Texto Dissertativo-Argumentativo Objetivo: Explicar ou desenvolver

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FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem – “figura” do latim
– aspecto, forma, aparência. Exercem
papel preponderante na construção do
sentido do texto literário.
QUAIS AS FIGURAS DE LINGUAGEM MAIS COMUNS?
1. Metáfora (Comparação subjetiva)
“Eu sou o pão da vida.”(Jesus Cristo- Jo 06;48)
2. Antítese: Contraste entre duas palavras ou ideias)
" Não existiria som se não houvesse o silêncio
não haveria luz se não fosse a escuridão. ” (Lulu Santos)
3. Paradoxo – Termos de sentido contrário ligados numa
mesma unidade de frase, reunindo ideias contrárias e
aparentemente inconciliáveis.
“O amor [...] é um contentamento descontente.“(Luís de Camões)
4. Comparação: Diálogo de alguma coisa com a outra, geralmente
ligado por conectivos: como, tal... como, tão... como.
“... Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira
alguma entrará nele.” (Jesus Cristo. Lc 18; 17)
5. Prosopopeia ou Personificação: Atribuir características humanas a
seres inanimados.
“Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal! ...”
(Fernando Pessoa)
6. Ironia: A intenção é ao contrário do que diz, tom crítico,humorístico
“Este motorista está de parabéns, só bateu o carro duas vezes esta
semana.”
7. Hipérbole: Exagero.
Ex: Há séculos tento falar com você.
Que eu queria poder te dizer sem palavras. Eu queria
poder te cantar sem canções. Eu queria viver morrendo
em sua teia.
Sou um velho diário perdido na areia(01). Esperando
que você me leia...”(Vander Lee – Esperando aviões)
“Amou daquela vez como se fosse a última/
Beijou sua mulher como se fosse a última.” (Chico Buarque - Construção)
“Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir. [...]
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair, Deus
lhe pague.” – (Chico Buarque - Construção)
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal! ...
quantas mães choraram,
Quantos filhos ... rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, Obra poética, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1990
“Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o
seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.” (Mt 12; 33)
“O deserto e a terra se alegrarão...” (Is. 35;01)
[...] Oh! Quantas dores!
Eu me afogava
Nas lágrimas desses amores. (Taiane Paixão. Sofrimento amoroso. TAL 2013)
[...] Que prende como um condenado [...]
(Paulo Maciel. Olhos verdes. TAL 2013)
DEUS
Mais que um filosofia
Mais que um ser supremo
Mais que um maestro [...]
A Orquestra que rege o mundo [...]
(Cristiana Alves. Deus)
Folha de S. Paulo. 31 de julho de 2000.
(ENEM - com alterações) Antítese é uma construção textual
que agrupa significados contrários. Para Garfield, a frase de
saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todas as
antíteses:
Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do
poema “O operário em construção”. Pode-se afirmar que há
antítese em:
A) "... o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário."
B)"... a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão."
C) "Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava."
D) "Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão."
MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
(ENEM - com alterações)
Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe(cidade) tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a:
A) hipérbole, que consiste em um exagero de determinada situação.
B) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção
crítica.
C) comparação, caracterizada pelo uso das palavras em situação de semelhança.
D) prosopopeia ou personificação, que consiste em personificar coisas inanimadas,
atribuindo-lhes vida.
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