BANCO DE DADOS – Aula 14: Modelos de Banco de Dados: Modelo Físico Transformar entidades em tabelas não é difícil, principalmente porque processos automatizados poderão ser utilizados para tal fim. Roteiros de criação e manipulação de tabelas são produzidos em segundos por ferramentas CASE, de maneira que a implementação física de entidades não se reveste de qualquer mistério O grande dilema é saber se o modelo lógico foi desenvolvido de forma a produzir um modelo físico de dados alinhado com as necessidades do negócio e se o desempenho do banco estará dentro dos padrões aceitáveis e definidos pelo usuário. Ao se reportar aos objetivos dos sistemas de bancos de dados, Korth comenta que: “Um fator principal de satisfação, ou a falta dela, é o desempenho do banco de dados. Se o tempo de resposta de um pedido é grande demais, o valor do sistema é diminuído. A performance do sistema depende da eficiência das estruturas de dados usadas para representar os dados no banco de dados e como o sistema eficientemente é capaz de operar nessas estruturas de dados.” Por fim, o que se espera é que o modelo físico se comporte amigavelmente quando as invitáveis alterações e adaptações tiverem que ser feitas em sua estrutura. Transformação do Modelo Transformar um modelo significa derivar o esquema conceitual (diagrama entidaderelacionamento) em um esquema externo (estrutura relacional de dados). Em outras palavras, transformação é a criação de objetos da estrutura de dados a partir dos objetos do modelo de dados. Na conversão do modelo lógico par ao físico, pelo menos no início, cada entidade corresponde a uma tabela, cada atributo define uma coluna e cada identificador se transforma na chave primária da tabela. É imprescindível fazer uma completa verificação no tipo de dado de cada coluna, para que cada uma delas seja implementada consoante os tipos de dados suportados pelo sistema gerenciador de bancos de dados que se pretende utilizar no armazenamento das informações. Nesse momento devem ser conhecidos os valores padrões que poderão ser imputados a determinadas colunas e as regras de negócio passíveis de serem implementadas no banco de dados. Colunas que podem apresentar ou não valores nulos (null) também devem estar perfeitamente mapeadas para o processo de conversão. Da mesma forma, devem ser verificadas e validades as listas de valores que podem ser atribuídos a cada coluna. Definição de Domínios Cada coluna de uma tabela deve ser definida de modo que os valores que irá conter ao longo do tempo sejam compatíveis com as necessidades do negócio em curto e em longo prazo. Merecem atenção especial as colunas cujos valores podem derivar entidades autônomas no futuro. Tipo de Dado e Tamanho A decisão sobre o tipo de dado de uma coluna e a existência de mapeamento de valores depende das necessidades do negócio e das regras impostas pelo usuário. Valores Padrões Outra preocupação com relação ao domínio das colunas das tabelas que formarão o banco de dados diz respeito a padrões. Os padrões são intuitivos, na maior parte das vezes, mas também podem decorrer das necessidades específicas do negócio. Numa lista de valores permitidos para uma coluna, um deles deverá ser escolhido como valor padrão quando nenhum valor lhe for expressamente atribuído. O fato é que os valores padrões devem ser planejados para serem implementados na criação das tabelas. Algoritmos Muitas colunas têm valores derivados de algoritmos. É preciso que tais algoritmos sejam completamente especificados nesta etapa do projeto. Um algoritmo comum refere-se ao aspecto sequencial de algumas colunas. Taxa de Crescimento Os requisitos de armazenagem, embora normalmente difíceis de serem obtidos para determinadas tabelas, devem ser considerados no projeto físico. Há dois pontos a considerar em relação a cada tabela do modelo: 1. Quantas ocorrências se esperam armazenar? 2. Qual a taxa de crescimento das ocorrências ao longo do tempo? BIBLIOGRAFIA: Banco de Dados - Do modelo conceitual à implementação física Ivan Mecenas, Vivianne de Oliveira. Ed. Altabooks Páginas de 105 a 110.