desenvolvimento de uma interface para a comunicação libras

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DESENVOLVIMENTO DE UMA INTERFACE PARA A COMUNICAÇÃO LIBRAS
– LINGUA PORTUGUESA
Vinicius Souza de Jesus e Yuri Felipe Santos da Silva
Carlos Eduardo Pantoja (orientador), Leandro Marques Samyn (co-orientador)
CEFET-RJ UnED de Maria da Graça
Rua Miguel Ângelo, 96
CEP: 20785-223 –Rio de Janeiro– RJ
Resumo O projeto visa auxiliar a comunicação
entre indivíduos com deficiências auditivas e, por
consequência, deficiência na fonética. Essa
comunicação será voltada para a linguagem
brasileira de sinais. O protótipo desenvolvido terá a
função de não só estabelecer a comunicação como a
de ensinar LIBRAS. Terá um dispositivo, fará essa
ligação, vai ser expresso tanto a libras quanto a
lingua portuguesa, o usuário de libras poderá passar
o que queria transmitir a um usuário da língua
portuguesa e o contrario também que é o leigo sobre
libras querer passar aquilo que queira falar para o
usuário de libras. Há também duas luvas, uma delas
são para pessoas desconhecedoras de libras e a outra
para conhecedores de libras que será mais um
auxiliador para facilitar a comunicação. Foram
utilizadas programação em Java, arduino, rapsberry,
integrações para esse fim.
Palavras Chaves: Libras, comunicação, raspberry, Java,
arduino.
Abstract: The project aims to assist communication
between individuals with hearing impairments and
therefore
deficiency
in
phonetics.
This
communication is focused on the Brazilian Sign
Language . The prototype will serve to not only
establish communication as to teach POUNDS . Will
have a device that will call, will be expressed both
pounds as the Portuguese language , the user can
spend pounds which wanted to convey to a user of
the Portuguese language and the opposite also is the
lay of pounds want to spend what they want tell the
user pounds. There are also two sleeves , one of
which people are unaware of pounds and the other
pounds to connoisseurs that will be a helper to
facilitate communication . Programming in Java
were used , Arduino , rapberry , additions for this
purpose .
Keywords: communication, Libras, programming,
arduino and raspberry.
1
INTRODUÇÃO
De acordo com o Art.7 dos direitos humanos
(1993): “Todos são iguais perante a lei e tem
direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da
lei. Todos têm direito a igual proteção contra
qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação” é onde o projeto está fundamentado
junto com a lei 10.436 da Presidência da República
da Casa Civil Art.4 (2002): “O sistema educacional
federal e os sistemas educacionais estaduais,
municipais e do Distrito Federal devem garantir a
inclusão nos cursos de formação de Educação
Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em
seus níveis médio e superior, do ensino da Língua
Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante
dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN,
conforme legislação vigente.”.
E com esses artigos, o surdo ou mudo não
podem ser exclusos de seus direitos e deveres. No
próprio Art.4 da lei 10.436 estão implícitos esses
direitos, dentre os direitos está o acesso à educação
básica de qualidade. Mas, falta nas instituições a
maneira de lidar com essa deficiência. O problema
seria a inclusão desses indivíduos na sociedade, pois
é notória uma negligência, sua evidência é
comprovada com a mais antiga lei da constituição
10.436 que foi concretizada em 2002.
Mostra Nacional de Robótica (MNR)
1
Foram encontrados alguns trabalhos que
tentam ajudar de alguma forma, porém o problema é
que na sua maioria são aplicativos que utilizam
espaço da memória secundária do celular, e esses
aplicativos sempre necessitam de acesso à internet
para poder funcionar. Um dos aplicativos foi a App
Prodelf, que é um aplicativo para celular que tem
uma função de passar um texto da língua portuguesa
para Libras, um ponto positivo é que nele são
mostrados gestos completos, além de ter acesso
fácil; e o ponto negativo é a utilização de internet
que possui uma dependência elevada. Tem também
uma luva eletrônica que estudantes de engenharia
eletrônica do Instituto de Tecnologia Aeroespacial,
desenvolveram com o objetivo de captar os sinais
que os usuários de libras fazem e traduzir para a
língua portuguesa, o ponto positivo é que a mecânica
dos movimentos são mais livres podendo assim
realizar gestos mais elaborados e um ponto negativo
é que só foca em uma vertente que é libras, não
possibilita a real comunicação entre libras - língua
portuguesa.
O objetivo principal do projeto é a
comunicação entre surdos ou mudos e os falantes de
língua portuguesa através de um protótipo
desenvolvido que servirá como interface ou canal de
comunicação entre os dois. Exemplificando, se uma
pessoa leiga na linguagem de libras, mas
conhecedora da língua portuguesa, desejar se
comunicar com alguém devidamente alfabetizado
em libras, a função do protótipo é atender à esses
viéis com as luvas e o teclado amigável de Java que
auxiliará para estabelecer essa comunicação.
Este trabalho está estruturado da seguinte
forma: na seção 2 serão apresentados os conceitos
básicos; na seção 3 serão dados detalhes sobre
materiais e métodos; na seção 4 serão apresentadas
as propostas e discussões; na seção 5 será
apresentada a conclusão e propostas futuras.
2
CONCEITOS BÁSICOS
Com informações do IBGE de 2010, as
principais críticas aos aplicativos que estão em
destaques sobre essa ajuda na comunicação de libras
são em relação a maneira que funcionam nelas
contém o alfabeto, que funciona com movimentos
Mostra Nacional de Robótica (MNR)
em uma só mão e as frases, que são realizadas por
gestos mais elaborados. Entretanto com essas
informações ficou evidente a falha desses aplicativos
pois de região para região a dialética de libras muda
assim como na língua portuguesa. Então, o projeto
proposto neste trabalho auxiliará nessa questão, ou
seja o projeto não terá um único alvo que seria
apenas uma região, e será visado o alfabeto, que é o
mesmo para todas as regiões, para formação de
palavras e frases que sendo este mecanismo igual em
qualquer dialética da Língua Brasileira de Sinais.
2.1
LIBRAS
A Linguagem Brasileiras de Sinais (Libras)
tem similaridade com a língua portuguesa e também
possuí variações linguísticas, regionais, históricas e
socioculturais segundo os dados da Unesp
departamento de libras (Laís Di Benedetto). A
Libras é uma linguagem psíquica visual, no qual é
utilizado os gestos, movimentos e expressões faciais.
Em libras as linguagens, para o português, são
traduzidas de duas formas: na primeira a utilização
de letras "puras" e na segunda a utilização de
conjunto de movimentos e expressões.
A utilização do alfabeto (figura 1) é mais
apropriada quando ao emprego de nomes próprios,
no entanto um surdo-mudo pode adotar "apelidos"
facilitando na dinâmica da conversa. Na segunda
entra a questão das palavras e frases elaboradas.
Figura 1 - Alfabeto detalhado de LIBRAS.
[nãoverbal.wordpress.com]
Segundo pesquisas do IBGE no senso de
2010, foram feitos levantamentos (gráfico 1) que
mostra quantas pessoas com deficiência há no
Brasil.
Gráfico 1 - Dados da população brasileira.
Em relação ao grafico 2, foi reforçado que os
aproximadamente 9,7 milhões de pessoas que
possuem deficiência auditiva , de acordo com o
senso de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), salientou que seria de suma
importância a adesão deles na camada social.
Figura 2 - Primeiro estado da luva.
Em um primeiro momento, foi pensado em
fazer um relógio que faria essa tradução de libras
para a lingua portuguesa e o oposto também,ou seja,
da lingua portuguesa para libras. Entretanto esse
relógio só teria a parte lógica da programação, foi
pensado em trabalhar com uma luva que conteria
pequenos motores para vibração, por fim, chegou-se
a conclusão de que melhores resultados seriam
obtidos com o uso de diodos do tipo LED (diodos
emissores de luz, figura 3).
Grafico 2 - Dados de onde estão concentradas as
deficiências.
3
MATERIAIS E MÉTODOS
O projeto funciona da seguinte maneira, um
dispositivo contendo um display e um teclado, onde
a pessoa que sabe a língua portuguesa digitará em
português a palavra ou a frase, que será exibida no
display na linguagem de sinais. Em relação aos
surdos/mudos, através do projeto, foi feito um
teclado com o alfabeto de libras para esses
indivíduos poderem sintetizar o que desejarem falar.
Uma luva (figura 2) também foi utilizada, integrada
a esses dispositivos, com o intuito de permitir que
uma pessoa que não domine a linguagem de libras
consiga reproduzir corretamente o seu alfabeto.
Figura 3 – Novo estado da luva.
Mostra Nacional de Robótica (MNR)
3
O protótipo inicialmente precisa de uma
linguagem de programação para comandar o
funcionamento da parte física, no caso Java [Deitel,
2005]. As mensagens (em libras ou língua
portuguesa) serão comparadas a todas existente no
banco de dados e executará as instruções existentes
dentro dessa estrutura.
Em relação a parte lógica, foram utilizados a
interface GUI em Java, ela é constituída de uma tela
que tem os botões que servem como teclado de
libras (figura 4) e da língua portuguesa também, com
campo de texto e botões para atingir o
funcionamento desejado. No arduino também tem
uma programação que define a forma que os leds
irão acender de acordo com a letra desejada, nessa
programação são utilizadas funções básicas. A
ligação entre o Java e o arduino foi feita com a
utilização do Javino [Mori e Pantoja, 2015], que é
uma biblioteca que permite a interação entre o
Raspberry e o Arduino.
FIGURA 5 – Raspberry e o arduino.
4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O projeto foi submetido a testes para
comprovar sua funcionalidade: tanto da interface de
comunicação como a integração do programa java
com arduino que mandava os comandos para os leds
da luva.
Entretanto foi usado um computador ao invés da
raspberry, pois o computador fará o papel da
raspberry no projeto (a Raspberry permite a
mobilidade para a utilização do projeto).
O primeiro teste foi do funcionamento do teclado
amigável de java. O segundo foi um teste do projeto
inteiro, onde foi posto uma letra e a luva deveria
responder ao comando da letra acendendo os
respectivos leds.
Figura 4 – Interface de comunicação,
incluindo o teclado deLIBRAS.
A parte física é constituída por uma luva
com LED´S, uma plataforma arduino mega e uma
plataforma raspberry. O arduino (figura 5) fará uma
integração com o programa feito em Java e passará
os dados para a raspberry para isso acontecer
utilizamos a biblioteca Javino, que será responsável
por mostrar as interfaces feitas e a conexão do
material que será utilizado como a luva, teclado e
também o display.
Mostra Nacional de Robótica (MNR)
Optou-se por mudar a luva antiga, pois como
mostra a figura 3, a luva foi compostas por diodos
emissores de luz tradicionais que tem uma dimensão
de 4 cm. A motivação foi quanto a quantidade e ao
tamanho de cada diodo poderia atrapalhar no
mecanismo de realizar os movimentos, por isso a
necessidade de fazer uma nova luva, expoxto na
figura 4, que é composta por diodos emissores de
luz com uma dimensão de 2cm e não há uma parte
rígida que também atrapalharia no movimento de
libras.
A incerteza era se o projeto alcançaria o
alvo no qual estava focado. E foi realizado o teste,
citado acima, de dialogo simulado, no qual os
objetivos para a sua feição foram atingidos.
O principal problema enfrentado para o
desenvolvimento do aplicativo Java foi a
implementação do botão simulação. Sua função é
traduzir de português para Libras, mostrando as
letras em libras uma a uma num Label com intervalo
de tempo de 1 segundo entre as letras. O método
responsável por realizar atrasos em Java é a
Thread.sleep. O problema é que está sendo utilizado
em um for (estrutura de repetição), pois é necessario
de um atraso a cada execução deste for, mas a
Thread.sleep está realizando um atraso total no final
do programa referente a cada vez que o for foi
executado.
Após a descoberta do motivo do mal
funcionamento do Thread.Sleep, pois ela só funciona
quando utilizada dentro do método principal do
programa e só está sendo utilizado o método
principal para chamar a frame (interface gráfica).
Quando se coloca um for dentro do método principal
junto com a Thread.sleep, o programa abre uma
frame para cada letra e fica várias frames abertas,
pois o método principal chama uma nova frame cada
vez que é executado. O ideal seria que quando o
método principal mandasse o comando para que se
abra a frame, abriria uma frame para cada caracter e
depois de dois segundos fechasse, seria uma cadeia
de frames entretanto não todas ao mesmo tempo
como estava acontecendo e sim numa sucessividade;
o metodo principal enviaria o comando e uma frame
abriria e mostrava o primeiro caracter pedido
esperaria dois segundos e fecharia, logo em seguida
abriria um novo frame para o segundo caracter
esperaria dois segundos para fechar, assim
sucessivamente .
5
CONCLUSÕES E PROPOSTAS
FUTURAS
Esse trabalho apresentou uma luva de diodos
e teclado amigável de Java para comunicação, com a
luva sairá do monotório de somente hardware, pois
atua a partir da comunicação entre software e
hardware. A parte do software será o teclado
amigável de Java e uma parte de hardware que é o
teclado de inserção de palavras que é mais um meio
para a comunicação para com a luva.
Uma parte negativa deste projeto é que não
engloba gestos elaborados, para usuários de Libras,
no entanto se utiliza o alfabeto para que não hajam
furos no projeto, caso envolvesse esses gestos
poderia ter uma discrepância por conta da mudança
da dialética local.
quando eles fizerem os sinais, (essa outra luva, que
será portadora de resistores flexíveis) calculará e
transcreverá aquilo que o usuário deseja comunicar
em libras para a língua portuguesa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ana Cristina Guarinello Surdez e Letramento:
Pesquisa com Surdos Universitários de
Curitiba e Florianópolis. Universidade Tuiuti
do Paraná, 2004
Livro Como Programar em java , Deitel 6° edição.
Mori, N., Pantoja C.E. A Robotic-agent Platform
For Embedding Software Agents using
Raspberry Pi and Arduino Boards. In: 9th
Software
Agents,
Environments
and
Applications School (WESAAC). Niteroi, 2015.
Maria A. Amin de Oliveira, RVCSD - Revista
Virtual de Cultura Surda e Diversidade. Belo
Horizonte, 2009.
A Comissão de Direitos Humanos da USP, Adotada
e proclamada pela Resolução nº 217 A (III) da
Assembléia Geral das Nações Unidas em
em 10 de dezembro de 1948.
Tatiana Lebedeff, família e surdez: considerações
sobre surdos e mudos. Mato Grosso do Sul,
2001.
Laís Di Benedetto Especialista em Língua Brasileira
de Sinais - Libras, Colaboradora no curso de
Libras à Distância - Unesp, O que é Libras?.
São Paulo, 2004.
André Luís Onório Conenlian Mestre em Ciência da
Informação – UNESP/Marília, Reflexões
sobre a estrutura gramatical da LIBRAS e da
Língua Portuguesa. São Paulo, 2004.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), senso de 2010.
Sendo assim, esse trabalho visou possibilitar
a melhoria de vida dos deficientes auditivos e de fala
para auxiliar na inclusão social de individuos. Os
principais alvos são a conscientização social, a
inclusão desses indivíduos, e um meio para que a
comunicação, que é essencial para uma sociedade,
seja realizada.
Como trabalhos futuros estão sendo
idealizados, como a passagem do dispositivo que faz
a interface lingua portuguesa – libras, como algo
mais pratico como um relógio e também terá uma
luva para os usuários de libras se comunicarem,
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5
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