16-05-2010 CIRCUITOS ELÉCTRICOS FÍSICA 12 Marília Peres 1 CORRENTE ELÉCTRICA • A corrente eléctrica é um movimento orientado de cargas eléctricas através de um condutor e só ocorre se houver diferença de potencial. • O sentido convencional da corrente é o sentido do campo eléctrico e o sentido real num condutor metálico é o oposto. oposto Marília Peres 2 1 16-05-2010 CORRENTE ELÉCTRICA • A intensidade de corrente eléctrica, I , é uma grandeza eléctrica escalar, que se define como a razão entre a carga que atravessa uma secção recta do condutor e o intervalo de tempo. I dQ dt • Ou se o regime é estacionário: I A unidade SI é o ampére (A) 1A=1C/s Marília Peres CORRENTE E Q t VELOCIDADE 3 DE DERIVA • O movimento orientado é descrito pela velocidade de arrastamento ou de deriva: vd • Segundo o modelo de condução eléctrica aceite, esta velocidade é muito baixa, devido ao choque com os átomos dos condutores. Marília Peres 4 2 16-05-2010 RESISTÊNCIA E LEI DE OHM • Num condutor existe sempre resistência à passagem da corrente: colisões dos electrões, defeitos, impurezas, etc. • Verifica-se que para o mesmo campo eléctrico aplicado, essa resistência é proporcional à diferença de potencial aplicada ao condutor. R • A unidade SI é o ohm U I (Ω) –1Ω=1V/A Marília Peres 5 RESISTÊNCIA E LEI DE OHM • Lei de Ohm Ohm:: A razão entre a diferença ç de p potencial aplicada p ao condutor e a intensidade de corrente que a percorre é constante, à mesma temperatura. R U I Se os materiais não obedecem à lei de Ohm, dizem-se não óhmicos. A Lei de Ohm é apenas uma lei empírica válida para alguns materiais. Marília Peres 6 3 16-05-2010 Resistência e Lei de Ohm Condutor não óhmico Condutor óhmico Marília Peres 7 RESISTIVIDADE, • A resistência de um condutor depende da resistividade do material de que é feito. • A unidade da resistividade é ohm metro (Ω . m) • Para um condutor filiforme, verifica-se a seguinte relação: Rρ Em que: A - resistividade l – comprimento A – área da secção recta Marília Peres 8 4 16-05-2010 Valores da Resistividade Marília Peres 9 RESISTORES • Muitos circuitos possuem elementos chamados resistores. • Usam-se essencialmente para controlar a corrente em partes do circuito. Marília Peres 10 5 16-05-2010 RESISTÊNCIA E TEMPERATURA • Fora de um determinado limite, a resistividade de um material varia com a temperatura. ρ ρo [1 α (T To )] – ρo é a resistividade de referência à t temperatura t To • To é normalmente 20° C • α é o coeficiente de temperatura do material – A unidade SI de α é oC-1 Marília Peres RESISTIVIDADE E 11 TEMPERATURA • Para os metais a resistividade é normalmente proporcional à temperatura. • Existe uma região não linear a baixas temperaturas que é devida essencialmente à colisão dos electrões com impurezas. • O aumento de temperatura leva a um aumento de vibração da rede cristalina do metal, logo a resistividade aumenta. Marília Peres 12 6 16-05-2010 SEMICONDUTORES • No materiais semicondutores como semicondutores, o germânio e o silício, a resistividade diminui com a temperatura. • C Com o aumento t d de temperatura existe um aumento dos portadores de carga. Marília Peres 13 SUPERCONDUTORES • Existe uma classe de materiais cujas resistências caíem perto de zero a temperauras muito baixas: temperaturas críticas, TC Marília Peres 14 7 16-05-2010 TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITO Considere o seguinte circuito: - Quando a uma carga se move de a até b, a energia potencial do sistema aumenta de qxV ou qxU – A energia gi química í i d da pilha diminui da mesma quantidade. Marília Peres TROCAS DE ENERGIA 15 NUM CIRCUITO A potência fornecida pelo gerador será: P W q U I U ∆t ∆t Se o receptor for puramente resistivo, como no circuito representado, toda a energia g será convertida em energia g interna, logo a temperatura aumentará! P I U R I2 Marília Peres Lei de Joule 16 8 16-05-2010 TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITO FORÇA ELECTROMOTRIZ • A força electromotriz de um gerador (f (f.e.m. e m ou , de um gerador é a maior diferença de potencial que esse gerador pode fornecer, ou a maior quantidade de energia por unidade de carga. ∆E ∆E ∆Q P ∆E ∆Q I ∆t ∆t Potência fornecida pelo gerador TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITO • Como o gerador tem resistência i ê i iinterna uma parte da energia vai dissipar-se por efeito de Joule: UxI = x – rx2 U = - rx I U U = – r x I Equação do Gerador I 9 16-05-2010 TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITOS TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITOS RECEPTORES QUE NÃO SÃO PURAMENTE RESISTIVOS: Todos receptores transformam parte da energia eléctrica que recebem em energia interna, mas a restante energia é transformada em outro tipo de energia (luz, trabalho, …). FORÇA CONTRAMOTRIZ - ’ Define-se como a energia E’, que o receptor recebe e transforma noutras energias (excepto por efeito de Joule), Joule) por unidade de carga, Q, que atravessa o receptor. ' ∆E' ∆Q 10 16-05-2010 TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITOS RECEPTORES QUE NÃO SÃO PURAMENTE RESISTIVOS: Precebida = Pútil + Pdissipada U I ' I r ' I 2 ou U ' r ' I Equação do Receptor TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITOS RECEPTORES QUE SÃO PURAMENTE RESISTIVOS: Pfornecida = Pdissipada RxI2 = x – rxI2 = Rtotal x I 11 16-05-2010 TROCAS DE ENERGIA NUM CIRCUITOS RECEPTORES COM FORÇA CONTRA-ELECTROMOTRIZ ’ Pfornecida = Pútil + Pdissipada r’ I – r I2 = ’ I + r’I2 + R I2 – r I = ’ + r’I + R I –’ = (r + r’ + R) I – ’ = RT I Lei de Ohm Generalizada RESISTÊNCIAS EM SÉRIE • Adicionam-se os potenciais – ΔV = IR1 + IR2 = I (R1+R2) – Consequencia da Conservação da Energia Req = R1 + R2 + R3 + … 12 16-05-2010 RESISTÊNCIAS EM PARALELO • A diferença de potencial é a mesma em cada resistência, pois cada uma está ligada aos terminais da pilha pilha. • A corrente, I, sofre uma derivação: I = I 1 + I 2 Mas a soma é igual à inicial, consequência da conservação da carga. RESISTÊNCIAS EM PARALELO 1 1 1 1 Req R1 R2 R3 • A resistência equivalente q é sempre inferior ao menor resistor do circuito. • A menor resistência irá ter a maior corrente 13 16-05-2010 Resistências em Paralelo: Paralelo: Exemplo CIRCUITOS RC (RESISTÊNCIA E CONDENSADOR) • Um circuito de corrente contínua pode ter condensadores e resistores, podendo a corrente variar com tempo. • No início o condensador começa a carregar, até atingir a carga máxima que é: Q = C ε • Quando o condensador está todo carregado a corrente no circuito é nula. 14 16-05-2010 DESCARREGANDO UM CONDENSADOR NUM CIRCUITO RC Quando um condensador carregado d é introduzido i d id num circuito, a sua carga é descarregada segundo a função: Q (t)= (t)= Q0 e-t/RC • A carga g diminui exponencialmente • Se t = = RC, a carga diminui para 0.368 Qmax – Por outras palavras, o condensador perde 63,2% da sua carga inicial. CARREGANDO UM CONDENSADOR NUM CIRCUITO RC A carga do condensador varia com o tempo Q(t) = C (1 – e-t/RC) t é a constante do tempo • = RC (SI -> s) A constante de tempo representa o tempo requerido para aumentar a carga de um condensador de 0 até 63,2 % da sua carga total. 15