Seleção Natural DNA codifica informações que em conjunto com ambiente influenciam fenótipo • Seleção Natural: Sobrevivência e reprodução diferencial de indivíduos na população • Valor Adaptativo: progênie gerada que sobrevive e reproduz na próxima geração • Seleção natural requer variação herdável para valor adaptativo (não basta sorte!) • Define valor adaptativo esperado de um genótipo em um ambiente específico Entre características que podem ser influenciadas por respostas geneticamente determinadas ao ambiente estão: • A Viabilidade no ambiente • Uma vez vivo, o sucesso reprodutivo no ambiente • Uma vez vivo e tendo reproduzido, a fertilidade ou fecundidade no ambiente. Estes são os componentes do valor adaptativo Seleção Natural O ambiente influencia a probabilidade de vários genótipos replicarem o seu DNA. Seleção Natural Seleção favorece um caráter que aumente o valor adaptativo. Enquanto valor adaptativo for herdável, as diferenças na contribuição à próxima geração induzidas pela seleção natural irão alterar o pool gênico. Indivíduos com maior valor adaptativo tendem a passar mais genes para a próxima geração. Seleção natural tende a aumentar o valor adaptativo médio da população. Enquanto valor adaptativo for herdável, as diferenças na contribuição à próxima geração induzidas pela seleção natural irão alterar o pool gênico. Este aumento do valor adaptativo médio é a adaptação ao meio ambiente. Valor Adaptativo (“Fitness”) • Embora seja individual, definimos em relação a grupos de indivíduos: – De mesmo genótipo – De mesmo fenótipo • Contribuição genética coletiva à próxima geração. • Evitem usar “a sobrevivência do mais apto”. • Porquê? – Vários argumentam que é tautológico. • Quem são os mais aptos? • Os que sobrevivem!!! – A maioria das pessoas não compreende os termos “sobrevivência” e “apto”. Seleção Natural em um locus único em um deme se reproduzindo ao acaso Freqüências zigóticas Meio Ambiente Viabilidades Freqüências no adulto ∝ Meio Ambiente Prob. acasalamento AA ZAA Aa ZAa lAA lAa Aa ZAalAa /l mAA mAa Freqüências em adultos que ∝ mAAZAAlAA acasalaram / lm Pool Gênico laa AA ZAAlAA /l AA Meiose aa Zaa 1*bAA maa aa Aa mAa ZAalAa /lm 1/ b 2 Aa aa Zaalaa /l maa Zaalaa / lm 1/ b 2 Aa 1*bAa A a p’= (bAAmAAZAAlAA + 1/2bAamAaZAalAa) / w q’= (baamaaZaalaa + 1/2bAamAaZAalAa) / w 1 Façamos wAA = bAAmAAlAA; wAa = bAamAalAa; waa = baamaalaa AA ZAA Freqüências zigóticas Meio Ambiente Valor Adaptativo Aa ZAa aa Zaa WAA WAa Waa AA Freqüências em adultos que ∝ Z W acasalaram pelo # prole AA AA Aa ZAaWAa aa ZaaWaa Converter para Freq ao dividir por µ = W = p2WAA+2pqWAa+q2Waa 1 Meiose Aa ZAaWAa / W 1/ 2 p’= ZAAWAA/W + ½ZAAWAa/W aa ZaaWaa / W 1/ 2 A Pool Gênico AA p2 Freqüências zigóticas Meio Ambiente Valor Adaptativo Freqüências em adultos que ∝ acasalaram pelo # prole Aa 2pq aa q2 WAA WAa Waa AA p2 WAA Aa 2pqWAa aa q2 Waa Aa 2pqWAa/W aa q2Waa/W Converter para Freq ao dividir por µ = W = p2WAA+2pqWAa+q2Waa AA ZAAWAA / W Freqüência de adultos que se acasalaram Façamos WAA = VAACAAbAA; WAa = VAaCAabAa; Waa = VaaCaabaa 1 a Freqüência de adultos que se acasalaram Meiose Pool Gênico q’= ZaaWaa/W + ½ZAaWAa/W Pool Gênico AA p2 WAA/W 1 1/ 2 1/ 2 1 A a p’= p2 WAA/W + pqWAa/W q’= q2 Waa/W + pqWAa/W Pool Gênico A a A a p’= p2 WAA/W + pqWAa/W q’= q2 Waa/W + pqWAa/W p’= p2 WAA/W + pqWAa/W q’= q2 Waa/W + pqWAa/W p’= p2 WAA/W + pqWAa/W p’= p2 WAA/W + pqWAa/W =( p2 WAA+ pqWAa)/W =( p2 WAA+ pqWAa)/W = p(pWAA+ qWAa)/W p’ = p(pWAA+ qWAa)/W Quando ocorrerá evolução? Quando ocorrerá evolução? ∆p = p’ - p = p(pWAA+ qWAa)/W - p = p[pWAA+ qWAa)/W - 1] ∆p = p[pWAA+ qWAa- W]/W Observe que W = W(p+q)=pW+qW ∆p = p[pWAA+ qWAa- W]/W = p[pWAA+ qWAa- pW - qW]/W =p[p(WAA-W)+ q(WAa-W)]/W 2 Quando ocorrerá evolução? Observe que W = W(p+q)=pW+qW ∆p = p[pWAA+ qWAa- W]/W Pool Gênico A p’= ZAAWAA/W + ½ZAAWAa/W ∆p a q’= ZaaWaa/W + ½ZAaWAa/W = [ZAA(WAA- W) + ½ZAa(WAa -W)]/W = p[pWAA+ qWAa- pW - qW]/W = p[ZAA(WAA- W) + ½ZAa(WAa -W)]/pW =p[p(WAA-W)+ q(WAa-W)]/W = p/W[ZAA(WAA- W) + ½ZAa(WAa -W)/p] Desde que p e W serão sempre > 0, esta é a única parte da equação que pode mudar de sinal e portanto determinar a direção da evolução sob seleção natural. Quando ocorrerá evolução? Quando ocorrerá evolução? O que é: O que é: p(WAA-W)+ q(WAa-W)? p(WAA-W)+ q(WAa-W)? Fenótipo médio do valor adaptativo Quando ocorrerá evolução? Quando ocorrerá evolução? O que é: O que é: p(WAA-W)+ q(WAa-W)? p(WAA-W)+ q(WAa-W)? Desvios genotípicos para o fenótipo médio do valor adaptativo Freqüência com que os desvios no valor adaptativo serão encontrados na população 3 Quando ocorrerá evolução? O que é: p(WAA-W)+ q(WAa-W)? Este é o excesso médio (Average Excess) do alelo A para o fenótipo do valor adaptativo Quando ocorrerá evolução? Quando ocorrerá evolução? ∆p = paA/W Seleção Natural será uma força evolutiva quando: p ≠ 0 ou p ≠ 1 (ou seja, quando existir variação genética), e aA ≠ 0 (ou seja, quando existir variação herdável para o valor adaptativo Para se entender seleção natural ∆p = paA/W Esta é a equação fundamental da Seleção Natural para genótipos mensurados. Apenas o componente herdável do valor adaptativo pode promover mudanças evolutivas por seleção natural. PENSE COMO UM GAMETA! A mutação Anemia Falciforme na África Um exemplo de seleção natural 4 Infecção de uma hemácia pelo parasita da malária O fenótipo da anemia falciforme • Células falciformes são filtradas preferencialmente no baço • células infectadas com malária são freqüentemente filtradas pois o processo de “virar falciforme” ocorre antes do parasita completar o ciclo de vida • O alelo S é portanto, um alelo autossômico, dominante para resistência à malária. A maioria de mortes devido a anemia falciforme e malária ocorrem antes da fase adulta. Lembrem-se que viabilidade é o fenótipo de viver até a fase adulta! Distribuição de anemia falciforme e malária na África e no mundo • Em um ambiente sem malária, o alelo S é um alelo recessivo para viabilidade uma vez que apenas os homozigotos desenvolvem a anemia falciforme. • Em um ambiente com malária, o alelo S é um alelo sobredominante para viabilidade uma vez que apenas os heterozigotos são resistentes à malária e não desenvolvem anemia falciforme. Duas complicações para esta simples estória na África: • Malária epidêmica é recente na maioria da África tropical úmida, e o processo de adaptação à malária na África ainda não está em equilíbrio. Malária epidêmica na África ICELAND MADAGASCAR 5 Malária epidêmica na África Malária epidêmica na África Esta colônia introduziu a complexa agricultura Malásia nesta região ICELAND MADAGASCAR Há cerca de 2000 anos atrás, uma colônia Malásia-Indonésia estabeleceu-se em Madagascar Malária epidêmica na África Esta agricultura foi assimilada por povos que falavam Bantu, e se seguiu uma grande expansão dos Bantu na África há cerca de 1500 anos atrás. Malária epidêmica na África A agricultura Malásia na África • É associada a uma agricultura de corte e queima: Fornece habitat e sítios de criação para Anopheles gambiae, o principal mosquito vetor da malária. • Resulta em alta densidade local de populações humanas que são necessárias para estabelecer e manter malária como uma doença comum. Duas complicações para esta simples estória na África: • • Malária epidêmica é recente na maioria da África tropical úmida, e o processo de adaptação à malária na África ainda não está em equilíbrio. Existe um terceiro alelo, Hemoglobina C, também envolvido na adaptação à malária na África. 6 Hb-A, S e C A Mutação Hemoglobina C Genótipos Hb-S Anemia AA AS SS AC CS CC Sim Sim NÃO Não Não Não (Severa) (Leve) Hb-A GTG GAG Valina Resistência à Não Sim Malária Sim Não Sim Sim Hb-C Viabilidade sem Malária 0.2 1 0.7 1 Ácido Glutâmico AAG 6o Códon 1 Estes valores podem ser usados como valores adaptativos relativos Lisina Hb-A, S e C Genótipos AA AS Anemia Não Não SS Hb-A, S e C AC CS CC Sim Sim NÃO Não (Severa) (Leve) Resistência à Não Sim Malária Sim Não Sim Sim Viabilidade sem Malária 0.2 1 0.7 1 1 1 Os alelos A e S definem uma doença genética autossômica recessiva: A seleção irá garantir que continue rara, mas será difícil de eliminá-la em uma população acasalando-se ao acaso. Hb-A, S e C Genótipos AA AS Anemia Não Não SS AC CC Sim Sim Não NÃO (Severa) (Leve) Sim Não Sim Sim Viabilidade sem Malária 1 0.2 1 0.7 1 1 0.2 0.9 0.7 1.3 Viabilidade 0.9 com Malária Genótipos AA AS Anemia Não Não SS AC CS CC Sim Sim Não NÃO (Severa) (Leve) Resistência à Não Sim Malária Sim Não Sim Sim Viabilidade sem Malária 0.2 1 0.7 1 1 1 Os alelos A e C definem um conjunto de alelos neutros em um ambiente sem malária: Suas freqüências são determinadas pela deriva genética, migração e mutação. Hb-A, S e C CS Resistência à Não Sim Malária 1 1 Viabilidades relativas observadas na África Tropical • CC é o melhor genótipo, de longe! • Se seleção natural é a “sobrevivência do mais apto”, então a freqüência do alelo C e do genótipo CC devem aumentar. • Ao contrário do que se diz, a seleção natural não é a “sobrevivência do mais apto.” • Seleção natural é variação herdável no valor adaptativo, portanto, pense como um gameta: Qual gameta terá o maior excesso médio (ou seja, terá filhos que serão em média os melhores)? 7 Valor adaptativo médio inicial após transição para a agricultura Malásia Pool gênico inicial pré-Malária pS=.005 pC=.005 A pA = 0.99 pS=.005 pC=.005 A pA = 0.99 Com acasalamento ao acaso, fenótipo médio = W = 0.901 Fenótipos iniciais após transição para a agricultura Malásia pS=.005 pC=.005 A pA = 0.99 Genótipos Viabilidade c/ Malária Desvios genotípicos (W = 0.901) AA AS SS AC CS CC 0.9 1 0.2 0.9 0.7 1.3 -.001 .099 -.701 -.001 -.201 .399 Fenótipos iniciais após transição para a agricultura Malásia Fenótipos iniciais após transição para a agricultura Malásia Genótipos AA AS SS AC CS CC Viabilidade com 0.9 1 0.2 0.9 0.7 1.3 Malária Desvios Genotípicos -.001 .099 -.701 -.001 -.201 .399 (W = 0.901) aA = -0.0005 aS = 0.0935 aC = 0.0000 Pool Gênico após várias gerações de seleção em um ambiente com malária ∆px = pxax/W aA = -0.0005 aS = 0.0935 aC = 0.0000 A resposta adaptativa inicial a um ambiente com malária é: diminuir A, aumentar S, deixar C do mesmo jeito A pA = 0.95 W = 0.907 S pS = 0.045 pC = 0.005 8 Pool Gênico após várias gerações de seleção em um ambiente com malária Pool Gênico após várias gerações de seleção em um ambiente com malária pC=.005 A pA = 0.95 Genótipos Viabilidade com Malaria Desvios genotípicos (W = 0.907) S .045 AA AS SS AC CS CC 0.9 1 0.2 0.9 0.7 1.3 -.007 .093 -.707 -.007 -.207 .393 Pool Gênico após várias gerações de seleção em um ambiente com malária pC ≈ 0 A pA ≈1-pS Genótipos Após a resposta adaptativa inicial a malária, seleção natural continua a diminuir A aumentar S, e diminuir C aA = -0.003 aS = 0.055 aC = -0.014 S pS AA AS SS AC CS CC Viabilidade c/ Malária 0.9 1 0.2 0.9 0.7 1.3 À medida que pS aumenta, W aumenta e os desvios genotípicos ficam cada vez mais negativos. Portanto, a seleção natural elimina o alelo C. Um equilíbrio por seleção natural irá ocorrer apenas quando ∆p = 0 para todos os alelos. A pA = 1-pS S pS aA = (1-pS)(0.9-W)+pS(1-W) = aS = (1-pS)(1-W)+pS(0.2-W) Coeficientes de Seleção (s) – mede o valor do valor adaptativo do genótipo em relação a alguma referência Um equilíbrio por seleção natural irá ocorrer apenas quando ∆p = 0 para todos os alelos. A pA = 1-pS Genótipos S pS AA AS SS Viabilidade c/ Malária 0.9 1 0.2 aA = (1-pS)(0.9-W) + pS(1-W) = 0 = aS = (1-pS)(1-W) + pS(0.2-W) Um equilíbrio por seleção natural irá ocorrer apenas quando ∆p = 0 para todos os alelos. A pA = 1-pS S pS aA = (1-pS)(0.9-W)+pS(1-W) = aS = (1-pS)(1-W)+pS(0.2-W) (1-pS)(0.9)+pS(1) = (1-pS)(1)+pS(0.2) 0.9+0.1pS = 1-0.8pS 0.9pS = 0.1 pS = 0.1/0.9 = 0.11 Portanto, em equilíbrio, pS = 0.11 e pA=0.89 9 As freqüências alélicas no equilíbrio são mantidas por seleção natural em um polimorfismo balanceado As freqüências alélicas no equilíbrio são mantidas por seleção natural em um polimorfismo balanceado A pA = 0.89 A pA = 0.89 S pS=0.11 A pA = 0.89 WAA = 0.9 Este balanço ocorre porque quando pS < 0.11, aS > 0 (resistência à malária domina o excesso médio), e quando pS > 0.11, aS < 0 (a anemia domina o excesso médio) Um equilíbrio por seleção natural irá ocorrer quando ∆p = 0 para todos os alelos. O equilíbrio S pS=0.11 AA 0.79 S pS=0.11 AS 0.20 SS 0.01 WAS = 1 WSS =0.2 aA = p(wAA-w) + (1-p)(wAa-w) = (1-p)(waa-w) + p(wAa- w) = aa pwAA + (1-p)wAa = pwAa + (1-p)waa (1-p) (wAa - wAA) = p(wAa -waa) Se considerarmos WAa = 1, temos que (1-peq) t = peqs peq = t / (s+ t) No equilíbrio, existe variação genotípica no valor adaptativo, mas não existe variação genética aditiva (Excessos médios = 0). Duas respostas possíveis à Malária A pA ≈1 peq = t / (s+ t) • Seleção tem dois efeitos: – Promover mudança adaptativa – Impedir alteração ao impedir alteração do status quo pS ≈ 0 pC ≈ 0 A pA = 0.89 S pS=.11 C pC = 1 10 Duas respostas possíveis à Malária Duas respostas possíveis a Malária A pA ≈1 A pA ≈1 pS ≈ 0 pC ≈ 0 A pA = 0.89 S pS=.11 pS ≈ 0 pC ≈ 0 A pA = 0.89 C pC = 1 S pS=.11 C pC = 1 Com uma exceção 1. O genótipo mais apto é eliminado 1. O genótipo mais apto é fixado 1. O genótipo mais apto é eliminado 2. Valor adaptat. médio vai de .9 a .91. 2. Valor adaptat. médio vai de .9 a 1.3. 2. Valor adaptat. médio vai de .9 a .91. 2. Valor adaptat. médio vai de .9 a 1.3. 3. 20% dos indivíduos tem viabilidade relativa de 1 e 80% ou tem anemia ou susceptibilidade à malaria. 3. 100% dos indivíduos tem viabilidade relativa de 1.3 e nenhum tem anemia ou susceptibilidade à malaria. 3. 20% dos indivíduos tem viabilidade relativa de 1 e 80% ou tem anemia ou susceptibilidade à malaria. 3. 100% dos indivíduos tem viabilidade relativa de 1.3 e nenhum tem anemia ou susceptibilidade à malaria. Hb-A, S e C Genótipos Viabilidade sem Malaria AA AS 1 1 Hb-A, S e C SS AC CS CC 0.2 1 0.7 1 Genótipos AA AS SS AC CS CC Viabilidade sem Malária 0.2 1 0.7 1 1 1 S é um alelo recessivo, deletério em relação a A, portanto, seleção natural irá mantê-lo raro em um ambiente pré-Malária. C é um alelo neutro em relação a A, logo, algumas vezes o alelo C terá sua freqüência aumentada por deriva. Imagine que existisse um deme com este pool gênico antes da agricultura começar A pA = 0.95 pS=.005 1. O genótipo mais apto é fixado C .045 Fenótipos iniciais após transição para a agricultura Malásia Genótipos AA AS SS AC CS CC Viabilidade com Malaria 0.9 1 0.2 0.9 0.7 1.3 Desvios genotípicos (W = 0.902) aA = -0.001 aS = 0.081 aC = 0.015 -.002 .098 -.702 -.002 -.202 .398 A resposta adaptativa inicial a um ambiente com malária é o aumento da freqüência de S e de C. 11 Pool Gênico após várias gerações de seleção em um ambiente com malária A pA = 0.78 .05 C 0.17 S Pool Gênico após várias gerações de seleção em um ambiente com malária Genótipos AA AS SS AC CS CC Viabilidade com Malária 0.9 1 0.2 0.9 0.7 1.3 Desvios Genotípicos (W = 0.914) -.01 .09 Após a resposta adaptativa inicial à malária, a seleção natural continua a reduzir A, aumentar C, e agora também irá reduzir S. aA = -0.009 aS = -0.005 aC = 0.044 -.71 -.01 -.21 .39 Existe uma correlação negativa entre as freqüências de S e C em regiões com malária na África 0.25 0.20 C Allele Frequency o.15 0.10 o.o 5 o.o o.o o.o 5 0.10 o.15 S Allele Frequency in 72 West African Populations Excesso médio de C em ambiente com malária Excesso médio de C em ambiente com malária 12 Adaptação por seleção natural Adaptação por seleção natural Adaptação por seleção natural depende da história: Adaptação por seleção natural depende também do presente: Quais mutações estão presentes e quais suas freqüências. Destas condições iniciais, a seleção natural modifica o pool gênico a partir da perspectiva do gameta até que não haja mais herdabilidade para o valor adaptativo (ou seja, não exista mais variação genética aditiva). Como vocês esperam que este sistema se adapte caso não haja acasalamento ao acaso, e sim uma pequena endogamia? Genótipos AA AS Anemia SS AC CS CC Sim Sim Não Não Não NÃO (Severa) (Leve) Resistência à Não Sim Malária Sim Não Sim Sim Viabilidade sem Malária 1 0.2 1 0.7 1 1 0.2 0.9 0.7 1.3 1 Viabilidade 0.9 com Malária Adaptação como um processo poligênico • Variação na região de Hbβ foi uma forma das populações se adaptarem à malária, mas não foi a única. • Mais de 300 mutações independentes foram identificadas para G6PD, que está envolvida em estresse oxidativo celular. Tais deficiências limitam capacidade de Plasmodium de sobreviver nas células. • Mutações associadas à talassemia também foram associadas à resistência a malária. Mais de 80 mutações induzem à α- talassemia e mais de 200 a β - talassemia. Quais mutações estão presentes, quais suas freqüências e como eles se encontram (sistema de acasalamento). Como vocês esperam que este sistema se adapte à malária caso não haja acasalamento ao acaso, e sim uma pequena endogamia? Como vocês esperam que este sistema se adapte caso não haja acasalamento ao acaso, e sim uma pequena endogamia? • Como vimos, a existência de endogamia aumenta a freqüência de homozigotos e diminui a de heterozigotos na população. • A vantagem do alelo S se expressa em heterozigose e a desvantagem em homozigotos SS, logo, um aumento da endogamia aumentará a seleção contra S • Por outro lado, a vantagem do alelo C se expressa em homozigose e a desvantagem em heterozigotos, logo, um aumento da endogamia aumentará a seleção favorável a C Adaptação por Seleção Natural • O curso da adaptação é sempre restrito pela disponibilidade de variação genética. • Mesmo pressões de seleção uniformes podem criar respostas adaptativas diferentes. • Adaptação em geral envolvem vários loci, com funções bioquímicas, celular e/ou no desenvolvimento distintas. 13