O Efeito da Halitose no Convívio Social do Portador

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1. INTRODUÇÃO
Atualmente muitos pesquisadores pesquisam o mau hálito, mau odor ou
simplesmente a halitose, termo mais apropriado que vem sendo causa para grande
preocupação. Este problema já afeta cerca de 40% da população brasileira segundo uma
pesquisa realizada pela ABPO (Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da
Boca) e quase 50% da população em todo o mundo (Tárzia,2003).
No estado americano da Califórnia no Centro de pesquisas de Halitose desta
Universidade foi constatado que 60% da população americana é portadora de halitose crônica
e quase 100% é portadora de halitose esporádica como acordar com o mau hálito pela manhã.
É difícil exatificar o número exato ou da percentagem da população que de quem tem mau
hálito,pois ainda não existe um critério de diagnóstico aceito universalmente,segundo
Tarzia(2004).
De acordo com Varella (2006), outra causa da halitose com origem na boca é a
má conservação dos dentes, inflamação gengival, restos de alimentos entre dentes com
abscessos. De 5% a 10% dos casos são provocados por inflamações das fossas nasais; 3% têm
a sua origem em processos infecciosos localizados nas amígdalas, e apenas 1% em outras
localizações
Pesquisas realizadas por Wolf (1998) revelam que, entre os fatores mais
perturbantes para uma pessoa são: a possibilidade de ter mau hálito,a preocupação com a
limpeza dos dentes,estética,assim como apresentar socialmente uma dentição limpa,sem
resíduos de alimentos entre os dentes.
Conforme pesquisas de Koishi e Ugadim (2006), há uns 3,5 mil anos, o médico
grego Hipocrates (460-400 a.C.) já prescrevia para meninas um bochecho de vinho com ervas
aromáticas para melhorar o hálito, desenvolvendo para este fim uma solução de anis, vinho e
sementes aromáticas que em utilizadas para enxágüe bucal.
Na simbologia, este é um dos métodos mais simples da antiguidade para
amenizar os efeitos da halitose na convivência interpessoais e afetivos das sociedades antigas.
A halitose não distingue sexo, raça, religião, idade, enfim não existe um padrão
para a sua ocorrência. A boca tem um papel muito importante na auto-estima, o individuo
com mau hálito poderá ter problemas seríssimos no relacionamento afetuoso, emocional,
social e profissional.
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Através de uma observação empírica deste problema em minha unidade básica
de saúde localizada no distrito chamado de Itapeim dentro da circunscrição do município de
Beberibe, afastado a exatos 35 km, observei que muitos pacientes que chegavam até o
consultório odontológico para uma consulta marcada, queixava-se de mau odor sentido na
boca. Os próprios pacientes relatavam isto como uma experiência desagradável que já os
estavam atrapalhando dentro do seu convívio social. O Cirurgião-Dentista do programa de
saúde da família é de fundamental importância para a melhoria da qualidade de vida destes
pacientes, pois seu contato com a boca é direto pode como deve ajudar em muito a prevenir a
halitose assim como as seqüelas causas das por possíveis rejeições de parentes, amigos e
familiares.
A minha interação com os outros profissionais como médicos, enfermeiros,
agentes comunitários de saúde do programa de saúde da família torna-se muito importante,
pois grande parte do insucesso do tratamento vém do não conhecimento abrangente dos
fatores causais da halitose.
A preocupação de ser portador de um hálito desagradável, segundo Martins
(1998), já era muito presente desde a sociedade antiga. O homem já mascava madeiras com
fragrâncias para perfumar o seu hálito, ou até mesmo com a intenção de torná-lo mais suave.
O ¨lanadum¨, é uma resina derivada de uma arvore chamada Pistacia lentiscus que teria sido
usada para perfumar o odor, por milhares de anos, o hálito dos homens que viviam nos países
do Mediterrâneo. Ainda hoje, entre as pessoas é comum o habito de mascar chicletes de menta
ou de gengibre e fazer bochechos com soluções contendo uma série de diferentes princípios
ativos, até mesmo de natureza antiinflamatória como, por exemplo, o Flogoral,um doa
colutórios prescritos por médicos e dentistas. (Rosenberg et al,1995).
Estes artifícios citados acima são apenas meros paliativos, pois a cura ou o
controle da halitose deve-se realmente procurar um dentista para saber a causa do mau
halito.Este profissional interado com outros saberá lançar um correto tratamento. É
incontestável que a halitose é um sintoma incomodo e desagradável para o seu portador,
quando este se dá conta do problema sua vida pessoal e profissional já está devastada quase
que totalmente. Dá a importância de uma intervenção profissional abalisada.
Segundo Tárzia(2000),o Cirurgião-Dentista é entre os demais profissionais,o
que mais entra em contato com pacientes e tem condições de verificar e alertar sobre as
alterações do hálito e instituir um plano de tratamento adequado para a maioria dos casos.
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Citações como esta só vem a colaborar com as normas de boa apresentação e
interação social que incluem: boa aparência e demonstração de cuidados corporais. A boa
aparência como sem dúvida é um elemento facilitador para trocas sociais, pois o indivíduo
aprende avaliar-se segundo a apreciação dos outros. Percebe que a sua imagem conta mais
que a sua experiência, a habilidade, os afetos e o caráter, uma vez que acredita que será
julgado, inicialmente pela visibilidade exterior (Wolf, 1998).
No Brasil este tipo de problema já deu origem a uma entidade específica, a
ABPO (Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca), criada em 1998.
Nos dias 21 e 22 de abril de 1998, o mundo produziu uma conferencia internacional sobre o
tema, realizada em Londres. Na universidade de São Paulo a halitose ganhou status de
disciplina desde 2001 e é estudada na pós-graduação de Estomatologia da Faculdade de
Odontologia de Bauru (Faccio,2006).
As halitoses na cavidade bucal tém sua origem pela presença de dois
orivetores:os Compostos Orgânicos Voláteis(COV),de origem putrefativa,como por exemplo
o fenol,cadavérica e aminas e os Compostos Sulfurados Voláteis(CSV),como por exemplo o
sulfidreto,metilcarptana e dimetilsulfeto,oriundos da doença periodontal e da saburra
lingual,segundo Tárzia (2003).
Há uma forte crendice de que o estomago provoque alterações no hálito. Podese afirmar que, com base em diversas pesquisas, apenas 1% das causas da halitose está
associada a problemas gástricos (Oeding, 2001).
O problema da halitose é tão grande que muitas pessoas, em determinados casos
desenvolvem um mau hálito imaginário só pelo fato de estarem preocupadas com a sua
aparência ou, simplesmente com a sua apresentação social. A halitose pode ser entendida
como uma alteração senso-perceptivo que pode ser causado por distúrbios que alteram a
percepção do paladar (disgeusia) e/ou do olfato (cacosmia) do pseudoportador, levando-o,
realmente a crer que tem mau hálito chegando ate desenvolver uma alucinação olfatória
segundo Gorender(2006).
Muitas classificações foram criadas por pesquisadores e estudiosos para ajudar na
classificação do assunto, conseqüentemente o seu diagnóstico e tratamento. Muitas entidades
despertaram o direito de se interessar pela halitose, mas em especial o dentista tem mais
percepção para o diagnóstico e tratamento mais adequado. Todavia, com a interação com o
médico o odontólogo deve ser capaz de identificar e distinguir quando a halitose é
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manifestada por complicações sistêmicas, como as alterações hepáticas e pulmonares e
encaminhar o paciente ao médico especialista.
A halitose é um sintoma, e não pode como não deve ser confundida como
doença. Uma série de fatores bucais pode ser causador desta anomalia e uma série de fatores
de ordem médica podem se associar. Segundo pesquisas cerca de 80%dos fatores são de
origem bucal, eminentemente, como cita kolbe, (2003).
Segundo Uliana & Briques (2003) homens e mulheres portadores de halitose,
em diferentes faixas etárias tendem a se tornarem mais tímidos e inibidos com o passar do
tempo, pois ficam inseguros diante de outras pessoas causando graves problemas de baixa
estima à sua auto-imagem, problemas de relacionamento levando a conseqüências nefastas às
relações afetivas, emocionais, psicológicas e sociais.
O fétido odor bucal pode indicar a existência de alterações orgânicas, podendo até
ser fisiológica, patológica, mas ainda, um problema de higiene (Dutra; Dutra, 2005).
Muitos ou quase a totalidade dos problemas sentidos pela comunidade onde
exerço o que aprendi na faculdade de Odontologia pode ser de fácil solução, apenas uma
questão de se interessar pelo problema do outro que está necessitando.
Um projeto de intervenção neste sentido é de essencial importância, pois a
halitose é um problema que afeta grande parte da população como um todo. No distrito em
que atuo não poderia ser diferente, onde a situação da higiene bucal da comunidade é muito
precária, até mesmo, devido à condição social, econômica e cultural. Muitos não têm a
mínima condição financeira de come que é uma condição básica da necessidade humana,
avalie bem você de comprar uma escova ou creme dental. Em situações como esta de péssima
higiene bucal favorece em muito as doenças periodontais como a gengivite e a periodontite.
Causas essenciais para o aparecimento da halitose.
Uma intervenção, no caso dos sintomas da halitose, seu tratamento é bastante
conhecido e simples de instituir. Nos postos de saúde da prefeitura de Beberibe é gratuito.
Podemos fazer, juntamente com o paciente um sistema de orientação da sua higiene bucal,
controlando os efeitos do mau hálito e até mesmo chegarmos a uma cura.
Os benefícios e melhorias na consolidação de um projeto como este reflete na
saúde bucal dos pacientes do distrito de Itapeim assim como um acréscimo da auto-estima
personificado na imagem da pessoa e melhorando em muito a qualidade dos relacionamentos
tanto afetivos como profissionais. E não deixando de citar a saúde psicológica de cada um.
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Dentro de uma sociedade onde somos muito cobrados, pacientes da minha
comunidade muitos se queixavam de odores transmitidos pela boca e muitos diziam como
dizem que: ¨... boca pôde é caso de se ir ao dentista do posto... ¨.
A halitose não causa incapacidade física, podendo o paciente ser um perfeito ator
para controlar os seus efeitos devastadores de ordem sociais e psicológicos. Como não é uma
doença, a halitose não é contagiosa.
Pode até parecer um exagero, mas as atenções voltadas para a halitose são
justificadas, pois estas revelam que, muitas vezes se manifesta de uma forma silenciosa, o
mau hálito tem um incrível potencial devastador à saúde psicológica e emocional do portador
(Uliana,2003).
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2. OBJETIVOS
2.1-Objetivo Geral:
•
Implementar, de forma integrada, medidas de prevenção e controle da halitose no
município de Beberibe-Ceará, buscando reduzir os casos e minimizando as conseqüências
psicossociais que podem ocasionar uma alteração do hálito.
2.2-Objetivos Específicos:
•
Realizar capacitação entre os profissionais de saúde, instruindo-os a respeito das novas
técnicas para prevenção e controle da halitose.
•
Realizar ações integradas de educação em saúde, comunicação e mobilização social
no município com a intenção de conscientizar a população a aderir a um conjunto de práticas,
quanto a manutenção da higiene oral, para a prevenção de novos casos.
•
Promover discussões na equipe de saúde da unidade com o intuito de expor os
problemas e barreiras encontrados no tocante à identificação dos novos casos.
•
Acompanhar, em parceria, com os outros profissionais de saúde da família a busca
ativa de novos casos, tanto na unidade de saúde quanto na comunidade.
•
Fortalecer as ações do serviço de saúde do município para uma melhoria na qualidade
do tratamento da halitose.
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3. REVISÃO DA LITERATURA
Segundo Tárzia(2003),o odor pode ser definido como a qualidade de uma
substância ou de uma mistura que possa ser percebida através do nariz ou da boca sem o
contato físico com a substância,exceto em sua forma volátil.
Existe outra definição para o odor como sendo uma propriedade que pode ser
sentida pelo homem ou por um ser vertebrado superior por inalação da cavidade nasal ou na
cavidade oral provocando uma impressão na área olfatória do corpo a qual pode durar por
algum tempo, e que resulta o resultado da inalação é distinto da sensação de ver, ouvir, sentir,
sabor ou tato, e que não cause choque, irritação, frio, calor, secura, umidade e outras
sensações estranhas na área olfatória (Tarzia,2004).
O limiar de percepção do odor varia de dia para dia, dependendo também das
condições como resfriado, inflamação nasal e fadiga. Lesões de qualquer natureza,
principalmente inflamatória, em nível de receptores olfativos, são capazes de alterar de forma
temporária ou permanente a percepção de odores (Tarzia,2003).
O reflexo de uma boa saúde bucal exalada através do bom hálito do homem podese apresentar inodoro ou ligeiramente perceptível, variando desde o agradável até o odor
pútrido. Neste parâmetro a halitose pode ser definida como sendo uma anormalidade do
hálito, segundo Mareano e Souza (1986).
O hálito matinal não pode ser considerado um caso grave de halitose, pois seu
odor é considerado fisiológico. Isto acontece devido à leve hipoglicemia, a redução do fluxo
salivar para virtualmente zero durante o sono, ao aumento da flora bacteriana anaeróbica
proteolítica. Sendo assim 100% da população mundial sofreria de halitose, o que não é
verdade, de acordo com Neves (2002).
Segundo Tonzetich (2003), a abordagem, cientificamente falando, para o estudo
da halitose vem atraindo diversas áreas da saúde, em especial a Odontologia. Muito antes da
década de 30, já havia uma centena de citações sobre a halitose e os seus efeitos que
consistiam em pareceres sem estudos nem comprovações científicas. Entre as décadas de 40 e
50, surgiram numerosos estudos que acabaram por resultar em informações sobre as possíveis
causas e as condições que favoreciam o aparecimento da halitose. Uma conclusão preliminar
sobre estes estudos foi que a halitose pode ser ocasionada por condições desfavoráveis de
ordem fisiológica ou patológica, com origem sistêmica, nasofaringe ou bucal, mas que a
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maioria dos casos, principal causa tem origem fisiológica envolvendo a cavidade oral,
especialmente a superfície da língua.
O hálito costuma variar de acordo com a idade do individuo, como: quando recém
nascido e até os cinco anos, o hálito costuma apresentar um caráter adocicado; quando jovem
e no adulto se apresenta neutro e nos anciões é forte e freqüentemente desagradável, de
acordo com Kolbe(2003).
Segundo Nadanovsky(2003),a halitose ou o mau hálito é um odor desagradável
detectado na respiração que sai ou da boca do nariz ou de ambos.É um sintoma que pode ser
caracterizado pela emanação de odores mal cheirosos formados nas vias aéreas superiores,na
cavidade bucal e/ou sistematicamente,o qual pode ser sinalizado por uma alteração
patológica,um processo adaptativo ou uma variação fisiológica.A halitose revela que algo no
organismo está em desequilíbrio,que tem de ser detectado e tratado.
De acordo co Varella (2006), outra causa da halitose com origem na boca é a má
conservação dos dentes, inflamação gengival, restos de alimentos entre dentes com abscessos.
De 5% a 10% dos casos são provocados por inflamações das fossas nasais; 3% têm a sua
origem em processos infecciosos localiados nas amígdalas, e apenas 1% em outras
localizações.
Na concepção de Boelter (1999), muitos são as causas relacionadas com a halitose,
podendo ter uma origem local ou sistêmica, sendo que as de origem local são mais freqüentes.
Estas de origem local, o mesmo autor destaca as cáries, a placa bacteriana, peças protéticas,
gengivites,
periodontites,
presença
de
sangue
nos
interstícios
dentários,
pericoronarites,alteração na composição da saliva,língua saburrosa e priodontopatias.
Segundo Yaegaki & Sanada (1992), a etiologia e a fisiopatologia da halitose
mostra que as principais causas do mau hálito estão diretamente relacionada com a cavidade
oral, com gengivite, a peridontite,e a língua saburrosa.
A redução da saliva pode ser um importante favorecimento para o aparecimento do
mau hálito, pois ela constitui um importante mecanismo de ¨clearence¨ e lubrificação da
cavidade oral, além de participar do controle da flora bacteriana, de acordo com Barberine
(2006).
A boca seca, comumente, conhecida na área medica e odontológica como
xerostomia, é causada, principalmente pela diminuição do fluxo salivar. Acomete, co
intensidade e duração variáveis, um grande número de pessoas e suas causas podem variar
consideravelmente.
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3.1-Etiologia
Conforme pesquisadores, Uliana.Briques e Conti (2002),um dos pioneiros na
investigação cientifica da halitose e suas causas,na modernidade,foi o Dr.Joe Tonzetich
(1924-2000),o
qual
tem
grandes
méritos
ao
estudar
ao
Compostos
Sulfurados
Voláteis(CSV).Foi ele quem inicialmente descreveu ao vários eventos clínicos relacionados
com o mau hálito oral.
Existem ainda relatos mais significantes envolvendo a halitose de forma mais
aguda com odores relacionados ao dorso da língua (MAREANO & SOUZA, 1996; DE
BOEVER & LOESCHE, 1995; ROSEMBERG, 1994). Realizaram um estudo no qual
constataram o papel das bactérias orais e sua interação no desenvolvimento da halitose na
superfície da língua.
Quanto às causas da halitose que se relacionam com a cavidade auditiva, nasal e
orofaríngea, estas incluem a faringite crônica, a sinusite purulenta e o gotejamento pós-nasal,
sendo que, esta ultima conforme Rosenberg (1994) é uma condição, freqüentemente,
associada à regurgitação esofágica. Sua percepção por parte dos pacientes é apenas de um
liquido que escorre pela garganta, que vem da cavidade nasal. Uma condição, que se
estabelece é a da mucosa nasal, atrófica, que se apresenta na forma de crostas, chamada
ozena,que também pode levar a formação da halitose.
A sensação de boca seca é algo muito desagradável, visto principalmente nos
idosos. As principais causas da xerostomia são: mau hálito, dificuldade para mastigar e
deglutir, língua rachada ou avolumada, feridas na boca, tosse seca, paladar reduzido, pigarros,
e como conseqüência possa aparecer cáries dentárias, candidiases,doenças gengivais,infecções
nas glândulas salivares e o famigerado mau hálito,segundo Barberine (2006).
Segundo Koishi & Ugadin (2006), problemas oclusais,disfunção da articulação
temporo mandibular(DTM),alterações na mobilidade da língua(pós-AVC,lesão do nervo
hipoglosso),paralisia facial fissuras palatinas e disfagia podem dificultar
o processo de
mastigação e deglutição,possibilitando o acúmulo de restos alimentares dentro da cavidade
oral.Restos alimentares em decomposição e debris celulares nas criptas das amígdalas formam
o caseum que também tem papel importante na gênese da halitose.
Rosemberg et al (1995),citam as dentaduras,também como as grandes vilãs como
etiologia para a o aparecimento da halitose,particularmente quando elas são usadas durante o
sono.O mau cheiro é ocasionado pela saliva estagnada durante o sono,tanto que em um
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individuo onde os níveis de mau odor,durante o dia são inversamente relacionados ao fluxo
salivar,de acordo Rosemberg & Culloch (1992).
A halitofobia é um quadro no qual a pessoa que é acometida sofre por demais e se
preocupa muito com toda a razão. O medo exagerado em relação à halitose, com componente
psicossomático gera alterações comportamentais muito importantes. O mau hálito tem sido
associado à hipocondria ou desordens obssessivos-compulsivos (Oxtby & Field, 1994, apud
Lindhe (2005).
De acordo com Kolbe (1998), a halitose tem mais de 50 origens e é muito raro
encontrar casos clínicos com uma origem apenas, daí o fato de se dizer que ela é multifatorial
e multidisciplinar.
A halitose é um mal que atinge diversas pessoas em todo o mundo, que causa
transtornos tanto na vida pessoal como na vida profissional. Ela pode ser facilmente,
eliminada ou controlada por uma simples higiene oral. Sua base de estudo está pautada em 15
anos sobre o caso, chamando de mau cheiro, a halitose (KOLBE, 1998).
Dra.Kolbe (1998), chegou à conclusão que só após uma correta higienização da
língua é possível se curar da halitose, já que 90% dos casos de halitose são expressos pelo
acúmulo de bactérias na língua, que origina uma placa denominada de saburra lingual.
Temos uma falsa impressão que o estomago é o causador da halitose, e isto precisa
sim ser corrigido. Segundo Tarzia (2003), as pessoas leigas atribuem o fato de ter mau hálito a
problemas estomacais,pois isto só ocorre aqui no Brasil,pois no resto do mundo todos os
profissionais da área médica sabe que a halitose é causada por problemas ocorridos dentro da
boca.
De acordo com Kolbe (1998), a ausência de halitose momentânea só acontece
quando as bactérias ficam armazenadas em pequenas bolsinhas entre as papilas linguais e
nelas realizam trocas químicas com o novo alimento. Este é o motivo pelo qual a halitose
desaparece após uma refeição.
Com toda segurança o que se pode afirmar que se a halitose for uma causa
estomacal, ela só poderá ser desenvolvida através de erupções gástricas, ou seja, na forma de
um arroto. É sabido que na posição de repouso, a zona cárdia se encontra contraída e pressão
do esfíncter é ligeiramente superior a intragástrica, o que impede, assim, um refluxo do
conteúdo ou de fermentações do estômago para o esôfago (Grein et al,1982;Massler,1981
apud Tarzia,2003).
20
Na tentativa de determinar a possível causa da halitose, Tarzia em 1990 decidiu
juntar mais informações, de uma forma mais objetivam e racional, a ponto de enumerá-las e
assim conseguir compreender o melhor mecanismo pelos quais o mau hálito pode aparecer,
seja de origem local ou sistêmica, e também qual relação existe entre o que era local e a
verdadeira causa primaria, que poderia ser sistêmica.
Para Crispin & Sampaio (1999), apenas uma minoria dos portadores de mau hálito
indicaram uma patologias sistêmicas, sendo que estas deveriam ser preferencialmente,
diagnosticadas e tratadas. A saliva tem a função de funcionar como um liquido de
desintoxicação, pois através dela inúmeras substancias nocivas ao organismo são secretadas
pela glândula salivar.Sua função de proteger é realizada pela a ação se substancias
antimicrobianas,como também participa da manutenção do equilíbrio.
Uliana (2002) lembra que o Helicobacter pilory é uma bactéria Gram negativa
microaerofílica reconhecida como um fator etiológico na gastrite pilórica, úlcera peptídica
gástrica e duodenal e tambem têm sido associadas ao desenvolvimento de carcinoma gástrico
e halitose.
3.2-Classificação da Halitose
Segundo Tarzia (2003), do ponto de vista clínico, a halitose pode ser classificada
na prática, como:
•
Halitose originada na boca: compostos sulforados voláteis e outros compostos
odoríferos.
•
Halitose originada nas fossas nasais: compostos sulforados voláteis e outros
compostos odoríferos.
•
Halitose originada na corrente circulatória e que escapa através dos pulmões:
odorivetores de origem metabólica.
•
Halitose por causas raras: origem sistêmica, com manifestações bucais, nasais ou dos
pulmões.
3.3-Halitoses de Causas Orais
Segundo Tárzia (2003) a halitose é oriunda de causas orais em sua maioria a uma
porcentagem de 10% de outras causas.
21
• Halitose por Gengivite
A presença da gengivite é o primeiro sinal da má higiene oral do indivíduo, com
grandes sinais de biofilme que lhe dá origem. O sangramento com degradação protéica é
suficiente para causar o mau hálito.
• Halitose por Periodontite
A periodontite de progressão lenta tem como uma de suas características a
inflamação gengival, a formação de bolsa e a perda óssea, podendo ser localizada ou
generalizada. Nessas bolsas ficam bactérias anaeróbicas fermentando proteínas, com
permanente produção de gases, ou seja, compostos voláteis sulfurosos. Temos ainda a
Perodontite de Progressão Rápida do Adulto ou Peridontite Juvenil.
• Halitose por Desidratação
Qualquer possibilidade que leve a desidratação causara mau hálito.
• Halitose por Peças Protéticas Porosas
O acúmulo de placa é facilitado por material protético poroso sobre a sua
superfície.
• Halitose do Estresse Psicológico
A adrenalina é liberada na corrente sanguínea e esta mesma é produzida, devido
o organismo estar sobre estresse emocional. Isto inibe o fluxo salivar e é motivo para a
halitose aparecer.
• Halitose por Língua Saburrosa
A saburra aparece em primeiro lugar como a principal causa do mau hálito. Ela
é constituída como uma massa sobre o dorso da língua fissurada, formada por bactérias, restos
alimentares, saliva e células de descamação do epitélio bucal. Essa saburra leva a fermentação
de alimentos, com liberação de gases à base de enxofre
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• Halitose por Biofilme
Também conhecido por placa dental ou placa bacteriana, é a causa da gengivite
e doença periodontal,recobre o tártaro e por si só produz o mau hálito.
• Halitose por Língua Fissurada
Uma língua fissurada pode ser lateral ou longitudinal que tende a acumular uma
imensa quantidade de saburra lingual, com dificuldade de sua higienização.
• Cáseo
São locais ideais, as criptas nas tonsilas palatinas, para o acumulo de bactérias e
restos alimentares, células descamadas, tudo servindo para a formação do Cáseo que é
extremamente fétido.
• Abscesso Periodontal
A presença de pus, restos necróticos, sangue na bolsa periodontal,é mais que
suficiente para a liberação de gases mau cheirosos e formação de mau hálito.
• Abscesso Gengival
Há fermentação mau hálito no abscesso gengival, a semelhança do abscesso
periodontal.
• GUN (GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE)
A ulceração e necrose da gengiva marginal e ponta da papila causam odor fétido.
Essa destruição tecidual e putrefação causam um odor, extremamente desagradável.
• Pericoronarite
A semelhança do abscesso periodontal citado, o material que fica retido sob o
capuz gengival é produtor de gases mau cheirosos.
•
Halitose Matinal
Essa halitose ao acordar é uma característica fisiológica, e todos a possuem. A
glicemia do jejum baixa, não havendo glicose para o organismo metabolizar, ele irá queimar
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gorduras gerando odores desagradáveis. O fluxo salivar diminuído favorece em muito esta
condição, pois sua redução vai quase a zero. Diminuindo a saliva, aumenta o número de
bactérias, e, perde-se a lavagem arraste mecânico de partículas alimentares feitos pela saliva.
.
•
Halitose Diabética
O odor característico dos diabéticos não compensados, como cetônico.
•
Halitose por ingestão de alimentos de odor carregado
Alguns alimentos como o alho, a sardinha, o repolho, o brócolis, as frituras, os
molhos, embutidos, comidas gordurosas entre outros são produtores de gases a nível
intestinal. Esses gases são absorvidos pela corrente sanguínea e liberados no pulmão, sendo
posteriormente exalados na forma do odor desagradável.
•
Halitose por alterações renais
Algumas pessoas por deficiência renal podem liberar para a corrente sanguínea
composta que serão liberados a nível pulmonar. Podem ter hálito urêmico,ou seja hálito com
odor de urina,isto aponta para uma uremia grave.
•
Halitose fecal
Todo gás absorvido pelo organismo e diluído no sangue é eliminado pelo
pulmão, portanto pessoas com prisão de ventre intensa ou distúrbios intestinais podem ter
hálito fecal.
• Cárie dental
O acúmulo de restos alimentares com degradação protéica e decomposição
tecidual gera a halitose.
•
Halitose por medicamentos
Drogas lícitas ou ilícitas quase todas reduzem o fluxo salivar. Reduzindo o fluxo
salivar teremos a halitose.
•
Tabagismo
Tanto pela redução do fluxo salivar como pela impregnação das substâncias do
cigarro.
24
• Próteses Fixas
Próteses fixas mal adaptadas fazem a retenção de alimentos e formação de
biofilme e sangramentos.
3.4-Outros tipos de Halitose
• Halitose da Fome e do Regime
• Halitose da Boca Seca
• Halitose por Alterações Morfológicas da Língua
• Halitose por Neoplasia
• Halitose por Estomatite
• Halitose por Míliase
• Halitose por Faringite
• Halitose Policitemia Vera
• Halitose por Crioglobulinemia
• Halitose por Hemofilia
• Halitose por Magroglobulinemia
• Halitose por Absorção de Substâncias Através da Pele e/ou Mucosas
• Halitose por Alterações Hepáticas
• Halitose por Alterações gástricas
• Halitose da Febre Reumática
• Halitose por Escorbuto
• Halitose por Cisto Dentígero
• Halitose por Cicatrização de Feriadas Cirúrgicas
• Halitose por Hipoglicemia
• Halitose por Higiene Bucal Deficiente
• Halitose por Corpos Estranhos na Região Nasal ou Aero-Digestiva
• Halitose por Estados Febris
• Halitose por Alterações Intestinais
• Halitose por Desordens Neuropsíquicas
• Halitose por Leucemia
• Halitose por Sífilis
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• Halitose por Herpes Simples
• Halitose por Doença de Von-Willembrand
• Halitose por Anemis Aplásica
• Halitose por Doença Exantematica
• Halitose por Granuloma Eosinofílico
• Halitose por Doença de Hand-Schüller-Christian
• Halitose por Agranulocitose
• Halitose por Mononucleose
• Halitose por Trombocitemia
• Halitose por Granulomatose de Wegner
• Halitose por Doença de Letterer-Siwe
• Halitose por Purpura Trombocitopenica
• Halitose por Retículo-Endotelioses Não Lípidicas
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4-METODOLOGIA
Este trabalho de conclusão de curso foi realizado com base de pesquisa de artigos
científicos, livros específicos, revistas, periódicos, sites especializados na área odontológica e
dados das fichas clínicas da unidade de saúde do Itapeim em Beberibe-Ce.
Experiências trocadas com outros profissionais da área médica e odontológica
foram à fonte principal para o esqueleto deste trabalho. Foram usados banco de dados como a
Bireme e o Medline.
De acordo com Tarzia (2000) o tratamento da halitose, é de se esperar que os
dentistas com toda sua condição sejam capazes de identificar as razões para o seu
acontecimento. O paciente portador de halitose, muitas vezes, se torna arredio e complexado
por sua condição.
4.1-Cenário da Intervenção
Localizado aproximadamente a 70 km da capital Fortaleza, o município de
Beberibe é uma das cidades ao litoral leste do Estado do Ceará, com uma população estimada
em 40 mil habitantes.
No tocante a administração, o município está dividido em cinco Secretárias que
organizam dentro de sua célula cada planejamento para a execução da política pública
municipal.
Composta de uma rede de postos de saúde que seguem ao Programa de Saúde da
Família (PSF), a Secretária de Saúde subsidia 13 unidades básicas de saúde, onde a população
desfruta dos mais diversos serviços de saúde a nível primário com 100% de cobertura
populacional de equipes de saúde da família.
Dispõe ainda de um Centro de Saúde com consultórios, laboratórios para exames
clínicos, ambulatórios isolados e um Hospital, onde diversos atendimentos podem ser
realizados a nível secundário e terciário, respectivamente.
O local mais precisa desta intervenção será o distrito do Itapeim que está situado
a 35 km do município sede em um cenário onde está localizada uma unidade saúde, composto
atualmente por um dentista, um médico, uma enfermeira, quatro auxiliares de enfermagem e
27
uma auxiliar de consultório dentário que prestam serviços de atenção básica a 940 famílias
divididas em 15 localidades assistida por 17 agentes comunitários de saúde (ACS).
4.2-Sujeitos da Intervenção
A intervenção será realizada com todos os profissionais de saúde da unidade
(dentista, médico, enfermeira, auxiliares de enfermagem e de consultório dentário e agentes
comunitários de saúde) e, principalmente pacientes que possam apresentar os seguintes
aspectos abaixo enumerados:
1. Ter mau hálito e desconhecer o fato
2. Ter mau hálito e ser conhecedor do fato
3. Não ter o mau hálito, porém não acredita tê-lo
4. Ter o mau hálito e não se importar para o fato
4.3-Procedimentos da Intervenção
Uma de intervenção de tamanha magnitude necessita de um estudo prolongado e
seguir uma seqüência de passos traçados previamente de acordo com o planejamento
para que sua execução não cause imprevistos de natureza incerta.
1º-passo: Realizar um curso com 30 horas, onde cada membro da equipe de saúde da
família receberá cartilhas, panfletos e apostilas com informações a respeito da origem, das
causas e dos efeitos da halitose e com as devidas instruções de como identificar os casos.
Cada participante também terá as orientações cabíveis para o desenvolvimento das ações.
2º-passo: Promover sessões educativas tanto nas escolas como na unidade básica de saúde,
tornando a população informada a respeito de como ocorre à halitose e o que pode ser feito
para prevenir e controlá-la. Sensibilizando quanto a adotar um conjunto de práticas para a
manutenção da higiene oral.
3º-passo: Promover reuniões para serem discutidas as dificuldades e as barreiras que
porventura ocorreram na identificação dos casos e no que diz respeito à comunicação entre os
profissionais, propor soluções pontuais baseadas em sugestões dos próprios membros da
equipe de saúde da família e planejar ações estratégicas para a melhoria da adesão ao
tratamento.
4º-passo: Catalogar e tabular os novos casos, durante a busca ativa, que venham a surgir na
comunidade para assim ser traçado um perfil de avaliação das ações integradas com os outros
profissionais e se necessário, traçar o panorama de uma nova estratégia.
28
5º- passo: Implantar
nas unidades básicas de saúde uma ficha técnica de controle direcionada
para os casos de halitose, a fim de orientar de forma mais precisa no tocante ao seu diagnóstico e
tratamento, como no posterior monitoramento dos casos suspeito desta desagradável alteração do
hálito, devidamente notificados, assim como implantar uma célula sentinela para o registro da
ocorrência de novos casos.
6°-passo: Instituir um tratamento adequado e gratuito na unidade básica de saúde para o
paciente portador de halitose, onde o mesmo será o ator principal da terapia sendo orientado a
respeito da dieta e sobre as técnicas para se exercer uma boa higiene oral no intuito de
combatermos os sintomas da halitose até atingirmos a cura ou ao menos o controle desta
sintomatologia desagradável da alteração do hálito.
.4.4-Resultados Esperados
Com as ações, devidamente, executadas nesta intervenção no município de
Beberibe, esperamos que seja possível realizar uma articulação entre todos os profissionais
envolvidos no processo de prevenção e controle da halitose.Com esta proposta,otimizaremos
o processo de enfrentamento desta sintomatologia reduzindo a incidência de novos casos.Com
as visitas dos agentes comunitários de saúde nas residências,as sessões educativas tanto nas
escolas quanto na unidade básica de saúde manteremos a comunidade informada das causas e
os efeitos da halitose para a sua devida prevenção e controle .Objetivamente,esperamos
minimizar os danos psicológicos do efeito da halitose ao paciente no âmbito do seu convívio
social, melhorar a sua auto-imagem, através da auto-estima, conscientização do paciente para
a manutenção de uma boa higiene oral,fortalecer o serviço de saúde do município registrando
os casos no prontuário do paciente,em períodos de controle ou cura,para se instituir o
tratamento adequado o quanto mais cedo possível e implantar na unidade básica de saúde uma
célula sentinela para o registro da ocorrência de novos casos.
4.5-Avaliação da Intervenção
A avaliação da intervenção, com o intuito de promover permanentemente o
acompanhamento da Intervenção, no tocante a avaliação dos resultados que porventura
obteremos e no possível norteamento ou readequação do planejamento adotado, será feita
mediante o uso de formulários e fichas clínicas junto à coordenação do Projeto em serviços
de saúde e na comunidade compostos de mensuradores, onde existirá uma escala de zero a
29
cinco com tópicos sugestivos a respeito do grau de satisfação dos pacientes e pessoas do
seu convívio para avaliarmos se o odor do hálito diminuiu ou aumentou ou ainda está
constante, com o monitoramento dos indicadores dentro do espaço de tempo de um mês,
dois meses, três meses e seis meses.
Após o período de seis meses serão comparados os indicadores do final do
tratamento aos do início, para analisarmos se o tratamento instituído,bem como as ações
integradas com outros profissionais de saúde,surtiu o efeito desejado, lembrando que o
grau de satisfação do paciente será de total relevância para esta avaliação.
30
5-CRONOGRAMA
As ações obedeceram ao seguinte cronograma a serem realizadas ao segundo
semestre de 2009, onde será seguido cada passo quanto a execução do planejamento junto a
coordenação do Projeto de Intervenção.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
AÇÕES
Apresentação da proposta de intervenção
JUL
2009
AGO SET OUT NOV
DEZ
X
ao gestor municipal de saúde do município
de Beberibe-Ceará.
Realizar um curso com 30 horas, para a
X
capacitação dos profissionais de saúde
onde cada membro da equipe de saúde da
família receberá as devidas instruções de
como identificar os casos.
Promover sessões educativas tanto nas
X
X
X
X
X
escolas como na unidade básica de saúde.
Promover reuniões para serem discutidas
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
as dificuldades e as barreiras que
porventura ocorreram na identificação dos
novos casos e no que diz respeito à
comunicação entre os profissionais.
Catalogar e tabular os novos casos,
durante a busca ativa, que venham a surgir
na comunidade
Implantar nas unidades básicas de saúde
uma ficha técnica de controle direcionada
para os casos de halitose.
X
31
Instituir um tratamento adequado e
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
gratuito na unidade básica de saúde para o
paciente portador de halitose.
Avaliar os objetivos propostos pela
intervenção.
32
6. ANEXOS
33
FORMULÁRIO DE BUSCA ATIVA DA HALITOSE
Estado:________________________________ Data:____________________
Município:______________________________Localidade:_______________
Período Revisado:_________________________________________________
A-BUSCA ATIVA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
1-Nome do serviço de saúde:________________________________________
2-Tipo de Estabelecimento:
( ) Público ( ) Privado ( ) Outro
3- Tipo de Atendimento:
( ) Consulta Ambulatorial ( ) Emergência ( ) Internação
4-Busca Ativa Realizada:
( ) Livro de Registro ( ) Prontuário ( ) Ficha de Atendimento
5-Contatos:
( ) Dentista
( )Médico
( ) Enfermeiro
( )Agente Comunitário de Saúde
( ) Aux. de Enfermagem
( )Assiste de Consultório Dentário
( ) Técnico em saúde Bucal
( ) Técnico em Enfermagem
( ) Outros
6-Total de Atendimento Revisado:______________________________________
7-Número de Casos Suspeitos de Halitose:________________________________
8-Conclusão dos Casos:
( )Halitose Crônica ( ) Halitose Aguda
OBS: Atendimento revisado,se houver registro de halitose,ler com atenção a história clínica
para verificar se é compatível com o caso suspeito.
34
B-BUSCA ATIVA NA COMUNIDADE
1-localidade:________________________________________________________
2-Entrevista ( ) sim
Visita Domiciliar ( ) sim
( ) não
( ) não
Nº de entrevistados:________________
Nº de entrevistados:________________
3-Entrevista a profissionais de saúde:
( ) Dentista
( ) Médico
( ) Enfermeiro
( ) Agente Comunitário de Saúde
( ) Aux. de Enfermagem
( ) Assiste de Consultório Dentário
( ) Técnico em saúde Bucal
( ) Técnico em Enfermagem
( ) Outros
4-Número de Casos Suspeitos Encontrados:
Suspeitos
Número
Notificados
Investigados
Não
Notificados
Halitose
35
FICHA CLÍNICA PARA CONTROLE DA HALITOSE
Nome:_________________________________Profissão:____________________
Município:______________________________Localidade:__________________
Data de Nascimento:______________________Sexo:_______________________
Estado Civil:________________________________________________________
Início do Tratamento:___________________Término do Tratamento:___________
ANAMNESE
• Dieta Alimentar:
Café da Manhã:_______________
Almoço:_____________________
Jantar:______________________
Lanches:_____________________
• Quantas vezes por dia escova seus dentes?________________________________
• Suas gengivas sangram facilmente? ( ) sim ( ) não
• Usa fio dental? ( ) sim ( ) não
• Está fazendo tratamento médico ou usando alguma medicação? ( ) sim ( ) não
Qual?__________________________---______________________________
• Costuma se alimentar com alimentos condimentados? ( ) sim ( ) não
Qual?___________________________________________________________
• Sofre de alguma destas enfermidades? ( ) Diabetes ( ) Tuberculose
( ) Distúrbios gastrintestinais ( ) Outros:________________________________
• Tipo de respiração ( ) Nasal ( ) Bucal
• Problemas de amígdalas ou sinusite? ( ) sim ( ) não
EXAME INTRA-ORAL
• Higiene: ( ) Normal ( ) Regular
( ) Deficiente
• Tártaro: ( ) Ausente ( ) Moderada ( ) Forte
• Gengiva: ( ) Normal ( ) Gengivite ( ) Periodontite
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• Mucosa: ( ) Normal ( ) Alterada
• Língua:_________________________________________________________
• Palato:__________________________________________________________
• Lábios:__________________________________________________________
• Soalho Bucal:_____________________________________________________
• Outras obs:_______________________________________________________
AVALIAÇÃO DA HALITOSE
Período
1ºmês
2ºmês
3ºmês
6ºmês
1 ano
0
1
2
0
1
2
3
4
5
3
PÉSSIMO
RUIM
BOM
MUITO BOM
ÓTIMO
EXCELENTE
4
5
37
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