USO DE UM MARCADOR ESPECÍFICO PARA A DETECÇÃO DE ALUMÍNIO EM FLORES DE Psittacanthus robustus Mart (LORANTHACEAE) Ivanilson Lucena1, Brenda Vila Nova Santana1 & Aristéa Alves Azevedo1 1 Centro de Ciências Biológicas – UFV, Departamento de Biologia Vegetal, Laboratório de Anatomia Vegetal, Viçosa – MG, Brasil. [email protected] Psittacanthus robustus Mart. (Loranthaceae) é uma planta hemiparasita, cujos principais hospedeiros são representantes de Vochysiaceae. Esta família é frequentemente encontrada no Cerrado e possui 8 gêneros e cerca de 200 espécies, a maioria das quais acumuladoras de alumínio (Al). Estudos têm evidenciado que a relação entre P. robustus e espécies acumuladoras permite o fluxo de grandes quantidades desse elemento para a parasita, via haustórios conectados ao xilema da hospedeira.. Testes histoquímicos têm sido úteis na detecção do Al nos diferentes tecidos das plantas, sendo verificada a sua presença nas paredes de células epidérmicas e parenquimáticas em folhas de P. robustus. Embora o Al tenha sido quantificado em sementes de P. robustus, não existe registro de estudos de histolocalização desse metal nos órgãos reprodutivos dessa espécie, sendo essa a proposta deste trabalho. Foram coletadas flores de três indivíduos de P. robustus sobre três indivíduos de Qualea parviflora Mart. em uma área de Cerrado Sensu Stricto no município de Paraopeba, MG. Partes das flores foram fixadas em FAA 50% e desidratadas, em série etílica, até etanol 70% onde foram estocadas para análises posteriores. As amostras foram incluídas em glicol metacrilato e submetidas à microtomia para a obtenção de secções transversais com 7 μm de espessura em micrótomo rotativo de avanço automático. Para a histolocalização do alumínio, um reagente específico Chrome Azurol’S. As amostras, após seccionadas, foram submetidas ao reagente por 60 minutos e, posteriormente, lavadas por cinco minutos em água destilada. Não foi verificada reação positiva que indicasse a presença de Al nos tecidos das flores de P. robustus. Entretanto, reações negativas não descartam a presença de Al nos tecidos pois embora o Chrome Azurol’S seja eficiente na detecção desse metal, normalmente a reação detecta concentrações acima de 1000mg.kg-1. Assim, nossos resultados sugerem que a flor não é um sítio preferencial de acúmulo de Al. O fato de ter sido registrado o acúmulo desse elemento em sementes de P. robustus e de ocorrer o transporte do Al, na maioria das vezes, via sistema vascular entre os diferentes órgãos da planta permite formular a hipótese, a ser testada, de que a translocação do metal para o fruto seja mais efetiva do que para as flores. (CAPES, CNPq). Palavras-chave: Histolocalização do alumínio, espécies acumuladoras, cerrado