PROFESSOR KALAZANS APERTEM OS CINTOS; O COMANDANTE SAIU DA CABINE! PILOTO FOI SUGADO EM PLENO VOO E A AERONAVE ENTROU EM UM MERGULHO FATAL EM ESPAÇO AÉREO CONGESTIONADÍSSIMO DA EUROPA. No dia 10 de junho de 1990, ocorreu um dos mais intrigantes acidentes da história da aviação. O copiloto passou a ver uma imagem que não podia acreditar ser verdadeira: a metade do corpo do piloto em comando ficou presa para fora da cabine de pilotos, durante o voo a cinco quilômetros de altura. O corpo do piloto se chocava violentamente na fuselagem do avião o qual deslizava a uma velocidade superior a 500 km horários. Temperatura do ar externo de aproximadamente vinte graus negativos. Com oitenta e um passageiros e seis tripulantes, a aeronave partiu para um mergulho fatal e o copiloto, plenamente atônito, tentou assumir o comando do voo, mas não entendia o motivo pelo qual não conseguia dominar os comandos que estavam travados e passou a lutar inútil e horrivelmente para livrar o bi-reator da funesta descida. Pouco antes de a aeronave alcançar o nível de voo, ouve-se um grande estrondo! A cabine é tomada por uma densa formação, algo semelhante a nevoeiro. Trata-se de uma bomba? Será uma despressurização? Há sinais característicos tanto de uma bomba como de uma despressurização. Tsunami aéreo! Na despressurizarão o ar não consegue reter o vapor d’água restringindo sensivelmente a visibilidade dentro da cabine. Começa a faltar ar na cabine de comando e na cabine de passageiros. Uma descida de emergência não é descartada. O copiloto tenta, em vão, se comunicar com os órgãos de controle. O barulho é ensurdecedor! Tudo quanto é objeto está voando em todas as direções na cabine de comando. www.professorkalazans.com.br Tudo o que acontece dá a nítida impressão de uma despressurização. Se realmente for, o piloto tem pouco, pouco tempo para tomar uma providência que possa garantir sua vida e dos demais ocupantes da aeronave. Sem o para-brisa esquerdo, a aeronave mergulha vertiginosamente com claros sinais de despressurização. Diante destes sinais o copiloto não tem dúvida alguma que a aeronave apresenta problemas seriíssimos, todavia não consegue identificar precisamente o tipo de emergência. Desconfia de despressurização, porém não consegue discernir o que tenha provocado esta maldita emergência. Mas o que é despressurização? Primeiro precisamos saber o que é pressurização. O copiloto passa a exercer a função do primeiro piloto (comandante), e tenta desesperadamente assumir o comando da aeronave. Tarefa inútil! Os comandos estão travados! Qual o motivo do travamento? Olha para esquerda e percebe que o comandante foi sugado para fora da cabine. Só não foi lançado completamente pelos ares, porque um dos seus pés está enroscado na coluna vertical do manche e pelo forte vento que prensa e cola o corpo contra a fuselagem. Um dos comissários percebe o que está acontecendo na cabine e, de pronto, parte para a o caos que restou da cabine e passa a segurar as pernas do comandante para que ele não seja arremessado de vez pelo espaço aéreo. Mas a pressão é muito forte, o comissário precisa atuar com uma força descomunal. Acha que não vai aguentar. Comando ainda travado. O avião continua a descer, velozmente, em um mergulho sem precedente, perdendo mais de três mil pés em curtíssimo e precioso tempo. A velocidade ultrapassa a máxima permitida, comprometendo seriamente a estrutura da aeronave. Se continuar a descer com esta exorbitante razão de descida, as superfícies de comando e sustentação poderão ser gravemente danificadas e o avião passará a ser incontrolável, perdendo a manobrabilidade desintegrando-se em pleno ar. O chefe dos comissários se une ao colega de trabalho e juntos tentam retirar o pé do comandante que trava os comandos. O copiloto precisa urgentemente tirar a aeronave do mergulho mortal. A aeronave desce violentamente na região de Heathtrow, dentro do espaço aéreo mais congestionado de Londres. O risco de colisão com outras aeronaves é real e iminente. Mas precisa manter a descida para que alcance níveis mais baixo onde o ar é menos rarefeito. Não há equipamento de oxigênio para todos a bordo. Isto tem que ser feito o mais rápido possível. Manche travado na posição picada - para baixo - aponta o fim prematuro da viagem. Um terceiro comissário se aproxima da cabine e somente agora conseguem desconectar o pé do comandante do manche. O avião está sob o comando do copiloto que faz seu primeiro voo na companhia, porém opta por não nivelar a aeronave. Precisa alcançar urgentemente níveis mais www.professorkalazans.com.br baixos para sair da funesta despressurizarão. A descida é uma necessidade. Precisa alcançar níveis que proporcionem situações ideais de respiração. O corpo do comandante não está mais na parte superior da cabine. Completamente ensanguentado deslizou para a esquerda e para baixo do para-brisa. Acreditam que ele não está mais vivo. Até que ponto vale a pena segurá-lo? Não seria melhor e mais seguro soltá-lo? Os tripulantes discutem a viabilidade de soltar o corpo do comandante, mas temem que o corpo solto possa ser ingerido pelo motor que se localiza na parte traseira da fuselagem. Que dilema! Como isto aconteceu? Houve sobreviventes? O Copiloto conseguiu pousar aeronave com segurança? Como imputar a responsabilidade jurídica aos verdadeiros culpados por esta ocorrência? ESTE ACIDENTE FOI REAL E RELATADO NO LIVRO DO PROFESSOR KALAZANS: DESVENDANDO A CAIXA PRETA (CSI DA AVIAÇÃO) Sempre um prazer tê-los a bordo www.professorkalazans.com.br