Universidade Federal Fluminense

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Caso 1:
Diagnóstico: Ascaridíase (obstrução intestinal)
Agente etiológico: Ascaris lumbricoides
Justificativa: O tratamento da criança com Tiabendazol induziu o enovelamento dos
parasitos, causando os sintomas de obstrução intestinal. Isto poderia ser evitado fazendose exame parasitológico de fezes antes da administração do tratamento.
Caso 2:
Diagnóstico: Ancilostomíase
Agente etiológico: Necator americanus ou Ancylostoma duodenale
Justificativa: Os sintomas são sugestivos de parasitose intestinal. A história sócioeconômica auxilia no delineamento da suspeita clínica. A palidez cutânea e mucosas
hipocoradas são comuns na ancilostomose crônica. A presença dos ovos nas fezes
fecham o diagnóstico.
Caso 3:
Diagnóstico: poliparasitismo (Tricuríase e Enterobíase)
Agente etiológico: Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis
Justificativa: A criança apresenta sintomas característicos de enterobíase (prurido anal). O
prurido vulvar pode ser devido à migração da fêmea para a região genital. A diarréia com
estrias de sangue não é característico da enterobíase e sim da tricuríase. Estas duas
parasitoses são bastante comuns em crianças, podendo muitas vezes estarem presentes
em conjunto, o que é confirmado pelo EPF.
Caso 4:
Diagnóstico: Estrongiloidíase
Agente etiológico: Strongyloides stercoralis
Justificativa: Possivelmente esta paciente já estava infectada, de forma assintomática, por
este parasito. Este quadro foi agravado em função da corticoterapia, pois os corticóides
influenciam o ciclo deste parasito, facilitando a auto-infecção interna. Desta forma, os
sintomas pulmonares se agravaram (fase de migração pulmonar das larvas) assim como
os intestinais.
Caso 5:
Diagnóstico: Filariose
Agente etiológico: Wuchereria bancrofti
Justificativa: Os sintomas relacionados ao edema das pernas são característicos da
filariose linfática, assim como o aumento dos linfonodos. A presença da microfilária no
sangue periférico fecha o diagnóstico.
Caso 6:
Diagnóstico: Ascaridíase e Giardíase
Agente etiológico: Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia
Justificativa: Neste caso os sintomas apresentados eram muito inespecíficos, sendo
necessário o EPF para que o diagnóstico fosse fechado (através do encontro de
estruturas parasitárias na amostra de fezes).
Caso 7:
Diagnóstico: Ancilostomíase e Larva Migrans Cutânea
Agente etiológico: Ancylostoma duodenale ou Necator americanus e Ancylostoma
braziliensis (provavelmente).
Justificativa: As lesões serpiginosas na pele são características da síndrome da larva
migrans cutânea, causada por ancilostomídeos de cães e gatos. Os sintomas pulmonares
e a palidez cutânea levam a suspeita de ancilostomíase. No entanto, o diagnóstico é
apenas confirmado após serem encontrados ovos nas fezes.
Caso 8:
Diagnóstico: Tricuríase e Criptosporidiose
Agente etiológico: Trichuris trichiura e Cryptosporidium sp.
Justificativa: A diarréia líquida ocorre em infecções por Cryptosporidium em crianças até 5
anos. Já a diarréia com estrias de sangue é comum em infecções por Trichuris. Neste
caso, como os sintomas se confundem, a única forma de diagnóstico é encontrando as
formas parasitárias na análise de amostras fecais.
Caso 9:
Diagnóstico: Amebíase
Agente etiológico: Acanthamoeba sp.
Justificativa: Esta ameba é considerada de vida livre. No entanto, ao parasitar o globo
ocular pode levar a graves lesões, como as descritas neste caso. O diagnóstico aqui é
confirmado pelo encontro de trofozoítas na amostra coletada.
Caso 10:
Diagnóstico: Difilobotriose
Agente etiológico: Diphyllobothrium latum
Justificativa: O histórico de viagens para áreas end6emicas e a alimentação com peixes
crus indicam a suspeita. O diagnóstico é confirmado através do encontro das estruturas
(ovos e proglotes) nas fezes.
Caso 11:
Diagnóstico: Isosporose
Agente etiológico: Isospora belli
Justificativa: Este protozoário é bastante comum em infecções de indivíduos HIV
positivos. Sendo uma das principais causas de diarréia nestes pacientes.
Caso 12:
Diagnóstico: Angiostrongilíase
Agente etiológico: Angiostrongylus costaricensis
Justificativa: Este nematódeo parasita os ramos ileocecais das artérias mesentéricas
superiores, levando a inflamação com formação de granulomas e grande aporte de
eosinófilos.
Caso 13:
Diagnóstico: Paragonimíase
Agente etiológico: Paragonimus westermani
Justificativa: Este parasito tem como habitat usual o pulmão, formando nódulos neste
local. Os sintomas respiratórios citados no caso são compatíveis com este parasitismo, e
a coloração ferrugem do escarro está relacionada à ovopostura do parasito. É importante
lembrar que esta parasitose é bastante confundida com tuberculose (por isso o exame de
BAAR no escarro).
Caso 14:
Diagnóstico: Dirofilariose Pulmonar Humana
Agente etiológico: Dirofilaria immitis
Justificativa: Este nematódeo é bastante comum em cães e gatos, sendo o homem um
parasito acidental no ciclo. Quando o homem se encontra parasitado, normalmente este
desenvolve nódulo pulmonar (que pode ser confundido com tumor) e pode ser
assintomático ou apresentar sintomas respiratórios inespecíficos. O diagnóstico é feito
apenas através de biópsia do nódulo ou exame imunológico.
Caso 15:
Diagnóstico: Lagochilascaríase
Agente etiológico: Lagochilascaris minor
Justificativa: Este nematódeo parasita a região cervical do homem e de animais
domésticos como cães e gatos. O tipo de lesão e o encontro de ovos característicos
confirmam o diagnóstico.
Caso 16:
Diagnóstico: Dipilidiose
Agente etiológico: Dipylidium caninum
Justificativa: Este cestóide é bastante comum em cães, sendo as infecções humanas
raras e quase sempre em crianças. Provavelmente a criança adquiriu ao conviver no
mesmo ambiente dos cães. Nestas infecções a eliminação de proglotes é bastante
comum, sendo um dado importante na suspeita clínica. No entanto, a confirmação só irá
ser feita através de EPF e exame dos proglotes.
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