3.1 objetivo geral

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UNA-SUS UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS, FIOCRUZ UNIDADE
CERRADO PANTANAL E UFMS
MARIA PAULA DE CAMPOS
MEDIDAS PROFILÁTICAS QUE PODEM PREVENIR LESÕES
PRECURSORAS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
SONORA/MS
2011
MARIA PAULA DE CAMPOS
MEDIDAS PROFILÁTICAS QUE PODEM PREVENIR LESÕES
PRECURSORAS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
Projeto de Intervenção. Trabalho
apresentado a Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul, como requisito
para conclusão do curso de Pós
Graduação em nível de especialização
em Atenção Básica em Saúde da
Família.
Orientadora: Prof. Ana Martha de
Almeida Ponce
SONORA/MS
2011
MARIA PAULA DE CAMPOS
MEDIDAS PROFILÁTICAS QUE PODEM PREVENIR LESÕES
PRECURSORAS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à UNA-SUS Universidade Aberta do SUS,
FIOCRUZ Unidade Cerrado Pantanal E UFMS, como requisito parcial para obtenção do
título, com nota final igual a ______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos
professores:
___________________________________
Ana Martha de Almeida Ponce
Professora/Tutora Orientadora
Campo Grande, _____ de __________ de 2011.
Dedico este trabalho a minha filha Ludmila
Campos de Oliveira e em especial ao meu esposo
Eçuélio Alves de Oliveira pelo apoio e ajuda nos
momentos difíceis que passamos durante este
curso, pelo desprendimento e compreensão das
diversas vezes que tive de me ausentar para
dedicar-me aos estudos, muito obrigado. Amo
vocês.
CAMPOS, Maria Paula de. MEDIDAS PROFILÁTICAS QUE PODEM PREVENIR
LESÕES PRECURSORAS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO NA CIDADE DE
SONORA/MS: Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Atenção Básica em
Saúde da Família) – pela UNA-SUS, FIOCRUZ Unidade Cerrado Pantanal e UFMS.
RESUMO
O câncer de colo do útero representa uma neoplasia maligna que ocorre com muita freqüência
no Brasil, causando grande número de óbitos. Vários são os fatores de risco que levam ao
câncer de colo uterino, e embora exista um considerável número de casos esse tipo de
neoplasia pode ser prevenido principalmente quando diagnosticado precocemente. A principal
forma de prevenção se dá por meio do exame citopatológico do Colo de Útero
(Papanicolaou). O papel da enfermagem é de fundamental importância na educação e
orientação junto a população feminina, esclarecendo possíveis dúvidas e incentivando a
realização periódica do exame, contribuindo assim para uma redução no número de casos.
Palavras-chave: Câncer. Colo de Útero. Prevenção. Enfermagem.
ABSTRACT
CAMPOS, Maria Paula. PROPHYLACTIC MEASURES THAT CAN PREVENT INJURIES
PRECURSOR OF CERVICAL CANCER IN THE CITY OF SONORA / MS: End of Course
Work (Graduate Diploma in Primary Health Care Family) - by the
UNA-SUS, FIOCRUZ Unit Cerrado and Pantanal UFMS.
Cancer of the cervix represents a malignant tumor that occurs frequently in Brazil, causing
many deaths. There are several risk factors that lead to cervical cancer and although a
considerable number of cases that cancer can be prevented especially when diagnosed early.
The main form of prevention is through the Cytopathology of the Cervix (Pap). The role of
nursing is of paramount importance in education and guidance by the female population,
accounting for possible questions and encouraging the periodical testing, thereby contributing
to a reduction in the number of cases.
Keywords: Cancer, Cervix, Prevention, Nursing.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 3
3. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 4
3.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 4
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 4
4. METODOLOGIA................................................................................................................... 5
5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ...................................................................................... 8
6. PROJETO DE INTERVENÇÃO ........................................................................................... 9
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 11
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................. 12
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Grupo de mulheres que fizeram o exame preventivo do Câncer do Colo do Útero
por idade.
Quadro 2 - Grupos de mulheres que fizeram o exame preventivo do Câncer do Colo do
Útero, com exames normais e alterados relacionadas por idade
1
1. INTRODUÇÃO
O aparelho reprodutor feminino é constituído de estruturas externas e internas. Dentre
as estruturas externas temos: os grandes lábios, os pequenos lábios, o clitóris, o meato
urinário, orifício vaginal, as glândulas de Bartholin, o hímen e o períneo. As estruturas
internas consistem em: vagina, útero, ovários e trompas de falópio.
Dentre as estruturas internas, segundo Gardner (1988), o útero é o órgão no qual o
óvulo fertilizado normalmente se aninha e no qual se desenvolve e é nutrido até seu
nascimento. O útero varia em forma e tamanho, localização e estrutura. Estas variações
dependem da idade e de outras circunstancias, tais como gravidez. O útero está dividido em
fundo, corpo, istmo e cervix ou colo.
O colo do útero é revestido, de forma ordenada, por várias camadas de células
epiteliais pavimentosas que, ao sofrerem transformação intra-epiteliais progressivas, podem
evoluir para uma lesão cancerosa invasiva em período de 10 a 20 anos. (BRASIL, 2002)
Caso estas lesões não forem detectadas precocemente e tratadas de forma adequada
podem evoluir para um estado mórbido de mal diagnóstico. Embora seja de fácil detecção
essas alterações representam uma relevante causa de preocupação para a Saúde Pública.
O câncer de colo do útero é a segunda causa de neoplasia mais frequente no sexo
feminino em todo mundo. Estima-se que a incidência mundial esteja em torno de 500.000
novos casos/ano, sendo responsável pelo óbito de, aproximadamente 230 mil mulheres por
ano, onde 80% dos casos invasivos são detectados em países em desenvolvimento. No Brasil,
sua incidência está em 1º lugar entre os tumores do aparelho genital feminino.
(SCHÜNEMANN; URBAN & BUDEL, 2002).
No Brasil estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na
população feminina. (COSTA & FERNANDES, 2003) e a quarta causa de morte dentre a
população feminina (INCA, 2006). No Estado de Mato Grosso do Sul o câncer de colo de
útero é o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres, perdendo somente para o
câncer de mama. Em 2010 tem se a estimativa de que, no Estado, ocorra cerca de 310 casos
de câncer de colo de útero a cada 100.000 habitantes, o que é considerado muito alto para o
País. (fonte da Gerencia Estadual de Saúde da Mulher do Estado de Mato Grosso do Sul).
2
Percebe-se, portanto que este tipo de neoplasia é a que mais ocorre entre o sexo
feminino e que a enfermidade vem aumentando de forma considerável no mundo todo.
O HPV é um vírus sexualmente transmissível com importante papel no
desenvolvimento do câncer de colo uterino e das lesões que o antecedem. A prática de sexo
seguro, realizada através do uso de preservativos, pode ser considerada como uma forma
primária de prevenção a esse tipo de neoplasia (INCA, 2006).
A principal medida de controle realizada para detecção precoce da doença se dá por
meio de um exame simples, porém de fundamental importância que é o Citopatológico de
Colo de Útero (ou Papanicolaou). Esse exame indica a presença de lesões neoplásicas ou préneoplásicas, sendo possível assim interromper a evolução dessas lesões (SÃO PAULO, 2004).
As mulheres devem realizar com freqüência o exame preventivo contra o câncer de
colo uterino, devem ser orientadas sobre os fatores de risco ressaltando as vantagens de uma
detecção precoce da doença, deve-se esclarecer possíveis dúvidas sobre o exame de
Papanicolaou, visando assim, quebrar certo "embaraço" que ainda existe por parte de algumas
mulheres em realizarem o exame.
A enfermagem tem papel fundamental na prevenção do câncer de colo uterino,
identificando as populações de alto risco, desenvolvendo ações de planejamento, controle e
supervisão de programas de educação e prevenção, contribuindo para um diagnóstico precoce
da doença.
A prevenção do câncer de colo uterino deve envolver um conjunto de ações educativas
com a finalidade de atingir grande parte das mulheres de risco, além da realização do
Papanicolaou. Através de programas de prevenção clínica e educativa há esclarecimentos
sobre como prevenir a doença, sobre as vantagens do diagnóstico precoce, as possibilidades
de cura, sobre o prognóstico e a qualidade de vida não só para esse tipo de câncer, como para
os demais.
Segundo Gerk (2002) e Silva et al. (2006), no Brasil, o Ministério da Saúde aconselha
que o exame de Papanicolaou (citologia oncótica) em mulheres de 25 a 60 anos ou nas
sexualmente ativas seja realizado a cada três anos, após a obtenção de dois exames com
resultados negativos com intervalo de um ano entre eles.
3
2. JUSTIFICATIVA
Esse projeto se justifica pela relevância que a patologia representa em níveis de
mortalidade e morbidade feminina no país. O câncer de colo de útero aparece como a maior
causa de morte entre as mulheres, seguido do câncer de mama.
De acordo com Smeltzer e Bare, (2002) o câncer de colo de útero inicial raramente
produz sintomas. Quando ocorrem sintomas como secreção, sangramento irregular ou
sangramento após a relação sexual a doença pode estar em estado avançado. A secreção
vaginal no câncer de colo uterino avançado aumenta de forma gradual e toma-se aquosa e
escurecida, devido a necrose e infecção do tumor, seu odor é fétido. O diagnóstico do câncer
cervical se dá com base nos resultados anormais do esfregaço de Papanicolaou, seguido por
resultados de biópsia que vão identificar a displasia grave. As infecções por HPV são
usualmente implicadas nestas condições.
A prevenção proporciona uma detecção precoce, recomendada para todas as mulheres
sexualmente ativas independente da idade e possibilita uma terapia eficaz e menos agressiva,
podendo resultar num prolongamento da sobrevida das pacientes acometidas. As mulheres
que tem maior propensão às doenças, em especial do colo do útero são, no entanto aquelas
que têm menos oportunidade de acesso a adesão dos métodos de identificação.
A informação é a maior solução para que não ocorram os cânceres, diminuir o
intervalo entre as coletas citológicas , identificar o quanto antes as lesões mais agressivas e a
aplicação do tratamento correto também auxiliam na prevenção.
4
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Diminuir a incidência do câncer de colo de útero em mulheres com vida sexualmente
ativa.
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Informar sobre o câncer do colo do útero.

Demonstrar que medidas profiláticas aumentam a qualidade de vida nas
mulheres com vida sexual ativa.

Identificar a faixa etária de maior incidência das alterações.

Sensibilizar as participantes quanto à realização freqüente do exame preventivo
do câncer do colo do útero;

Demonstrar a técnica de coleta de secreção do colo do útero, visando assim,
quebrar certo “embaraço” que ainda existe por parte de algumas mulheres.
5
4. METODOLOGIA
Verificou-se com o desenvolvimento de pesquisas e relatos literários, que o câncer de
colo uterino, acomete ainda um número alto de mulheres no mundo inteiro. O exame
Papanicolaou é essencial para fins profiláticos, permitindo à mulher que realiza este exame
anualmente, um controle de suas características celulares e um tratamento menos agressivo
quando do surgimento de atipia celular. Mesmo células malignas podem ser identificadas
precocemente, o que favorece o prognóstico da doença mediante tratamento adequado.
Para a implantação da 7º campanha municipal de prevenção contra o câncer do colo do
útero, no município de Sonora/MS, buscou-se atingir todas as mulheres a partir do início da
vida sexual, uma vez que as alterações podem aparecer em mulheres jovens.
O planejamento da 7º campanha municipal de prevenção contra o câncer do colo do
útero iniciou-se em abril de 2010, sendo elaborado um cronograma com as devidas
solicitações, visando diminuir imprevistos durante a realização da campanha pretendida para
o início de setembro de 2010.
Foi solicitado a Gerência Municipal de Saúde: (1.300) Kit descartável para coleta de
preventivo, contendo espéculo de tamanho P, M, G, espátula, escovinha Ayres, lâmina com
extremidade fosca, (24) litros de álcool 70%, (10) caixas de máscaras descartáveis, (5) rolos
de lençol descartável, (10) caixas de toucas descartáveis, (12) óculos de acrílicos, (1.300)
tubetes, (1.500) fichas para entrevista inicial, (6.000) convites para os agentes de saúde
entregar de casa em casa, como também a solicitação de horas extras paras os profissionais
que iriam trabalhar nos sábados e a veiculação de propaganda no rádio e carro de som
convocando as mulheres para participarem.
Para não interferir no atendimento normal aos usuários da unidade de saúde, realizouse a campanha nos sábados dos meses de setembro e outubro de 2010, sendo escalados os
profissionais para participarem desta atividade: (4) Enfermeiras, (2) Recepcionistas, (1)
Auxiliar de limpeza, (1) Motorista.
O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Papanicolaou) consiste na
coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada uma amostra da parte externa
(ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice).
6
Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e procede-se à escamação
ou esfoliação da superfície externa e interna do colo através de uma espátula de madeira e de
uma escovinha endocervical.
Sendo coletado também em mulheres grávidas, nestes casos, são coletadas amostras
do fundo de saco vaginal posterior e da ectocérvice, mas não da endocérvice, para não
estimular contrações uterinas.
Para desenvolvimento deste trabalho, buscou-se a coleta de dados após o término da
(7º) campanha municipal de prevenção contra o câncer do colo uterino, campanha esta
realizada nos meses de setembro e outubro de 2010, e entrega final dos resultados
laboratoriais no mês de dezembro de 2010.
QUADRO 1 - GRUPO DE MULHERES QUE FIZERAM O EXAME PREVENTIVO DO C ÂNCER DO COLO DO
ÚTERO POR IDADE .
Até 24 anos
139
De 25 a 59 anos
666
Acima de 60 anos
57
QUADRO 2 - GRUPOS DE M ULHERES QUE FIZERAM O EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DO COLO DO
ÚTERO, COM EXAMES NORMAIS E ALTERADOS RELACIONADAS POR IDADE
Até 24 anos
De 25 a 59 anos
Acima de 60 anos
Exames normais
128
443
16
Cândida SP.
----12
1
Gardnerella vaginalles
5
124
2
Trichomonas vaginalles
------12
NIC – I
3
5
-----NIC – II
------3
------NIC – III
------3
------Atipias
de
significado
------5
1
indeterminado
HPV
3
5
-------Atrofia com Inflamação
-----40
35
Citólise
----13
1
Metaplasia escamosa imatura
--------1
Leptotrhix vaginalles
-----1
------
Total de Exames Alterado
11
223
41
A elaboração do relatório foi feito a partir da interpretação dos dados coletados
durante a campanha municipal de prevenção contra o colo do útero. Sendo um instrumento
relevante para tabulação de dados, a utilização da ficha de exame Citopatológico melhorada,
mostrou-se eficiente como pré-requisito para o exame físico e anamnese, para implementação
de dados como número de parceiros sexuais, idade da primeira relação sexual, método
contraceptivo usado, qual a regularidade da realização de exames de prevenção contra o
câncer do colo do útero, número de filhos, se faz o auto-exame das mamas, uso de
7
preservativos durante a relação sexual, coexistência de doenças como hipertensão e diabetes e
etc.
Para execução da pesquisa, foi feito um levantamento dos resultados e, relacionando
com a idade das pacientes, para verificação da incidência de câncer de colo uterino na
população desta área de abrangência da unidade de saúde, bem como, de acordo com os
resultados obtidos e com a revisão bibliográfica, objetivamos fazer uma análise da
metodologia utilizada.
Dados mostraram que medidas profiláticas são de grande importância para melhorar a
qualidade de vida de mulheres que iniciaram suas atividades sexuais precocemente. Outrosim,
constatou-se ainda que a multiplicidade de parceiros sexuais pode trazer entre outros
problemas o câncer de colo de útero, HPV, DST/AIDS e outros problemas ginecológicos de
menor gravidade como corrimentos cervicais.
8
5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Atividade
Diagnóstico
do problema
Revisão
de
literatura
Elaboração
do projeto
Intervenção
na
comunidade
Tabulação de
dados
Análise
de
dados
Interpretação
de dados
Elaboração
do relatório
Entrega
do
relatório
Jul/10
Ago/10
Set/10
Out/10
X
X
Jan/11
Fev/11
Mar/11
Abr/11
Mai/11
X
X
X
X
Jun/11
X
X
X
X
X
X
X
X
9
6. PROJETO DE INTERVENÇÃO
Todas as clientes com diagnóstico de lesão pré-neoplásica do colo (NIC I a III), deve
ser submetida a avaliação do trato genital inferior, incluindo-se a vulvoscopia e colposcopia
com biópsia de lesões suspeitas. Antes de qualquer tratamento é preciso estabelecer uma
correlação entre a citologia e a biópsia dirigida pela colposcopia, com a finalidade de excluir
com segurança a presença de carcinoma invasor. A terapêutica adequada para as lesões de
alto grau depende de vários fatores, entre eles: idade e desejo de manter fertilidade e condição
clínica.
As clientes que foram detectados alterações no exame preventivo contra o câncer de
colo de útero, realizado na 7º Campanha Municipal de Prevenção contra o câncer de colo de
útero, buscou-se intervir de forma a tratar e orientar as doenças que ora apresentava, de modo,
a garantir que todas tivessem acesso de forma rápida e segura ao tratamento adequado, como
também a distribuição de medicamentos.
As clientes que apresentavam doenças vaginais consideradas menos agressivas,
agendou-se consulta médica, com o especialista, onde foi indicado tratamento
medicamentoso, já, as que apresentavam suspeitas ou confirmação de lesões pré-neoplasicas,
neoplásicas ou micro invasoras foram submetidas a consulta com o especialista onde o
procedimento adotado foi a colposcopia com biopsia para confirmação ou descarte de
diagnostico, sendo realizada (153) exames de colposcopia na Unidade de Saúde, constatou-se
porém, que nem todas as clientes apresentavam lesões precursora do câncer de colo de útero,
porém sendo recomendado a realização de exames preventivos com periodicidade a cada (06)
meses.
Algumas clientes, após a consulta com o médico, foram indicadas e providenciado a
consulta e tratamento no Hospital do Câncer em Campo Grande, as mesmas foram
acompanhadas por especialistas no tratamento e disponibilizado, passagens, medicamentos e
assistência para que possa continuar o tratamento.
Há várias classificações em uso, a da OMS (Organização Mundial de Saúde) divide
estas lesões em displasia leve, moderada e acentuada. Outra classificação, as divide em
neoplasias intra-epiteliais cervicais I,II e III (NIC I,II e III). A classificação de Bethesda
divide estas lesões em apenas duas categorias: lesões de baixo grau (associadas à infecção por
10
HPV e NIC I) e lesões de alto grau (NIC II e III). Resumidamente, a conduta em cada uma
destas situações pode ser exposta da seguinte forma:
 NIC I: conduta expectante ou destrutiva
 NIC II: conduta destrutiva ou ablativa
 NIC III: ablação (conização ou histerectomia).
A histerectomia abdominal ou vaginal pode ser aceita como tratamento para as
pacientes com prole formada. É indicada para os casos em que o cone apresenta margens
comprometidas.
11
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse estudo concluímos que o Câncer de Colo de Útero é uma neoplasia
maligna muito comum no Brasil e responsável ainda por um número elevado de óbitos dentre
a população feminina.
Existem vários fatores de risco que podem desencadear o câncer de colo uterino,
porém dentre os vários tipos de câncer este apresenta elevadas chances de prevenção e cura.
Sendo assim, objetivou-se orientar a população feminina quanto à importância da
realização de exames preventivos e da detecção precoce da doença, esclarecendo as possíveis
dúvidas em relação ao câncer de colo de útero, seus fatores de risco e principalmente quanto
ao exame de Papanicolaou, sendo de fundamental importância o papel do enfermeiro na
orientação a esses pacientes.
As incidências de câncer de mama e de colo de útero continuam elevadas no nosso
país (Ministério da Saúde, 2004) e as taxas de mortalidade precisariam ser reduzidas. Assim, a
partir dos dados deste estudo que mostram a necessidade de melhoria na informação sobre o
assunto, projetos de intervenção podem ser pensados, para levar ao conhecimento das
condutas preventivas, incluindo uma revisão dos programas de disseminação de informações
e prevenção existentes que possam resultar em mudança de atitude da população. Neste
sentido, aponta-se a importância de intervenções fortemente direcionadas à prevenção, através
de ações educativas.
O enfermeiro é um profissional que está em todo território e tem conhecimento
cientifico, para desenvolver programas educativos de prevenção e esclarecimento deste tipo
de câncer.
"É fundamental que os serviços de saúde orientem o que é e qual a importância do
exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do
colo do útero na população de risco" (INCA, 2006, p. 1).
12
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Prevenção do Câncer do
Colo Uterino – Manual Técnico para profissionais de Saúde. Brasília: MS, 2002.
BRUNNER, L.S. & FERNANDES, P. A. Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Colo
Uterino: A Contribuição do Laboratório de Anatomia Patológica da Santa Casa de
Misericórdia de Passos (MG). R. Bras. Cancerol. Rio de Janeiro, V. 49, n.1,
Jan/Fev/Mar.2003
CESAR, J. A. et aL. Fatores associados a não realização de exame Citopatológico de colo
uterino no extremo Sul do Brasil. Cad. De Saúde Pública. Rio de Janeiro, V.19, n.5,
Set/Out. 2003.
GARDNER, E., GRAY, D.J., O RAHAHILLY, R. Anatomia – estudo regional do corpo
humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
INCA. Instituto Nacional de Câncer. Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo
do Útero e de Mama – Viva Mulher. Câncer de Colo do Útero. Disponível na
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LEAL, E.A.S. et AL. Lesões precursoras do câncer de colo em mulheres adolescentes e
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Bras. Saúde da Mater. Infantil. V.3, n.1, Recife, Jan/Mar.2003.
SCHUNEMANN, E., URBAN, C. A., BUDEL, V. M. Quimioterapia neo-adjuvante em
Câncer localmente avançado do Colo do Útero. R. Bras. Ginecol. Obstet. Rio de
Janeiro, V.14, n.1. Nov/Dez.2002.
13
Proposta de laudo e nomenclatura dos exames citopatológico. Ministério da Saúde e
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Programas e projetos. Câncer de colo uterino – conduta clínica.
Ministério da Saúde – Instituto Nacional de Câncer. Normas e recomendações –
Recomendações básicas para o controle do câncer do colo do útero no Brasil. Rev
Bras de Cancerol 2000; 46:23-33.
FREITAS, F. ...[et al]. (2006). Rotinas em ginecologia. (5ª ed). Porto Alegre – RS: Editora
Artmed.
SMELTZER, S. & BARE, B. (2004). Tratado de Enfermagem Médico– Cirúrgica. (10ª ed).
Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS. Coleta do
Papanicolaou e ensino do auto-exame da mama. Ministério da Saúde. Instituto Nacional
do Câncer e Secretaria de Estado da Saúde, 2004.
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