Inserção do Efeito Corona em modelos de Linhas de Transmissão de Energia Elétrica: Representação por meio de Variáveis de Estado Germano Ferreira Wedy 1 , Sérgio Kurokawa 1, Facudade de Engenharia de Ilha Solteira, UNESP 1 1. Objetivos O efeito Corona ocorre quando o gradiente de potencial da linha excede o gradiente critico disruptivo do ar. Quando isto ocorre, um forte campo elétrico ioniza o ar próximo ao condutor, permitindo a ocorrência de descargas elétricas entre o condutor fase e a terra. Neste trabalho será feita a análise das tensões ao longo de uma linha monofásica com e sem a presença do efeito corona. considera o efeito corona na linha, a tensão ao longo da mesma apresenta uma redução de sua amplitude e são distorcidas quando comparadas aos resultados obtidos sem a inclusão do efeito corona. 2. Material e Métodos A linha de transmissão foi representada por meio de uma cascata de 100 circuitos π e o efeito corona foi descrito por meio do modelo de Gary. O modelo de Gary considera que o efeito corona pode ser representado, em cada ponto da linha, por meio de uma capacitância e de uma condutância (variáveis em relação à tensão aplicada sobre as mesmas) conectadas entre a linha e o solo. O modelo proposto foi utilizado para simular a energização da linha monofásica de 2184,5 m mostrada na Fig. 1. A linha foi energizada por uma fonte de tensão impulsiva com amplitude de 1560 kV. Figura 2: Tensão ao longo da linha, sem o efeito corona. Linha de transmissão V(t) Solo Figura 1: Linha monofásica energizada por uma fonte de tensão impulsiva. Figura 3: Tensão ao longo da linha, com o efeito corona. Os parâmetros da linha mostrada na Fig. 1 são R=11,35 Ω/km, L=1,73 mH/km, G= 0,556 µS/km e C=7,8 ηF/km. Considerou-se que a linha situa-se a uma altura h=18,9 m acima do solo. As correntes e tensões em cada um dos circuitos π foram descritas sob a forma de equações de estado cujas soluções foram obtidas por meio de métodos numéricos. Para evitar a ocorrência de reflexões nos terminais da linha, conectou-se no terminal da mesma uma impedância igual à sua impedância característica. 4. Conclusões 3. Resultados e Discussão As Figs. 2 e 3 mostram a tensão ao longo da linha sem e com a inclusão do efeito corona, respectivamente. Observa-se que quando se Neste trabalho verificou-se que o efeito corona altera a amplitude e a forma de onda das tensões ao longo da linha. Deste modo, os modelos de linhas utilizados para análise de sobretensões em sistemas de energia elétrica devem levar em conta o efeito corona 5. Referências Bibliográficas [1] M. S Mehmet. International Conference on Power Systems Transients, IPST 2003 in New Orleans, USA.