A Teoria da Informação

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Fechando as teorias clássicas
americanas:
Teoria da Informação
A Teoria da Informação (Teoria
Matemática da Comunicação) é uma
das vertentes que estudam a
Comunicação de maneira mecanicista,
ou seja, como PROCESSO DE
TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO.
• Possui base funcionalista, faz parte da
Communication Research, grupo de pesquisas
administrativas sobre comunicação desenvolvidas
nas primeiras décadas do século XX nos EUA.
• Não faz parte da Mass Communication Research,
que estudava os EFEITOS da comunicação de
massa.
• Também é chamada de MODELO MECANICISTA
(modelo de Shannon e Weaver, 1949): modelo
físico, mecanicista, e não humano.
• Na sua origem, não tem em vista explicar a
comunicação humana, que é muito mais
complexa e envolve muitos outros elementos, ou
outras preocupações de ordem psicológica,
sociológica e contextual. (modelo tomado de
empréstimo para as ciências sociais)
• O modelo mecanicista considera a comunicação
como processo neutro, sem intencionalidade
manifesta e sem relação com o contexto social em
que é realizado
• Do ponto de vista teórico, não há comunicação,
somente transmissão de informação ( o objetivo
é a transmissão, não a criação de sentido) pois a
comunicação envolve duas ou mais pessoas que
participam na criação de um sentido.
• Por isso se afirma que a informação que
não causou nenhuma reação ou
resposta não estabeleceu comunicação,
isto é, essa informação não se tornou
comum.
• A comunicação não passa de
transferência de mensagens,
organizadas segundo um código e
transformadas em sequência de sinais.
• COMUNICAÇÃO COMO PROCESSO
LINEAR
• A preocupação central de Claude
Shannon e Warren Weaver era o
aprimoramento da transmissão de
mensagens, com a superação dos
problemas causados pelo ruído (estudos
sobre transmissões telefônicas deram
origem ao modelo)
• Quanto maior a capacidade de CONTROLAR A
INFORMAÇÃO dentro de um sistema de
comunicação, por meio de SINAIS
CONVENCIONADOS, menor a possibilidade de
ruídos, menor o gasto de energia e maior a
qualidade da transmissão.
• A informação é considerada um SÍMBOLO
CALCULÁVEL, como nas ciências exatas. Segundo
Shannon, a comunicação consiste em “reproduzir
em um ponto dado, de maneira exata, ou
aproximada, uma mensagem selecionada em
outro ponto.”
• Os pesquisadores propõem um SISTEMA GERAL
DE COMUNICAÇÃO (1948/1949), com os
seguintes elementos necessários à transmissão de
mensagens:
Fonte:
produz a
mensagem
Codificador:
adequa a
mensagem
ao canal
Mensagem
Canal
Sinal
Decodificador:
Reconstrói
a mensagem
Receptor/
Destinatário:
recebe a
mensagem
Sinal recebido
Mensagem
Ruído
• Ruído: tudo o que conturba a projeção da
comunicação. Essa forma de barreira pode ser de
natureza mecânica, fisiológica, semântica ou
psicológica.
• Ruído mecânico: relaciona-se aos aparelhos,
instrumentos, tecnologias utilizadas de maneira
incorreta, causado mediante falha de ordem
técnica
• Ruídos fisiológicos: se referem à ordem de
problemas genéticos, como a surdez e a
gagueira.
• Ruído semântico: pode ocorrer quando a
mensagem é elaborada com uma linguagem
de difícil compreensão para aquele a quem é
destinada, gerando incompreensão ou
interpretação diferente da desejada.
• Ruído psicológico: pode ser verificado
quando o conteúdo da mensagem fere os
valores do destinatário, como preconceitos e
estereótipos
• A organização deve estar atenta às
possibilidades da ocorrência de tais ruídos,
para melhor detectá-los, evitar seus
desdobramentos e diagnosticar suas causas
• Os ruídos que acontecem no canal (RUÍDOS
MECÂNICOS) eram a preocupação central de
Shannon e Weaver. Segundo eles, era preciso
controlar a informação é organizá-la de modo
PREVISÍVEL,
em
seqüências
previamente
conhecidas, com um PADRÃO CONSTANTE de
repetição, para que haja menos ruídos e gasto
menor de energia na sua transmissão.
• Redundância X Entropia: repetição X desordem
• O modelo focaliza a fonte da mensagem como sua
criadora
• É passiva a posição do receptor – revela a
superioridade da fonte sobre o interlocutor;
reflexo de relações de poder
• No ambiente das organizações, é aplicado quando
há relações desiguais - uns falam, outros escutam
e obedecem cegamente a informações recebidas.
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