Conhecendo o IEC - BVS MS

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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Instituto Evandro Chagas
2ª Edição
Série I. História da Saúde no Brasil
Brasília – DF
2007
© Ministério da Sáude.
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não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da Secretaria de Vigilância de
Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs
Série I. História da Saúde no Brasil
Tiragem: 2.ª edição – 2007– 3.000 exemplares
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Impresso no Brasil / Printed in Brazil
ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas
Conhecendo o IEC / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Instituto Evandro Chagas. –
2.ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
64 p. : il. : color. – (Série I. História da Saúde no Brasil)
ISBN 978-85-334-1432-7
1. Saúde Pública. 2. Ciências Biológicas. 3. Vigilância em Saúde. 4. Pesquisa em Saúde. I. Instituto
Evandro Chagas. II. Título. III. Série.
NLM WA 100
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2007/1119
Título para Indexação:
Em inglês: Knowing the Instituto Evandro Chagas (IEC)
Em espanhol: Conocendo el Instituto Evandro Chagas (IEC)
Sumário
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Trajetória do Instituto Evandro Chagas (1936 - 2007) . . . . . . . . . . . . 7
História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Pesquisas de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Estrutura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Temas Prioritários em Saúde Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Galeria de Diretores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Seções Científicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SAARB) . . . . . . 15
Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI) . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Seção de Hepatologia (SAHEP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Seção de Meio Ambiente (SAMAM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Seção de Parasitologia (SAPAR) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Seção de Patologia (SAPAT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório
(SACPA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Seção de Virologia (SAVIR). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Unidades de apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Biblioteca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Laboratório de Geoprocessamento (LABGEO) . . . . . . . . . . . . . . . 42
Laboratório de Microscopia Eletrônica (LME) . . . . . . . . . . . . . . . 44
Serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Serviço de Administração (SEADM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Serviço de Epidemiologia (SEVEP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Serviço de Recursos Humanos (SEARH) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Assessorias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Assessoria de Comunicação (ASCOM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico
(ADCA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Assessoria de Planejamento (ASPLAN) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Gerência de Qualidade (GQ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
(PIBIC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Conselhos e Comitês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Apresentação
O Instituto Evandro Chagas, hoje com mais de 70 anos de estudos no
campo da Saúde Pública e da pesquisa biomédica, nasceu em 1936 em
Belém do Pará, na Amazônia, região cuja extensão territorial representa
cerca de 60% do território nacional, abrigando hoje, apenas 22 milhões
de habitantes, aproximadamente 12% da população brasileira, com
uma densidade populacional de 4 hab/km².
Numa região onde a ocupação humana tem sido acompanhada
freqüentemente pela diminuição da qualidade de vida das populações
residentes, que convivem com baixos níveis de educação, falta de
saneamento básico, aumento progressivo das doenças e com a
diminuição proporcional do atendimento em saúde. É esse o cenário
onde se desenvolveu e se desenvolve a história da Instituição, que
desde o seu nascimento se confunde com a História da Saúde Pública na
região.
Historicamente exerce função de destaque em âmbito nacional e
internacional desenvolvendo estudos e investigações nas áreas de
ciências biológicas, meio-ambiente e medicina tropical, publicados em
revistas no Brasil e no exterior, além de, no campo da saúde pública,
apoiar laboratorialmente a vigilância em saúde.
O IEC atua em seis instâncias diferentes da Saúde Pública e da pesquisa
biomédica: fazendo Vigilância em Saúde e Meio Ambiente; atendendo a
Problemas de Saúde e Meio Ambiente que emergem nos Estados
amazônicos, tais como surtos de doenças em humanos, mortandade de
peixes, suspeita de contaminação da água por metais, e ou pesticidas
clorados ou fosforados, casos de doença humana não diagnosticada;
como apoio das instâncias Estaduais e Municipais em demandas que não
são atendidas pelos LACENs; em Projetos de pesquisa na área de Saúde
e de Meio Ambiente, custeados por agências financiadoras no Brasil e do
exterior; na preparação de recursos humanos e em apoio a Secretaria
de Vigilância em Saúde/MS em diferentes circunstâncias.
Do exercício continuado entre a Saúde Pública e a pesquisa biomédica
resulta uma situação em que a primeira oferece as diretrizes para o
desenvolvimento da segunda, num constante entrosamento entre a
Instituição e as necessidades de pesquisas a serviço da vigilância em
saúde na região.
As seções científicas, cuja tradição é a pesquisa de campo, trabalham
nos laboratórios com técnicas atualizadas que vão do isolamento dos
agentes até sua caracterização gênica e análise, incluindo o
O Instituto Evandro Chagas, hoje com mais de 70 anos de estudos no
campo da Saúde Pública e da pesquisa biomédica, nasceu em 1936 em
Belém do Pará, na Amazônia, região cuja extensão territorial representa
cerca de 60% do território nacional, abrigando hoje, apenas 22 milhões de
habitantes, aproximadamente 12% da população brasileira, com uma
densidade populacional de 4 hab/km².
Numa região onde a ocupação humana tem sido acompanhada
freqüentemente pela diminuição da qualidade de vida das populações
residentes, que convivem com baixos níveis de educação, falta de
saneamento básico, aumento progressivo das doenças e com a diminuição
proporcional do atendimento em saúde. É esse o cenário onde se
Elisabeth Conceição de Oliveira Santos
Diretora do Instituto Evandro Chagas
Conhecendo o IEC
Trajetória do IEC
1936-2007
História
”Em 1934, Henrique Penna revela em artigo científico a existência de
41 casos de leishmaniose visceral, em cortes de fragmentos de fígado
obtidos em numerosas localidades do interior do país. O elevado número de casos diagnosticados por Penna e o fato de ocorrerem em
zonas rurais e incluindo muitas crianças, sugeriam sua autoctonia.
Carlos Chagas, então diretor do Instituto Oswaldo Cruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, incumbiu seu filho, Evandro, de estudar a
doença nas áreas pesquisadas por Penna. Com a morte de Carlos
Chagas, só em fevereiro de 1936 Evandro viaja para o Nordeste. Em
março registrou em Sergipe o primeiro doente brasileiro de leishmaniose diagnosticado em vida. Em junho do mesmo ano, Henrique Aragão, diretor do Instituto Oswaldo Cruz, cria a Comissão Encarregada
de Estudos de Leishmaniose Visceral Americana, chefiada por Evandro Chagas. O objetivo da Comissão era estabelecer um laboratório
regional para estudar a transmissão da leishmaniose visceral. Visitando focos da doença em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará e Piauí,
Evandro Chagas estendeu sua viagem até ao Pará, onde alguns casos
já haviam sido registrados. Em Belém, o governador do Pará, Dr.
José Carneiro da Gama Malcher se convenceu da importância do projeto de Evandro Chagas e criou, em 10 de novembro de 1936, o Instituto de Patologia Experimental do Norte, o IPEN, com o objetivo de
estudar as leishmanioses e outras doenças tropicais. O primeiro Diretor do IPEN foi Antonio Acatauassú Nunes Filho, catedrático de Microbiologia da Faculdade de Medicina do Pará, que nomeou Evandro
Chagas como Diretor Científico. Os assistentes do instituto foram,
inicialmente, Leônidas e Gladstone Deane e Felipe Nery Guimarães,
médicos recém-formados na Faculdade de Medicina do Pará; o farmacêutico químico Benedito de Abreu Sá e um entomologista amador, adolescente, Reinaldo Damasceno. Um grupo de quatro jovens
médicos recém-graduados no Rio de Janeiro foi enviado pelo Instituto
Oswaldo Cruz, para integrar a equipe: Octavio Mangabeira Filho, entomólogo; Madureira Pará, patólogo; o veterinário Geth Jansen e
Maria José von Paumgartten, mais tarde Maria Paumgartten Deane.
Todos tinham de 20 a 26 anos de idade, sendo chefiados por Evandro
Chagas, então com 32 anos“.
Leônidas Deane, Pesquisador do IEC
7
Conhecendo o IEC
Pesquisas de campo
os primeiros anos, as verbas
eram curtas, mas sobrava o
entusiasmo e diante de nosso fanatismo profissional os desconfortos, riscos e dificuldades eram
quase sempre ignorados. Passamos grande parte de um período
de dois anos (1937-1938) nas
matas de Piratuba, município de
Abaetetuba, no Pará, tendo como “Laboratório” sob tenda de lona
residência uma palhoça, junto à qual ficavam o ”laboratório” e o
“refeitório”, sob tendas de lona; trabalhávamos do alvorecer até
tarde da noite, à luz de lampiões de querosene, vendo doentes,
puncionando esplenomegalias, examinando cães, gatos e animais silvestres, capturando flebótomos e mosquitos, dormindo
em redes às vezes armadas entre árvores, ou no chão de barracas, paióis ou trapiches; viajávamos léguas a pé ou em barcos
com motor de popa ou canoas, carregando às costas redes,
mosquiteiros e parte do rancho e da parafernália necessária ao
trabalho; passamos por violentas tempestades nas matas ou
nos rios, naufragamos duas vezes e Evandro sofreu um sério
acidente quando, viajando sozinho num bote a motor, a explosão deste provocou-lhe queimaduras que o mantiveram por
muitos dias no hospital. Guardamos muitas reminiscências: as
viagens quase quinzenais de Belém a Abaetetuba em antigos
aviões militares bi planos, monomotores do Correio Aéreo Nacional, com lugares para o piloto e um só passageiro, com asas
de lona, às vezes remendadas; uma viagem em pequeno avião
do governo do Acre, cujo piloto ainda estava com a perna engessada da sua última queda e outra na qual atravessamos por
uma hora a floresta entre o Acre e o Amazonas em pequeno
monomotor para o qual, no último momento, fora transferida a
bateria do único automóvel, um táxi - então existente em Rio
Branco; as viagens a cavalo ou montados em jumentos, bois ou
búfalos; do jacaré que quase pôs a pique a nossa canoa depois
de um tiro de espingarda de Evandro, no Rio Urubuputaua; ou
da onça diante da qual passamos em fila indiana na Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré.
8
Conhecendo o IEC
”A gente passa devagar, faz de conta que não está vendo; ela
está de barriga cheia, não vai atacar...” dizia o mateiro que nos
servia de guia. ...E a autópsia que tivemos de fazer enfrentando
caboclos armados de paus, foices e facões pra impedi-la, eu
tremendo de medo, munido de um revólver [...] sem balas [...].
Tínhamos de colher sangue dos moradores de áreas onde havia
corrido o boato de que um de nós era a “besta-fera”, o demônio; certa vez, numa casa do município de Icó, no Ceará, só me
permitiram o exame dos moradores depois que mostrei não ser
o Demo fazendo, por exigência deles, o sinal da cruz diante de
um crucifixo; ficaram tranqüilos porque não explodi exalando
um cheiro de enxofre; de outra feita, no interior do municípi o d e
Iguatu, também no Ceará, obrigaram-me a tirar as botas
para mostrar que não tinha pés de cabra... São dessa época
vários bichos de- pé e bernes e o alastrim que levei para toda a
minha família”.
Leônidas Deane, Pesquisador do IEC
Estrutura
Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado à Secretaria de
Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde (MS)
atua no campo da saúde pública, realizando investigações nas
áreas de Ciências Biológicas, Meio Ambiente e Medicina Tropical. Sua missão, há mais de seis décadas, está voltada para a
melhoria da qualidade de vida da população brasileira. E vem se
destacando por inúmeras descobertas, o que lhe creditou referência mundial como centro de excelência em pesquisas científicas. Atualmente, sua estrutura comporta Seções científicas,
Serviços, assim como as Unidades de apoio à pesquisa.
Instituto Evandro Chagas (Campus Belém — PA)
9
Temas Prioritários em Saúde Pública
10
11
Conhecendo o IEC
Galeria de Diretores
Antonio Acatauassu Nunes Filho
Antonio Emiliano de S. Castro
Ottis R. Causey
Manuel Isnard Teixeira
Orlando R. da Costa
Laurênio Teixeira da Costa
Manoel Bruno Alípio Lobo
Miguel Cordeiro de Azevedo
Gilberta Bensabath
Francisco de Paula Pinheiro
Alexandre da Costa Linhares
Jorge Fernando Soares Travassos da Rosa
Edvaldo Carlos Brito Loureiro
Elisabeth Conceição de Oliveira Santos
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Conhecendo o IEC
Seções Científicas
Conhecendo o IEC
Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
SAARB
A SAARB é Laboratório de referência
Nacional para Arboviroses do
Ministério da Saúde (MS), elaborando
material para a normatização de
atividades técnicas de diagnóstico
nessa área.
omo Centro Colaborador
da Organização Mundial
de Saúde (OMS) para pesquisa, referência no diagnóstico e
treinamento em Arbovírus,
tem as seguintes atribuições:
identificar e caracterizar amostras de arbovírus e realizar o diagnóstico sorológico das arboviroses; conduzir inquéritos sorológicos para a detecção de anticorpos para certos arbovírus em
determinadas áreas, manter protótipos de arbovírus, participar de
estudos colaborativos, dar consultoria sobre arboviroses, realizar
estudos estruturais, de patogênese e de caracterização molecular dos
arbovírus isolados na Amazônia brasileira.
Milhares de amostras de arbovírus foram isoladas e identificadas
na SAARB - entre novembro de
1954 e dezembro de 2004. São
196 tipos diferentes de arbovírus
e certos vírus de vertebrados,
dos quais 163 foram isolados
pela primeira vez no Brasil. Destes, pelo menos 100 já foram
confirmados como tipos novos
para a ciência. As atribuições da Morcego da espécie Desmodus rotundus,
transmissor da Raiva
SAARB são: pesquisar e identificar doenças causadas por arbovírus; estabelecer ciclos biológicos de
transmissão; desenvolver estudos sobre a ultra-estrutura, patogenia e
biologia molecular dos arbovírus. Além disso, a SAARB realiza estudos
clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, incluindo biologia molecular e
técnicas de diagnóstico rápidas e/ou clássicas, das doenças causadas
por esses vírus. A SAARB também realiza estudos sobre os vírus da
Raiva e Hantavirus que têm aspectos ecológicos comuns com os
arbovírus.
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Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SAARB)
Pesquisas
As pesquisas sobre arbovírus objetivam a caracterização antigênica e genética dos vírus, patologia microscópica e ultraestrutural, patogenia, ecologia e epidemiologia dos mesmos,
bem como a taxonomia de culicideos, culicoides e flebotomíneos
transmissores dos mesmos. Atualmente estão sendo desenvolvidas pesquisas sobre: técnicas rápidas para diagnóstico de arbovírus patogênicos para seres humanos; estudos sobre o método ELISA para detecção de IgM e IgG; procedimentos de biologia molecular tais como RT-PCR e seqüenciamento nucleotídico.
Essas pesquisas têm gerado importantes informações
acerca da epidemiologia molecular dos principais
arbovírus patogênicos para o homem, bem como de novos
arbovírus.
Paralelamente, realizam-se
pesquisas sobre a patogenia
experimental de certos arbovírus protótipos e de novos vírus, permitindo reconhecer o
tropismo viral para determinados órgãos, o que contribuí
para o desenvolvimento de
modelos experimentais e conhecimento das alterações histológicas causadas pelos arboColeta de material para imunofluorescência
vírus da Amazônia. Estudos
sobre a caracterização ultra-estrutural dos arbovírus também
vêm sendo realizados, especialmente com isolamentos de prováveis novos arbovírus, para a determinação da classificação
taxonômica.
Significativa parcela das atividades de investigação cientifica é
levada a efeito a partir de convênios firmados com várias entidades.
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Conhecendo o IEC
SAARB
Principais arboviroses
Na Amazônia Brasileira são conhecidos 34 tipos de distintos de
arbovírus responsáveis por infecções humanas. Dentre eles,
quatro tipos são as mais comuns e representam grande problema de saúde pública: dengue, febre amarela, Oropouche e Mayaro. O vírus dengue e da febre amarela têm sido os únicos, até
o presente, associados com quadros fatais.
O vírus oropouche, entretanto tem sido associado com quadros
de meningite cuja recuperação dos pacientes é demorada, mas
ocorre sem seqüelas aparentes. O mayaro tem sido responsável
por quadros febris agudos acompanhados de exantema e artralgias. Outras importantes arboviroses são as associadas às encefalites, que na Amazônia tem como representantes os vírus das
encefalites eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, e o vírus da
encefalite de Saint Louis. Afora esses, diversos outros arbovírus
têm sido isolados de casos de doença febril aguda, incluindo os
vírus do super grupo Bunyamwera: arbovírus dos grupos C e
Guamá, e os vírus Tacaiuma, Guaroa, Tucunduba e Xingu, dentre outros.
Mosquito Haemagogus janthinomys principal transmissor da febre amarela
Contatos
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
Tel.: +55 (91) 3217-3109
Fax: +55 (91) 3226-5262
e-mail: [email protected]
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Conhecendo o IEC
Seção de Bacteriologia e Micologia
SABMI
Com atuação na área de vigilância epiSeção tem desenvolvidemiológica e da pesquisa, nos últimos 10
do também parcerias
anos a SABMI tem trabalhado sistematicamente nos surtos epidemiológicos com instituições acadêmicas
emergenciais, tais como: de febre tifóide, no tocante à formação e
apoio nas pesquisas de doucólera, leptospirose, entre outros.
torado e mestrado.
Pesquisas
Entre as pesquisas pioneiras da SABMI está o estudo da ecoepidemiologia das leptospiroses na Amazônia. Foi comprovada a
existência da doença, pela primeira vez no país, em duas comunidades indígenas (Parakanã e Mekranoiti). Registrou-se ainda a
caracterização de quatro tipos de leptospiras em animais silvestres, que ainda não haviam sido registradas no Brasil, assim
como registro da doença em gado bovino da Amazônia.
As enteroinfecções bacterianas se constituem em outra importante linha de pesquisa. Os primeiros registros, na Amazônia,
de infecção humana por Campylobacter jejuni e Vibrio parahaemolyticus, e de cepas sacarose negativas de Vibrio cholerae 01,
foram outras conquistas expressivas.
Laboratório de Cólera
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Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI)
A SABMI tem uma série de pesquisas em andamento e outras em
fase de conclusão: estudo de soroprevalência para leptospirose nas
áreas de influência do Projeto Salobo, bem como a investigação
diagnóstica nos casos de síndrome
febril e ictérica; diagnóstico rápido
da tuberculose pulmonar por Nested-PCR; Identificação de diferenLaboratório de Leptospirose
tes espécies micobacterianas associadas a infecções humanas; perfil de resistência primária de
Mycobacterium tuberculosis aos tuberculostáticos padronizados
em portadores de tuberculose pulmonar; epidemiologia molecular e diversidade genômica do M. tuberculosis resistente à rifampicina no Estado do Pará; caracterização molecular de Micobactérias não tuberculosas (MNT); estudo clínico, epidemiológico e laboratorial da febre tifóide no Estado do Pará; estudo da
prevalência de portadores de S. enterica (Sorovar Typhi) em
municípios de alta e de baixa prevalência de febre tifóide no
Estado do Pará; Estudo da soroprevalência para hanseníase em
áreas endêmicas no Estado do Pará; avaliação de peptídeos e
proteínas específicas candidatas à vacina do Mycobacterium leprae para otimização do diagnóstico de hanseníase paucibacilar; sífilis congênita: aspectos epidemiológicos e diferentes métodos de diagnóstico laboratorial (parceria com a UFPA); estudo
etioepidemiológico das uretrites bacterianas em Belém-PA; pesquisa de Campylobacter e Salmonella em granjas avícolas e abatedouros da Região Metropolitana de Belém-PA. (parceria
com o Laboratório de Apoio Animal - LAPA).
Laboratório de Coqueluche
19
Conhecendo o IEC
SABMI
O Laboratório de Micologia realiza a pesquisa direta e o cultivo e
identificação de fungos patogênicos causadores de micoses superficiais e profundas. Também executa testes sorológicos para
o diagnóstico da paracoccidioidomicose, da histoplasmose, esporotricose e aspergilose. Também, realiza a produção de exoantígenos fúngicos e a otimização de técnicas moleculares para
a identificação de fungos patogênicos.
Referências
A SABMI atua como Laboratório de Referência na Região Norte
para: cólera e outras enteroinfecções bacterianas; febre tifóide
e paratifóide; tuberculose; leptospirose; meningites bacterianas; difteria e coqueluche.
Laboratório de Difteria
Contatos
Maria Luiza Lopes
Tel.: +55 (91) 3214-2113
Fax: +55 (91) 3114-2114
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
20
Conhecendo o IEC
Seção de Hepatologia
SAHEP
O estudo da hepatologia regional, com a
finalidade de caracterizar os agentes
motinação para o início
infecciosos e não infecciosos das
do estudo das hepatihepatopatias humanas e não humanas, e
seus modos de transmissão, prevenção e tes na Amazônia foi, em
controle, é o principal objetivo da SAHEP. grande parte, devido a surtos
familiares de hepatopatias
fulminantes na Amazônia Ocidental, que ficaram conhecidos como
Febre Negra de Lábrea.
Em 1992, a Seção passa a integrar o “Programa de Hepatopatias
Crônicas em um Hospital Geral”, em parceria com a Fundação Santa
Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) e a Universidade Federal do
Pará (UFPA).
Pesquisas
Dentre as atividades de pesquisa
mantidas atualmente pela SAHEP,
destacam-se: perfil etiológico da
doença hepática crônica (DHC) em
um hospital geral da Amazônia
Oriental: variantes genéticas dos
vírus das hepatites B e D na Amazônia; epidemiologia da equinococose policística na Amazônia brasileira; Inventário de parasitos de
animais silvestres na região do Alto
Leitura automatizada de testes dos marcaPurus, Amazonas; taxonomia de dores sorológicos das Hepatites Virais
mamíferos da fauna amazônica –
potenciais reservatórios de doenças no Alto Purus, Amazonas; diagnóstico diferencial nas síndromes febris e ictéricas no Alto Purus:
caracterização ultraestrutural, sorológica e molecular do vírus da
hepatite B em soros com presença do DNA viral.
Em colaboração com o Centers for Disease Control (CDC), o IEC detectou presença de vírus Delta na Amazônia e no Brasil pela primeira
vez, em casos de hepatites agudas, hepatites fulminantes, hepatites
crônicas, além de portadores assintomáticos.
21
Seção de Hepatologia (SAHEP)
Em conseqüência de suas
atividades a SAHEP comprovou
laboratorialmente o primeiro surto
de hepatite C em hemodialisados
no Brasil, 1990; realizou o
primeiro levantamento sobre
reservatórios de E. vogeli e E.
oligarthrus
na Amazônia;
colaborou na definição sobre a
importância relativa do alcoolismo
Vírus hepatite B
e das hepatites B, D e C na
etiologia da DHC, conforme variáveis demográficas e
epidemiológicas para a Amazônia Oriental; fez a identificação de
mutante do vírus da hepatite B-HBV (G145R) circulando na
Amazônia e com potencial genômico de resistência à vacina;
identificou pretenso fitoterápico (sacaca) na etiologia das
hepatites tóxicas, com 25 casos confirmados, determinando
intervenção da ANVISA quanto ao do consumo do produto.
Referência
A Seção funciona como Laboratório de Referência para a
Amazônia brasileira no que concerne a sorologia e biologia
molecular para identificação de marcadores de infecções agudas
e crônicas pelos vírus das hepatites (A, B, C, D e E).
Também realiza pesquisa sorológica de hepatotoxinas e
marcadores de tumores de fígado como a alfafetoproteína. Por
meio de seu Laboratório de Biologia Molecular realiza pesquisa
qualitativa de carga viral e genotipagem referentes aos
genomas dos vírus das hepatites B, C e D. Para pesquisa de
agentes virais hepatotrópicos não habituais, utiliza técnicas de
microscopia eletrônica.
Contatos
Manoel do Carmo Pereira Soares
Tel.: +55 (91) 3217-3161
Fax: +55 (91) 3217-3116
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
22
Conhecendo o IEC
Seção de Meio Ambiente
SAMAM
A SAMAM foi criada em 1992, com o
Seção possui diversas
objetivo de desenvolver estudos dos
linhas de pesquisas,
impactos
ambientais
na
região
amazônica, seus efeitos sobre a saúde desenvolvidas a partir da
das populações residentes e realizar análise da influência que os
vigilância em saúde e meio ambiente.
problemas ambientais exer-
cem sobre o homem e a
sua saúde, e também atua sobre demandas ambientais emergentes na região.
Pesquisas
Nesses 15 anos, a SAMAM tem pesquisado a presença de teores
alterados de mercúrio na região Amazônica, em uma de suas
principais linhas de pesquisa, relacionada a esse poluente ambiental. Os estudos tem abrangido populações de ambientes epidemiológicos diversos, situados na bacia hidrográfica do rio Tapajós, no Pará e em outros estados da Amazônia.
Já foram pesquisadas 22 comunidades ribeirinhas (incluindo indígenas), e seis grupos populacionais expostos ao mercúrio em garimpos ou casas de queima de
ouro. A investigação abrangeu
também o pescado, a principal
fonte protéica da população ribeirinha. Isso permitiu ao Instituto
Investigação de acidentes ambientais Evandro Chagas (IEC) constituir
advindos da mineração na Amazônia
um importante banco de peixes da
Amazônia, que possui atualmente 16.700 amostras analisadas e
estocadas, pertencentes a aproximadamente 60 espécies.
23
Seção de Meio Ambiente (SAMAM)
A SAMAM desenvolve desde o ano 2000 o projeto Mercúrio em
recém nascidos e mães no município de Itaituba, em parceria
com hospitais locais, e esse projeto pioneiro no Brasil já avaliou
os níveis de exposição ao mercúrio de cerca de 2 mil recémnascidos e suas mães, prosseguindo atualmente com o
monitoramento de uma amostra representativa dessas crianças.
Além do mercúrio, a SAMAM também atua em pesquisas e
atividades de vigilância em saúde referente a outros
poluentes, tais como o arsênio, chumbo, organoclorados e
organofosforados, com análise de amostras biológicas e
ambientais.
Uma demanda ambiental emergente que tem recebido especial
atenção da SAMAM é a ocorrência de bloom de algas cianofícias
ou cianobactérias em várias bacias hidrográficas da região,
devido a possibilidade de produção de toxinas por esses
microorganismos, que podem representar risco para a saúde.
Cianobactérias, microalgas e zooplanctons da
Amazônia brasileira
No
âmbito
saúde-ambiente-sociedade,
a
SAMAM
tem
desenvolvido estudos desde 1999, buscando a construção e a
avaliação de indicadores de saúde ambiental em área urbana,
enfocando os impactos da macrodrenagem da bacia do UNA, em
Belém.
24
Conhecendo o IEC
SAMAM
Formação
A SAMAM tem se empenhado na preparação de uma massa
crítica de profissionais atuantes em saúde e meio ambiente, em
um contexto interdisciplinar e multinstitucional. Para tanto, tem
realizado intercâmbios com diversas instituições de ensino,
pesquisa e de saúde pública.
pesquisa e de saúde pública.
Como exemplo, a Seção tem realizado
cursos de capacitação em análises de
metais, atendendo a demandas dos
LACEN’s de várias regiões do país, além
de prestar apoio técnico a outras
instituições do SUS.
Laboratório de Toxicologia
A parceria com as instituições de outras esferas governamentais
para o sucesso na área das pesquisas também é importante.
Destacam-se a cooperação técnico-científica com o Museu
Paraense Emilio Goeldi (MPEG), Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM),
Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), Secretaria Estadual de Indústria,
Comércio e Mineração (SEICOM), Secretaria Executiva de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM). No âmbito
internacional, mantém parcerias com as universidades de
Maryland (EUA); Montreal e Vitória (Canadá) e o Instituto
Nacional para a Doença de Minamata (Japão).
Contatos
Secretaria da SAMAM
Tel.: +55 (91) 3214-2090
Fax: +55 (91) 3255-2003
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
25
Conhecendo o IEC
Seção de Parasitologia
(SAPAR)
Em 1936 quando o jovem médico
Evandro Chagas chegou ao Pará às
osteriormente o estudo
pesquisas que ele iniciou voltaram-se
destas doenças foi ampara leishmaniose, malária, filariose pliado e outros agravos como a doença de Chagas/
e enteroparasitoses.
tripanossomatideos esquistossomose, toxoplasmose, amebíase, giardíase, coccídeos, filariose e toxocaríase.
Pesquisas
As pesquisas sobre malária, leishmanioses e doença de Chagas
buscam elucidar aspectos relevantes sobre a complexa cadeia bio
ecológica de transmissão, desde a variabilidade genética dos agentes etiológicos, da diversidade genotípica, dispersão e descrição de novas espécies de vetores e hospedeiros. Técnicas de biologia e taxonomia convencional e molecular, bioquímica, imunologia e bioestatística são instrumentos para estes estudos além
de investigações epidemiológicas, entomológicas e ensaios experimentais, incluindo vacinas e princípios bioativos relevantes ao
diagnóstico e controle dessas enfermidades.
Nas leishmanioses estudos com a caracterização biológica, bioquímica e molecular permitiu a descrição de sete espécies de leishmanias que ocorrem na Bacia Amazônica.
Nos estudos da doença de Chagas
contribuiu com o estabelecimento
dos marcadores bioquímicos para
caracterização de tripanossomatideos, que serviu de base para a
descoberta dos atuais marcadores
moleculares; a proposta da transmissão pela via oral, os vetores e
alimentos envolvidos e a base para a implantação da vigilância para doença de Chagas na Amazônia
Brasileira.
26
Laboratório de Doença de Chagas
Seção de Parasitologia (SAPAR)
Sobre toxoplasmose as investigações abrangem o campo da
epidemiologia, tratamento e
prevenção da doença humana,
com especial referência às coinfecções e infecção congênita.
Pesquisas sobre outros coccídios
dão ênfase à taxonomia e biologia.
Nas enteroparasitoses destacam-se também as investigações epidemiológicas e estudos de co-infecções com vírus e
bactérias.
Laboratório de Toxoplasmose
Todavia, a epidemiologia da amebíase e variabilidade genética
intraespecífica do seu agente etiológico são também objeto de
investigações que caracterizam linha de pesquisa importante.
Sobre alguns helmintos nematódeos que causam doença no
homem, como as filarias e o Toxocara canis, investigam-se novas alternativas para o diagnóstico precoce e eficaz da infecção
humana.
Pesquisas sobre esquistossomose
investigam aspectos relacionados
a capacidade vetorial do caramujo na transmissão da doença em
vários focos comprovadamente
identificados. Também são realizados estudos epidemiológicos
sobre diagnóstico parasitoscópico
de fezes envolvendo o paciente e
outros sobre o risco que repreLaboratório de Esquistossomose
senta a migração de populações
vindas de áreas endêmicas. Estudos de biologia celular sobre
hemócitos e hemolinfa do Biomphalaria glabrata, procuram identificar níveis de resistência desses vetores ao parasita Schistosoma mansoni, quando comparados com resultados obtidos
em outros centros de pesquisa.
27
Conhecendo o IEC
SAPAR
Vigilância epidemiológica
A SAPAR atende a surtos e epidemias de doenças parasitárias,
esclarecendo a etiologia, transmissão e indicando medidas de
controle com base em evidências
científicas. Oferece apoio laboratorial à vigilância epidemiológica
da esquistossomose e é o Laboratório de Referência Regional
para Leishmaniose e Doença de
Laboratório do Projeto RAVREDA
Chagas; Laboratório de Referência Nacional para o Projeto Rede de Avaliação de Drogas Antimaláricas (RAVREDA) e Laboratório de Referência Local para
diagnóstico de Toxoplasmose.
Apóia os estudos ambientais sobre a eco epidemiologia dos reservatórios e vetores das doenças parasitárias realizados na
região em parceria com empresas públicas e privadas como o
Projeto Salobo com a Companhia Vale do Rio Doce em Carajás
e o Projeto Saúde em Juruti que ora se desenvolve em Juruti
junto com a ALCOA.
Participa ativamente de atividades acadêmicas com as universidades locais e de fora do estado apoiando com estrutura logística e tecnológica e seus pesquisadores orientando alunos de iniciação científica, especialização, mestrado e doutorado.
Contatos
Sebastião Aldo da Silva Valente
Tel.: +55 (91) 3214-2043
Fax: +55 (91) 3214-2043
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
28
Conhecendo o IEC
Seção de Patologia
(SAPAT)
Apoio e desenvolvimento de pesquisas biomédicas, prestação de serviços à comunidade e à Vigilância
Epidemiológica através da realização de exames histopatológicos,
imuno-histoquímicos, hematológicos,
bioquímicos, imunológicos, urinálise
e biologia molecular.
stas atividades desenvolvidas pela SAPAT –
se concentram no Instituto
Evandro Chagas (IEC), mas
também se estendem a outras instituições científicas
através de parcerias.
A SAPAT é formada pelos
laboratórios de Anatomia Patológica e Patologia Clínica. Criado
na década de 60, o Laboratório de Anatomia Patológica surgiu
da necessidade de realizar exames anátomopatológicos no IEC
para diagnóstico da febre amarela no Pará, que naquela época
eram realizados no Rio de Janeiro. Além dessa atividade passou
a contribuir na caracterização morfológica de arbovírus novos
para o mundo, por meio da patologia experimental, utilizando
animais de laboratório.
Atualmente, o laboratório de anatomia patológica além de realizar o exame histopatológico por meio da técnica de hematoxilina-eosina, realiza técnica de histoquímica, imuno-histoquímica
para doenças infecciosas e parasitárias, Elisa para pesquisa de
citocinas. Está ainda capacitado para a pesquisa de DNA viral
pela técnica de hibridização “in situ”. Na área de pesquisa mantém um grupo que estuda a Imunofisiopatogênese das doenças
infecciosas na Amazônia.
Autoanalisador de bioquímica
29
Seção de Patologia (SAPAT)
O Laboratório de Anatomia
Patológica é referência nacional para diagnóstico das síndromes hemorrágicas, especialmente, febre amarela e dengue.
O Laboratório de Patologia Clínica foi criado na década de
40, com a finalidade de apoiar
as pesquisas biomédicas e a
Laboratório de Patologia
Vigilância Epidemiológica nas
áreas de hematologia, bioquímica, imunologia e urinálise.
Dentre as atividades desenvolvidas pela Seção, inclui-se ainda a
formação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde
(SUS). O “Curso Técnico de Laboratório”, de nível pós médio, é
realizado anualmente, habilitando técnicos na área laboratorial,
com a finalidade de atender às necessidades da região Amazônica. A SAPAT oferece ainda estágios curriculares e extracurriculares para estudantes, assim como para profissionais de nível
superior e médio. Colabora também no desenvolvimento e orientação de trabalhos de graduação e pós-graduação.
Curso Técnico de Laboratório
Pesquisas
Estudos experimentais em camundongos inoculados com o vírus
Morumbi demonstraram a presença de hepatite aguda quando
inoculados por via cerebral, intraperitoneal e subcutânea; estu-
30
Conhecendo o IEC
SAPAT
do colaborativo utilizando cepas PC (Pará) e LILA (Maranhão) de
Shistosoma mansoni inoculadas em camundongos demonstrou
que as alterações histopatológicas são semelhantes às clássicas
descrições relatadas na literatura médica, quando empregando
cepas distintas do trematódeo; estudo colaborativo com a Seção de Parasitologia foi determinante para a demonstração de
trombocitopenia em mais de 70% dos pacientes portadores de
malária por Plasmodium vivax acompanhados pelo Laboratório
de Patologia Clínica; estudo colaborativo com a Seção de Parasitologia revelou que o uso do esquema terapêutico para tratamento da malária por Plasmodium vivax é incapaz de induzir
quadros de granulocitopenia ou agranulocitose; estudo colaborativo com a Seção de Bacteriologia para classificação de pacientes hansênicos dimorfos em paucibacilares e multibacilares
através de exames histopatológicos; Triagem da deficiência da
G-6-PD em amostra de Belém-Pará; estudo histopatológico e
Imuno-histoquímico da distribuição dos antígenos de grupos
sanguíneos em diferentes tecidos de primatas-não humanos.
Laboratório de rotina de anatomia patológica seleção de lâminas para exame histopatológico
Contatos
Manoel Gomes da Silva Filho
Tel.: +55 (91) 3214-2140 / +55 (91) 3214-2137
Fax: +55 (91) 3214-2137
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
31
Conhecendo o IEC
Seção de Criação e Produção de Animais de
Laboratório
SACPA
Utilizar animais de boa qualidade,
estrutura
física
da
isentos de contaminação, necessáSeção ocupa 2 mil merios às pesquisas realizadas no Ins- tros quadrados e a produtituto Evandro Chagas (IEC). Este é ção atinge 60 mil animais /
o objetivo principal da SACPA.
mês. Dividida em diversas
salas destinadas à criação e
produção, a SACPA dispõe
ainda de um laboratório para controle de qualidade dos animais.
São criados, em colônias, camundongos (Mus musculus), ratos
(Rattus norvegicus), hamsters (Mesocricetus auratus), Balbi/c,
C57BL6, cobaios (Cavia porcellus), coelhos (Oryctolagus cuniculus), roedores silvestres (Proechimys guyannensis), ovinos
(Ovis ovis) e tatus (Dasypus novemcinctus). Destaque para a
criação de camundongos, com cerca de 800 mil animais por
ano.
Os animais são alimentados com ração balanceada e recebem
tratamento especial. Para evitar a consangüinidade entre
animais da mesma espécie, no acasalamento é aplicado o Método de Poiley. A técnica vem permitindo um aumento significativo na produção das colônias. Atualmente, a média é de 12-14
filhotes por ninhada.
Nascimento de camundongos
32
Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório (SACPA)
A higienização é fundamental para manter o padrão de
qualidade. A limpeza das gaiolas é feita duas vezes por semana.
Elas são trocadas, raspadas e lavadas em água quente a 70° C,
com o uso de detergente e secante. Em seguida, são
autoclavadas a vapor e a seco, numa temperatura de 121° C,
durante 30 min. Utilizando este mesmo processo, as
mamadeiras são higienizadas semanalmente. Os bicos e
borrachas são limpos através de ultra-som, sendo expostas a
ondas de elevada freqüência, geralmente de 20 a 40 Khz,
produzidas dentro de um recipiente destinado à limpeza
profunda e completa das peças.
A produção de animais de laboratório como fonte de apoio à
pesquisa tem sido uma das maiores preocupações da SACPA,
que é considerada uma das mais importantes do Brasil.
Biotério natural para reprodução de tatus,
em área cercada
Contatos
Adevaldo da Silva Elleres
Tel.: +55 (91) 3214-2073
Fax: +55 (91) 3214-2071
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
33
Conhecendo o IEC
Seção de Virologia
SAVIR
A SAVIR - desenvolve atividades em
três áreas distintas: pesquisa na área
de ciências biológicas e da medicina
tropical, onde estão alocadas 70% de
suas ações; apoio laboratorial à vigilância epidemiológica na região Amazônica
e em âmbito nacional, correspondendo
a 20% das atividades e, o restante, na
prestação de serviços, através do atendimento regular a pacientes encaminhados por médicos locais, visando ao diagnóstico de etiologia viral.
Pesquisas
Uma das linhas de pesquisa
desenvolvidas pela Seção é
denominada “Impacto da
doença causada por rotavírus”, projeto do Ministério
da Saúde (MS), que mantém cinco pólos no país,
para a vigilância da doença
causada por esses enteropatógenos. Serão avaliadas
a morbidade e a mortalidade associadas a esse agravo. Paralelamente se procederá à caracterização das amostras de rotavírus que circulam na comunidade. Outra investigação é voltada
para a caracterização molecular das amostras de rotavírus que
circulam em nossa região, através do uso de técnicas moleculares avançadas, com ênfase aos vírus configurados como não
usuais. Outra linha diz respeito à epidemiologia das infecções
por astrovírus e calicivírus e a caracterização molecular desses
enteropatógenos, considerados importantes causas da gastroenterite, aí se incluindo as ocorrências epidêmicas associadas à
transmissão hídrica ou via alimentos.
Laboratório de Rotavírus
34
Seção de Virologia (SAVIR)
Objetivando a caracterização das
ocorrências virais em pacientes
portadores de infecção respiratória aguda (IRA), a SAVIR realiza,
em parceria com o Ministério da
Saúde, o diagnóstico laboratorial
e monitoramento da circulação de
vírus respiratório sincicial (VRS),
adenovírus, vírus da influenza e
parainfluenza em pacientes de
Laboratório de Gripe
nove capitais brasileiras. Esta
pesquisa é voltada primordialmente para detecção precoce de
vírus da influenza com potencial epidêmico que poderão constituir-se em integrantes de futuras formulações vacinais contra a
gripe.
Há ainda a pesquisa das infecções pelo parvovírus B19, herpesvírus humano tipos 6 e 7, como causa de doenças exantemáticas e meningites assépticas. Em pacientes infectados pelo HIV,
está sendo estudada a ocorrência do herpesvírus humano tipo
8, que está associado ao sarcoma de Kaposi. A prevalência das
infecções por HPV nos processos também se tem constituído em
objeto de investigação.
Cabe destaque aos estudos sobre
enterovírus, abrangendo a vigilância das paralisias flácidas agudas e o papel desses agentes como causa de meningites assépticas. O vírus de Epstein-Barr também integra o contexto das pesquisas em curso na Seção, seja
no tocante ao diagnóstico da mononucleose infecciosa, seja como
Laboratório de Papilomavírus
causa em potencial dos linfomas
malignos. No tocante aos retrovírus, destaquem-se os procedimentos de genotipagem do HIV-1, como subsídio à terapia antiretroviral, assim como as análises envolvendo o HTLV e os processos neurológicos.
35
Conhecendo o IEC
SAVIR
Referências
Credenciado pela OMS como Centro de Referência Nacional de Gripe, a SAVIR tem desenvolvido
pesquisas para o esclarecimento
diagnóstico em surtos de doença
respiratória em todo território
Nacional. A Seção é credenciada,
oficialmente, como centro nacional de referência para rotavírus,
herpesvírus e papilomavírus; centro macro-regional em relação à Laboratório de Paralisias Flácidas Agudas
AIDS e um dos pólos nacionais de genotipagem do HIV; comporta, ainda, laboratório de abrangência regional no que concerne à vigilância das paralisias flácidas agudas.
Projeto Rotavírus
Contatos
Alexandre da Costa Linhares
Tel.: +55 (91) 3214-2006 / +55 (91) 3214-2007
Fax: +55 (91) 3214-2005
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
36
Conhecendo o IEC
Unidades de Apoio
Conhecendo o IEC
Biblioteca
BIB
O Setor faz parte do processo da construção do conhecimento do Instituto
Evandro Chagas (IEC) na medida em
que recupera, preserva e dissemina a
informação institucional, assim como
divulga para seus pesquisadores as informações produzidas pelos seus pares.
acervo é composto de
mais de 50 mil volumes englobando materialbibliográfico produzido por
órgãos como Superintendência de Campanhas de
Saúde Pública (SUCAM),
Fundação Serviço de Saúde Pública (FSESP), Ministério da Saúde (MS), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), distribuídos entre periódicos, teses, dissertações, relatórios técnicos,
livros, folhetos, manuais, CDs, fitas e outros. Possuí coleção
atualizada com mais de 100 títulos estrangeiros de periódicos.
Entre os livros, merece destaque algumas preciosidades como o
Álbum de Aves da Amazônia, publicado no final do século em
português e alemão, com várias ilustrações coloridas; Mammals
of Amazonia, escrito em inglês por Eládio da Cruz Lima e publicado em 1945; Os Mosquitos no Pará, de Emílio Augusto Goeldi;
Álbum do Estado do Pará, de 1908, organizado a mando do então governado Augusto Montenegro e publicado em Paris, totalmente ilustrado; Álbum do Pará, de 1939, organizado e editado
por Hildebrando Rodrigues; e História Natural Ediar: Mamíferos
Sul-Americanos, de Angel Cabrera e José Yepes, publicado em
1940 em espanhol.
Desta forma, dentro dos objetivos propostos pela Biblioteca,
vale ressaltar a preocupação não só em atender o seu usuário
de forma eficiente, como também superar suas expectativas,
procurando acompanhar a produção do conhecimento,
implantando novas tecnologias para minimizar a distância
geográfica entre a produção e a disponibilização da informação.
A BVS é composta por bases de dados que permite o acesso a
produção científica interna (capítulos de livros, artigos, teses e
dissertações); eventos; legislação; notícias; viagens de campo.
Além de oferecer um portal de revistas eletrônicas, atualmente,
constituído de publicações editadas pela Secretaria de Vigilância
39
Biblioteca
em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (M S); Centro de
Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF); Museu Paraense
Emílio Goeldi (MPEG) e Fundação Santa Casa de Misericórdia do
Pará (FSCMPA).
Estrutura
As atividades desenvolvidas na Biblioteca estão divididas nas
seguintes unidades de serviço: Atendimento ao Usuário;
Aquisição, Divulgação e Intercâmbio; Estudos e Pesquisas;
Processamento Técnico da Informação e Editoração e
Normalização.
Projetos
A Biblioteca do IEC, por meio de parcerias com outros órgãos,
iniciou em 1999 o Projeto Resgate da Produção Científica do
Instituto Evandro Chagas editando a coletânea Memórias do
Instituto Evandro Chagas – Série Produção Científica, composta
por diversos volumes, onde reúne os resultados das pesquisas
científicas desde 1937.
(b)
(a)
Projetos desenvolvidos na Biblioteca: a) Coletânea Memórias do IEC
e b) Biblioteca Virtual em Saúde
A Biblioteca Virtual em Saúde do Instituto Evandro Chagas
(BVS-IEC) é outro projeto desenvolvido. Criada a partir de
parceria com a BIREME e utilizando suas metodologias, tem
como objetivo disponibilizar de forma eqüitativa e eficiente o
acesso online a informação científica e técnica na área de
biomedicina com destaque para a área de doenças infecciosas e
parasitárias.
40
Conhecendo o IEC
BIB
Serviços
Atualmente, a Biblioteca dispõe dos seguintes serviços: acesso
à Rede Internet; empréstimo domiciliar e entre bibliotecas;
Consulta local e online e reprografia; pesquisa bibliográfica local
e online em bases de dados nacionais e estrangeiras (LILACS,
MEDLINE, Periódicos CAPES e outras); treinamento ao usuário;
comutação bibliográfica através do SCAD/BIREME e COMUT/
IBICT; Disseminação Seletiva da Informação (DSI) e orientação
na elaboração de trabalho acadêmico, técnico e científico.
Cooperação Técnica
Membro cooperante do Centro Latino-Americano e do Caribe de
Informação em Ciências da Saúde (BIREME);
Membro da Rede de Bibliotecas e Unidades de Informação
cooperantes da Saúde (BIBLIOSUS) sob coordenação do
Ministério da Saúde;
Membro do Comitê Consultivo Nacional da BVS na área
temática Doenças Infecciosas e Parasitárias coordenado pela
OPAS/BIREME, sob liderança da Biblioteca de
Manginhos/Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); e
Museu Paraense Emílio Goeldi e Fundação Santa Casa de
Misericórdia do Pará no Portal de Periódicos Eletrônicos da
Amazônia.
Contatos
Vânia Barbosa da Cunha Araújo
Tel.: +55 (91) 3214-2183
Fax: +55 (91) 3214-2214
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
41
Conhecendo o IEC
Laboratório de Geoprocessamento
LABGEO
Laboratório de Geoprocessamento (LabGeo)
do Instituto Evandro Chagas/MS tem gerado, no âmbito de suas pesquisas, informações precisas relacionadas a localização da incidência e prevalência de
agravos as condições de saúde de populações humanas, com uma
abordagem ecoepidemiológica.
A epidemiologia tem, ao longo das últimas décadas, sofrido significativas mudanças conceituais e metodológicas.
Dentre estas à incorporação da dimensão espacial e temporal de análises epidemiológicas expressas através de mapas digitais.
U t i l i z a n d o t é c n i c a s e f e r ra m e n t a s d e t ra t a m e n t o,
armazenamento, manipulação e disseminação de informações,
que possuem componentes espaciais e temporais, utilizando para
isto coordenadas geográficas captadas por sistemas de
posicionamento global (GPS). As linhas de pesquisas
desenvolvidas pelo LabGeo/IEC são:
Geoprocessamento, para desenvolvimentos de
capazes de processar e analisar dados espaciais; e
modelos
Processamento de Imagens, para desenvolvimento de técnicas
de filtragens e realce para visualização de imagens geradas por
técnicas de sensoriamento remoto e microscopia eletrônica.
Espacialização da Doença de Chagas em Macapá
42
Conhecendo o IEC
Em médio prazo o LabGeo/IEC vai implementar a linha de
pesquisa em Inteligência Artificial, com o objetivo de gerar
sistemas inteligentes para analisar informações e imagens
produzidas no laboratório, possibilitando diagnósticos
automatizados.
Levando em consideração que todos os estudos e pesquisas
ocorrem em um determinado espaço geográfico através da
utilização destes sistemas é possível produzir informações que
permitem colocar em prática ações específicas na área da saúde.
Processamento de imagem relacionada à
localização e incidência de agravos
Objetivo
Gerar análises espacializadas e temporalizadas dos processos
ecoepidemiológicos, que acometem as populações humanas, na
região amazônica.
Contatos
Nelson Veiga
Tel.: +55 (91) 3214-2169 / +55 (91) 3214-2264
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
43
Conhecendo o IEC
Laboratório de Microscopia Eletrônica
LME
Laboratório de Microscopia
Eletrônica
(LME) do Instituto Evandro
Chagas (IEC) está equipada com um microscópio
eletrônico e outro de varredura, além de vários outros
equipamentos e insumos
que permitem o efetivo processamento dos materiais a serem
examinados. O microscópio eletrônico de transmissão (MET) usa
elétrons, cujo comprimento de onda médio é de 0,5 Å (0,
000.005 mm), pode definir e ampliar imagens acima de um milhão de vezes. O MET pertencente ao Instituto - Zeiss / EM 900
- é de fabricação alemã e utiliza material cortado em fatias submilimétricas, para permitir a passagem dos elétrons através da
amostra e formar a imagem. Além da sua utilização nos projetos institucionais, a Unidade de Microscopia Eletrônica a partir
de projetos de colaboração interinstitucional com a Universidade
Federal do Pará (UFPA), Universidade Estadual do Pará (UEPA),
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), University of
Texas Medical Branch (UTMB) tem permitido que outras instituições regionais tenham acesso aos estudos ultraestruturais.
A abordagem ultra-estrutural constitui
temática estratégica para pesquisa e
vigilância sobre doenças e agravos que
envolvam organismos já conhecidos ou
desconhecidos, principalmente no âmbito da Amazônia.
Diferente da imagem bidimensional de um corte ultrafino produzido pelo MET, a imagem do microscópio eletrônico de varredura,
apesar de ser bidimensional, confere a sensação de uma imagem
tridimensional. O microscópio
eletrônico de varredura MEV utilizado no LME é de origem anglogermânica - LEO / modelo : Laboratório de Microscopia Eletrônica
1450VP - e tem permitido ampliar
acima de 30 mil vezes a superfície de uma célula, inseto ou um
cristal de rocha, com excepcional definição de imagem.
44
Microscópio Eletrônico de Transmissão
ZEISS EM-900
45
Conhecendo o IEC
Serviços
Conhecendo o IEC
Serviço de Administração
SEADM
O Serviço de Administração do Instituto
Evandro Chagas (IEC) tem como papel
principal o planejamento, execução e
ara execução dessas
acompanhamento das atividades de
atribuições, o Serviço
orçamento, finanças, informática e rede
Administração
obedece
cursos logísticos necessários ao desenvolvimento das ações finalísticas da a uma estrutura composta
por diversos setores e seinstituição.
ções, a saber: Seção de
Execução de Orçamento e Finanças; Setor de Almoxarifado;
Setor de Patrimônio; Setor de Compras; Comissão Permanente
de Licitação; Setor de Informática; Setor de Manutenção e Setor de Transportes.
Existem ainda, atividades que são terceirizadas e que atuam no
apoio para operacionalização do IEC como a equipe de manutenção de rede fria e elétrica; serviços de vigilância, conservação e limpeza e atividades administrativas.
Contatos
João Carlos Lopes da Silva
Tel.: +55 (91) 3214-2261 / +55 (91) 3214-2262
Fax: +55 (91) 3214-2232
e-mail: joã[email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
49
50
51
Conhecendo o IEC
Serviço de Recursos Humanos
SEARH
o SEARH compete,
planejar, coordenar e
executar as atividades relacionadas à política de recursos humanos do IEC, de
acordo com as diretrizes
emanadas do Ministério da
Saúde e do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, órgão normativo do Sistema de Pessoal Civil da União (SIPEC).
O SEARH está hierarquicamente subordinado à Diretoria do Instituto Evandro
Chagas (IEC), órgão da administração
direta do Ministério da Saúde, integrante da Estrutura Regimental da Secretaria de Vigilância em Saúde, aprovada pelo
Decreto nº 5.974/06, de 29.11.06.
A ele também compete, inclusive, zelar pela saúde dos servidores, contratados e estagiários; providenciar para que sejam realizadas, periodicamente, avaliações ambientais para a concessão dos adicionais de insalubridade e/ou periculosidade. O Serviço, igualmente, responde pela concessão de subsídios a Advocacia Geral da União nos processos em que a União venha a
figurar como ré, estando sob sua responsabilidade todo o processo referente à vida funcional dos servidores quanto a: capacitação, férias, licenças - e demais afastamentos -, auxílios natalidade, funeral, reclusão, transportes e alimentação, bem como aqueles referentes as concessões de benefícios, aposentadorias e pensões, o que demanda intensa atividade.
O SEARH divide-se em quatro Setores: Setor de Cadastro
(SOCAD); Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos
(SODRH); Setor de Pagamento (SOPAG) e Setor de Saúde do
Trabalhador (SESAT).
Contatos
Margarete Maria de Figueiredo Garcia
Tel.: +55 (91) 3214-2263
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
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Conhecendo o IEC
Assessorias
Conhecendo o IEC
Assessoria de Comunicação
ASCOM
A ASCOM está ligada diretamente à
Direção do Instituto Evandro Chagas,
ASCOM é o principal
com a responsabilidade de divulgar incontato entre a diretoformações para a comunidade interna e
ria e a mídia. A publicidade
externa sobre a Instituição durante sua
se faz através da fixação
história de existência no campo científida imagem e divulgação da
co de saúde pública.
Instituição, já que a assessoria serve à informação e
articulação com os diversos públicos.
Além disso, a assessoria realiza outras atividades, como veiculação de clippings científicos para comunidade interna, supervisão da propagação da comunicação interna com o intuito ao
zelo da imagem positiva do Instituto. Agenda e intermedia as
entrevistas cedidas à demanda da mídia. Inicia e participa de
campanhas sociais, entre outras.
A comunicação interna e externa se faz através da produção de
pôsteres, cartazes, certificados, crachás, entre outras peças
gráficas. Participação com stands em eventos externos. Coordenação de eventos realizados nos auditórios da Instituição.
Realizam-se atendimentos às solicitações internas e externas de
empréstimo de fitas institucionais e de distribuição de materiais
didáticos e científicos como suporte na Educação em Saúde à
comunidade externa.
Contatos
Tel.: +55 (91) 3214-2225 / +55 (91) 3214-2226
Fax: +55 (91) 3214-2224
web: www.iec.pa.gov.br
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Conhecendo o IEC
Assessoria de Planejamento
ASPLAN
Harmonizar as ações de planejamento da Instituição em sintonia
com a Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS) e aprofundar o processo de
gestão institucional, é o principal
objetivo da ASPLAN.
o longo dos anos,
vem buscando o amadurecimento técnico e político-burocrático,
como
“estratégia” para o desenvolvimento de um Plano de
Objetivos e Metas do IEC
que seja um instrumento
eficiente e eficaz de suporte ao Planejamento Estratégico.
Tem como competências: planejar, coordenar e supervisionar a
execução das atividades relativas à elaboração, acompanhamento e avaliação do Planejamento Estratégico, do Plano Anual
de Trabalho e do Plano Plurianual; a elaboração de propostas
subsidiárias ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias; a
elaboração da proposta orçamentária anual; a sistematização
do processo de planejamento e avaliação das atividades institucionais, com base em indicadores de desempenho organizacional, bem como a elaboração do relatório anual das atividades; a
celebração e o acompanhamento dos convênios firmados pelo
IEC; a orientação as unidades administrativas do IEC nos assuntos relativos a sua área de atuação; a elaboração de relatórios gerenciais e operacionais sobre as atividades desenvolvidas, além de executar outras atividades determinadas pela Direção do IEC.
Contatos
Maria do Perpétuo Socorro Gonçalves dos Santos
Tel.: +55 (91) 3214-2222
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
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Conhecendo o IEC
Gerência de Qualidade
GQ
O programa iniciou em junho de 2005, em cumprimento a portaria nº 70 publicada em 23 de dezembro de 2004, com a finalidade de estabelecer critérios para os Laboratórios credenciados
como Referência Nacional e Regional pela Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde.
Foi designado uma Comissão para avaliar os laboratórios e propor modelo de Gestão cujas ações estimulem o engajamento e
a participação dos servidores, considerando que a valorização
do profissional é peça fundamental na política institucional.
Treinamento da norma do Sistema e Gestão
de qualidade
Contatos
Rita de Cássia Farah Costa
Tel.: +55 (91) 3214-2233
Fax: +55 (91) 3214-2233
e-mail: [email protected]
web: www.iec.pa.gov.br
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O Instituto Evandro Chagas (IEC) em
convênio com o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) implantou em
agosto de 1996 o Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (PIBIC).
Sessão de posters
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Apresentação oral dos alunos do PIBIC
60
61
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
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