Anexo – II Texto referente ao Centauro Quiron

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Anexo – II Texto referente ao Centauro Quiron
Centauro QUÍRON
O mito
Segundo a mitologia Grega, Quíron é filho do Deus Cronos que para os
gregos significa “tempo” ou Saturno para os Romanos com a ninfa Filira,
filha dos Oceanos, pertencia à mesma geração divina de Zeus e dos deuses
do Olímpio. Cronos, para se esconder da esposa Réia, se metamorfoseou
numa nuvem em forma de cavalo para se encontrar com Filira. Dessa união,
nasce o imortal Centauro, metade cavalo, metade homem.
Quando sua mãe, Filira, viu seu filho nascido na forma de um Centauro, ficou
cheia de vergonha, abandonou-o no Monte Pélion, pedindo aos deuses do
Olímpo que a transformassem em numa árvore chamada Tília.
O Centauro Quíron, abandonado pelo pai e pela mãe, é encontrado pelo
Deus do Sol, dos Gregos, Apolo, que como pai adotivo, lhe ensina todos os
seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, as artes
divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência. Assim, Quíron é criado
no Monte Olímpio, longe dos outros centauros mortais. Como teve uma
excelente educação, de Apolo e Ártemis, recebendo os grandes
ensinamentos universais da cura natural e do respeito entre os seres,
vários deuses e titãs confiaram-lhe a educação dos seus filhos devido à sua
sabedoria, pois transmitia aos príncipes valores espirituais e lhes ensinava o
respeito às leis divinas, que possibilitava aos homens, criar uma relação
respeitosa com Deus e com a Natureza.
Adulto, torna-se um grande sábio, profeta, médico e mestre, transmitindo
seus conhecimentos a todos que desejem aprender. Quìron foi o tutor e pai
adotivo de muitos dos grandes heróis gregos, entre outros, foi mestre de
Aquiles, Hércules, Jasão e Asclépio e mesmo do seu professor, o grande
Apolo, que acabou por receber lições de Quìron, assim como os filhos dos
Reis da Grécia.
Quíron é o ‘Centauro Chefe’ e o preceptor máximo, tanto das artes da
sobrevivência, como da cultura e da filosofia. Passou a orientar e burilar o
intelecto dos seus discípulos, ficando conhecido, também, por preparar os
futuros heróis. Era, ainda, expert no uso da medicina, de ervas, plantas e em
Astrologia. Tinha o poder de cura nas mãos porque conhecia os segredos
das plantas e das ervas.
Como mestre dos príncipes e heróis, teve o dom e a arte da sabedoria,
ensinando também a renúncia pessoal em prol da humanidade, ou seja, a
capacidade da renúncia pessoal em favor do bem coletivo.
Na guerra de Hércules contra os Centauros, Quíron é ferido acidentalmente
com uma flecha envenenada com o sangue da Hidra de Lerna (monstro que
habitava um pântano na região de Argos tinha nove cabeças, que destilavam
veneno). A flecha de Hércules, que fora seu pupilo, causa-lhe uma ferida
incurável na parte animal do corpo, este era o único veneno que ele não tinha
o conhecimento da sua cura, pois somente conhecia as virtudes.
Impotente para curar seu ferimento e não podendo morrer devido á sua
natureza imortal, sofre intensamente, recolhendo-se a uma gruta no Monte
Pélion, onde continua transmitindo seus conhecimentos aos seus discípulos,
e foi precisamente nesta busca de um tratamento para sua cura, que
descobriu a medicina, através do uso das plantas, ensinando depois a
Asclépio.
Havia o Herói Prometeu um mortal, que estava acorrentado num longo e
torturante castigo, por Zeus, por ter roubado uma centelha do fogo dos
Deuses e dar aos homens. Acorrentado ao monte Cáucaso, Zeus colocou
uma águia a bicar-lhe eternamente o fígado. O órgão (que os antigos
consideravam o mais importante do corpo por representar a vida), devorado
de dia, se regenerava à noite, numa tortura sem fim. Zeus só o libertaria se
um imortal abrisse mão de sua imortalidade e fosse para o Hades (reino
subterrâneo, inferno) em seu lugar.
Hércules, com pena, propõe a Zeus que solte Prometeu, pois Quíron faria a
troca de sua imortalidade. Assim Quíron, trocando sua imortalidade em favor
de Prometeu cessa seu sofrimento, para poder morrer tranqüilamente, o que
o elevou ao nível de divindade como protetor da raça humana, pois assim, foi
colocado em prática o seu maior ensinamento: o auto-sacrifício para a
realização do bem comum.
Liberto, Zeus impressionado não permitiu que Quíron fosse para o Hades,
mas o homenageou criando no céu sob sua forma, uma grande constelação
de Sagitário, para honrar Quíron nos Céus o imortalizando.
Hoje Quíron é o Sagitário, o Centauro do Anel do Zodíaco, porém, também,
pode ser o próprio Centauro, a constelação que rodeia o nosso Cruzeiro do
Sul.
Astronomicamente foi dado seu nome ao que já foi considerado um planeta
ou planetóide, um cometa ou um grande asteróide que está situado entre as
órbitas dos planetas Saturno e Urano e cruza excentricamente as órbitas de
ambos, levando entre 50 a 51 anos para fazer sua órbita ao redor do Sol.
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