Aulas Bio cell – Bloco 1

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Profa. Dra. Nilana Barros
[email protected]
UNIFESP
Todos os organismos compartilham a
característica fundamental de serem
constituídos por uma unidade comum,
a célula!
Abordagem da Aula:
• Histórico da Biologia Celular
• Teoria Celular
• Métodos de estudo da Célula
História da Biologia Celular
Avanço do conhecimento sobre a célula devido ao desenvolvimento
da microscopia !!!
- Confúcio – Pedras (500 a.C.)
- Monges árabes- Lupas (1000 d.C.)
- Marco Polo – “Óculos” (1270 d.C.)
- Hans e Zacarias Janssen –
Microscópio (1595 d.C.)
História da Biologia Celular
Robert Hooke em 1665:
Observou tecidos de plantas divididos em compartimentos.
cortiça = formada por
inúmeras “celas”
(células)
Confúcio – Pedras
(500 a.C.)
Monges árabes- Lupas
(1000 d.C.)
Marcopolo – Óculos
(1270 d.C.)
Janssen – Microscópio
(1595 d.C.)
História da Biologia Celular
Antony van Leeuwenhoek em 1670
•Microscópio que aumentava 300
vezes observou variedade de tipos
celulares incluindo:
•Espermatozóides
•Glóbulos vermelhos
•Bactérias
Antony van Leeuwenhoek
(comerciante de tecidos,
cientista e construtor dos microscópios)
Figura adaptadas dehttp://en.wikipedia.org/wiki/page
História da Biologia Celular
Robert Brown em 1831
Descoberta do núcleo e conceito
de célula: massa limitada por
uma membrana contendo um
núcleo.
Robert Brown
(botânico e físico)
Figura adaptadas dehttp://en.wikipedia.org/wiki/page
Teoria Celular
-Schleiden & Schwan (1838) = “Todos
os seres vivos são formados por
células”
- Nascimento formal da
“Biologia Celular” / Citologia.
Matthias Schleiden
Theodor Schwann
(botânico)
(zoólogo)
-Rudolf Virchov (1858) = “Células se originam
de outras células pré-existentes” (introdução
conceito de divisão celular).
Rudolf Virchow (Patologista)
Figuras adaptadas dehttp://en.wikipedia.org/wiki/page
História da Biologia Celular
Eduard Strasburger em 1880
Eduard Strasburger
(Botânico)
Visão Moderna da Teoria Celular
• Células são as unidades morfológicas e fisiológicas de todos
os organismos vivos;
• Se originam somente de outra células, das quais herdam
suas características através de um código químico, o DNA;
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2 Edição
Microscopio Óptico
Instrumento básico para a Biologia Celular
Janssen (1595)
Hooke (1665)
(1751)
Atual
Microscópio Óptico: Estrututa e Funções
Ocular
Braço
Revólver
Objetivas
Platina
Condensador
Diafragma
Botão macrométrico
Botão micrométrico
Luz
Base
Controle de Luz
Microscopio Óptico
Ampliação = Objetiva x Ocular
•
Fonte luminosa – a mais utilizada atualmente é a luz
artificial, fornecida por uma lâmpada de tungstênio ou
de halogeneo
•
Objetiva – permitem ampliar a imagem do objeto 10x,
40x, 50x, 90x ou 100x.
– Objetivas de 10x, 40x e 50x = objetivas secas e
90x e 100x = objetivas de imersão (gota de óleo
entre elas e a preparação).
•
Oculares = lentes que permite ampliarem a imagem
real fornecida pela objetiva, formando uma imagem
virtual que se situa a aproximadamente 25 cm dos
olhos do observador. As oculares mais utilizadas são
as de ampliação 10x.
Microscópio Óptico
• Permite a observação de estruturas subcelulares como núcleo,
mas não revela detalhes finos de estrutura devido a resolução.
Imagens podem ser ampliadas, mas a ampliação não aumenta o
nível de detalhes !!!
Corte histológico
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=microscopio-optico-dobra-de-resolucao--com-imagens-coloridas-em-3d
O SISTEMA VISUAL DETECTA E INTERPRETA
ESTÍMULOS LUMINOSOS (ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
ENTRE 400 E 700 nm)
Resolução da microscopia óptica
• Habilidade de um microscópio de distinguir objetos separados
por distâncias.
• O limite de resolução é determinado pelo:
– Comprimento de onda da luz visível (λ=0,4 a 0,7µm)
– Convergência óptica das lentes (NA)
» NA= Abertura numérica
Resolução = 0,61 λ/ NA
x
NA = n sen α
n= índice de refração - 1.0 for air and 1.4 for a majority of immersion oils
α máximo= 90°
Microscopia Ótica
Resolução = 0.61x λ/ NA
n= 1.0 for air and 1.4 for a majority of immersion oils
Resolução microscopia óptica = 0.22 µm
www.microscopyu.com
Células do Sistema Disgestório: Epitélio intestinal
(Células de absorção e de produção de muco)
Células de absorção
Microscopia eletrônica
•
Pode alcançar uma resolução muito melhor que a da
microscopia óptica, assim permite a análise de detalhes
de estrutura celular!!!!
– Comprimento de onda dos elétrons pode ser tão curto
quanto 0,004 nm -100.000 menor que a luz visível.
• Resolução teórica = 0,002 nm, mas não obtida na
prática (lentes eletromagnéticas limitam o ângulo de
abertura de 0,5°).
• Resolução prática 0,2 nm a 5nm
•
Microscopia Eletrônica
– Transmissão - dispersão de elétrons através da
amostra
– Varredura – elétrons varrem a superfície da célula
–
Permitem imagens 3D
Tunelamento - para visualização de átomos.
Sistema muscular
M. eletrônica
M. luz fuorescente
M. luz comum
“estriações”
céls multinucleadas
Microscopia de
Tunelamento
• Agulha microscópica – tensão elétrica
– Analisar a variação da corrente entre a agulha e a
superfície quando a agulha desliza sobre esta
superfície.
• Essa tecnologia permite medir as propriedades físicas dos
objetos analisados e estudar as forças entre moléculas e
átomos, e observar as estruturas em escala atômica.
Microscopia -DIC
Microscopia de contraste de interferência de diferencial
Microscopia de fluorescência
• Utilizado no estudo da distribuição
das moléculas na células.
• Corante fluorescente é utilizado
para marcar as moléculas:
– Corante
fluorescente
são
moléculas que absorvem luz em
um comprimento de onda e
emitem em outro.
GFP: Green Fluorescent Protein
Proteína presente em algumas águas-vivas que absorve luz ultravioleta e
libera luz verde.
Nobel 2008 - Osamu Shimomura, Martin Chalfie, Roger Y. Tsien
GFP
Microscopia Confocal
• Combina a microscopia de fluorescência com
análise eletrônica.
– Permite imagens 3D
A
B
C
Atualmente...
Cultura de células
 Atividades
1)Se vc ampliar uma célula 10.000 vezes (típico para microscópio
eletrônico) de que tamanho ela aparecerá? Assuma que você está
observando uma célula com diâmetro de 50µm.
2)Se ela fosse uma célula muscular (miócito), quantas moléculas de
actina ela poderia abrigar? Assuma que a célula é esférica e nenhum
outro componente celular está presente; as moléculas de actina são
esféricas , com diâmetro de 3,6nm.
As informações para a manutenção da célula
estão contidas no DNA
•
DNA (ácido desoxirribonucléico) - nucleotídeos representados por um
alfabeto de 4 letras : AGTC – código presente no “banco de dados da
célula”
•
Estas 4 letras são convertidas para uma mensagem contida no RNA
mensageiro, e que será traduzida para um dialeto de aminoácidos,
formando assim, proteínas necessárias para manutenção e sobrevivência
da célula.
Composto de Proteínas e
RNAs ribossomais
Ribossomos
Figuras adaptadas de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição e de A Célula Uma abordagem Molecular 2 Edição
Síntese de proteínas
Proteínas são os efetores da maioria dos processos
celulares, executando uma grande quantidade de
tarefas que são dirigidas pela informação codificada
no DNA genômico.
Síntese proteica é a etapa final da expressão gênica.
As três grandes divisões do mundo vivo
Protistas, Fungos,
Animais e Plantas
Humano
Levedura
Ancestral
Celular
Comum
Humano
Humano
Figura adaptada de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição
Como surgiram as células que
originaram organismos tão
diversos?
Surgimento das células a partir da
combinação de átomos
Acredita-se que as primeiras células tenham surgido +- 4 bilhões
de anos, +- 750 milhões de anos após a formação da Terra.
Combinação dos átomos resultou em estruturas moleculares
mais complexas criando um ambiente delimitado e mais seletivo;
A inclusão de uma molécula auto-replicativa, como o RNA,
propagara a informação genética nas células primitivas.
Figuras adaptadas de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição e de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Surgimento das células a partir da
combinação de átomos
Alexander
Oparin
(1936)
Ambiente delimitado e seletivo
Reação entre
átomos de carbono, nitrogênio, enxofre, CO2,
e que sob uma fonte de energia (solar ou
descargas elétricas) resultou na formação de
moléculas que se tornaram cada vez mais
complexas.
Stanley Miller (1950): Formação espontânea
de moléculas orgânicas.
Combinação dos átomos resultou em
estruturas moleculares mais complexas criando
um ambiente delimitado e mais seletivo;
A inclusão de uma molécula auto-replicativa,
como o RNA, propagara a informação genética
nas células primitivas.
aminoácidos (alanina, ácido aspártico e glutamato) e ácidos
orgânicos simples (fórmico, acético, propiónico, láctico e
succínico) usuais nos seres vivos.
Figuras adaptadas de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição e de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Organismos Procariotos e
Eucariotos
Organismos Procariotos e Eucariotos
Procariotos (proto= primitivo, Karyon= nucleo)
Eubacterias e Archaebacterias.
•
SEM compartimentalização do material genético em
um
núcleo
individualizado
ou
organelas
citoplasmáticas.
seres unicelulares mais simples;
Diâmetro 0.1-10µm.
Vivem em variados nichos e apresentam
metabolismo muito diversificado;
•
•
•
Eucariotos (eu=bom-verdadeiro, karyon=nucleo)
Protista, Fungos, Animais e Plantas.
•
•
•
COM material genético compartimentalizado em um
núcleo e citoplasma com organelas bem definidas e
delimitadas por membranas, restringindo alguns
processos bioquímicos.
organismos unicelulares ou multicelulares mais
complexos
Diâmetro de 5-20µm e volume muito maior que os
procariotos.
Figuras adaptadas de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição e de A Célula Uma abordagem Molecular 2 Edição
Organização Estrutural dos Procariotos
Apesar da complexidade metabólica possuem estrutura simples
Flagelo
Mesosoma
Nucleóide
Gram +
Parede Celular
Gram -
Ribossomos
Membrana Plasmática
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2 Edição – Vibrio
Procariotos:
Diversidade de formas e habitats
Formas
Esféricas
Bastão
Habitats
Células minúsculas Espiral
Bactéria
litotrófica
(Beggiotoa):
energia
por oxidação de H2S
Figuras adaptadas de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição
Organização Estrutural dos Eucariotos:
Complexidade celular com sua rede de biomembranas
•
Provável surgimento a partir do aparecimento de membranas ao redor de
microambientes dentro da célula;
•
Organizadas em núcleo, organelas citoplasmáticas e citoesqueleto;
Célula Animal
Figuras adaptadas de A Célula Uma abordagem Molecular 2 Edição
Célula Vegetal
Eucariotos: Complexidade celular com
sua rede de biomembranas
Mitocôndria
Citoesqueleto
Retículo endoplasmático
Lisossomos/
peroxissomos
Ribossomos
Complexo de Golgi
Biomembranas
I – Generalidades
II – Composição química e estrutura
Lipídios
Proteínas
Carboidratos
III – Aspectos Funcionais
Fluidez
Domínios de membrana
Receptores
Permeabilidade e Transporte
Função geral das biomembranas
• delinear o espaço;
• separar as variáveis do meio externo de forma
seletiva, controlando o movimento de substâncias
para dentro e para fora da célula ou organela;
• reconhece sinais externo e os envia para o
interior;
• promover a compartimentalização de processos
bioquímicos.
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Estrutura
Estrutura básica: camada dupla de lipídios (bicamada),
mantidas unidas principalmente por interações não covalentes,
aparencia trilamelar e largura média em mamíferos de 5-10 nm.
Micrografia eletrônica de eritócito
Adaptado de Alberts e cols., 2004.
Membranas Celulares
Composição: Lipídios e Proteínas (com ou sem açúcares ligados).
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Tipos de agregados formados em água
Lipossomos
(25 nm a 1µm)
Membrana: Estrutura em dupla camada de lipídeos
Tipos principais de lipídeos da Membrana: Fosfolipídeos, Glicolipídeos e Colesterol
A membrana NÃO é uma estrutura rígida!!!
Água
Porção
polar
(hidrofílica)
Porção
apolar
(hidrofóbica)
Porção
polar
(hidrofílica)
Água
Figuras adaptadas de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição e de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Lipídeos mais abundantes: Fosfolipídeos
Fosfato
Carboxilato
Glicerol
Carboxilato
Fosfolipídeos (anfipáticos)
Organização em bicamada lipídica
Porção apolar (hidrofóbica) NÃO forma
interações energeticamente favoráveis com a
aguá e se agrega.
Porção polar (hidrofílica) forma interações
energeticamente favoráveis com a aguá
(interações eletrostáticas ou pontes de
hidrogênio).
Principais tipos de fosfolipídios
Fosfolipídeos predominantes
ASSIMETRIA
Fosfatidil serina tem carga negativa
Tipos de agregados formados em água
Lipossomos
(25 nm a 1µm)
Fluidez da membrana depende tanto da sua
composição quanto da sua temperatura.
Movimento dos lipídios
Fluído
Efeito das insaturações
Efeito do colesterol
Gel
Transição de fase: efeito da temperatura
Além dos Fosfolipídeos... Colesterol
Colesterol
aumenta
a
barreira
permeabilidade
de
diminui
a
existência
de
deformações na região dos
primeiros
carbonos
dos
fosfolipídeos por que reduz a
mobilidade
Grupo
Polar
Região
enrijecida
pelo
colesterol
Região
mais
fluída
impede a aproximação das
cadeias de hidrocarbonetos
inibindo possíveis passagens
do estado mais líquido da
membrana para um estado de
gel
em
um
ponto
de
congelamento
característico
(transição de fase).
Biomembranas
II – Composição química
Lipídios
Proteínas
•Tipos de associação na membrana
•Funcões
Carboidratos
Proteínas de membrana
- Transporte de íons e moléculas polares
- Transdução de sinais (receptores)
- Interação da célula com citoesqueleto e com a matriz extracelular
Proteínas de Membrana
•
Proteínas - outros constituintes das membranas da célula e são
responsáveis por por várias funções especializadas (receptoras, interação
entre células, passagem de moléculas e etc.)
•
Modelo atualmente aceito: Estrutura das membranas de Singer e Nicolson
(1972): Modelo Mosaico Fluido
Modo de associação das Proteínas à bicamada
Transmembranas
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Inseridas
Periféricas
Carboidratos
Glicocálice:
Glicolipídeos+Glicoproteínas
Carboidratos de superfície mediando interações
A composição gera peculiaridades
às biomembranas das organelas!!!
Organismo multicelulares:
Interação dos complexos de proteínas
associadas a membrana
Eucariotos contém um conjunto básico de organelas
delimitadas por membranas
•Núcleo
• Peroxissomos
• Retículo Endoplasmático
• Complexo de Golgi
• Lisossomos
• Mitocôndria
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Núcleo
Principal característica dos Eucariotos
•
Abriga o genoma da células;
•
Delimitado pelo envoltório nuclear
(camada dupla de membrana) com
poros regulam seletivamente a
entrada e saída de moléculas no
núcleo;
•
Isolamento do genoma permitiu a
regulação da expressão gênica
(diferente dos procariotos!)
•
Nucléolo: local transcrição de RNAs
ribossomais e união de suas
subunidades RNAs e proteínas.
Expressão gênica
Figuras adaptadas de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Síntese, Processamento e Transporte
Retículo Endoplasmático, Complexo de Golgi e Lisossomos
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Retículo Endoplasmático (RE)
Rede de membranas que se extendem do núcleo.
Existem 2 tipos de RE que desempenham
distintas funções !!!
Retículo
endoplasmático
liso
Retículo
endoplasmático
rugoso
COM Ribossomos
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Retículo Endoplasmático Rugoso
Ribossomos
núcleo
• Presença de ribossomos na superfície
externa;
• Papel central na síntese de proteínas
destinadas para secreção, incorporação no
próprio RE, no complexo de Golgi, nos
lisossomos ou membrana plasmática.
– Proteínas do citosol, ou a serem incorporadas
no núcleo, mitocôndria, cloroplastos (vegetais)
ou peroxissomos são sintetizadas em
ribossomos livres e NÃO aos associados ao RE
rugoso !!!
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Processamento no RE rugoso
• Glicosilação de proteínas em resíduos
específicos de asparagina (N-ligado)
• Formação de pontes dissulfeto S-S que
é facilitada pela presença da dissulfeto
isomerase presente no lúmem.
• Proteínas ancoradas na membrana via
GPI (glicosil fosfatidil inositol)
– Estas âncoras sao montadas no RE e
sao imediatamente inseridas ao cterminal das nas proteínas após a
conclusão da tradução.
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Ribossomos
núcleo
Retículo Endoplasmático Liso
•
Principal local de síntese de lipídeos
(fosfolipídeos, colesterol e ceramida) de
membrana
que
são
posteriormente
transportados para seus destinos finais em
vesículas;
•
Abundante em células ativas no metabolismo
lipídico
(ex.:
síntese
de
hormônios
esteróides no ovário e testículo)
•
Células do Fígado- Enzimas destoxificadoras
inativam drogas potencialmente nocivas em
compostos solúveis que podem ser
eliminados pela urina.
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Retículo
endoplasmático
liso
Aparelho ou Complexo de Golgi
•
Direcionamenteo de proteínas para a
membrana, lisossomos e exterior da célula;
•
Síntese de glicoconjugados:
– Glicolipídeos: esfingomielina
– Glicoproteínas:
• Modificação de oligossacarídeos
N-ligados;
• Ocorre a glicosilação tipo O-ligada.
• Fosforilação de manose em proteínas
para os lisossomos.
 Nas
plantas:
sítio
de
síntese
dos
polissacarídeos
complexos (hemicelulose e
pectina)
Figuras adaptadas de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Lisossomo
•
Organela ácida que possue variedade
de enzimas capazes de degradar
todos
os tipos
de polímeros
biológicos;
•
Degradam material captado
do
exterior da célula e componentes
obsoletos da própria célula;
•
Também
possuem
enzimas
envolvidas em diversos processos
patológicos e que podem ser
encontradas fora da organela.
•Células de planta não possuem lisossomos e os vacúolos assumem o papel
desta organela.
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Mitocôndria
•Estrutura - dupla membrana
Membrana
externa
DNA mitocondrial
•Mitocôndrias
simbiose
se
assemelham
às
bactérias
–
Maior parte das proteínas da mitocondria são
sintetizadas no citosol e não na própria mitocôndria.
Membrana
interna ribossomo mitocondrial
•Papel central na conversão de energia de glicose,
ácidos graxos e aminoácidos para a forma de ATP.
– ATP molécula altamente energética
•ATP gerado na mitocôndria via ácido cítrico (matriz) e cadeia
respiratória (membrana interna)
Figuras adaptadas de A Célula Uma abordagem Molecular 2° e EdiçãoBioquímica Básica 3° Edição
Peroxissomos
• Encontrados em todas as células
eucarióticas
• Possuem enzimas oxidativas
– Oxidação de ácidos graxos
– Oxidação produzindo H2O2
H2O e O2
– Ciclo glioxilato - síntese de glicose
(vegetais)
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Além conjunto básico de organelas delimitadas por
membranas, existem algumas características peculiares
entre os organismos eucariotos
•Núcleo
• Peroxissomos
• Retículo Endoplasmático
• Complexo de Golgi
• Lisossomos
• Mitocôndria
Figura adaptada de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Célula Vegetal - Eucariotos
•
Parede celular: confere forma e
proteção contra agressão mecânica e
parasitas.
•
Vacúolos = lisossomo, reserva
nutrientes e manutenção do balanço
osmótico.
•
Cloroplastos –Fotossíntese
Parede Celular
Cloroplastos
Figuras adaptadas de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Fungos - Eucariotos
• Possivelmente derivam de ancestrais
que deram origem a animais :
– Não possuem clorofila ou outro
pigmento fotossintetizante;
– Não possuem parede de celulose
(característica dos vegetais), mas
fundamentalmente composta de
quitina (características dos animais);
– Não armazenam amido, mas sim
glicogênio (reserva dos animais);
Figuras adaptadas de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
Referências bibliográficas
Livros
Molecular Biology of the Cell - 4º Edição Alberts Capítulo 1
A Célula Uma abordagem Molecular - 2° Edição- Geofrey Cooper- Capítulo1, 8-11
Principles of Biochemistry - 4º Edição – Lehninger – Capítulo 19
Artigos Científicos
Eric Karsenti (2008) Self-organization in cell biology:a brief history Nature 9:255-262
Material Online
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?cmd=Search&db=books&doptcmdl=GenBookHL&te
rm=15+cell+communication+AND+mboc4%5Bbook%5D+AND+373824%5Buid%5D&rid=mboc4.
section.2743 (Alberts)
Citoesqueleto
Citoesqueleto
Formato da célula, organização geral do citoplasma e movimentos celulares
• Rede de filamentos protéicos que
se estende por todo o citoplasma:
•
•
•
•
•
Conformação adequada
Resistência física – Sustentação
Estruturação interna
Contração e movimentação celular
Divisão celular- fuso mitótico
Microfilamentos
Filamentos
intermediários
Microtúbulos
Figuras adaptadas de Molecular Biology of the Cell - 4º Edição e de A Célula Uma abordagem Molecular 2° Edição
As atividades do citoesqueleto são dependentes de
três tipos principais de filamentos:
Filamentos
intermediários
FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Microtúbulos
MICROTÚBULOS
8-10 nm de diâmetro 24 nm de diâmetro
Microfilamentos
FILAMENTOS Actina/Miosina
5-7 nm de diâmetro
Filamentos intermediários
Não têm participação direta na contração celular, nem nos movimentos
das organelas, sendo primordialmente elementos estruturais Capacitam as células a suportar tensão mecânica;
Ancoram-se à membrana plasmática nas junções entre as células
denominadas desmossomos;
Distribuição por todo o citoplasma e circundam o núcleo (lâmina nuclear).
Filamentos intermediários
São formados por diversas proteínas fibrosas específicas para cada
tecido:
Filamentos intermediários Citoplasmáticos:
Queratina (células epiteliais)
Vimentina (células da mesoderme)
Desmina (células musculares)
Proteína ácida fibrilar da Glia (células gliais)
Neurofilamentos (neurônios)
Filamentos Intermediários que constituem a Lâmina Nuclear
= Lâmina
Filamentos intermediários
•São abundantes nas células que sofrem atrito, como epiderme.
•São estruturas estáveis.
Estrutura dos Microtúbulos
•Formados por subunidades de tubulina - 2 proteínas globulares α e β tubulina
•Possuem sítio de ligação para o GTP
•Cilindro composto por 13 protofilamentos
•Possui estrutura polarizada (+ -)
Polimerização e Despolimerização dos Microtúbulos
(+)
(-)
Microtúbulos
Funções:
•Formato celular;
•Organização do citoplasma;
•Transporte intracelular de vesículas e organelas
(“trilho” para proteínas motoras);
•Separação dos cromossomos na mitose.
Microtúbulos - Transporte
Microtúbulos - Transporte
Transporte de vesículas e organelas mediados pela
dineína e cinesina (em direção oposta).
Movie - Inner life
Uma célula viva está em
constante movimento - Microtúbulos
Dineína
Cinesina
Proteínas motoras se ligam
aos microtúbulos e com a
energia derivada do ATP,
deslocam-se ao longo dos
filamentos transportando
organelas e/ou vesículas.
Microtúbulos – Mitose e Movimento
•Centríolos.
•Cílios e Flagelos (ex. espermatozóides).
•Corpúsculos basais – estrutura de onde se
desenvolvem os cílios e flagelos.
MICROTÚBULOS - Centríolo
Túbulo B
Túbulo A
Túbulo C
CENTRÍOLO
CENTROSSOMO
Visão Geral da Mitose – Centríolo
Cílios e Flagelos (projeções da membrana
plasmática em eucariotos) possuem
microtúbulos que são movidos pela dineína
Estrutura do axonema
dos cílios e flagelos
Microfilamentos
Microfilamentos ou
Filamentos de Actina
Actina é a principal proteína do
citoesqueleto, na maioria das células
eucarióticas.
Distribui-se por toda célula, porém
dependendo do tipo celular pode se
concentrar na periferia celular.
Filamentos de Actina
São finos e flexíveis;
Geralmente são reunidos em redes ou feixes.
Posui polaridade estrutural (+ -)
MICROFILAMENTOS
Polimerização dos filamentos de actina
3 fases:
1. Nucleação
2. Elongação
3. Estado de equilíbrio
Filamentos de Actina Propriedades funcionais
Conferir forma celular;
Participam da manutenção do contato célula-célula
(junções de adesão);
Auxiliar no transporte;
Auxiliar no posicionamento de macromoléculas;
Formar o anel contrátil na telófase.
Contato célula-célula
(junções de adesão)
Actina, Miosina e Movimento Celular
Os filamentos de actina geralmente são associados
com miosina, sendo responsáveis por vários
movimentos celulares.
Miosina é um protótipo de um motor molecular
(converte energia química em energia mecânica,
gerando movimento).
Actina, Miosina e Contração Muscular
As células musculares são especializadas em contração.
A unidade de contração da fibra muscular esquelética é chamada
sarcômero.
Actina
Miosina
Contração MM
A
contração muscular é causada
encurtamento dos sarcômeros.
pelo
Microfilamentos – Contração MM
Actina/Miosina
Citoesqueleto – resumo da aula
Matriz Extracelular - MEC
Interações diretas entre células, assim como entre células e matriz
extracelular, são críticas para o desenvolvimento e funcionamento
dos organismos multicelulares.
Embora as células animais não sejam circundadas por paredes
celulares, várias células dos organismos multicelulares se
encontram embebidas em uma matriz composta por proteínas e
polissacarídeos.
Principais grupos de moléculas
encontradas na MEC
Proteínas:
Colágeno (proteína mais abundante nas células animais);
Elastina
Fibronectina
Laminina
Glicosaminoglicanos: (polissacarídeos constiuído de
unidades dissacarídeas repetitivas) – gel onde as proteínas
fibrosas ficam embebidas na MEC.
Fixando o conhecimento...
Faça um breve relato temporal dos avanços no conhecimento da célula.
Identifique as principais partes de um microscópio simples.
Converta 0.1, 0.5 e 1 mm para µm.
O que é resolução?
Quais as três grandes divisões dos seres vivos atualmente? Mencione 1 exemplo dentro de cada grupo.
Quanto ao “modelo” celular, quais as divisões dos seres vivos?
Fale sobre os Procariotos e Eucariotos: O que são e quais as principais diferenças.
Qual a função e constituição das biomembranas?
Fale sobre a estrutura geral e os lipídios de membrana?
Como as proteínas podem estar associadas à membrana?
Qual a importância das proteínas de membrana?
Qual a função do carboidratos da superfície celular?
Descreva as principais funções das organelas estudadas.
Qual a função do citoesqueleto e quais seus componentes principais?
Qual a função e eventos celulares estão envolvidos os filamentos intermediários, microtúbulos e
microfilamentos?
Qual a composição básica dos filamentos intermediários, microtúbulos e microfilamentos?
Qual a função e composição principal da matriz extracelular (MEC)?
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