Relato de Caso: Porfiria Aguda Intermitente Autores: Santos DF1; Mezzomo DN2; Naves LMP3; Souza JCD1; Borges FE4. Instituição: 1.Residente de Neurologia do Hospital Geral de Goiânia; 2. Residente de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; 3. Residente de Neurologia do Hospital de Urgências de Goiânia; 4. Preceptor de Neurologia no Hospital Geral de Goiânia. INTRODUÇÃO: As porfirias agudas são doenças genéticas bem definidas da biossíntese do heme caracterizadas por crises agudas e graves de sintomas neurológicos inespecíficos. As principais manifestações são neurológicas que se desenvolvem durante a vida adulta em forma de crises, podendo se manifestar na forma de dor em extremidades, costas, abdome e região peitoral; bem como paresia, alterações do comportamento e convulsões. O principal fator de exacerbação de crises são uso de fármacos que aumentam a demanda do heme hepático. Relato de Caso: Porfiria Aguda Intermitente Autores: Santos DF1; Mezzomo DN2; Naves LMP3; Souza JCD1; Borges FE4. Instituição: 1.Residente de Neurologia do Hospital Geral de Goiânia; 2. Residente de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; 3. Residente de Neurologia do Hospital de Urgências de Goiânia; 4. Preceptor de Neurologia no Hospital Geral de Goiânia. RELATO DE CASO: A.B.F, 41 anos, sexo masculino, procedente de Itauçu – GO. Apresentou quadro progressivo de fraqueza e parestesia em mãos e pés, simétrico, evoluindo para paresia em membros superiores e inferiores, com comprometimento da musculatura proximal dos membros em torno de 24 horas. Após 4 dias paciente apresentava plegia dos 4 membros e começou a apresentar fraqueza em musculatura cervical e iniciou insuficiência respiratória aguda, tendo sido procedido intubação orotraqueal e encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Relato de diarreia aquosa autolimitada 4 dias antes da abertura do quadro. Antecedente de vários episódios de dor abdominal há cerca de 5 anos, sendo tal quadro intermitente e desencadeado após ingesta de alimentos fermentados, com piora nos últimos 8 meses e associado a perda de cerca de 10 kg nesse período. Histórico familiar dos pais serem primos e relato da irmã apresentar doença cutânea não especificada. Relato de Caso: Porfiria Aguda Intermitente Autores: Santos DF1; Mezzomo DN2; Naves LMP3; Souza JCD1; Borges FE4. Instituição: 1.Residente de Neurologia do Hospital Geral de Goiânia; 2. Residente de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; 3. Residente de Neurologia do Hospital de Urgências de Goiânia; 4. Preceptor de Neurologia no Hospital Geral de Goiânia. RELATO DE CASO: Punção liquórica realizada com 5 dias da abertura do quadro não identificou dissociação proteíno-citológica. Eletroneuromiografia com descrição de polirradiculopatia axodesmielinizante inflamatória aguda severa. Realizado dois ciclos de imunoglobulina humana endovenosa devido a suspeita de polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda (AIDP), porém sem resposta clínica. Realizado dosagem do ácido delta amino levulínico e pesquisa de porfobilinogênio urinário, sendo ambos resultados positivos. Feito o diagnóstico de porfiria aguda intermitente foi revisado os medicamentos que paciente estava sendo administrado e administrado sobrecarga de carboidratos, com paciente apresentando resposta clínica, com melhora da força e procedido extubação. Relato de Caso: Porfiria Aguda Intermitente Autores: Santos DF1; Mezzomo DN2; Naves LMP3; Souza JCD1; Borges FE4. Instituição: 1.Residente de Neurologia do Hospital Geral de Goiânia; 2. Residente de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; 3. Residente de Neurologia do Hospital de Urgências de Goiânia; 4. Preceptor de Neurologia no Hospital Geral de Goiânia. Tabelas: Tabela: Manifestações clínicas mais comuns na porfiria. Fonte: http://www.porfiria.org.br/Diretriz terapêutica. Relato de Caso: Porfiria Aguda Intermitente Autores: Santos DF1; Mezzomo DN2; Naves LMP3; Souza JCD1; Borges FE4. Instituição: 1.Residente de Neurologia do Hospital Geral de Goiânia; 2. Residente de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; 3. Residente de Neurologia do Hospital de Urgências de Goiânia; 4. Preceptor de Neurologia no Hospital Geral de Goiânia. DISCUSSÃO: O diagnóstico e tratamento das porfirias agudas são ainda importante desafios, por seus sintomas e sinais mimetizarem os de outras doenças mais comuns. O atraso no diagnóstico e tratamento pode ser fatal ou, então, causar lesões neurológicas prolongadas ou irreversíveis, por isso a importância de conhecer tal doença e tê-la como diagnóstico diferencial de doenças neurológicas como das polirradiculoneuropatias desmielinizantes. REFERÊNCIAS: 1. Kostrzewska E, Gregor A. Acute hepatic porphyrias. Detection, prophylaxis and treatment. Mater Med Pol. 1996;28:5-7. 2. Elder GH, Hift RJ, Meissner PN. The acute porphyrias. Lancet. 1997;349: 1613-7. 3. Anderson KE, Bloomer JR. Protocolo/ Diretriz terapêutica – Porfirias Agudas. 15 March 2005 Annals of Internal Medicine Volume 142 • Number 6.