leptospirose e a enfermagem

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Trabalho 468 - 1/3
LEPTOSPIROSE E A ENFERMAGEM
SILVA, Wandra Camila Penaforte da1
BEZERRA, Juliana da Fonseca²
CASTRO, Barbara Ingrid Lotife³
PAULINO, Danielle Rodrigues4
DESCRITORES: Leptospirose, Diagnósticos De Enfermagem, Cuidados De
Enfermagem
A leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada por uma bactéria
chamada Leptospira, presente na urina de animais infectados, com maior ênfase
nos da espécie Rattus norvegicus. Em áreas urbanas, o rato é o principal
reservatório da doença, é transmitida ao homem pela água das enchentes. O
contato da pele ou mucosas com a água ou lama contaminadas pela urina dos
ratos. A leptospirose pode apresentar-se de várias formas, desde um quadro
simples, parecido com uma gripe, até formas graves que podem levar à morte. A
leptospirose ocorre em todo o mundo, mais freqüentemente em regiões tropicais e
subtropicais onde o calor e as chuvas favorecem a sua transmissão. No Brasil, a
doença ocorre com maior freqüência em áreas urbanas e regiões metropolitanas,
onde as condições sanitárias precárias e a alta infestação de ratos aumentam o
risco de contrair a doença. O alto custo hospitalar, os dias de trabalho perdidos e o
elevado grau de letalidade, até 40% dos casos graves podem morrer, demonstram
a importância da leptospirose para a saúde pública. Os ratos urbanos (roedores
sinantrópicos) constituem o principal reservatório da doença. Outros, de menor
importância, são alguns animais domésticos (cães, bovinos, suínos, eqüinos,
ovinos e caprinos) e silvestres (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). A enfermagem
atua na prevenção da patologia por campanhas educativas e ensinando a
população que procura o sistema de saúde as técnicas de assepsia e no
1
Acadêmica do 5° semestre de graduação em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Participante do
Grupo de Pesquisa Saúde e Qualidade de Vida do Binômio Mãe-Filho. Bolsista do CNPQ,
[email protected]
² Acadêmica do 6° semestre de graduação em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Participante do
Grupo de Pesquisa Saúde e Qualidade de Vida do Binômio Mãe-Filho. Bolsista pelo Programa Aluno Voluntário de
Iniciação Científica (PAVIC/UNIFOR). Participante do Programa de Monitoria Voluntária (PROMOV) - Disciplina de
Semiologia e Semiotécnica, [email protected]
³ Acadêmica do 6º semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza - UNIFOR.
Participante do Grupo de Pesquisa Saúde e Qualidade de Vida do Binômio Mãe-Filho. Bolsista pelo Programa de
Monitoria Institucional (PROMON/UNIFOR) [email protected]
4
Acadêmica do 7° semestre de graduação em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Participante do
Grupo de Pesquisa Saúde e Qualidade de Vida do Binômio Mãe-Filho. Bolsista pelo Programa Aluno Voluntário de
Iniciação Científica (PAVIC/UNIFOR), [email protected]
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tratamento da doença, realizando a assistência de enfermagem individualizada e
voltada para o paciente e os familiares. Objetivos: conhecer a doença, as suas
formas de transmissão e os cuidados que a enfermagem realiza ao paciente com
leptospirose. Metodologia: o estudo foi uma revisão bibliográfica, onde baseia-se
na análise da literatura já publicada em livros, revistas, publicações avulsas,
imprensa escrita e até disponibilizada na internet. Resultados: os sinais e
sintomas mais freqüentes são: febre, dor de cabeça e dores pelo corpo,
principalmente nas panturrilhas; podem também ocorrer vômitos, diarréia e tosse.
Nas formas graves aparece icterícia e torna-se necessário internar o paciente. O
doente grave pode apresentar hemorragias, meningite, insuficiência renal,
hepática e respiratória, que podem levar à morte. Período de incubação: de 1 a 30
dias (média entre 7 e 14 dias). O modo de transmissão se dá em situações de
enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros,
mistura-se à enxurrada e à lama, e qualquer pessoa que tiver contato com elas
poderá infectar-se. As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente se
houver algum arranhão ou ferimento. O contato com água ou lama de esgoto,
lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios também facilitam a transmissão da
leptospirose (NEVES, 2005). Veterinários e tratadores de animais podem adquirir
a doença pelo contato com a urina, sangue, tecidos ou órgãos de animais
infectados. O tratamento é baseado no uso de medicamentos e medidas de
suporte, de acordo com os sintomas apresentados e deve ser conduzido sempre
por um médico (COURA, 2005). Os casos leves podem ser tratados em
ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. Exames realizados
para detectar a doenças são: o teste ELISA-IgM e o teste de microaglutinação
(MAT) estão disponíveis nos Laboratórios de Saúde Pública de todo o país. Estes
exames verificam a formação de anticorpos pelo organismo da pessoa doente, e
assim nos indicam se houve contato com a bactéria e se fomos infectados. Para
esclarecimento de mortes suspeitas existem outros exames histopatológicos e
imunohistoquímica, os quais utilizam fragmentos de coração, rins e fígado
(MINISTÈRIO DA SAÙDE, 20009). A enfermagem cuida dos pacientes de maneira
holística ressaltando as dificuldades dos pacientes para manter o tratamento e
para se defender das doenças, promovendo assim a educação e saúde da
população. Com isso a profilaxia da doença também é feita pela enfermagem.
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Conclusões: A partir do que foi visto no estudo, percebe-se que uma maneira de
se evitar a leptospirose é a educação em saúde, onde a equipe de enfermagem
pode orientar a população quanto aos riscos que o lixo encalhado pode trazer
durante a época de chuva. Que é perigoso para as crianças tomarem banho em
águas desconhecidas, pois estas podem ser reservatórios potenciais da bactéria.
Os trabalhadores da zona rural, dentro de suas condições pudessem usar
proteção nos pés para evitarem a doença.
Referências:
1. COURA, José Rodrigues. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias,
Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005.
2. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia, 2009
3. NANDA, Diagnósticos de enfermagem da NANDA, editora artmed, Porto
Alegre, 2006.
4. NEVES, David Pereira. Parasitologia humana, 11ª edição, editora Atheneu,
São Paulo, 2005.
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