A História e a Organização dos Territórios de Mineração no Pará

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VI Encontro Nacional da Anppas
18 a 21 de setembro de 2012
Belém – PA – Brasil
A História e a Organização dos Territórios de Mineração no
Pará
Nathalia Costadelle Pacheco(ufpa)
Estudante de Graduação da faculdade de Geografia e Cartografia da Universidade Federal do
Pará - Bolsista PIBIC/UFPÁ
[email protected]
João Márcio Palheta da Silva(ufpa)
Professor Doutor vinculado à Faculdade de Geografia e Cartografia da Universidade Federal do
Pará
[email protected]
A História e a organização dos territórios de mineração no Pará. O
trabalho diz respeito aos territórios de mineração no Estado do Pará, sua história e organização. A
questão mineral no estado do Pará se encontra relacionada ao contexto de ocupação da Amazônia, e
consequentemente influencia a dinâmica sócio-econômica nas regiões do estado onde se faz presente.
A implantação dos projetos de mineração no Pará reflete em crescimento econômico, experimentado
pelos municípios onde atuam tais empresas. O estudo tem por objetivo examinar a história da
mineração no estado do Pará a partir de 1980 nos pólos minerais existentes no estado e como a
chegada dos grandes empreendimentos mínero-metalurgicos interferiu na dinâmica econômica local.
No desenvolvimento do trabalho foram adotados os seguintes procedimentos metodológicos: a) revisão
bibliográfica; b) análise de dados disponibilizados por órgãos públicos; e c) aplicação de questionários
realizada no entorno de uma das grandes empresas do setor de mineração no estado. A realização das
etapas propostas possibilitou a obtenção de resultados quanto à localização das atividades de
mineração no estado do Pará, as principais empresas atuantes neste setor e o crescimento econômico
vivido pelos municípios que sediam tais atividades, além da percepção da população acerca das
mudanças, tanto benefícios como malefícios, proporcionadas pela chegada da companhia mineradora
em questão no território ocupado pela amostra questionada. Contudo, conclui-se, com os dados
sistematizados até o momento, que existe atividade mineradora de grandes empresas do setor em
quase todas as regiões de integração do Pará, destacando os municípios de Marabá, Parauapebas,
Juruti, Paragominas, Curionópolis, Oriximiná, Xinguara, Canaã dos Carajás, Bannach, Tucumã, Ourilândia
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18 a 21 de setembro de 2012
Belém – PA – Brasil
do Norte, São Félix do Xingu, Altamira, Alenquer, Monte Alegre, Barcarena e Ipixuna do Pará; no que
tange a proposta desenvolvimentista, constata-se, por meio dos resultados obtidos na aplicação de
questionários cruzados com o referencial teórico adotado, que crescimento econômico não
necessariamente é acompanhado de desenvolvimento, visto que as iniciativas adotadas pelos atores
sociais em cena, no contexto em questão, alegando estarem promovendo desenvolvimento resultaram
num processo de valorização caracterizado, haja vista que o que presenciamos na Amazônia da
exploração mineral é um processo que atende às exigências e objetivos externos que não condizem com
a realidade vivida na região. E é neste contexto de diferentes interesses sobre um mesmo território que
se torna possível presenciar conflitos territoriais que acarretam prejuízos não só à população
circundante, mas que envolvem também o ecossistema local.
Referências:
COSTA, F. A. Decodificando economias locais: Estrutura e dinâmicas do Sudeste Paraense, uma região
crítica da Amazônia.
In: RIVERO, S; JAYME JR, F. G. (Org.) As Amazônias do Século XXI. Belém: Edufpa,
2008.
IDESP. Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará. Produto Interno Bruto do
Estado do Pará: Estudos e Pesquisas Sócioeconômicas Série 1999 – 2008. Belém: DEPSAC, Núcleo de
Socioeconomia/SUDAM, 2010.
PALHETA DA SILVA, J.M. Organização Econômica do Território na Amazônia Paraense. In: MOTA, et al.
Caminhos e Lugares da Amazônia:ciência, natureza e território. Belém: GAPTA/UFPA. 2009.
RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SANTOS, B. A. dos. Recursos Minerais da Amazônia. Estudos Avançados 16 (45), 2002.
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