PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO BEIJO: CONHECIMENTO E COMPORTAMENTO DOS JOVENS-ADULTOS Suely Aragão Azevêdo Viana¹; Patrícia Tavares de Lima²; Lindoval Luiz de Oliveira³; Alex da Silva Confessor4. 1 Enfermeira. Professora do Curso de Enfermagem do Instituto de Educação Superior da Paraíba – IESP. 2 Enfermeira. Coordenadora dos Cursos de Enfermagem e Estética do Instituto de Educação Superior da Paraíba – IESP. 3 Graduado em Comunicação Social. Professor do Curso de Enfermagem do Instituto de Educação Superior da Paraíba – IESP. 4 Acadêmica de Enfermagem do Instituto de Educação Superior da Paraíba – IESP. RESUMO Este trabalho aborda o conhecimento de jovens-adultos de uma Instituição de Ensino Superior a cerca das principais doenças transmitidas pelo beijo. Este estudo tem como objetivo analisar o conhecimento e comportamento dos jovens-adultos de uma Instituição de Ensino Superior a cerca das principais doenças transmitidas pelo beijo como também verificar se os pesquisados são capazes de identificar quais as doenças que podem ser transmitidas pelo beijo. Trata-se de um trabalho de campo com caráter quanti-qualitativo e característica descritiva. Foi desenvolvido em uma Instituição de Ensino Superior que fica localizada no município de João Pessoa/PB. A população foi constituída por acadêmicos que estudam em algum dos cursos ofertados pela instituição e a amostra foi composta por 24 participantes. O instrumento de coleta de dados foi um questionário, sendo o mesmo só aplicado após a aprovação do Projeto de Pesquisa pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Ensino Superior da Paraíba, tendo obtido o CAAE de número 46594515.3.0000.5184. Os dados foram analisados a partir de três etapas: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final. O posicionamento ético do pesquisador durante a pesquisa foi em conformidade com a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a análise observa-se que 50% (12) dos participantes são do sexo masculino e 50% (12) são do sexo feminino; 79% (19) possuem idade entre 18 e 24 anos e 21% (5) têm entre 25 e 30 anos. Com relação ao estado civil 84% (20) são solteiros, 8% (02) são casados e 8% (02) possuem união estável. Finalizando a análise detecta-se que os particpantes tem conhecimento sobre quais são as principais doenças transmitidas pelo beijo. Com a conclusão do estudo, afirma-se que todos participantes têm conhecimento de que o beijo é um veículo transmissor de doenças, no entanto, alguns dos questionados não tomam medidas de precaução para evitar tais patologias, uma vez que beijam pessoas sem que tenham algum tipo de compromisso afetivo. A realização do presente trabalho apresenta como contribuição a disponibilidade de informação, em especial aos jovens-adultos, sobre algumas das patologias que podem ser transmitidas pelo beijo, às quais estes podem apresentar-se susceptíveis. Descritores: Doenças. Boca. Saúde Pública. ABSTRACT This work deals with the knowledge of young adults in a higher education institution about the main diseases transmitted by kissing. This study aims to analyze the knowledge and behavior of young adults in a higher education institution about the main diseases transmitted by kissing but also check whether respondents are able to identify which diseases can be transmitted by kissing. It is a field study with quantitative and qualitative and descriptive feature. It was developed in a higher education institution which is located in the city of João Pessoa / PB. The population consisted of academics who study at some of the courses offered by the institution and the sample consisted of 24 participants. The data collection instrument was a questionnaire, and the same applied only after approval of the research project by the Ethics and Research of the College of Paraiba Committee and obtained the number of CAAE 46594515.3.0000.5184. Data were analyzed from three steps: data ordering, data classification and final analysis. The ethical position of the researcher during the research was in accordance with Resolution No. 466/2012 of the National Council of the Health Ministry of Health. During the analysis it was observed that 50% (12) of the participants are male and 50% ( 12) are female; 79% (19) have between 18 and 24 years and 21% (5) are between 25 and 30 years. With regard to marital status 84% (20) are single, 8% (02) are married and 8% (02) have a stable relationship. Finishing the analysis is detected that particpantes aware about what are the main diseases transmitted by kissing. With the completion of the study, states that all participants are aware that the kiss is a means of transmitting diseases, however, some of the respondents do not take precautionary measures to prevent such diseases, since kissing people without having any kind of emotional commitment. The completion of this work presents a contribution availability of information, especially to young adults, about some of the diseases that can be transmitted by kissing, which they can present themselves susceptible. Keywords: Diseases. Mouth. Public Health. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho aborda o conhecimento de jovens-adultos de uma Instituição de Ensino Superior a cerca das principais doenças transmitidas pelo beijo, uma vez que os índices de contaminação vêm crescendo a cada dia, devido a promiscuidade que está aumentando nesta população. De acordo com Ferreira (2014), o beijo que do latim significa basium, é o ato de encostar os lábios fechados a alguém ou alguma coisa, abrindo-os em seguida com um pequeno ruído. O ato de beijar, tem muitos significados durante a História e ainda hoje é encarado de diferentes maneiras em cada sociedade. Nenhum historiador ou antropólogo, segundo Enfiel (2004), não se sabe ao certo sobre a origem e data do primeiro beijo. No entanto, as primeiras referências remetem a 2.500 a.C., no qual, as carícias aparecem em colagens nas paredes dos tempos de Khajuraho, na Índia. Mas o beijo na boca nem sempre foi uma forma de demonstrar carinho. Nos anos a.C., 300, os homens medos-persas do mesmo nível hierárquico trocavam beijos na boca em sinal de respeito, caso um dos homens fosse de um nível inferior, deveria beijar o rosto do outro. Na Grécia Antiga, por volta de 300 a.C., a hierarquia também determinava onde beijar. A quem fosse da mesma classe, era permitido trocar um beijo no rosto ou na boca; agora, quem fosse considerado inferior deveria se contentar com um beijo no rosto (ENFIELD, 2004). Ao que parece, o beijo em que as línguas se entrelaçam é francês e a expressão surgiu por volta de 1920. Mas os franceses não assumiram a invenção. Na França, o beijo francês, ou também conhecido como beijo de língua, é conhecido como beijo inglês (ENFIELD, 2004). Ainda nos tempos atuais, o beijo tem diferentes significados, na África do Sul, por exemplo, trocar saliva é um ato repulsivo para a Tribo dos Thonga, pois a boca é encarada como a fonte da vida e o dono deve ter cuidado para não a contaminar, e por isso não pode beijar. Já nas Ilhas Trobriand, no Pacífico Sul, os antropólogos observaram que acontece o contrário do visto na Tribo dos Thonga, pois a população passa horas se beijando e dando umas mordidinhas no parceiro (ENFIELD, 2004). Com isso, observa-se que todas as sociedades, seja antigas ou moderna, tem o ato de beijar em sua cultura, seja por carinho ou por respeito. No entanto, atualmente, esta ação tem trazido vários riscos para a população, especialmente os jovens-adultos que frequentam as festas e baladas, uma vez que o beijo pode ser o fio condutor de uma série de doenças, basta a imunidade da pessoa estar um pouco abalada. O interesse pelo tema foi despertado mediante a observação de atitudes promiscuas de jovens-adultos em baladas e festas de um modo geral, onde percebe-se que os mesmos não se importam com as doenças que podem contrair pelo ato de beijar. Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo analisar o conhecimento e comportamento dos jovens-adultos de uma Instituição de Ensino Superior a cerca das principais doenças transmitidas pelo beijo como também verificar se os pesquisados são capazes de identificar quais as doenças que podem ser transmitidas pelo beijo. A realização do presente trabalho apresenta como contribuição a disponibilidade de informação, em especial aos jovens-adultos, sobre algumas das patologias que podem ser transmitidas pelo beijo, às quais estes podem apresentar-se susceptíveis. 2 REFERENCIAL TEÓRICO O beijo é a demonstração de afeto mais amplamente difundida pela sociedade. O tipo de relação que existe entre as pessoas que trocam o beijo, é apenas definido pela sua intensidade e intenção, podendo caracterizar uma relação formal, familiar ou amorosa (RODRIGUES, 2004). Conforme Viega (2015), muito se estuda e se especula sobre a possibilidade do beijo transmitir doenças. Portanto, com base na literatura científica pode-se afirmar sobre a real possibilidade de transmissão de algumas doenças importantes, e também especular sobre outras, dada a existência de uma microbiota diversificada na boca tanto em estágios de saúde quanto na doença. A melhor forma de prevenir que o indivíduo se contamine pelas doenças transmitidas através pelo beijo, é beijar o namorado(a) ou cônjuge. Pois, neste caso, há uma maior relação de confiança e é mais fácil o indivíduo saber se o parceiro está ou não doente (VIEGA, 2015). Alguns microorganismos competem por substâncias nutrientes, enquanto outros aproveitam a presença de restos de bactérias pré-existentes e cada um a seu modo procura se adequar a realidade da boca e estão sempre em busca da melhor forma de perpetuar sua existência e garantir nutrição e espaço, denominamos essa dinâmica de sucessão microbiana (TORTORA; FUNKE; CASE, 2011). Os autores supracitados, afirmam que existem bactérias, vírus e fungos na boca e isso é normal, estes são controlados por diversos mecanismos homeostáticos que impedem que esses micoorganismos transformem-se em agentes causadores de doenças. Durante toda a vida, a população de microrganismos do indivíduo sofre diversas alterações, que dependem de muitos fatores como qualidade da resposta imunológica, tipo de dieta e hábitos de higiene (TORTORA; FUNKE; CASE, 2011). É evidente que estágios que alterem a secreção salivar – principalmente para menos, ou debilitem o organismo, como algumas medicações imunossupressoras, cigarro e estresse podem desencadear um desequilíbrio que propicia o crescimento populacional de espécies agressivas, tendo como consequência o surgimento de doenças (TORTORA; FUNKE; CASE, 2011). Conforme mostra a literatura, várias são as patologias que podem ser transmitidas através do beijo. A seguir iremos destacar algumas. 2.1 HERPES LABIAL A Herpes Labial é uma doença causada por vírus, e se manifesta de tempos em tempos, e não tem cura. O paciente portador da patologia pode apresentar feridas e bolhas muito sensíveis nos lábios ou próximo dos lábios, dor na boca, vermelhidão e prurido local (SEDICIAS, 2015). Ainda de acordo com Sedicias (2015), o tratamento para a herpes labial é sintomático e paliativo, pode ser com o uso de pomadas para herpes ou comprimidos antivirais orais por, aproximadamente, 10 dias. A Aciclovir é a pomada para mais utilizada no Brasil. 2.2 SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – AIDS A Aids é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV, que diminui drasticamente as defesas do corpo, deixando-o vulnerável a uma série de doenças. Neste caso, pode ser transmitida pelo beijo na boca, se houver cáries ou feridas nos lábios ou no interior da boca (BRASIL, 2010). Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sintomas da infecção pelo HIV são observados variavelmente entre 03 e 06 semanas após a contaminação, entre os primeiros sintomas destacam-se: febre, irritação na garganta, dor de cabeça, cansaço e mal estar. O paciente passa em média 14 dias com os sintomas, dando início a fase assintomática da doença que pode durar em média 10 anos, até surgirem os principais sintomas relacionados à AIDS que são: vômito, enjôo, diarreia, inchaço dos gânglios linfáticos e emagrecimento evidente (BRASIL, 2010). O tratamento da AIDS é feito com o uso de Terapia Antiretroviral, que é a ingestão de um coquetel medicamentoso diariamente por toda a vida, no intuito de fortalecer o sistema imunológico e combater o vírus. Todo o tratamento da AIDS é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS (BRASIL, 2010). 2.3 CÁRIE A cárie dentária, segundo Viegas (2015), é causada por uma bactéria que penetra nos dentes, podendo levar a sua perda. O principal sintoma da cárie é a dor de dente, mas em alguns casos pode-se observar um pequeno furinho ou pontinho mais escuro no dente, mesmo após a correta escovação da boca. Para prevenir a cárie recomenda-se escovar os dentes pelo menos 03 vezes ao dia, ao acordar e após as principais refeições e sempre usar o fio dental (VIEGAS, 2015). 2.4 GENGIVITE A gengivite é a inflamação da gengiva que causa dor e desconforto, gerada pelas bactérias que dão origem ao tártaro. O paciente apresenta sangramento na gengiva após escovar os dentes ou usar o fio dental, e a gengiva fica vermelha, inchada e dolorida (VIEGAS, 2015; SEDICIAS, 2015). Para tratar a gengivite recomenda-se fazer uma correta limpeza dos dentes, da gengiva e de toda a boca. Em casa recomenda-se escovar os dentes ao acordar, após as refeições e antes de deitar. Após cada escovação deve-se passar o fio dental entre todos os dentes. Este processo é importante, pois elimina os restos alimentares que acumulam-se entre os dentes após as refeições e diminui as chances da formação da placa bacteriana que dá origem a gengivite. Somente casos muito específicos de gengivite causada por bactérias é que o dentista poderá recomendar o uso de algum anti-inflamatório (VIEGAS, 2015; SEDICIAS, 2015). 2.5 TUBERCULOSE A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como Bacilo de Koch. A transmissão da tuberculose é direta, ou seja, de pessoa a pessoa. Por meio da fala, espirro, tosse ou beijo, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o (BRASIL, 2010). Para o Ministério da Saúde, alguns pacientes não exibem nenhum indício da tuberculose, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns meses ou anos. Contudo, na maioria dos infectados pelo Bacilo de Koch, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com secreção purulenta ou sangue ao escarrar, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração (BRASIL, 2010). O tratamento da tuberculose é a base de antibióticos, no entanto, para que haja a cura, o paciente não pode parar com a ingestão correta dos medicamentos. A cura da tuberculose leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo (BRASIL, 2010). 3 METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1 TIPO DE ESTUDO Trata-se de um trabalho de campo com a intenção de analisar o conhecimento de jovens-adultos a respeito das doenças transmitidas pelo beijo. Pesquisa esta que segundo Lakatos e Marconi (2012) é utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Trata-se de um trabalho de caráter quanti-qualitativo que de acordo com Lakatos e Marconi (2012), permite incorporar a questão do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos e às estruturas sociais do tema em estudo, considerando os objetivos propostos, advindos do método quanti-qualitativo descrevendo detalhadamente as situações em que se encontram as pessoas. É um trabalho com característica descritiva, a qual, segundo Lakatos e Marconi (2012) observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulálos. Procura descobrir, com a maior precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e suas características. 3.2 LOCAL, POPULAÇÃO E AMOSTRA O trabalho foi desenvolvido em no Instituto de Educação Superior da Paraíba – IEPS que fica localizada no município de João Pessoa/PB. A população foi constituída por todos os acadêmicos de ambos os sexos que estudam na Instituição em algum dos cursos ofertados. A amostra foi composta por 24 acadêmicos e como critérios de seleção foi exigido que os participantes tivessem idade a partir de 18 anos, uma vez que essa é a faixa etária considerada como maior idade em nosso país, e assinassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE que encontra-se no Apêndice. 3.3 INSTRUMENTO DE COLETAS DE DADOS O instrumento de coleta de dados foi um questionário, contendo questões objetivas e subjetivas pertinentes ao objetivo do estudo. Para operacionalização da coleta dos dados, o projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Educação Superior da Paraíba (CEP/IESP) via Plataforma Brasil para apreciação e posterior autorização para a coleta de dados. O mesmo foi aprovado com o CAAE de número 46594515.3.0000.5184. E a coleta dos dados só se deu após esta aprovação. 3.4 ANÁLISE DE DADOS A partir do material empírico produzido, os dados foram analisados de acordo com os passos propostos por Lakatos e Marconi (2012) que consistem de três etapas: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final. Em seguida os mesmos foram discutidos de acordo com a literatura pertinente. 3.5 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA O posicionamento ético do pesquisador durante a pesquisa foi em conformidade com a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Salienta-se que a produção do material empírico somente foi iniciada após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética do Instituto. Após o esclarecimento sobre a importância do estudo e assegurar a todos os sujeitos o direito a não participar da pesquisa, além de garantir o anonimato, inclusive na divulgação da mesma, foi solicitado a anuência desses, por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A), para tornar legítima nossa interferência no espaço individual autônomo. 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS Apresentamos neste capítulo os resultados da coleta de dados, realizada através do preenchimento do questionário contendo informações relativas aos objetivos propostos pela pesquisa. Os dados coletados foram apresentados em forma de quadro e gráficos com o intuito de proporcionar ao leitor uma melhor visualização e compreensão a respeito da coleta que foi realizada. 4.1 Dados sócio-demográficos Quadro1: Demonstrativo da faixa etária, sexo e estado civil dos pesquisados. Faixa etária Sexo Estado Civil Entre 18 Entre 25 e Feminino Masculino Solteiro Casado e 24 anos 30 anos 79% (19) 21% (5) 50% (12) 50% (12) 84% (20) 8% (02) Fonte: Pesquisa Direta, 2015. União Estável 8% (02) De acordo com as informações obtidas através do questionário observa-se que 50% (12) dos participantes são do sexo masculino e 50% (12) são do sexo feminino; 79% (19) possuem idade entre 18 e 24 anos e 21% (5) têm entre 25 e 30 anos. Com relação ao estado civil 84% (20) dos pesquisados são solteiros, enquanto que 8% (02) são casados e 8% (02) possuem união estável. Para Reis (2015) os atos de promiscuidade presente nas baladas normalmente são praticados por pessoas do sexo masculino, solteiro, com idades até 35 anos e que possuem uma vida financeira estável. 4.2 Dados Referentes à Pesquisa Gráfico 1: Percentual dos pesquisados quando questionados com que frequência vão a baladas e/ou festas. 29% Esporadicamente Sempre 63% 8% Nunca vai Fonte: Pesquisa Direta, 2015. De acordo com o gráfico 4, observa-se que 63% (15) frequenta festas esporadicamente, 8% (02) sempre vão a festas e/ou baladas e 29% (07) nunca vão. Ao analisar o gráfico acima, percebemos que a grande maioria dos pesquisados frequentam baladas e/ou festas de forma esporadicamente, no entanto, de acordo com Reis (2015) isso é um ato normal, porém em períodos festivos esses dados aumentam gradativamente. Gráfico 2: Representatividade quando questionados se costumam beijar sem compromisso durante as baladas. 46% 54% Sim Não Fonte: Pesquisa Direta, 2015. Ao visualizar o gráfico acima, observa-se que 46% (11) pessoas beijam na balada sem compromisso algum, enquanto que 54% (13) dos pesquisados disseram que não costumam beijar pessoas durante as festas sem que tenham algum tipo de compromisso e/ou afeto. Durante a análise dos questionários, percebe-se que grande parte dos pesquisados que costumam beijar nas festas e/ou baladas não se importam com a quantidade de pessoas que irá beijar, chegando em média até 03 pessoas diferentes por festa. Gráfico 3: Quantitativo dos participantes com relação ao serem questionados se possuem conhecimento que o beijo pode transmitir doenças. Sim 100% Fonte: Pesquisa Direta, 2015. Todos os participantes afirmaram saber que o beijo transmite doenças, no entanto, durante a análise percebe-se que os pesquisados não se importam com essa situação, visto que parte deles costumam beijar sem compromisso. Gráfico 4: Quantitativo dos participantes quando questionados se já apresentaram algum sinal ou sintoma de alguma patologia transmitida pelo beijo. Não 100% Fonte: Pesquisa Direta, 2015. O gráfico acima mostra que 100% (24) dos participantes informaram nunca ter apresentado nenhum sinal ou sintoma de alguma patologia que pode ser transmitida através do beijo. Finalizando os dados referentes a pesquisa, os participantes foram questionados sobre as doenças que os mesmos obtinham informação que são transmissora de doença, e com isso durante a análise observa-se que as patologias assinalada foram: herpes labial, cárie, meningite, AIDS, gengivite, e tuberculose. A partir da análise dos dados percebe-se que mesmo os participantes sabendo que algumas patologias podem ser transmitidas através do beijo, continuam beijando de forma promíscua durante baladas e/ou festas, no entanto esse número é maior entre os homens solteiros, apesar de frequentarem tais eventos em sua grande maioria de forma esporádica. Para Reis (2015), as festas e baladas frequentadas por jovens-adultos, realmente, têm sido um ambiente de promiscuidade, parece que o falso moralismo banal e a libertinagem aumentam a cada dia. Uns beijam qualquer um por beijar; outros bebem para se embriagar e conseguir conquistar qualquer beijo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar de o beijo ser uma das expressões de carinho mais comum entre as pessoas, o beijo pode transmitir várias patologias, que se não forem identificadas e tratadas causam graves riscos à saúde. A boca por ser um local repleto de bactérias, que nem sempre são patogênicas, acaba sendo um veículo transmissor de doenças, pois durante o ato são trocados milhões de microorganismos e por isso as pessoas necessitam repensar sobre a ação de beijar, especialmente pessoas com quem não se tem nenhum tipo de relacionamento afetivo. Diante do exposto afirma-se que todos participantes têm conhecimento de que o beijo é um veículo transmissor de doenças, no entanto, alguns dos questionados não tomam medidas de precaução para evitar tais patologias, uma vez que beijam pessoas sem que tenham algum tipo de compromisso afetivo. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. rev. Brasília : Ministério da Saúde, 2010. ENFIELD, J. A história íntima de um beijo. São Paulo: Ed. Matrix, 2004. FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5. ed. São Paulo: Ed. Positivo, 2014. REIS, T. As melhores baladas. Disponível em: https://melhoresbaladas.wordpress.com/tag/promiscuidade/>. Acesso em: 15 mai. 2015. < RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf>. Acesso em: 15 mai. 2015. RODRIGUES, N. O Beijo no Asfalto. 2. ed. São Paulo: Nova Front-Sinergia, 2004. SEDICIAS, S. Doenças transmitidas pelo beijo. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/doencas-transmitidas-pelo-beijo/>. Acesso em: 04 mai. 2015. TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2011. VERONESI, Ricardo. Doenças Infecciosas e Parasitarias. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2000. VIEGA, S. Que doenças são transmitidas pelo beijo. Disponível <http://saude.umcomo.com.br/articulo/que-doencas-sao-transmitidas-pelo-beijo4962.html#ixzz3bjD6i3xa>. Acesso em: 10 mai. 2015. em: APÊNDICE A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Esta pesquisa intitula-se: Principais doenças transmitidas pelo beijo: conhecimento e comportamento dos jovens-adultos, que está sendo desenvolvida por Alex da Silva Confessor, aluno do curso de Graduação em Enfermagem do Instituto de Educação Superior da Paraíba - IESP, sob a orientação da professora Suely Aragão Azevêdo Viana. A mesma tem como objetivo: analisar o conhecimento e comportamento dos jovens-adultos de uma Instituição de Ensino Superior a cerca das principais doenças transmitidas pelo beijo. Solicitamos sua contribuição no sentido de participar desta pesquisa. Informamos que será garantido seu anonimato, bem como será assegurada sua privacidade e o direito de autonomia referente à liberdade em participar ou não da pesquisa, bem como o direito de desistir da mesma e que não será efetuada nenhuma forma de gratificação da sua participação. Informamos que o referido estudo não apresenta nenhum risco aparente às participantes. Por ocasião da publicação dos resultados, o seu nome será mantido em sigilo. A sua participação na pesquisa é voluntária e, portanto, não é obrigada a fornecer as informações solicitadas pela pesquisadora. Caso decida não participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano. A pesquisadora estará a sua disposição para quaisquer esclarecimentos que considere necessário em qualquer etapa da pesquisa. Diante do exposto, agradecemos a sua contribuição, o que tornará possível a realização dessa pesquisa. Eu,________________________________________, concordo em participar desta pesquisa, declarando que fui devidamente esclarecida, estando ciente do objetivo da pesquisa, com a liberdade de retirar o consentimento sem que isso me traga quaisquer prejuízos. Estou ciente que receberei uma cópia deste documento, assinado por mim e pela pesquisadora responsável. João Pessoa, _____ de _____________________ de _______ ______________________________________________________ Suely Aragão Azevêdo Viana (Pesquisadora responsável) Contato: 9364-2100 ________________________________________________________ Alex da Silva Confessor (Pesquisador auxiliar) Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Educação Superior da Paraíba – CEP/IESP/FATECPB. Telefone: 2106-3849. E-mail: [email protected]. APÊNDICE B QUESTIONÁRIO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS 1- Idade: _________ 2- Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Divorciado ( ) Casado ( )União estável 3- Sexo: ( ) Masculino ( )Feminino ( )Separado ( )Viúvo DADOS REFERENTES A PESQUISA 1- Com que frequência você vai para baladas/festas? ( ) esporadicamente ( ) sempre ( ) nunca vou 2- Durante a balada você costuma beijar sem compromisso? Se sim, quantas pessoas em média? __________________________________________________________________________ . 3- Você sabia que o beijo pode transmitir doenças? ( ) Sim ( ) Não 4- Na sua opinião, quais as doenças que podem ser transmitidas pelo beijo? ( ) Herpes labial ( ) AIDS ( ) Febre amarela ( ) Cárie ( ) Diabetes ( ) Tuberculose ( ) Cólera ( ) Dengue ( ) Chikungunya ( ) Meningite ( ) Gengivite ( ) Paralisia infantil 5- Você já apresentou algum sinal ou sintoma de doenças que podem ter sido transmitida pelo beijo? ( ) Sim ( ) Não ANEXO A TERMO DE ANUÊNCIA ANEXO B PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP