Darwin X Lamarck – Revisão de Biologia sobre Evolução Evolução é “figurinha carimbada” nas questões de Biologia de qualquer vestibular e do Enem. E, explorar as principais diferenças entre as teorias de Charles Darwin (darwinismo) e de Jean Baptiste Lamarck (lamarckismo), é a maneira predileta de esses exames testarem os seus conhecimentos. Então, para você arrasar nas questões de Biologia e conquistar a vaga tão desejada no curso dos seus sonhos, você tem que estar ligado nos pontos semelhantes e nos divergentes das duas teorias! Para te ajudar, nós do Blog do Enem preparamos este super post! Vamos revisar? Lamarck foi o naturalista pioneiro em elaborar leis e fundamentos para a evolução das espécies. Sua teoria dizia que os seres vivos modificavam-se ao longo do tempo de acordo com as pressões exercidas pelo ambiente e que estas modificações passavam para as gerações seguintes, seguindo a lei do uso e desuso e a lei dos caracteres adquiridos. Apesar de hoje reconhecidamente errônea, sua teoria acertou em alguns pontos, que posteriormente Darwin veio a reforçar com a teoria da Seleção Natural: os seres se modificavam ao longo do tempo (evoluíam, ao contrário da ideia fixista predominante na época), o ambiente influencia os seres vivos e as mudanças que neles ocorrem ao longo do tempo e a existência de relações de “parentesco” e descendência entre as espécies de seres vivos. Porém, o ponto principal que diferencia as duas teorias está na maneira como o ambiente age em relação aos seres vivos e como os seres vivos reagem às pressões do ambiente. Para que você entenda melhor estas diferenças, vamos utilizar o exemplo clássico para comparar as duas teorias: o tamanho do pescoço das girafas. Visão Lamarckista: A partir das ideias de Lamarck, poderíamos explicar o grande tamanho do pescoço das girafas pelo esforço de esticar o pescoço para comer ramos de vegetação mais alta e o consequente aumento gradativo do órgão. Estas modificações ocorreriam para que o animal conseguisse se adaptar a uma nova condição ambiental – a diminuição da vegetação rasteira. No cenário Lamarckista, não haveria variação inicial entre os indivíduos de uma população, todas as girafas teriam pescoços curtos e o uso constante do órgão esticando-o para alcançar a vegetação mais alta, fez com que o órgão se desenvolvesse mais (lei do uso e desuso). Essa modificação tendo adaptado as girafas à nova condição ambiental foi transmitida aos descendentes (lei dos caracteres adquiridos), que a cada geração teriam um pescoço um pouco maior. Podemos notar então que, segundo as ideias de Lamarck, as alterações nos seres vivos surgem a partir da necessidade de adaptação às condições ambientais, são produzidas pelo ambiente. A imagem a seguir ilustra as duas leis de Lamarck aplicadas à evolução das girafas: Girafas - Evolução Visão Darwinista: Segundo o darwinismo, o ambiente seleciona os seres vivos mais adaptados. Isso quer dizer que os seres vivos que apresentem características que lhes permitam sobreviver a determinada condição ambiental viverão e, assim, conseguirão transmitir seus genes para as futuras gerações. Em um cenário darwinista, existiriam variações entre as girafas – alguns animais teriam pescoços mais longos, outras, mais curtos. Assim, quando o ambiente se modificou e a vegetação rasteira ficou mais escassa, somente os indivíduos com pescoços mais longos conseguiriam se alimentar e sobreviver. Dessa maneira, esta característica seria selecionada e transmitida às futuras gerações. Para Darwin, o ambiente não gera as variações, elas já existem naturalmente nas populações. Ou seja, o ambiente não promoverá as mudanças (como Lamarck dizia) e sim selecionaria variações mais adaptadas às condições apresentadas – seleção natural. A imagem a seguir demonstra essas ideias: Girafas - Evolução Para resumir essa comparação, veja a imagem a seguir: Girafas - Lamarck vs Darwin