Racionalismo Moderno Racionalismo Moderno

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Filosofia
Prof. Daniel Pansarelli
Aspectos da ética moderna e sua crítica:
Kant e Nietzsche
Racionalismo Moderno
A razão é a característica
fundamental da Idade
Moderna.
Expressa-se, dentre outros,
por meio do antropocentrismo
cartesiano.
René Descartes
Racionalismo Moderno
“Penso, logo existo”
⇒ Pensar como atividade racional
⇒ Dimensão individualizada do sujeito
(eu penso)
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A filosofia de Kant
Emanuel Kant (1724 – 1804) é considerado
um dos principais autores da modernidade
em sua etapa madura.
Destaca-se em sua obra o
conjunto de críticas:
9 Crítica da Razão Pura;
9 Crítica da Razão Prática;
9 Crítica da Faculdade de Juízo.
A filosofia de Kant
Razão Pura
(independente da experiência)
Estuda a
Razão como:
Razão Prática
A filosofia moral kantiana
Seus estudos no campo da moral são expressos em
três obras principais:
9 Fundamentação da metafísica dos costumes (1785);
9 Crítica da razão prática (1788);
9 Metafísica dos costumes (1797).
Estabelece uma filosofia moral de base estritamente
racional.
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Princípios da Razão Prática
Máximas
Tipos de princípio
da Razão Prática:
Imperativos
Princípios da Razão Prática
Máximas:
Imperativos:
9Subjetivas
9Válidas em função
da vontade do
sujeito que a propõe
9Não-universal
9Objetivos
9“Válidos para todo
ser natural” (CRPr)
9Possível universal
Imperativos
Hipotéticos
Imperativos:
Categóricos
9 Imperativos Hipotéticos são válidos quando
relacionados a determinado objetivo.
9 Imperativos Categóricos são válidos
independente dos objetivos desejados (são
universais).
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Exemplos
Imperativo Hipotético
Máxima
“quem não cola, não sai
da escola”
Caráter subjetivo, válido
apenas para quem a
profere, sem intenção
de universalidade
“Estuda se quiser ser
bem avaliado”
Caráter objetivo, válido
para todos que buscam
a finalidade de ser bem
avaliados
Imperativo Categórico
O único Imperativo Categórico expresso e
mantido por Kant em suas obras morais é:
“Age segundo uma máxima tal que
possas ao mesmo tempo querer que
ela se torne lei universal.” (FMC)
Intervalo
Aproveite este tempo para rever os
conceitos apresentados e compreendê-los
bem.
Discuta-os com seus colegas e anote
possíveis dúvidas para enviar ao professor.
4
Nietzsche: contexto
A filósofa Hannah Arendt
defende que Nietzsche, ao
lado de Marx e Kierkegaard
marcam o fim daquilo que
chama por “tradição
filosófica” – que teria ido de
Platão ao Século XIX.
(Entre o Passado e o Futuro, Ed.
Perspectiva)
Nietzsche: contexto
A crítica nietzscheana à
tradição filosófica:
O ser humano como
dionisíaco e apolíneo
Dionísio
Apollo
Nietzsche e a crítica à razão
Nietzsche defende que a
supervalorização da razão em detrimento
de outras características humanas tem
gerado um ser humano fraco, submisso,
mentiroso de e para si mesmo.
A crítica nietzscheana à supervalorização
da razão implica na crítica à moral
pautada exclusivamente na razão (Kant).
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Ressignificação do Intelecto
“Pois não há para aquele intelecto nenhuma
missão mais vasta, que conduzisse além
da vida humana. Ao contrário, ele é
humano, e somente seu possuidor e genitor
o toma tão pateticamente como se os
gonzos do mundo girassem nele.”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.53
Ressignificação do Intelecto
“... e como todo transportador de carga quer ter
seu admirador, mesmo o mais orgulhoso dos
homens, o filósofo, pensa ver por todos os
lados os olhos do universo telescopicamente
em mira sobre seu agir e seu pensar. É
notável que o intelecto seja capaz disso,
justamente ele, que foi concedido apenas
como meio auxiliar aos mais infelizes,
delicados e perecíveis dos seres.”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.53
Ressignificação do Intelecto
“O intelecto, como meio para a conservação
do indivíduo, desdobra suas forças mestras
no disfarce; pois é o meio pelo qual os
indivíduos mais fracos, menos robustos, se
conservam, aqueles aos quais está vedado
travar uma luta pela existência com chifres
ou presas aguçadas. No homem essa arte do
disfarce chega a seu ápice; aqui o engano, o
lisonjear, mentir e ludibriar (...)
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.53-4
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Ressignificação do Intelecto
(...) o falar-por-trás-das-costas, o representar,
o viver em glória de empréstimo, o mascararse, a convenção dissimulante, o jogo teatral
diante de outros e diante de si mesmo, em
suma, o constante bater de asas em torno
dessa única chama que é a vaidade, é a tal
ponto a regra e a lei que quase nada é mais
inconcebível do que como pôde aparecer
entre os homens um honesto e puro impulso
à verdade”.
Sobre verdade e..., p.53-4
Intervalo
Aproveite este tempo para rever os
conceitos apresentados e compreendê-los
bem.
Discuta-os com seus colegas e anote
possíveis dúvidas para enviar ao professor.
Busca pela verdade?
“Os homens, nisso, não procuram tanto
evitar serem enganados, quanto serem
prejudicados pelo engano: o que odeiam,
mesmo nesse nível, no fundo não é a
ilusão, mas as conseqüências nocivas,
hostis, de certas espécies de ilusões. É
também em um sentido restrito semelhante
que o homem quer somente a verdade”.
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.55
7
Verdade como metáforas
1ª Metáfora
“Um estímulo nervoso,
primeiramente trans-posto
em uma imagem”
2ª Metáfora
“A imagem, por sua vez,
modelada em um som”
“O que é uma palavra? A figuração de um estímulo
nervoso em sons. Mas concluir do estímulo nervoso
uma causa fora de nós já é resultado de uma
aplicação falsa e ilegítima do princípio da razão.”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p. 55
Verdade como metáforas
Coisa em si
1ª Metáfora
(impulsos nervosos)
2ª Metáfora
(som, palavra)
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.55
Arbitrariedade da linguagem
“Dividimos as coisas por gêneros, designamos a
árvore como feminina, o vegetal como
masculino: que transposições arbitrárias! A que
distância voamos além do cânone da certeza!”
“Acreditamos saber algo das coisas mesmas, se
falamos de árvores, cores, neve e flores, e no
entanto não possuímos nada mais do que
metáforas das coisas.”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.55-6
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Conceito e arbitrariedade
“Todo conceito nasce pela igualação do
não-igual. Assim, é certo que nunca uma
folha é inteiramente igual a uma outra, é
certo que o conceito de folha é formado
por arbitrário abandono dessas diferenças
individuais.”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.56
Verdade como metáforas
Coisa em si
1ª Metáfora
(impulsos nervosos)
2ª Metáfora
(som, palavra)
Conceito
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.55
Não-julgamento moral
“Denominamos um homem ‘honesto’; por que
ele agiu hoje tão honestamente? –
perguntamos. Nossa resposta costuma ser: por
causa de sua honestidade. A honestidade! Isto
quer dizer, mais uma vez: a folha é a causa das
folhas. O certo é que não sabemos nada de
uma qualidade essencial, que se chamasse ‘a
honestidade’, mas sabemos, isso sim (...)
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p.56
9
Não-julgamento moral
(...) de numerosas ações individualizadas,
portanto desiguais, que igualamos pelo
abandono do desigual e designamos, agora,
ações honestas; por fim, formulamos a partir
delas uma qualitas occulta com o nome ‘a
honestidade. A desconsideração do individual
e efetivo nos dá o conceito, assim como nos
dá também a forma, enquanto a natureza não
conhece nem formas nem conceitos.”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p. 56
Definição de verdade
“O que é a verdade, portanto? Um batalhão
móvel de metáforas, metonímias,
antropomorfismos, enfim, uma soma de
relações humanas, que foram enfatizadas
poética e retoricamente, transpostas,
enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a
um povo sólidas, canônicas e obrigatórias: as
verdades são ilusões, das quais se esqueceu
que o são, metáforas que se tornaram gastas e
sem força sensível...”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p. 57
Mentir em rebanho
A inexistência da possibilidade da verdade
não tem, todavia, significado liberdade
para o homem.
Em função de sua fraqueza, o homem se
curva aceitando como “verdades” as
convenções sociais:
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Mentir em rebanho
“...só ouvimos falar da obrigação que a
sociedade, para existir, estabelece: de
dizer a verdade, isto é, de usar as
metáforas usuais, portanto, expresso
moralmente: da obrigação de mentir
segunda uma convenção sólida, mentir
em rebanho, em um estilo obrigatório para
todos.”
Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, p. 57
Boa Semana
Prof. Daniel Pansarelli
Referência de imagens:
Slide 2: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Frans_Hals_-_Portret_van_Ren%C3%A9_Descartes.jpg> Acesso em: 07/04/2009
Slide 4: Disponível em:< http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cc/Immanuel_Kant_%28portrait%29.jpg> Acesso em: 07/04/2009
Slide 13: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/23/Nietzsche1882.jpg> Acesso em: 07/04/2009
Slide 14: Disponível em:< http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e6/Belvedere_Apollo_Pio-Clementino_Inv1015.jpg > .Acesso em: 07/04/2009
Slide 14: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7e/Dionysos_Louvre_Ma87.jpg > Acesso em: 07/04/2009
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