UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL FRANCISCO ASSIS COSTA JÚNIOR ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ASSOCIADAS ÀS IMPERMEABILIZAÇÕES: CAUSAS, CORREÇÕES E PREVENÇÃO. MOSSORÓ-RN 2013 FRANCISCO ASSIS COSTA JÚNIOR ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ASSOCIADAS ÀS IMPERMEABILIZAÇÕES: CAUSAS, CORREÇÕES E PREVENÇÃO. Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas para obtenção do título de Engenheiro Civil. Orientador: Prof. M.Sc. João Paulo Matos Xavier MOSSORÓ-RN 2013 Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA C837a Costa Júnior, Francisco Assis. Análise de manifestações patológicas associadas às impermeabilizações: causas, correções e prevenção / Francisco Assis Costa Júnior. – Mossoró, RN : 2013. 76f. : il. Orientador: Profº. M. Sc. João Paulo Matos Xavier. Monografia (Graduação) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Graduação em Engenharia Civil, 2013. 1. Impermebilização – execução. 2. Manta asfaltica. 3. Argamassa polimérica. I. Título. CDD: 690.1 Bibliotecária: Marilene Santos de Araújo CRB-5/1033 A toda minha família, pelo amor e o apoio incondicional. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente ao meu pai, Assis, por seu apoio e instruções, que contribuiu muito para meu aprendizado. A minha mãe, Lúcia, pelo amor e paciência de sempre. As minhas irmãs, Isabel e Raquel, por sempre estarem do meu lado. Ao meu orientador, João Paulo, pela orientação desse trabalho. Ao professor e coordenador do curso de Engenharia Civil, Raimundo Amorim, pela dedicação frente a formação da primeira turma de engenharia civil da UFERSA. Aos amigos que me fizeram companhia e parceria. “Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes." Martin Luther King. RESUMO O objetivo desse trabalho é avaliar a importância das impermeabilizações no surgimento de manifestações patológicas nas construções. Será explanado um breve estudo a respeito da impermeabilização, as patologias que podem vir a surgir a execução do sistema impermeável e por seguinte analisar duas situações relacionadas ao tema, no qual se verificou a realização dos serviços se estavam de acordo com normas e procedimentos, desde um projeto inicial até a conclusão da impermeabilização. Neste trabalho foram tomados dois estudos de caso, um relatando sobre o ocorrido com uma piscina que apesar de impermeabilizada apresentou diversos vazamentos e outro um caso especial, duas cisternas que apresentavam vazamentos, em uma situação de difícil definição de qual seria o melhor sistema de impermeabilização a utilizar. Os estudos de caso se desenvolveram através de um roteiro de verificação, onde foi feito uma analise de três pontos principais: Projeto, processo executivo e serviços complementares. Concluiu-se com essa pesquisa que é necessário uma impermeabilização, com o propósito de evitar o surgimento de patologias, que danificam a estrutura e diminuem a durabilidade da edificação, ocasionando custos extras, além da insatisfação do proprietário ou usuário. A impermeabilização necessita de um planejamento prévio, para que possa se escolher o material adequado, com profissionais capacitados e uma execução correta, além de ser preciso uma manutenção preventiva a fim de evitar o surgimento de possíveis manifestações patológicas. Palavras chaves: Impermeabilização, execução, manta asfáltica, argamassa polimérica, projeto. ABSTRACT The aim of this study is to evaluate the importance of waterproofing in the emergence of pathological manifestations in buildings. Will be explained a brief study about the waterproofing, the pathologies that can arise running the waterproof system and analyze the following two situations related to the theme, which revealed the completion of service were up to standards and procedures provided an initial design to completion of waterproofing. In this work were taken two case studies, one reporting on the event with a pool that despite waterproofed presented several leaks and other a special case, two cisterns that had leaks in a situation difficult to define what would be the best waterproofing system use. The case studies were developed through a check script, which was made an analysis of three main points: Design, execution process and additional services. It was concluded from this study that sealing is required, in order to avoid the creation of conditions that damage the structure and reduce the durability of the building, causing extra costs, as well as the owner or user dissatisfaction. The waterproofing requires prior planning, so you can choose the appropriate materials, trained professionals and a correct execution, besides being accurate preventive maintenance in order to avoid the appearance of possible pathologies. Keywords: Waterproofing, execution, manta asphalt, polymeric mortar, project. LISTA DE FIGURAS Figura 1 -Cabonatação, alcalinidade da camada de concreto por indicador químico ............21 Figura 2 - Corrosão .................................................................................................................22 Figura 3 - Degradação do concreto.........................................................................................22 Figura 4 – Gesso danificado ...................................................................................................23 Figura 5 - Eflorescência ..........................................................................................................24 Figura 6 - Área regularizada e limpa ......................................................................................34 Figura 7 – Cantos e Aresta .....................................................................................................35 Figura 8 - Dois componentes da argamassa polimérica .........................................................36 Figura 9 - Aplicação de argamassa polimerica .......................................................................37 Figura 10 - Materiais ..............................................................................................................40 Figura 11 - Aplicação do prime ..............................................................................................41 Figura 12- Detalhe ralos .........................................................................................................41 Figura 13 - Detalhe tubo passando pela laje ...........................................................................42 Figura 14 - Detalhe junta de dilatação ....................................................................................42 Figura 15 - Alinhamento e aplicação ......................................................................................43 Figura 16 - Teste de lâmina d'água .........................................................................................45 Figura 17 - Planta baixa do condomínio, com localização da piscina ....................................49 Figura 18 – Cerâmica retirada e reboco rachado ....................................................................50 Figura 19 – Rachaduras em toda a manta ...............................................................................51 Figura 20 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................52 Figura 21 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................52 Figura 22 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................53 Figura 23 – Rachaduras e colapsos.........................................................................................53 Figura 24 - Projeto de impermeabilização / Área a ser impermeabilizada .............................56 Figura 25 - Planta das cisternas ..............................................................................................58 Figura 26 - Colocação de parafusos .......................................................................................60 Figura 27 - Colocação de parafusos .......................................................................................60 Figura 28 - Colocação de parafusos .......................................................................................61 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Contratação dos serviços de impermeabilização ...................................................27 Tabela 2 – Projeto básico e projeto executivo ........................................................................29 Tabela 3 – Roteiro de verificação ...........................................................................................48 Tabela 4 – Roteiro de piscina do condomínio ........................................................................55 Tabela 5 – Roteiro de verificação das cisternas .....................................................................62 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Pesquisa das principais causas de infiltrações.....................................................22 LISTA DE SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ART - Anotação de Responsabilidade Técnica BWG - Birmingham Wire Gauge (medida de arame de Birminghan) CREA - Conselho Regional de Engenharia Agronomia EPI - Equipamento de Proteção Individual NBR – Norma BrasileiraRegulamentadora UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................16 1.1 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................17 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................17 1.2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................................17 1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................18 2. CONCEITOS INERENTES AO TEMA......................................................................19 2.1 DURABILIDADE, DESEMPENHO E MANUTENÇÃO ..............................................................19 2.2 UMIDADE ........................................................................................................................20 2.3 PATOLOGIAS ...................................................................................................................20 3. IMPERMEABILIZAÇÃO ............................................................................................26 3.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO .....................................................................26 3.2 CLASSIFICAÇÃO ........................................................................................................29 3.3 SISTEMAS UTILIZADOS EM IMPERMEABILIZAÇÃO .........................................31 3.3.1 RÍGIDO ........................................................................................................................32 3.3.2 FLEXÍVEL ....................................................................................................................32 4. OS PROCESSOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ......................................................33 4.1 CIMENTO IMPERMEABILIZANTE E POLÍMEROS................................................33 4.1.1 Preparação da superfície: .........................................................................................33 4.1.2 Execução da impermeabilização ..............................................................................35 4.1.3 Proteção Mecânica ....................................................................................................38 4.2 MANTA ASFÁLTICA COM ARMADURA PARA IMPERMEABILIZAÇÃO. .......38 4.2.1 Preparação da superfície: .........................................................................................38 4.2.2 Execução da Impermeabilização ..............................................................................39 4.2.3 Teste de Lâmina de água ..........................................................................................44 4.2.4 Camada Separadora..................................................................................................45 4.2.5 Proteção Mecânica Acabada ....................................................................................45 5. METODOLOGIA ..........................................................................................................47 6. ESTUDOS DE CASOS ..................................................................................................49 6.1 CASO 1 – PISCINA .......................................................................................................49 6.2 CASO 2 - CISTERNA ...................................................................................................58 7. CONCLUSÕES ..............................................................................................................65 7.1 CASO 1 – PISCINA ............................................................................................... 65 7.2 CASO 2 - CISTERNAS .......................................................................................... 65 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .67 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 68 ANEXO ....................................................................................................................... 70 16 1. INTRODUÇÃO Os materiais, as técnicas e os processos de construção de edifícios têm evoluído de forma acentuada nos últimos tempos, requerendo cada vez mais conhecimentos multidisciplinares por parte dos engenheiros, arquitetos, pedreiros, serventes e os construtores em geral. Novos processos têm sido adotados com base em práticas tradicionais da construção resultando, muitas vezes, em insucessos técnicos e econômicos. Isto provoca mudanças de caráter muito mais profundo e radical. (Thomaz, 2002). Atualmente, a construção civil tem um grande avanço na área tecnológica, que reduzem custo e tempo de obra, o que exige um maior controle de execução, uma mão de obra mais qualificada e um maior planejamento prévio. De acordo com Silva (2000), a adoção de novas técnicas, novos materiais e melhoria no processo construtivo têm como efeito menos trabalho realizado no canteiro de obras, aumentando a parcela de tarefas realizadas no escritório e em fábricas de componentes. Uma parte substancial do trabalho artesanal típico da construção civil será substituída pela montagem de componentes, que requer menos esforço físico e novas competências profissionais. E com um pensamento de eficácia é que surge conceitos de durabilidade e desempenho, para que a construção atenda requisitos de qualidade exigidos e surgindo também a necessidade de uma maior manutenção. No item 3.46 da ABNT NBR 9575/10, tem-se Infiltração - penetração indesejável de fluidos nas construções. Já no item 3.39 da mesma NBR, impermeabilização é conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade. Já o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), define impermeabilização como uma técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de banhos ou de outras origens. As infiltrações destroem estruturas, alvenarias e revestimentos, deixa o ambiente insalubre (umidade, fungos e mofo), diminuindo a vida útil da edificação, sem falar no desgaste do proprietário ou usuário que sofre com a má qualidade de vida causada pelos problemas existentes no imóvel. O IBI também relata que: No Brasil, a impermeabilização entendida como item da construção que necessitava de normalização, ganhou especial impulso com as obras do 17 Metrô da cidade de São Paulo, que se iniciaram em 1968. A partir das reuniões para se criar as primeiras normas brasileiras de impermeabilização na ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, por causa das obras do Metrô, este grupo pioneiro, após a publicação da primeira norma brasileira de impermeabilização em 1975, funda neste mesmo ano o IBI Instituto Brasileiro de Impermeabilização para prosseguir com os trabalhos de normalização e iniciar um processo de divulgação da importância da impermeabilização que prossegue até os dias de hoje. O trabalho tem em seu corpo informações sobre impermeabilização, importância, execução, escolha do melhor sistema impermeável, as patologias oriundas de infiltrações. Relata que para impermeabilizar é necessário uma análise de como pode surgir umidade na construção e assim combatê-la, utilizando um método eficaz, que solucione o problema com o menor custo possível. 1.1 JUSTIFICATIVA A impermeabilização é um serviço que vem sendo cada vez mais solicitado e reconhecido, devido a alta incidência de manifestações patologias relacionadas a umidade. Desta forma se faz necessário a elaboração de novos estudos, tendo em vista de que se trata de um sistema que exige mão de obra qualificada como também para se avaliar os possíveis erros, seja pela escolha do método de impermeabilização ou de execução. Aliado a isso essa pesquisa faz parte de um conjunto de trabalhos que objetivam o estudo de manifestações patológicas em edificações proposto pelo Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) com ênfase na área de patologia das estruturas. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Este trabalho apresenta como objetivo geral explanar sobre impermeabilização e dois de seus métodos hoje utilizados e normatizados, assim como demonstrar os efeitos de uma má impermeabilização ou a inexistência dela, avaliando as possíveis causas, prevenção e correções de manifestações patológicas associadas as impermeabilizações. 18 1.2.2 Objetivos específicos Nos objetivos específicos pretende-se: Analisar e indicar os aspectos de projeto que visam prevenir o surgimento de manifestações patológicas associadas as impermeabilizações. Analisar os aspectos referentes a execução das impermeabilizações, evitando possíveis danos precoces. Mostrar como analisar casos com a finalidade de saber qual o melhor método a ser aplicado nas diversas situações, como em uma cisterna, caixa d’água, laje, fundações, entre outros. Analisar dois estudos de caso: Uma piscina que apesar de impermeabilizada apresentou diversos vazamentos; Duas cisternas que apresentavam sérios vazamentos, em uma situação de difícil definição de qual seria o melhor sistema de impermeabilização a utilizar. 19 2. CONCEITOS INERENTES AO TEMA 2.1 DURABILIDADE, DESEMPENHO E MANUTENÇÃO Através do item 5.1.2.3 da ABNT NBR 6118/07 vê-se durabilidade como: “Consiste na capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto.” O item 3.1 da ABNT NBR 5674/99 define desempenho como sendo a capacidade de atendimento das necessidades dos usuários da edificação. Assim é de suma importância que um bem que é dito como durável, como um edifício apresente um planejamento que defina serviços no momento da sua construção que proporcione condições de melhor desempenho, atendendo com eficiência as necessidades do ocupante do edifício. Para que a haja uma maior durabilidade, bom desempenho, também se faz necessário uma séria de ações no decorrer da vida útil do prédio, que vem a ser a manutenção preventiva e corretiva. Na ABNT NBR 5674/99 no item 4 tem-se o escopo da manutenção de edificações, onde: A manutenção de edificações visa preservar ou recuperar as condições ambientais adequadas ao uso previsto para as edificações. A manutenção de edificações inclui todos os serviços realizados para prevenir ou corrigir a perda de desempenho decorrente da deterioração dos seus componentes, ou de atualizações nas necessidades dos seus usuários. A manutenção de edificações não inclui serviços realizados para alterar o uso da edificação. De acordo com o item 3.1 da ABNT NBR 5674/99: “Manutenção: Conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender as necessidades e segurança dos seus usuários”. A impermeabilização quando combate a umidade, previne contra degradações que podem ocorrer devido a esta, contribuindo assim para uma melhor durabilidade e desempenho, além de evitar manutenções corretivas e para isso exige também algumas manutenções preventivas. 20 A impermeabilização tem o papel de proteção contra a umidade, evitar o contato direto da água com algumas partes da edificação, prevenindo desconfortos e problemas estruturais que podem vir a ser causados por esta. 2.2 UMIDADE Segundo o dicionário Michaelis umidade é “qualidade do que é ou está úmido, quantidade de líquido no organismo. Relento, orvalho, garoa”. Klein (1999) relata umidade como sendo “qualidade ou estado úmido ou ligeiramente molhado”. A água é um forte agente agressivo que com sua ação poderá acarretar fadiga e problemas nos elementos construtivos, segundo Verçoza (1991) a umidade é o fator essencial para o aparecimento de eflorescências, ferrugens, mofo, bolores, perda de pinturas, de rebocos e até a causa de acidentes estruturais. E para combater a umidade tem-se uma difícil tarefa uma vez que ela tem várias formas de surgimento na estrutura, são vários caminhos a serem combatidos. Para Verçoza (1991), a umidade pode surgir nas construções das seguintes maneiras: Trazidas durante a construção; Trazidas por capilaridade; Trazidas por chuva; Resultantes de vazamentos em redes hidráulicas; Condensação. 2.3 PATOLOGIAS Para Granato: “Patologia: É a ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças. Pathos = doença Logos = estudo”. E é esse o que tem-se que evitar, na construção civil, vem a ser os defeitos ocasionados pela má execução de serviços, a utilização de materiais impróprios ou a ação agressiva de alguns agentes como vento, água, ambientes corrosivos, calor , entre diversos outros. Segundo Pinto (1996) as patologias de impermeabilização de uma forma geral apresentam-se com características próprias e sistematizadas conforme as descrições a seguir: 21 Carbonatação: Redução da alcalinidade com o tempo, nas superfícies expostas das estruturas de concreto, acarretando a despassivação da armadura da estrutura, essa redução ocorre pela ação principalmente do gás carbônico presente na atmosfera. A Figura 1 mostra a carbonatação verificada devido ao indicador químico, a fenolftaleína. Figura 1 - Cabonatação, alcalinidade da camada de concreto por indicador químico Fonte: http://aldowerle.blogspot.com.br/2012/09/carbonatacao-do-conreto-fenolftaleina.htm Corrosão (Figura 2): Ataque de natureza eletroquímica nas barras da estrutura, em que a presença de umidade, conduz a formação de óxidos/hidróxidos de ferro. A corrosão só ocorre nas seguintes condições: Deve existir um eletrólito (representado pela água); Deve existir uma diferença de potencial (obtido pela tração nas barras de aço); Deve existir oxigênio (ar atmosférico). 22 Figura 2 - Corrosão Fonte: http://emconstrucao10.blogspot.com.br/2011/04/patologia-da-construcao.html Degradação do concreto: ocorre devido a ação da água provocando a dissolução de sais e lixiviamento dos mesmos, conforme Figura 3. Figura 3 - Degradação do concreto Fonte: http://www.engenhariacivil.com/degradacao-materiais-construcao-accao-agua 23 Degradação do forro de gesso: Decomposição do revestimento executado em placas de gesso, devido à ação da água, provocando a dissolução de sais e lixiviamento dos mesmos, vindo a manifestar-se na superfície como bolor, descascamento da pintura e desagregamento do revestimento entre outros. Na Figura 4 tem-se a quebra do gesso devido a ação da água. Figura 4 – Gesso danificado Fonte: http://www.seutrabalho.com/consultoria/laudo_tec.htm Desagregação da argamassa: A desagregação inicia-se na superfície dos elementos de concretos com uma mudança da coloração, seguida de um aumento de fissuras que surgem pela perda do caráter aglomerante do cimento, devido ao ataque, principalmente de sulfatos e cloretos, deixando os agregados livres da união que lhes proporciona a pasta. Desagregação de tijolos maciços: Formação de pó de coloração avermelhada e na forma de escamas, seguida de camadas alternadamente ao interior da peça, devido ao ataque de sulfatos e exagerada pressão hidrostática interna. 24 Eflorescências: Formação de depósitos de sais cristalizados originados pela migração de água, rica em sais, do interior dos componentes de alvenaria e/ou concreto. São identificados por coloração geralmente esbranquiçada (Figura 5). Figura 5 - Eflorescência Fonte: http://speranzaengenharia.ning.com/page/patologias-das-edificacoes Gotejamento de água: Umidade excessiva que se concentra em um ponto da superfície por tensão superficial, caindo por gravidade ao atingir determinado volume. Mancha de umidade: Uma parte circunscrita da superfície que se apresenta impregnada de água, apresentando cor diferente do restante da mesma. Vegetação: é o crescimento de plantas em determinados pontos da estrutura, geralmente em locais com fissuras e presença de umidade. Vesículas: São as formações de bolhas na pintura, que apresentam em seu interior nas cores branca, preta e vermelha acastanhado. O gráfico 1 mostra uma pesquisa das principais causas de infiltrações em uma edificação . Gráfico 1 – Pesquisa das principais causas de infiltrações. 25 70% Fissuras no rodapé das paredes 60% 50% Infiltrações na periferia de ralos e tubulações 40% Fissuras na estrutura 30% Falta efetiva de impermeabilização 20% Projeção mecânica da impermeabilização 10% 0% Causas Principais Fonte: Antonelli (2002). 26 3. IMPERMEABILIZAÇÃO A necessidade da impermeabilização é evidente, entretanto como faz parte do processo construtivo deve ter um planejamento prévio, no qual faz-se uma análise da obra e estuda-se as possíveis formas de ação da umidade neste. Desta forma para um melhor desempenho da impermeabilização deve-se fazer um projeto, assim como o arquitetônico, o estrutural, o elétrico entre outros, no qual descreva detalhadamente os tipos de impermeabilizações a serem usados e sua execução. Esse projeto deve ser feito por um profissional da área legalmente habilitado, devendo conter o que normalmente há em qualquer outro projeto como: estudo preliminar, projeto básico, projeto executivo e serviços complementares necessários. 3.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO Segundo o item IX do Art.6º da seção II da Lei 8.666/93: Projeto - É o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra, serviço ou aquisição de materiais e deve ser elaborado com base nas indicações de estudos técnicos preliminares. O projeto executivo de impermeabilização deve ser realizado por profissionais legalmente habilitados no CREA, que possam exercer esta atividade. O responsável técnico de execução deve obedecer ao projeto totalmente. Em todos os projetos (básico, executivo e realizado), devem constar os dados do profissional responsável junto ao CREA, bem como a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O projeto de impermeabilização deve ser desenvolvido em conjunto e interagindo com o projeto geral e os projetos setoriais, prevendose as especificações em termos de dimensões, cargas, cargas de testes e detalhes. Segundo Antunes (2004) a existência de um projeto de impermeabilização minimiza a ocorrência das patologias, já que permite controlar a execução, além de prever detalhes construtivos como arremates. Na Tabela 1 tem-se uma orientação, de acordo com ao situação, como deve ser a contratação dos serviços de impermeabilização, se requer projeto ou não. 27 Tabela 1 - Contratação dos serviços de impermeabilização Fonte: IBI O projeto deve ser constituído de: memorial descritivo e justificativo, desenhos e detalhes específicos, além das especificações dos materiais e dos serviços a serem empregados e realizados. Para a elaboração do projeto devemos considerar: A estrutura a ser impermeabilizada - Tipo e finalidade da estrutura, deformações previstas e posicionamento das juntas. As condições externas às estruturas - Solicitações impostas às estruturas pela água, as impermeabilizações, detalhes construtivos, projetos interferentes com a impermeabilização e análise de custos X durabilidade. Segundo Ischakewitsch (1996) a participação do projetista de impermeabilização no projeto da obra deve ser na mesma época em que o arquiteto inicia o primeiro estudo, sendo que alguns conceitos básicos no projeto podem e devem ser adotados logo no inicio dos estudos, tais como: Posicionamento da camada de impermeabilização na configuração do sistema; Previsão de acabamentos e terminações que possibilitem a manutenção futura; 28 Vantagens que outros projetos complementares, tais como, os de condicionamento de ar, isolamento térmico, paisagismo e outros, podem aferir do correto dimensionamento e posicionamento da impermeabilização; Vantagem que o projeto de instalações hidro-sanitárias pode aferir devido à distribuição mais racional e compatibilizada de pontos de escoamento e/ou calhas. Segundo Souza e Melhado (1998) o projeto de impermeabilização deve conter as seguintes informações: Os sistemas a serem adotados em cada uma das áreas; A espessura total do sistema de impermeabilização (incluindo-se a regularização); As alturas e espessuras necessárias dos eventuais rebaixos necessários na alvenaria para a execução dos rodapés; Desníveis necessários para a laje; Corte típico de cada sistema a ser empregado, identificando as camadas e suas respectivas espessuras mínimas e declividades; Lista com os pontos críticos dos demais projetos que possam comprometer o sistema de impermeabilização, juntamente com as justificativas e as alterações propostas; A ABNT NBR 9575/10 o item 6.2.3.3 recomenda que o Projeto executivo de impermeabilização deve conter: Plantas de localização e identificação das impermeabilizações, bem como dos locais de detalhamento construtivo; Detalhes específicos e genéricos que descrevam graficamente todas as soluções de impermeabilização; Detalhes construtivos que descrevam graficamente as soluções adotadas no projeto de arquitetura; Memorial descritivo de materiais e camadas de impermeabilização; Memorial descritivo de procedimentos de execução; Planilha de quantitativos de materiais e serviços. A Tabela 2 detalha o projeto básico e o projeto executivo. 29 Tabela 2 – Projeto básico e projeto executivo Fonte: IBI 3.2 CLASSIFICAÇÃO De acordo com o item 4 da ABNT NBR 9575/10, os tipos de impermeabilização são classificados segundo o material constituinte principal da camada impermeável. Cimentícios: argamassa com aditivo impermeabilizante; argamassa modificada com polímero; argamassa polimérica; 30 cimento modificado com polímero. Asfálticos membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; membrana de asfalto elastomérico; membrana de emulsão asfáltica; membrana de asfalto elastomérico, em solução; manta asfáltica. Poliméricos membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado; membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (I.l.R), em solução; membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (S.B.S.); membrana elastomérica de estireno-butadieno-eçtireno-ruber (S.B.R.); membrana de poliuretano; membrana de poliuveia; membrana de poliuretano modificado com asfalto; membrana de polímero acrílico com ou sem cimento; membrana acrílica para impermeabilização; membrana epoxídica; manta de acetato de etilvinila (E.V.A.); manta de policloreto de vinila (P.V.G.); manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D.); manta elastomérica de etilenopropilenodieno-monomero (E.P.D.M.); manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (1.l.R). Para que seja possível determinar qual dos vários tipos de impermeabilização deve-se usar, primeiramente tem que analisar de que forma a infiltração pode surgir na construção, o item 5 da ABNT NBR 9575/10, cita quatro formas: Água de percolação; Água de condensação; Umidade do solo; Pressão unilateral ou bilateral. 31 Enquanto que, em relação à atuação da água, para Cunha e Neumann (1979) é necessário considerar que: Água de percolação é a que atua em terraços, coberturas e fachadas, onde existe livre escoamento, sem exercer pressão sobre os elementos da construção; Água de condensação é a água que atua quando ocorre a condensação do ar atmosférico; Água com pressão é a que atua em subsolos, caixas d'água, piscinas, exercendo força hidrostática sobre a impermeabilização. Pode ser de dois tipos: Água sob pressão negativa: exerce pressão hidrostática de forma inversa à impermeabilização; Água sob pressão positiva: exerce pressão hidrostática de forma direta na impermeabilização. Umidade por capilaridade é a ação da água sobre os elementos das construções que estão em contato com bases alagadas ou solo úmido. Souza e Melhado (1998) afirmam que a seleção do sistema de impermeabilização deve ter como diretrizes: Atender aos requisitos de desempenho; A máxima racionalização construtiva; A máxima construtibilidade; A adequação do sistema de impermeabilização aos demais subsistemas, elementos e componentes do edifício; Custo compatível com o empreendimento; Durabilidade do sistema. 3.3 SISTEMAS UTILIZADOS EM IMPERMEABILIZAÇÃO Conjunto de produtos e medidas adotados, que uma vez aplicados determinam a estanqueidade, a não permeabilidade da área desejada. Pode-se dividir em dois tipos: rígido e flexível. 32 3.3.1 Rígido A ABNT NBR 9575/10 no item 3.44 denomina impermeabilização rígida como conjunto de materiais ou produtos que não apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes construtivas não sujeitas a movimentação do elemento construtivo. Tem um menor custo, mas com restrições de apenas ser indicado para locais não sujeitos à: movimentação; forte exposição solar; variações térmicas e vibração. Como exemplos: Fundações (alicerces), poços de elevadores, subsolos, pisos em contato com o solo, paredes de encosta, muros de arrimo. Principais tipos são argamassa com aditivo impermeabilizante, argamassa polimérica, concreto Impermeável. 3.3.2 Flexível O item 3.41 a ABNT NBR 9575/10 classifica impermeabilização flexível como conjunto de materiais ou produtos que apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis As partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo. Para ser caracterizada como flexível, a camada impermeável deve ser submetida a ensaio específico. Por apresentar normalmente um custo mais elevado é mais indicado para estruturas sujeitas à movimentação, forte exposição solar, variações térmicas e vibração. Como exemplos: Lajes de cobertura, terraços, calhas de concreto, áreas frias: banheiros, cozinhas, áreas de serviço, abóbadas, reservatórios elevados. O sistema flexível se divide ainda em básicos de sistemas: Sistema flexível moldado no local: membranas asfálticas e acrílicas e argamassas poliméricas. Sistema flexível pré-fabricado: mantas asfálticas. 33 4. OS PROCESSOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Optou-se por detalhar dois processos de impermeabilização mais comumente usados: 4.1 CIMENTO IMPERMEABILIZANTE E POLÍMEROS. Normalmente esse processo de impermeabilização exige: Preparação de superfície; Impermeabilização pela face da área a ser impermeabilizada; Proteção mecânica primária e/ou proteção mecânica acabada. 4.1.1 Preparação da superfície: Para a preparação da base, deverão ser adotados alguns parâmetros básicos, conforme descrito a seguir: Área a ser tratada deverá estar isenta de corpos estranhos (pedaços de madeira, ferro etc) pó, graxa, óleos ou desmoldantes, para tanto, recomenda-se a lavagem da estrutura com escova de aço, Figura 6. Após a remoção das impurezas, deve-se jatear a área com água em abundância, se necessário utilizar detergente para total retirada das sobras destes elementos. Deverão ser fixadas todas as tubulações (hidráulica, esgoto, elétrica) e/ou corpos estranhos pertencente à área (chumbadores, fixações, cantoneiras, etc. conforme Figura 6). 34 Figura 6 - Área regularizada e limpa Fonte: Própria autoria Eventuais ninhos e falhas de concretagem (“bicheiras” ou ferragem exposta) deverão ser recompostos com argamassa de cimento e areia média, traço 1:3 (proporção em volume), utilizando a água de amassamento composta de 1 parte de emulsão adesiva e 2 partes de água ou preferencialmente argamassa expansiva tipo “grout”. Quando houver ocorrência de infiltrações ou veios de água com influência de lençol freático, executar tamponamento com a utilização de cimento de pega ultrarrápida. Os cantos e arestas (verticais e horizontais) deverão ser arredondados em meia cana (R=8,0 cm), conforme Figura 7. 35 Figura 7 – Cantos e Aresta Fonte: Própria autoria Ao longo das fissuras, ao redor das tubulações e/ou interferências que transpassem a área, deverão ser executadas aberturas, à serem tratadas convenientemente, através de calefação com mastique à base de polissulfeto (massa elástica mono componente a base de polissulfetos que vulcaniza-se à temperatura ambiente). Nota: As tubulações deverão ser chumbadas com argamassa expansiva tipo “grout”. 4.1.2 Execução da impermeabilização Ferramentas necessárias: Recipiente para mistura do material; Furadeira; Broca tipo “misturador”; Trincha ou vassoura de pelo; 36 Tesoura EPI’s. Preparo do material: Adicionar aos poucos o componente B (cimento polimérico – pó) ao componente A (resina – líquido) (Figura 8) e misturar mecanicamente por 3 minutos ou manualmente por 5 minutos, dissolvendo totalmente os grumos que possam vir a formar. Após a mistura dos componentes A + B, o tempo de utilização deste não deverá ultrapassar o período de 40 minutos (Figura 8). Figura 8 - Dois componentes da argamassa polimérica Fonte: Própria autoria Aplicação do sistema: Umedecer previamente toda a superfície a ser impermeabilizada. É importante lembrar que a mesma não deverá estar encharcada. 37 Efetuar a aplicação com trincha ou vassoura (Figura 9) de pelo de 3 demãos da mistura (argamassa polimérica) em sentidos cruzados, respeitando intervalos de 2 a 6 horas entre demãos, dependendo da temperatura ambiente esse intervalo pode variar bastante. O importante é observar a secagem da demão anterior. Caso a mesma esteja muito seca, umedecer novamente a superfície antes da nova aplicação. Figura 9 - Aplicação de argamassa polimérica Fonte: IBI Em regiões de grande solicitação, como ao redor de ralos, tubulações, cantos arredondados (meia-cana), chumbadores, juntas de concretagem, etc., reforçar com tela de poliéster ou nylon, logo após a primeira demão. Caso existam fissuras, as mesmas deverão ser tratadas com mastique de polissulfeto, após a secagem completa do sistema. Não aplicar o cimento modificado com polímeros sobre superfície com massa que contenha cal ou hidrófugo. 38 4.1.3 Proteção Mecânica PRIMÁRIA Sobre a impermeabilização aplicar argamassa composta por cimento e areia (traço 1:3), com 1 cm de espessura; Nas verticais, aplicar chapisco prévio com cimento e areia, traço volumétrico 1:3. ACABADA Sobre a impermeabilização aplicar argamassa composta por cimento e areia (traço 1:3), com 2 cm de espessura, desempenada; Execução de juntas perimetrais e quadros de 2 x 2 m, com 1 cm de largura. 4.2 MANTA ASFÁLTICA COM ARMADURA PARA IMPERMEABILIZAÇÃO. Esta seção inclui: Preparação de superfície. Impermeabilização de lajes descobertas com manta asfáltica 3/4 mm, SBS, aderida com maçarico. Teste de lâmina d’ água. Camada separadora. Proteção mecânica acabada. Preparação da superfície: Fazer uma limpeza retirando pedaços de madeira, ferro, plástico, pó, graxa ou óleos. Afim de maior celeridade e melhor limpeza deve-se usar jato compressor de água com detergente neutro. Fazer a fixação das tubulações hidráulica, esgoto (ralos), elétrica, caixas elétricas, chumbadores, fixações, cantoneiras, contra marcos, bem como devem-se corrigir eventuais falhas de concretagem com argamassa de traço 1:3 com adesivo na água de amassamento ou "grout". Importante: Observar sempre a condição do entorno da área para restringir interferências ou postergar o início dos serviços de impermeabilização. 39 As distâncias entre tubos deve ser suficiente para o perfeito acabamento do sistema e jamais tubos ou ralos devem ficar rentes a paredes. Execução da regularização: Etapa importante para o perfeito funcionamento do sistema impermeabilizante. o Fixar as mestras ajustando sempre nas áreas externas para caimento mínimo de 1,0% e em áreas internas mínimo de 0,5%. A argamassa de regularização não deve possuir aditivos hidrofugantes, sob pena reduzir a aderência do sistema. O seu traço em volume é 1:3 proporção de cimento e areia média peneirada e sem matéria orgânica. A água de amassamento a ser usada é composta de uma parte de emulsão adesiva por duas partes de água. o Fazer um rebaixamento da argamassa de regularização em torno dos ralos com raio de 30 cm, sob pena de reter água, dada à dupla manta ao redor dos mesmos. o Usar apenas desempenadeira de madeira para que fique com boa rugosidade. o Na vertical usar um chapisco de traço 1:2 para melhorar aderência do emboço. É necessário uma cava (3,0 cm) da parede para o perfeito encaixe das mantas. Adotar rodapé de 35 cm de altura. o Os cantos e arestas (verticais e horizontais) deverão ser arredondados em meia cana com raio circular de 5 cm. Evitar chanfros, mísulas, pois apenas reduzem o angulo de 90º para dois de 45º. o Deve ser previsto diferença de cota ± 2 cm entre ambientes internos e externos. Terminar a regularização em ambiente contínuos com relevo de ± 1 cm, restringindo a passagem de água. Execução da Impermeabilização Ferramentas necessárias: Espátula; Jogo de roletes para aderência; Cabo e Rolo de pintura de lã de carneiro; Estilete; Trena; Meada; Vassourão e vassoura de piaçava; 40 Vassoura de pelo; Brocas; Furadeira; Chave de fenda; Colher de pedreiro; Maçarico, Figura 10; EPI’s . Figura 10 - Materiais Fonte: IBI Aplicação do sistema: A cura mínima da argamassa de regularização é 72 h. É necessário retirar toda a sujeira existente antes da aplicação do primer, inclusive poeira. Aplicar o prime e após a secagem do mesmo alinhar a manta de modo a cobrir toda área (Figura 11). Aguardar a completa secagem do mesmo que é de aproximadamente 4 horas (dependendo das condições climáticas, podendo chegar até 24 horas). No rodapé deve-se parar 5 cm abaixo da cava para permitir uma melhor fixação da argamassa nova com a antiga (ancoragem). 41 Figura 11 - Aplicação do prime Fonte: Própria autoria Executar detalhes, tais como ralos, juntas de dilatação, tubos que cortam a laje, entre outros específicos (Figuras 12, 13, 14). Figura 12- Detalhe ralos Fonte: Betumat Química 42 Figura 13 - Detalhe tubo passando pela laje Fonte: Betumat Química Figura 14 - Detalhe junta de dilatação Fonte: Betumat Química Fazer o alinhamento (Figura 15) das mantas asfálticas fabricadas com asfalto elastomérico (SBS), na horizontal, conferindo assim, o ponto de saída do sistema (esquadro), obedecendo também como ponto de saída, os pontos de 43 escoamento (ponto mais baixo) indo para os pontos mais altos. A sobreposição das mantas deverá obedecer a essa sequência para que ao final, essa sobreposição se assemelhe à sobreposição de telhas, ou seja, sempre seguindo o sentido do escoamento. Obs.: O sentido de aplicação das mantas variará em função da solicitação da estrutura. Figura 15 - Alinhamento e aplicação Fonte: http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/impermeabilizacaocom-manta-asfaltica/192 Após o alinhamento da manta, rebobiná-la e iniciar a colocação. A colagem que deverá ser feita através da chama do maçarico devendo-se ter muito cuidado no bizelamento das emendas das mantas, Figura 12. Logo em seguida à colocação da primeira manta, as demais deverão ser sobrepostas em 10 cm, exemplificando na figura. Executar as mantas na posição horizontal, subindo 10 cm para a vertical (rodapés). Nota: No caso das paredes e fundo de reservatório mudar o primer para emulsão e não mais solução asfáltica, a fim de evitar o uso de solventes em ambientes fechados. Uma outra medida de segurança importante é o uso de 44 exaustores e ter sempre um membro da equipe de aplicadores de prontidão fora do reservatório para quaisquer eventualidades. Feito estas considerações a sequência do serviço é a seguinte Aplica-se o prime diluído em 30% de água; aguarda a sua cura (em torno de 6-8h) e segue naturalmente a sequência do item 2. Observação: Quando se tratar de impermeabilização de paredes de reservatório ou piscina não se utiliza a camada separadora e deve ser impermeabilizado o teto do reservatório, a fim de evitar uma aceleração da corrosão da armadura, com uso de emulsão asfáltica elastomérica. Teste de Lâmina de água Antes da camada separadora e da proteção mecânica, executar o teste de estanqueidade. Tamponar as saídas (portas, esquadrias com barreiras provisórias executadas com a própria manta) e pontos de escoamento (também com tamponamentos provisórios executados com a própria manta, ou esferas de borracha infláveis). Efetuar o enchimento do ambiente com lâmina de água, de acordo com a figura 13, limpa de aproximadamente 10 a 15 cm (o suficiente para que toda a extensão seja coberta). O teste deverá proceder durante 72 horas no mínimo (atendimento à norma) para que eventuais falhas no sistema sejam detectadas. Contudo para piscinas e grandes vãos deve-se deixar pelo menos cinco dias. 45 Figura 16 - Teste de lâmina d'água Fonte: Primer impermeabilizantes Camada Separadora Aplicar sobreposta sobre a camada de impermeabilização uma camada separadora (essencial para evitar a aderência da proteção mecânica na manta e a mesma sofrer os esforços de dilatação e contração da argamassa). Pode ser utilizado como camada separadora: Filme plástico de 24 micras de espessura; Esta etapa é transitória e, por conseguinte a proteção mecânica deve iniciar imediatamente evitando retrabalhos por danos causados ao sistema. Proteção Mecânica Acabada Sobre a impermeabilização aplicar argamassa composta por cimento e areia (traço 1:3), com 3 cm de espessura, desempenada. Execução de juntas perimetrais e quadros de 2 x 2 m, com 2 cm de largura e preenchidas com argamassa betuminosa, de areia e emulsão asfáltica, traço 8:3. ou asfalto elastomérico e em áreas de maior exigência estética usar poliuretano. 46 Nas verticais, aplicar chapisco prévio com cimento e areia, traço volumétrico 1:3. Fixar a tela galvanizada fio 24 (BWG), malha ½” com chapisco grosso e sobre este executar a argamassa de cimento e areia com traço volumétrico 1:3. 47 5. METODOLOGIA A aplicação da metodologia será realizada em dois estudos de caso. O primeiro é uma análise realizada numa impermeabilização ineficiente, onde foram verificadas as possíveis falhas. Já o segundo estudo de caso está relacionado a elaboração de uma possível solução de um problema de infiltração. Em ambos os estudos foi realizada uma análise comparativa na qual os serviços realizados estão de acordo com o que é normatizado, se a escolha do material foi adequada e se houve um projeto prévio do serviço. Para o acompanhamento dessa analise tem-se o roteiro de verificações a seguir e a Tabela 3: Projeto Existência de projeto; Verificação da área a ser impermeabilizada; Escolha do sistema adequado. Processo executivo Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada; Detalhes executivos. Serviços complementares Preparação da superfície; Proteção mecânica; Teste. Para seguir esse roteiro foram feitas diversas visitas aos locais de serviço, assim como fotos, e comparação com normas. 48 Tabela 3 – Roteiro de verificação ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO SERVIÇO: SIM NÃO Existência de projeto Projeto Verificação da área a ser impermeabilizada Escolha do sistema adequado. Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada Processo executivo Detalhes executivos Preparação da superfície Serviços complementares Proteção mecânica Teste Fonte: Própria autoria OBSERVAÇÕES 49 6. ESTUDOS DE CASOS 6.1 CASO 1 – PISCINA O primeiro estudo de caso se trata de uma impermeabilização realizada numa piscina de um condomínio residencial de apartamentos, no bairro de Alto do São Manoel em Mossoró/RN. A piscina está localizada no pavimento térreo, e foi executada pelo método construtivo de estrutura mista de concreto e bloco, e por apresentar um pavimento de subsolo abaixo da mesma, foi considerada como um reservatório elevado. A impermeabilização foi realizada com manta asfáltica seguindo todos os requesitos necessários, que foram relatados no item 4.2 deste trabalho, inclusive o teste de lâmina d’água. Na Figura 17 pode-se vê a planta baixa do condomínio e a localização da piscina. Figura 17 - Planta baixa do condomínio, com localização da piscina Fonte: Construtora empreiteira 50 Entretanto após um ou dois meses da realização da impermeabilização, quando a obra já estava na fase de acabamentos, ou seja, prestes a ser entregue com a piscina totalmente concluída, foi constatado um vazamento, o que veio a ser um retrabalho pois já havia colocado a cerâmica, o que dificultaria muito para localizar o vazamento e solucionar o problema. Inicialmente com esse intuito retirou-se a cerâmica, Figura 18, e o reboco apenas das proximidades do local onde se apresentava o vazamento. A partir disto, tentou-se fazer um paliativo, fazendo remendos nos locais que apresentavam rachaduras na manta asfaltica. Notase que na retirada da cerâmica já foi constado uma rachadura de tamanho considerável no reboco, já sendo uma evidência que poderia ser um problema da estrutura. Figura 18 – Cerâmica retirada e reboco rachado Fonte: Própria Autoria Mas a situação não foi sanada e continuou a aparecer mais vazamentos, logo houve a necessidade de retirar cerâmica e refazer toda a impermeabilização. Porém, quando a cerâmica foi retirada, constatou-se um novo problema, toda a manta apresentava rachaduras Figura 19 e por baixo dela foram encontradas em toda laje da piscina trincas, fissuras e desagregamento do concreto. 51 Figura 19 – Rachaduras em toda a manta Fonte: Própria Autoria Constatou-se que a estrutura apesar de não ter chegado ao colapso, estava apresentando deslocamentos consideráveis o que favoreceu também para o surgimento dessas trincas e como consequência a ruptura do material impermeabilizante. Esse material apesar de flexível, não teve resistência suficiente para resistir as ações e partiu-se em alguns locais, como verificou-se após a retirada da cerâmica. As Figuras 20, 21, 22 e 23 mostram rachaduras e o rompimento do material impermeabilizante que comprovam o que foi acima explanado. 52 Figura 20 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante Fonte: Própria Autoria Figura 21 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante Fonte: Própria Autoria 53 Figura 22 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante Fonte: Própria Autoria Figura 23 – Rachaduras e rompimento do material impermeabilizante Fonte: Própria Autoria 54 O fabricante de impermeabilizantes forneceu duas soluções (conforme Parecer Técnico em anexo), para casos especiais, para que a camada de impermeabilizante torne-se mais flexível, suportando assim uma maior movimentação. Ainda solicitou que para a impermeabilização ser feita, as patologias apresentadas deveriam ser tratadas, conforme orientação do estruturalista. E que também, era necessário promover um teste de carga plena (substrato) de no mínimo 72 horas, conforme consta da Norma (ABNT NBR 9574/08). Para a avaliação da impermeabilização tem-se a Tabela 4. 55 Tabela 4 – Roteiro de piscina do condomínio ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO SERVIÇO: Piscina de Condomínio SIM NÃO Projeto Existência de projeto x Verificação da área a ser impermeabilizada x Escolha do sistema adequado. x Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada x Detalhes executivos x Preparação da superfície x Proteção mecânica x Teste x Processo executivo Serviços complementares Fonte: Própria autoria OBSERVAÇÕES 56 Projeto Existência de projeto; o Foi verificado a existência de um projeto de impermeabilização total do condomínio. A Figura 24 mostra uma parte do projeto que determinava a área térrea que necessita de impermeabilização e na comparação com a planta baixa (Figura17), a área da piscina está demarca como a ser impermeabilizada. Figura 24 - Projeto de impermeabilização / Área a ser impermeabilizada Fonte: Construtora empreiteira Verificação da área a ser impermeabilizada; 57 o No projeto as áreas a serem impermeabilizadas foram determinadas corretamente Escolha do sistema adequado. o Foi determinado sistemas diferentes para cada área determinada, adequando-os as necessidades de cada uma. Processo executivo Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada; o A impermeabilização foi feita corretamente, com profissionais especializados e treinados e material adequado de boa qualidade. Detalhes executivos. o Os detalhes executivos como ralos, cantos, emendas, entre outros foram feitos em conformidade. Serviços complementares Preparação da superfície; o A superfície que recebeu a impermeabilização foi devidamente preparada, com a limpeza total e regularização da superfície, também foi feita a fixação da tubulação hidráulica, de esgoto, elétrica, chumbadores, entre outros. Proteção mecânica; o Com a impermeabilização concluída e após o teste foi feita a proteção mecânica corretamente, junto com as juntas perimetrais e na vertical o chapisco prévio com cimento e areia, além da tela galvanizada fio 24 (BWG), malha ½” com chapisco grosso e sobre este executou a argamassa de cimento e areia. Teste. o Executou-se o teste de estanqueidade, tamponou-se as saídas (portas, esquadrias com barreiras provisórias executadas com a própria manta) e pontos de escoamento (também com tamponamentos provisórios executados com a própria manta, ou esferas de borracha infláveis). Efetuou o enchimento da piscina por completo e observou durante alguns dias. 58 6.2 CASO 2 - CISTERNA O segundo estudo de caso trata-se duas cisternas (Figura 25) localizadas em uma garagem de uma empresa de transporte e aluguel de máquinas. Essas cisternas são interligadas e apresentavam dimensões 3mx3mx3m e localizavam-se na área onde ocorre a lavagem dos veículos e são utilizadas com essa finalidade. Figura 25 - Planta das cisternas Fonte: Própria Autoria O responsável pela empresa reclamou que as cisternas baixavam o nível de água com frequência, inclusive em dias em que não se usava muita água, o que levava a crê que havia perda de água por infiltrações. Ele informou que já havia usado alguns métodos de impermeabilização, nos quais solucionavam o problema momentaneamente, mas que em alguns meses retornava. 59 Na análise das cisternas verificou-se várias trincas e fissuras, e verificou-se que possivelmente eram provenientes do constante movimento de carros grandes e máquinas que passavam sempre próximo as cisternas. Os impermeabilizantes já usados anteriormente eram todos rígidos, que vem a ser um sistema apropriado para reservatórios enterrados, mas não recomendado para locais com movimentações e vibrações. Viu-se então a necessidade de usar o sistema de impermeabilizante flexível, nesse caso a manta asfáltica. E ainda por ser um ambiente de muita movimentação e vibração, optou-se por uma manta de 4mm, mais espessa e resistente. O uso de manta poderia apresentar falha, devido à ser um reservatório enterrado em ambiente de lavagem, onde poderia existir água de fluxo negativo, ou seja, a água vinha de fora pra dentro, e nesse fluxo a água poderia infiltrar na alvenaria e no reboco chegando até a manta asfáltica. Como a manta é impermeável, a água não ultrapassa, ficando entre a manta e o reboco, e assim vai descolando a manta da parede. Com o descolamento, a manta não fica aderida as paredes e vem a cair, destruindo a impermeabilização e a proteção mecânica. Então havia necessidade de assegurar que a manta não iria cair, e a solução encontrada foi que a manta deveria ser parafusada. Ou seja, em diversos locais, com espaçamento aproximado de um metro foi colocado parafusos com grandes arruelas para fixar ainda mais a manta na parede (Figuras 26, 27 e 28). Para que os parafusos não entrem em contato com a água e venham a sofrer oxidação, foram colocados manchões por cima deles, isto é, colou-se um pequeno pedaço de manta sob os parafusos. 60 Figura 26 - Colocação de parafusos Fonte: Própria autoria Figura 27 - Colocação de parafusos Fonte: Própria autoria 61 Figura 28 - Colocação de parafusos Fonte: Própria autoria Por seguinte foi feito a proteção mecânica, que ganharia mais uma função, a de evitar que a água de fluxo negativo formasse bolsas de água (buchos) na manta. A Tabela 5 relata a verificação. 62 Tabela 5 – Roteiro de verificação das cisternas ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO SERVIÇO: Cisternas SIM NÃO Existência de projeto Projeto x Verificação da área a ser impermeabilizada x Escolha do sistema adequado. x Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada x Detalhes executivos x Preparação da superfície x Proteção mecânica x Teste x OBSERVAÇÕES Sem necessidade, serviço pequeno Para ser adequado necessitou de reforço Processo executivo Serviços complementares Fonte: Própria autoria Novo detalhe, parafusos 63 Projeto Existência de projeto: o Não houve projeto executivo do serviço, pois não havia necessidade devido ao tamanho da impermeabilização, aproximadamente 95 m², duas cisternas. Verificação da área a ser impermeabilizada: o Apesar de não haver projeto, foi feita um estudo do que necessitava impermeabilizar. Escolha do sistema adequado: o O material escolhido esta condizente com as necessidades da obra, mas verificou-se um caso especial que por ser cisternas, há a possibilidade de água no sentido oposto, o que pode vim a descolar a manta e para sanar esse problemas aumentou-se a aderência da manta a parede com parafusos, e caso aconteça o surgimento de água negativa, estes serviram como reforço para segurar a manta. Processo executivo Impermeabilização pela face a ser impermeabilizada: o A impermeabilização foi feita corretamente, com profissionais especializados e treinados e material adequado de boa qualidade. Detalhes executivos: o Os detalhes executivos como ralos, cantos, emendas, entre outros foram feitos em conformidade. Serviços complementares Preparação da superfície: o A superfície que recebeu a impermeabilização foi devidamente preparada, com a limpeza total e regularização da superfície. Também foi feita a fixação da tubulação hidráulica, chumbadores, entre outros. Proteção mecânica: o Com a impermeabilização concluída e após o teste foi feita a proteção mecânica corretamente, junto com as juntas perimetrais e na vertical o chapisco prévio com cimento e areia, além da tela galvanizada fio 24 (BWG), malha ½” com chapisco grosso e sobre este executou a argamassa de cimento e areia. 64 Teste: o Executou-se o teste de estanqueidade, tamponou-se as saídas (portas, esquadrias com barreiras provisórias executadas com a própria manta) e pontos de escoamento (também com tamponamentos provisórios executados com a própria manta, ou esferas de borracha infláveis). Efetuou o enchimento das cisternas por completo e observou durante alguns dias. 65 7. CONCLUSÕES 7.1 CASO 1 – PISCINA Para a realização de toda a impermeabilização do condomínio, a construtora fez um projeto de impermeabilização, que vem a ser a forma apropriada. O sistema de impermeabilização utilizado é correta para esses casos. Sua execução seguiu as orientações das normas, com uma regularização depois da concretagem, deixando a superfície limpa e sem irregularidades pronta para receber a impermeabilização, as tubulações estavam bem fixadas e os cantos arredondados. Feito um teste de estanqueidade, depois da impermeabilização com manta asfáltica e antes da proteção mecânica. A piscina foi cheia totalmente, e assim passou por alguns dias, e não constatou-se nenhum vazamento. O teste ocorreu momentos depois do serviço ser realizado e a manta não havia sido rompida pelo trabalho da laje. A proteção mecânica por fim foi feita adequadamente, com um chapisco prévio, depois fixação de tela galvanizada com chapisco grosso e sobre ela um reboco. A falha, do sistema, se deu exatamente por uma questão estrutural. 7.2 CASO 2 - CISTERNAS Observou-se que por se tratar de apenas cisternas não foi feito um projeto para esta. Ainda assim, foi feita uma analise prévia para saber qual o material deveria ser usado, pois o caso apresentava característica que impediam a utilização de qualquer sistema. E por ser um caso especial pode-se dizer que o material utilizado foi adequado, uma vez que a manta asfáltica pode ser usada para esse tipo de serviço. Com um respaldo para a água de fluxo negativo, que poderia vim a prejudicar a impermeabilização. Quanto aos parafusos que foram usados para dá uma maior fixação na manta, na norma não encontrou nenhuma recomendação quanto a isso, assim como também nenhuma restrição. A impermeabilização foi feita em face correta, assim como todos os detalhes executivos (entrada e saída de água, interligação entre as cisternas, entre outros). Houve uma limpeza e regularização da superfície, antes da impermeabilização, além da fixação da tubulação hidráulica e chumbadores. 66 Antes da execução da proteção mecânica também foi feito um teste de estanqueidade, onde as cisternas permaneceram cheias por completo por alguns dias. E por fim foi feita a proteção da impermeabilização. 67 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS O trabalho relatou a grande importância da impermeabilização, que vem a ser o sistema utilizado para barrar as infiltrações, tal sistema é necessário para proporcionar uma maior durabilidade e um melhor desempenho da construção. Logo conclui-se que a impermeabilização tem como objetivo prevenir contra o surgimento de manifestações patológicas devido a umidade, evitando possíveis danos precoces. Por essa razão os sistemas de impermeabilização devem ser mais eficientes, com maiores investimentos que futuramente evitam outros gastos. Para um bom desempenho este serviço requer: Projeto básico com a determinação da área a ser impermeabilizada e a escolha do material adequado, processo executivo com profissionais qualificados para que ocorra tudo nos conformes e a execução também de serviços complementares, como a regularização da superfície, proteção mecânica e teste de estanqueidade, assim como por seguinte a aplicação ter um cuidado para não danificar e realizar manutenções necessárias no decorrer do tempo. Como sugestões tem-se o investimento em novas pesquisas na área de impermeabilização com a finalidade de achar novos sistemas e soluções para os problemas ligados a infiltrações. Para trabalhos futuros estudar a aplicação da Membrana de Polímeros em grandes reservatórios, onde pode ocorrer dilatação. Já existe um sistema onde se dispõe de argamassa polimérica cimentícia e juntamente com um impermeabilizante flexível, a base de polímeros modificados com cimentos que, em composição, resultam em uma película elástica de excelente características de resistência e impermeabilidade, onde tem-se a aplicação de cinco à sete demãos, que funciona com grande eficiência para esses grandes reservatórios. REFERÊNCIAS AIALLA. Patologia da Construção. Disponível em: <http://emconstrucao10.blogspot.com.br/2011/04/patologia-da-construcao.html> Acesso em: 29 de Agosto de 2013. ANTONELLI, G.R.; Carasek, H.; Cascudo O. Levantamento das manifestações patológicas de lajes impermeabilizadas em edifícios habitados de Goiânia-Go. IX Encontro Nacional do Ambiente Construído. Foz do Iguaçu. 2002. ANTUNES, B. Construção estanque. Construção e Mercado, São Paulo, n. 39, p. 183-188, out. 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575-2010: Projeto de Impermeabilização. Rio de Janeiro: ABNT, 2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574-2008: Execução de Impermeabilização. Rio de Janeiro: ABNT, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118-2007: Projeto de estruturas de concreto - Procedimentos. ABNT, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674-1999: Manutenções de Edificações - Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. São Paulo: ABNT, 1999. BAUER, L. A. Falcão Bauer. Centro Tecnológico de Controle da Qualidades Ltda. Disponível em: <http://www.primer.com.br/manualdoimpermeabilizador.htm> Acesso em : 29 de Agosto 2013. BRASIL, BRASÍLIA. Lei n.8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, jun., 3. trim.1993. Legislação Federal e Marginália CUNHA, A.G.; NEUMANN, W. Manual impermeabilização e isolamento térmico. Rio de Janeiro: Texsa Brasileira, 1979. 227p. GRANATO, José Eduardo - Patologia na Impermeabilização. – Disponível em: <http://www.impercia.com.br/tecnologias/TRATAMENTO%20DE%20FACHADAS/ARTIG OS%20TECNICOS/IBI%20PATOLOGIAS%20DE%20FACHADAS%20GRANATO.pdf> Acesso em 29 de Agosto 2013. IBI - Instituto Brasileiro de Impermeabilização – Disponível em: <http://www.ibisp.org.br/> Acesso em 29 de Agosto 2013. ISCHAKEWITSCH, G.T. Projeto, Acompanhamento e controle. Caminho da Qualidade. Revista Impermeabilizar, São Paulo, n. 91, p. 15-26, jan. 1996. KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre, 1999 - 10° Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. THOMAZ, E. Tecnologia, Gerenciamento E Qualidade Na Construção. São Paulo: Editora PINI, 1ª Edição, 2ª Tiragem, 2002. PINTO, Fernando Manuel Cravo Aguiar. Degradação dos Materiais de Construção por Acção da Água. Disponível em: <http://www.engenhariacivil.com/degradacao-materiaisconstrucao-accao-agua> Acesso em: 29 de Agosto de 2013. PINTO, J.A.N. Patologias de impermeabilização. Santa Maria: Multipress, 1996. 270 p. SILVA, M. A. C. Necessidades de ações de desenvolvimento tecnológico na produção da construção civil. Brasília, Ministério da Ciência e Tecnologia, set. 2000. SOUZA, J.C.S.; MELHADO, S.B. Diretrizes para uma metodologia de projeto de impermeabilização de pisos do pavimento tipo de edifícios. In: Congresso Latino Americano Tecnologia e Gestão Na Produção de Edifícios: Soluções Para o Terceiro Milênio, 1998, São Paulo. SPERANZA, Sérgio M. Laudo de Exemplo – Pericia de Engenharia – Parecer Técnico. Disponível em: <http://www.seutrabalho.com/consultoria/laudo_tec.htm> Acesso em: 29 de Agosto de 2013. VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra, 1991. 172p. WELER, Aldo. Carbonatação do concreto – Fenofaleína. Disponível em: <http://aldowerle.blogspot.com.br/2012/09/carbonatacao-do-conreto-fenolftaleina.html> Acesso em: 29 de Agosto de 2013. ANEXO Parecer Técnico nº.: PT. 001/06/2013 Salvador, 25 de Junho 2013 Cliente: Obra: ED. RESIDENCIAL Local: Natal - RN At. Engº Conforme consta da planta de estrutura da ____________________________________, a piscina foi executada pelo método construtivo de estrutura mista de concreto e bloco. Diante das fotos apresentadas abaixo, entendemos que as várias patologias apresentadas (como trincas, fissuras, rachaduras e desagregamento do concreto, deverão ser tratadas conforme orientação do estruturalista. Após tratamento e liberação da estrutura, se faz necessário promover um teste de carga plena (substrato) de no mínimo 72 horas, conforme consta da Norma NBR 9574/2008- Antes da execução de impermeabilização de estrutura de concreto ou alvenaria destinada à contenção e ou armazenamento de água ou efluentes, deve ser efetuado ensaio de carga plena com água limpa/reuso para verificação da estabilidade estrutural. Após conclusão das etapas acima, promover um chapisco composto de cimento e areia, traço 1:2 adicionando aditivo (viafix chapisco- (SBS) na água de amassamento a ser diluído na proporção 1:2 (aditivo: água). Após cura de 24 horas aplicar argamassa composta de cimento e areia traço em volume 1:3 desempolada, espessura mínima 2 cm. Ainda com a argamassa fresca criar meias canas com raio mínimo de 5 cm nas intercessões do piso com paredes e paredes com paredes e aguardar a cura por no mínimo 72 horas. Quanto às tubulações, estas deverão ser chumbadas com argamassa de reparo (Viaplus ST). Após liberação de todo preparo da base, impermeabilizar a piscina, com sistema de Manta Asfáltica Tipo IV-A, 4 mm aderida com Asfalto modificado – Tipo II ou III conforme procedimentos de execução de impermeabilização abaixo: Luiz Fuchs Departamento Técnico Viapol PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE IMPERMEABILIZAÇÃO Aplicação em mono camada com asfalto quente. Piscina de Concreto Elevada DESCRIÇÃO DO SISTEMA Impermeabilização com manta asfáltica TORODIN EXTRA EL 4 mm, aplicada com ASFALTO MODIFICADO VIAPOL. MATERIAL TORODIN EXTRA é uma manta impermeabilizante a base de asfalto modificado com polímeros elastoméricos (EL), estruturada com não tecido de filamentos contínuos de poliéster, previamente estabilizado. Ensaios e especificações segundo NBR 9952/07-Tipo IV-A. Acabamento superficial: AA: Areia/Areia – Areia em ambas as faces para colagem com asfalto quente. ASFALTO MODIFICADO VIAPOL é um produto obtido do asfalto destilado de petróleo, modificado com plastificantes e processado industrialmente com catalisadores especiais, de forma a conferir ao produto total impermeabilidade, ductibilidade e plasticidade para acompanhar as movimentações previstas para estrutura, especialmente desenvolvidas para colagem de mantas asfálticas elastoméricas.Ensaios e especificações segundo NBR 9910atende aos Tipos II e III. ECOPRIMER é um primer composto por emulsão asfáltica isenta de solvente, para aderência da manta asfáltica ao substrato. ADEFLEX é um primer composto de solução asfáltica com solvente orgânico para aderência da manta asfáltica ao substrato. VIAFIX é uma emulsão adesiva a base de resinas sintéticas, para aderência da argamassa de regularização ao substrato. TESTE DE CARGA D’AGUA Antes da preparação da superfície, executar teste de carga d’água por no mínimo 72 horas, para acomodação da estrutura e verificar eventuais aparecimentos de trincas e fissuras que venham a ocorrer quando da carga total e possibilitar a preparação adequada para a superfície a ser impermeabilizada. PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE PARA RECEBER A MANTA ASFÁLTICA A superfície deverá ser previamente lavada, isenta de pó, areia, resíduos de óleo, graxa, desmoldante, etc. Sobre a superfície úmida, executar regularização com argamassa de cimento e areia média, traço 1:3, utilizando água de amassamento composta de 1 volume de emulsão adesiva VIAFIX e 2 volumes de água Essa argamassa deverá ter acabamento desempenado, com espessura mínima de 2 cm. Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido. Na região dos tubos e ralos, deverá ser criado um rebaixo de 1 cm de profundidade, com área de 40x40cm com bordas chanfradas para que haja nivelamento de toda a impermeabilização, após a colocação dos reforços previstos neste local. Promover a hidratação da argamassa para evitar fissuras de retração e destacamento. Fazer testes de caimento, identificando e corrigindo possíveis empoçamentos. Todos os cantos e arestas deverão ser arredondados com raio aproximado de 5cm a 8cm. Sugerimos à existência de mísula estrutural na junção de piso e paredes. Deverá ser previsto o arremate da impermeabilização nos paramentos verticais de acordo com os detalhes inseridos no projeto de impermeabilização. Os ralos e demais peças emergentes deverão estar adequadamente fixados, de forma a executar os arremates conforme os detalhes do projeto. As tubulações deverão ser fixadas com flanges e contra flanges para um perfeito arremate da impermeabilização. Não poderá haver emendas das tubulações embutidas no concreto. APLICAÇÃO DA MANTA TORODIN Aplicar sobre a regularização uma demão de primer ADEFLEX OU ECOPRIMER com rolo ou trincha e aguardar a secagem por no mínimo 6 horas. Iniciar a aplicação da manta pelas laterais. Posteriormente executar o fundo da piscina, objetivando evitar danos da manta do piso. Deverá ser feito um reforço de 30X30cm fundo e parede na meia cana de todo perímetro da piscina utilizanto a manta TORODIN EXTRA EL 4 mm, a colagem deverá ser feita com uma demão de ASFALTO MODIFICADO VIAPOL. Desenrolar toda a bobina de manta, fazer o alinhamento da mesma, rebobiná-la novamente e iniciar, portanto a colocação propriamente dita do TORODIN EXTRA EL 4 mm. Aplicar uma demão de ASFALTO MODIFICADO VIAPOL com no mínimo 2 mm de espessura e em seguida desenrolar o TORODIN EXTRA EL 4mm sobre a superfície do asfalto, tomando-se sempre o cuidado de deixar um excesso de asfalto na frente do rolo. Aplicar forte pressão sobre a manta do centro para fora, a fim de expulsar bolhas de ar que possam estar retidas entre esta e a superfície. Após a colocação da primeira manta, as demais deverão ser sobrepostas em 10 cm, observando-se que o asfalto deve ser aplicado também nas sobreposições e que haja excesso de asfalto, de modo a garantir uma perfeita fusão entre as mantas, resultando num cordão de asfalto sobre as emendas. A manta deverá virar no deck da piscina, no mínimo 50 cm para uma perfeita ancoragem. Quando não houver deck de concreto, a manta deverá virar na borda, descendo pela parede, pelo lado externo cerca de 50 cm. Após a colagem da manta TORODIN EXTRA EL 4 mm, fazer o teste de estanqueidade, enchendo o local por no mínimo 72 horas. Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido. Após o teste de estanqueidade e sobre a superfície seca, dar um banho de asfalto em todas as emendas e recortes para reforço e correção de possíveis falhas de colagem da manta. 1.3 OBSERVAÇÕES a) Trabalhar com o asfalto entre 180 ºC e 210 ºC sempre perto da bobina, não permitindo que a distância ultrapasse meio metro, pois este quando frio, dificulta a colagem da manta. b) É indispensável o uso de termômetro para controle da temperatura do asfalto no recipiente onde o mesmo está sendo aquecido. Este procedimento é necessário tendo em vista que caso a temperatura ultrapasse 220 oC haverá queima dos componentes do produto reduzindo sua vida útil. Recomendamos a utilização de caldeira adequada para tal fim. c) Antes da proteção mecânica, fazer o teste de estanqueidade, enchendo os locais impermeabilizados com água, mantendo o nível por no mínimo 72 horas. Neste período colocar o sistema de tratamento de água em funcionamento para testar as tubulações e os arremates da impermeabilização. d) Executar reforços em pontos críticos, tais como ralos, tubos emergentes, juntas de dilatação, etc. e) A impermeabilização deve atender o disposto na norma NBR-9575/2003Impermeabilização – Seleção e projeto. PROTEÇÃO MECÂNICA Argamassa de Proteção Mecânica. Horizontal Sobre a impermeabilização, executar argamassa de proteção mecânica de cimento e areia traço 1:4, desempenada com espessura mínima de 4 cm, aditivado com emulsão adesiva VIAFIX na água de amassamento. Vertical Sobre a impermeabilização, executar chapisco de cimento e areia, traço 1:3, seguido da execução de uma argamassa desempenada de cimento e areia média, traço 1:4, utilizando água de amassamento composta de 1 volume de emulsão adesiva VIAFIX e 2 volumes de água. A argamassa deverá ser armada com tela plástica, ultrapassando 10cm acima da manta asfáltica. A tela deverá virar sobre o deck, no mínimo 60 cm. Quando não houver deck de concreto, virar na borda da piscina, descendo cerca de 60 cm pelo lado externo da parede. Recomenda-se duplo reforço de tela na borda da piscina, onde os esforços de tracionamento são maiores. Executar em seguida os revestimentos previstos, que deverá ser dimensionado e estudado de acordo com o projeto. Recomenda-se o uso do cimento tipo CP IV – pozolânico para o assentamento dos azulejos para evitar eflorescência de carbonato de cálcio. CONSUMO Primer ADEFLEX ou ECOPRIMER: 0,40 l/m2; Manta asfáltica TORODIN EXTRA: aprox. 1,15 m2 de manta/m2 de superfície (10% para sobreposições e 5% para arremates e reforços). Emulsão Adesiva VIAFIX: 0,30 l/m2. Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido. ASFALTO MODIFICADO VIAPOL - 3,00 kg/m2 ESTOCAGEM Primer – Armazenar o ADEFLEX por 18 meses e o ECOPRIMER por 12 meses a partir da data de fabricação, em local seco e ventilado e nas embalagens originais e intactas e longe de fontes de calor. Manta asfáltica TORODIN EXTRA - Armazenar por 5 anos a partir da data de fabricação, as bobinas na vertical, em local seco, sem incidência de chuva e com boa ventilação e longe de fontes de calor. Emulsão Adesiva VIAFIX - Armazenar por 12 meses a partir da data de fabricação, em local seco e ventilado e nas embalagens originais e intactas. ASFALTO MODIFICADO VIAPOL - Armazenar por 12 meses a partir da data de fabricação, em local seco e ventilado, nas embalagens originais e intactas e longe de fontes de calor. As especificações aqui contidas, retratam nossa experiência na fabricação de produtos impermeabilizantes destinados à construção civil, bem como de nosso acompanhamento de suas utilizações em inúmeras situações similares. Nossa responsabilidade junto aos clientes é indicar sempre as melhores soluções, sendo que a Viapol garante seus produtos contra defeitos de fabricação, não podendo assumir qualquer responsabilidade sobre o desempenho final, uma vez que não temos controle direto sobre as aplicações, bem como desconhecemos as condicionantes de execução da obra, que poderão impor outras soluções, as quais mereceriam a análise específica e detalhada de um Projetista de Impermeabilização. Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido. FOTOGRAFIAS DAS PATOLOGIAS: Erro! Nome de propriedade do documento desconhecido.