Evolução Prof: Regis Romero •Evolução não é metamorfose • Diz-se que há microevolução quando ocorrem modificações das composições gênicas em uma determinada população e há macroevolução quando há aparecimento de novas espécies. Mas afinal, o que é espécie? Em última análise uma categoria taxionômica no sistema hierárquico de Lineu e teoricamente a unidade de evolução. Deste modo, os conceitos de espécie, de um modo geral, focalizaram os seguintes aspectos principais: (1) características morfológicas usadas para distinguir espécies (características fenéticas ou fenotípicas, matematicamente quantificáveis); (2) propriedades biológicas que mantém as espécies separadas (isolamento reprodutivo) e (3) propriedades biológicas que mantém as espécies (fertilização e coesão genética): origem, em condições naturais, de descendentes férteis. ESPECIAÇÃO E MACROEVOLUÇÃO Consideremos uma espécie, constituída por duas populações intercruzantes, entre as quais passa a existir uma barreira geográfica. Esta barreira pode ser uma montanha, o mar ou um rio para seres terrestres, uma faixa de terra para seres aquáticos, um deserto, uma faixa de gelo, etc. A barreira geográfica passa a impedir o intercruzamento e com isto cessa o fluxo gênico entre essas populações. Quando não mais se entrecruzarem, por mecanismos que impeçam a fecundação, a gestação ou que produzam descendentes estéreis teremos duas novas espécies. Especiação Divisão de uma espécie em duas reprodutivamente isoladas. O padrão mais comum de especiação é conhecido como especiação geográfica ou especiação alopátrica. Isolamento reprodutivo Uma classificação dos mecanismos de isolamento nos animais (Mayr, 1993): 1. Mecanismos pré-copulatórios - impedem cruzamentos inter-específicos a. Parceiros em potencial não se encontram (isolamento sazonal ou de hábitat) b. Parceiros em potencial encontram-se, mas não copulam (isolamento etológico) c. A cópula é tentada, mas não há transferência de espermatozóides (isolamento mecânico). 2. Mecanismos pós-copulatórios - reduzem o completo sucesso dos cruzamentos inter-específicos . Pré-zigóticos. A transferência de espermatozóides ocorre, mas o ovo não é fertilizado (mortalidade gamética, incompatibilidade, etc). Pós-zigóticos a. O ovo é fertilizado, mas o zigoto morre (mortalidade zigótica por incompatibilidade de cariótipos, etc.). b. O zigoto produz uma F1 de híbridos inviáveis ou com viabilidade reduzida (inviabilidade do híbrido). c. Os zigotos dos híbridos da F1 são completamente viáveis, mas parcial ou completamente estéreis ou ainda produzem uma F2 deficiente (esterilidade do híbrido). LAMARCK 1. 2. Na sua Philosophie Zoologique (1809) propõe 2 “Leis”: A transmissão hereditária dos caracteres adquiridos. A adaptação dos seres vivos ao meio. ADAPTAÇÃO DOS SERES VIVOS AO MEIO * “Lei do Uso e do Desuso”. • Uso contínuo de um órgão o hipertrofia. Ex. As girafas e seu pescoço e patas dianteiras. * O Desuso o atrofia. Ex. Olhos em toupeiras. CRÍTICA (1) A LAMARCK A cada geração,em cada espécie, nascem seres diferentes. As girafas que herdavam patas e pescoço mais longos atingiam com mais facilidade o alimento e tornaram-se as mais numerosas. CRÍTICA A LAMARCK Em uma população original de girafas ancestrais de pescoço curto, havia alguns indivíduos de pescoço um pouco mais comprido; A baixa disponibilidade de alimento no estrato arbóreo funciona como fator de seleção natural; Girafas de pescoço um pouco maior têm mais alimento disponível, e, conseqüentemente, maior número de filhotes que girafas mal alimentadas, de forma que os filhotes que nascem são filhotes de pescoço um pouco mais longo. Desta forma, a porcentagem de girafas com o pescoço mais comprido aumenta na geração seguinte. CRÍTICAS A LAMARCK OS SERES VIVOS SÃO SELECIONADOS PELO MEIO. Exemplos: Antibióticos Pesticidas SELEÇÃO DE VARIEDADES CADA VEZ MAIS RESISTENTES Partindo do princípio da existência prévia de variabilidade, uma população bacteriana deve ser formada por dois tipos de indivíduos: os sensíveis e os resistentes. O uso inadequado de um antibiótico deve eliminar as bactérias sensíveis, favorecendo as resistentes, que são selecionadas. As bactérias resistentes proliferam e promovem a adaptação da espécie ao ambiente modificado. CRÍTICA (2) A LAMARCK: SOMENTE SÃO HEREDITÁRIAS AS MUDANÇAS QUE OCORREREM EM CÉLULAS GERMINATIVAS, OU SEJA, AQUELAS QUE ORIGINAM GAMETAS: ovogônias e espermatogônias. Melanismo Industrial A explicação para esse fato fica lógica se lembrarmos que nessa época os troncos das árvores eram recobertos por certo tipo de vegetais, os líquenes, que conferiam-lhes uma cor acinzentada. Na medida em que a industrialização provocou aumento de resíduos poluentes gasosos, os troncos das árvores passaram a ficar escurecidos, como conseqüência da morte dos líquenes e do excesso de fuligem. CHARLES ROBERT DARWIN “VIAGEM DE UM NATURALISTA”,1836. “ORIGEM DAS ESPÉCIES POR VIA DE SELEÇÃO NATURAL”,1859. “A DESCENDÊNCIA DO HOMEM”,1871. O Beagle Após começar a cursar medicina na Universidade de Edinburgh e preparar-se para a vida religiosa durante 3 anos na Universidade de Cambridge, Darwin teve noções de Geologia e Botânica. Em 1831 ele recebeu a carta do capitão do navio Beagle, dizendo que precisava da companhia de um jovem naturalista na sua próxima viagem. O Beagle partiu em 27 de Dezembro de 1831 quando Darwin tinha 22 anos, e retornou em 2 de outubro de 1836. A viagem foi a mais importante experiência educacional da carreira de naturalista de Darwin, graças a seu interesse em história natural, e embasamentos adquiridos durante seu período escolar. LOCALIZAÇÃO DE GALÁPAGOS • • • As Galápagos são um "laboratório" ideal para pesquisar a evolução. Como estão distantes do continente, o isolamento permitiu a evolução de espécies próprias. Mil quilômetros a oeste da América do Sul. OS TENTILHÕES Entre esses pássaros existem os que têm bicos que lembram alicates, capazes de esmagar as sementes mais duras. Outros comem insetos, outros são vegetarianos e um deles, o "tentilhão vampiro", dá bicadas para chupar o sangue de aves marinhas.