TÓPICOS Tópicos em Filosofia Moderna

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TÓPICOS
Tópicos em Filosofia Moderna (Fernando)
A liberdade e a angústia: de Schelling a Kierkegaard
O curso tem por objetivo analisar duas das principais obras de F. W. J. Schelling e
de S. Kierkegaard: as “Investigações filosóficas sobre a essência da liberdade
humana”, obra escrita em 1804 por Schelling e “O conceito de angústia”, obra
redigida por Kierkegaard quarenta anos depois, em 1844.
Os dois livros, bastante complexos em sua estrutura e em suas análises, tratam de
questões aparentemente teológicas, tais como: o pecado, a liberdade, o mal, e a
angústia diante do bem e do mal, mas são textos filosóficos fundamentais da
filosofia moderna que enfatizam certos temas e problemas que irão influenciar, por
exemplo, um dos mais importantes pensadores da filosofia contemporânea, a saber,
M. Heidegger.
Tópicos em Estética (Virgínia)
Pensamento francês contemporâneo sobre a arte
Tentando examinar as relações entre arte, política e filosofia, pretendo neste curso
ler e discutir alguns textos extraídos do intenso debate que o problema da arte
suscitou na Filosofia Contemporânea Francesa. Esses textos serão selecionados nas
obras de filósofos tais como Gilles Deleuze, Jacques Derrida, Jacques Rancière,
Maurice Blanchot, Philippe Lacoue-Labarthe, Jean-Luc Nancy, Éliane Escoubas.
Tópicos em Ética (Leonardo Mello)
Evolucionismo e moralidade
O objetivo do curso consiste em discutir e avaliar criticamente o livro “The
Evolution of Morality” (MIT, 2007), de Richard Joyce. Neste livro, Joyce defende
uma explicação evolucionista (neo-Darwinista) do fenômeno moral. Isto não
significa, para Joyce, que tal explicação justifique o conteúdo de nosso discurso
moral. Ao contrário, uma vez que os mecanismos psicológicos que herdamos de
nosso passado evolutivo cumprem “funções” distintas das funções de nosso discurso
moral, não é possível justificar este apenas com base em premissas evolucionistas.
Obs.: É indispensável que o(a) aluno(a) seja capaz de ler em língua inglesa.
Tópicos em Estética (Giorgia)
A filosofia da arte de G.W.F. Hegel e a filosofia romântica
O curso propõe-se uma análise das críticas de Hegel à filosofia dos românticos.
Partindo da mesma exigência de superar as aporias da filosofia de Kant, Hegel e os
filósofos do círculo romântico de Jena (Novalis, F. Schlegel, A. Schlegel,
Schleiermacher e, pertencentes ao círculo de modo parcial ou temporário, Fichte,
Schelling e Hölderlin) chegam a duas ideias distintas do que a filosofia deve ser. Em
particular os românticos desenvolvem um conceito não sistemático de filosofia que
se aproxima muito mais à produção artística. O intuito do curso será o de esclarecer
a posição filosófica dos românticos e ver como Hegel a critica tendo desenvolvido
um conceito totalmente diferente de arte e de filosofia e das relações entre elas.
Obs.: Uma bibliografia detalhada vai ser oferecida no começo do curso.
Tópicos em Filosofia Política (Newton)
Iluminismo e Política.
A disciplina pretende estudar algumas das contribuições mais importantes feitas
pelos iluministas franceses do século XVIII para o pensamento político ocidental.
Em particular, estaremos atentos ao fato de que muitas das ideias discutidas ao
longo do século citado foram decisivas para a Revolução de 1789. Vamos
privilegiar o estudo de obras dos seguintes pensadores: Montesquieu, Voltaire,
Diderot e Condorcet.
Tópicos em Filosofia Grega (Miriam)
O problema da geração e corrupção na filosofia pré-socrática.
Tomando por base a leitura do tratado “Sobre a Geração e a Corrupção”, de
Aristóteles, além de alguns outros textos antigos que nos legaram testemunhos e
discussões sobre o tema, iremos examinar as principais teses sobre os processos de
geração e de corrupção formuladas no primeiro século da história da filosofia e as
principais interpretações e objeções de que foram objeto no quadro das tradições
platônica e aristotélica.
Tópicos em Antropologia Filosófica (Ivan)
As controvérsias sobre a natureza humana na atualidade.
Desenvolvido ao modo de seminários, o curso visa problematizar a noção de
natureza humana a partir das controvérsias em torno do impacto das novas
biotecnologias sobre a questão antropológica. Será especialmente focalizado o
embate entre os bioconservadores e os transhumanistas, envolvendo filósofos e
pensadores das tradições continental e anglo-americana. O cenário é a filosofia
contemporânea, e, além das posições dos filósofos, serão consideradas as opiniões
de escritores, cineastas e cientistas.
Programa
Introdução: Contextualização do problema – as novas biotecnologias e a questão
antropológica.
I – As visões antiga, medieval e moderna do homem: gênese e dissolução da idéia
de natureza humana.
II – A revolução biotecnológica e a condição humana: implicações filosóficas –
aspectos éticos e metafísicos.
III – O argumento bioconservador e a postulação da natureza humana.
IV – O argumento pós-humanista e a superação da natureza humana.
Conclusão: atualidade do problema e perspectiva.
Tópicos em Filosofia da Arte (Maria Cecília)
Produção de emoções no teatro grego e em sua adaptação para o cinema.
Algumas questões no campo da filosofia e arte dramática e sua relação com
adaptações de tragédias gregas para o cinema. A “Retórica” de Aristóteles e sua
caracterização das emoções, em particular da cólera (1378a30-32, b1-2). A
produção da cólera em tragédias e filmes que tratam dos mitos de Electra e Medéia.
Os estudos clássicos como lugar de construção da memória e chave para a
compreensão e fruição estética de obras artísticas contemporâneas.
SEMINÁRIOS
Seminário em Filosofia Contemporânea I (Leonardo Mello)
A teoria da justiça de John Rawls
O objetivo do curso consiste em discutir e avaliar criticamente o livro “Uma Teoria
da Justiça” (1971), de John Rawls. Neste livro, Rawls defende uma versão de
igualitarismo liberal que recupera, na literatura filosófica contemporânea sobre ética
e política, elementos da tradição Kantiana e da tradição do contrato social.
Seminário em Filosofia Moderna (José Raimundo)
Pascal e seu contexto filosófico
Exame, através da leitura de fragmentos selecionados dos “Pensamentos” e do
diálogo “Conversa com o Senhor de Sacy sobre Epiteto e Montaigne”, das
principais doutrinas e temas filosóficos de Pascal e das principais fontes utilizadas
por Pascal na elaboração do seu pensamento. Serão examinadas a noção de crença, a
natureza e o papel do ceticismo, as doutrinas das três ordens, do duplo estado do
homem e do Deus escondido, a relação entre razão e fé, a crítica às provas
metafísicas da existência de Deus e os argumentos alternativos propostos por Pascal
(a prova pela doutrina, o argumento da aposta e as provas escriturais). No que
concerne o contexto filosófico de Pascal, serão examinadas a recepção agostiniana
do ceticismo antigo, a retomada do ceticismo no renascimento por Montaigne, a
proposta de uma sabedoria humana por Charron e o uso metafísico do ceticismo por
Descartes.
PRÁTICA DE PESQUISA
Prática de Pesquisa I (Marco Aurélio)
Filosofia e análise lógica da linguagem:
sistematicamente enganadoras", de Gilbert Ryle.
uma
leitura de
"Expressões
Prática de Pesquisa III (Verlaine)
Implicações filosóficas da hipótese psicanalítica do inconsciente: Freud e Adorno.
O objetivo do curso é fazer uma leitura comentada dos textos “O inconsciente”, de
Freud, e “A psicanálise revisada”, de Theodor Adorno, procurando salientar
diversos aspectos relativos à prática de pesquisa, tais como: focalização dos temas
principais, delineamento de uma hipótese de leitura, diálogo com comentadores,
distanciamento crítico perante os autores estudados, confecção de um mini-projeto
de pesquisa.
Obs.: as aulas irão se iniciar em 17/03/15.
Prática de Pesquisa V (Rogério)
História do Ceticismo: de Erasmo a Spinoza
Ementa: O objetivo da disciplina é apresentar o estudo clássico de Richard Popkin
acerca da recepção do ceticismo antigo, em especial do ceticismo pirrônico, pelos
filósofos modernos. O estudo de Popkin lançou uma luz inteiramente nova sobre a
reapropriação e transformação das teses pirrônicas no contexto das disputas
religiosas e científicas do início da modernidade. Seu estudo demonstra não apenas
a importância do ceticismo na definição dos rumos da filosofia moderna, como
também a necessidade de compreender as ideias filosóficas no contexto intelectual
mais amplo em que elas se encontram inseridas.
Prática de Pesquisa VII (Leonardo Vieira)
Verdade convencional ou sintética [loka-saṃvṛti-satya e synthetische Wahrheit] e
verdade suprema ou tética [paramārtha-satya e tethische Wahrheit]
A disciplina pretende promover um diálogo entre um filósofo ocidental, Schelling
(1755-1854), e um filósofo oriental da tradição budista, Nāgārjuna (circa 150 - 250),
envolvendo a questão do eu, da realidade objetiva e da superação da dualidade
constituída pela polaridade eu e mundo.
Tanto em Schelling quanto em Nāgārjuna, sob a lente interpretativa de seu
comentador, Candrakīrti, identificamos argumentos no sentido de que o modo
convencional (loka-saṃvṛti) e condicionado (bedingt) de lidar com os objetos é
deficiente (doṣa) e gerador de conflito (Streit), pois ele não apresenta o que as coisas
são, bem como não mostra o que somos. Com isso, ambos modos não conseguem se
sustentar racionalmente e, consequentemente, “implodem”. Isto implica, entre
outras coisas, que o discurso filosófico tem de mediar entre, no mínimo, dois
planos: aquele em que os entes são interpretados de maneira deficiente e
condicionada (verdade convencional ou verdade sintética) e aquele em que se
apresenta a verdadeira natureza das coisas (verdade suprema ou verdade tética).
GRUPOS (Tópicos em Filosofia II)
Ensino de Filosofia (Tadeu) - vagas restritas: bolsistas PIBID [oferta em março]
Horário: sexta-feira, de 17:00 às 18:40
Este grupo visa elaborar estratégias para o uso das fontes primárias no ensino de
filosofia no ensino médio.
Grupo Hume (Lívia) - 15 vagas (formação livre)
Horário: quinta-feira, de 11:30 às 13:10
Grupo Filosofia e Religião (Lívia) - 15 vagas (formação livre)
Horário: quinta-feira, de 13:30 às 15:10
Filosofia e Literatura (Miriam) - 15 vagas (formação livre)
Horário: segunda-feira, de 17:00 às 18:40
Leitura de textos do escritor mineiro João Guimarães Rosa que possibilitam um
diálogo com a antropologia filosófica.
Grupo de Estudos de Filosofia Política (Carlo Gabriel) - 20 vagas (formação livre)
Horário: sexta-feira, de 14:00 às 18:00
Leitura de textos em torno dos temas tirania e totalitarismo.
Grupo Bichos (Lívia) - 10 vagas (formação livre)
Horário: quinta-feira, de 15:30 às 17:10
Crítica e Dialética (Eduardo) - 10 vagas (formação livre)
Horário: terça-feira, de 14:00 às 17:00
O grupo atua como uma plataforma de pesquisa fundada nas tradições do criticismo
e da dialética. Tematicamente, o percurso privilegia as análises contemporâneas
acerca dos imbricamentos entre filosofia e teoria social.
Grupo de Estudo “Internet e Filosofia” (Marco Antônio) - 20 vagas (formação livre)
Horário: quinta-feira, de 15:00 às 16:40
O objetivo do grupo consiste em investigar as transformações hoje impulsionadas
pela internet e pelo meio digital no seio da chamada cibercultura. Tais
transformações envolvem diferentes temas de interesse para a filosofia, como a
emergência de novas experiências cognitivas, de diferentes processos de
constituição da subjetividade e de inéditas tecnologias de poder. Neste segundo
semestre de funcionamento do grupo, que está aberto a novos integrantes, o foco
será a leitura e a discussão de textos de filósofos do século XX que servem de
referência para os debates atuais nesse domínio, como Baudrillard, Benjamin,
Simondon, Deleuze, Derrida, Foucault e Agamben, e também de pensadores mais
contemporâneos como Albert Borgmann, Douglas Kellner e Andrew Feenberg.
Kant (Joãosinho) - 10 vagas (formação livre)
Horário: quarta-feira, de 16:00 às 18:00
O grupo dedicará um semestre à filosofia do direito de Kant, valendo-se da
introdução da Metafísica dos Costumes para reconstituir os princípios de sua
filosofia moral, passando em seguida à demonstração da tese de que a filosofia do
direito é uma parte integrante da filosofia moral de Kant. Além do conceito de
direito como autorização da razão prática pura, serão estudados os conceitos de
direito natural, direito como coação, a distinção entre direito inato e adquirido,
privado e público, sempre dentro do âmbito do direito natural como expressão
imediata da liberdade do arbítrio.
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