São Paulo, 13 de junho de 2009 - Centro Acadêmico de Filosofia USP

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Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Centro Acadêmico de Filosofia “Professor João Cruz Costa”
São Paulo, 01 de julho de 2009
Ata da assembleia geral dos estudantes de filosofia
Informes
 No último sábado foi convocado um Conselho de Centros Acadêmicos (CCA)
com a presença de 11 centros acadêmicos, e, portanto, sem quórum (de 16 CAs). A pauta era
X Congresso e Democratização da Universidade. O DCE propôs, então, fazer uma reunião de
balanço do greve, sendo a posição da gestão NSCA de ver uma mobilização crescente. O
grupo “A hora é essa” fez um balanço contrário, defendendo a mudança da pauta da greve
para Estatuinte. O CAF propôs uma reunião nesta semana para debater o X Congresso dos
Estudantes da USP.
 Houve reunião do Conselho Departamental na última sexta-feira. Haviam,
sobretudo, duas pautas de interesse estudantil: UNIVESP e o calendário letivo. O prof. Dr.
Eduardo Brandão fez uma avaliação de que era impossível continuar no programa,
entendendo que o calendário da UNIVESP é político (no sentido de seguir diretrizes do
interesse político do governo do estado nas eleições de 2010) e não educacional (ou seja, sem
avalias os benesses do eventual ensino à distância). O prof. Dr. Moacyr Novaes falou contra
os piquetes e, em geral, a greve, e houve um debate entre os professores sobre o assunto.
Houve a demanda para estender os prazos de avaliação da graduação, propondo-se que cada
professor decida individualmente como proceder.
 A assembleia geral de estudantes da USP de ontem decidiu pela manutenção da
greve por 150 a 147 votos. A avaliação dos presentes foi de uma assembleia positiva. A
próxima assembleia será dia 14/7.
 Adusp e Sintusp saíram de greve. O Sintusp saiu porque avaliou que houveram
vitórias na greve (a demissão de 4ooo funcionários caiu para 1ooo, sendo que haverá a
possibilidade de recontratação, o vale-refeição aumentará para R$ 400,0) e que a luta não
acaba agora, deve continuar por outros meios. As posições da Adusp podem ser vistas no site
www.adusp.org.br.
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, Espaço dos Estudantes
Cidade Universitária - São Paulo/SP - CEP 05508-900
Tel: (11) 3091-3753 Email: [email protected]
Visite o novo site do CAF – www.fflch.usp.br/caf
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 A nota de esclarecimento sobre a democracia, aprovada na última assembleia,
foi debatida no fórum do Estadão, e a nota sobre os trabalhadores da PM foi citada no Estadão
de domingo pela jornalista Simone Iwaso.
Debate sobre a pauta única: GREVE
 Manifesta-se o repúdio à ação de alunos do PCO que tentou, em assembleia
geral, modificar a mesa diretora da assembleia, contrariando, assim, uma posição da
assembleia de curso, observando-se que o grupo tem repetidamente defendido a soberania da
assembleia, e sendo, portanto, a posição, no mínimo, incoerente.
 Avalia-se que os funcionários respeitam mais a sua assembleia do que os
estudantes [que freqüentam a assembleia]. As entidades administrativas são muito fechadas e
menos democráticas que as nossas e devem ser desrespeitadas.
 Observa-se que, por ser pública, a universidade deve prestar contas, e que,
portanto, as instâncias administrativas devem (e, com efeito, devem por lei) fazer e publicar
suas atas. Avalia-se que o ME (movimento estudantil) entrou em greve por conta da entrada
da PM no campus e houve uma rápida ascensão do movimento, seguida por um grande
refluxo, o que evidencia a falta de mobilização. Manifesta-se um descontentamento com a
ideia de que o fim da greve acarreta no fim da mobilização.
 Propõe-se que cobre-se a efetividade das atas públicas do departamento.
Manifesta-se que a assembleia é incomparavelmente mais democrática do que a reunião dos
professores.
 Assembleias são legais e, assim, é um instrumento reconhecido pelo Estado de
Direito e pela universidade. Desse modo, mesmo a posição legalista não pode deslegitimar a
greve ou a publicação de atas.
 Manifesta-se descontentamento com a posição do PCO novamente, observando
que outro militante falou em nome da filosofia que havia uma mobilização tão grande quanto
nunca, sendo que este estudante raramente tem participado do comitê e das assembleias, não
falhando porém em distribuir panfletos de seu partido.
 Defende-se que a ética é uma bandeira da burguesia malufista e manifesta-se
espanto diante da coragem de alguns de saírem da greve sem vitórias reais. Devemos pautar a
mobilização e não o fim da greve.
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 Com greve ou sem greve devemos discutir o que via acontecer em agosto. A
nossa universidade é pública e gratuita, e não apenas gratuita.
 Defende-se que temos autonomia perante a assembleia geral dos estudantes.
 Estudantes foram intimados para depor sobre a ocupação da reitoria de 2007,
demonstrando assim a volta da opressão da reitoria mesmo durante a greve.
 Continuar em greve é legitimar a assembleia geral. Devemos fazer o debate
sobre a estrutura de poder e na paridade, mas sempre pensando no que fazer.
 Defende-se que o movimento grevista é contra o governo e não pode sair de
greve agora, além de que os estudantes de filosofia devem estar em sintonia com a greve.
 Defende-se a saída da greve, com a manuntenção do comitê e da mobilização.
 Cita-se Adorno, “Educação e Emancipação”: qual o projeto que queremos para
nossa universidade? Para onde vai o conhecimento produzido?
 Observa-se que os funcionários não tiveram força para manter os piquetes e
que a reitoria endurenceu, sendo que o movimento não conseguiu responder à altura.
 Observa-se que muitos fogem das assembleias, que mesmo com trabalho de
base há dificuldade para se colocar no movimento.
 Defende-se que votar não para a greve é ser incorente, dado que não foi o
decidido pela assembleia geral. Lamenta-se a posição dos que defendem a volta as aulas pura
e simplesmente.
 Questiona-se se temos força para fazer greve em julho. Elogia-se a gestão do
CAF.
 Defende-se o fim da greve, mas com o aproveitamento e continuidade da
mobilização de greve.
 Defende-se a pertinência da greve e a necessidade do debate sobre a
mobilização. O semestre que vem será complicado e já devemos nos preparar.
 Diz-se que é ilusão pensar que há negociação “democrática” com a reitora. A
reitora colocou a PM no campus contra a mobilização. Só haverá mudança com pressão da
maioria, i. e., dos estudantes. Ainda há tempo para salvar a greve.
 Afirma-se que o trabalho do CAF foi excepcional nesta greve e muitas pessoas
parecem não querer se mobilizar. Defende-se que a assembleia não é um grupo de amigos
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como alguns pintam, mas é um lugar de debate coletivo e, portanto, um lugar de diferenças.
Encaminhamentos
1 – Saída da greve.
SIM: 28 votos
NÃO: 19 votos
ABSTENÇÕES: 5 votos.
2 – Atividade de mobilização dos estudantes dia 14/7 antes da assembleia geral.
Por consenso o C.A. decidirá o caráter da atividade e comunicará os estudantes.
3 – Proposta de moção de repúdio à não publicação e disponibilidade das atas de reuniões
departamentais.
Aprovada por consenso.
4 – Escrever documento explicando os termos da filosofia para sair da greve para publicar e
ler na assembleia geral de 14/7.
Aprovada por consenso.
Por fim, houve indicativo para realização da próxima assembleia de curso na segunda semana
de agosto.
Houveram cerca de 60 presentes na assembleia.
Encerro a ata e, como redator, dou fé de seu conteúdo.
André Scholz
Diretor do CAF
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