Cuidados fundamentais com a audição

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Cuidados fundamentais com a audição
Cintia Végas - Paraná-Online
Nathaniel Dodson/sxc.hu
Não são apenas os operários que perdem a audição devido
ao barulho de britadeiras ou as pessoas mais velhas que
deixam de escutar em função de perdas naturais percebidas
com o avançar da idade.
É cada vez mais comum encontrar jovens com deficiências
auditivas acarretadas pela exposição constante a ambientes
com excesso de ruídos ou utilização inadequada de fones
de ouvido.
Com base em dados divulgados pelo England's Royal
National Institute of Deaf, o Centro Auditivo Telex informa
que três em quatro freqüentadores assíduos de boates e
danceterias correm o risco de perda permanente de
audição. O mesmo pode acontecer com quem acompanha com freqüência trios elétricos, por mais que os
mesmos geralmente não fiquem em locais fechados.
Com baterias que duram mais e fones mais
eficientes, tocadores de MP3 devem ser usados
com cautela.
"Em uma jornada de trabalho de oito horas, é tolerável ao ouvido humano uma intensidade sonora de até 80
decibéis. Em algumas boates, o som chega a ultrapassar 120 decibéis, o que é bastante desconfortável",
comenta a fonoaudióloga do Centro, Isabela Gomes, do Rio de Janeiro. "O ideal seria que, nesses locais, as
pessoas utilizassem protetores auditivos, como os usados por determinados profissionais. Entretanto, como
ninguém faz isso, recomendo ficar distante das caixas de som, em lugares onde possa ser mantida uma
conversação."
Em relação aos tocadores de MP3, Gomes afirma que muitos jovens os utilizam com volume excessivo. "As
baterias duram mais, contribuindo para que o tempo de exposição seja maior. Já os fones costumam ficar
bem próximos da membrana do tímpano, o que também é prejudicial".
A fonoaudióloga aconselha as pessoas a manterem um volume médio, com o qual possam conversar
mesmo que utilizando o aparelho. Também é recomendável realizar intervalos no uso: para cada duas horas
de uso, uma pausa de cerca de 30 minutos, o que pode ser suficiente para preservar a audição.
"Tem sido cada vez mais comum encontrar adolescentes e mesmo crianças com perdas auditivas. Nas
crianças, isto pode afetar o desenvolvimento da linguagem, prejudicando-as na escola, fazendo com que
elas tenham problemas físicos, emocionais e psicológicos. Já entre os adolescentes, a capacidade de
comunicação e a vida social podem ser prejudicadas", diz.
Crianças
A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança. Por isso,
especialistas recomendam que, logo ao nascer, bebês sejam submetidos ao "teste da orelhinha", capaz de
diagnosticar perda auditiva precoce.
De acordo com Gomes, o exame consiste na colocação de uma sonda que emite um som no ouvido da
criança, através do qual é possível saber se a mesma tem algum problema.
Em caso positivo, o bebê é imediatamente encaminhado para tratamento, o que evita agravamento do
problema. "Assim como o exame do pezinho (que detecta doenças metabólicas, genéticas e infecciosas), o
exame da orelhinha logo ao nascer é imprescindível", comenta.
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Professor: Paul CHÉNEAU
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