87
Triássico
- Primeira aparição dos
245 milhões
dinossauros.
de anos
- Primeiro grande evento de
Permiano
extinção em massa.
286 milhões
- Formação do supercontinente
de anos
Pangea.
- Formação das enormes florestas
Carbonífero
de pteridófitas (samambaias) e o
360 milhões
registro das primeiras
de anos
gimnospermas (espécies com
ementes).
- Aparecimento dos primeiros
vertebrados terrestres, primeiros
PALEOZÓICA
Devoniano
artrópodes terrestres, incluindo os
410 milhões
insetos e as aranhas;
de anos
- Expansão dos diversos tipos de
corais;
- Diversificação dos peixes.
- Estabilização do clima.
- Derretimento do gelo glacial,
elevação dos níveis dos oceanos.
- Evolução dos peixes.
Siluriano
Aparecimento dos peixes com
440 milhões
mandíbulas;
de anos
- Primeiras evidências de vida no
meio terrestre, incluindo alguns
parentes das aranhas e das
centopéias, além das primeiras
88
plantas vasculares.
Ordoviciano
- É conhecido pela ocorrência de
505 milhões
invertebrados marinhos diversos.
de anos
- Segundo registros fósseis, este
Cambriano
período marca o aparecimento da
544 milhões
maioria dos grupos principais de
de anos
animais.
- A formação das terras
continentais se estabiliza;
PROTEROZÓICA
2,5 bilhões
- Registro dos primeiros fósseis de
de anos
organismos unicelulares;
- Primeira evidência de oxigênio
na atmosfera.
- Formação de 70% das massas
dos continentes;
ARQUEANA
- Aparecimento dos primeiros
3,8 bilhões
organismos vivos anaeróbicos,
de anos
isto é, utilizam metano ou
hidrogênio no metabolismo, em
vez de oxigênio.
HADEANA
Não é um período
geológico. Não
4,5 bilhões
existem rochas
de anos
- Formação do Sistema Solar.
- Solidificação da crosta terrestre.
na Terra, tão
antigas.
89
Para saber mais sobre tempo geológico:
 http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/ge
ografia_geral/formacao_da_terra/eras_geologicas
 http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=109
4&sid=129
A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
A estrutura interna da Terra é representada em modelos que se baseiam em
dois critérios diferentes: a composição química e as propriedades físicas.
No modelo da estrutura interna da Terra segundo a sua composição química,
são consideradas três unidades estruturais concêntricas - crosta, manto e núcleo separadas por superfícies de descontinuidade.
- A crosta, ou crusta, constitui a zona mais superficial do globo terrestre e
pode ser dividida em crosta continental e em crosta oceânica. Encontra-se
separada do manto pela descontinuidade de Mohorovicic.
- O manto situa-se desde a base da crosta até à profundidade de 2900 km e
pode ser dividido em manto superior e em manto inferior. Encontra-se separado
do núcleo pela descontinuidade de Gutenberg.
- O núcleo situa-se a partir dos 2900 km e pode ser dividido em núcleo externo
e em núcleo interno.
No modelo da estrutura interna da Terra segundo as suas propriedades
físicas, o globo terrestre é constituído por quatro regiões - litosfera, astenosfera,
mesosfera e endosfera.
90
- A litosfera, uma zona sólida e rígida, compreende a crosta e a parte mais
externa do manto superior.
- A astenosfera, uma zona de baixa rigidez e de comportamento plástico,
situa-se desde a base da litosfera até à profundidade de 350 km.
- A mesosfera, uma zona rígida, estende-se desde a base da astenosfera até
à fronteira do manto com o núcleo.
- A endosfera pode ser dividida em duas regiões: a endosfera externa, líquida,
e a endosfera interna, sólida.
O estudo da estrutura interna da Terra tem por base métodos muito
diversificados, diretos ou indiretos.
Para o estudo direto da estrutura interna da Terra contribuem métodos como a
observação e o estudo direto da superfície visível, a exploração de jazigos
minerais, as sondagens e a análise de magmas e xenólitos.
No estudo indireto da estrutura da Terra são utilizados métodos indiretos que
incluem a planetologia, a astrogeologia e a geofísica.
ESTRUTURA DA TERRA FIGURA 01
91
ESTRUTURA DA TERRA FIGURA 02
ESTRUTURA DA TERRA FIGURA 03
92
A ESTRUTURA EXTERNA DA TERRA
Estrutura externa da Terra é formada por: litosfera, hidrosfera e atmosfera.
Litosfera
A litosfera ou crosta terrestre, a parte consolidada da Terra, é formada por
rochas e minerais. É todo estrato e substrato rochoso, que constitui o relevo
submarino e os continentes e ilhas.
Hidrosfera
A hidrosfera é formada pelas águas oceânicas e águas continentais, incluindo
os lençóis subterrâneos e o vapor aquoso da atmosfera.
Atmosfera
A atmosfera é a camada de ar ou envoltório gasoso que cobre a Terra.
ESTRUTURAS INTERNAS E EXTERNAS DA TERRA
93
A TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL
Deriva continental é o nome de uma teoria, também conhecida como Teoria
Tectônica de Placas que trata do movimento dos continentes pelo globo terrestre.
Afirma tal teoria que as terras emersas do nosso planeta vêm se movimentando
desde sua consolidação, e continuam tal deslocamento, em grande parte
influência da ação no núcleo incandescente da Terra. Assim, as posições que os
continentes e ilhas do planeta ocupam hoje no mapa eram e serão bem diferentes
da configuração que apresentam hoje, ou seja, os continentes estão à deriva pelo
oceano, em movimento sem direção determinada.
A ideia da deriva continental é formalmente reconhecida quando o geógrafo
Antonio Snider-Pellegrini publicou em 1858 um mapa unindo os litorais ocidental
da África e o oriental da América do Sul, dando a entender que a América do Sul
“descolou-se” do continente africano para seguir uma rota própria. Em 1910 o
geólogo americano Taylor publica uma teoria sobre a formação das cadeias de
montanhas ligando a sua ocorrência à mesma ideia de deriva dos continentes.
Assim, como se fosse uma folha de papel amassada, o terreno em movimento, ao
encontrar uma resistência qualquer, iria redobrar-se em inúmeras falhas causando
protuberâncias destacáveis.
Logo a seguir, em 1915, o meteorologista alemão Alfred Wegener publica
seus estudos acerca da ideia de deriva continental, que tinha por base a
justaposição dos continentes (observação dos “recortes” de cada litoral e os
determinados locais onde estes combinam), magnetismo, paleoclimas (climas de
eras anteriores) e evidências fósseis.
Wegener mesclava assim conceitos e evidências de várias disciplinas, como a
geologia, geofísica, paleoclimatologia, paleontologia e biogeografia. Infelizmente
seus estudos permaneceriam desconhecidos do público em geral e do grosso da
comunidade científica por quase 50 anos, sendo aceita somente na década de 60
94
devido ao sistemático mapeamento das águas profundas, descoberta das fossas
abissais, paleomagnetismo das rochas oceânicas, entre outros progressos em
áreas relacionadas. Vale mencionar que o aperfeiçoamento do submarino, dos
sonares e do fatômetro à época da Segunda Guerra Mundial ajudaria no melhor
conhecimento dos pisos oceânicos, comprovando vários pontos da teoria de
Wegener.
Enfim, com o progresso dos equipamentos de exploração e medição,
elaborou-se uma teoria para a movimentação dos continentes, que relaciona o
movimento das placas oceânicas e os geossinclismos, chamada de “Teoria de
Expansão do Assoalho Oceânico” de 1961, formulada por Dietz, que estabelece
que a medida em que uma placa tectônica desloca-se de seu ponto de origem,
esta sofre esfriamento, tornando-se mais densa até encontrar-se com as placas
continentais, formando as fendas, incorporando-se assim ao manto por ser mais
densa, em um ciclo constante. Estas fendas recebem o nome de zonas de
subducção.
Os
estudos
de
paleomagnetismo, ou seja,
estudo da orientação de
cristais de rochas através
do tempo, sua formação e
seus padrões, fez com que
a
teoria
da
deriva
continental deixasse de ser
uma teoria para tornar-se
fato comprovado.
TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL
95
PLACAS TECTÔNICAS
Placas tectônicas ou placas litosféricas são gigantescos blocos que compõem
a camada sólida externa da Terra. Esses “blocos” estão em constante movimento,
podendo formar zonas de convergência de placas (colisão de diferentes placas)
ou zonas de divergência de placas (as placas se afastam umas das outras). Esses
processos são responsáveis por fenômenos como, por exemplo, os terremotos e a
expansão de oceanos.
As principais placas tectônicas são:
Placa do Pacífico – Com aproximadamente 70 milhões de quilômetros
quadrados, essa é a maior placa oceânica, abrange a maior parte do oceano
Pacífico. Ela é renovada em suas bordas, onde há separação das placas vizinhas
e a expansão do assoalho marítimo.
Placa de Nazca – Possui extensão de 10 milhões de quilômetros quadrados,
e está localizada no leste do oceânico Pacífico, que fica 10 centímetros menor a
cada ano, por chocar-se com a placa Sul-Americana. O choque entre essas duas
placas originou a Cordilheira dos Andes.
Placa Sul-Americana – É uma placa continental que possui 32 milhões de
quilômetros quadrados. O território brasileiro está localizado no centro dela, onde
a espessura é de 200 quilômetros, por esse motivo o país é pouco afetado por
terremotos e vulcões.
Placa Norte-Americana – Possui 70 milhões de quilômetros quadrados, e
abrange a América do Norte, a América Central e a Groelândia, além de uma
parte do oceano Atlântico. O deslocamento horizontal em relação à placa do
Pacífico desencadeia vários terremotos, principalmente na Califórnia.
96
Placa Africana – Com 65 milhões de quilômetros quadrados, essa Placa
engloba todo o continente africano. A sua colisão com a Placa Euroasiática
originou o mar Mediterrâneo e o Vale Rift. A Placa Sul-Americana e a Placa
Africana formam uma zona de divergência, ou seja, elas estão se afastando uma
da outra, conforme monitoramentos realizados por satélites, elas se afastam cerca
de 3 cm por ano.
Placa Antártica – Consiste numa placa continental com 25 milhões de
quilômetros quadrados. A parte leste da placa, que há 200 milhões de anos estava
junto do que hoje é a Austrália, a África e a Índia, chocou-se com pelo menos
cinco placas menores que formavam o lado oeste.
Placa Indo-Australiana – É formada pela Placa Australiana e a Indiana, seus
45 milhões de quilômetros quadrados englobam a Índia, a Austrália, a Nova
Zelândia e parte do oceano Índico. Forma uma zona de convergência com a Placa
das Filipinas, fato que promove o surgimento de ilhas.
Placa Euroasiática Ocidental – É um “bloco” que possui 60 milhões de
quilômetros quadrados, nele estão o continente europeu e o extremo oeste da
Ásia.
Placa Euroasiática Oriental – Abriga o continente asiático. Sua extensão é
de 40 milhões de quilômetros quadrados. Essa placa forma uma zona de
convergência com as placas das Filipinas e do Pacífico, sendo uma das regiões
com maior ocorrência de vulcões e terremotos do planeta.
Placa das Filipinas – É uma placa oceânica, localizada no oceano Pacífico.
Sua área é de 7 milhões de quilômetros quadrados, nela estão presentes quase a
metade dos vulcões ativos da Terra. Forma uma área de convergência com a
Placa Euroásiatica Oriental.
97
Aprofundamento
Placas Tectônicas são porções da crosta terrestre (litosfera) limitadas por zonas
de convergência ou divergência.
Segundo a Teoria da ―Tectônica das Placas‖, a litosfera é constituída de placas
que se movimentam interagindo entre si, o que ocasiona uma intensa atividade
geológica, resultando em terremotos e vulcões nos limites das placas.
Atualmente considera-se a existência de 12 placas principais que podem se
subdividir em placas menores. Elas são: Placa Eurasiática, Placa Indo-Australiana,
Placa Filipina, Placa dos Cocos, Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa
Arábica, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártica e
Placa Caribeana.
Os movimentos das placas são devidos às ―correntes de convecção‖ que ocorrem
na astenosfera (camada logo abaixo da litosfera): as correntes de convecção são
causadas pelo movimento ascendente dos materiais mais quentes do manto
(magma) em direção à litosfera, que, ao chegar à base da litosfera, tende a se
movimentar lateralmente e perder calor por causa da resistência desta e depois
descer novamente dando lugar à mais material aquecido.
No meio dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico existem cordilheiras que chegam
a atingir até 4000 mil metros acima do assoalho oceânico chamadas de
Cordilheiras ―Meso-oceânicas‖. Estas cordilheiras se originam do afastamento das
placas tectônicas nas chamadas ―zonas de divergência‖. São locais onde as
correntes de convecção atuam em direções contrárias originando rupturas no
assoalho oceânico pelas quais é expelido o magma da astenosfera. Dessa forma,
ao esfriar, o magma (ou lava basáltica) causa a renovação do assoalho oceânico.
Outro tipo de movimento das placas tectônicas acontece nas chamadas ―zonas de
convergência‖ onde as placas se movimentam uma em direção à outra. Nesse
caso, pode acontecer de uma placa afundar por sob a outra nas ―zonas de
98
subducção‖. Isso acontece entre uma placa oceânica e uma placa continental
porque a placa oceânica tende a ser mais densa que a placa continental o que faz
com que ela seja ―engolida‖ por esta última. Um exemplo é a zona de subducção
da Placa de Nazca em colisão com a Placa continental Sul-Americana e
responsável pela formação da Cordilheira Andina.
Quando o movimento de convergência ocorre entre duas placas continentais, ou
seja, de igual densidade, ocorre o soerguimento de cadeias montanhosas como o
Himalaia, por exemplo, que está na zona de convergência das placas continentais
Euroasiática e Arábica.
ESQUEMA LOCALIZANDO NO MAPA MUNDIA AS PLACAS TECTÔNICAS
Na internet
http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/geografia/relevo/nocoes-deestrutura-da-terra.html
http://www.brasilescola.com/geografia/principais-placas-tectonicas.htm
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-sao-placas-tectonicas
http://www.vejamais.org/a-estrutura-da-terra/
99
Exercícios Resolvidos
1. O movimento ocasionado pelo choque entre as Placas Tectônicas de Nazca
e Sul-Americana ocasionou o surgimento:
a) do continente sul-americano.
b) das cadeias de montanhas do México.
c) da Cordilheira dos Andes.
d) da Cordilheira do Himalaia.
e) do Grand Canyon.
2. Sobre a falha Geológica de San Andreas, localizada na Califórnia (EUA),
podemos afirmar que:
a) ela é resultado dos intensos terremotos que assolam a região.
b) sua origem está relacionada ao movimento de colisão e soerguimento entre
duas placas tectônicas.
c) sua formação não possui relação com a tectônica de placas, uma vez que
ela se manifesta apenas na superfície terrestre.
d) ela se formou graças ao movimento de deslocamento tangencial entre duas
placas tectônicas.
100
3. Assinale a alternativa que
movimentos das Placas Tectônicas:
a) dobramentos
montanhosas.
modernos,
apresenta
falhas
somente
geológicas,
consequências
vulcanismo,
dos
cadeias
b) escudos cristalinos, bacias sedimentares, terremotos, planaltos.
c) planaltos, falhas geológicas, bacias sedimentares, cadeias montanhosas.
d) falhas geológicas, vulcanismo, sedimentação, dobramentos modernos.
e) vulcanismo,
sedimentares.
cadeias
montanhosas,
escudos
cristalinos,
bacias
Respostas
Questão 1
As placas tectônicas de Nazca e Sul-Americana encontram-se na porção
oeste do continente sul-americano, provocando o soerguimento do relevo que
ocasionou, durante alguns milhares de anos, a formação da Cordilheira dos
Andes.
Letra C.
Questão 2
Falhas geológicas são formas de relevo que se originam graças ao tectonismo
e formam zonas de grande instabilidade. Elas constituem-se com movimentos de
afastamento entre duas placas tectônicas distintas, que ocasionam o
distanciamento direto ou tangencial entre elas. No caso da falha geológica de San
Andreas, a sua formação ocorreu em virtude do movimento de afastamento
tangencial entre as placas Norte-americana e do Pacífico.
Letra D.
101
Questão 3
Dos elementos citados na questão, são consequências do tectonismo:
- dobramentos modernos – resultantes do choque entre placas no período
geológico terciário;
- terremotos – em razão da instabilidade das zonas de atrito entre diferentes
placas;
- vulcanismo – causado pelas rupturas nas zonas de encontro entre duas
placas que propiciam o acesso do magma à superfície;
- cadeias montanhosas – resultantes do soerguimento causado pelo atrito
entre duas placas;
- falhas geológicas – originam-se graças ao afastamento entre duas placas.
Portanto, a alternativa que apresenta somente as consequências dos
movimentos das placas tectônicas é a letra A.
102
ROCHAS, MINERAIS E O SOLO.
A crosta terrestre possui várias camadas compostas por três tipos de rochas
que são formadas pela mistura de diferentes materiais. Essas rochas podem ser
magmáticas, também chamadas de ígneas, sedimentares ou metamórficas.
Rochas magmáticas ou ígneas
As rochas magmáticas ou ígneas (ígneo vem do latim e significa "fogo") são
originadas do interior da Terra, onde são fundidas em altíssima temperatura. Nas
erupções de vulcões, essas rochas são lançadas do interior da Terra, para a
superfície. Sofrem, então, resfriamento rápido e se solidificam. Outras vezes,
ficam nas proximidades da superfície, onde se resfriam lentamente e, também, se
solidificam.
O basalto é uma rocha escura muito utilizada na pavimentação de calçadas,
ruas e estradas e são advindas do resfriamento rápido do magma.
Exemplos:
No Rio Grande do Sul, encontramos as falésias de
Torres, formadas de basalto.
As
faixas
escuras
das
famosas
calçadas
de
Copacabana, no Rio de Janeiro, são formadas por basalto.
A pedra-pomes, gerada após rápido resfriamento em contato com a água
formando uma rocha cheia de poros ou buracos devido à saída de gases. Parece
uma "espuma endurecida". A pedra-pomes é utilizada para polir objetos e amaciar
a pele.
103
O granito (vem do latim granum, que significa "grão') se forma no interior da
crosta terrestre por resfriamento lento e solidificação do magma. É muito utilizado
em revestimento de pisos, paredes e pias. O granito é formado por grãos de várias
cores e brilhos: são os minerais.
Os minerais que formam o granito
Uma rocha é formada de um ou mais minerais. A maioria das rochas compõese de vários tipos de minerais. Minerais são elementos ou compostos químicos,
geralmente sólidos, encontrados naturalmente no
planeta. Há mais de dois mil tipos diferentes de
minerais. Eles são formados pela união de vários
tipos de átomos, como silício, oxigênio, alumínio,
cálcio e ferro. As diferenças entre os minerais
devem-se aos diferentes tipos de átomos que os
formam e também à maneira como os átomos
estão "arranjados". O Granito é usado para fazer
bancada de pias, pisos, etc.
O granito é formado principalmente por três tipos de minerais: o quartzo, o
feldspato e a mica. Os grãos que aparecem em cor cinza no granito correspondem
a grãos de quartzo. O quartzo, como a maioria dos minerais, é formado por uma
série de partes que lembram figuras geométricas. Dizemos então que o quartzo,
como a maioria dos minerais, forma cristais.
O outro tipo de mineral presente no granito é o feldspato, que pode apresentar
diversas tonalidades: amarelo, branco, rosa, verde. A decomposição desse
mineral pela água da chuva forma a argila que é usada para fazer tijolos, cimento,
concreto e diversos objetos.
A cor preta ou cinza-escura e brilhante presente no granito correspondem a
pequenos grãos de mica. Existem também outros tipos de mica, de cores
diferentes. A mica é um bom isolante de calor de eletricidade; por isso é utilizada
no ferro elétrico de passar roupa.
104
Rochas Sedimentares
A rocha sedimentar se forma a partir de mudanças
ocorridas em outras rochas. Chuva vento, água dos rios,
ondas do mar: tudo isso vai, aos poucos, fragmentando as
rochas em grãos de minerais. Pouco a pouco, ao longo de
milhares de anos, até o granito mais sólido se transforma em
pequenos
fragmentos. Esse processo é chamado de
intemperismo.
Os fragmentos de rochas são transportados pelos ventos ou pela água da
chuva até os rios, que, por sua vez, os levam para o fundo de lagos e oceanos. Lá
os fragmentos vão se depositando em camadas. É assim que se formam, por
exemplo, terrenos cobertos de areia, como as praias.
Esses fragmentos ou sedimentos vão se acumulando ao longo do tempo. As
camadas de cima exercem pressão sobre as camadas de baixo, compactando-as.
Essa pressão acaba por agrupar e cimentar os fragmentos e endurece a massa
formada. É assim que surgem as rochas sedimentares. Tudo isso, não se
esqueça, leva milhares de anos.
Desse modo, a areia da praia transforma-se, lentamente, em uma rocha
sedimentar chamada arenito. Sedimentos de argila transforma-se em argilito. As
camadas vão cobrindo também restos de plantas e animais.
Por isso é muito comum encontrar restos ou marcas de animais e plantas em
rochas sedimentares: o animal ou planta morre e é coberto por milhares de grãos
de minerais.
Os restos ou marcas de organismos antigos são chamados de fósseis.
Analisando os fósseis, os cientistas podem estudar como era a vida no passado
em nosso planeta.
105
Formação Das Rochas Sedimentares
A origem do arenito
O arenito se forma quando rochas como o granito se desintegram aos poucos
pela ação dos ventos e das chuvas. Os grãos de quartzo dessas rochas formam a
areia. Areias e dunas de areia, porém não são rochas: são fragmentos de rochas.
A areia pode se depositar no fundo do mar ou em depressões e ficar submetida a
um aumento de pressão ou temperatura. Assim cimentada e endurecida, forma o
arenito - um tipo de rocha sedimentar. O arenito é usado em pisos.
O calcário
O acúmulo de esqueletos, conchas e carapaças de animais aquáticos ricos
em carbonato de cálcio, que é um tipo de sal, pode formar outra variedade de
rocha sedimentar, o calcário.
O calcário também se forma a partir de depósitos de sais de cálcio na água. O
calcário é utilizado na fabricação de cimento e de cal. A cal serve para pintura de
paredes ou para a fabricação de tintas. A cal ou o próprio calcário podem ser
utilizados para neutralizar a acidez de solos.
Rochas Metamórficas
Você já viu pias, pisos ou esculturas de mármore? O
mármore é uma rocha formada a partir de outra rocha, o
calcário. É um exemplo de rocha metamórfica.
As rochas metamórficas são assim chamadas porque se
originam da
transformação
de rochas magmáticas ou
sedimentares por processos que alteram a organização dos
átomos de seus minerais. Surge, então, uma nova rocha,
106
com outras propriedades e, às vezes, com outros minerais.
Muitas rochas metamórficas se formam quando rochas de outro tipo são
submetidas a intensas pressões ou elevadas temperaturas. Quando, por exemplo,
por mudanças ocorridas na crosta, uma rocha magmática é empurrada para
regiões mais profundas e de maior pressão e temperatura, alterando a
organização dos minerais.
Outra rocha metamórfica é a ardósia, originada da argila e usada em pisos.
Pias e pisos também podem ser feitos de gnaisse, uma rocha metamórfica
originada geralmente do granito. O Corcovado e o Pão de Açúcar, no Rio de
Janeiro, e a maioria das rochas da serra do Mar também são de gnaisses.
Gemas ou pedras preciosas
As gemas são rochas muito duras. São riquezas existentes no subsolo,
comumente conhecidas como pedras preciosas. As jazidas de esmeralda, rubi,
diamante e outras são raras por isso essas pedras têm grande valor comercial. No
subsolo, também são encontradas jazidas de metais, por exemplo, ouro, ferro,
manganês, alumínio, zinco, cobre, chumbo.
Há ainda as jazidas de material de origem orgânica, conhecidas como
combustíveis fósseis - formadas a partir da transformação de restos de plantas e
animais. O carvão-de-pedra (hulha) e o petróleo são exemplos desses
combustíveis, recursos energéticos, ou seja, substâncias utilizadas na produção
de energia.
O CICLO DAS ROCHAS
Você viu que as rochas magmáticas são formadas tanto pela cristalização do
magma no interior da terra como pela lava liberada dos vulcões. Mas as rochas
magmáticas - e também as metamórficas - podem ser quebradas em pequenos
pedaços ou fragmentos que se acumulam em camadas de sedimentos e acabam
se transformando, por compressão, em rochas sedimentares. Finalmente, você viu
107
também que as rochas sedimentares e também as magmáticas, sob a ação de
altas temperaturas e pressão, podem se transformar em rochas metamórficas.
Mas, se uma rocha metamórfica for derretida, ela pode novamente se tornar
uma rocha magmática! Essas mudanças formam, portanto, um ciclo em que uma
rocha, ao longo de muito tempo, pode se transformar em outra. É o ciclo das
rochas.
CICLO DAS ROCHAS
108
Na internet
http://www.brasilescola.com/geografia/ciclo-das-rochas.htm
http://www.igc.usp.br/replicasold/rochas/ciclo.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/
http://www.coladaweb.com/geografia/ciclo-das-rochas
http://www.infopedia.pt/$ciclo-das-rochas
http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/ciclo-rochas629644.shtml
http://marianaplorenzo.com/2010/10/09/ciclo-das-rochas-ou-ciclo-petrologico/
Teste online sobre ciclo das rochas
http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/geo10/10.GEO.ciclo.rochas
.4.htm
Exercícios com resposta para estudar sobre os ciclos das rochas:
http://exercicios.brasilescola.com/geografia/exercicios-sobre-ciclo-dasrochas.htm
http://www.prof2000.pt/users/ccaf/exercicios/ciclo_rochas/ciclo_rochas.htm
109
NOSSA ATMOSFERA
Atmosfera é o nome dado à camada gasosa que envolve os planetas. No caso
da atmosfera terrestre ela é composta por inúmeros gases que ficam retidos por
causa da força da gravidade e do campo magnético que envolve a Terra.
No início da formação do planeta Terra a atmosfera era composta
basicamente por gases (Metano, amônia, nitrito, vapor de água e dióxido de
carbono) resultantes das constantes erupções e colisões na superfície inóspita da
terra primitiva, além dos que eram expelidos por rachaduras na crosta terrestre.
Então, em uma segunda fase, surgem os primeiros organismos vivos que
realizam fotossíntese (processo bioquímico que transforma dióxido de carbono em
oxigênio com o auxílio da luz solar, realizado pelos vegetais e algumas algas),
absorvendo o gás carbônico da atmosfera e transformando-o em oxigênio. Com
isso acontece uma das maiores transformações causadas no planeta por algum
organismo vivo: a atmosfera torna-se saturada de oxigênio. Ironicamente, os
primeiros organismos a realizar a fotossíntese eram anaeróbios (organismo que
vivem sem oxigênio e morrem na presença dele), e são extintos. Alguns
organismos, entretanto, continuam evoluindo e se adaptam a nova atmosfera
cheia de oxigênio.
Atualmente, o nitrogênio e o oxigênio juntos, somam cerca de 99% dos gases
que compõem a atmosfera terrestre. O oxigênio é consumido pelo seres vivos
através do processo de respiração e transformado em dióxido de carbono e vapor
de água que serão depois reabsorvidos pelos organismos. O dióxido de carbono
será consumido no processo de fotossíntese, e o vapor de água, responsável, por
redistribuir a energia na terra através da troca de energia de calor latente, produzir
o efeito estufa e causar as chuvas, será novamente consumido pelos organismos
vivos na sua forma líquida.
Outros gases que compõem a atmosfera terrestre são: dióxido de carbono,
argônio, metano, óxido nitroso, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxido e
dióxido de nitrogênio, os clorofluorcarbonos, ozônio, e outros que integram o 1%
110
restante da atmosfera. Para fins de estudos a atmosfera terrestre é dividida em
algumas camadas de acordo com a variação das transições de temperatura:
A troposfera, que geralmente se estende a 12 km (entre 20 km no equador e
8 km nos pólos). É nesta camada que acontecem praticamente todos os
fenômenos que influenciam o tempo.
A estratosfera, estende-se até aproximadamente 50 km com temperaturas
parecidas com as da troposfera até o limite de 20km. Esta camada é mais quente
por causa do ozônio que se acumula e que absorve os raios ultravioletas.
Na mesosfera, a temperatura novamente diminui. Esta camada vai até cerca
de 80 km. A esta altura, a temperatura chega a -90ºC!
E a termosfera, que não possui um limite inferior muito bem definido. Aqui as
moléculas se agitam com uma velocidade enorme, o que significaria uma
temperatura altíssima. Entretanto, a concentração dessas moléculas é muito baixa
o que diminui drasticamente a quantidade de energia que essas moléculas
poderiam transmitir para qualquer corpo que se encontrasse ali, anulando, de
certa forma, a temperatura. A termosfera, por sua vez, compreende uma camada
situada entre 80 a 900 km, chamada de ionosfera.
A ionosfera, como o próprio nome já diz, é composta por uma infinidade de
íons criados a partir da radiação solar que incide nas moléculas de oxigênio e
nitrogênio, liberando elétrons. A ionosfera é composta por três camadas (da mais
próxima a mais distante) D, E e F que possuem concentrações diferentes de íons.
Durante a noite as camadas D e E praticamente desaparecem, porque não há
incidência de raios solares e, conseqüentemente, não há formação de íons. Ou
seja, durante a noite, os íons se recombinam formando novamente as moléculas
de oxigênio e nitrogênio. Mas, à noite ainda há incidência de raios solares, mesmo
111
que de menor intensidade, o que explica porque a camada F não se extingue
também.
CAMADAS DA ATMOSFERA
112
Funções Da Atmosfera
Filtro
Uma das funções dos gases da atmosfera é a de impedir a passagem dos
raios solares. Esses gases impedem cerca de dois terços das radiações solares,
fazendo com que os raios em excesso e nocivos não cheguem à superfície
terrestre, assim como consequência permita a vida no nosso planeta.
Proteção
No espaço há muitos fragmentos de astros que se desintegram, e
constantemente os planetas são atingidos por esses fragmentos, a atmosfera é
responsável por não deixar que eles cheguem até a superfície.
Conservação
Dentre as funções da atmosfera, a conservação é muito importante, pois ela é
responsável por permitir a vida durante a noite. Todo o calor incidido no planeta
durante o dia é conservado pela atmosfera, para que durante a noite o planeta
continue aquecido.
Efeito Estufa
O efeito estufa pode ser dito como a principal função da atmosfera para haver
qualquer tipo de vida que se conhece em nosso planeta. O efeito estufa é o nome
dado à capacidade que a atmosfera tem de manter as temperaturas estáveis em
nosso planeta. Sem este efeito as temperaturas teriam amplitudes térmicas
enormes diárias e assim não haveria o desenvolvimento de qualquer tipo de vida
em nosso planeta. O efeito estufa é muito importante, embora a sociedade tenha
algum tipo de preconceito com este efeito por confundirem ele com o aquecimento
113
global, que é um fenômeno que ocorre um aumento continuo e a longo prazo da
temperatura atmosférica mundial.
Essas são as principais funções da atmosfera, mas ela possui outras como as
de reflexão e de difusão.
Fenômenos Atmosféricos
Temperatura atmosférica
 Define-se temperatura atmosférica como a quantidade de calor existente no
ar. Ela sofre influência de uma série de fatores, responsáveis pela sua variação:
 Altitude: nas maiores altitudes, as temperaturas são menores, porque o ar
se apresenta mais rarefeito e, assim, absorve menor quantidade de calor.
 Latitude: quanto maior a latitude, menor é a temperatura, porque os raios
solares incidem de forma perpendicular sobre a região equatorial. À medida que
aumenta a latitude, vai aumentando a inclinação dos raios solares e, portanto,
aquecendo menos a atmosfera.
 Chuvas: resfriam a troposfera, em função do aumento da umidade no ar.
 Vegetação: a transpiração dos vegetais aumenta a umidade do ar
reduzindo, assim, as temperaturas.
 Ventos: podem aquecer ou resfriar a troposfera, dependendo do local de
origem.
 Correntes marítimas: aquecem ou resfriam a atmosfera, dependendo do
local onde se originam.
 Aglomerados urbanos: responsáveis pela criação de verdadeiras "ilhas de
calor". Nas cidades, as temperaturas são maiores, como consequência da relação
do calor com o asfalto e concreto, dos motores e fornos ligados, e a pequena
quantidade de vegetação.
114
Pressão Atmosférica
 É a força que o ar exerce sobre a superfície terrestre, podendo variar de
acordo com alguns fatores:
 Altitude: nas maiores altitudes a pressão é menor, por apresentarem
uma menor coluna de ar sobre a superfície.
 Temperatura: quanto maior a temperatura atmosférica, menor será a
pressão. O ar aquecido se torna menos denso e, assim, exerce menor pressão
sobre a superfície.
Ventos
As diferentes pressões existentes em nosso planeta são responsáveis pela
formação dos ventos. Vento é o ar em movimento, que ocorre de áreas de alta
pressão (anticiclonais) para baixa pressão (ciclonais).
A velocidade dos ventos está relacionada à diferença de pressão: quanto
maior essa diferença, maior a velocidade dos ventos.
Tipos de ventos
Dependendo da direção, constância ou época em que sopram, os ventos
podem ser:
 Constantes: sopram constantemente em uma mesma direção, como os
ventos alísios e contra-alísios, que se dirigem dos trópicos para o equador e do
equador para os trópicos, respectivamente.
 Periódicos: ventos que sopram, num período, numa direção e, noutro
período, em direção contrária, como as brisas e monções.
 Brisas durante o dia, sopram do mar para o continente, denominandose brisas marítimas. À noite, dirigem-se do continente para o mar, brisas
continentais.
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 Monções atingem o Sul e o Sudeste da Ásia. Variam de direção de
acordo com as estações do ano. As monções de verão se deslocam do mar para o
continente e as de inverno, tomam a direção contrária.
 Locais: são ventos que sopram em determinadas épocas, num mesmo
local, como por exemplo, minuano, simum, mistral dentre outros.
Massas de ar
São grandes porções de ar que se costumam originar em áreas extensas e
homogêneas, como nas planícies, nos oceanos, nos desertos, nas grandes
florestas.
Em seu processo
de
formação, as
massas de ar adquirem as
características de umidade e temperatura das áreas de origem quentes ou frias,
úmidas ou secas. Ao se deslocarem, elas podem alterar suas características
iniciais, dependendo das regiões por onde passam. O encontro de duas massas
de ar com características diferentes originam uma frente. As frentes podem ser
quentes ou frias, dependendo da massa que predominar.
Umidade atmosférica
É a quantidade de vapor de água existente no ar, como consequência do
ciclo das águas, ou seja, como resultado da evaporação, condensação e
precipitação.
 A forma mais comum de apresentação da umidade atmosférica é a
chuva. Ela pode apresentar-se como:
 Chuva orográfica: provocada por um obstáculo do relevo, comum em
regiões serranas. Também pode ser denominada chuva de relevo ou de
orogênese.
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 Chuva ciclonal: resultado do encontro de duas massas de ar com
características
diferentes
(frente). Sua
ocorrência
é
comum em regiões
temperadas.
 Chuva de convecção: frequente em zonas equatoriais, ocorre em dias
quentes, com a ascensão rápida do ar sobre uma região. Conhecida como chuva
de verão nos estados do sul.
Além das chuvas, podemos destacar outras formas sob as quais a umidade
se apresenta:
 Granizo
também
denominada
chuva
de
pedras
,
resulta
do
congelamento das gotas de chuva ao serem transportadas para uma camada fria
de ar (camada de inversão).
 Neve origina-se do congelamento do vapor de água existente no ar.
Para sua ocorrência, é necessário que a umidade relativa se encontre muito alta
enquanto a temperatura atmosférica, suficientemente baixa para evitar que os
cristais de gelo entrem em fusão.
 Orvalho condensação do vapor de água existente no ar ao entrar em
contato com a superfície, com temperatura inferior à da atmosfera.
 Geada resultado do congelamento do vapor de água ao entrar em
contato com a superfície em ponto de congelamento.
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Na internet
http://www.dombosco.com.br/curso/estudemais/geografia/atmosfera.php
http://www.if.ufrgs.br/oei/santiago/fis02014/atmosfera_1.pdf
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/os-fenomenos-atmosfericos.html
http://www.if.ufrgs.br/oei/santiago/fis02014/atmosfera.htm
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-a-atmosfera-da-terra-seformou
http://www.infoescola.com/geografia/funcoes-da-atmosfera/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/atmosfera-camada-gasosa-efundamental-
para-vida.htm
Exercícios online sobre atmosfera
http://exercicios.brasilescola.com/geografia/exercicios-sobre-dinamicaatmosferica.htm
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Autor: Terra, Lygia; Guimarães, Raul Borges; Araujo, Regina
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Autor: Sene, Eustaquio de; Moreira, Joao Carlos
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Território e Sociedade no Mundo Globalizado - Geografia Geral e do Brasil
Autor: Mendonça, Cláudio; Lucci, Elian Alabi; Branco, Anselmo Lazaro
Editora: Saraiva
Geografia Geral e do Brasil - Volume Único - Coleção Delta
Autor: Tamdjian, James Onnig; Mendes, Ivan Lazzari
Editora: FTD
Geografia Geral e do Brasil
Autor: Moraes, Paulo Roberto
Editora: Harbra
Geografia Geral e do Brasil
Autor: Coelho, Marcos de Amorim; Terra, Lygia
Editora: Moderna
Estudos de Geografia - O Espaço Geográfico do Brasil
Autor: Mendes, Ivan Lazzari; Onnig, James
Editora: FTD
Fronteiras da Globalização - Geografia Geral e do Brasil
Autor: Almeida, Lúcia Marina Alves de; Rigolin, Tercio Barbosa
Editora: Ática
Sociedade e Espaço - Geografia Geral e do Brasil
Autor: Vesentini, Jose William
Editora: Ática
Geografia Global - Geral e do Brasil - Volume Único - Ensino Médio
Autor: Almeida, Mauricio de
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Editora: Escala Educacional
O Espaço Geográfico - Geografia Geral e do Brasil
Autor: Moreira, Igor
Editora: Ática
Geografia do Brasil e Geral - Povos e Territórios Volume Único
Autor: Silva, Vagner Augusto da
Editora: Escala Educacional
A Geografia do Brasil - 5 Aspectos Fisicos e Econômicos
Autor: Noronha, Carlos Henrique M.
Editora: Brasil
A Geografia do Brasil - 6 Aspectos Humanos e Regionais
Autor: Noronha, Carlos Henrique M.
Editora: Brasil
Geografia do Brasil - Natureza e Sociedade
Autor: Moraes, Maria Lucia Martins R.
Editora: FTD
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