análise clinográfica da microbacia hidrográfica do arroio forquilha, rs

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ANÁLISE CLINOGRÁFICA DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
ARROIO FORQUILHA, RS
Thatiany Karlovic de Abreu¹, Alison André Domingues Teixeira², Jéssica Dias
Figueira², Alexandre Felipe Bruch2, Angélica Cirolini3
Federal de Pelotas, Pelotas, RS – e-mail: [email protected] (Estudante)
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS – e-mail: [email protected] (Estudante);
[email protected] (Estudante);
[email protected] (Professor)
3 Universidade Federal de Pelotas – e-mail: [email protected] (Professora)
1Universidade
2
RESUMO: A elaboração de um mapa clinográfico, a partir dos dados de altimetria, é fundamental para a representação
da declividade do relevo e, consequentemente, para o estudo de uso e ocupação do solo. Neste contexto, utilizou-se as
informações de altitude, extraídas do processo de vetorização das curvas de nível e da determinação das cotas
altimétricas, para gerar as grades triangular e retangular, das quais resultaram nas classes de declividades, que
representam as leis de uso e ocupação do solo, essenciais para a produção do mapa clinográfico que compreende a
área de estudo referente à Microbacia Hidrográfica do Arroio Forquilha (MHAF), RS.
Palavras-Chave: Geoprocessamento, Sistemas de Informação Geográfica, Geomorfologia.
INTRODUÇÃO
A aplicação do geoprocessamento para a aquisição de informações sobre as características
geológicas e geomorfológicas de uma região, requer uma ampla procura de profissionais habilitados a
exercer funções na área da geotecnologia (MOURA et al., 2014). Atualmente, os mapas clinográficos, são
utilizados principalmente para o planejamento territorial, uma vez que qualquer realização antrópica em uma
área necessita dos dados de inclinação do relevo (SIMON e CUNHA, 2009). Deste modo, evidencia-se a
importância dos mapas clinográficos para estudo e o manejo do espaço geográfico.
Em síntese, tem-se como objetivo, a criação do mapa clinográfico da área da MHAF, cujas classes de
declividade, exprimem as diferentes leis aplicadas ao uso e ocupação do solo.
METODOLOGIA
Primeiramente, elaborou-se o mapa hipsométrico equivalente à área localizada entre as coordenadas
50°55’3,29’’ e 50°51’21,12’’ de Longitude Oeste e 29°21’38,56’’ e 29°17’18,44’’ de Latitude Sul, utilizando-se
a base cartográfica da carta topográfica de Canela (DSG, 1980). Por meio do software SPRING 5.1.8,
elaborou-se o mapa clinográfico a partir das classes temáticas adotadas por Herz e Biasi (1989, apud DE
BIASI, 1992), conforme descrito na tabela 1. Posteriormente, para a representação quatitativa das classes
clinográficas, utilizou-se a aplicação da gradação cromática, para que ocorresse a analogia entre a
suavização e a acentuação da declividade do terreno.
.
Tabela 1 – Classes clinográficas
Classes
<5%
5-12%
12-30%
30-47%
>47%
Características
limite urbano-industrial
limite para a mecanização na agricultura
limite máximo da urbanização sem restrição
limite de corte raso
limite de proibição para derrubada de florestas
Fonte: Elaborado pelo autor.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir do modelo hipsométrico da área em estudo, representou-se a declividade do terreno por
meio do mapa clinográfico, cujo potencial para as práticas de uso e manejo do solo está diretamente
relacionado com as características altimétricas da região. Como resultados da declividade para a MHAF
(Tabela 1), encontrou-se, uma área moderadamente declivosa (12-30%), enquadrando-se no limite máximo
para a urbanização sem restrição. Por outro lado, com menor incidência (30-47% e >47%), as regiões com
uma maior declividade, caracterizada como área de preservação permanente. Já as áreas menos
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declivosas (<5% e 5-12%), restringe tanto a urbanização e industrialização, quanto a mecanização na
agricultura.
Tabela 2 – Cálculo da área (ha) e da ocorrência das classes de declividade
Classe
Área (ha)
Porcentagem (%)
<5%
337.470646
22,86
5-12%
191.531233
12,98
12-30%
593.270486
40,19
30-47%
189.055399
12,81
>47%
164.721261
11,16
Total
1476.049023
100,00
Fonte: Elaborado pelo autor.
No presente estudo, para o entendimento da área analisada, gerou-se um mapa condizente as
classes com as porcentagens de declividade (Figura 1). Contudo, para a representação clinográfica, a
metodologia estabelecida por DE BIASI (1992), torna-se válida somente para cartas topográficas de semidetalhe, já que em escalas menores pode ocorrer a confusão entre as classes (SIMON e CUNHA, 2009).
Figura 1 – Mapa Clinográfico da Microbacia Hidrográfica do Arroio Forquilha, RS.
CONCLUSÕES
O progresso tecnológico e o aprimoramento dos SIG’s permitem a representação do espaço
(CÂMARA, 2001), que nesse caso, por meio do procedimento aplicado para a geração do mapa
clinográfico, destacou-se os aspectos morfológicos para as determinadas classes de declividade sugeridas
por DE BIASI (1992). O mapa de declividade, elaborado a partir do modelo hipsométrico gerado por um
Modelo Numérico de Terreno (MNT), não evidencia unicamente a inclinação do relevo, mas apresenta
também, sobre a declividade do terreno, o limite das práticas antrópicas que o mesmo está sujeito.
REFERÊNCIAS
DE BIASI, Mário. A carta clinográfica: Os Métodos de Representação e sua Confecção. Revista de Pós-Graduação da
USP, 6, 45-53, 1992.
CÂMARA, G.; DAVIS JÚNIOR, C. A.; MONTEIRO, A. M. V. Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos
Campos: INPE, 2001.
MOURA, M. P. B.; ALMEIDA, A. P.; LIMA, S. S.; ALMEIDA, G. M.; SIQUEIRA, J. B. Aplicação de geoprocessamento e
cartografia geomorfológica na análise das inter-relações das unidades geológicas da Bacia Sergipe- Alagoas no
extremo nordeste do Estado de Sergipe. Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto.
Aracaju, 2014. p. 18-21.
SIMON, A. L. H.; CUNHA, C. M. L. Elaboração do Ábaco Digital Para a Identificação de Classes de Declividade:
Aplicações na Baixa Bacia do Rio Piracicaba-SP. In: 13° Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada. Viçosa,
2009. Anais... Universiadade Federal de Viçosa, 2009. p. 01-10.
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