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O País
O Estado do Maranhão - São Luís, 29 de setembro de 2013 - domingo
Vacina brasileira contra dengue
começa a ser testada em outubro
A vacina está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e institutos dos Estados Unidos e vai combater em uma única
dose os quatro tipos da doença; primeira etapa de testes terá 50 voluntários em São Paulo; produto já foi testado nos EUA
S
à O PAULO – O Instituto Butantan, em parceria
com a Universidade de
São Paulo (USP), iniciará esta semana, no início de outubro, os
testes em seres humanos de
uma vacina contra a dengue. Ela
está sendo desenvolvida para
combater, em uma única dose,
os quatro tipos da doença já
identificados no mundo. Segundo o diretor de Ensaios Clínicos
do Butantan, Alexander Precioso, nenhum outro país tem uma
vacina como essa.
O remédio começou a ser
desenvolvido em 2006, com os
institutos nacionais de Saúde
dos Estados Unidos. Os vírus
foram identificados no país
norte-americano e, posteriormente, transferidos para o Butantan, em 2010.
A técnica utiliza o chamado
vírus atenuado. “Isso significa
que o próprio vírus da dengue é
modificado para que seja capaz
de fazer com que as pessoas
produzam anticorpos, mas sem
desenvolver a doença”, explicou
Precioso.
Os cientistas já testaram a vacina em mais de 600 norte-americanos. “Os estudos lá mostraram que é uma vacina segura e
que foi capaz de fazer com que
as pessoas produzissem anticorpos contras os quatro vírus”, disse ele. O pesquisador explicou
ainda que, nesses voluntários,
Divulgação
“
Os estudos lá
mostraram
que é uma
vacina segura
e que foi
capaz de
fazer com que
as pessoas
produzissem
anticorpos
contras os
quatro vírus”
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, doença que tem acometido muitas pessoas no Brasil
não foram observados efeitos
colaterais importantes, apenas
dor e vermelhidão no local da
aplicação, sensação comum para vacinas.
Porém, como os Estados Unidos não são uma região endêmica para a dengue, nenhum
voluntário que recebeu a imunização havia contraído a doença antes. No Brasil, os testes vão
envolver também pessoas que
já tiveram dengue.
Sem risco - O cientista disse
que, com base em estudos pu-
blicados no sudoeste asiático e
nos Estados Unidos, pacientes
com histórico de dengue poderão receber a imunização sem
risco à saúde. “No início do desenvolvimento do antídoto lá
[nos Estados Unidos] algumas
pessoas receberam a vacina mo-
Alexander Precioso, diretor de
Ensaios Clínicos do Butantan
novalente, só de um tipo, e depois outra dose de um vírus diferente, para ver se quem já tinha o passado de dengue correria risco”, explicou.
Em uma primeira etapa dos
testes brasileiros, que começarão esta semana, serão recruta-
dos 50 voluntários da capital
paulista, todos adultos saudáveis e que nunca tiveram dengue, com idade de 18 a 59 anos,
de ambos os sexos. Eles vão ser
imunizados em duas doses,
com intervalo de seis meses entre elas.
A próxima etapa vai incluir
pessoas com histórico de dengue e a vacina será aplicada em
dose única. Serão 250 voluntários da capital paulista e da cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado.
“Nós trabalhamos com a hipótese de que ela [vacina] será
trabalhada em uma dose, mas
nos primeiros 50 voluntários serão duas doses”, disse Precioso.“Os resultados de lá [Estados
Unidos] demonstraram que o
remédio já atua apenas com
uma dose. Como ela vai ser, pela primeira vez, utilizada em
uma região endêmica de dengue, vamos avaliar os dois esquemas [uma ou duas doses] e
os dois tipos de população [já tiveram ou nunca tiveram dengue]”, acrescentou.
A terceira e última fase vai recrutar pessoas de diversas partes do país, de várias idades. “Ela
vai gerar o resultado de que nós
precisamos para solicitar o registro na Anvisa e, a partir daí,
ela estará disponível”. A previsão é de que a vacina chegue à
população em cinco anos.
Médico alerta para cuidados com o coração
Divulgação
Hoje, Dia Mundial do Coração, cardiologista
do HCor enumera os fatores de riscos de
doenças, como a hipertensão arterial
SÃO PAULO - O Dia Mundial
do Coração é comemorado no
dia 29 de setembro. A data serve para alertar as pessoas sobre
o cuidado constante com esse
órgão vital e tão suscetível ao
impacto de fatores de risco como a hipertensão arterial. O supervisor do setor de cardiologia
clínica do Hospital do Coração
(HCor), Ricardo Pavanello, alerta que até 1 bilhão de pessoas
no mundo podem ser portadores da doença. No Brasil, entre
os adultos com mais de 18 anos,
23% das mulheres e 20% dos
homens sofrem de hipertensão
arterial, de acordo com dados
do Ministério da Saúde.
A hipertensão arterial é uma
doença crônica e se caracteriza
pelos elevados níveis de pressão
sanguínea nas artérias. Essa con-
dição exige um esforço maior do
coração para que o sangue circule corretamente pelo corpo, o
que é prejudicial para o paciente e pode provocar doenças mais
sérias como AVC (Acidente Vascular Cerebral), infarto agudo do
miocárdio e insuficiência renal.
Existem duas formas de apresentação da doença: hipertensão
arterial essencial e hipertensão
arterial secundária. A essencial é
o tipo mais comum, correspondendo a mais de 90% dos casos
diagnosticados, e tem caráter genético, podendo ser agravada por
fatores de risco já conhecidos como obesidade, diabetes, além do
sedentarismo e estresse. Consumo excessivo de sal e bebidas alcoólicas também pode contribuir para o agravamento da doença. Já a secundária é rara e apa-
Alimentos e atividades
físicas podem ajudar no
controle do colesterol
Peixes, aveia, frutas
oleaginosas e azeite de
oliva devem compor
uma dieta saudável
SÃO PAULO - Muitos alimentos
podem contribuir para o controle do colesterol. Para que os efeitos sejam mais satisfatórios, o
ideal é que eles sejam consumidos dentro de uma dieta. Além
dos alimentos, a prática de atividade física contribui para proteger o coração do colesterol ruim.
Segundo a nutricionista Patrícia Citelli Berger, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, os melhores alimentos para o controle do colesterol são os
peixes de água fria (ex. sardinha,
atum, salmão, truta), aveia, farinha de linhaça, frutas oleaginosas (castanha do Brasil e nozes),
leguminosas (soja, feijões, grão
de bico ervilhas) e azeite de oliva. “Muitos estudos estão sendo
desenvolvidos para tentar demonstrar este mesmo efeito com
outros alimentos como frutas cítricas, gengibre, maçã, canela, al-
cachofra e açaí”, diz.
De acordo com a especialista, não há recomendações específicas por faixa etária, ou seja,
não existe nenhum estudo que
certifique que determinado alimento é mais indicado para
uma criança ou idoso. “Vale lembrar que os alimentos consumidos separadamente não fazem
milagre, eles precisam estar inseridos numa dieta equilibrada
associada a hábitos de vida saudáveis”, esclarece.
Aconselha-se aumentar o
consumo de peixes no lugar de
carnes vermelhas. No caso da
aveia, consumir duas a três colheres de sopa por dia; a farinha de linhaça, uma colher de
chá por dia; e as oleaginosas
quatro unidades por dia, variando os tipos.
Para quem prefere tomar sucos no lugar de comer a fruta, a
nutricionista faz um alerta importante, o efeito de tomar o suco não é o mesmo se comparado com a fruta, pois as fibras das
frutas são nutrientes importantes para o controle do colesterol.
Aferição da pressão arterial é uma das medidas de prevenção
rece principalmente em decorrência de doenças das artérias renais ou do próprio rim.
“O grande problema é que a
hipertensão arterial é “silencio-
sa” e acaba sendo diagnosticada
por conta de alterações nos órgãos-alvo da doença como cérebro, coração e rins. Entre os sintomas estão dor de cabeça, ton-
tura e, em casos mais sérios, o
próprio AVC. Quando relacionada ao coração, o paciente pode
apresentar desde dor no peito e
insuficiência cardíaca até o próprio infarto; já nos rins, os sintomas manifestam-se por meio de
quadros de inchaço e diminuição do volume urinário”, explica
o cardiologista.
Devido à característica de ser
uma doença silenciosa e de caráter progressivo de poucos sintomas, é recomendado que a
população faça consultas regulares, para que os fatores de risco sejam reconhecidos e estejam sempre controlados e o
diagnóstico não seja realizado
tardiamente, após a ocorrência
de algo mais grave.
Prevenção e Tratamento “Existem algumas formas de se
prevenir o aparecimento da doença, entre elas está a prática de
atividades físicas, manter uma
alimentação balanceada com
baixo consumo de sal, açúcar e
gorduras, além de evitar álcool
em excesso, não fumar e evitar
outras drogas”, ensina Pavanello.
Uma das opções para o tratamento das doenças cardiovasculares que bloqueiam o fluxo de
sangue nas artérias do coração e
do cérebro é a Aspirina Prevent®
(ácido acetilsalicílico, da Bayer
HealthCare Pharmaceuticals),
que pode desempenhar um importante papel na prevenção de
complicações cardiovasculares.
“Esse medicamento deve ser
usado de forma contínua, pois
auxilia na prevenção de eventos
cardiovasculares nesse grupo de
risco. Isso se deve ao seu efeito de
antiagregação de plaquetas, que
permite uma melhora na circulação do sangue no coração e no
cérebro. Em associação com o
controle da hipertensão arterial
e dos demais fatores de risco, seu
uso reduz a probabilidade do indivíduo sofrer um AVC ou infarto”, reforça o especialista.
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