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A PRODUÇÃO ACADÊMICA E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: possibilidades com
o uso de filmes em sala de aula
Ana Paula Costa Santos1, João Roberto Ferreira Resende2, Andréa Kochhann3
1 Graduanda do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás - Câmpus de São Luís de Montes Belos- Goiás.
Bolsista de Iniciação a Pesquisa PBIC/UEG. Endereço eletrônico: [email protected]
Docente da Universidade Estadual de Goiás. Universidade Estadual de Goiás Câmpus CSEH. Orientador do Projeto. 2
Docente da Universidade Estadual de Goiás. Dedicação Exclusiva. Câmpus São Luís de Montes Belos e Jussara.
3
Orientadora do Projeto.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho faz parte do projeto de pesquisa intitulado “APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA E A FILOSOFIA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA
AUTONOMIA”, vinculado ao GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e
Interdisciplinaridade, registrado na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, vinculado ao
Câmpus São Luís de Montes Belos.
Em tempos atuais discutir os novos recursos metodológicos educacionais para a construção
do conhecimento e a autonomia do sujeito, passa pelo processo de pesquisa que o indivíduo
introduz em seus caminhos. Embora os novos avanços tecnológicos não estejam disponíveis a todos
igualmente, é necessário reconhecer que as ferramentas tecnológicas vêm difundindo a
comunicação, a informação e as novas maneiras de pensar e fazer a educação.
O professor que tem como norte em sua formação a construção científica, Demo (2009)
assevera que é essencial o “conhecimento com as próprias mãos” e os cursos de licenciatura devem
propiciar essa formação. Por isso, os novos ambientes educativos podem possibilitar ao educador
compreender que nestes locais à produção de conhecimento significativo. Desse modo, cabe ao
professor buscar novas metodologias eficazes para introduzir o uso do cinema na sala de aula.
Neste contexto, Brandão (2009) argumenta que a instituição escolar não é mais o único lugar
de aprendizagem e nem o docente o único possuidor do conhecimento ou da informação. Compete
ao professor o entendimento de que outros meios para além do livro e do giz podem favorecer a
compreensão de conteúdos e a aprendizagem. Entendendo que a aprendizagem significativa pode
ser alcançada pela reflexão filosófica e por meio do uso de filmes em sala de aula é que propomos
pesquisar “Quais as contribuições da aprendizagem significativa e da filosofia para a construção da
autonomia com o uso de filmes em sala de aula?”. Essas questões devem nortear a formação do
pedagogo.
Pirenópolis – Goiás – Brasil
20 a 22 de outubro de 2015
Assim, o pedagogo deve possibilitar de modo especial, a inserção no cotidiano dos alunos,
do cinema como forma de inspirar uma nova visão de mundo. Porém, não basta o professor passar
um filme como atividade escolar. É preciso compreender, não como um novo método pedagógico,
mas como uma ferramenta que pode contribuir para uma nova forma de construção do
conhecimento. Alencar (2007, p. 137) afirma que
O cinema possibilita o encontro entre pessoas, amplia o mundo de cada um, mostra
na tela o que é família e o que é desconhecido e estimula o aprender. Penso que o
cinema aguça a percepção a torna mais ágil o raciocínio na medida em quem para
entendermos o conteúdo de um filme precisamos concatenar todos os recursos da
linguagem fílmica utilizados no desenrolar do espetáculo e que evoluem com
rapidez.
Dessa maneira, o cinema ou o filme em sala de aula é um instrumento bastante flexível para
retratar qualquer assunto ou conteúdo. Utilizar o filme em sala de aula é promover um olhar
diferente ao aluno, promovendo deferentes sentidos, sobre temas diversos. O seu uso na educação
desloca o espectador para uma nova dimensão mais crítica e ampliada de experiências
paradigmáticas da vida, devido a diversas dificuldades a serem enfrentadas, fazendo com que a
prática de ensino-aprendizagem torna-se significativo.
Por isso, o professor não deve apenas passar um filme por passar, é necessário que o filme
faça sentido tanto para o aluno quanto a disciplina a ser ministrada. Além do que, o uso do filme
torna a aula mais dinâmica e flexível, tornando o conteúdo menos cansativo ao professor e o aluno.
Conforme Viana (2010, p. 04),
os filmes devem ser escolhidos pela articulação dos conteúdos e conceitos (a
serem) trabalhados (ou já trabalhados) tendo-se em mente o conjunto de objetivos e
metas a serem atingidas na disciplina. Por isso, certamente não serão encontrados
filmes próprios para todos os conteúdos, tendo de haver conexão do conteúdo do
filme a ser trabalhado com a disciplina lecionada.
Outro ponto importante na utilização do filme é que pode tornar os alunos mais interessados
na sala de aula, pelo fato de sair da rotina. Nesta linha, Ausubel (1982), em sua teoria da
Aprendizagem Significativa, para que a ocorra o aluno precisa estar pré-disposto a aprender, além
do que, os conteúdos deve haver lógica e significado para o aluno. Possibilitando ampliar a
capacidade do aluno em aprender outros conteúdos. Santos (2009, p. 66-67), infere que
[...] o nosso principal papel como professores, na promoção de uma aprendizagem
significativa, é desafiar os conceitos já aprendidos, para que eles se reconstruam
mais ampliados e consistentes, [...] Quando problematizarmos, abrimos as
possibilidades de aprendizagem, [...] o essencial é cumprir o papel de „causar sede‟,
[...] atividades como apresentação de um recorte de jornal, de uma fotografia, de
uma cena de um filme ou de uma pequena história, igualmente se prestam como
excelentes desafios.
Neste sentido, são inúmeras e incógnitas as possibilidades de usar o filme em sala de aula,
cabe o educador explorar o conteúdo que será estudado, promovendo a melhor forma de lidar com
seus alunos. Antes de expor o filme aos alunos, é necessário introduzir a sua metodologia, e quais
cenas devem prestar maior atenção. Pois as informações do filme nem sempre estará explicito nas
cenas, necessitando ser subentendida em uma fala, cabendo assim, ao professor direcionar o filme e
o conhecimento.
Em relação a isso, Ausubel assevera que para a aprendizagem ser significativa e favorecer a
construção do conhecimento é necessário que o conteúdo faça sentido para o aluno. A utilização do
uso do cinema como metodologia de aprendizagem significativa se traduz na busca de se fazer
acontecer a construção do conhecimento por meio de filmes que instiguem a criticidade do aluno, à
autonomia do pensamento. O filme precisa ser trabalhado de forma que proporcione significado
para o educando, o professor precisa deixar claro o que se pretende, fazendo com que a experiência
estética provoque mudanças no indivíduo, reeducando o olhar.
OBJETIVOS
Visamos com o projeto de pesquisa apresentar as contribuições do trabalho do pedagogo
com a filosofia e a aprendizagem significativa para a construção da autonomia do pensamento com
o uso de filmes em sala de aula. Para tal os objetivos específicos, os quais abrangem este trabalho,
são discursar sobre o uso de filmes em sala de aula, discursar sobre a teoria da aprendizagem
significativa, discursar sobre a importância do planejamento do pedagogo para trabalhar com o uso
de filmes em sala de aulas para a construção da autonomia do pensamento e avaliar as atividades
desenvolvidas pelo GEFOPI sobre o uso de filmes.
METODOLOGIA
Pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico e de campo. Para a coleta de dados utilizou-se a
aplicação de questionário aberto, via e-mail, aos coordenadores dos eventos, em que o grupo
GEGOPI foi convidado para apresentar o projeto de extensão “Cinema e Educação: uma
experiência crítica em sala de aula”. A delimitação da avaliação foi em 10 salas de cinema
realizadas pelo GEFOPI, em cinco eventos ocorridos em instituição de Ensino Superior, no período
de agosto de 2014 a junho de 2015.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
De 2014 a 2015, o Grupo de Estudo e Formação de Professores e Interdisciplinaridade GEFOPI, coordenado pela Ms. Andréa Kochhann com o projeto de Extensão Cinema e Educação:
uma experiência crítica em sala de aula”, realizou 10 salas de cinemas em eventos organizados por
instituições de Ensino Superior, conforme disposto na Tabela abaixo.
Instituição
UEG/Pires
Rio
do
Metodologia das
Apresentações do
GEFOPI
Mesa redonda “A
escola da Vida”
Temática Abordada (s)
Evento
Nome Fictício
Analise
cinematográfica,
Paradigmas Educacional e
Aprendizagem Significativa
I Encontro de
Cinema e Educação
Paulo
Minicurso “O óleo de
Lorenzo”
A busca pelo conhecimento
Cientifico.
I Encontro de
Extensão
Universitária
Heloysa
Minicurso “A Escola
da Vida”
Paradigmas
Educacional,
Didática fílmica.
Mesa redonda “O
óleo de Lorenzo”
A busca pelo Conhecimento
Científico e a didática
fílmica
UEG/ Formosa
UEG/Pires
Rio
do
Minicurso “O óleo de
Lorenzo”
O uso de filmes; A busca
pelo
Conhecimento
Científico
Minicurso “O espelho
tem duas faces”
Paradigmas Educacionais,
Aprendizagem Significativa
Minicurso “A escola
da Vida”
Professor
do
Futuro,
Paradigma
Educacional,
Aprendizagem Significativa
UEG/Goianésia
UEG/Porangatu
Minicurso “A escola
da Vida”
Professor
do
Futuro,
Paradigma Educacional.
Minicurso “O óleo de
Lorenzo”
A busca pelo Conhecimento
Científico
Minicurso “O espelho
tem duas faces”
Analise
Cinematográfica,
Paradigmas Educacional e a
Aprendizagem Significativa
I Simpósio
Nacional
Interdisciplinar de
Geografia e
Simpósio de Ensino
e Pesquisa:
Interfaces da
Educação na
sociedade do
Conhecimento
IV Congresso
Acadêmico
Científico
Julia
Fernando
Carlos
Visando apresentar as contribuições do trabalho do pedagogo com a aprendizagem
significativa para a construção da autonomia do pensamento com o uso de filmes em sala de aula, o
questionário aplicado com os coordenadores dos eventos em que o GEFOPI realizou suas
atividades, teve dois motivos principais: primeiro, apresentar as contribuições do GEFOPI nas
instituições em que realiza os projetos; e segundo, avaliar a relevância do uso de filmes e do
planejamento para o processo educativo. As informações contidas neste artigo foram instrumentos
exclusivos para a pesquisa. Apresentar-se-á nomes fictícios dos coordenadores, para que não haja
exposição dos profissionais.
A primeira questão do questionário configurou em “Como você avalia o planejamento do
GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, para o
minicurso/oficina da sala de cinema “O óleo de Lorenzo”, realizado no evento de sua instituição?”.
Observa-se que as perguntas tinham o nome de cada filme passado em cada sala de cinema.
Dos 10 questionários, averiguou-se os seguintes dados, o coordenador “Fernando” com a
sala de cinema com o filme “O óleo de Lorenzo”, respondeu da seguinte maneira, “Acredito que
esta metodologia de ensino atenda as necessidades dos cursos de licenciatura, visto que os mesmos
devem priorizar a associação teoria/prática, assim como transformar a aprendizagem em algo
satisfatório e prazeroso. Além de proporcionar uma visão interdisciplinar, já que o filme abre
margens de discussão sobre diversos aspectos. Outro ponto positivo é a abordagem que foi dada
pela oficina, saindo do lugar comum filme/relatório para outras possibilidades de análise".
A coordenadora “Heloysa”, também com a sala de cinema “O óleo de Lorenzo”, respondeu
que “O grupo GEROPI, se organizou de maneira simples e eficiente. Mostrando um excelente
planejamento no mini-curso/oficina da sala de cinema “óleo de Lorenzo”, realizado nesta
instituição. Em diálogo com os participantes, os mesmos relatam que a integração entre os
acadêmicos foi enriquecedora e a dinâmica utilizada nessa sala foi de suma relevância para os
futuros professores em formação [...]. Assim, começamos a estudar e a pesquisar sozinhos, na
esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença. Portanto, a oficina nos fez
refletir sobre o quão importante deve ser nosso conhecimento, em todas as áreas. Uma vez que
muitos serão nossos desafios”.
A coordenadora “Julia” respondeu que “O planejamento realizado pelo GEFOPI para a
realização do minicurso/oficina da sala de cinema “A escola da vida”, na nossa instituição foi feito
com muito critério, pontuando os objetivos que pretendiam alcançar com a aplicação do minicurso,
o que foi criteriosamente cumprido pelo grupo”. Já o coordenador “Paulo” respondeu dessa forma
“No mini curso/oficina da sala de cinema “A escola da vida”, o grupo foi sensacional. Quanto a
organização, interação com a turma de acadêmicos na nossa unidade, principalmente os do Curso
de Pedagogia que apreciaram toda dinâmica. O mais interessante foi refletir com os acadêmicos
sobre “A escola da vida”, um filme que nos mostrou a realidade de muitas escolas, onde
professores ainda utilizavam metodologias e técnicas que não despertavam o interesse e
envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem, enquanto um professor conhecido como o
Sr. D. atraiu seus alunos de maneira que todos participavam e as aulas eram bem dinâmicas. No
filme, relatam os acadêmicos, que o professor Matt após a morte de seu pai queria conquistar a
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posição que antes o seu pai tinha de receber o troféu como o professor do ano na época. Ao chegar
à escola, Matt tenta agradar seus alunos, mas suas metodologias ainda estão presas com o
tradicional, não cria nada novo para alcançar o seu objetivo. Essa parte do filme, fez com que os
acadêmicos refletissem sobre o comportamento dos mesmos aqui no ensino superior”.
No que se refere ao coordenador “Carlos”, acentuou que, “No mini curso/oficina da sala de
cinema “A escola da vida”, o grupo foi sensacional. Quanto a organização, interação com a turma
de acadêmicos na nossa unidade, principalmente os do Curso de Pedagogia que apreciaram toda
dinâmica. O mais interessante foi refletir com os acadêmicos sobre “A escola da vida”, um filme
que nos mostrou a realidade de muitas escolas, onde professores ainda utilizavam metodologias e
técnicas que não despertavam o interesse e envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem,
enquanto um professor conhecido como o Sr. D. atraiu seus alunos de maneira que todos
participavam e as aulas eram bem dinâmicas. No filme, relatam os acadêmicos, que o professor
Matt após a morte de seu pai queria conquistar a posição que antes o seu pai tinha de receber o
troféu como o professor do ano na época. Ao chegar à escola, Matt tenta agradar seus alunos, mas
suas metodologias ainda estão presas com o tradicional, não cria nada novo para alcançar o seu
objetivo. Essa parte do filme, fez com que os acadêmicos refletissem sobre o comportamento dos
mesmos aqui no ensino superior”.
Mediante a confluência entre as cinco respostas, constatou-se que o GEFOPI durante as suas
apresentações, demonstrou planejamento quanto as suas atividades de maneira que atendeu aos
anseios e necessidades dos acadêmicos e coordenadores, levando-os a questionar sua prática
pedagógica, afim de contribuir para o novo modelo educacional vigente, bem como, refletir sobre o
profissional que deseja ser.
A segunda questão, ficando assim configurado no que tange as apresentações do GEFOPI,
“Na sua avaliação a proposta do uso de filmes na sala de aula como o GEFOPI apresentou promove
a reflexão e a aprendizagem significativa dos alunos? Por quê?”. Com base nisso, o coordenador
“Fernando” respondeu da seguinte maneira, “Sim, pois provoca nos alunos uma nova leitura da
obra cinematográfica”.
Em relação a coordenadora “Heloysa” com a sala de cinema “O óleo de Lorenzo”
acrescentou que, “Sim. Muitas reflexões. Pois, como comentamos acima, muitos são os desafios da
ação docente. Visto que nas últimas décadas, o direito de todos à educação foi debatido de uma
forma mais integral que nos anos anteriores. Existe a necessidade de constituir uma escola em que
a prática pedagógica seja estruturada de modo a contemplar as necessidades de todos, de forma
igualitária, foi discutida e assumida a partir de documentos legais nacionais e internacionais. No
entanto, após oficina do GEFOPI com o óleo de Lorenzo, ficamos aqui na unidade refletindo sobre
os desafios que encontramos na inclusão de estudantes com deficiência nos sistemas de ensino.
Pensando em como realizar da melhor maneira as práticas inclusivas para essas pessoas, de forma
a desenvolver suas potencialidades, buscar também a qualidade do ensino para todos sem
distinção. No entanto, o grupo GEROPI, causou em nos mudanças. E mudanças boas, positivas,
produtivas”.
A coordenadora “Julia” argumentou que, “Com certeza sim. Porque análise filmístico em
sala de aula depende muito do planejamento e da metodologia aplicada, e isso foi realizado com
eficiência pelo grupo, e a participação e euforia nos comentários feitos pelos acadêmicos no pós
minicurso é a comprovação de sua eficácia”. No que tange ao coordenador “Paulo”, acentuou que
“Sim, a dinâmica utilizada pelo GEFOPI, fez com que os acadêmicos envolvidos analisassem, a
postura de cada um mediante o momento do filme que retrata o momento que Matt ao ver o Sr. D.
atraindo seus alunos de uma maneira dinâmica, se relacionando com todos e ensinando de uma
maneira divertida onde todos aprendiam, Matt ficou incomodado pois a atenção não estava voltada
a ele. O Sr. D. a cada dia aplicava algo de novo na vida de seus alunos, sua sala de aula não era
um lugar onde somente o professor falava, mas era um lugar de construção do conhecimento em
que tanto professor como aluno participavam. Este professor vivia cada momento intensamente...
Isso fez com que os acadêmicos apreciassem o evento de forma reflexiva. Muito significativo para o
ensino”.
E por fim, o coordenador “Carlos” que respondeu que, “Sim, a dinâmica utilizada pelo
GEFOPI, fez com que os acadêmicos envolvidos analisassem, a postura de cada um mediante o
momento do filme que retrata o momento que Matt ao ver o Sr. D. atraindo seus alunos de uma
maneira dinâmica, se relacionando com todos e ensinando de uma maneira divertida onde todos
aprendiam, Matt ficou incomodado pois a atenção não estava voltada a ele. O Sr. D. a cada dia
aplicava algo de novo na vida de seus alunos, sua sala de aula não era um lugar onde somente o
professor falava, mas era um lugar de construção do conhecimento em que tanto professor como
aluno participavam. Este professor vivia cada momento intensamente... Isso fez com que os
acadêmicos apreciassem o evento de forma reflexiva. Muito significativo para o ensino”.
Com base nas cinco respostas, compreende-se que os coordenadores em diálogo com os
acadêmicos, o GEFOPI realizou o trabalho com eficiência, proporcionando momentos de reflexão
sobre a prática do uso de filmes na instituição escolar. Ocasionando durante as discussões um olhar
crítico do professor e do aluno, atentando sobre os valores inseridos que podem estar implícitos ou
explícitos no filme. Além do que, promoveu reflexão a prática pedagógica, proporcionando aos
acadêmicos usar ferramentas alternativas de ensino como o uso de filmes, com o propósito de
instigar os alunos processo de ensino-aprendizagem.
No que infere-se a última pergunta do questionamento, ficou assim configurada “Você
indica o trabalho do GEFOPI sobre o uso de filmes em sala de aula para outras instituições? Por
quê?”. Nesse sentido, os coordenadores contemplaram alguns itens em suas respostas, ficando
assim a resposta do coordenador “Fernando”, “Sim, pois provoca nos alunos uma nova leitura da
obra cinematográfica”. A coordenadora “Heloysa” respondeu que, “Sim. Indicamos, pois o grupo
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GEFOPI faz uma interação muito importante na unidade. Uma pena foi o tempo curto para
desenvolver todas as atividades. A unidade que tiver a oportunidade de trabalhar com o grupo e
socializar conhecimentos não se arrependerá. O grupo é ótimo”.
Correlacionando com os outros coordenadores, “Julia” relata que, “Sim. Indico com
pontuações de excelência para o trabalho do GEFOPI, e com a certeza do aprendizado por parte
dos acadêmicos”. O coordenador “Paulo” respondeu que, “Sim, indicamos o trabalho do GEFOPI,
pois o mesmo nos fez refletir toda vivência acadêmica, causando profundas inquietações. Uma vez
que o “ser acadêmico” foi questionado após a visita de vocês. É preciso fazer como Matt. É
necessário observar mais. Pois, Matt descobriu que o Sr. D. além de um excelente professor era
também um homem que gostava de ajudar a todos, mostrando sempre os direitos de cada um. Este
o filme nos faz refletir que enquanto, educadores temos sempre que criar algo de novo, não
podemos nos acomodar com metodologias tradicionais”.
E por fim, o coordenador “Carlos” assevera que, “Sim, indicamos o trabalho do GEFOPI,
pois o mesmo nos fez refletir toda vivência acadêmica, causando profundas inquietações. Este filme
nos faz refletir que enquanto, educadores temos sempre que criar algo de novo, não podemos nos
acomodar com metodologias tradicionais, precisamos procurar métodos e técnicas que despertem o
interesse do aluno, criando novos espaços de conhecimento. Isso vocês fizeram aqui na nossa
unidade.
Conforme as cinco respostas dos coordenadores, o GEFOPI tem conseguido contemplar os
seus objetivos e assim ser reconhecido como um grupo que tem levado nas instituições de Ensino
Superior um repensar sobre a prática do educador com a utilização de filmes. Além do que, busca
inovar em suas apresentações com o propósito de levar os acadêmicos e aos demais participantes a
busca pelo conhecimento, uma vez que, é gratificante (re)conhecimento do trabalho do GEFOPI.
Em todos os questionários havia um espaço livre para que os coordenadores sentissem a
vontade para contribuir com o trabalho do GEFOPI. Porém, o único coordenador que não contribuiu
nesta questão foi o coordenador “Fernando”. Nesse sentido, a coordenador “Heloysa” acentuou
que, “O que podemos deixar aqui nesse espaço é nosso abraço caloroso. E dizer ainda que ficamos
felizes em recebê-los em nossa unidade e mais feliz ainda por ter a oportunidade de fazermos parte
dessa história de vida, que é nossa e que é de vocês. Onde escrevemos linhas importantes em
determinados capítulos dos livros de nossas vidas”. Nesse sentido, a coordenadora “Julia”
respondeu que, “A realização deste minicurso, trouxe à tona a clareza de que trabalhar com filmes
em sala de aula, é necessário um rigor desde o planejamento, como na metodologia de
aplicabilidade dos mesmos”. Já o coordenador “Paulo”, inferiu que, “Ao grupo GEFOPI, nosso
agradecimento. Como relata acadêmica do curso de Pedagogia “Muito bom, estou no segundo ano
do Curso, e estudo visando um ensino de qualidade, na busca por construir novas maneiras de
aplicar jogos em sala de aula, esse filme tem tudo a ver com que estou me formando”. E
correlacionando com as outras respostas, o coordenador “Carlo” contemplo que, “realmente foi
muito bom, principalmente para nós educadores que queremos sempre usar novas maneiras para
um melhor desempenho em sala de aula... voltem sempre que puder grupo GEFOPI”! No entanto,
aguardamos vocês”
Observa-se portanto, que o GEFOPI durante as apresentações tem despertado nos
acadêmicos e professores nas instituições do Ensino Superior um desvelar sobre sua prática,
promovendo uma aprendizagem significativa e reflexiva, unindo a teoria a prática educativa. Nesse
sentido, pode-se constatar que o GEFOPI tem desempenhado seu papel, levando discussões e
debates sobre a prática do uso de filmes, como uma alternativa significativa nas instituições escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário considerar o aluno como sujeito que possui paixão pelo saber, capazes de
interrogar levando em conta os preceitos da filosofia, segundo Platão (1988, p. 9),
[..] aquele que verdadeiramente gosta de saber, tem uma disposição natural de lutar
pelo Ser, e não se detém em cada um dos muitos aspectos particulares que existem
na aparência, mas prossegue sem desfalecer nem desistir de sua paixão, antes de
atingir a natureza de cada Ser em si, [...] depois de se aproximar e de se unir ao
verdadeiro Ser, e de ter dado à luz a razão e a verdade, poderá alcançar o saber e
viver e alimentar-se da verdade, e assim cessar o seu sofrimento.
Embora a escola reduza os seus conteúdos a fragmentos, a filosofia da educação constitui
neste processo de inserção das novas mídias no processo de ensinagem, no contexto de desenvolver
capacidades de compreender a sua própria realidade, de educar os alunos para o exercício da
inquietude, do pensamento, de trabalhar no sentido da humanização. Tornar os alunos sujeitos
pensantes, enfim, é criar situações, de interrogar, de descobrir novos horizontes afim da
aprendizagem significativa. Corroborando com Platão (1988), Chauí (1989, p. 28) assevera que,
O que se costuma solicitar [...] é que ilumine o sentido teórico e prático daquilo que
pensamos e fazemos, que nos leve a compreender a origem de ideias e valores que
respeitamos ou que odiamos, que nos esclareça quanto à origem da obediência a
certas imposições e quanto ao desejo de transgredi-las, enfim, que nos diga alguma
coisa acerca de nós mesmo, que nos ajude a compreender como, por que, para quem,
por quem, contra quem ou contra o que as ideias e os valores foram elaborados e o
que fazer deles.
Para tanto, o aluno deve ser levado a pensar, a explorar este processo na autonomia do
sujeito em seu cotidiano. Desse modo, são inúmeras as possibilidades de desenvolver o processo
educativo no campo escolas com o cinema, uma vez que, ao ver um filme, seja em qual local, como
em casa ou na escola, desempenha um papel crucial na formação das pessoas. Com isto, os
educadores devem se atentar de forma significativa na exploração deste recurso, na construção de
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sujeitos pensantes e autônomos do pensamento crítico-reflexível. À luz dos resultados obtidos, foi
possível recolher conclusões bastante pertinentes. O questionário foi respondido por 10 dos
coordenadores, o que denota representatividade nas atividades desenvolvida pelo GEFOPI.
Os trabalhos realizados nos possibilitam dizer que nosso principal objetivo foi alcançado, ao
conseguirmos levantar os dados sobre o tema. Estes levantamentos nos levaram a constatar que as
discussões acerca do uso de filmes em sala de aula na educação pelo grupo GEFOPI, possibilitou
auxiliar nos eventos o uso desta ferramenta na formação prático-pedagógica de futuros educadores.
No entanto, ainda há muito por fazer para que os filmes sejam utilizados nas instituições escolares
de forma crítica no cenário brasileiro. A de considerar até o momento, a necessidade de utilizar o
filme como ferramenta alternativa de ensino, pois possibilita o processo de ensino-aprendizagem,
obtendo uma aprendizagem significativa com os alunos.
AGRADECIMENTOS
A participação no Projeto de Pesquisa foi fundamental no processo de formativo, no sentido
de possibilitar a ampliação e o aprofundamento de estudos acerca da temática. Destaca-se ainda,
que a bolsa de estudos recebida pela Universidade Estadual de Goiás durante a participação no
projeto, considerado como um instrumento crucial no sentido de assegurar as condições mínimas de
acesso, permanência e de aproveitamento da experiência formativa de iniciação á pesquisa.
REFERÊNCIAS
ALENCAR, S.E.P. O cinema na sala de aula: uma aprendizagem dialógica da disciplina
história. Dissert. Mestrado. Fac. de Educação. Univ. Federal do Ceará. Fortaleza/CE. 2007.
AUSUBEL, D.P. A Aprendizagem Significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes,
1982.
CHAUÍ, Marilena. Ensinar, aprender, fazer filosofia. Goiânia: ICHL, 1982.
DEMO, P. Pesquisa: princípio participativo e educativo. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
SANTOS, J.C. F. Aprendizagem significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do
professor. 2.ed. Porto Alegre: Mediação, 2009.
PEIXOTO, Adão José (org.). Filosofia, educação e cidadania. Campinas, SP: Editora Alínea,
2001.
PLATÃO. Diálogos: Teeteto e Crátilo. Belém: UFPA, 1988.
VIANA, M. C. V., O Cinema na Sala de Aula e a Formação de Professores de Matemática.
Mini-curso oferecido aos alunos do Curso de Matemática na UFRRJ. Dia de Atividades AcadêmicoCientífico-Culturais.18 de maio de 2010.
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