Agricultura familiar e turismo rural: evidências empíricas e perspectivas Lauro Mattei1 As transformações estruturais em curso no sistema capitalista provocaram impactos diretos sobre o emprego, fazendo dele um dos problemas de maior gravidade para as sociedades contemporâneas. Com isso, o desemprego e a precarização das relações de trabalho deixaram de ser um problema específico de um determinado país e passaram a ser uma questão global, principalmente a partir da emergência das graves crises econômicas que afetaram a maior parte das economias mundiais. No caso específico do Brasil, o processo de estagnação econômica nas últimas décadas provocou efeitos danosos sobre o mundo do trabalho. No período de industrialização do pós-guerra, houve um elevado aumento das oportunidades de trabalho, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho brasileiro se tornou muito heterogêneo. Durante a longa crise que se abateu sobre a economia brasileira a partir do início da década de 1980, foi possível se observar um crescimento extremamente lento do emprego formal e um correspondente aumento das relações de trabalho sem contratos formais, o que levou a uma deterioração do mercado de trabalho. De alguma forma, esse processo atingiu também a agricultura, gerando uma nova dinâmica nas relações econômicas e sociais no meio rural brasileiro, a qual alterou a estrutura e a composição do mercado de trabalho. Neste sentido, as mudanças na dinâmica do trabalho agrícola já são perfeitamente visíveis, seja através do aumento do número de pessoas das famílias de agricultores que possuem emprego fora das propriedades, seja através da combinação de diferentes atividades dentro das propriedades, como a implementação de atividades não-agrícolas nem sempre ligadas exclusivamente à produção agropecuária. Portanto, para compreender melhor a evolução do emprego rural é fundamental que ela seja analisada a partir de uma perspectiva mais ampla, que contemple as transformações em curso no espaço rural brasileiro. Neste sentido, o objetivo deste artigo é discutir as perspectivas do turismo rural - considerado como uma atividade não-agrícola - enquanto alternativa de geração de renda e de emprego para os agricultores familiares. I - ALGUMAS TRANSFORMAÇÕES EM CURSO NO ESPAÇO RURAL Assume-se aqui que o conjunto das transformações estruturais do sistema capitalista impactou fortemente o sistema agroalimentar, tanto em termos das relações de produção como em termos do papel reservado ao espaço rural. O uso intensivo do capital na agricultura tornou os agricultores mais dependentes de fatores não-agrícolas (máquinas, equipamentos e insumos químicos), ao mesmo tempo que integrou a agricultura aos complexos agroindustriais, alterando progressivamente o seu papel na dinâmica produtiva das áreas rurais. Uma análise preliminar dos resultados desse processo mostra que houve uma extraordinária elevação da produtividade do trabalho, aliada a um crescimento vigoroso da produção global de alimentos e a uma diminuição das populações que tradicionalmente ocupavam as áreas rurais. Decorre daí uma série de rupturas no modo 1Doutor em Economia pelo Instituto de Economia da UNICAMP e Professor. Disponível em www.nead.org.br clássico de interpretar o desenvolvimento agrário, que recaem sobre o sistema de produção familiar com maior intensidade, que se vê obrigado a buscar novas formas de reprodução. Estas mudanças conformam uma nova paisagem rural, que pode ser analisada através de cinco dimensões fundamentais: a) o espaço rural passa a ter outras funções, além daquelas de caráter exclusivamente agrícola; b) o processo de trabalho sofre profundas alterações, levando a uma desagregação das formas tradicionais de articulação da produção familiar; c) a variável ambiental passa a ser um elemento decisivo no âmbito das novas políticas de desenvolvimento rural, uma vez que o uso intensivo dos chamados "insumos modernos" promoveu uma ruptura na harmonia que reinava entre as explorações agrícolas e a preservação dos recursos naturais; d) o sistema agroalimentar passa a ser comandado por grandes empresas que se organizam e operam em escala mundial, tendo em vista a emergência e a consolidação de uma nova ordem econômica embasada na desregulamentação dos mercados e na concentração e centralização de capitais; e) as políticas agrícolas, com o objetivo de se adequarem a esse novo contexto sócioeconômico, estão passando por constantes reformulações, embora prevaleçam séries distorções entre grupos de países, conforme as verificadas recentemente na rodada de negociações comerciais promovida pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Neste cenário, ocorre uma enorme diferenciação de oportunidades, com impactos diretos sobre as formas de trabalho e de geração de renda. No entanto, segundo Saraceno (1994), as áreas rurais podem aumentar sua competitividade sócio-econômica através de diversos fatores, com destaque para a segmentação da produção e oferta de produtos para o mercado global (produtos padronizados, produtos para nichos de mercados, etc.); a maior cooperação entre os agentes e empresas conduzindo à formação de redes que operam nos espaços locais; as novas oportunidades de trabalho a partir de melhorias nas condições de infra-estrutura básica; a atratividade do espaço rural por parte de determinados segmentos da população urbana; e a geração de novas oportunidades de trabalho. No Brasil, diversos autores vêm dando ênfase a necessidade de um redimensionamento das análises do espaço rural, visando apreender o conjunto das transformações em curso. Para Muller (1995), o espaço rural não pode mais ser pensado apenas como um lugar produtor de mercadorias agrárias e ofertador de mão-de-obra. Além de poder oferecer ar, água, turismo, lazer, bens de saúde, oferece também a possibilidade de, no espaço local-regional, combinar postos de trabalho com pequenas e médias empresas. Já Graziano da Silva (1997), ao discutir a evolução atual da agricultura brasileira, concluiu que já não se pode mais caracterizar a dinâmica do meio rural brasileiro como determinada exclusivamente pelo seu lado agrário, uma vez que o comportamento do emprego rural não pode mais ser explicado apenas a partir do calendário agrícola e da expansão/retração das áreas e da produção agropecuária. Há um conjunto de atividades não-agrícolas que responde cada vez mais pela nova dinâmica populacional do meio rural brasileiro. Os dados das PNADs das décadas de 1980 e 1990 revelaram que a PEA rural cresceu enquanto a PEA agrícola diminuiu. A explicação para esse contraste está no vigoroso crescimento verificado da população economicamente ativa ocupada em atividades não- agrícola residente no meio rural brasileiro. Em termos numéricos, as ocupações em atividades não-agrícolas eram, em 1999, de 4,62 milhões de pessoas, significando um acréscimo de mais de um milhão de pessoas neste tipo de atividade em menos de vinte anos. Em grande parte, isso se deve as "novas funções" e as "novas atividades" que se expandiram pelo mundo rural, destacando-se as atividades de lazer e de turismo (pesquepague, hotéis-fazenda, pousadas, chácaras de final de semana, etc.), de preservação ambiental, de produção artesanal, residências e de um conjunto de outras profissões tipicamente urbanas (motoristas, tratoristas, mecânicos, etc.), que se incorporam ao cotidiano da vida rural. É neste contexto que ganha força, atualmente, o debate sobre as "novas ruralidades". Um aspecto relevante a ser destacado nessa discussão é que se rompe a concepção "produtivista" tradicional que identificou, por muito tempo, o desenvolvimento rural em termos setoriais, avaliando-o apenas a partir dos níveis da produtividade das atividades agrícolas e da eficiência dos sistemas de produção agropecuários. Neste caso, prevaleceram os indicadores de mercado (economia de escala, melhoria da produtividade e competitividade dos produtos agropecuários). Embora importantes essas variáveis não são suficientes para avaliar o estágio do desenvolvimento rural, que pressupõe a incorporação de outros indicadores que transcendem aos aspectos meramente produtivos, como as condições de vida da população; as relações de trabalho; o acesso aos meios de produção; a qualidade dos produtos; a conservação dos recursos naturais; os níveis de renda dos produtores rurais; etc. Um outro aspecto importante desse debate diz respeito às novas funções sociais e econômicas desempenhadas pelo "mundo rural" relacionadas aos serviços, local de moradia, lazer, turismo, proteção ambiental e industrialização da produção, paralelamente à sua vocação primordial de continuar produzindo alimentos e matérias-primas. Neste caso, ganha relevância o debate sobre a pluriatividade, multifuncionalidade e a territorialidade, enquanto instrumentos analíticos que procuram interpretar as transformações contemporâneas do mundo rural. Neste novo cenário, é necessário repensar o processo de desenvolvimento rural numa perspectiva que: a) rompa com a concepção produtivista determinada pela modernização agrícola; b) entenda as novas funções sócio-econômicas do espaço rural; c) incorpore na agenda de trabalho os novos temas acima citados; e d) redefina as políticas públicas visando atender os segmentos marginalizados e excluídos do processo produtivo. II - TURISMO RURAL NA AGRICULTURA FAMILIAR: POTENCIALIDADES E LIMITES OBSERVADOS Em estudo anterior (Mattei, 2000), mostramos que um dos aspectos da "mercantilização do espaço agrário" era a exploração dos recursos naturais e de valores culturais para fins econômicos. Neste contexto, o turismo aparecia como um elemento novo no panorama econômico do mundo rural, sendo considerado, inclusive, como uma atividade econômica relevante na busca de melhorias nas condições de vida dos agricultores familiares, os quais diversificam suas formas de trabalho visando ampliar seus níveis de renda. Além disso, ressaltamos também que no Brasil o conjunto de atividades associadas ao termo genérico "turismo rural" (hotel-fazenda; fazenda-hotel; pousadas; pesque-pague; restaurantes típicos; venda direta de produtos industrializados nas propriedades; atividades de lazer associadas à paisagem natural; atividades baseadas nos elementos culturais de um local e/ou região; atividades ecológicas; etc) causava uma série de "confusões terminológicas", nem sempre ficando claro o sentido e o significado que se expressavam através das referidas designações. Naquela oportunidade, citamos como exemplo a própria definição da EMBRATUR - órgão oficial responsável pela política turística do país - que, ao elaborar seu Manual Operacional de Turismo Rural, adotou um conceito múltiplo: turismo interior, turismo doméstico, turismo integrado, turismo verde, turismo alternativo e agroturismo. Assim, o "Turismo Rural" inclui todas essas modalidades; é o turismo do país e é um turismo da zona rural que se desenvolve em todas as suas formas. Desta forma, pela definição oficial o turismo no meio rural agregaria todas as atividades, indo desde shows e rodeios, atividades religiosas, práticas de esportes e visitas às paisagens naturais, preservação dos recursos naturais, até as atividades dos hotéis-fazenda, das pousadas rurais e de acompanhamento das atividades agropecuárias. Recentemente percebemos que o turismo rural passou a ganhar um grande destaque nas discussões sobre alternativas para a agricultura familiar, principalmente quando se procura atacar o problema da renda e do emprego. Esta visão acabou influenciando as próprias políticas públicas, de tal modo que no mês de setembro de 2003, o Governo Federal lançou, através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), uma linha de crédito, chamada de "PRONAF Turismo Rural", para apoiar os agricultores familiares que pretendem implementar atividades turísticas no âmbito das unidades familiares de produção. Tal programa foi concebido dentro de uma perspectiva geral que visa construir uma estratégia de desenvolvimento rural sustentável, tendo a agricultura familiar e as atividades agropecuárias como forças motoras dos rumos do desenvolvimento. Portanto, com tal proposta busca-se explorar "o enorme potencial do turismo enquanto atividade capaz de preservar o meio ambiente, valorizar a cultura e gerar emprego e renda" (fala do Ministro Miguel Rossetto, do MDA, durante lançamento do programa). O fato é que até o momento existem poucas análises qualitativas sobre as potencialidades do turismo rural, no âmbito da agricultura familiar. Preocupado com os rumos desse debate, realizei um novo estudo recentemente (Mattei, 2003) com o objetivo de analisar o potencial de geração de ocupações não-agrícolas do ramo de turismo rural em Santa Catarina, estado cuja dinâmica agropecuária está assentada nas unidades familiares de produção. Para tanto, buscou-se compreender o estágio atual desse setor de atividade, dando ênfase ao seu papel no desenvolvimento local. No âmbito dos hotéis-fazenda, geralmente situados em propriedades rurais de médio a grande portes, a atividade tem um baixo grau de integração, o que não conduz à formação de circuitos organizados de turismo rural. Assim, não se observa uma integração efetiva entre os empreendimentos, no sentido de fortalecer e alavancar o setor. Ao contrário, cada nova iniciativa é vista com restrição pelos participantes já instalados no setor. Este quadro tem repercussões diretas sobre o tema do emprego, uma vez que o potencial instalado hoje varia de fraco a regular, sendo que a maior parte das ocupações criadas são temporárias e ligadas às categorias profissionais de menor qualificação. A este aspecto acrescenta-se o fato de que a maior parte das novas ocupações criadas não é preenchida por pessoas das localidades rurais, mas sim por trabalhadores de outros setores urbanos. Já o turismo vinculado à agricultura familiar apresenta uma situação bem mais complexa, merecendo destaque dois aspectos gerais: 1) Potencialidades da atividade: a) Auxiliar na permanência das pessoas da família na unidade de produção: devido as dificuldades que imperam no sistema de produção familiar, qualquer nova atividade se transforma em um reforço à aspiração dos agricultores de continuar vivendo no meio rural, mesmo que isso não venha a se concretizar no futuro; b) Romper o isolamento dos agricultores: a atividade tem um potencial, ainda a ser explorado, para auxiliar na integração entre os membros das comunidades, tanto em termo da participação direta na atividade como apoiando os novos empreendedores; c) Diversidade de produtos e serviços ofertados: em todos os locais visitados se observou que há uma grande variedade de produtos processados pelas famílias (embutidos de carnes, derivados de leite, mel, cachaça, melado, doces, etc.) além de alguns serviços de restaurantes, pousadas e pesque-pague, o que comprova a vitalidade da agricultura familiar; d) Diversidade de experiências: embora predomine alguns tipos de produtos e serviços, verifica-se que há diversas categorias de turismo ligadas à agricultura familiar, dependendo das características das regiões do país e das diferentes colonizações. 2) Limites Observados: a)Condições dos participantes: geralmente são agricultores que operam em estabelecimentos agropecuários com área limitada e apresentam problemas financeiros decorrentes das dificuldades de inserção competitiva da agricultura familiar no modelo agropecuário do país; b) Localização geográfica dos empreendimentos: notou-se que as experiências situadas em regiões que detém uma economia dinâmica, com fluxo regular de pessoas e com uma rede de infra-estrutura básica instalada, principalmente em relação aos meios de transportes, condições de acesso e estrutura urbana de turismo, têm maiores chances de prosperarem e se tornarem atividades sustentáveis. Já as experiências situadas em regiões distantes dos pólos econômicos regionais e ancoradas em uma economia agrária de "subsistência básica" poderão até sobreviver, porém a escala técnica e os reflexos dinâmicos da atividade permanecerão restritos, fazendo com que essas experiências apresentem baixa capacidade de crescimento e de sustentação ao longo do tempo; c) Público visitante: como a maioria dos visitantes é dos próprios municípios e arredores, ocorrerem problemas decorrentes da sazonalidade de visitas aos empreendimentos, além de uma rotina com baixo número de visitantes, conforme foi notado em muitos estabelecimentos visitados; d) Geração de emprego: em quase todos os locais pesquisados a dinâmica da mão-deobra é restrita ao horizonte das famílias que se arriscam nesse novo empreendimento e, em menor grau, no envolvimento de parentes e vizinhos. Com isso, nota-se que não há grandes mudanças na alocação da força de trabalho, a não ser nos finais de semana, quando as jornadas de trabalho sofrem ampliações consideráveis. Decorre daí que o potencial de geração de emprego da atividade é relativamente pequeno, não correspondendo ao "marketing" atual e nem podendo ser considerado como a "solução" para todos os agricultores familiares; e) Geração de renda: mesmo que, dentre as aspirações das famílias que se envolveram com o turismo, aquelas relacionadas ao complemento da renda da agropecuária tenham sido bastante mencionadas pelos entrevistados, em termos de rendas, essas aspirações não têm se materializado. Isto porque, dentre as experiências pesquisadas, poucas foram aquelas que apresentaram um nível de rentabilidade capaz de interferir de forma efetiva na dinâmica da renda familiar. Diante deste quadro, alertamos para o fato de que o turismo rural na agricultura familiar talvez tenha menos importância econômica direta (geração de emprego e renda) e maior dimensão na esfera sócio-cultural (valorização da cultura e hábitos, da trajetória histórica e dos recursos naturais), fatores que também são importantes quando se busca uma maior coesão social das comunidades de agricultores familiares. Com isso, conclui-se que as potencialidades do turismo rural na agricultura familiar estão condicionadas, por um lado, pela organização de circuitos turísticos adequados, tanto em termos das tradições culturais e das condições naturais como das dinâmicas regionais e/ou locais com suas características específicas e, por outro, pelo enfrentamento dos gargalos estruturais. No primeiro caso, pode-se afirmar que até o momento são poucas as iniciativas que têm caminhado nessa direção. Do ponto de vista da implementação da atividade, nota-se que há um conjunto de fatores de estrangulamento relacionado às condições de infra-estrutura internas e externas às unidades de produção (falta de energia elétrica e de telefone, estradas em condições péssimas, falta de saneamento básico, etc.); à falta de articulações e de apoio dos poderes locais; e à falta de conhecimento e capacitação dos empreendedores. Obviamente que estes problemas afetam os efeitos multiplicadores das experiências em curso, tendo como conseqüências um pequeno número de agricultores efetivamente envolvidos na atividade. Todos esses pontos colocam alguns desafios para as políticas públicas que visam fortalecer a atividade do turismo rural no âmbito da agricultura familiar. Dentre eles, destacam-se: a) a idéia de que turismo rural não pode ser concebido como uma alternativa genérica para todos os agricultores familiares, bem como não pode ser apresentado como a solução única ou prioritária para os graves impasses das unidades familiares de produção no âmbito do sistema agropecuário brasileiro; b) a política de apoio ao turismo não pode prescindir da agricultura familiar como ponto de partida e base de apoio, o que lhe dará um caráter apenas complementar; c) as ações práticas precisam estimular a criação dos "circuitos turísticos", fortalecendoos naquelas regiões com viabilidade sócio-econômica e com perspectivas de sustentabilidade; d) a política também precisa envolver os diversos agentes (públicos e privados) de desenvolvimento rural, criando espaços para a expressão das instâncias locais e regionais; e) a liberação de recursos financeiros deve evitar, ao máximo, uma série de intermediações (financeiras, entidades de assessoria, empresas de consultorias, etc.) que tradicionalmente reduzem os montantes de recursos que efetivamente chegam aos agricultores; f) evitar diversas irracionalidades técnicas, administrativas e financeiras que ainda estão presentes no âmbito do PRONAF, e que já foram amplamente estudadas e debatidas; Assim sendo, entendemos que a nova política deve manter seu foco na multifuncionalidade da agricultura e do espaço rural, enquanto estratégia para garantir a reprodução das unidades familiares de produção agropecuária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GRAZIANO DA SILVA, J. (1997). O novo rural brasileiro. In: Revista Nova Economia, v.7, nº 1, p.43-81. MATTEI, L. (2000). Agroturismo: cenário e perspectivas para o estado de Santa Catarina. In: Anais do XXXVIII Congresso da SOBER. Rio de Janeiro, SOBER (CD Rom). MATTEI, L. (2003). Pluriatividade e turismo rural em Santa Catarina. In: Anais do III Seminário do Rurbano. Campinas (SP), rurbano (CD Rom). MÜLLER, G. (1995). Brasil agrário: heranças e tendências. In: Brasil em Artigos. São Paulo: FSEADE, p.223-247. SARACENO, E. (1994). The modern functions of small farm system: an italian experience. In: Sociologia Ruralis, v.34, n.4, pp. 308-328.