A PRODUÇÃO ACADÊMICA E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: possibilidades com o uso de filmes em sala de aula Ana Paula Costa Santos1, João Roberto Ferreira Resende2, Andréa Kochhann3 1 Graduanda do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás - Câmpus de São Luís de Montes Belos- Goiás. Bolsista de Iniciação a Pesquisa PBIC/UEG. Endereço eletrônico: [email protected] Docente da Universidade Estadual de Goiás. Universidade Estadual de Goiás Câmpus CSEH. Orientador do Projeto. 2 Docente da Universidade Estadual de Goiás. Dedicação Exclusiva. Câmpus São Luís de Montes Belos e Jussara. 3 Orientadora do Projeto. INTRODUÇÃO O presente trabalho faz parte do projeto de pesquisa intitulado “APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A FILOSOFIA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA”, vinculado ao GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, registrado na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, vinculado ao Câmpus São Luís de Montes Belos. Em tempos atuais discutir os novos recursos metodológicos educacionais para a construção do conhecimento e a autonomia do sujeito, passa pelo processo de pesquisa que o indivíduo introduz em seus caminhos. Embora os novos avanços tecnológicos não estejam disponíveis a todos igualmente, é necessário reconhecer que as ferramentas tecnológicas vêm difundindo a comunicação, a informação e as novas maneiras de pensar e fazer a educação. O professor que tem como norte em sua formação a construção científica, Demo (2009) assevera que é essencial o “conhecimento com as próprias mãos” e os cursos de licenciatura devem propiciar essa formação. Por isso, os novos ambientes educativos podem possibilitar ao educador compreender que nestes locais à produção de conhecimento significativo. Desse modo, cabe ao professor buscar novas metodologias eficazes para introduzir o uso do cinema na sala de aula. Neste contexto, Brandão (2009) argumenta que a instituição escolar não é mais o único lugar de aprendizagem e nem o docente o único possuidor do conhecimento ou da informação. Compete ao professor o entendimento de que outros meios para além do livro e do giz podem favorecer a compreensão de conteúdos e a aprendizagem. Entendendo que a aprendizagem significativa pode ser alcançada pela reflexão filosófica e por meio do uso de filmes em sala de aula é que propomos pesquisar “Quais as contribuições da aprendizagem significativa e da filosofia para a construção da autonomia com o uso de filmes em sala de aula?”. Essas questões devem nortear a formação do pedagogo. Pirenópolis – Goiás – Brasil 20 a 22 de outubro de 2015 Assim, o pedagogo deve possibilitar de modo especial, a inserção no cotidiano dos alunos, do cinema como forma de inspirar uma nova visão de mundo. Porém, não basta o professor passar um filme como atividade escolar. É preciso compreender, não como um novo método pedagógico, mas como uma ferramenta que pode contribuir para uma nova forma de construção do conhecimento. Alencar (2007, p. 137) afirma que O cinema possibilita o encontro entre pessoas, amplia o mundo de cada um, mostra na tela o que é família e o que é desconhecido e estimula o aprender. Penso que o cinema aguça a percepção a torna mais ágil o raciocínio na medida em quem para entendermos o conteúdo de um filme precisamos concatenar todos os recursos da linguagem fílmica utilizados no desenrolar do espetáculo e que evoluem com rapidez. Dessa maneira, o cinema ou o filme em sala de aula é um instrumento bastante flexível para retratar qualquer assunto ou conteúdo. Utilizar o filme em sala de aula é promover um olhar diferente ao aluno, promovendo deferentes sentidos, sobre temas diversos. O seu uso na educação desloca o espectador para uma nova dimensão mais crítica e ampliada de experiências paradigmáticas da vida, devido a diversas dificuldades a serem enfrentadas, fazendo com que a prática de ensino-aprendizagem torna-se significativo. Por isso, o professor não deve apenas passar um filme por passar, é necessário que o filme faça sentido tanto para o aluno quanto a disciplina a ser ministrada. Além do que, o uso do filme torna a aula mais dinâmica e flexível, tornando o conteúdo menos cansativo ao professor e o aluno. Conforme Viana (2010, p. 04), os filmes devem ser escolhidos pela articulação dos conteúdos e conceitos (a serem) trabalhados (ou já trabalhados) tendo-se em mente o conjunto de objetivos e metas a serem atingidas na disciplina. Por isso, certamente não serão encontrados filmes próprios para todos os conteúdos, tendo de haver conexão do conteúdo do filme a ser trabalhado com a disciplina lecionada. Outro ponto importante na utilização do filme é que pode tornar os alunos mais interessados na sala de aula, pelo fato de sair da rotina. Nesta linha, Ausubel (1982), em sua teoria da Aprendizagem Significativa, para que a ocorra o aluno precisa estar pré-disposto a aprender, além do que, os conteúdos deve haver lógica e significado para o aluno. Possibilitando ampliar a capacidade do aluno em aprender outros conteúdos. Santos (2009, p. 66-67), infere que [...] o nosso principal papel como professores, na promoção de uma aprendizagem significativa, é desafiar os conceitos já aprendidos, para que eles se reconstruam mais ampliados e consistentes, [...] Quando problematizarmos, abrimos as possibilidades de aprendizagem, [...] o essencial é cumprir o papel de „causar sede‟, [...] atividades como apresentação de um recorte de jornal, de uma fotografia, de uma cena de um filme ou de uma pequena história, igualmente se prestam como excelentes desafios. Neste sentido, são inúmeras e incógnitas as possibilidades de usar o filme em sala de aula, cabe o educador explorar o conteúdo que será estudado, promovendo a melhor forma de lidar com seus alunos. Antes de expor o filme aos alunos, é necessário introduzir a sua metodologia, e quais cenas devem prestar maior atenção. Pois as informações do filme nem sempre estará explicito nas cenas, necessitando ser subentendida em uma fala, cabendo assim, ao professor direcionar o filme e o conhecimento. Em relação a isso, Ausubel assevera que para a aprendizagem ser significativa e favorecer a construção do conhecimento é necessário que o conteúdo faça sentido para o aluno. A utilização do uso do cinema como metodologia de aprendizagem significativa se traduz na busca de se fazer acontecer a construção do conhecimento por meio de filmes que instiguem a criticidade do aluno, à autonomia do pensamento. O filme precisa ser trabalhado de forma que proporcione significado para o educando, o professor precisa deixar claro o que se pretende, fazendo com que a experiência estética provoque mudanças no indivíduo, reeducando o olhar. OBJETIVOS Visamos com o projeto de pesquisa apresentar as contribuições do trabalho do pedagogo com a filosofia e a aprendizagem significativa para a construção da autonomia do pensamento com o uso de filmes em sala de aula. Para tal os objetivos específicos, os quais abrangem este trabalho, são discursar sobre o uso de filmes em sala de aula, discursar sobre a teoria da aprendizagem significativa, discursar sobre a importância do planejamento do pedagogo para trabalhar com o uso de filmes em sala de aulas para a construção da autonomia do pensamento e avaliar as atividades desenvolvidas pelo GEFOPI sobre o uso de filmes. METODOLOGIA Pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico e de campo. Para a coleta de dados utilizou-se a aplicação de questionário aberto, via e-mail, aos coordenadores dos eventos, em que o grupo GEGOPI foi convidado para apresentar o projeto de extensão “Cinema e Educação: uma experiência crítica em sala de aula”. A delimitação da avaliação foi em 10 salas de cinema realizadas pelo GEFOPI, em cinco eventos ocorridos em instituição de Ensino Superior, no período de agosto de 2014 a junho de 2015. Pirenópolis – Goiás – Brasil 20 a 22 de outubro de 2015 RESULTADOS E DISCUSSÃO De 2014 a 2015, o Grupo de Estudo e Formação de Professores e Interdisciplinaridade GEFOPI, coordenado pela Ms. Andréa Kochhann com o projeto de Extensão Cinema e Educação: uma experiência crítica em sala de aula”, realizou 10 salas de cinemas em eventos organizados por instituições de Ensino Superior, conforme disposto na Tabela abaixo. Instituição UEG/Pires Rio do Metodologia das Apresentações do GEFOPI Mesa redonda “A escola da Vida” Temática Abordada (s) Evento Nome Fictício Analise cinematográfica, Paradigmas Educacional e Aprendizagem Significativa I Encontro de Cinema e Educação Paulo Minicurso “O óleo de Lorenzo” A busca pelo conhecimento Cientifico. I Encontro de Extensão Universitária Heloysa Minicurso “A Escola da Vida” Paradigmas Educacional, Didática fílmica. Mesa redonda “O óleo de Lorenzo” A busca pelo Conhecimento Científico e a didática fílmica UEG/ Formosa UEG/Pires Rio do Minicurso “O óleo de Lorenzo” O uso de filmes; A busca pelo Conhecimento Científico Minicurso “O espelho tem duas faces” Paradigmas Educacionais, Aprendizagem Significativa Minicurso “A escola da Vida” Professor do Futuro, Paradigma Educacional, Aprendizagem Significativa UEG/Goianésia UEG/Porangatu Minicurso “A escola da Vida” Professor do Futuro, Paradigma Educacional. Minicurso “O óleo de Lorenzo” A busca pelo Conhecimento Científico Minicurso “O espelho tem duas faces” Analise Cinematográfica, Paradigmas Educacional e a Aprendizagem Significativa I Simpósio Nacional Interdisciplinar de Geografia e Simpósio de Ensino e Pesquisa: Interfaces da Educação na sociedade do Conhecimento IV Congresso Acadêmico Científico Julia Fernando Carlos Visando apresentar as contribuições do trabalho do pedagogo com a aprendizagem significativa para a construção da autonomia do pensamento com o uso de filmes em sala de aula, o questionário aplicado com os coordenadores dos eventos em que o GEFOPI realizou suas atividades, teve dois motivos principais: primeiro, apresentar as contribuições do GEFOPI nas instituições em que realiza os projetos; e segundo, avaliar a relevância do uso de filmes e do planejamento para o processo educativo. As informações contidas neste artigo foram instrumentos exclusivos para a pesquisa. Apresentar-se-á nomes fictícios dos coordenadores, para que não haja exposição dos profissionais. A primeira questão do questionário configurou em “Como você avalia o planejamento do GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, para o minicurso/oficina da sala de cinema “O óleo de Lorenzo”, realizado no evento de sua instituição?”. Observa-se que as perguntas tinham o nome de cada filme passado em cada sala de cinema. Dos 10 questionários, averiguou-se os seguintes dados, o coordenador “Fernando” com a sala de cinema com o filme “O óleo de Lorenzo”, respondeu da seguinte maneira, “Acredito que esta metodologia de ensino atenda as necessidades dos cursos de licenciatura, visto que os mesmos devem priorizar a associação teoria/prática, assim como transformar a aprendizagem em algo satisfatório e prazeroso. Além de proporcionar uma visão interdisciplinar, já que o filme abre margens de discussão sobre diversos aspectos. Outro ponto positivo é a abordagem que foi dada pela oficina, saindo do lugar comum filme/relatório para outras possibilidades de análise". A coordenadora “Heloysa”, também com a sala de cinema “O óleo de Lorenzo”, respondeu que “O grupo GEROPI, se organizou de maneira simples e eficiente. Mostrando um excelente planejamento no mini-curso/oficina da sala de cinema “óleo de Lorenzo”, realizado nesta instituição. Em diálogo com os participantes, os mesmos relatam que a integração entre os acadêmicos foi enriquecedora e a dinâmica utilizada nessa sala foi de suma relevância para os futuros professores em formação [...]. Assim, começamos a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença. Portanto, a oficina nos fez refletir sobre o quão importante deve ser nosso conhecimento, em todas as áreas. Uma vez que muitos serão nossos desafios”. A coordenadora “Julia” respondeu que “O planejamento realizado pelo GEFOPI para a realização do minicurso/oficina da sala de cinema “A escola da vida”, na nossa instituição foi feito com muito critério, pontuando os objetivos que pretendiam alcançar com a aplicação do minicurso, o que foi criteriosamente cumprido pelo grupo”. Já o coordenador “Paulo” respondeu dessa forma “No mini curso/oficina da sala de cinema “A escola da vida”, o grupo foi sensacional. Quanto a organização, interação com a turma de acadêmicos na nossa unidade, principalmente os do Curso de Pedagogia que apreciaram toda dinâmica. O mais interessante foi refletir com os acadêmicos sobre “A escola da vida”, um filme que nos mostrou a realidade de muitas escolas, onde professores ainda utilizavam metodologias e técnicas que não despertavam o interesse e envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem, enquanto um professor conhecido como o Sr. D. atraiu seus alunos de maneira que todos participavam e as aulas eram bem dinâmicas. No filme, relatam os acadêmicos, que o professor Matt após a morte de seu pai queria conquistar a Pirenópolis – Goiás – Brasil 20 a 22 de outubro de 2015 posição que antes o seu pai tinha de receber o troféu como o professor do ano na época. Ao chegar à escola, Matt tenta agradar seus alunos, mas suas metodologias ainda estão presas com o tradicional, não cria nada novo para alcançar o seu objetivo. Essa parte do filme, fez com que os acadêmicos refletissem sobre o comportamento dos mesmos aqui no ensino superior”. No que se refere ao coordenador “Carlos”, acentuou que, “No mini curso/oficina da sala de cinema “A escola da vida”, o grupo foi sensacional. Quanto a organização, interação com a turma de acadêmicos na nossa unidade, principalmente os do Curso de Pedagogia que apreciaram toda dinâmica. O mais interessante foi refletir com os acadêmicos sobre “A escola da vida”, um filme que nos mostrou a realidade de muitas escolas, onde professores ainda utilizavam metodologias e técnicas que não despertavam o interesse e envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem, enquanto um professor conhecido como o Sr. D. atraiu seus alunos de maneira que todos participavam e as aulas eram bem dinâmicas. No filme, relatam os acadêmicos, que o professor Matt após a morte de seu pai queria conquistar a posição que antes o seu pai tinha de receber o troféu como o professor do ano na época. Ao chegar à escola, Matt tenta agradar seus alunos, mas suas metodologias ainda estão presas com o tradicional, não cria nada novo para alcançar o seu objetivo. Essa parte do filme, fez com que os acadêmicos refletissem sobre o comportamento dos mesmos aqui no ensino superior”. Mediante a confluência entre as cinco respostas, constatou-se que o GEFOPI durante as suas apresentações, demonstrou planejamento quanto as suas atividades de maneira que atendeu aos anseios e necessidades dos acadêmicos e coordenadores, levando-os a questionar sua prática pedagógica, afim de contribuir para o novo modelo educacional vigente, bem como, refletir sobre o profissional que deseja ser. A segunda questão, ficando assim configurado no que tange as apresentações do GEFOPI, “Na sua avaliação a proposta do uso de filmes na sala de aula como o GEFOPI apresentou promove a reflexão e a aprendizagem significativa dos alunos? Por quê?”. Com base nisso, o coordenador “Fernando” respondeu da seguinte maneira, “Sim, pois provoca nos alunos uma nova leitura da obra cinematográfica”. Em relação a coordenadora “Heloysa” com a sala de cinema “O óleo de Lorenzo” acrescentou que, “Sim. Muitas reflexões. Pois, como comentamos acima, muitos são os desafios da ação docente. Visto que nas últimas décadas, o direito de todos à educação foi debatido de uma forma mais integral que nos anos anteriores. Existe a necessidade de constituir uma escola em que a prática pedagógica seja estruturada de modo a contemplar as necessidades de todos, de forma igualitária, foi discutida e assumida a partir de documentos legais nacionais e internacionais. No entanto, após oficina do GEFOPI com o óleo de Lorenzo, ficamos aqui na unidade refletindo sobre os desafios que encontramos na inclusão de estudantes com deficiência nos sistemas de ensino. Pensando em como realizar da melhor maneira as práticas inclusivas para essas pessoas, de forma a desenvolver suas potencialidades, buscar também a qualidade do ensino para todos sem distinção. No entanto, o grupo GEROPI, causou em nos mudanças. E mudanças boas, positivas, produtivas”. A coordenadora “Julia” argumentou que, “Com certeza sim. Porque análise filmístico em sala de aula depende muito do planejamento e da metodologia aplicada, e isso foi realizado com eficiência pelo grupo, e a participação e euforia nos comentários feitos pelos acadêmicos no pós minicurso é a comprovação de sua eficácia”. No que tange ao coordenador “Paulo”, acentuou que “Sim, a dinâmica utilizada pelo GEFOPI, fez com que os acadêmicos envolvidos analisassem, a postura de cada um mediante o momento do filme que retrata o momento que Matt ao ver o Sr. D. atraindo seus alunos de uma maneira dinâmica, se relacionando com todos e ensinando de uma maneira divertida onde todos aprendiam, Matt ficou incomodado pois a atenção não estava voltada a ele. O Sr. D. a cada dia aplicava algo de novo na vida de seus alunos, sua sala de aula não era um lugar onde somente o professor falava, mas era um lugar de construção do conhecimento em que tanto professor como aluno participavam. Este professor vivia cada momento intensamente... Isso fez com que os acadêmicos apreciassem o evento de forma reflexiva. Muito significativo para o ensino”. E por fim, o coordenador “Carlos” que respondeu que, “Sim, a dinâmica utilizada pelo GEFOPI, fez com que os acadêmicos envolvidos analisassem, a postura de cada um mediante o momento do filme que retrata o momento que Matt ao ver o Sr. D. atraindo seus alunos de uma maneira dinâmica, se relacionando com todos e ensinando de uma maneira divertida onde todos aprendiam, Matt ficou incomodado pois a atenção não estava voltada a ele. O Sr. D. a cada dia aplicava algo de novo na vida de seus alunos, sua sala de aula não era um lugar onde somente o professor falava, mas era um lugar de construção do conhecimento em que tanto professor como aluno participavam. Este professor vivia cada momento intensamente... Isso fez com que os acadêmicos apreciassem o evento de forma reflexiva. Muito significativo para o ensino”. Com base nas cinco respostas, compreende-se que os coordenadores em diálogo com os acadêmicos, o GEFOPI realizou o trabalho com eficiência, proporcionando momentos de reflexão sobre a prática do uso de filmes na instituição escolar. Ocasionando durante as discussões um olhar crítico do professor e do aluno, atentando sobre os valores inseridos que podem estar implícitos ou explícitos no filme. Além do que, promoveu reflexão a prática pedagógica, proporcionando aos acadêmicos usar ferramentas alternativas de ensino como o uso de filmes, com o propósito de instigar os alunos processo de ensino-aprendizagem. No que infere-se a última pergunta do questionamento, ficou assim configurada “Você indica o trabalho do GEFOPI sobre o uso de filmes em sala de aula para outras instituições? Por quê?”. Nesse sentido, os coordenadores contemplaram alguns itens em suas respostas, ficando assim a resposta do coordenador “Fernando”, “Sim, pois provoca nos alunos uma nova leitura da obra cinematográfica”. A coordenadora “Heloysa” respondeu que, “Sim. Indicamos, pois o grupo Pirenópolis – Goiás – Brasil 20 a 22 de outubro de 2015 GEFOPI faz uma interação muito importante na unidade. Uma pena foi o tempo curto para desenvolver todas as atividades. A unidade que tiver a oportunidade de trabalhar com o grupo e socializar conhecimentos não se arrependerá. O grupo é ótimo”. Correlacionando com os outros coordenadores, “Julia” relata que, “Sim. Indico com pontuações de excelência para o trabalho do GEFOPI, e com a certeza do aprendizado por parte dos acadêmicos”. O coordenador “Paulo” respondeu que, “Sim, indicamos o trabalho do GEFOPI, pois o mesmo nos fez refletir toda vivência acadêmica, causando profundas inquietações. Uma vez que o “ser acadêmico” foi questionado após a visita de vocês. É preciso fazer como Matt. É necessário observar mais. Pois, Matt descobriu que o Sr. D. além de um excelente professor era também um homem que gostava de ajudar a todos, mostrando sempre os direitos de cada um. Este o filme nos faz refletir que enquanto, educadores temos sempre que criar algo de novo, não podemos nos acomodar com metodologias tradicionais”. E por fim, o coordenador “Carlos” assevera que, “Sim, indicamos o trabalho do GEFOPI, pois o mesmo nos fez refletir toda vivência acadêmica, causando profundas inquietações. Este filme nos faz refletir que enquanto, educadores temos sempre que criar algo de novo, não podemos nos acomodar com metodologias tradicionais, precisamos procurar métodos e técnicas que despertem o interesse do aluno, criando novos espaços de conhecimento. Isso vocês fizeram aqui na nossa unidade. Conforme as cinco respostas dos coordenadores, o GEFOPI tem conseguido contemplar os seus objetivos e assim ser reconhecido como um grupo que tem levado nas instituições de Ensino Superior um repensar sobre a prática do educador com a utilização de filmes. Além do que, busca inovar em suas apresentações com o propósito de levar os acadêmicos e aos demais participantes a busca pelo conhecimento, uma vez que, é gratificante (re)conhecimento do trabalho do GEFOPI. Em todos os questionários havia um espaço livre para que os coordenadores sentissem a vontade para contribuir com o trabalho do GEFOPI. Porém, o único coordenador que não contribuiu nesta questão foi o coordenador “Fernando”. Nesse sentido, a coordenador “Heloysa” acentuou que, “O que podemos deixar aqui nesse espaço é nosso abraço caloroso. E dizer ainda que ficamos felizes em recebê-los em nossa unidade e mais feliz ainda por ter a oportunidade de fazermos parte dessa história de vida, que é nossa e que é de vocês. Onde escrevemos linhas importantes em determinados capítulos dos livros de nossas vidas”. Nesse sentido, a coordenadora “Julia” respondeu que, “A realização deste minicurso, trouxe à tona a clareza de que trabalhar com filmes em sala de aula, é necessário um rigor desde o planejamento, como na metodologia de aplicabilidade dos mesmos”. Já o coordenador “Paulo”, inferiu que, “Ao grupo GEFOPI, nosso agradecimento. Como relata acadêmica do curso de Pedagogia “Muito bom, estou no segundo ano do Curso, e estudo visando um ensino de qualidade, na busca por construir novas maneiras de aplicar jogos em sala de aula, esse filme tem tudo a ver com que estou me formando”. E correlacionando com as outras respostas, o coordenador “Carlo” contemplo que, “realmente foi muito bom, principalmente para nós educadores que queremos sempre usar novas maneiras para um melhor desempenho em sala de aula... voltem sempre que puder grupo GEFOPI”! No entanto, aguardamos vocês” Observa-se portanto, que o GEFOPI durante as apresentações tem despertado nos acadêmicos e professores nas instituições do Ensino Superior um desvelar sobre sua prática, promovendo uma aprendizagem significativa e reflexiva, unindo a teoria a prática educativa. Nesse sentido, pode-se constatar que o GEFOPI tem desempenhado seu papel, levando discussões e debates sobre a prática do uso de filmes, como uma alternativa significativa nas instituições escolar. CONSIDERAÇÕES FINAIS É necessário considerar o aluno como sujeito que possui paixão pelo saber, capazes de interrogar levando em conta os preceitos da filosofia, segundo Platão (1988, p. 9), [..] aquele que verdadeiramente gosta de saber, tem uma disposição natural de lutar pelo Ser, e não se detém em cada um dos muitos aspectos particulares que existem na aparência, mas prossegue sem desfalecer nem desistir de sua paixão, antes de atingir a natureza de cada Ser em si, [...] depois de se aproximar e de se unir ao verdadeiro Ser, e de ter dado à luz a razão e a verdade, poderá alcançar o saber e viver e alimentar-se da verdade, e assim cessar o seu sofrimento. Embora a escola reduza os seus conteúdos a fragmentos, a filosofia da educação constitui neste processo de inserção das novas mídias no processo de ensinagem, no contexto de desenvolver capacidades de compreender a sua própria realidade, de educar os alunos para o exercício da inquietude, do pensamento, de trabalhar no sentido da humanização. Tornar os alunos sujeitos pensantes, enfim, é criar situações, de interrogar, de descobrir novos horizontes afim da aprendizagem significativa. Corroborando com Platão (1988), Chauí (1989, p. 28) assevera que, O que se costuma solicitar [...] é que ilumine o sentido teórico e prático daquilo que pensamos e fazemos, que nos leve a compreender a origem de ideias e valores que respeitamos ou que odiamos, que nos esclareça quanto à origem da obediência a certas imposições e quanto ao desejo de transgredi-las, enfim, que nos diga alguma coisa acerca de nós mesmo, que nos ajude a compreender como, por que, para quem, por quem, contra quem ou contra o que as ideias e os valores foram elaborados e o que fazer deles. Para tanto, o aluno deve ser levado a pensar, a explorar este processo na autonomia do sujeito em seu cotidiano. Desse modo, são inúmeras as possibilidades de desenvolver o processo educativo no campo escolas com o cinema, uma vez que, ao ver um filme, seja em qual local, como em casa ou na escola, desempenha um papel crucial na formação das pessoas. Com isto, os educadores devem se atentar de forma significativa na exploração deste recurso, na construção de Pirenópolis – Goiás – Brasil 20 a 22 de outubro de 2015 sujeitos pensantes e autônomos do pensamento crítico-reflexível. À luz dos resultados obtidos, foi possível recolher conclusões bastante pertinentes. O questionário foi respondido por 10 dos coordenadores, o que denota representatividade nas atividades desenvolvida pelo GEFOPI. Os trabalhos realizados nos possibilitam dizer que nosso principal objetivo foi alcançado, ao conseguirmos levantar os dados sobre o tema. Estes levantamentos nos levaram a constatar que as discussões acerca do uso de filmes em sala de aula na educação pelo grupo GEFOPI, possibilitou auxiliar nos eventos o uso desta ferramenta na formação prático-pedagógica de futuros educadores. No entanto, ainda há muito por fazer para que os filmes sejam utilizados nas instituições escolares de forma crítica no cenário brasileiro. A de considerar até o momento, a necessidade de utilizar o filme como ferramenta alternativa de ensino, pois possibilita o processo de ensino-aprendizagem, obtendo uma aprendizagem significativa com os alunos. AGRADECIMENTOS A participação no Projeto de Pesquisa foi fundamental no processo de formativo, no sentido de possibilitar a ampliação e o aprofundamento de estudos acerca da temática. Destaca-se ainda, que a bolsa de estudos recebida pela Universidade Estadual de Goiás durante a participação no projeto, considerado como um instrumento crucial no sentido de assegurar as condições mínimas de acesso, permanência e de aproveitamento da experiência formativa de iniciação á pesquisa. REFERÊNCIAS ALENCAR, S.E.P. O cinema na sala de aula: uma aprendizagem dialógica da disciplina história. Dissert. Mestrado. Fac. de Educação. Univ. Federal do Ceará. Fortaleza/CE. 2007. AUSUBEL, D.P. A Aprendizagem Significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. CHAUÍ, Marilena. Ensinar, aprender, fazer filosofia. Goiânia: ICHL, 1982. DEMO, P. Pesquisa: princípio participativo e educativo. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2009. SANTOS, J.C. F. Aprendizagem significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. 2.ed. Porto Alegre: Mediação, 2009. PEIXOTO, Adão José (org.). Filosofia, educação e cidadania. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001. PLATÃO. Diálogos: Teeteto e Crátilo. Belém: UFPA, 1988. VIANA, M. C. V., O Cinema na Sala de Aula e a Formação de Professores de Matemática. Mini-curso oferecido aos alunos do Curso de Matemática na UFRRJ. Dia de Atividades AcadêmicoCientífico-Culturais.18 de maio de 2010.