O CORPO SE DEFENDE 3 Alguns micróbios entram em nosso corpo pelo ar, quando respiramos, como o vírus da gripe e da varíola. 1 Alguns microorganismos, como vírus, bactérias, fungos e protozoários, são patogênicos. Estes micróbios podem provocar doenças. 4 2 Há micróbios que entram no nosso corpo por feridas ou lesões na pele, como o bacilo do tétano e o vírus da raiva. Ilustrações de Bárbara Mello/Centro de Criação/Museu da Vida. O protozoário da malária e o vírus da febre amarela e da dengue são transmitidos por picadas de insetos. 6 O nosso corpo conta com um sistema de alarme que reage à entrada de qualquer coisa estranha. É o sistema imune. Quando encontra algo desconhecido, nosso sistema apresenta quatro tipos de sinais: febre, inchaço, dor e vermelhidão. 5 Outros, quando bebemos água ou comemos alimentos contaminados, como o bacilo do cólera e o vírus da poliomielite. 7 A primeira resposta é dada pelas células preparadas para responder a qualquer tipo de micróbio. São os macrófagos e os polimorfonucleares (neutrófilos, basófilos, mastócitos e eosinófilos). Estas são células grandes o bastante para envolver e “engolir” os micróbios. Isto se chama fagocitose. 10 9 Os linfócitos auxiliares também têm a função de conversar com outros linfócitos. Eles contam aos linfócitos B que tipo de microorganismo entrou em nosso corpo. Estes fazem, então, os anticorpos. Os anticorpos grudam no micróbio e o paralisam. Para cada micróbio, existe um conjunto diferente de anticorpos. Existem diferentes tipos de linfócitos. Os linfócitos T auxiliares (helpers) vão avisar os linfócitos T citotóxicos, que conseguem reconhecer e matar os micróbios que entraram no nosso corpo. 8 Depois outras células que estão descansando vão acordar. Estas células são os linfócitos. Eles é que vão organizar e dar uma resposta melhor do sistema imune. 11 Só existe uma forma de estarmos preparados para o dia em que um micróbio entra no nosso corpo: a vacina. 13 Tradicionalmente, a produção de uma vacina começa com a criação do micróbio em algum tipo de célula. Pode ser célula de homem, macaco, coelho ou até mesmo no embrião de galinha (ovo de onde nasceria um pintinho). 12 A vacina dá ao nosso sistema imune informações sobre um micróbio. Quando o nosso corpo já conhece um micróbio, ele o reconhece e reage melhor e de forma mais rápida. 14 As vacinas clássicas são feitas com micróbios atenuados, isto é, tratados para ficar tão fracos que deixam de ser perigosos. Isso acontece quando os micróbios ficam expostos ao calor ou ao ambiente ou passam por várias culturas de células. Quando a pessoa é vacinada, a infecção é tão boba que, muitas vezes, ela nem sente. 15 Algumas vacinas são feitas com micróbios mortos por calor ou por produtos químicos, como a vacina contra a coqueluche. 17 Há algum tempo, descobriu-se que bastava um pedaço bem escolhido do micróbio para que o corpo aprendesse sobre ele. Depois de purificados, estes pedaços ou polissacarídeos capsulares vão servir de base para algum as vacinas, como a contra a meningite bacteriana. É importante aprender sobre o que o micróbio tem de mais perigoso. Quando ele produz uma espécie de veneno ou toxina, então esta é purificada e depois tratada para ficar mais fraca. Assim são obtidas as anatoxinas, que servem de base para fazer algumas vacinas, como aquelas contra o tétano e a difteria. 16 18 Recentemente, um novo tipo de vacina foi inventado. São as vacinas transgênicas. Elas são feitas pegando-se o pedaço de DNA do micróbio. Esse pedaço é colocado dentro de um outro microorganismo que não é patogênico. Este vai produzir muitas cópias de uma proteína do primeiro micróbio. A vacina é feita com esta proteína purificada. f im