universidade federal rural do semiárido departamento de

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
FRANCISCO ASSIS COSTA JÚNIOR
ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ASSOCIADAS ÀS
IMPERMEABILIZAÇÕES: CAUSAS, CORREÇÕES E PREVENÇÃO.
MOSSORÓ-RN
2013
FRANCISCO ASSIS COSTA JÚNIOR
ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ASSOCIADAS ÀS
IMPERMEABILIZAÇÕES: CAUSAS, CORREÇÕES E PREVENÇÃO.
Monografia apresentada a Universidade
Federal Rural do Semiárido - UFERSA,
Departamento de Ciências Ambientais e
Tecnológicas para obtenção do título de
Engenheiro Civil.
Orientador: Prof. M.Sc. João Paulo Matos
Xavier
MOSSORÓ-RN
2013
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação
da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
C837a Costa Júnior, Francisco Assis.
Análise de manifestações patológicas associadas às
impermeabilizações: causas, correções e prevenção / Francisco
Assis Costa Júnior. – Mossoró, RN : 2013.
76f. : il.
Orientador: Profº. M. Sc. João Paulo Matos Xavier.
Monografia (Graduação) – Universidade Federal Rural do
Semi-Árido, Graduação em Engenharia Civil, 2013.
1. Impermebilização – execução. 2. Manta asfaltica.
3. Argamassa polimérica. I. Título.
CDD: 690.1
Bibliotecária: Marilene Santos de Araújo
CRB-5/1033
A toda minha família, pelo amor e o apoio
incondicional.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao meu pai, Assis, por seu apoio e instruções, que contribuiu muito
para meu aprendizado.
A minha mãe, Lúcia, pelo amor e paciência de sempre.
As minhas irmãs, Isabel e Raquel, por sempre estarem do meu lado.
Ao meu orientador, João Paulo, pela orientação desse trabalho.
Ao professor e coordenador do curso de Engenharia Civil, Raimundo Amorim, pela dedicação
frente a formação da primeira turma de engenharia civil da UFERSA.
Aos amigos que me fizeram companhia e parceria.
“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor,
mas lutei para que o melhor fosse feito. Não
sou o que deveria ser, mas Graças a Deus,
não sou o que era antes."
Martin Luther King.
RESUMO
O objetivo desse trabalho é avaliar a importância das impermeabilizações no
surgimento de manifestações patológicas nas construções. Será explanado um breve estudo a
respeito da impermeabilização, as patologias que podem vir a surgir a execução do sistema
impermeável e por seguinte analisar duas situações relacionadas ao tema, no qual se verificou
a realização dos serviços se estavam de acordo com normas e procedimentos, desde um
projeto inicial até a conclusão da impermeabilização. Neste trabalho foram tomados dois
estudos de caso, um relatando sobre o ocorrido com uma piscina que apesar de
impermeabilizada apresentou diversos vazamentos e outro um caso especial, duas cisternas
que apresentavam vazamentos, em uma situação de difícil definição de qual seria o melhor
sistema de impermeabilização a utilizar. Os estudos de caso se desenvolveram através de um
roteiro de verificação, onde foi feito uma analise de três pontos principais: Projeto, processo
executivo e serviços complementares. Concluiu-se com essa pesquisa que é necessário uma
impermeabilização, com o propósito de evitar o surgimento de patologias, que danificam a
estrutura e diminuem a durabilidade da edificação, ocasionando custos extras, além da
insatisfação do proprietário ou usuário. A impermeabilização necessita de um planejamento
prévio, para que possa se escolher o material adequado, com profissionais capacitados e uma
execução correta, além de ser preciso uma manutenção preventiva a fim de evitar o
surgimento de possíveis manifestações patológicas.
Palavras chaves: Impermeabilização, execução, manta asfáltica, argamassa polimérica,
projeto.
ABSTRACT
The aim of this study is to evaluate the importance of waterproofing in the emergence
of pathological manifestations in buildings. Will be explained a brief study about the
waterproofing, the pathologies that can arise running the waterproof system and analyze the
following two situations related to the theme, which revealed the completion of service were
up to standards and procedures provided an initial design to completion of waterproofing. In
this work were taken two case studies, one reporting on the event with a pool that despite
waterproofed presented several leaks and other a special case, two cisterns that had leaks in a
situation difficult to define what would be the best waterproofing system use. The case studies
were developed through a check script, which was made an analysis of three main points:
Design, execution process and additional services. It was concluded from this study that
sealing is required, in order to avoid the creation of conditions that damage the structure and
reduce the durability of the building, causing extra costs, as well as the owner or user
dissatisfaction. The waterproofing requires prior planning, so you can choose the appropriate
materials, trained professionals and a correct execution, besides being accurate preventive
maintenance in order to avoid the appearance of possible pathologies.
Keywords: Waterproofing, execution, manta asphalt, polymeric mortar, project.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 -Cabonatação, alcalinidade da camada de concreto por indicador químico ............21
Figura 2 - Corrosão .................................................................................................................22
Figura 3 - Degradação do concreto.........................................................................................22
Figura 4 – Gesso danificado ...................................................................................................23
Figura 5 - Eflorescência ..........................................................................................................24
Figura 6 - Área regularizada e limpa ......................................................................................34
Figura 7 – Cantos e Aresta .....................................................................................................35
Figura 8 - Dois componentes da argamassa polimérica .........................................................36
Figura 9 - Aplicação de argamassa polimerica .......................................................................37
Figura 10 - Materiais ..............................................................................................................40
Figura 11 - Aplicação do prime ..............................................................................................41
Figura 12- Detalhe ralos .........................................................................................................41
Figura 13 - Detalhe tubo passando pela laje ...........................................................................42
Figura 14 - Detalhe junta de dilatação ....................................................................................42
Figura 15 - Alinhamento e aplicação ......................................................................................43
Figura 16 - Teste de lâmina d'água .........................................................................................45
Figura 17 - Planta baixa do condomínio, com localização da piscina ....................................49
Figura 18 – Cerâmica retirada e reboco rachado ....................................................................50
Figura 19 – Rachaduras em toda a manta ...............................................................................51
Figura 20 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................52
Figura 21 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................52
Figura 22 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................53
Figura 23 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................53
Figura 24 - Projeto de impermeabilização / Área a ser impermeabilizada .............................56
Figura 25 - Planta das cisternas ..............................................................................................58
Figura 26 - Colocação de parafusos .......................................................................................60
Figura 27 - Colocação de parafusos .......................................................................................60
Figura 28 - Colocação de parafusos .......................................................................................61
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Contratação dos serviços de impermeabilização ...................................................27
Tabela 2 – Projeto básico e projeto executivo ........................................................................29
Tabela 3 – Roteiro de verificação ...........................................................................................48
Tabela 4 – Roteiro de piscina do condomínio ........................................................................55
Tabela 5 – Roteiro de verificação das cisternas .....................................................................62
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Pesquisa das principais causas de infiltrações.....................................................22
LISTA DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica
BWG - Birmingham Wire Gauge (medida de arame de Birminghan)
CREA - Conselho Regional de Engenharia Agronomia
EPI - Equipamento de Proteção Individual
NBR – Norma BrasileiraRegulamentadora
UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................16
1.1 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................17
1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................17
1.2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................................17
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................18
2. CONCEITOS INERENTES AO TEMA......................................................................19
2.1 DURABILIDADE, DESEMPENHO E MANUTENÇÃO ..............................................................19
2.2 UMIDADE ........................................................................................................................20
2.3 PATOLOGIAS ...................................................................................................................20
3. IMPERMEABILIZAÇÃO ............................................................................................26
3.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO .....................................................................26
3.2 CLASSIFICAÇÃO ........................................................................................................29
3.3 SISTEMAS UTILIZADOS EM IMPERMEABILIZAÇÃO .........................................31
3.3.1 RÍGIDO ........................................................................................................................32
3.3.2 FLEXÍVEL ....................................................................................................................32
4. OS PROCESSOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ......................................................33
4.1 CIMENTO IMPERMEABILIZANTE E POLÍMEROS................................................33
4.1.1 Preparação da superfície: .........................................................................................33
4.1.2 Execução da impermeabilização ..............................................................................35
4.1.3 Proteção Mecânica ....................................................................................................38
4.2 MANTA ASFÁLTICA COM ARMADURA PARA IMPERMEABILIZAÇÃO. .......38
4.2.1 Preparação da superfície: .........................................................................................38
4.2.2 Execução da Impermeabilização ..............................................................................39
4.2.3 Teste de Lâmina de água ..........................................................................................44
4.2.4 Camada Separadora..................................................................................................45
4.2.5 Proteção Mecânica Acabada ....................................................................................45
5. METODOLOGIA ..........................................................................................................47
6. ESTUDOS DE CASOS ..................................................................................................49
6.1 CASO 1 – PISCINA .......................................................................................................49
6.2 CASO 2 - CISTERNA ...................................................................................................58
7. CONCLUSÕES ..............................................................................................................65
7.1 CASO 1 – PISCINA ............................................................................................... 65
7.2 CASO 2 - CISTERNAS .......................................................................................... 65
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .67
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 68
ANEXO ....................................................................................................................... 70
16
1. INTRODUÇÃO
Os materiais, as técnicas e os processos de construção de edifícios têm evoluído de
forma acentuada nos últimos tempos, requerendo cada vez mais conhecimentos
multidisciplinares por parte dos engenheiros, arquitetos, pedreiros, serventes e os construtores
em geral. Novos processos têm sido adotados com base em práticas tradicionais da construção
resultando, muitas vezes, em insucessos técnicos e econômicos. Isto provoca mudanças de
caráter muito mais profundo e radical. (Thomaz, 2002).
Atualmente, a construção civil tem um grande avanço na área tecnológica, que
reduzem custo e tempo de obra, o que exige um maior controle de execução, uma mão de obra
mais qualificada e um maior planejamento prévio. De acordo com Silva (2000), a adoção de
novas técnicas, novos materiais e melhoria no processo construtivo têm como efeito menos
trabalho realizado no canteiro de obras, aumentando a parcela de tarefas realizadas no
escritório e em fábricas de componentes. Uma parte substancial do trabalho artesanal típico da
construção civil será substituída pela montagem de componentes, que requer menos esforço
físico e novas competências profissionais.
E com um pensamento de eficácia é que surge conceitos de durabilidade e
desempenho, para que a construção atenda requisitos de qualidade exigidos e surgindo
também a necessidade de uma maior manutenção.
No item 3.46 da ABNT NBR 9575/10, tem-se Infiltração - penetração indesejável de
fluidos nas construções. Já no item 3.39 da mesma NBR, impermeabilização é conjunto de
operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas, que tem por
finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade.
Já o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), define impermeabilização como uma
técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as
diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de
banhos ou de outras origens. As infiltrações destroem estruturas, alvenarias e revestimentos,
deixa o ambiente insalubre (umidade, fungos e mofo), diminuindo a vida útil da edificação,
sem falar no desgaste do proprietário ou usuário que sofre com a má qualidade de vida
causada pelos problemas existentes no imóvel.
O IBI também relata que:
No Brasil, a impermeabilização entendida como item da construção que
necessitava de normalização, ganhou especial impulso com as obras do
17
Metrô da cidade de São Paulo, que se iniciaram em 1968. A partir das
reuniões para se criar as primeiras normas brasileiras de impermeabilização
na ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, por causa das obras
do Metrô, este grupo pioneiro, após a publicação da primeira norma
brasileira de impermeabilização em 1975, funda neste mesmo ano o IBI Instituto Brasileiro de Impermeabilização para prosseguir com os trabalhos
de normalização e iniciar um processo de divulgação da importância da
impermeabilização que prossegue até os dias de hoje.
O trabalho tem em seu corpo informações sobre impermeabilização, importância,
execução, escolha do melhor sistema impermeável, as patologias oriundas de infiltrações.
Relata que para impermeabilizar é necessário uma análise de como pode surgir umidade na
construção e assim combatê-la, utilizando um método eficaz, que solucione o problema com o
menor custo possível.
1.1
JUSTIFICATIVA
A impermeabilização é um serviço que vem sendo cada vez mais solicitado e
reconhecido, devido a alta incidência de manifestações patologias relacionadas a umidade.
Desta forma se faz necessário a elaboração de novos estudos, tendo em vista de que se
trata de um sistema que exige mão de obra qualificada como também para se avaliar os
possíveis erros, seja pela escolha do método de impermeabilização ou de execução.
Aliado a isso essa pesquisa faz parte de um conjunto de trabalhos que objetivam o
estudo de manifestações patológicas em edificações proposto pelo Curso de Engenharia Civil
da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) com ênfase na área de patologia das
estruturas.
1.2
OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Este trabalho apresenta como objetivo geral explanar sobre impermeabilização e dois
de seus métodos hoje utilizados e normatizados, assim como demonstrar os efeitos de uma má
impermeabilização ou a inexistência dela, avaliando as possíveis causas, prevenção e
correções de manifestações patológicas associadas as impermeabilizações.
18
1.2.2 Objetivos específicos
Nos objetivos específicos pretende-se:
Analisar e indicar os aspectos de projeto que visam prevenir o surgimento de
manifestações patológicas associadas as impermeabilizações.
Analisar os aspectos referentes a execução das impermeabilizações, evitando possíveis
danos precoces.
Mostrar como analisar casos com a finalidade de saber qual o melhor método a ser
aplicado nas diversas situações, como em uma cisterna, caixa d’água, laje, fundações,
entre outros.
Analisar dois estudos de caso:
 Uma piscina que apesar de impermeabilizada apresentou diversos vazamentos;
 Duas cisternas que apresentavam sérios vazamentos, em uma situação de
difícil definição de qual seria o melhor sistema de impermeabilização a
utilizar.
19
2. CONCEITOS INERENTES AO TEMA
2.1 DURABILIDADE, DESEMPENHO E MANUTENÇÃO
Através do item 5.1.2.3 da ABNT NBR 6118/07 vê-se durabilidade como: “Consiste
na capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto
pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do
projeto.”
O item 3.1 da ABNT NBR 5674/99 define desempenho como sendo a capacidade de
atendimento das necessidades dos usuários da edificação.
Assim é de suma importância que um bem que é dito como durável, como um edifício
apresente um planejamento que defina serviços no momento da sua construção que
proporcione condições de melhor desempenho, atendendo com eficiência as necessidades do
ocupante do edifício.
Para que a haja uma maior durabilidade, bom desempenho, também se faz necessário
uma séria de ações no decorrer da vida útil do prédio, que vem a ser a manutenção preventiva
e corretiva. Na ABNT NBR 5674/99 no item 4 tem-se o escopo da manutenção de
edificações, onde:
A manutenção de edificações visa preservar ou recuperar as condições
ambientais adequadas ao uso previsto para as edificações.
A manutenção de edificações inclui todos os serviços realizados para prevenir
ou corrigir a perda de desempenho decorrente da deterioração dos seus componentes, ou de
atualizações nas necessidades dos seus usuários.
A manutenção de edificações não inclui serviços realizados para alterar o uso
da edificação.
De acordo com o item 3.1 da ABNT NBR 5674/99: “Manutenção: Conjunto de
atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da
edificação e de suas partes constituintes de atender as necessidades e segurança dos seus
usuários”.
A impermeabilização quando combate a umidade, previne contra degradações que
podem ocorrer devido a esta, contribuindo assim para uma melhor durabilidade e
desempenho, além de evitar manutenções corretivas e para isso exige também algumas
manutenções preventivas.
20
A impermeabilização tem o papel de proteção contra a umidade, evitar o contato direto
da água com algumas partes da edificação, prevenindo desconfortos e problemas estruturais
que podem vir a ser causados por esta.
2.2 UMIDADE
Segundo o dicionário Michaelis umidade é “qualidade do que é ou está úmido,
quantidade de líquido no organismo. Relento, orvalho, garoa”. Klein (1999) relata umidade
como sendo “qualidade ou estado úmido ou ligeiramente molhado”.
A água é um forte agente agressivo que com sua ação poderá acarretar fadiga e
problemas nos elementos construtivos, segundo Verçoza (1991) a umidade é o fator essencial
para o aparecimento de eflorescências, ferrugens, mofo, bolores, perda de pinturas, de rebocos
e até a causa de acidentes estruturais.
E para combater a umidade tem-se uma difícil tarefa uma vez que ela tem várias
formas de surgimento na estrutura, são vários caminhos a serem combatidos.
Para Verçoza (1991), a umidade pode surgir nas construções das seguintes maneiras:
Trazidas durante a construção;
Trazidas por capilaridade;
Trazidas por chuva;
Resultantes de vazamentos em redes hidráulicas;
Condensação.
2.3 PATOLOGIAS
Para Granato: “Patologia: É a ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza
das doenças. Pathos = doença Logos = estudo”. E é esse o que tem-se que evitar, na
construção civil, vem a ser os defeitos ocasionados pela má execução de serviços, a utilização
de materiais impróprios ou a ação agressiva de alguns agentes como vento, água, ambientes
corrosivos, calor , entre diversos outros.
Segundo Pinto (1996) as patologias de impermeabilização de uma forma geral
apresentam-se com características próprias e sistematizadas conforme as descrições a seguir:
21
Carbonatação: Redução da alcalinidade com o tempo, nas superfícies expostas
das estruturas de concreto, acarretando a despassivação da armadura da estrutura, essa
redução ocorre pela ação principalmente do gás carbônico presente na atmosfera. A Figura 1
mostra a carbonatação verificada devido ao indicador químico, a fenolftaleína.
Figura 1 - Cabonatação, alcalinidade da camada de concreto por indicador químico
Fonte: http://aldowerle.blogspot.com.br/2012/09/carbonatacao-do-conreto-fenolftaleina.htm
Corrosão (Figura 2): Ataque de natureza eletroquímica nas barras da estrutura,
em que a presença de umidade, conduz a formação de óxidos/hidróxidos de ferro. A corrosão
só ocorre nas seguintes condições:
 Deve existir um eletrólito (representado pela água);
 Deve existir uma diferença de potencial (obtido pela tração nas barras de aço);
 Deve existir oxigênio (ar atmosférico).
22
Figura 2 - Corrosão
Fonte: http://emconstrucao10.blogspot.com.br/2011/04/patologia-da-construcao.html
Degradação do concreto: ocorre devido a ação da água provocando a
dissolução de sais e lixiviamento dos mesmos, conforme Figura 3.
Figura 3 - Degradação do concreto
Fonte: http://www.engenhariacivil.com/degradacao-materiais-construcao-accao-agua
23
Degradação do forro de gesso: Decomposição do revestimento executado em
placas de gesso, devido à ação da água, provocando a dissolução de sais e lixiviamento dos
mesmos, vindo a manifestar-se na superfície como bolor, descascamento da pintura e
desagregamento do revestimento entre outros. Na Figura 4 tem-se a quebra do gesso devido a
ação da água.
Figura 4 – Gesso danificado
Fonte: http://www.seutrabalho.com/consultoria/laudo_tec.htm
Desagregação da argamassa: A desagregação inicia-se na superfície dos
elementos de concretos com uma mudança da coloração, seguida de um aumento de fissuras
que surgem pela perda do caráter aglomerante do cimento, devido ao ataque, principalmente
de sulfatos e cloretos, deixando os agregados livres da união que lhes proporciona a pasta.
Desagregação de tijolos maciços: Formação de pó de coloração avermelhada e
na forma de escamas, seguida de camadas alternadamente ao interior da peça, devido ao
ataque de sulfatos e exagerada pressão hidrostática interna.
24
Eflorescências: Formação de depósitos de sais cristalizados originados pela
migração de água, rica em sais, do interior dos componentes de alvenaria e/ou concreto. São
identificados por coloração geralmente esbranquiçada (Figura 5).
Figura 5 - Eflorescência
Fonte: http://speranzaengenharia.ning.com/page/patologias-das-edificacoes
Gotejamento de água: Umidade excessiva que se concentra em um ponto da
superfície por tensão superficial, caindo por gravidade ao atingir determinado volume.
Mancha de umidade: Uma parte circunscrita da superfície que se apresenta
impregnada de água, apresentando cor diferente do restante da mesma.
Vegetação: é o crescimento de plantas em determinados pontos da estrutura,
geralmente em locais com fissuras e presença de umidade.
Vesículas: São as formações de bolhas na pintura, que apresentam em seu
interior nas cores branca, preta e vermelha acastanhado.
O gráfico 1 mostra uma pesquisa das principais causas de infiltrações em uma
edificação .
Gráfico 1 – Pesquisa das principais causas de infiltrações.
25
70%
Fissuras no rodapé das
paredes
60%
50%
Infiltrações na periferia de
ralos e tubulações
40%
Fissuras na estrutura
30%
Falta efetiva de
impermeabilização
20%
Projeção mecânica da
impermeabilização
10%
0%
Causas Principais
Fonte: Antonelli (2002).
26
3. IMPERMEABILIZAÇÃO
A necessidade da impermeabilização é evidente, entretanto como faz parte do processo
construtivo deve ter um planejamento prévio, no qual faz-se uma análise da obra e estuda-se
as possíveis formas de ação da umidade neste. Desta forma para um melhor desempenho da
impermeabilização deve-se fazer um projeto, assim como o arquitetônico, o estrutural, o
elétrico entre outros, no qual descreva detalhadamente os tipos de impermeabilizações a
serem usados e sua execução.
Esse projeto deve ser feito por um profissional da área
legalmente habilitado, devendo conter o que normalmente há em qualquer outro projeto
como: estudo preliminar, projeto básico, projeto executivo e serviços complementares
necessários.
3.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Segundo o item IX do Art.6º da seção II da Lei 8.666/93: Projeto - É o conjunto de
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra,
serviço ou aquisição de materiais e deve ser elaborado com base nas indicações de estudos
técnicos preliminares.
O projeto executivo de impermeabilização deve ser realizado por profissionais
legalmente habilitados no CREA, que possam exercer esta atividade. O responsável técnico
de execução deve obedecer ao projeto totalmente. Em todos os projetos (básico, executivo e
realizado), devem constar os dados do profissional responsável junto ao CREA, bem como a
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O projeto de impermeabilização deve ser
desenvolvido em conjunto e interagindo com o projeto geral e os projetos setoriais, prevendose as especificações em termos de dimensões, cargas, cargas de testes e detalhes.
Segundo Antunes (2004) a existência de um projeto de impermeabilização minimiza a
ocorrência das patologias, já que permite controlar a execução, além de prever detalhes
construtivos como arremates. Na Tabela 1 tem-se uma orientação, de acordo com ao situação,
como deve ser a contratação dos serviços de impermeabilização, se requer projeto ou não.
27
Tabela 1 - Contratação dos serviços de impermeabilização
Fonte: IBI
O projeto deve ser constituído de: memorial descritivo e justificativo, desenhos e
detalhes específicos, além das especificações dos materiais e dos serviços a serem
empregados e realizados. Para a elaboração do projeto devemos considerar: A estrutura a ser
impermeabilizada - Tipo e finalidade da estrutura, deformações previstas e posicionamento
das juntas. As condições externas às estruturas - Solicitações impostas às estruturas pela
água, as impermeabilizações, detalhes construtivos, projetos interferentes com a
impermeabilização e análise de custos X durabilidade.
Segundo Ischakewitsch (1996) a participação do projetista de impermeabilização no
projeto da obra deve ser na mesma época em que o arquiteto inicia o primeiro estudo, sendo
que alguns conceitos básicos no projeto podem e devem ser adotados logo no inicio dos
estudos, tais como:
Posicionamento da camada de impermeabilização na configuração do sistema;
Previsão de acabamentos e terminações que possibilitem a manutenção futura;
28
Vantagens
que outros
projetos
complementares,
tais
como,
os
de
condicionamento de ar, isolamento térmico, paisagismo e outros, podem aferir do correto
dimensionamento e posicionamento da impermeabilização;
Vantagem que o projeto de instalações hidro-sanitárias pode aferir devido à
distribuição mais racional e compatibilizada de pontos de escoamento e/ou calhas.
Segundo Souza e Melhado (1998) o projeto de impermeabilização deve conter as
seguintes informações:
Os sistemas a serem adotados em cada uma das áreas;
A espessura total do sistema de impermeabilização (incluindo-se a
regularização);
As alturas e espessuras necessárias dos eventuais rebaixos necessários na
alvenaria para a execução dos rodapés;
Desníveis necessários para a laje;
Corte típico de cada sistema a ser empregado, identificando as camadas e suas
respectivas espessuras mínimas e declividades;
Lista com os pontos críticos dos demais projetos que possam comprometer o
sistema de impermeabilização, juntamente com as justificativas e as alterações propostas;
A ABNT NBR 9575/10 o item 6.2.3.3 recomenda que o Projeto executivo de
impermeabilização deve conter:
Plantas de localização e identificação das impermeabilizações, bem como dos
locais de detalhamento construtivo;
Detalhes específicos e genéricos que descrevam graficamente todas as soluções
de impermeabilização;
Detalhes construtivos que descrevam graficamente as soluções adotadas no
projeto de arquitetura;
Memorial descritivo de materiais e camadas de impermeabilização;
Memorial descritivo de procedimentos de execução;
Planilha de quantitativos de materiais e serviços.
A Tabela 2 detalha o projeto básico e o projeto executivo.
29
Tabela 2 – Projeto básico e projeto executivo
Fonte: IBI
3.2 CLASSIFICAÇÃO
De acordo com o item 4 da ABNT NBR 9575/10, os tipos de impermeabilização são
classificados segundo o material constituinte principal da camada impermeável.
Cimentícios:
 argamassa com aditivo impermeabilizante;
 argamassa modificada com polímero;
 argamassa polimérica;
30
 cimento modificado com polímero.
Asfálticos
 membrana de asfalto modificado sem adição de polímero;
 membrana de asfalto elastomérico;
 membrana de emulsão asfáltica;
 membrana de asfalto elastomérico, em solução;
 manta asfáltica.
Poliméricos
 membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado;
 membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (I.l.R), em solução;
 membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (S.B.S.);
 membrana elastomérica de estireno-butadieno-eçtireno-ruber (S.B.R.);
 membrana de poliuretano;
 membrana de poliuveia;
 membrana de poliuretano modificado com asfalto;
 membrana de polímero acrílico com ou sem cimento;
 membrana acrílica para impermeabilização;
 membrana epoxídica;
 manta de acetato de etilvinila (E.V.A.);
 manta de policloreto de vinila (P.V.G.);
 manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D.);
 manta elastomérica de etilenopropilenodieno-monomero (E.P.D.M.);
 manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (1.l.R).
Para que seja possível determinar qual dos vários tipos de impermeabilização deve-se
usar, primeiramente tem que analisar de que forma a infiltração pode surgir na construção, o
item 5 da ABNT NBR 9575/10, cita quatro formas:
Água de percolação;
Água de condensação;
Umidade do solo;
Pressão unilateral ou bilateral.
31
Enquanto que, em relação à atuação da água, para Cunha e Neumann (1979) é
necessário considerar que:
Água de percolação é a que atua em terraços, coberturas e fachadas, onde
existe livre escoamento, sem exercer pressão sobre os elementos da construção;
Água de condensação é a água que atua quando ocorre a condensação do ar
atmosférico;
Água com pressão é a que atua em subsolos, caixas d'água, piscinas, exercendo
força hidrostática sobre a impermeabilização. Pode ser de dois tipos:
 Água sob pressão negativa: exerce pressão hidrostática de forma inversa à
impermeabilização;
 Água sob pressão positiva: exerce pressão hidrostática de forma direta na
impermeabilização.
Umidade por capilaridade é a ação da água sobre os elementos das construções
que estão em contato com bases alagadas ou solo úmido.
Souza e Melhado (1998) afirmam que a seleção do sistema de impermeabilização deve
ter como diretrizes:
Atender aos requisitos de desempenho;
A máxima racionalização construtiva;
A máxima construtibilidade;
A adequação do sistema de impermeabilização aos demais subsistemas,
elementos e componentes do edifício;
Custo compatível com o empreendimento;
Durabilidade do sistema.
3.3 SISTEMAS UTILIZADOS EM IMPERMEABILIZAÇÃO
Conjunto de produtos e medidas adotados, que uma vez aplicados determinam a
estanqueidade, a não permeabilidade da área desejada. Pode-se dividir em dois tipos: rígido e
flexível.
32
3.3.1 Rígido
A ABNT NBR 9575/10 no item 3.44 denomina impermeabilização rígida como
conjunto de materiais ou produtos que não apresentam características de flexibilidade
compatíveis e aplicáveis às partes construtivas não sujeitas a movimentação do elemento
construtivo.
Tem um menor custo, mas com restrições de apenas ser indicado para locais não
sujeitos à: movimentação; forte exposição solar; variações térmicas e vibração. Como
exemplos: Fundações (alicerces), poços de elevadores, subsolos, pisos em contato com o solo,
paredes de encosta, muros de arrimo. Principais tipos são argamassa com aditivo
impermeabilizante, argamassa polimérica, concreto Impermeável.
3.3.2 Flexível
O item 3.41 a ABNT NBR 9575/10 classifica impermeabilização flexível como
conjunto de materiais ou produtos que apresentam características de flexibilidade compatíveis
e aplicáveis As partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo. Para ser
caracterizada como flexível, a camada impermeável deve ser submetida a ensaio específico.
Por apresentar normalmente um custo mais elevado é mais indicado para estruturas
sujeitas à movimentação, forte exposição solar, variações térmicas e vibração. Como
exemplos: Lajes de cobertura, terraços, calhas de concreto, áreas frias: banheiros, cozinhas,
áreas de serviço, abóbadas, reservatórios elevados.
O sistema flexível se divide ainda em básicos de sistemas:
Sistema flexível moldado no local: membranas asfálticas e acrílicas e
argamassas poliméricas.
Sistema flexível pré-fabricado: mantas asfálticas.
33
4. OS PROCESSOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Optou-se por detalhar dois processos de impermeabilização mais comumente usados:
4.1 CIMENTO IMPERMEABILIZANTE E POLÍMEROS.
Normalmente esse processo de impermeabilização exige:
Preparação de superfície;
Impermeabilização pela face da área a ser impermeabilizada;
Proteção mecânica primária e/ou proteção mecânica acabada.
4.1.1 Preparação da superfície:
Para a preparação da base, deverão ser adotados alguns parâmetros básicos, conforme
descrito a seguir:
Área a ser tratada deverá estar isenta de corpos estranhos (pedaços de madeira,
ferro etc) pó, graxa, óleos ou desmoldantes, para tanto, recomenda-se a lavagem da estrutura
com escova de aço, Figura 6. Após a remoção das impurezas, deve-se jatear a área com água
em abundância, se necessário utilizar detergente para total retirada das sobras destes
elementos.
Deverão ser fixadas todas as tubulações (hidráulica, esgoto, elétrica) e/ou
corpos estranhos pertencente à área (chumbadores, fixações, cantoneiras, etc. conforme
Figura 6).
34
Figura 6 - Área regularizada e limpa
Fonte: Própria autoria
Eventuais ninhos e falhas de concretagem (“bicheiras” ou ferragem exposta)
deverão ser recompostos com argamassa de cimento e areia média, traço 1:3 (proporção em
volume), utilizando a água de amassamento composta de 1 parte de emulsão adesiva e 2
partes de água ou preferencialmente argamassa expansiva tipo “grout”.
Quando houver ocorrência de infiltrações ou veios de água com influência de
lençol freático, executar tamponamento com a utilização de cimento de pega ultrarrápida.
Os cantos e arestas (verticais e horizontais) deverão ser arredondados em meia
cana (R=8,0 cm), conforme Figura 7.
35
Figura 7 – Cantos e Aresta
Fonte: Própria autoria
Ao longo das fissuras, ao redor das tubulações e/ou interferências que
transpassem a área, deverão ser executadas aberturas, à serem tratadas convenientemente,
através de calefação com mastique à base de polissulfeto (massa elástica mono componente a
base de polissulfetos que vulcaniza-se à temperatura ambiente).
Nota: As tubulações deverão ser chumbadas com argamassa expansiva tipo “grout”.
4.1.2 Execução da impermeabilização
Ferramentas necessárias:
 Recipiente para mistura do material;
 Furadeira;
 Broca tipo “misturador”;
 Trincha ou vassoura de pelo;
36
 Tesoura
 EPI’s.
Preparo do material:
 Adicionar aos poucos o componente B (cimento polimérico – pó) ao
componente A (resina – líquido) (Figura 8) e misturar mecanicamente por 3
minutos ou manualmente por 5 minutos, dissolvendo totalmente os grumos que
possam vir a formar.
 Após a mistura dos componentes A + B, o tempo de utilização deste não
deverá ultrapassar o período de 40 minutos (Figura 8).
Figura 8 - Dois componentes da argamassa polimérica
Fonte: Própria autoria
Aplicação do sistema:
 Umedecer previamente toda a superfície a ser impermeabilizada. É importante
lembrar que a mesma não deverá estar encharcada.
37
 Efetuar a aplicação com trincha ou vassoura (Figura 9) de pelo de 3 demãos da
mistura (argamassa polimérica) em sentidos cruzados, respeitando intervalos
de 2 a 6 horas entre demãos, dependendo da temperatura ambiente esse
intervalo pode variar bastante. O importante é observar a secagem da demão
anterior. Caso a mesma esteja muito seca, umedecer novamente a superfície
antes da nova aplicação.
Figura 9 - Aplicação de argamassa polimérica
Fonte: IBI
 Em regiões de grande solicitação, como ao redor de ralos, tubulações, cantos
arredondados (meia-cana), chumbadores, juntas de concretagem, etc., reforçar
com tela de poliéster ou nylon, logo após a primeira demão.
 Caso existam fissuras, as mesmas deverão ser tratadas com mastique de
polissulfeto, após a secagem completa do sistema.
 Não aplicar o cimento modificado com polímeros sobre superfície com massa
que contenha cal ou hidrófugo.
38
4.1.3 Proteção Mecânica
PRIMÁRIA
 Sobre a impermeabilização aplicar argamassa composta por cimento e areia
(traço 1:3), com 1 cm de espessura;
 Nas verticais, aplicar chapisco prévio com cimento e areia, traço volumétrico
1:3.
ACABADA
 Sobre a impermeabilização aplicar argamassa composta por cimento e areia
(traço 1:3), com 2 cm de espessura, desempenada;
 Execução de juntas perimetrais e quadros de 2 x 2 m, com 1 cm de largura.
4.2 MANTA ASFÁLTICA COM ARMADURA PARA IMPERMEABILIZAÇÃO.
Esta seção inclui:

Preparação de superfície.

Impermeabilização de lajes descobertas com manta asfáltica 3/4 mm, SBS,
aderida com maçarico.

Teste de lâmina d’ água.

Camada separadora.

Proteção mecânica acabada.
Preparação da superfície:

Fazer uma limpeza retirando pedaços de madeira, ferro, plástico, pó, graxa ou
óleos. Afim de maior celeridade e melhor limpeza deve-se usar jato compressor de água com
detergente neutro.

Fazer a fixação das tubulações hidráulica, esgoto (ralos), elétrica, caixas
elétricas, chumbadores, fixações, cantoneiras, contra marcos, bem como devem-se corrigir
eventuais falhas de concretagem com argamassa de traço 1:3 com adesivo na água de
amassamento ou "grout".
Importante: Observar sempre a condição do entorno da área para restringir
interferências ou postergar o início dos serviços de impermeabilização.
39

As distâncias entre tubos deve ser suficiente para o perfeito acabamento do
sistema e jamais tubos ou ralos devem ficar rentes a paredes.

Execução da regularização:
Etapa importante para o perfeito funcionamento do sistema impermeabilizante.
o Fixar as mestras ajustando sempre nas áreas externas para caimento mínimo de
1,0% e em áreas internas mínimo de 0,5%. A argamassa de regularização não
deve possuir aditivos hidrofugantes, sob pena reduzir a aderência do sistema. O
seu traço em volume é 1:3 proporção de cimento e areia média peneirada e sem
matéria orgânica. A água de amassamento a ser usada é composta de uma parte
de emulsão adesiva por duas partes de água.
o Fazer um rebaixamento da argamassa de regularização em torno dos ralos com
raio de 30 cm, sob pena de reter água, dada à dupla manta ao redor dos
mesmos.
o Usar apenas desempenadeira de madeira para que fique com boa rugosidade.
o Na vertical usar um chapisco de traço 1:2 para melhorar aderência do emboço.
É necessário uma cava (3,0 cm) da parede para o perfeito encaixe das mantas.
Adotar rodapé de 35 cm de altura.
o Os cantos e arestas (verticais e horizontais) deverão ser arredondados em meia
cana com raio circular de 5 cm. Evitar chanfros, mísulas, pois apenas reduzem
o angulo de 90º para dois de 45º.
o Deve ser previsto diferença de cota ± 2 cm entre ambientes internos e externos.
Terminar a regularização em ambiente contínuos com relevo de ± 1 cm,
restringindo a passagem de água.
Execução da Impermeabilização
Ferramentas necessárias:
 Espátula;
 Jogo de roletes para aderência;
 Cabo e Rolo de pintura de lã de carneiro;
 Estilete;
 Trena;
 Meada;
 Vassourão e vassoura de piaçava;
40
 Vassoura de pelo;
 Brocas;
 Furadeira;
 Chave de fenda;
 Colher de pedreiro;
 Maçarico, Figura 10;
 EPI’s .
Figura 10 - Materiais
Fonte: IBI
Aplicação do sistema:
A cura mínima da argamassa de regularização é 72 h. É necessário retirar toda a
sujeira existente antes da aplicação do primer, inclusive poeira.
 Aplicar o prime e após a secagem do mesmo alinhar a manta de modo a cobrir
toda área (Figura 11). Aguardar a completa secagem do mesmo que é de
aproximadamente 4 horas (dependendo das condições climáticas, podendo
chegar até 24 horas). No rodapé deve-se parar 5 cm abaixo da cava para
permitir uma melhor fixação da argamassa nova com a antiga (ancoragem).
41
Figura 11 - Aplicação do prime
Fonte: Própria autoria
 Executar detalhes, tais como ralos, juntas de dilatação, tubos que cortam a laje,
entre outros específicos (Figuras 12, 13, 14).
Figura 12- Detalhe ralos
Fonte: Betumat Química
42
Figura 13 - Detalhe tubo passando pela laje
Fonte: Betumat Química
Figura 14 - Detalhe junta de dilatação
Fonte: Betumat Química
 Fazer o alinhamento (Figura 15) das mantas asfálticas fabricadas com asfalto
elastomérico (SBS), na horizontal, conferindo assim, o ponto de saída do
sistema (esquadro), obedecendo também como ponto de saída, os pontos de
43
escoamento (ponto mais baixo) indo para os pontos mais altos. A sobreposição
das mantas deverá obedecer a essa sequência para que ao final, essa
sobreposição se assemelhe à sobreposição de telhas, ou seja, sempre seguindo
o sentido do escoamento. Obs.: O sentido de aplicação das mantas variará em
função da solicitação da estrutura.
Figura 15 - Alinhamento e aplicação
Fonte: http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/impermeabilizacaocom-manta-asfaltica/192
 Após o alinhamento da manta, rebobiná-la e iniciar a colocação. A colagem
que deverá ser feita através da chama do maçarico devendo-se ter muito
cuidado no bizelamento das emendas das mantas, Figura 12.
 Logo em seguida à colocação da primeira manta, as demais deverão ser
sobrepostas em 10 cm, exemplificando na figura.
 Executar as mantas na posição horizontal, subindo 10 cm para a vertical
(rodapés).
Nota: No caso das paredes e fundo de reservatório mudar o primer para
emulsão e não mais solução asfáltica, a fim de evitar o uso de solventes em
ambientes fechados. Uma outra medida de segurança importante é o uso de
44
exaustores e ter sempre um membro da equipe de aplicadores de prontidão fora
do reservatório para quaisquer eventualidades. Feito estas considerações a
sequência do serviço é a seguinte Aplica-se o prime diluído em 30% de água;
aguarda a sua cura (em torno de 6-8h) e segue naturalmente a sequência do
item 2.
 Observação: Quando se tratar de impermeabilização de paredes de reservatório
ou piscina não se utiliza a camada separadora e deve ser impermeabilizado o
teto do reservatório, a fim de evitar uma aceleração da corrosão da armadura,
com uso de emulsão asfáltica elastomérica.
Teste de Lâmina de água
Antes da camada separadora e da proteção mecânica, executar o teste de
estanqueidade. Tamponar as saídas (portas, esquadrias com barreiras provisórias executadas
com a própria manta) e pontos de escoamento (também com tamponamentos provisórios
executados com a própria manta, ou esferas de borracha infláveis).
Efetuar o enchimento do ambiente com lâmina de água, de acordo com a figura
13, limpa de aproximadamente 10 a 15 cm (o suficiente para que toda a extensão seja
coberta).
O teste deverá proceder durante 72 horas no mínimo (atendimento à norma)
para que eventuais falhas no sistema sejam detectadas. Contudo para piscinas e grandes vãos
deve-se deixar pelo menos cinco dias.
45
Figura 16 - Teste de lâmina d'água
Fonte: Primer impermeabilizantes
Camada Separadora
Aplicar sobreposta sobre a camada de impermeabilização uma camada
separadora (essencial para evitar a aderência da proteção mecânica na manta e a mesma sofrer
os esforços de dilatação e contração da argamassa).
Pode ser utilizado como camada separadora:
 Filme plástico de 24 micras de espessura;
 Esta etapa é transitória e, por conseguinte a proteção mecânica deve iniciar
imediatamente evitando retrabalhos por danos causados ao sistema.
Proteção Mecânica Acabada
Sobre a impermeabilização aplicar argamassa composta por cimento e areia
(traço 1:3), com 3 cm de espessura, desempenada.
Execução de juntas perimetrais e quadros de 2 x 2 m, com 2 cm de largura e
preenchidas com argamassa betuminosa, de areia e emulsão asfáltica, traço 8:3. ou asfalto
elastomérico e em áreas de maior exigência estética usar poliuretano.
46
Nas verticais, aplicar chapisco prévio com cimento e areia, traço volumétrico
1:3.
Fixar a tela galvanizada fio 24 (BWG), malha ½” com chapisco grosso e sobre
este executar a argamassa de cimento e areia com traço volumétrico 1:3.
47
5. METODOLOGIA
A aplicação da metodologia será realizada em dois estudos de caso. O primeiro é uma
análise realizada numa impermeabilização ineficiente, onde foram verificadas as possíveis
falhas. Já o segundo estudo de caso está relacionado a elaboração de uma possível solução de
um problema de infiltração.
Em ambos os estudos foi realizada uma análise comparativa na qual os serviços
realizados estão de acordo com o que é normatizado, se a escolha do material foi adequada e
se houve um projeto prévio do serviço. Para o acompanhamento dessa analise tem-se o roteiro
de verificações a seguir e a Tabela 3:
Projeto
 Existência de projeto;
 Verificação da área a ser impermeabilizada;
 Escolha do sistema adequado.
Processo executivo
 Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada;
 Detalhes executivos.
Serviços complementares
 Preparação da superfície;
 Proteção mecânica;
 Teste.
Para seguir esse roteiro foram feitas diversas visitas aos locais de serviço, assim como
fotos, e comparação com normas.
48
Tabela 3 – Roteiro de verificação
ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO
SERVIÇO:
SIM NÃO
Existência de
projeto
Projeto
Verificação da área
a ser
impermeabilizada
Escolha do sistema
adequado.
Impermeabilização
pela face a ser
impermeabilizada
Processo executivo
Detalhes executivos
Preparação da
superfície
Serviços
complementares
Proteção mecânica
Teste
Fonte: Própria autoria
OBSERVAÇÕES
49
6. ESTUDOS DE CASOS
6.1 CASO 1 – PISCINA
O primeiro estudo de caso se trata de uma impermeabilização realizada numa piscina
de um condomínio residencial de apartamentos, no bairro de Alto do São Manoel em
Mossoró/RN. A piscina está localizada no pavimento térreo, e foi executada pelo método
construtivo de estrutura mista de concreto e bloco, e por apresentar um pavimento de subsolo
abaixo da mesma, foi considerada como um reservatório elevado. A impermeabilização foi
realizada com manta asfáltica seguindo todos os requesitos necessários, que foram relatados
no item 4.2 deste trabalho, inclusive o teste de lâmina d’água. Na Figura 17 pode-se vê a
planta baixa do condomínio e a localização da piscina.
Figura 17 - Planta baixa do condomínio, com localização da piscina
Fonte: Construtora empreiteira
50
Entretanto após um ou dois meses da realização da impermeabilização, quando a obra
já estava na fase de acabamentos, ou seja, prestes a ser entregue com a piscina totalmente
concluída, foi constatado um vazamento, o que veio a ser um retrabalho pois já havia
colocado a cerâmica, o que dificultaria muito para localizar o vazamento e solucionar o
problema.
Inicialmente com esse intuito retirou-se a cerâmica, Figura 18, e o reboco apenas das
proximidades do local onde se apresentava o vazamento. A partir disto, tentou-se fazer um
paliativo, fazendo remendos nos locais que apresentavam rachaduras na manta asfaltica. Notase que na retirada da cerâmica já foi constado uma rachadura de tamanho considerável no
reboco, já sendo uma evidência que poderia ser um problema da estrutura.
Figura 18 – Cerâmica retirada e reboco rachado
Fonte: Própria Autoria
Mas a situação não foi sanada e continuou a aparecer mais vazamentos, logo houve a
necessidade de retirar cerâmica e refazer toda a impermeabilização. Porém, quando a
cerâmica foi retirada, constatou-se um novo problema, toda a manta apresentava rachaduras
Figura 19 e por baixo dela foram encontradas em toda laje da piscina trincas, fissuras e
desagregamento do concreto.
51
Figura 19 – Rachaduras em toda a manta
Fonte: Própria Autoria
Constatou-se que a estrutura apesar de não ter chegado ao colapso, estava
apresentando deslocamentos consideráveis o que favoreceu também para o surgimento dessas
trincas e como consequência a ruptura do material impermeabilizante. Esse material apesar
de flexível, não teve resistência suficiente para resistir as ações e partiu-se em alguns locais,
como
verificou-se após a retirada da cerâmica. As Figuras 20, 21, 22 e 23 mostram
rachaduras e o rompimento do material impermeabilizante que comprovam o que foi acima
explanado.
52
Figura 20 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante
Fonte: Própria Autoria
Figura 21 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante
Fonte: Própria Autoria
53
Figura 22 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante
Fonte: Própria Autoria
Figura 23 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante
Fonte: Própria Autoria
54
O fabricante de impermeabilizantes forneceu duas soluções (conforme Parecer
Técnico em anexo), para casos especiais, para que a camada de impermeabilizante torne-se
mais flexível, suportando assim uma maior movimentação.
Ainda solicitou que para a impermeabilização ser feita, as patologias apresentadas
deveriam ser tratadas, conforme orientação do estruturalista. E que também, era necessário
promover um teste de carga plena (substrato) de no mínimo 72 horas, conforme consta da
Norma (ABNT NBR 9574/08).
Para a avaliação da impermeabilização tem-se a Tabela 4.
55
Tabela 4 – Roteiro de piscina do condomínio
ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO
SERVIÇO: Piscina de Condomínio
SIM NÃO
Projeto
Existência de
projeto
x
Verificação da área
a ser
impermeabilizada
x
Escolha do sistema
adequado.
x
Impermeabilização
pela face a ser
impermeabilizada
x
Detalhes executivos
x
Preparação da
superfície
x
Proteção mecânica
x
Teste
x
Processo executivo
Serviços
complementares
Fonte: Própria autoria
OBSERVAÇÕES
56
Projeto
 Existência de projeto;
o Foi verificado a existência de um projeto de impermeabilização total do
condomínio. A Figura 24 mostra uma parte do projeto que determinava
a área térrea que necessita de impermeabilização e na comparação com
a planta baixa (Figura17), a área da piscina está demarca como a ser
impermeabilizada.
Figura 24 - Projeto de impermeabilização / Área a ser impermeabilizada
Fonte: Construtora empreiteira
 Verificação da área a ser impermeabilizada;
57
o No projeto as áreas a serem impermeabilizadas foram determinadas
corretamente
 Escolha do sistema adequado.
o Foi determinado sistemas diferentes para cada área determinada,
adequando-os as necessidades de cada uma.
Processo executivo
 Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada;
o A impermeabilização foi feita corretamente, com profissionais
especializados e treinados e material adequado de boa qualidade.
 Detalhes executivos.
o Os detalhes executivos como ralos, cantos, emendas, entre outros foram
feitos em conformidade.
Serviços complementares
 Preparação da superfície;
o A superfície que recebeu a impermeabilização foi devidamente
preparada, com a limpeza total e regularização da superfície, também
foi feita a fixação da tubulação hidráulica, de esgoto, elétrica,
chumbadores, entre outros.
 Proteção mecânica;
o Com a impermeabilização concluída e após o teste foi feita a proteção
mecânica corretamente, junto com as juntas perimetrais e na vertical o
chapisco prévio com cimento e areia, além da tela galvanizada fio 24
(BWG), malha ½” com chapisco grosso e sobre este executou a
argamassa de cimento e areia.
 Teste.
o Executou-se o teste de estanqueidade, tamponou-se as saídas (portas,
esquadrias com barreiras provisórias executadas com a própria manta) e
pontos de escoamento (também com tamponamentos provisórios
executados com a própria manta, ou esferas de borracha infláveis).
Efetuou o enchimento da piscina por completo e observou durante
alguns dias.
58
6.2 CASO 2 - CISTERNA
O segundo estudo de caso trata-se duas cisternas (Figura 25) localizadas em uma
garagem de uma empresa de transporte e aluguel de máquinas. Essas cisternas são interligadas
e apresentavam dimensões 3mx3mx3m e localizavam-se na área onde ocorre a lavagem dos
veículos e são utilizadas com essa finalidade.
Figura 25 - Planta das cisternas
Fonte: Própria Autoria
O responsável pela empresa reclamou que as cisternas baixavam o nível de água com
frequência, inclusive em dias em que não se usava muita água, o que levava a crê que havia
perda de água por infiltrações. Ele informou que já havia usado alguns métodos de
impermeabilização, nos quais solucionavam o problema momentaneamente, mas que em
alguns meses retornava.
59
Na análise das cisternas verificou-se várias trincas e fissuras, e verificou-se que
possivelmente eram provenientes do constante movimento de carros grandes e máquinas que
passavam sempre próximo as cisternas.
Os impermeabilizantes já usados anteriormente eram todos rígidos, que vem a ser um
sistema apropriado para reservatórios enterrados, mas não recomendado para locais com
movimentações e vibrações.
Viu-se então a necessidade de usar o sistema de impermeabilizante flexível, nesse caso
a manta asfáltica. E ainda por ser um ambiente de muita movimentação e vibração, optou-se
por uma manta de 4mm, mais espessa e resistente.
O uso de manta poderia apresentar falha, devido à ser um reservatório enterrado em
ambiente de lavagem, onde poderia existir água de fluxo negativo, ou seja, a água vinha de
fora pra dentro, e nesse fluxo a água poderia infiltrar na alvenaria e no reboco chegando até a
manta asfáltica. Como a manta é impermeável, a água não ultrapassa, ficando entre a manta e
o reboco, e assim vai descolando a manta da parede.
Com o descolamento, a manta não fica aderida as paredes e vem a cair, destruindo a
impermeabilização e a proteção mecânica.
Então havia necessidade de assegurar que a manta não iria cair, e a solução encontrada
foi que a manta deveria ser parafusada. Ou seja, em diversos locais, com espaçamento
aproximado de um metro foi colocado parafusos com grandes arruelas para fixar ainda mais a
manta na parede (Figuras 26, 27 e 28). Para que os parafusos não entrem em contato com a
água e venham a sofrer oxidação, foram colocados manchões por cima deles, isto é, colou-se
um pequeno pedaço de manta sob os parafusos.
60
Figura 26 - Colocação de parafusos
Fonte: Própria autoria
Figura 27 - Colocação de parafusos
Fonte: Própria autoria
61
Figura 28 - Colocação de parafusos
Fonte: Própria autoria
Por seguinte foi feito a proteção mecânica, que ganharia mais uma função, a de evitar
que a água de fluxo negativo formasse bolsas de água (buchos) na manta. A Tabela 5 relata a
verificação.
62
Tabela 5 – Roteiro de verificação das cisternas
ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO
SERVIÇO: Cisternas
SIM NÃO
Existência de
projeto
Projeto
x
Verificação da área
a ser
impermeabilizada
x
Escolha do sistema
adequado.
x
Impermeabilização
pela face a ser
impermeabilizada
x
Detalhes executivos
x
Preparação da
superfície
x
Proteção mecânica
x
Teste
x
OBSERVAÇÕES
Sem necessidade, serviço pequeno
Para ser adequado necessitou de reforço
Processo executivo
Serviços
complementares
Fonte: Própria autoria
Novo detalhe, parafusos
63
Projeto
 Existência de projeto:
o Não houve projeto executivo do serviço, pois não havia necessidade
devido ao tamanho da impermeabilização, aproximadamente 95 m²,
duas cisternas.
 Verificação da área a ser impermeabilizada:
o Apesar de não haver projeto, foi feita um estudo do que necessitava
impermeabilizar.
 Escolha do sistema adequado:
o O material escolhido esta condizente com as necessidades da obra, mas
verificou-se um caso especial que por ser cisternas, há a possibilidade
de água no sentido oposto, o que pode vim a descolar a manta e para
sanar esse problemas aumentou-se a aderência da manta a parede com
parafusos, e caso aconteça o surgimento de água negativa, estes
serviram como reforço para segurar a manta.
Processo executivo
 Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada:
o A impermeabilização foi feita corretamente, com profissionais
especializados e treinados e material adequado de boa qualidade.
 Detalhes executivos:
o Os detalhes executivos como ralos, cantos, emendas, entre outros foram
feitos em conformidade.
Serviços complementares
 Preparação da superfície:
o A superfície que recebeu a impermeabilização foi devidamente
preparada, com a limpeza total e regularização da superfície. Também
foi feita a fixação da tubulação hidráulica, chumbadores, entre outros.
 Proteção mecânica:
o Com a impermeabilização concluída e após o teste foi feita a proteção
mecânica corretamente, junto com as juntas perimetrais e na vertical o
chapisco prévio com cimento e areia, além da tela galvanizada fio 24
(BWG), malha ½” com chapisco grosso e sobre este executou a
argamassa de cimento e areia.
64
 Teste:
o Executou-se o teste de estanqueidade, tamponou-se as saídas (portas,
esquadrias com barreiras provisórias executadas com a própria manta) e
pontos de escoamento (também com tamponamentos provisórios
executados com a própria manta, ou esferas de borracha infláveis).
Efetuou o enchimento das cisternas por completo e observou durante
alguns dias.
65
7. CONCLUSÕES
7.1 CASO 1 – PISCINA
Para a realização de toda a impermeabilização do condomínio, a construtora fez um
projeto de impermeabilização, que vem a ser a forma apropriada. O sistema de
impermeabilização utilizado é correta para esses casos.
Sua execução seguiu as orientações das normas, com uma regularização depois da
concretagem, deixando a superfície limpa e sem irregularidades pronta para receber a
impermeabilização, as tubulações estavam bem fixadas e os cantos arredondados.
Feito um teste de estanqueidade, depois da impermeabilização com manta asfáltica e
antes da proteção mecânica. A piscina foi cheia totalmente, e assim passou por alguns dias, e
não constatou-se nenhum vazamento. O teste ocorreu momentos depois do serviço ser
realizado e a manta não havia sido rompida pelo trabalho da laje.
A proteção mecânica por fim foi feita adequadamente, com um chapisco prévio,
depois fixação de tela galvanizada com chapisco grosso e sobre ela um reboco. A falha, do
sistema, se deu exatamente por uma questão estrutural.
7.2 CASO 2 - CISTERNAS
Observou-se que por se tratar de apenas cisternas não foi feito um projeto para esta.
Ainda assim, foi feita uma analise prévia para saber qual o material deveria ser usado, pois o
caso apresentava característica que impediam a utilização de qualquer sistema.
E por ser um caso especial pode-se dizer que o material utilizado foi adequado, uma
vez que a manta asfáltica pode ser usada para esse tipo de serviço. Com um respaldo para a
água de fluxo negativo, que poderia vim a prejudicar a impermeabilização.
Quanto aos parafusos que foram usados para dá uma maior fixação na manta, na
norma não encontrou nenhuma recomendação quanto a isso, assim como também nenhuma
restrição.
A impermeabilização foi feita em face correta, assim como todos os detalhes
executivos (entrada e saída de água, interligação entre as cisternas, entre outros). Houve uma
limpeza e regularização da superfície, antes da impermeabilização, além da fixação da
tubulação hidráulica e chumbadores.
66
Antes da execução da proteção mecânica também foi feito um teste de estanqueidade,
onde as cisternas permaneceram cheias por completo por alguns dias. E por fim foi feita a
proteção da impermeabilização.
67
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
O trabalho relatou a grande importância da impermeabilização, que vem a ser o
sistema utilizado para barrar as infiltrações, tal sistema é necessário para proporcionar uma
maior durabilidade e um melhor desempenho da construção.
Logo conclui-se que a impermeabilização tem como objetivo prevenir contra o
surgimento de manifestações patológicas devido a umidade, evitando possíveis danos
precoces. Por essa razão os sistemas de impermeabilização devem ser mais eficientes, com
maiores investimentos que futuramente evitam outros gastos. Para um bom desempenho este
serviço requer: Projeto básico com a determinação da área a ser impermeabilizada e a escolha
do material adequado, processo executivo com profissionais qualificados para que ocorra tudo
nos conformes e a execução também de serviços complementares, como a regularização da
superfície, proteção mecânica e teste de estanqueidade, assim como por seguinte a aplicação
ter um cuidado para não danificar e realizar manutenções necessárias no decorrer do tempo.
Como sugestões tem-se o investimento em novas pesquisas na área de
impermeabilização com a finalidade de achar novos sistemas e soluções para os problemas
ligados a infiltrações. Para trabalhos futuros estudar a aplicação da Membrana de Polímeros
em grandes reservatórios, onde pode ocorrer dilatação. Já existe um sistema onde se dispõe de
argamassa polimérica cimentícia e juntamente com um impermeabilizante flexível, a base de
polímeros modificados com cimentos que, em composição, resultam em uma película elástica
de excelente características de resistência e impermeabilidade, onde tem-se a aplicação de
cinco à sete demãos, que funciona com grande eficiência para esses grandes reservatórios.
REFERÊNCIAS
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Patologia
da
Construção.
Disponível
em:
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Encontro Nacional do Ambiente Construído. Foz do Iguaçu. 2002.
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574-2008: Execução de
Impermeabilização. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118-2007: Projeto de
estruturas de concreto - Procedimentos. ABNT, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674-1999: Manutenções de
Edificações - Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. São Paulo: ABNT, 1999.
BAUER, L. A. Falcão Bauer. Centro Tecnológico de Controle da Qualidades Ltda.
Disponível em: <http://www.primer.com.br/manualdoimpermeabilizador.htm> Acesso em :
29 de Agosto 2013.
BRASIL, BRASÍLIA. Lei n.8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso
XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo,
jun., 3. trim.1993. Legislação Federal e Marginália
CUNHA, A.G.; NEUMANN, W. Manual impermeabilização e isolamento térmico. Rio de
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Editora PINI, 1ª Edição, 2ª Tiragem, 2002.
PINTO, Fernando Manuel Cravo Aguiar. Degradação dos Materiais de Construção por
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SPERANZA, Sérgio M. Laudo de Exemplo – Pericia de Engenharia – Parecer Técnico.
Disponível em: <http://www.seutrabalho.com/consultoria/laudo_tec.htm> Acesso em: 29 de
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WELER, Aldo. Carbonatação do concreto – Fenofaleína. Disponível em:
<http://aldowerle.blogspot.com.br/2012/09/carbonatacao-do-conreto-fenolftaleina.html>
Acesso em: 29 de Agosto de 2013.
ANEXO
Parecer Técnico nº.: PT. 001/06/2013
Salvador, 25 de Junho 2013
Cliente:
Obra:
ED. RESIDENCIAL
Local: Natal - RN
At. Engº
Conforme consta da planta de estrutura da ____________________________________,
a piscina foi executada pelo método construtivo de estrutura mista de concreto e
bloco.
Diante das fotos apresentadas abaixo, entendemos que as várias patologias
apresentadas (como trincas, fissuras, rachaduras e desagregamento do concreto,
deverão ser tratadas conforme orientação do estruturalista.
Após tratamento e liberação da estrutura, se faz necessário promover um teste de
carga plena (substrato) de no mínimo 72 horas, conforme consta da Norma NBR
9574/2008- Antes da execução de impermeabilização de estrutura de concreto ou
alvenaria destinada à contenção e ou armazenamento de água ou efluentes, deve ser
efetuado ensaio de carga plena com água limpa/reuso para verificação da
estabilidade estrutural.
Após conclusão das etapas acima, promover um chapisco composto de cimento e
areia, traço 1:2 adicionando aditivo (viafix chapisco- (SBS) na água de amassamento a
ser diluído na proporção 1:2 (aditivo: água).
Após cura de 24 horas aplicar argamassa composta de cimento e areia traço em
volume 1:3 desempolada, espessura mínima 2 cm. Ainda com a argamassa fresca
criar meias canas com raio mínimo de 5 cm nas intercessões do piso com paredes e
paredes com paredes e aguardar a cura por no mínimo 72 horas. Quanto às
tubulações, estas deverão ser chumbadas com argamassa de reparo (Viaplus ST).
Após liberação de todo preparo da base, impermeabilizar a piscina, com sistema de
Manta Asfáltica Tipo IV-A, 4 mm aderida com Asfalto modificado – Tipo II ou III
conforme procedimentos de execução de impermeabilização abaixo:
Luiz Fuchs
Departamento Técnico Viapol
PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Aplicação em mono camada com asfalto quente.
 Piscina de Concreto Elevada
DESCRIÇÃO DO SISTEMA
Impermeabilização com manta asfáltica TORODIN EXTRA EL 4 mm, aplicada com
ASFALTO MODIFICADO VIAPOL.
MATERIAL
TORODIN EXTRA é uma manta impermeabilizante a base de asfalto modificado com
polímeros elastoméricos (EL), estruturada com não tecido de filamentos contínuos de
poliéster, previamente estabilizado. Ensaios e especificações segundo NBR 9952/07-Tipo
IV-A.
Acabamento superficial:
AA: Areia/Areia – Areia em ambas as faces para colagem com asfalto quente.
ASFALTO MODIFICADO VIAPOL é um produto obtido do asfalto destilado de petróleo,
modificado com plastificantes e processado industrialmente com catalisadores especiais, de
forma a conferir ao produto total impermeabilidade, ductibilidade e plasticidade para
acompanhar as movimentações previstas para estrutura, especialmente desenvolvidas para
colagem de mantas asfálticas elastoméricas.Ensaios e especificações segundo NBR 9910atende aos Tipos II e III.
ECOPRIMER é um primer composto por emulsão asfáltica isenta de solvente, para
aderência da manta asfáltica ao substrato.
ADEFLEX é um primer composto de solução asfáltica com solvente orgânico para aderência
da manta asfáltica ao substrato.
VIAFIX é uma emulsão adesiva a base de resinas sintéticas, para aderência da argamassa
de regularização ao substrato.
TESTE DE CARGA D’AGUA
Antes da preparação da superfície, executar teste de carga d’água por no mínimo 72 horas,
para acomodação da estrutura e verificar eventuais aparecimentos de trincas e fissuras que
venham a ocorrer quando da carga total e possibilitar a preparação adequada para a
superfície a ser impermeabilizada.
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE PARA RECEBER A MANTA ASFÁLTICA
A superfície deverá ser previamente lavada, isenta de pó, areia, resíduos de óleo, graxa,
desmoldante, etc.
Sobre a superfície úmida, executar regularização com argamassa de cimento e areia média,
traço 1:3, utilizando água de amassamento composta de 1 volume de emulsão adesiva
VIAFIX e 2 volumes de água Essa argamassa deverá ter acabamento desempenado, com
espessura mínima de 2 cm.
Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido.
Na região dos tubos e ralos, deverá ser criado um rebaixo de 1 cm de profundidade, com
área de 40x40cm com bordas chanfradas para que haja nivelamento de toda a
impermeabilização, após a colocação dos reforços previstos neste local.
Promover a hidratação da argamassa para evitar fissuras de retração e destacamento.
Fazer testes de caimento, identificando e corrigindo possíveis empoçamentos.
Todos os cantos e arestas deverão ser arredondados com raio aproximado de 5cm a 8cm.
Sugerimos à existência de mísula estrutural na junção de piso e paredes.
Deverá ser previsto o arremate da impermeabilização nos paramentos verticais de acordo
com os detalhes inseridos no projeto de impermeabilização.
Os ralos e demais peças emergentes deverão estar adequadamente fixados, de forma a
executar os arremates conforme os detalhes do projeto.
As tubulações deverão ser fixadas com flanges e contra flanges para um perfeito arremate
da impermeabilização. Não poderá haver emendas das tubulações embutidas no concreto.
APLICAÇÃO DA MANTA TORODIN
Aplicar sobre a regularização uma demão de primer ADEFLEX OU ECOPRIMER com
rolo ou trincha e aguardar a secagem por no mínimo 6 horas.
Iniciar a aplicação da manta pelas laterais. Posteriormente executar o fundo da piscina,
objetivando evitar danos da manta do piso.
Deverá ser feito um reforço de 30X30cm fundo e parede na meia cana de todo perímetro da
piscina utilizanto a manta TORODIN EXTRA EL 4 mm, a colagem deverá ser feita com uma
demão de ASFALTO MODIFICADO VIAPOL.
Desenrolar toda a bobina de manta, fazer o alinhamento da mesma, rebobiná-la novamente
e iniciar, portanto a colocação propriamente dita do TORODIN EXTRA EL 4 mm.
Aplicar uma demão de ASFALTO MODIFICADO VIAPOL com no mínimo 2 mm de
espessura e em seguida desenrolar o TORODIN EXTRA EL 4mm sobre a superfície do
asfalto, tomando-se sempre o cuidado de deixar um excesso de asfalto na frente do rolo.
Aplicar forte pressão sobre a manta do centro para fora, a fim de expulsar bolhas de ar que
possam estar retidas entre esta e a superfície.
Após a colocação da primeira manta, as demais deverão ser sobrepostas em 10 cm,
observando-se que o asfalto deve ser aplicado também nas sobreposições e que haja
excesso de asfalto, de modo a garantir uma perfeita fusão entre as mantas, resultando num
cordão de asfalto sobre as emendas.
A manta deverá virar no deck da piscina, no mínimo 50 cm para uma perfeita ancoragem.
Quando não houver deck de concreto, a manta deverá virar na borda, descendo pela
parede, pelo lado externo cerca de 50 cm.
Após a colagem da manta TORODIN EXTRA EL 4 mm, fazer o teste de estanqueidade,
enchendo o local por no mínimo 72 horas.
Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido.
Após o teste de estanqueidade e sobre a superfície seca, dar um banho de asfalto em todas
as emendas e recortes para reforço e correção de possíveis falhas de colagem da manta.
1.3
OBSERVAÇÕES
a) Trabalhar com o asfalto entre 180 ºC e 210 ºC sempre perto da bobina, não permitindo
que a distância ultrapasse meio metro, pois este quando frio, dificulta a colagem da
manta.
b) É indispensável o uso de termômetro para controle da temperatura do asfalto no
recipiente onde o mesmo está sendo aquecido. Este procedimento é necessário tendo
em vista que caso a temperatura ultrapasse 220 oC haverá queima dos componentes do
produto reduzindo sua vida útil. Recomendamos a utilização de caldeira adequada para
tal fim.
c) Antes da proteção mecânica, fazer o teste de estanqueidade, enchendo os locais
impermeabilizados com água, mantendo o nível por no mínimo 72 horas. Neste período
colocar o sistema de tratamento de água em funcionamento para testar as tubulações e
os arremates da impermeabilização.
d) Executar reforços em pontos críticos, tais como ralos, tubos emergentes, juntas de
dilatação, etc.
e) A impermeabilização deve atender o disposto na norma NBR-9575/2003Impermeabilização – Seleção e projeto.
PROTEÇÃO MECÂNICA
Argamassa de Proteção Mecânica.
Horizontal
Sobre a impermeabilização, executar argamassa de proteção mecânica de cimento e areia
traço 1:4, desempenada com espessura mínima de 4 cm, aditivado com emulsão adesiva
VIAFIX na água de amassamento.
Vertical
Sobre a impermeabilização, executar chapisco de cimento e areia, traço 1:3, seguido da
execução de uma argamassa desempenada de cimento e areia média, traço 1:4, utilizando
água de amassamento composta de 1 volume de emulsão adesiva VIAFIX e 2 volumes de
água.
A argamassa deverá ser armada com tela plástica, ultrapassando 10cm acima da manta
asfáltica.
A tela deverá virar sobre o deck, no mínimo 60 cm. Quando não houver deck de concreto,
virar na borda da piscina, descendo cerca de 60 cm pelo lado externo da parede.
Recomenda-se duplo reforço de tela na borda da piscina, onde os esforços de
tracionamento são maiores.
Executar em seguida os revestimentos previstos, que deverá ser dimensionado e estudado
de acordo com o projeto.
Recomenda-se o uso do cimento tipo CP IV – pozolânico para o assentamento dos azulejos
para evitar eflorescência de carbonato de cálcio.
CONSUMO
Primer ADEFLEX ou ECOPRIMER: 0,40 l/m2;
Manta asfáltica TORODIN EXTRA: aprox. 1,15 m2 de manta/m2 de superfície (10% para
sobreposições e 5% para arremates e reforços).
Emulsão Adesiva VIAFIX: 0,30 l/m2.
Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido.
ASFALTO MODIFICADO VIAPOL - 3,00 kg/m2
ESTOCAGEM
Primer – Armazenar o ADEFLEX por 18 meses e o ECOPRIMER por 12 meses a partir da
data de fabricação, em local seco e ventilado e nas embalagens originais e intactas e longe
de fontes de calor.
Manta asfáltica TORODIN EXTRA - Armazenar por 5 anos a partir da data de fabricação, as
bobinas na vertical, em local seco, sem incidência de chuva e com boa ventilação e longe de
fontes de calor.
Emulsão Adesiva VIAFIX - Armazenar por 12 meses a partir da data de fabricação, em local
seco e ventilado e nas embalagens originais e intactas.
ASFALTO MODIFICADO VIAPOL - Armazenar por 12 meses a partir da data de fabricação,
em local seco e ventilado, nas embalagens originais e intactas e longe de fontes de calor.
As especificações aqui contidas, retratam nossa experiência na fabricação de produtos impermeabilizantes destinados à construção civil, bem
como de nosso acompanhamento de suas utilizações em inúmeras situações similares. Nossa responsabilidade junto aos clientes é indicar
sempre as melhores soluções, sendo que a Viapol garante seus produtos contra defeitos de fabricação, não podendo assumir qualquer
responsabilidade sobre o desempenho final, uma vez que não temos controle direto sobre as aplicações, bem como desconhecemos as
condicionantes de execução da obra, que poderão impor outras soluções, as quais mereceriam a análise específica e detalhada de um
Projetista de Impermeabilização.
Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido.
FOTOGRAFIAS DAS PATOLOGIAS:
Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido.
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