programa de disciplina

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Autorizada pelo Decreto Federal nº 77.496 de 27/04/76
Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 874/86 de 19/12/86
Recredenciada pelo Decreto Estadual Nº 9.271 de 14/12/2004
DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS
Secretaria Geral de Cursos
PROGRAMA DE DISCIPLINA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CÓDIGO: EDU340
DISCIPLINA: DOCÊNCIA EM CIÊNCIAS: SABER CIENTÍFICO /
SABER ESCOLAR I
CARGA HORÁRIA: 60h
EMENTA:
O exercício da docência na área das ciências biológicas. Produção e constituição
dos conceitos científicos de metabolismo, evolução e auto-organização em objetos de
ensino na Educação Básica.
OBJETIVOS:
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Analisar os desafios da docência na área das Ciências Biológicas
Compreender a seleção de saberes a ser ensinados e o processo de constituição dos
mesmos em objetos de ensino (mediação didática) como um dos grandes desafios da
docência e questão fundamental da didática das ciências
Discutir a natureza da relação entre “saber científico” e “saber escolar” na construção
do currículo de ciências
Discutir critérios para seleção de “saberes a ser ensinados”
Discutir a importância dos conceitos estruturantes na aprendizagem e ensino de
ciências
Reconhecer o papel central e organizador do pensamento evolutivo para as Ciências
Biológicas.
Conhecer aspectos mais marcantes da história do pensamento evolutivo
Identificar os conceitos centrais , subjacentes ao Darwinismo
Identificar as diversas concepções alternativas acerca do conceito de evolução, seleção
natural e adaptação e os fatores que estão relacionados a sua origem e persistência
entre os alunos do ensino fundamental e médio
Analisar materiais didáticos de Ensino de Ciências Biológicas para a Educação básica
no que tange o tratamento da teoria da Evolução.
Traçar diretrizes e propor estratégias para o ensino de evolução.
Discutir a relevância do tratamento dos princípios gerais da organização celular e
orgânica dos sistemas vivos para a aprendizagem do conceito de metabolismo e das
vias metabólicas de maneira integrada.
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METODOLOGIA:
O componente curricular em questão integra as 400 horas de prática educativa e
portanto deverá ter como objetivo a aproximação dos alunos com a prática profissional
docente. Especificamente deverá promover o diálogo entre os saberes conceituais e
metodológicos das disciplinas do núcleo de formação cultural (Ecologia e Evolução,
Evolução Celular, Moléculas e Biomoléculas) com saberes pedagógicos, de maneira a
analisar como os conteúdos tratados em tais disciplinas podem ser e são
recontextualizados didaticamente de modo a constituírem saberes escolares, passíveis de
serem ensinados no contexto do ensino de Ciências e Biologia na Educação Básica . Para
tanto serão desenvolvidas as seguintes atividades:
(1) Estudo de Textos e aulas expositivas para apropriação de saberes pedagógicos
relativos ao processo de seleção de saberes a serem ensinados a partir da cultura social
mais ampla, sua reorganização, restruturação e recontextualização nos programas
curriculares nas instituições escolares.
(2) Compreensão dos conceitos centrais do pensamento evolutivo, concepções
alternativas mais freqüentes e relação com aprendizagem e ensino de evolução:
• Responder questionário para levantamento das concepções prévias do grupo
• Estudo de textos para compreensão da história do pensamento evolutivo e
conceitos centrais do pensamento evolutivo.
• Leitura de textos acerca das concepções alternativas ao pensamento biológico e os
desafios que colocam ao ensino de evolução
• Re-avaliação das respostas dadas ao questionário
(3) Análise de material didático
• Leitura de artigos que se referem análise deste tema em livros didáticos
• Análise de livros didáticos do ensino médio
AVALIAÇÃO:
A avaliação será continua, durante todo o processo e pautado nos objetivos. Nossa
proposta é a de que o aluno seja informado e esteja ciente a cada etapa do trabalho, a
respeito do seu desempenho, e possa, juntamente com professor, tomar decisões acerca do
seu processo de aprendizagem e do redimensionamento da proposta pedagógica da
disciplina.
Instrumentos:
- Avaliação Estudo de Texto (Roteiro História do Pensamento Evolutivo; Textos sobre
Concepções Alternativas - em grupo)
- Análise individual de suas próprias concepções alternativas (individual)
- Análise de material didático no ensino de evolução na rede pública de Feira de
Santana ( em grupo)
Critérios gerais:
- Assiduidade e pontualidade nos encontros e na entrega dos trabalhos solicitados
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AVALIAÇÃO (Continuação):
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Compromisso com o grupo
Envolvimento intelectual com a disciplina
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
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Constituição do conhecimento escolar: seleção cultural de saberes a serem ensinados e
mediação (ou transposição ) didática
Disfunções do processo de transposição didática
Conceitos estruturantes da aprendizagem de Ciências Biológicas
Papel central e unificador do conceito de evolução no pensamento biológico
Evolução do pensamento evolutivo (Breve apanhado Lamarckismo, Darwinismo e
Neodarwinismo)
Conceitos centrais do Darwinismo
Concepções alternativas e aprendizagem do pensamento evolutivo
Conceito de metabolismo e princípios organizadores dos sistemas vivos
Disfunções da transposição didática nos livros didáticos do ensino médio – linguagem
metafórica e erros conceituais na abordagem da teoria da evolução por seleção natural
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ALMEIDA, A. V. de; FALCÃO, J.T. da. R. A estrutura Histórico- Conceitual dos
Programas de Darwin e Lamarck e sua transposição para o ambiente escolar. Ciência &
Educação, v.11, n.1, p.17-32, 2005.
ASTOLFI, J.P.; DEVELAY, M. A didática das ciências. Campinas: Papirus. 1991.
AYUSO, E. ; BANET, E. Relaciones genéticas-evolución en la educación secundaria.
Concepciones de los alunos y actividades de enseñanza en el marco del construtivismo.
Enseñanza de Las Ciencias, 1997. numero extra. V Congresso.
BISHOP,B.A. , ANDERSON, C.W. Student conception of natural selection and its role in
evolution. Journal of Research in Science Teaching, v.27, pp. 415-427.1990.
BIZZO, N. From Down House Landlord to Braziliam Hight scholl students: What has
happened to evolutionary Knowledge on the Way? Journal of Research in Science
Teaching,, v.31.n05. pp. 537-556. 1994.
CARVALHO, A M ª Pessoa de. & GiL Pérez, D. Formação de professores de Ciências.
2ed. São Paulo, Cortez. 1995.120p.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (Continuação):
CECCHETTI, F.; ARAÚJO, A.F.B.; MARTINS, L.D.; CARVALHO, M.C.A.
Abordagem de conceitos darwinistas em jogo multidisciplinar. In: TRIVELATO, S. L. F.;
SILVEIRA, R.M. DA; DOMINGUEZ, R. C. (Coord.). Coletânea do VIII Encontro
Perspectivas do Ensino de Biologia” [CD-Room]. São Paulo: FEUSP/ EDUSP. 2002
CHAVES, S.N. Diários de aula: uma experiência na formação docente. In: TRIVELATO,
S. L. F.; SILVEIRA, R.M. DA; DOMINGUEZ, R. C. (Coord.). Coletânea do VIII
Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia” [CD-Room]. São Paulo: FEUSP/
EDUSP. 2002
CHEVALLARD, Y. (1991). La Transposición Didáctica: Del Saber Sabio al Saber
Enseñado. Buenos Aires: Aique.
CIÊNCIA HOJE NA ESCOLA, volume 9: evolução. Rio de Janeiro: Global: SBPC, 2001.
CLOUGH,E.E.; WOOD-ROBINSON, C. How secondary students interpret instances of
biological adaptation. Journal of Biological Education, v. 19, n.2, 1985
EL-HANI, C.N. Uma ciência da organização viva: organismo, emergentismo e Ensino de
Biologia. In: Silva Filho, W. J. da (ed). Epistemologia e Ensino de Ciências. Salvador:
Arcadia.2002.p.199-244.
FORQUIN, J.-C. (1993). Escola e Cultura. Porto Alegre: Artes Médicas.
GAGLIARDI, R. Los conceptos estructurales en el aprendizaje por investigacion.
Enseñanza de las Ciencias, v. 4, n.1, p. 30-35, 1986.
LOPES, A. R. C. (1997a). Conhecimento escolar: Processos de seleção cultural e de
mediação
didática.
Educação
e
Realidade
22(1):95-112.
LOPES, A. R. C. (1997b). Conhecimento escolar em Química: Processo de mediação
didática da ciência. Química Nova 20(5):563-568.
MAYR, E. O desenvolvimento do pensamento Biológico. Brasília: UNB. 1998.
MARTINS, C.M. de C. ; BRAGA, S. A. de M. As explicações dos estudantes sobre o
processo de adaptação dos seres vivos. In: TRIVELATO, S. L. F.; SILVEIRA, R.M. DA;
DOMINGUEZ, R. C. (Coord.). Coletânea do VIII Encontro Perspectivas do Ensino de
Biologia” [CD-Room]. São Paulo: FEUSP/ EDUSP. 2002
MEYER, D. & EL-HANI, C. N. Evolução. In: EL-HANI, C. N. & VIDEIRA, A. A. P.
(orgs). O que é vida afinal? Para entender a Biologia do século XXI. Rio de Janeiro:
Relume Dumará. 2000
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Recredenciada pelo Decreto Estadual Nº 9.271 de 14/12/2004
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (Continuação):
MEYER, D. & EL-HANI, C. N. Evolução: o sentido da biologia. São Paulo: Editora
UNESP, 2005.132p.
MORO, C. C. A questão do gênero no ensino de ciências. Chapecó-SC: Argos, 2002.
ROQUE,I.R. Girafas, mariposas e anacronismos didáticos. Ciência Hoje, vol.34. n. 200,
Dez, 2003. 64-67.
SANTOS, S. Evolução Biológica: ensino e aprendizagem no cotidiano de sala de aula.
São Paulo: Annablume: FAPESB, 2002. 130p.
SANTOS, S.; SIEDSCHLAG, A.C. As produções artísticas e as idéias cotidianas sobre a
evolução dos seres vivos. In: TRIVELATO, S. L. F.; SILVEIRA, R.M. DA;
DOMINGUEZ, R. C. (Coord.). Coletânea do VIII Encontro Perspectivas do Ensino de
Biologia” [CD-Room]. São Paulo: FEUSP/ EDUSP. 2002
SEPULVEDA, C. Transposição didática: um pecado irremediável ou um bom desafio?
Reflexões da Epistemologia para a Didática das Ciências. Anais do IV ENCOBIO, jan.
2002, Feira de Santana, BA.
SEPULVEDA, C.; PEREIRA, H.; EL-HANI, C. Obstáculos epistemológicos e
ontológicos para a compreensão do pensamento evolutivo darwinista: Implicações para o
ensino de evolução. (submetido). II ENCONTRO REGIONAL DE ENSINO DE
BIOLOGIA DO NORDESTE (II EREBIONE), João Pessoa: SBENBio/ CE-UFPB. 2006.
SEPULVEDA, C. ; PEREIRA, H.M.R. ; EL-HANI, C.N. Interpretação do fenômeno da
adaptação biológica por alunos do ensino médio da rede pública de ensino de SalvadorBa: Implicações para o ensino de evolução. In: ENCONTRO PERSPECTIVAS DO
ENSINO DE BIOLOGIA, 10., 200, São Paulo. Caderno de programa e resumos do X
Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia: História e Percurso da Biologia no
Currículo. Campinas,SP:FE/UNICAMP, 2006.
SELLES, S. E.; ABREU,M. Darwin na Serra da Tiririca: caminhos entrecruzados entre
biologia e história. Revista Brasileira e Educação, n.20, 2002. pp.5-26.
SILVA, L. H. de A. & SCHNETZLER, R. P.Contribuições de um formador de área
científica específica para a futura ação docente de licenciandos em biologia. Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, vol.01, n.03, set, 2001. pp. 63-73.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (Continuação):
SOUSA, C.R.; OLIVEIRA, G.A.; DA POIAN, A.T.; LUZ, M.R.M.P.Concepções
alternativas a respeito do metabolismo energético: possíveis contribuições do ensino
formal de ciências e biologia. In: TRIVELATO, S. L. F.; SILVEIRA, R.M. DA;
DOMINGUEZ, R. C. (Coord.). Coletânea do VIII Encontro Perspectivas do Ensino de
Biologia” [CD-Room]. São Paulo: FEUSP/ EDUSP. 2002.
SHTULMAN, A. Qualitative differences between naïve and scientific theories of
evolution. Cognitive Psychology, v. 52, p. 170-194. 2006
SMITH,M.U.; HARVEY,S.; McINERNEY, J.D. Foundational issues in evolution
education. Science & Education, v.4, pp. 23-46, 1995
VAL, V. M ª, f. de A. & VAL. Matabolismo. In: EL-HANI, C. N. & VIDEIRA, A. A. P.
(orgs). O que é vida afinal? Para entender a Biologia do século XXI. Rio de Janeiro:
Relume Dumará. 2000
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