Informativo Epidemiológico Dengue, Chikungunya, Zika Vírus e Microcefalia Janeiro de 2017 Semana Epidemiológica 01 (01/01 a 07/01)* A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS) registrou, na Semana Epidemiológica (SE) 01, 20 casos suspeitos de Dengue, destes 03 foram descartados e 17 casos ainda continuam aguardando investigação (Tabela 1). Tabela 1: Casos notificados de dengue segundo critério de classificação final, RS, 2017* Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 09/01/2017) Na série histórica de 2010 a 2017 referente a SE1 de cada ano, observa-se que 2016 registrou o maior número de notificações, 8,75 vezes mais que em 2017 até o momento (Gráfico 1). Gráfico 1. Comparativo dos casos de Dengue segundo classificação, RS, 2010 a 2017 (SE01) Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) No gráfico 2, que mostra a classificação dos casos de dengue em 2016, observa-se que a maior concentração de casos confirmados ocorreu entre as SE8 a SE17 sendo o maior pico de incidência na SE12. A partir da SE 18 inicia a queda do número de casos. Gráfico 2. Casos de Dengue segundo classificação final por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS,2016 (até SE52) Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 09/01/2017) Os histogramas, a seguir (Gráfico 3 e 4), comparam os períodos de sazonalidade da doença nos anos de 2015 e 2016. Constata-se a antecipação da circulação de dengue, na sazonalidade de 2015/2016, quando comparado ao período de 2014/2015 em relação aos casos confirmados e autóctones. Gráfico 3. Casos confirmados de Dengue por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS, 2014/2015 e 2015/2016 Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Gráfico 4. Casos autóctones de Dengue por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS, 2014/2015 e 2015/2016 Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 09/01/2017) Na análise da distribuição de casos confirmados por faixa etária em 2016, observa-se um número maior de casos entre 30 a 39 anos (19,12%). Em relação a avaliação por sexo o feminino é que obteve o maior percentual 53,5% de casos confirmados como mostra a Tabela 4. Tabela 4. Distribuição dos casos confirmados de Dengue por faixa etária e sexo, percentual e coeficiente de incidência /100.000 hab., RS, 2016 (até SE52). Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 09/01/2017) Em 2016 foi registrado apenas 1 óbito importado referente a uma mulher residente no município de Faxinalzinho, 11ª CRS, cujo local de infecção foi o município de Chapecó em Santa Catarina. *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Na SE1 de 2017, 10 municípios de sete Coordenadorias Regionais de Saúde notificaram casos suspeitos de dengue são eles: Alvorada, Gravataí, Porto Alegre e Viamão (2ª CRS), Santa Maria (4ª CRS), Itaqui (10ª CRS), Cerro Largo (12ª CRS), Santa Rosa (14ª CRS), Lajeado (16ª CRS) e Ijuí (17ª CRS). Tabela 2: Casos notificados e confirmados de dengue segundo CRS de residência, RS, 2016 -2017* Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 09/01/2017) Em 2016, foram confirmados 2.437 casos de dengue notificados em 107 (21,5%) municípios do estado. Destes 34 municípios registraram autoctonia sendo Ijui o que apresentou o maior numero de casos (331) seguido de Frederico Westphalen (315) e Porto Alegre (306). Dos 497 municípios gaúchos 42,4% (211), estão infestados pelo Aedes aegypti com concentração na região noroeste (figura 1). *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Figura 1: Mapa dos municípios infestados e com casos de Dengue Importados e Autóctones, RS, 2016. Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 09/01/2017) Figura 2: Mapa dos municípios infestados e com casos de Dengue Notificados, RS, 2017. Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Tabela 3: Municípios Infestados por Aedes aegypti segundo CRS de residência, RS, 2016* Fonte: SISPNCD-RS (dados preliminares até 09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Febre Chikungunya Dos dados disponíveis, até o momento, no Brasil, SE49 de 2016, foram notificados 263.598 casos suspeitos da doença, destes 145.059 (55%) foram confirmados. Em relação aos óbitos 159 foram confirmados laboratorialmente. (dados do Boletim Epidemiológico - Volume 47 - nº 38 - 2016 - Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 49, 2016). Em 2016, no Rio Grande do Sul, foram notificados 636 casos de suspeitos de Febre Chikungunya. Destes 70 foram confirmados em 32 municípios gaúchos com 04 autoctonia, residentes em Ibirubá (9ª CRS), Alegrete (10ª CRS), Ijui (17ª CRS) e Bento Gonçalves (5ª CRS). Na SE 01 de 2017 foram notificados 11 casos de Febre de Chikungunya, no municípios de Nova Santa Rita (1ª CRS), Cachoeirinha e Porto Alegre (2ª CRS), Nova Petrópolis (5ª CRS), Ijuí e Panambi (17ª CRS) e Osório e Palmares do Sul (18ª CRS) que ainda estão aguardando investigação diagnóstica. Gráfico 1. Casos de Chikungunya segundo classificação final por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS, 2016 (até SE52) Fonte: SINAN On line e NET-RS (dados preliminares até 09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Figura 1: Mapa dos municípios com casos confirmados de Febre Chikungunya, RS, 2016. Fonte: SINAN Online-RS e SINAN NET-RS (dados preliminares até 09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Doença Aguda pelo Zika Vírus Dos dados disponíveis, até o momento, no Brasil, SE49 de 2016, foram notificados 211.770 casos suspeitos, sendo 16.864 gestantes. Dos notificados confirmaram, laboratorialmente ou pelo critério clinico epidemiológico, 126.395 (59,7%) casos com 10.769 gestantes (63,8%). Dados atualizados se encontram no Boletim Epidemiológico - Volume 47 - nº 38 - 2016 - Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 49, 2016 No RS, em 2016, foram notificados 851 casos suspeitos de Febre pelo Zika Vírus. Destes, 85 (10%) foram confirmados, sendo 44 autóctones, residentes em Frederico Westphalen, Santa Maria, Ivoti, Rondinha, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Ijuí, Santo Ângelo e Caxias do Sul. Ocorreram, em 2016, 4 casos confirmados em gestantes, cuja os RNs não apresentaram nenhuma alteração neurológica até o momento. Na SE 01 de 2017 ainda não tivemos notificações de Zika Vírus no estado. Gráfico 2. Casos de Zika Vírus segundo classificação final por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS,2016 (até SE52) Fonte: SINAN NET-RS (dados preliminares até 09/01/2017) Na análise da distribuição por faixa etária dos 85 casos confirmados, em 2016, a maior proporção e taxa de incidência foi na população entre 30 a 39 anos. Em relação a avaliação por sexo 60% dos casos ocorreram em mulheres e destes 59% na faixa etária de 15 a 39 anos de idade. *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Tabela 1. Distribuição dos casos confirmados de Zika Vírus por faixa etária e sexo, percentual e coeficiente de incidência /100.000 hab., RS, 2016 (até SE52). Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 09/01/2017) Figura 2: Mapa dos municípios com casos confirmados de Zika Vírus, RS, 2016* Fonte: SINAN NET-RS (dados preliminares até 09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) Tabela 1: Número de casos confirmados de Febre de Chikungunya e Zika Vírus por município de residência, CRS, RS, 2016* *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) VIGILÂNCIA DE MICROCEFALIAS E/OU ALTERAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) No Brasil, até a SE 50, foram notificados 10.574 casos segundo as definições do “Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia e/ou Alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) – Versão 2.1/2016” (recém-nascido, natimorto, abortamento ou feto). Desses 3.144 (29,7%) casos permanecem em investigação e 7.430 ca sos foram investigados e classificados, sendo 2.289 confirmados para microcefalia e/ou alteração do SNC sugestivo de infecção congênita e 5.141 descartados. O Rio Grande do Sul, desde o final de outubro de 2015 até a SE 52 de 2016 noti ficou no sistema de registro de eventos de saúde pública (RESP-Microcefalia), 181 casos conforme descritos na tabela 1. O único caso de aborto notificado foi em uma gestante com histórico de exantema sem diagnóstico clínico e/ou laboratorial. Tabela 1. Distribuição dos casos notificados de microcefalia e/ou alterações do SNC de acordo com Protocolo da Microcefalia segundo a classificação, RS, 2015/2016 (até a SE52)* Fonte: RESP-Microcefalia (dados preliminares até 09/01/2017) Dos 18 casos confirmados como infecção congênita, 02 casos estão associados ao Zika vírus, cuja a investigação demonstrou que ambas as mães apresentaram quadro de doença compatível com infecção por Zika Vírus no 1º trimestre da gestação por ocasião de viagem a locais com circulação da doença, além de resultados de imagens do RN apresentando alterações radiológicas associadas a embriopatia por Zika. E outros 16 casos de infecção congênita apresentavam diagnóstico laboratorial positivo para STORCH (09 casos de Sífilis, 05 casos de Toxoplasmose e 02 caso de Citomegalovírus). No histograma, a seguir, (Gráfico 1) mostra os 181 casos notificados na RESP sendo 71,3% (129) destes descartados. O primeiro caso notificado ocorreu na 48ª SE de 2015. O Rio Grande do Sul confirmou na 12ª SE autoctonia por Zika vírus. Nenhum *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17) dos casos que já concluíram a investigação diagnóstica tem, até o momento, relação com a circulação do vírus no estado. Gráfico 1. Casos registrados na RESP, por data de notificação conforme a Semana Epidemiológica, RS, 2015 e 2016 (até SE52) Fonte: RESP-Microcefalia (dados preliminares até 09/01/2017) *Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 de 2017 (01/01 a 07/01/17)