Res_Exame_2006_1fase 11/28/08 4:03 PM Page 1 Proposta de Resolução Exame Nacional 2006 1.a Fase (versão 1) 1.1 (D) Correcta. 35 3,5 A 3,5% corresponde = . 100 1000 m (A) Falsa – A concentração mássica é dada por = . V m (Na+) (Na+) = m (Mg2+) (Mg2+) m (Na+) 10,70 = = 8,3. Substituindo valores, obtém-se m (Mg2+) 1,29 (B) Falsa – A água que não se encontra nos oceanos encontra-se em rios, lagos e outros lugares. 3,5 × 1,5 × 1021 (C) Falsa – O valor indicado pelo cálculo g 100 corresponderia à massa da matéria dissolvida, se a densidade da água fosse igual a 1. 1.2 (C) Incorrecta. Como se lê no texto: «A dessalinização por osmose inversa é, actualmente, muito utilizada e é economicamente o processo mais viável.» (A) Correcta – Existem iões Mg2+ e iões Cᐉ –. (B) Correcta – A destilação (líquido → vapor) e a congelação (líquido → sólido) envolvem mudanças de fase. (D) Correcta – A concentração dos sais diminui com o aumento do volume de água. 1.3.1 Por acção da radiação solar que atravessa o tecto de vidro transparente, a água do tanque evapora. No tecto de vidro, o vapor de água condensa. Devido à inclinação do vidro, a água líquida vai escorrendo e vai sendo recolhida nos tanques laterais. 1.3.2 Exemplos de desvantagens de aplicação deste processo que podem ser referidas: exige tanques que ocupam grandes superfícies; é um processo muito lento de obtenção de água dessalinizada. 1.4 V = 5,0 dm3 (Na+) = 10,70 g dm–3 ; (Cᐉ–) = 19,22 g dm–3 M (Na) = 22,9 g mol–1, M (Cᐉ) = 35,45 g mol–1 m De = , obtém-se m(Na+) = 5 × 10,70 = 53,5 g e V m(Cᐉ–) = 5 × 19,22 = 96,1 g 53,5 96,1 Logo, n(Na+) = = 2,33 mol e n(Cᐉ–) = = 2,7 mol 22,9 35,45 Da equação Na+ (aq) + Cᐉ – (aq) → NaCᐉ(s ) verifica-se que se obtém a massa correspondente ao ião em menor quantidade, ou seja, n (NaCᐉ) = 2,33 mol. A massa de cloreto de sódio obtida será m(NaCᐉ) = 2,33 × (22,9 + + 35,45) = 135,9 = 1,36 × 102 g. 1.5 (B) Correcta. As outras equações não estão correctas quanto à conservação da carga eléctrica ou à conservação da massa. 1.6 Verdadeiras: (A) Os átomos de bromo e flúor têm os mesmos electrões de valência, pois pertencem ao mesmo grupo. (B) O magnésio tem 12 electrões e a configuração 1s2 2s2 2p6 3s1 3p1 representa um estado excitado deste átomo. (D) Como estes átomos têm os mesmos níveis de energia e o magnésio tem menor carga nuclear, é necessário menos energia para lhe retirar um electrão. (E) Mg – 1s 2 2s 2 2p x2 2p y2 2p z2 3s 1: 6 orbitais. (H) O magnésio pertence ao grupo 2 e o cloro ao grupo 17. Falsas: (C) O bromo tem menos um electrão do que o anião brometo mas a mesma carga nuclear, logo, o raio do brometo é maior. (F) Segundo o princípio de exclusão de Pauli, numa mesma orbital apenas podem existir dois electrões. (G) O bromo encontra-se no quarto período da Tabela Periódica, logo, no estado fundamental tem quatro níveis de energia, n = 1, 2, 3, 4. 2.1 Os intervalos de tempo entre a emissão e a recepção são: d d t1= e t2 = , v1 v2 sendo t o intervalo de tempo entre as duas detecções de som: v2 – v1 1 1 t = t2 – t1 = d – = d , v2 v1 v2 v1 冢 冣 冢 冣 v2 v1 então, d = t v2 – v1 Sendo v1 = 343 m s–1 a velocidade do som no ar e v2 = 1533 m s–1 a velocidade do som na água do mar: 1533 × 343 d = 9 × = 3976,8 = 4 × 103 m 1533 – 343 2.2 As ondas sonoras são ondas mecânicas e, como tal, precisam de um meio para se propagarem. As ondas electromagnéticas podem propagar-se no vazio, não precisando de um meio material. A velocidade das ondas electromagnéticas é várias ordens de grandeza (5 ou 6) superior à das ondas sonoras. As ondas sonoras são longitudinais e as ondas electromagnéticas são transversais. 2.3 (B) Correcta. A equação do movimento oscilatório da partícula é x = A sin t, sendo A a amplitude e a frequência angular. 2 = 2 f = . Comparando com a equação dada, obtém-se: T A = 2,0 × 10–2 m , = 24 rad s –1 e T = 8,3 × 10–2 s 3.1 (C) Correcta. Da figura conclui-se que: – à mesma temperatura o aumento de pressão favorece o aumento da percentagem de amoníaco (favorece o sentido directo da reacção); – a diminuição de temperatura, à mesma pressão, favorece o aumento da percentagem de amoníaco, o que significa que o processo é exotérmico (a diminuição de temperatura favorece o sentido directo da reacção). 3.2 A expressão da constante de equilíbrio é: [NH3]2e Kc = [H2]3e [N3]e n Para V = 2 L e c = , obtém-se: V 0,08 冥 冤 2 K = = 1,1 × 10 2,88 0,96 冤 2 冥 冤2冥 2 c –3 3 3.3 (B) Correcta. V Quantidade de substância, n = . Vm Número de partículas (moléculas neste caso), N = n NA. V Então, N = × NA. Vm 3.4 Atendendo à estequiometria da reacção e ao facto de esta ser exotérmica, pelo princípio de Le Châtelier a reacção é favorecida por utilização de temperaturas baixas e pressões elevadas. Utilizando temperaturas demasiado baixas, a rapidez da reacção directa diminui; por isso, devem ser usadas temperaturas não muito baixas. 1 Res_Exame_2006_1fase 11/28/08 4:03 PM Page 2 Utilizando pressões demasiado elevadas, aumentam-se os riscos de acidente; por isso, devem ser usadas pressões moderadas e recipientes resistentes à pressão, para aumentar a segurança do processo. O uso de um catalisador também optimiza o processo porque o torna mais rápido. 3.5 (B) Correcta. N H H H 4.1 (C) Correcta. No percurso de A a E existe diminuição de energia potencial gravítica, logo a variação será negativa. A variação de energia potencial gravítica é Ep = m g h = 300 × 10 × (–40,6) = –121 800 = = –1,22 × 105 J. 4.2 No percurso AB as forças que actuam são as indicadas no esquema ao lado. → O trabalho da reacção normal, N, é nulo, pois esta força é perpendicular ao deslocamento AB. N P O que se representa num gráfico é uma componente escalar de um vector em função do tempo, ou, em alternativa, representa-se o módulo do vector em função do tempo. Como em nenhuma opção de resposta se representa o módulo da aceleração em função do tempo, pressupõe-se que se pretendem representar componentes escalares da aceleração. Como, neste caso, a trajectória ora tem percursos rectilíneos ora circulares, o sistema de eixos adequado para interpretar o movimento é um sistema de eixos ligado à partícula, conteúdo que se aborda na disciplina de Física 12.º ano, definindo-se, assim, as componentes da aceleração: a aceleração tangencial e a aceleração centrípeta. Para descrever o modo como a aceleração varia são necessários, pois, dois gráficos: o da aceleração tangencial em função do tempo e o da aceleração centrípeta em função do tempo. Nos trajectos rectilíneos há apenas aceleração tangencial (positiva ou negativa, conforme o sentido do vector aceleração é ou não o sentido do movimento), e no trajecto circular há apenas aceleração centrípeta (porque o movimento é uniforme), sempre positiva por definição. Os gráficos respectivos representam-se em baixo. a 50º Opção 1 A苶 B cos (90º – 50º) = m g 苶 A苶 B cos 40º = O trabalho do peso é WP = m g 苶 苶B 苶 sin 50º. =mg A 苶B 苶. O trabalho da resultante das forças é WF = m a A Os dois trabalhos anteriores são iguais, logo: a t 0 A B C D E F t 0 A B C D E F mg A 苶B 苶 sin 50º= m a A 苶B 苶 g sin 50º = a ⇔ a = 0,77g < 0,80 g. Como 0,77g < 0,80 g , o percurso foi cumprido em segurança. Opção 2 A diminuição da energia potencial gravítica no percurso AB corresponde ao aumento da energia cinética: 1 m g h = m vB2 e vB2 = 2 g h (*). 2 Aplicando a equação para um movimento uniformemente aceleraA苶 B, do v 2 = v02 + 2 a (x – x0) e atendendo a que v0 = 0 e (x – x0)= 苶 A苶 B (**). vem: vB2 = 2 a 苶 Assim, nenhuma das opções apresentadas está correcta e a resposta correcta está fora do âmbito do Programa de Física e Química A. 4.5 A opção mais evidente será utilizar um percurso horizontal mais comprido. Neste caso, o trabalho da força de atrito será o mesmo, mas como ela tem menor intensidade o deslocamento tem de ser maior. Outra opção será utilizar o percurso EF com o mesmo comprimento, mas em rampa, a subir. Assim, o peso também realizaria um trabalho negativo e o trabalho da força de atrito poderia ser menor. Igualando (*) a (**), vem: h 苶B 苶 ⇔ a = g = g sin 50º= 0,77 g < 0,80 g. 2gh=2a A 苶B A 苶 Como 0,77g < 0,80 g , o percurso foi cumprido em segurança. 50 4.3 O raio da trajectória circular é metade do diâmetro: r = = 2 = 25 m. v2 24,82 F –2 O valor da aceleração será: a = = = = 24,6 m s . m r 25 A aceleração tem direcção radial, com sentido dirigido para o centro da trajectória circular. 4.4 No movimento tem-se uma aceleração com a direcção e sentido do movimento nos percursos AB e DE, tendo a sua componente escalar maior valor no percurso AB porque a inclinação é maior. No percurso EF a aceleração também tem a direcção do movimento, mas com sentido contrário. Nestes percursos o movimento é rectilíneo. No percurso circular, BCD, a aceleração tem sempre a direcção v2 radial e aponta para o centro, com valor constante dado por , r que é sempre constante. A opção que foi considerada correcta, aquando da correcção dos exames, foi a (C). No entanto, na formulação da pergunta existe uma incorrecção. 2 4.6 Note-se que não existe atrito no percurso horizontal circular BCD. Então, as forças que sobre ele actuam são o peso (força exercida pela Terra), uma reacção normal da superfície da pista na horizontal e outra reacção normal da parede vertical. Não existindo atrito, as forças têm a direcção perpendicular ao movimento, e, portanto, o seu trabalho é nulo, não fazendo variar a energia cinética, o que leva a que o módulo da velocidade seja constante. As forças que actuam devem ter resultante na direcção horizontal apontando para o centro da trajectória, pois a trajectória é circular. Nota: embora o perfil indicado tenha sentido do ponto de vista físico («uma parede vertical de gelo que o mantém nessa trajectória»), o perfil mais comum de uma pista de gelo é um perfil semelhante ao da figura seguinte. Neste caso, as duas forças também têm resultante na direcção horizontal, apontando para o centro da trajectória. N P