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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha
Edição fevereiro de 2009
Gerência de Comunicação
Ana Paula Costa
Transcrição:
Else Albuquerque
Copidesque:
Adriana Santos
Revisão:
Marcelo Ferreira
Capa e Diagramação:
Junio Amaro
Introdução
Nesta edição de mais uma Série Mensagens, vamos
estudar a história de um homem que se tornara cego e
ansiava pela cura de sua visão. Seu nome era Bartimeu,
da cidade de Jericó, que na sua angústia e desespero pela
cura, clamara quando vira Jesus: “Jesus, Filho de Davi, tem
misericórdia de mim!”
Talvez você não esteja enfermo como Bartimeu e deseje algo bem diferente que a cura de uma enfermidade.
Porém, Aquele que realizou o milagre na vida do cego de
Jericó não mudou e continua o mesmo. Seu nome é Jesus
Cristo. Quero que, assim como Bartimeu, você entenda
que há um só Caminho, um só Deus para não só curar,
mas libertar e restaurar aquilo que aparentemente está
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morto em sua vida. E acima de tudo, assim também como
Bartimeu, que você possa não somente receber a bênção
que tanto almeja, mas seguir Jesus por toda a sua vida.
Pois este é o maior milagre: a salvação.
Oremos ao Senhor:
“Pai, que nesta hora tu possas falar ao coração de cada
um de teus filhos. Venha Senhor edificar-nos, consolar-nos,
exortar-nos, mas, acima de tudo, venha trazer para muitos a
graça de uma resposta. Em Nome de Jesus. Amém!
Boa leitura!
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O cego
Bartimeu
Antes de falar de Bartimeu, vamos ver o que a Palavra
diz a seu respeito. O relato está em Marcos 10.46-52. Eis
o texto:
“E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu,
cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do
caminho e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E muitos
o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava
mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Parou Jesus
e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe:
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Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. Lançando de si
a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego:
Mestre, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua
fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus
estrada a fora.”
Pelo que diz o próprio relato bíblico, Bartimeu não era
um homem cego de nascença, pois quando se encontrara
com Jesus, afirmou que gostaria de enxergar novamente,
de tornar a ver. Houvera um tempo em que ele enxergava. Um tempo em que ele podia contemplar o pôr do sol,
a beleza de uma flor, a candura de uma criança. Ele podia
ver, mas agora era cego. No episódio retratado na Bíblia,
como que uma pedra linda, cheia de fulgor, encontramos
uma verdade tão profunda, tão séria, tão gloriosa, da graça, do amor, do carinho de Deus para conosco e para esse
homem chamado Bartimeu. E uma das coisas tão interessantes é que Deus não apenas conhece o nome de cada
um, mas a sua idade e identidade, a sua dor, a sua história.
Deus lhe conhece tão bem! Melhor que você mesmo.
Para esse homem, Bartimeu, o dia e a noite passaram
a ser a mesma coisa. É tão interessante que o cego, pelo
fato de ele não conseguir ver, desenvolve, de uma forma
muito natural, outros sentidos de percepção da vida. Por
incrível que pareça, os melhores afinadores de piano são
cegos porque desenvolveram tanto a audição e adquiriram uma capacidade tremenda, que parece que conseguem “ver” ouvindo. A capacidade de ler em Braile. Que
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coisa diferente! Bartimeu não era afinador de piano, em
sua época e sequer havia o Braile. Há dois mil anos, o único destino que tinha era o de viver uma vida miserável,
pedindo esmolas, uma situação horrível!
Bartimeu morava em Jericó, uma antiga cidade marcada por uma maldição. Era dito até que aquele que a
reconstruísse, morreria. E Jericó fora, por várias vezes,
destruída e reconstruída novamente. As cidades de outrora eram muradas, com uma porta de entrada e saída.
Diz o texto acerca desse episódio que Jesus e seus discípulos foram para a cidade de Jericó e, “quando ele saía de
Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão,
Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à
beira do caminho e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôsse a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!.”
(versos 46 e 47 de Marcos 10). Como Bartimeu soubera
que era Jesus quem havia chegado? E como ele buscara a
compaixão do Senhor? Quem sabe alguém, há um tempo
atrás, havia contado para Bartimeu dos milagres de Jesus!
E Jesus tocava nas pessoas, naqueles em quem ninguém
queria tocar. Ele tocava nos “leprosos” de quem todos
tinham repugnância. A repugnância e o isolamento de
muitos “leprosos” da época era em razão de a “doença” ser
considerada impura, o que significava que estar com um
“leproso” poderia ser sinal de contaminação e maldição
até à luz da Lei, e que por causa disso, muitos não queriam ser expostos ao serem vistos na companhia desses
“pobres coitados”. (Claro que hoje a terminologia “leproso”
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é descabida, dado ao teor preconceituoso a que muitos
já são vítimas, e especialmente porque essa enfermidade
tem cura e tratamento. Assim, o termo que se emprega
hoje para designar a “doença” é Hanseníase, terminologia
essa adotada pela própria Medicina).
Ainda se referindo ao contexto de que muitos com
essa enfermidade eram rejeitados pela multidão, o fato
que muito nos alegra é o de que Jesus abraçava aqueles
que não eram abraçados. Levantava aqueles que, há muito, estavam prostrados, sendo pisados pelos outros. Jesus
os erguia, os colocava de pé, de cabeça erguida. Eu creio
que à medida que Bartimeu foi ouvindo falar de Jesus, a
esperança começou a tomar conta da vida dele. As palavras do Senhor sempre imprimem no coração do homem
uma certeza de esperança: a esperança de começar de
novo, de ser curado, de ter o lar refeito, de ser perdoado, de ter um novo começo na vida. Bartimeu era cego e
mal podia se deslocar por não enxergar, enquanto outros
caminhavam, corriam atrás de Jesus, iam para Jerusalém,
para Cafarnaum, para onde Ele estivesse. É por isso que é
dito nos evangelhos que a multidão afluía até Jesus para
serem curados. E Bartimeu estava ali. Ele não somente era
cego, mas também mendigo, segundo o texto bíblico.
E ao ouviu falar do Senhor, creio que ele pensara assim:
“Jesus está na cidade e vai passar por aqui. Preciso chamar
a atenção dele. Vou fazer de tudo para Ele notar que estou
aqui e que preciso ser curado. Vou gritar, clamar, bradar até
Ele me ouvir e me ver.”
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É tão interessante que os dias passavam e cada vez
mais e mais Bartimeu ouvia histórias sobre Jesus, de como
multiplicara os pães, como andara por sobre as águas, de
como até mesmo ressuscitara uma pessoa outrora morta.
Ele ouvira relatos miraculosos de que chamara à vida de
uma criança que havia morrido e de um outro que estava
sendo levado para ser sepultado, filho único de uma viúva
na cidade de Naim. À medida que Bartimeu ouvia acerca
desses milagres do Senhor, de suas palavras, do carinho e
da vida que jorrava do Senhor, creio que o coração dele,
de Bartimeu, devia bater tão forte. Sua vida, no entanto,
continuava a mesma, noite e dia. Tudo igual. Mas creio
também que ele pensava de si para si: “Se Ele passar por
aqui, vou clamar por minha cura. É a minha hora, a minha
vez”.
É tão interessante também que o destino de Jesus era
Jerusalém. E Ele viera do céu justo para morrer em Jerusalém. A profecia dizia que Ele teria de morrer em Jerusalém. Quando Jesus passara por Samaria, os samaritanos
o rejeitaram. Jesus iria pela última vez à Jerusalém e lá
Ele seria preso e morto. Ele daria a sua vida. Mas antes,
indo para Jerusalém, diz a Escritura, que Jesus passou em
Jericó. Eu creio que os ouvidos tão aguçados de Bartimeu
permitiam que ele pudesse diferenciar sons de todas as
maneiras, pois devia conhecer todo tipo de tropel, de cavalo. Ele devia saber e entender até mesmo de cachorros
pelo som do seu latido. Devia sim reconhecer também o
som da multidão. Mas dessa vez, o som da multidão que
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se aproximava dele e que ele ouvia era diferente. Parecia
um exército que marchava. Havia alegria, júbilo, gritos,
exultação. Em euforia e êxtase, Bartimeu logo procurou
se informar: “O que está acontecendo?” Poderia estar ao
seu lado um paralítico que não conseguia andar, mas
que enxergava. Poderia estar ali tanta gente no meio dos
infelizes, pedindo esmolas na porta, na saída de Jericó.
Bartimeu então perguntou: “Quem é que vem?” E alguém,
provavelmente eufórico também, responde: “É Jesus”.
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O grito da
compaixão
Tente se ver na pele de Bartimeu, que embora esperançoso, via-se limitado e carente em sua condição de
cego. Quando soube que era Jesus quem vinha à sua direção, com certeza, pensou: “Hoje é o dia da minha bênção. É
hoje”. E como foi com Bartimeu, assim pode ser com você,
ou seja, hoje pode e é o dia da sua bênção, o tempo de
Deus para a sua vida. O tempo da oportunidade.
Bartimeu começou a clamar dizendo: “Jesus, Filho de
Davi, tem compaixão de mim”. Tudo bem Bartimeu ter
gritado: “Jesus, Filho de Davi”, mas também bradar ”Tem
compaixão de mim” já era o sinal de seu desespero a ponto de não ver, ainda que talvez soubesse do fato, que Jesus
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foi, é e sempre será misericordioso, compassivo. E a razão
da vinda de Jesus Cristo foi exatamente a compaixão. Talvez ninguém tenha compaixão de você. Talvez você seja
sempre jogado de um lado para outro. Ninguém o ouve,
outros o pisam, seu marido não liga para você, sua esposa
não se importa, seus filhos o deixaram... Mas conforme
está escrito na Palavra, o Senhor tem compaixão. E esta
compaixão era tão forte a ponto de Jesus, após ter avistado Jerusalém das montanhas, afirmar: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram
enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos, como a
galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e
vós não o quiseste!” (Lucas13.34.) Jesus chorou sobre a cidade, por seus desencontros, suas dores, sua solidão, seu
pecado. E em Jerusalém não quiseram o Senhor.
Bartimeu dizia: “É hoje, é hoje. Jesus, Filho de Davi, tem
compaixão de mim”. Interessante que ele ligou Jesus, profeticamente, a Davi, porque a salvação viria da descendência de Davi. Seu ascendente foi a de um rei. De acordo
com a Bíblia, o reino de Jesus era diferente. Ele disse: “Meu
reino não é deste mundo, não tem fronteira que os homens
possam levantar muralhas para determiná-lo”. “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus
lhes respondeu: não vem o reino de Deus como visível aparência. Nem dirão: ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de
Deus está dentro de vós.” (Lucas 17.20-21.) Está registrado
na Palavra, a partir do verso 48, de Marcos 10, que à medida que Bartimeu gritava, o povo pedia que ele se calasse:
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“Muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada
vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”
Normalmente, quando as pessoas querem buscar a
Jesus, existe o grupo dos chamados “deixa disto”, principalmente se a pessoa grita o nome de Jesus. É interessante que você pode sair pela rua gritando o nome de um
time de futebol que ninguém fala nada, mas se você sair
falando Jesus, Jesus, parece incomodar. De acordo com o
texto, muitos repreendiam a Bartimeu. Se você compra
uma Bíblia, e começa a lê-la, as pessoas logo dizem: “Você
é fanático, não precisa disso. Deixe isso para lá!”. Quem
sabe a turma do “deixa disso” era a turma do infortúnio
também? Gente sem braço, sem perna, outros cegos, outros deformados, sujos, só pedindo esmola. Esteja certo
de que só pelo fato de você ir à uma igreja evangélica,
isto cria dentro da sua casa, no meio da sua família, certa situação. As pessoas estarão prontas a repreendê-lo.
Você pode ir a qualquer lugar e, muitas vezes, recebe até
aplausos, mas pelo fato de você ir à igreja, muitos passam
a repreendê-lo: “Ah, você vai deixar a religião da sua avó,
da família? Você vai deixar a religião dos seus pais?” Contudo, o texto registra que a despeito das pessoas estarem
repreendendo Bartimeu, cada vez ele gritava, e mais alto.
Ele continuava a clamar. Querido, não desista. Bartimeu
não desistiu, a ponto de ter gritado, bradado a plenos
pulmões: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim.”
Vocês podem imaginar uma multidão? Quinhentas,
mil, cinco mil pessoas? Quando Jesus multiplicou os pães,
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só os homens eram mais de cinco mil. Uma multidão era
de, aproximadamente, dez a vinte mil pessoas. Agora,
imagine esta multidão caminhando, conversando e apenas uma pessoa gritando. E olha que Bartimeu estava no
mesmo lugar, pois já que não via, não podia se locomover
tanto de lugar a lugar. Em meio àquele burburinho todo,
Bartimeu resolve gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”. E não é que Jesus o escutou, pois o relato
bíblico nos informa que Jesus parou! (Verso 49).
O que para Jesus? Um grito, um clamor. Sabe por que
Jesus parou? Porque Ele se importava com Bartimeu e
ainda hoje se importa com os “Bartimeus” da vida, com
aqueles que ninguém se importa. “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo
quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está
e o espírito aos que andam nela.” (Salmo 42.5.) Sabe o que
quer dizer isso? O Senhor de toda a glória, o Criador, que
tem todo o poder. O “EU SOU”, para quando ouve a voz
da sua criação. Este Ser que criou todas as coisas parou.
Parou quando um pobre e cego mendigo gritou: “Jesus,
tem misericórdia de mim!”
“Jesus parou e disse: “Chamai-o, trazei-o”. Bartimeu teve
de lidar com tantos obstáculos até chegar a Jesus. Incluindo a própria multidão que o comprimia e rogava que ele
se calasse. Havia tanta gente. “Jesus disse: Chamai-o”. Do
mesmo modo que tinha o grupo do “deixa disto”, tinha
aquele grupo que foi chamar Bartimeu, e este grupo é a
Igreja. Somos nós. Há tanta gente aí fora gritando por mi16
sericórdia, com tanto sofrimento. São tantos os feridos, há
tanta dor, tanto coração despedaçado... Há tanta gente
desesperada sem saber para onde ir. Há tanta gente enxergando, como única solução, o suicídio. Há tanta gente
sufocada pela culpa, comendo e se alimentando apenas
de miséria, sem esperança alguma. E a ordem do Senhor
foi esta: “Chamai-o, chamai-o”. Chamar a quem? Aquele que gritava: “Jesus, Filho de Davi”. “Parou Jesus e disse:
Chamai. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom
ânimo; levanta-te, ele te chama.” (Marcos 10.49.)
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É hora de se
levantar
É interessante que o texto diz que chamaram o cego
e disseram-lhe: “Tem bom ânimo.” Jesus nunca vem para
acusar as pessoas ou colocar um fardo maior sobre elas.
Normalmente as pessoas só trazem um peso maior sobre
os que já estão vivendo uma vida de desgraça. Mas a Palavra foi: “Tem bom ânimo, levanta-te, ele te chama.” “Tem
bom ânimo, levanta-te, ele quer mudar a sua vida”.
No versículo 50 de Marcos 10 está escrito: “Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.”
Talvez tudo o que Bartimeu possuía na vida fosse aquela
capa. Aquela capa talvez fosse a sua casa, a sua coberta, o
seu abrigo, o seu tudo. Observemos, contudo, que quan19
do ele ouvira o chamado de Jesus, IMEDIATAMENTE “lançando de si a capa, levantou-se de um salto [...]” Fé é este
salto no sobrenatural. É você saltar na certeza de que o
Senhor o ampara.
Os chineses têm um costume muito interessante para
com seus filhos. Quando são pequenos, eles (os chineses)
o colocam em cima do muro e lhes dizem: ”Pula”. O filho
então pula e o pai o segura. Faz isso várias vezes, e sempre
que o filho pula, o pai o segura. Mas chega o momento
em que o pai fala novamente para o filho pular e quando
a criança pula, o pai se afasta e o filho cai e se machuca.
Claro que com todo o cuidado ele faz isso, e só quando
é chegada a hora. Com essa atitude, o pai quer ensinar a
esse filho que não se deve confiar em ninguém. Como se
dissesse: “Olha, isso é para você nunca confiar nos homens,
nem no seu pai”. Mas com Deus é diferente. Quando Ele
diz “pula”, você pode pular, pois Ele nunca vai se afastar.
Aleluia!
Bartimeu abrira mão de sua capa, fizera a escolha de
largar aquilo que mais amava, e se jogar nos braços de
Jesus. Quem sabe você está amarrado com alguma capa,
como um relacionamento que o está prendendo, por
exemplo! Você que está tendo um namoro inconsequente, fora dos princípios da Palavra, faça a escolha certa de
deixar esta capa para trás, a fim de alcançar sua cura, sua
liberdade em Cristo. Quem sabe a capa seja aquele negócio escuso no qual você se envolveu? O quê é melhor? A
capa ou Jesus?
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Eu não sei qual é a capa que existe na sua história,
mas você conhece e tem consciência do que é e o quão
pesada e suja ela deve estar. Saiba, amado, que esta capa
pode destruí-lo. Ela não o levará a nada. Faça como Bartimeu: deixe tudo aquilo que impede a sua caminhada até
Jesus para se lançar nos braços dele. Lance fora todas as
capas sujas e mal cheirosas, todos os trapos de imundícia
que você guarda, que carrega sobre os ombros, e caminhe até Jesus.
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22
Mais perto do
que imagina
Há um momento quando a esperança brota. Jesus
está mais próximo de você do que o ar que você respira.
Mas eis a questão: a capa ou Jesus? Largue a capa, querido. A capa pode ser o carro que você tem, e não consegue
prestar atenção aos cultos sem se preocupar se o ladrão
irá roubá-lo ou não. Para outros, a casa tornou-se a capa.
Você precisa entender que Jesus não lhe dá uma capa e
que Ele não trata dos problemas das pessoas apenas em
um nível superficial, pois o que Ele faz é mais profundo,
é real.
Após Bartimeu ter ouvido acerca de tantas histórias
sobre Jesus, a fé brotou dentro do coração dele e ele co23
meçou a entender que, para ir ao encontro de Jesus, ele
tinha de deixar aquela capa que era o estigma da vida de
um cego, de um mendigo. Aquela capa ficaria no passado, e não uma carga para o seu presente. Tinha de ser deixada para trás.
Bartimeu foi ao encontro do Mestre. Ninguém precisa
ir até Jesus com medo, temendo ser castigado, rejeitado,
desprezado. Não! No verso 51 de Marcos 10, encontramos a resposta de Jesus Cristo àquele homem. Assim está
escrito: “Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça?”
Interessante! Será que Jesus não sabia qual era a necessidade específica de Bartimeu? Claro que Jesus sabia, mas
era preciso que ele, o próprio Bartimeu, soubesse qual era
a sua necessidade e se realmente ele estaria disposto a
abrir mão de sua condição de autocomiseração, de autopiedade. É preciso que a pessoa confesse com a sua própria boca. Está na Palavra: “Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a
ver”. Se Bartimeu tivesse pedido a Jesus algo como “Jesus,
eu quero que o Senhor crie um outro universo”, Ele o teria
criado, porque não há limites para o poder do Senhor.
“Bartimeu, que queres que eu te faça?”. Bartimeu poderia
ter pedido apenas uma moeda, uma moeda de ouro, e
Jesus teria dado. Bartimeu teria boas refeições por alguns
dias, mudaria de roupa. Mas isso seria algo tão superficial.
“Que queres que eu te faça?” É a restauração do seu lar que
você deseja? É a salvação da sua casa, a cura de uma enfermidade? O que você diria? Qual seria a sua proclama24
ção? “Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: “Que eu
torne a ver.” Bartimeu poderia ter feito uma oração muito
espalhafatosa.
Há muita gente que acha que para orar, para falar
com Deus, tem de mudar a entonação da voz, apresentar
todo um ritual. Não é nada disso. Deus olha a sinceridade
do coração, e às vezes, nem é falar muito, pois Ele conhece o que se passa dentro de cada pessoa. “Mestre, que eu
torne a ver.” E o que fez o Senhor? “Então, Jesus lhe disse:
Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia
a Jesus estrada fora.” (Verso 52.)
Não apenas o milagre, mas o Autor do milagre.
É preciso observar algo. Bartimeu entendeu que mais
vale estar ao lado do Abençoador do que receber a bênção. “E seguia a Jesus estrada a fora.” Infelizmente, muitos
estão à procura apenas de bênçãos, da realização dos desejos pessoais. Porém, se Aquele que mantém a bênção
não estiver junto da pessoa, nada adianta. Estar ao lado
de Jesus é a maior bênção que alguém pode ter. Bartimeu, outrora cego, voltara a enxergar. E aquele que segue a Jesus estrada afora jamais fica cego, perdido. “Que
queres que eu te faça? Vai, a tua fé te salvou.” E fé é certeza, não apenas uma suposição. Certeza de que o Senhor
Deus pode tudo. Quando Bartimeu gritara “Jesus”, porque
queria de volta a visão, ele tinha a certeza de que Jesus
poderia curá-lo. Ele sabia do poder do Senhor.
Talvez você esteja dizendo: “Meu problema é grande
demais!” O seu problema pode até ser grande aos olhos
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naturais, mas o que talvez ainda não saiba é que nada e
nem ninguém é maior do que Cristo Jesus. Jesus é o todo
poderoso. Ele cura àquele que está condenado à morte
por uma doença incurável ou ainda desenganado pela
medicina. Ele ressuscita mortos. Ele faz abrir o ventre da
mulher estéril. Ele é. Ele faz. Ele pode todas as coisas! Aleluia!
Amado, que nesta hora você jogue a sua capa fora, e
vá ao encontro do Salvador. Saiba que aquilo que é possível para você, você mesmo fará. Mas se há algo impossível aos seus olhos, caminhe para os braços do Deus do
impossível. Deus do impossível e não Deus do possível!
26
Abandone de
vez a capa
Existe uma outra cegueira que é tanto ou mais séria
que a natural: a cegueira espiritual. A Bíblia Sagrada revela: “Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos
incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho.” (2 Coríntios 4.4.) Há um ditado popular que diz: “O
pior cego é aquele que não quer ver”.
Assim como Bartimeu, creio que você já deve ter ouvido muitos testemunhos. Creio que você já ouviu muita
gente falar das maravilhas de Jesus. Creio também que
este é o momento de você testemunhar da maravilha que
é servir a Jesus. Saiba, amado leitor, que a pessoa mais importante do universo se importa com você, com a sua dor,
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com o seu sofrimento, com a sua mágoa. Ele se entristece
pelos seus pecados, pelos vícios que têm destruído a sua
vida. Aquela era talvez a última oportunidade de Bartimeu, já que Jesus estava indo para Jerusalém. Se Bartimeu não tivesse aquele encontro e não se pronunciasse
por sua cura, talvez nunca mais ele a tivesse.
Essa pode ser a sua última chance. Você não precisa
dizer “Senhor, tem compaixão de mim”, porque Jesus tem
compaixão de você. Você não precisa pedir para Jesus ter
misericórdia de você, porque Ele também tem misericórdia de você. Mas é preciso que você, hoje, faça uma escolha. Eu estou aqui como aquele grupo que foi chamar
Bartimeu. Eu estou aqui para chamar você para vir para
os braços de Jesus. Eu estou aqui para dizer a você que
Ele o aceita, que o perdoa, que o restaura. Eu estou aqui
para chamar você para um encontro vivo com Jesus. Mas
é preciso que você escolha, de um salto, vir ter com Ele.
Escolha deixar a sua capa, aquilo que o está amarrando.
A capa pode ser o peso da sujeira do seu passado. Talvez
seja aquela capa que só você conhece, e ela jaz escondida no seu subconsciente, que muitas vezes você a tira e
se cobre com ela. Quantas vezes você tem tentado largar,
mas não tem conseguido.
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Conclusão:
uma questão
de escolha
Esta é a hora da sua escolha: ou a capa ou Jesus. A Palavra do Senhor é: “Que queres que eu faça?” Ele deseja fazer de você uma nova criatura. Ele deseja restaurar o seu
lar, encher o seu coração de amor e de vida. “Que eu torne
a ver.” Quem sabe você precisa de um milagre para tornar
a ver”. Ver seu esposo como esposo, ou sua esposa como
esposa. Tornar a ver os seus filhos como filhos, tornar a ver
a sua igreja como Igreja.
Você pode vir ao encontro do Senhor. “Ele disse: Vai, a
tua fé te salvou”. Se encontre com Jesus, agora. Você preci29
sa ver quem é Jesus, você precisa tomá-lo como Salvador
e Senhor. Venha! O Senhor o recebe! Deixe esta capa e
salte nos braços de Jesus. Ele o chama e diz: “Que queres
que eu te faça?” “Lançando de si a capa foi ter com Jesus”.
Não foi ter com uma religião, com um sistema filosófico
de vida, com uma força mental, mas com Jesus, o Filho
de Deus.
Você já foi ter com Jesus? Ninguém é a mesma pessoa
depois do encontro com Ele. Você é livre para vir ter com
Jesus ou continuar com esta capa imunda. Você é livre
para colocar um basta, para escolher uma vida comprometida com o Senhor. Você é livre para poder começar
tudo de novo.
“Que queres que eu te faça?” O Senhor o recebe, agora. O que vais escolher? A capa ou a compaixão? A graça
ou miséria? Seja tocado pela graça, e abandone de vez a
capa.
Deus abençoe!
Pr. Márcio Valadão
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JESUS TE
AMA E QUER
VOCÊ!
1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo
3.16.)
2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)
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3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para
o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem
ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)
4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se,
com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em
teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre
os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê
para justiça e com a boca se confessa a respeito da
salvação.” (Rm 10.9-10.)
5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo
em seu coração? Faça essa oração de decisão em
voz alta:
“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o
meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro
a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita
assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha
vida, amém”.
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6º PASSO: Procure uma igreja evangélica
próxima à sua casa.
Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.
Nossa igreja está pronta para lhe acompanhar
neste momento tão importante da sua vida.
Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.
Ficaremos felizes com sua visita!
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34
35
Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha
Gerência de Comunicação
Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão
CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG
www.lagoinha.com
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