Cultivando saúde nos jardins de Belo Horizonte

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CULTIVANDO SAÚDE NOS JARDINS DE BELO HORIZONTE
Belo Horizonte
Setembro 2013
CULTIVANDO SAÚDE NOS JARDINS DE BELO HORIZONTE
Relatório técnico-científico apresentado para
concorrer ao I Prêmio Inovar BH, conforme Edital
SMARH nº 01/2013, na categoria: Servidor
Belo Horizonte
2013
RESUMO
O uso de plantas medicinais, nos últimos anos, vem se intensificando cada vez mais,
possivelmente pela valorização do que é natural; divulgação através dos meios de
comunicação da frase “o que é natural não faz mal”, ou ainda, pelos altos custos dos
medicamentos alopáticos e às dificuldades encontradas pela população de acesso a uma
consulta médica. Este projeto tem como objetivo levantar os possíveis riscos envolvidos no
consumo indiscriminado de plantas medicinais e analisar o grau de conhecimento da
população acerca dos riscos envolvidos nessa conduta. Promover nos Parques, Jardins
públicos e aos visitantes desses locais, o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais
visando reduzir os riscos de doenças e outros agravos no organismo humano. Nesta proposta
será aplicado o método qualitativo e descritivo, com uso de entrevistas estruturadas abordando
aspectos socioeconômicos e etnobotânicos do público envolvido. Pretende-se também
ministrar cursos, palestras e seminários e elaborar material informativo sobre a Fitoterapia,
sua importância terapêutica, seus efeitos colaterais e prejudiciais ao organismo humano. Ao
final do projeto espera-se que o esclarecimento e sensibilização dos participantes possa
minimizar a automedicação com as ervas medicinais evitando efeitos prejudiciais ao
organismo. Espera-se também reduzir essa prática perigosa com vistas à prevenção de
intoxicações, assim como a divulgação da forma adequada (levando-se em conta a legislação
brasileira) do uso das plantas proporcionando uma melhor qualidade de vida.
Palavras chaves: Plantas medicinais, Fitoterapia, Etnobotânica e Educação.
LISTA DE SIGLAS
DEAPE (Departamento de Educação Ambiental e Gestão do Parque Ecológico)
FZB - Fundação Zoobotânica
JB - Jardim Botânico
MS - Ministério da Saúde
OMS - Organização Mundial de Saúde
PRODABEL - Processamento de Dados de Belo Horizonte
SCTIE - Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos
SEA - Serviço de Educação Ambiental
SUS - Sistema Único de Saúde
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
SUMÁRIO
1- Descrição ............................................................................................................ 6
1.1-Descrição de alguns parques e Jardins de Belo Horizonte .......................... 6
1.1.1-Parque Municipal Américo Renné Giannetti .............................................. 6
1.1.2-Parque Municipal das Mangabeiras ........................................................... 7
1.1.3-Parque Aggeo Pio Sobrinho ......................................................................... 8
1.1.4-Parque Ursulina de Andrade Mello.............................................................. 8
1.1.5-Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado ................................................ 9
1.1.6-Parque Ecológico do Bairro Caiçara ........................................................... 10
1.1.7-Parque Municipal Jacques Cousteau ........................................................... 10
1.1.8-Parque Municipal Julien Rien ..................................................................... 10
1.1.9-Parque Elias Michel Farah .......................................................................... 11
1.1.10-Jardim Botânico Municipal ........................................................................ 11
2-Descrição e justificativa do trabalho ................................................................ 12
2.1-Objetivo Geral ................................................................................................. 14
2.1.1-Objetivos específicos ...................................................................................... 15
2.1.2-Público alvo ................................................................................................... 15
2.3-Ações e etapas .................................................................................................. 15
2.3.1-Envolvimento institucional ........................................................................... 15
2.3.2-Apreciação e definição dos locais de execução do projeto .......................... 16
2.3.3-Levantamento das espécies usadas pelo público e funcionários e
pesquisa e validação científica ............................................................................... 16
2.3.4-Implantação ou revitalização de jardins ou canteiros de plantas
medicinais nos parques e jardins públicos ............................................................ 17
2.3.5-Elaboração de curso ...................................................................................... 17
2.3.6-Elaboração de material educativo ................................................................ 17
3-Recursos utilizados ............................................................................................. 19
3.1-Tempo de duração do projeto ........................................................................ 19
3.2-Recursos humanos ........................................................................................... 19
3.3-Recursos Materiais .......................................................................................... 19
3.4-Recursos Financeiros ...................................................................................... 19
4-Monitoramento e avaliação dos resultados. ..................................................... 20
4.1-Avaliação quantitativa .................................................................................... 20
4.2-Avaliação qualitativa ...................................................................................... 20
5-Lições aprendidas ............................................................................................... 21
6-Referências bibliográficas.................................................................................. 22
6
Projeto Inovar - Prefeitura de BH
“CULTIVANDO SAÚDE NOS JARDINS DE BELO HORIZONTE”
1. Descrição
Através da facilidade de obtenção e acreditar que o uso das plantas não faz mal
percebemos que a maioria dos funcionários e visitantes dos parques e jardins públicos de Belo
Horizonte fazem uso de plantas medicinais sem qualquer critério. Hoje temos a convicção que
muitas doenças ocorrentes podem ser resultado do uso de vegetais que podem ser perigosos
quando mal utilizados. Nesse sentido, ocorre a necessidade do incremento e estímulo a
projetos de educação que se dediquem à manutenção e à proteção da saúde nos quais se
devem incluir atores dos segmentos tanto da botânica e da educação como da saúde.
São vários os parques municipais em Belo Horizonte e um Jardim Botânico municipal. Para
possibilitar a execução do projeto descreveremos alguns parques e o Jardim Botânico que
podem ser objeto do projeto, podem também ser substituídos de acordo com a demanda e
interesse das diretorias e gerências locais.
1.1.
Descrição de alguns parques e Jardins de Belo Horizonte
1.1.1. Parque Municipal Américo Renné Giannetti
Inaugurado no dia 26 de setembro de 1897, antes mesmo da nova capital mineira, o
Parque Municipal Américo Renné Giannetti é o patrimônio ambiental mais antigo de Belo
Horizonte. O Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi projetado em estilo romântico
inglês, pelo arquiteto paisagista francês, Paul Villon, para ser o maior e mais bonito parque
urbano da América Latina. Antes de sua implantação, o espaço abrigava a Chácara Guilherme
Vaz de Mello, conhecida como Chácara do Sapo. O local serviu de moradia para o próprio
Paul Villon e para Aarão Reis, engenheiro chefe da Comissão Construtora, encarregada de
planejar e construir a nova capital de Minas Gerais. Em 1924, o governador do Estado
Olegário Maciel transfere a residência oficial para o Parque Municipal, até o final de sua
gestão. O parque localiza-se no hipercentro, região mais adensada da cidade. Apesar de ter
uma área intensamente manejada, com a maioria das espécies existentes introduzidas, após
7
sua implantação, o Parque forma hoje um ecossistema representativo com árvores centenárias
e ampla diversidade de espécies. O Parque Municipal possui diversas nascentes que
abastecem três lagoas e cerca de 280 espécies de árvores exóticas e nativas, como figueiras,
jaqueiras, cipreste calvo, flamboyant, eucalipto, sapucaias, pau mulato e pau rei. Refúgio para
a fauna silvestre, o espaço abriga aproximadamente 50 espécies de aves, entre bem-te-vis,
sabiás, garças, periquitos, pica-paus, sanhaços, saíras e outros animais como gambás e micos.
Como opções de lazer, o Parque oferece brinquedos, equipamentos de ginástica, pista de
caminhada, quadra poliesportiva, pista para patins e quadra de tênis. Neste parque há também,
brinquedos eletrônicos, como carrossel, roda gigante, minhocão, rotor, safári e pula-pula. Nele
ainda encontramos os tradicionais burrinhos, fotógrafos, lambe-lambes e o trenzinho. Com
uma área de 182 mil m² de extensa vegetação, o Parque contribui para amenizar o clima da
região central da cidade. Lá se encontram também o Teatro Francisco Nunes, construído em
1949 e que homenageia o maestro e primeiro diretor do Conservatório de Música, o Mercado
das Flores, espaço construído na década de 20, que abrigava originalmente a Estação dos
Bondes e o Palácio das Artes. (CVRD, 1992).
1.1.2. Parque Municipal das Mangabeiras
O Parque Municipal das Mangabeiras localiza-se na Serra do Curral, zona sul da
cidade, e limite norte do quadrilátero ferrífero. Patrimônio cultural de Belo Horizonte, o
Parque das Mangabeiras, projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, conserva em sua
área de 2,8 milhões de metros quadrados, 59 nascentes do Córrego da Serra, que integra a
Bacia do Rio São Francisco. A uma altitude de 1000 a 1.300 metros, o clima é ameno. A flora
apresenta vegetação nativa composta de exemplares típicos de campo, como bromélias e
canelas-de-ema; de Cerrado, barbatimão e pequi; vestígios da Mata Atlântica, como o
jequitibá e o pau-d’óleo, além de outras espécies, como o jacarandá, sucupira do cerrado, paude-tucano, aroeira, corticeira, pau-ferro, candeia, caviúna, pau-santo e gabiroba. A fauna é
composta por 29 espécies de mamíferos, como esquilos, gambás, tapitis, micos, tatus, quatis;
160 espécies de aves: andorinhas, bico de veludo, cambacicas, marias-pretas, sanhaços, caras
sujas, azulões, pica-paus; 20 espécies de répteis e 19 anfíbios, como a rã Hylodes uai, que tem
em seu nome uma homenagem a Minas Gerais. Foi inaugurado em 1982 e possui 2.350.000
m² de área totalmente cercada. Parque das Mangabeiras é a maior área verde da capital
mineira e um dos maiores parques urbanos da América Latina. Possui 337 hectares e mais de
2 milhões de metros quadrados. O parque é um local definido como de preservação e pesquisa
ambiental aberto ao público. O espaço é habitado por mais de uma centena e meia de espécies
8
de aves. A mata é composta por diversas amostras da vegetação mineira. A paisagem verde
foi projetada por Burle Marx e está localizada em um dos pontos mais altos de Belo
Horizonte. Lugar para descanso, lazer e esportes, o Parque das Mangabeiras recebe cerca de
30 mil pessoas por mês. Os visitantes podem usufruir de recantos naturais, quadras de peteca,
tênis e poliesportivas, pista de skate, brinquedos e atividades culturais. Prefeitura de Belo
Horizonte (2013)
1.1.3. Parque Aggeo Pio Sobrinho
Parque Aggeo Pio Sobrinho é um parque da cidade de Belo Horizonte, implantado em
1996, por meio do Programa Parque Preservado. Teve sua área originada do processo de
parcelamento do solo que criou o Bairro Buritis, na região Oeste. O parque ocupa uma área
aproximada de 600 mil metros quadrados, de grande importância ecológica e beleza cênica, e
integra parte do maciço da Serra do Curral. A vegetação nativa é de grande significância,
sendo composta, em sua maior parte, por espécies de Mata Atlântica e Cerrado, como
embaúba, pau-d’óleo, cedro, sangra d’água, ingá, jatobás, vinhático e jerivá. O parque, que
tem o aspecto de um vale, possui três nascentes que formam o córrego Ponte Queimada,
afluente do córrego Cercadinho, pertencente à bacia do Ribeirão Arrudas. A fauna local é
composta por répteis, mamíferos e aves, possuindo exemplares como serpentes, quatis, tatus,
gambás, preás, cuícas, ouriços-cacheiros, micos, esquilos, siriemas, pombas-trocal, juritis,
sanhaço-frade, alma de gato, anu, tesourinha, gavião carrapateiro, sabiá poça, sabiá laranjeira,
capacitinho de veludo, dentre outros. Como opções de lazer, além do contato com a natureza,
o parque oferece brinquedos, quadra poliesportiva, pista de caminhada, trilha ecológica, além
de áreas de convivência. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
1.1.4. Parque Ursulina de Andrade Mello
Uma das maiores áreas de vegetação remanescente de Floresta Tropical de Belo
Horizonte, o Parque Ursulina de Andrade Mello foi implantado em 1996 e possui
aproximadamente 312 mil metros quadrados. Sua área originou-se do processo de divisão da
Fazenda São José, propriedade de Alípio Ferreira de Mello e Ursulina de Andrade Mello, que
determinou a criação de um parque no local. O espaço apresenta predominância de mata
nativa semidecidual estacional, sendo a cobertura contínua, com ocupação de mais de 80% da
área. Destacam-se as seguintes espécies: jequitibá branco, sucupira, braúnas d’óleo, óleo
vermelho, jacaré, açoita cavalo, ipê amarelo, maminha de porco, fícus, bico de pato,
9
quaresmeira, embaúba, sangra d’água, epífitos, bromeliáceas, cactáceas e pteridófitas são
frequentes junto aos cipós. Em sua fauna constatam-se anfíbios, répteis, aves e mamíferos,
além de animais peçonhentos. Alguns exemplares são:
jacus, inhambus,
garça branca,
urubus, mico estrela, gambás. Há também espécimes introduzidos como marreco, cágado e
coelho. Com seis nascentes e um lago artificial, seu manancial contribui com água de
qualidade para o bem estar da Lagoa da Pampulha. Como opções de lazer, o parque oferece
brinquedos, equipamentos de ginástica e recantos para contemplação com mesas e bancos; um
importante espaço de práticas educacionais e esportivas. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
1.1.5. Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado
Localizado na região norte de Belo Horizonte, entre os bairros Planalto e Itapuã, o
Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado possui uma área de aproximadamente 311 mil
metros quadrados e foi implantado em setembro de 1994. O Parque foi criado a partir de uma
mobilização da comunidade que queria preservar o espaço verde de uma fazenda existente na
área. A comunidade local se uniu para transformar a antiga Fazenda Renné Giannetti em um
espaço com atividades voltadas para o meio ambiente e para a cultura. Com uma
infraestrutura composta por biblioteca, sala multimeios, teatro de bolso, teatro de arena,
quadras poliesportivas, campo de futebol, pista para caminhadas e viveiro de mudas, o parque
realiza diversas atividades de educação ambiental, cultura e esporte com o apoio da Fundação
Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Esportes. Sua vegetação é composta por
espécies do Cerrado e por uma Mata Ciliar que circunda uma lagoa de 22 mil metros
quadrados, formada pelo represamento de três nascentes. O córrego do Nado é um afluente do
córrego Vilarinho, que deságua no ribeirão do Onça, unindo-se ao rio das Velhas, integrante
da bacia do rio São Francisco. Pesquisadores da UFMG identificaram no local cerca de 130
espécies de árvores, sendo 75% nativas, com destaque para o ipê, aroeira branca, urucum,
jatobá, barbatimão, quaresmeira e goiaba brava. Dentre os animais de sua fauna citam-se aves,
como pica-pau, biguá, coruja, frango d’água, anu, alma de gato, trinca ferro e mamíferos,
como mico-estrela, gambá, esquilo-caxinguelê, tatu, morcego, além de lagartos, cágados,
anfíbios e peixes. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
10
1.1.6. Parque Ecológico do Bairro Caiçara
Com uma área aproximada de 11.500 m², originária da Fazenda Engenho Nogueira, o
Parque Ecológico e de Lazer do Bairro Caiçara, também conhecido como Parquinho foi
implantado em 1996, por meio do Programa Parque Preservado. A comunidade teve uma
participação ativa no processo de implantação e preservação do local. Pelo parque passa o
córrego Cascatinha, afluente do córrego Engenho Nogueira, da bacia do Rio das Velhas e do
Rio São Francisco. Sua área é protegida por uma vegetação de Mata Ciliar com espécies
nativas, como açoita-cavalo, cedro, ingá, jequitibá e louro pardo. A fauna é composta por
aves, como bico-de-lacre, pica-pau, rolinha e sabiá, e pequenos mamíferos como micos e
gambás. Como opções de lazer, o Parque do Bairro Caiçara oferece quadra poliesportiva,
campo de futebol, equipamentos de ginástica e brinquedos, além de recantos para convivência
e contemplação. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
1.1.7. Parque Municipal Jacques Cousteau
Criado em 1971 e implantado 1999, o Parque Municipal Jacques Cousteau ocupa uma
área aproximada de 335 mil metros quadrados. Localizado na região Oeste, o espaço
funcionou como depósito de lixo da cidade e, posteriormente, como horto para a produção de
mudas de árvores e plantas ornamentais a serem utilizadas no paisagismo de Belo Horizonte.
Muitas dessas mudas cresceram e floresceram no parque, sendo as primeiras a integrarem a
vegetação da mata local. Sua cobertura vegetal é muito significativa, apresentando um
avançado grau de regeneração natural, e contínua, correspondendo a 80% da área total. A
vegetação predominante é de porte arbóreo, existindo ainda espécies ornamentais e frutíferas
(mangueiras, jabuticabeiras e bananeiras). O local possui nascentes e cursos d’água perenes.
A fauna é composta por anfíbios, répteis, aves, como sabiás, frangos d’água, saracuras, e
mamíferos, como cuíca, mico-estrela, esquilo-caxinguelê e gambás. Como opções de lazer, o
parque oferece brinquedos e trilha ecológica, além de espaços para contemplação e áreas de
convivência. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
1.1.8. Parque Municipal Julien Rien
O Parque Municipal Julien Rien foi implantado em 1978 e possui uma área aproximada
de 14.400 metros quadrados.
11
Localizado na região Centro-sul da capital, no bairro Anchieta, o parque possui uma extensa
escadaria percorrendo todo o parque, ligando as duas entradas: uma na av. Bandeirantes e
outra
na
Praça
Marino
Mendes
Campos.
Além de ser uma área de preservação de nascente, o Parque Julien Rien é uma área de
proteção ambiental que integra um cordão de parques (Parque das Mangabeiras, Fort
Lauderdale, Mata das Borboletas, Parque JK e Parque das Nações) todos situados no entorno
da Serra do Curral. Sua cobertura vegetal, que ocupa cerca de 80% da área do parque, é
constituída por espécies ornamentais e árvores nativas e exóticas, como tipuanas, calicarpos,
cedro, sibipirunas, eucaliptos, entre outros. A fauna é composta por mico-estrela e aves, como
sabiá, bico-de-lacre e alma-de-gato. Como opções de lazer, o parque oferece uma pista de
skate, equipamentos de ginástica e áreas de convivência. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
1.1.9. Parque Elias Michel Farah
Implantado em 1998, por medida de compensação ambiental, o Parque Elias Michel
Farah
possui
uma
área
de
aproximadamente
6.300
metros
quadrados.
Sua vegetação é composta por espécies arbóreas, com predominância de eucaliptos de grande
porte e forrações ornamentais. A fauna é composta por insetos e aves, havendo ainda raras
ocorrências de pequenos mamíferos. Como opções de lazer, o espaço oferece brinquedos,
equipamentos de ginástica e áreas de convivência com mesas e bancos, além de ser recanto
para contemplação. O espaço foi revitalizado pela concessionária Mila, em 2011, por meio de
compensação ambiental. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
1.1.10. Jardim Botânico Municipal
A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH) integra a administração
indireta da Prefeitura de Belo Horizonte. Ela foi criada em 1991 e herdou uma história de
mais de 30 anos, uma vez que passou a administrar, além do Jardim Zoológico, existente
desde 1959, o Jardim Botânico com o objetivo de despertar nas pessoas uma convivência
harmônica com o meio em que vivem. A FZB-BH é a segunda maior área verde pública de
BH e recebe, anualmente, 1,2 milhão de pessoas. Para isto, mantém projetos educativos,
científicos e culturais, contribuindo para a preservação da fauna e da flora, e para a formação
do cidadão. Sua área de visitação constitui espaço ideal para lazer e conhecimento. A missão
da FZB-BH é “contribuir para a conservação da natureza realizando ações de educação,
pesquisa e lazer, que sensibilizem as pessoas para o respeito à vida”. Para oferecer mais um
12
ponto turístico para a população, foi inaugurado em 2004 o Parque Ecológico Francisco Lins
do Rêgo. Este é administrado pelo DEAPE (Departamento de Educação Ambiental e Gestão
do Parque Ecológico) que é responsável também pelas propostas educativas do Jardim
Botânico e do Jardim Zoológico. Ele faz isso por meio do Serviço de Educação Ambiental
(SEA), contribuindo para concretizar a missão da Instituição. As ações educativas da ZooBotânica destinam-se aos diferentes públicos e visam sensibilizá-los para uma convivência
mais harmônica com a natureza por meio de diversos projetos e atividades educativas. Nesse
contexto, a equipe do SEA contribui em especial para a formação de educadores que
procuram o enriquecimento pedagógico e cultural, seu e de seus alunos. Procura atender as
demandas do público – famílias, escolas e outros grupos organizados – quanto a informações
e orientações sobre a fauna, a flora e o meio ambiente, promovendo bate-papos, eventos
especiais e realizando visitas orientadas. Além disso, oferece atividades específicas para
instituições que se dedicam às pessoas com necessidades especiais e para grupos de 3ª idade,
que buscam apoio para suas visitas. Leva conhecimento à população em geral por meio de
exposições temporárias e itinerantes. Tudo isso, para aumentar a compreensão e o respeito das
pessoas entre si e destas com a natureza. O Jardim Botânico (JB) foi criado em 5 de junho de
1991 como um departamento da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH).
Durante nove anos, ele funcionou no bairro Betânia, zona Oeste da capital mineira e, em
2001, sua atual estrutura foi inaugurada. Desde então, Jardins Zoológico e Botânico dividem o
mesmo espaço, na Pampulha, zona Norte de Belo Horizonte. O Jardim Botânico colabora na
criação de políticas públicas e no desenvolvimento de programas educativos e de pesquisas. É
instituição de referência nas áreas de Botânica Aplicada e Produção de mudas. Suas
prioridades são estudos e ações voltados para a conservação da flora regional, com destaque
para as espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção. A área total da Fundação ZooBotânica é de 1.440.000m², dos quais 10 hectares são ocupados pelo Jardim Botânico, cuja
área de visitação - construída entre 1997 e 2000 - é composta por estufas temáticas, jardins
temáticos, pergolados, praças, lagos, fonte e anfiteatro. Prefeitura de Belo Horizonte (2013).
13
2.
Descrição e justificativa do trabalho
O uso das plantas como medicamento é um fator marcante na cultura popular e tão
antigo quanto o próprio homem. Antes de aparecer qualquer forma de escrita, o ser humano já
usava as plantas como alimento e remédio. Experimentando e passando adiante, através da
tradição oral, firmou-se o hábito de usar certas ervas para determinados males, GUIÃO et
al.(2004). A história do uso das ervas também está associada às lendas, práticas mágicas e
ritualísticas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% da população mundial recorrem a
medicinas tradicionais para atender suas necessidades primárias de assistência médica OMS
(1993). Segundo Simões et al. (1988), todos os grupos culturais fazem uso de plantas como
recurso terapêutico e em centros urbanos, plantas são utilizadas como forma alternativa ou
complementar à medicina oficial. A OMS reconheceu que plantas utilizadas há séculos têm
valor como recurso terapêutico e devem ser aproveitadas. Dentro desse contexto, valorizar o
potencial farmacológico de plantas medicinais utilizadas na medicina tradicional brasileira se
torna de grande relevância.
Do ponto de vista social, é interessante que as plantas medicinais sejam usadas visando o
resgate e a difusão das técnicas que na verdade vieram do próprio povo e foram
contextualizadas no meio científico.
O conhecimento da botânica e da química é indispensável na utilização das plantas
medicinais, o uso indiscriminado pode levar o usuário a problemas de saúde muito graves. A
população acredita que “por ser natural não faz mal” e na realidade essa afirmação não é
verdadeira. É importante que existam estratégias educacionais dirigidas às pessoas a fim de
promover melhor compreensão dos limites da função das plantas medicinais e também a
promoção de troca dos conhecimentos populares em saúde.
Muitas doenças adquiridas podem ser resultado do uso inadequado das plantas. No
intuito de estabelecer as diretrizes para a atuação do governo na área de plantas medicinais e
fitoterápicos, elaborou-se a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Brasil
(2006), que se constitui parte essencial das políticas públicas de saúde, meio ambiente,
desenvolvimento econômico e social como um dos elementos fundamentais de
transversalidade na implementação de ações capazes de promover melhorias na qualidade de
vida da população brasileira. Problemas de saúde derivam geralmente de fatores sociais,
econômicos e políticos e poderão ser modificados com a participação coletiva. O
14
desenvolvimento do setor de plantas medicinais e fitoterapia pode se configurar como
importante estratégia para o enfrentamento das desigualdades regionais existentes em nosso
país.
Essencialmente, deveremos respeitar a diversidade cultural brasileira, reconhecendo
práticas e saberes da medicina tradicional, contemplar interesses e formas de usos diversos,
desde aqueles das comunidades locais até o das indústrias nacionais, passando por uma
infinidade de outros arranjos de cadeias produtivas do setor de plantas medicinais e
fitoterápicos. Visando esclarecer sobre os efeitos colaterais do uso inadequado das plantas
medicinais, a proposta deste projeto é, através de atividades educativas, cursos, seminários e
palestras, apresentar condições que diminuam o uso indiscriminado dos vegetais como
medicamento. A ideia é alertar à população que as plantas possuem substâncias químicas, o
limite entre remédio e veneno depende de vários fatores como: a identificação da doença, a
identificação da planta, o órgão da planta que possui a substância ativa, a forma de extração
dessa substância e a dose. Além disso é possível extrapolar as condições ambientais e de
cultivo na obtenção de qualidade e validação das plantas medicinais.
A escolha dos parques e jardins públicos como público alvo, justifica-se pelo grande
número de usuários que visitam e trabalham nesses locais. Além disso são locais onde a
interação com o público é maior pois as pessoas estão mais abertas para ouvir e interagir . Por
outro lado, as informações etnobotânicas desses usuários são de importância para pesquisas e
validação do conhecimento popular. As informações e orientações contribuem para a
manutenção e o correto direcionamento do saber popular aliado ao conhecimento científico.
O esclarecimento e a sensibilização quanto ao uso da flora para fins terapêuticos tem a
finalidade de reduzir e/ou erradicar essa prática perigosa com vistas à prevenção de
intoxicações, assim como a divulgação da forma adequada do uso das plantas proporcionando
uma melhor qualidade de vida.
2.1.
Objetivo Geral
Promover nos parques, jardins públicos e aos visitantes desses locais o acesso seguro e o
uso racional de plantas medicinais visando reduzir os riscos de doenças e outros agravos no
organismo humano estabelecendo também o uso sustentável da biodiversidade.
15
2.1.1. Objetivos específicos
Identificar e analisar qualitativamente e quantitativamente o uso das plantas
medicinais pelos funcionários e visitantes dos parques e jardins públicos de Belo
Horizonte (MG).
Identificar as espécies mais valorizadas do ponto de vista cultural, econômico e
medicinal.
Estabelecer a interface entre os conhecimentos acadêmicos e os originados dos
funcionários e visitantes dos parques e jardins públicos de Belo Horizonte.
Reunir informações empíricas e técnicas na criação de possibilidades de uso e manejo
sustentável das plantas usadas pelo público envolvido.
Estabelecer uma vivência com as plantas medicinais, orientando as pessoas sobre
aplicação, manejo e cultivo, com informações sobre riscos, contra indicações e danos
que podem ser provocados pelo uso indiscriminado das plantas medicinais.
Implantar ou revitalizar jardins ou canteiros de plantas medicinais em 5 parques e/ou
jardins públicos.
Ministrar palestras e cursos sobre os critérios de usos das plantas medicinais.
Elaborar material informativo sobre as plantas medicinais, sua importância
terapêutica, seus efeitos colaterais e prejudiciais ao organismo humano.
2.2.
Público alvo
Funcionários e visitantes dos parques e jardins públicos de Belo Horizonte.
2.3.
Ações e etapas
2.3.1. Envolvimento institucional
Definição e escolha de 5 (cinco) Parques municipais e/ou jardins municipais de Belo
Horizonte para participarem do projeto.
Apresentação do projeto às Diretorias das instituições envolvidas para avaliação e
possível parceria.
Definir as metas para a execução.
Elaborar cronograma de atividades.
Contactar e envolver Centros Municipais de Saúde que prestam assistência ao entorno
das instituições envolvidas para parceria no projeto.
16
Contactar e envolver funcionários que utilizam e/ou conhecem plantas medicinais
como prática cotidiana para possível parceria no projeto.
Contactar parceiros das Universidades públicas ou privadas para apoio em palestras,
cursos e seminários.
2.3.2. Apreciação e definição dos locais de execução do projeto.
Fazer visitas técnicas aos parques e principais jardins públicos para conhecer os
canteiros e/ou hortas que possuam espécies medicinais.
Identificar as instituições participantes do projeto para avaliação das amostragens.
Definir as amostras.
Organizar e executar encontros e oficinas com a participação de funcionários para a
identificação de espécies medicinais mais usadas.
Elaborar entrevistas estruturadas para serem aplicadas aos funcionários das
instituições sobre o uso das espécies medicinais.
Elaborar entrevistas estruturadas na forma de questionários para serem aplicadas aos
visitantes dos parques e jardins sobre o uso das plantas medicinais, formas de uso e
dose.
Aplicar as entrevistas.
2.3.3. Levantamento das espécies usadas pelo público e funcionários e pesquisa e
validação científica.
Fazer levantamento sobre as plantas usadas e a comprovação científica das espécies
utilizadas pelos funcionários e visitantes dos parques e jardins públicos.
As espécies encontradas serão identificadas em termos taxonômicos através de
levantamentos e comparações realizados na Farmacopeia Brasileira e outras literaturas
científicas assim como as indicações terapêuticas (forma, indicação e dosagem).
Identificar as espécies medicinais nos parques e jardins públicos para possível
reconhecimento junto aos usuários envolvidos.
Promover exposições para divulgação do uso correto e os perigos do uso inadequado
das plantas citadas no levantamento.
17
2.3.4. Implantação ou revitalização de jardins ou canteiros de plantas medicinais nos
parques e jardins públicos.
Implantar nos parques e jardins públicos espécies medicinais que não apresentam
referência de toxicidade e que podem ser usadas como chás, sucos e temperos.
Cultivo, produção ou compra de espécies medicinais para revitalização dos jardins e
parques.
2.3.5. Elaboração de curso
Elaborar curso tendo como tópicos principais a História, constituição química,
identificação das plantas, critérios de utilização e formas de preparo.
Identificar os mecanismos de produção de substâncias ativas pelas plantas.
Definir estratégias de exposições teóricas e práticas para aplicação do curso.
Definir o material necessário para a elaboração do curso e sua aplicação.
Convidar profissionais de outras áreas e órgãos para participarem da elaboração e
aplicação do curso, seminários e palestras.
Definir local e horário da aplicação dos cursos.
Ministrar cursos sobre os critérios de utilização das plantas medicinais para
funcionários dos parques e jardins públicos. (40 Horas)
Ministrar palestras e seminários sobre e critérios de uso das plantas como
medicamento, alertando os visitantes quanto aos perigos dessa prática tão comum. (30
Horas)
2.3.6. Elaboração de material educativo
Levantamento bibliográfico terapêutico sobre cada planta citada pelos usuários
(funcionários e visitantes dos parques e jardins públicos).
Identificar e localizar o uso das plantas medicinais ao longo da história.
Identificar os principais constituintes químicos das plantas citadas e suas alterações no
organismo humano.
Elaborar ficha com principais dados coletados para cada planta.
18
Fotografar as plantas citadas para serem inseridas no material educativo distribuído
aos participantes do curso.
Utilizar as fotos das plantas medicinais nas apresentações das aulas.
Promover atividades práticas para identificação das plantas nos parques.
Impressão de certificados, crachá, inscrição, impressão de questionários.
Avaliação do projeto: Questionamentos sobre as atividades desenvolvidas e quanto a
aplicabilidade e adequação na prática cotidiana.
19
3.
Recursos utilizados
3.1
Tempo de duração do projeto
Duração de 24 meses
3.2
Recursos humanos
Os recursos humanos serão da instituição executora do projeto e parceiros
interessados (de outros órgãos da Prefeitura de Belo Horizonte ou outras
instituições). Quanto aos profissionais, poderão ser inseridas várias áreas de
conhecimento: Educadores, biólogos, agrônomos, farmacêuticos, enfermeiros,
jardineiros, estagiários e voluntários. Possível parceria com a PRODABEL ou
órgão responsável pela gráfica da Prefeitura.
3.3.
Recursos Materiais
Material didático e material impresso (cartilhas e/ou apostilas, folders),
computador, datashow. Lanches que serão distribuidos nos cursos palestras e
seminários. Plantas e sementes e insumos (implantação ou revitalização de jardins
de ervas medicinais dos parques e jardins públicos).
3.4.
Recursos Financeiros
Serão necessários R$2000,00 para a compra de sementes, plantas, insumos,
lanches e impressão de material informativo. Possibilidade de trabalhar com o
orçamento da instituição executora do projeto.
20
4.
Monitoramento e avaliação dos resultados.
A avaliação e os resultados serão descritos de acordo com as etapas metodológicas.
O material informativo será distribuído aos participantes dos cursos, seminários e palestras,
para melhor orientação dos participantes.
É importante mostrar aos participantes que não existe planta medicinal sem efeito colateral.
Diante das possíveis consequências negativas da administração de plantas medicinais pela
população espera-se com esse projeto disponibilizar informações corretas sobre os riscos do
uso de plantas como medicamento. Em contra partida identificar os benefícios das espécies
medicinais na saúde quando usadas com critérios e orientação de profissionais especializados.
4.1-Avaliação quantitativa: Será feita a análise quantitativa do universo do público que
utiliza as plantas como medicamento (visitantes e/ ou funcionários dos parques e jardins
públicos). Será mensurado o número de cursos, palestras e simpósios ministrados. Finalmente
o número de jardins e/ou canteiros medicinais implantados ou revitalizados.
4.2-Avaliação qualitativa: O resultado das entrevistas e questionários será avaliado
qualitativamente delineando-se sobre o que foi apreendido durante a execução do projeto e
como o conhecimento adquirido será utilizado na prática cotidiana desses usuários.
21
5.
Lições aprendidas
Na elaboração do projeto várias dúvidas surgiram mas as duas principais e que
considero mais importantes são:
Recursos financeiros - Para a execução de todo projeto os recursos financeiros são
indispensáveis. Como viabilizá-los?
Em segundo lugar é impossível desenvolver um trabalho onde a interação
multidisciplinar é dispensável, logo a participação de colegas de trabalho e voluntários
de outras áreas são determinantes para que os objetivos sejam alcançados.
Possíveis soluções: Se o projeto for aprovado espera-se que a própria instituição tenha
interesse em executá-lo para isso deve ser feita uma previsão no orçamento anual, além disso
o projeto pode ser auto sustentável se houver a contribuição de setores da prefeitura que
podem ser inseridos. O envolvimento de pessoas e parcerias internas pode ser adotado.
22
6.
Referências bibliográficas
BRASIL.
SECRETARIA
DE
CIÊNCIA,
TECNOLOGIA
E
INSUMOS
ESTRATÉGICOS. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política Nacional de
plantas medicinais e fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.60 p. (Série B.
Textos Básicos de Saúde). ISBN 85-334-1092 - Editora MS – OS 2006/0355
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE. Parque Municipal: crônica de um século. Belo
Horizonte. CVRD, 1992
GUIÃO, Marcos et al. Plantas medicinais: cultivo, utilidades e comercialização. Belo
Horizonte: EMATER- MG/Prorenda Rural, Ideal, Doces Matas, 1 ed. 2004. 192p.
SIMÕES, C.M.O.; et al 1988. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul.
Porto Alegre: UFRGS. 173p
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Unión Mundial para la Natureleza (uicn),
world wildlife fund (wwf). 1993 - Diretrizes sobre conservación de plantas
medicinales. Londres: Médica Natura. 58p.
PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Fundação de Parques- Parques Municipais.
Disponível em: http//portalpbh.gov.br. Acesso em 19 de agosto de 2013.
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