I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” URGÊNCIA, EMERGÊNCIA E CUIDADOS CRÍTICOS EM ENFERMAGEM I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 90 LESÕES CARDIOVASCULARES RELACIONADAS TORÁCICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA AO TRAUMATISMO Sara Viotti Nuñez Enfa. Cinthia Carvalho de Saccól Prof. Esp. Bruno Vilas Boas Dias As complicações do traumatismo torácico resultam em lesões cardiovasculares de difícil reversão. Considerando este contexto, o presente artigo teve como objetivo identificar as principais lesões cardiovasculares relacionadas ao traumatismo torácico e estabelecer a importância do conhecimento do enfermeiro em relação as mesmas. Foi realizada uma revisão de literatura nas Bases de dados LILACS, BDENF, SCIELO e MEDLINE de 2000 à 2010. As principais lesões relacionadas ao trauma torácico são: Contusão miocárdica, compressão, ruptura do septo interventricular, insuficiência da tricúspide, lesão cardíaca, ruptura da aorta e tamponamento cardíaco. Os achados revelaram que é necessário ao enfermeiro conhecer o mecanismo do trauma, tal como suas lesões para prestar uma melhor assistência de enfermagem com eficiência e qualidade. Descritores: Trauma; Trauma Torácico; Acidentes. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 111 O ENFERMEIRO E OS PRINCÍPIOS ÉTICOS NO PRONTO SOCORRO Prof. Esp. Ademir Alves de Melo (UNIANCHIETA) A ética consiste nos princípios ou padrões que determinam a conduta apropriada, o termo origina-se da palavra grega “ethos”, que significa costume. Frente ao acelerado processo de desenvolvimento tecnológico na área da Saúde, a singularidade do paciente; emoções, crenças e valores; ficou em segundo plano. Agir de forma ética permite ao profissional reconhecer suas próprias responsabilidades e seus deveres para com o outro. Podendo, então, orientar e agir de forma ética em seus comportamentos OBJETIVOS:1) Identificar o conhecimento dos enfermeiros quanto ao conceito de ética.2) Verificar aspectos gerais sobre princípios éticos relacionados à atuação do enfermeiro no Pronto Socorro.METODOLOGIA:Estudo natureza descritivoexploratória, realizado em uma instituição de Ensino Superior na cidade de São Paulo, constituída por uma de vinte alunos do curso de Pós-graduação de Enfermagem em Pronto Socorro. Neste tipo de pesquisa, o cientista observa, registra analisa e correlaciona fatos , mas não os manipula. RESULTADOS: Entre os entrevistados 100%%, referem saber o significado do termo ética, porém somente 55% souberam responder sobre o significado do termo “ethos”. 15% dos entrevistados afirmam que o pronto socorro não encontra dificuldades de agir de forma ética.Os principais motivos que levam o enfermeiro agir de forma não ética no pronto socorro são:1. Interação dos valores culturais e sociais dos pacientes com o profissional.2. Pelo excesso de trabalho que possuem no pronto socorro.3. Por não saberem da importância da ética profissional.CONCLUSÃO:Concluímos que hoje em dia é fundamental que o profissional de enfermagem esteja em constante atualização do código de ética profissional, pois para o paciente é de total importância ser reconhecidos os seus valores, crenças e costumes, incentivando e motivando a continuidade do seu tratamento. Descritores: Ética em Enfermagem. Aspecto Ético, Serviço Hospitalar de Emergência. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 123 INFECÇÃO HOSPITALAR: PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA E A HIGIENE ORAL Enfa. Esp. Luciana Mateus Gonçalves Enf. Dr. José Carlos de Oliveira Infecção hospitalar é um indicador de qualidade importante para a elaboração de metas e procura por melhoria contínua nos serviços de saúde. Objetivo: reconhecer a importância da higiene oral para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica na terapia intensiva. Métodos: Foram utilizados artigos, livros, teses de mestrado e protocolo com descritores: higiene oral, pneumonia, cuidados em terapia intensiva e fisiologia da respiração. Foi realizado um levantamento do produto mais indicado para a realização da higiene oral; a relação entre a pneumonia e o biofilme oral; aquisição da pneumonia na terapia intensiva por outros motivos. Resultados: A pneumonia bacteriana o tipo comum de pneumonia. A intubação aumenta de 7 a 21 vezes o risco para a pneumonia . O uso de substâncias antimicrobianas minimiza a formação de placa dental, reduzindo a adesão de colonizadores bacterianos na superfície dental diminuindo o crescimento e a proliferação de microrganismos, e conseqüente aspiração e desenvolvimento da pneumonia. A realização de higiene oral em pacientes intubados com clorexidina oral 0,12% no mínimo três vezes ao dia é uma conduta recomendada para a prevenção contra pneumonia, e é uma medida de baixo custo. Conclusão: Apesar de não existir nenhum trabalho que expresse o real impacto da higiene oral na prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica, a higiene oral não deve ser tratada como um procedimento assistencial simples e corriqueiro, visto que a boca é um local propício para o desenvolvimento de patógeno e esses podem ser aspirados pelo paciente levando-o ao desenvolvimento da pneumonia. Descritores: Infecção Hospitalar; Pneumonia Aspirativa; Intubação; Respiração Artificial; Higiene Bucal. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 132 REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR Cynthia de Oliveira Folla (FACCAMP) Cassia Donizeti dos Santos (FACCAMP) Nayara Ribeiro Leal (FACCAMP) Regina Celia de Souza Castros (FACCAMP) A importante atualização das novas diretrizes para reanimação cardiopulmonar tende a melhorar a pratica da reanimação e a sobrevivência de pacientes críticos, ou seja, com parada cardíaca. Com cerca de 17 milhões de óbitos/anos, as doenças cardiovasculares causam um terço das mortes em todo mundo, por essa razão, as novas diretrizes de RCP aumentam os requisitos para profissionais de saúde e simplificam o ensino para leigos atenderem a vitimas de parada cardíaca. O objetivo foi revisar as principais alterações nesta pratica segundo as recomendações das duas últimas diretrizes e ressaltar as diferenças obtidas e atualizar quanto ao novo procedimento. Método Trata-se de um estudo de Levantamento de documentos relacionando as diretrizes de RCP, descrevendo as principais mudanças das normas. As diretrizes utilizadas foram American Heart Association´s dos anos de 2005 e 2010. Resultado: A finalidade das novas recomendações é promover boa circulação durante a parada cardíaca, sendo que a alteração mais importante é a ênfase na qualidade das compressões torácicas. Houve a eliminação do procedimento “ver, ouvir, e sentir se há respiração”, a respiração será analisada quando o socorrista for verificar se o paciente estiver respondendo. Caso o socorrista estiver sozinho, após 30 compressões devera aplicar 2 ventilações de resgate. A profundidade da compressão se estabilizou em 2 polegadas, que se iguala a 5 cm. E a mudança do procedimento de A-B-C para C-A-B. Ressalta-se que o socorrista nunca deve interromper a compressão torácica para verificar o ritmo cardíaco antes de terminar os 5 ciclos, ou aproximadamente 2 minutos da manobra de RCP, somente após esse período que o socorrista deve observar o pulso e ritmo do mesmo. Considerações finais O conhecimento e atualização quanto as novas diretrizes são fundamentais para que se tenha uma otimização no atendimento a PCR. Por isso é importante a equipe de enfermagem esteja atualizada em relação às novas diretrizes, pois cabe a ela a responsabilidade pelos cuidados intensivos ao paciente com PCR, durante e após a RCP. Por meio da avaliação permanente e da realização de procedimento e técnicas que complementam a terapêutica medica, embasando para diretrizes para assistência de enfermagem, garantindo a continuidade de um trabalho integrado. Descritores: Parada Cardiorrespiratória, Reanimação Cardiopulmonar, Enfermagem. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 132 REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR: ANÁLISE DAS DIRETRIZES Cynthia de Oliveira Folla (FACCAMP) Cassia Donizeti dos Santos (FACCAMP) Nayara Ribeiro Leal (FACCAMP) ReginaCelia de Souza Castros (FACCAMP) Profa. Dra. Silvia Maria Ribeiro Oyama (UNIANCHIETA, FACCAMP, UNINOVE) Introdução: A importante atualização das novas diretrizes para reanimação cardiopulmonar tende a melhorar a pratica da reanimação e a sobrevivência de pacientes críticos, ou seja, com parada cardíaca. Com cerca de 17 milhões de óbitos/anos, as doenças cardiovasculares causam um terço das mortes em todo mundo, por essa razão, as novas diretrizes de RCP aumentam os requisitos para profissionais de saúde e simplificam o ensino para leigos atenderem a vitimas de parada cardíaca. O objetivo foi revisar as principais alterações nesta pratica segundo as recomendações das duas últimas diretrizes e ressaltar as diferenças obtidas e atualizar quanto ao novo procedimento. Método Trata-se de um estudo de Levantamento de documentos relacionando as diretrizes de RCP, descrevendo as principais mudanças das normas. As diretrizes utilizadas foram American Heart Association´s dos anos de 2005 e 2010. Resultado: A finalidade das novas recomendações é promover boa circulação durante a parada cardíaca, sendo que a alteração mais importante é a ênfase na qualidade das compressões torácicas. Houve a eliminação do procedimento “ver, ouvir, e sentir se há respiração”, a respiração será analisada quando o socorrista for verificar se o paciente estiver respondendo. Caso o socorrista estiver sozinho, após 30 compressões devera aplicar 2 ventilações de resgate. A profundidade da compressão se estabilizou em 2 polegadas, que se iguala a 5 cm. E a mudança do procedimento de A-B-C para C-A-B. Ressalta-se que o socorrista nunca deve interromper a compressão torácica para verificar o ritmo cardíaco antes de terminar os 5 ciclos, ou aproximadamente 2 minutos da manobra de RCP, somente após esse período que o socorrista deve observar o pulso e ritmo do mesmo. Considerações finais O conhecimento e atualização quanto as novas diretrizes são fundamentais para que se tenha uma otimização no atendimento a PCR. Por isso é importante a equipe de enfermagem esteja atualizada em relação às novas diretrizes, pois cabe a ela a responsabilidade pelos cuidados intensivos ao paciente com PCR, durante e após a RCP. Por meio da avaliação permanente e da realização de procedimento e técnicas que complementam a terapêutica medica, embasando para diretrizes para assistência de enfermagem, garantindo a continuidade de um trabalho integrado. Descritores: Parada Cardiorrespiratória, Reanimação Cardiopulmonar, Enfermagem. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 145 COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À COMPRESSÃO MANUAL MECÂNICA APÓS CATETERISMO PERCUTÂNEO FEMORAL VERSUS Prof. Ademir Alves de Melo (UNIANCHIETA) Deylson Silva de Oliveira (UNIANCHIETA) Livia Guskuma Kame (UNIANCHIETA) Mary Yuriko Maeda (UNIANCHIETA) INTRODUÇÃO: Com o aumento da incidência de doenças cardiovasculares nas últimas décadas, chegando a 30% das causas globais de mortes em 2005, necessitouse de métodos intervencionistas menos invasivos, eficazes e com menos complicações. O cateterismo é um procedimento minimamente invasivo, onde é inserido um cateter por acesso periférico para injeção de contraste para visualização de estruturas cardiocirculatórias. Os locais de acesso utilizados são a artéria femoral, artéria braquial e artéria radial Após o procedimento, é retirado o introdutor e aplicado curativo compressivo entre 20 e 40 minutos, que pode ser realizado por meio mecânico ou manual. As principais complicações são hematomas e sangramentos, pseudo-aneurisma, fístula arteriovenosa, oclusões trombóticas, trombose arterial e oclusão, perfuração arterial, hematoma retro peritoneal e embolização periférica e são associadas a doenças como Diabetes, tabagismo, cardiopatia isquêmica, lesão do tronco da coronária esquerda e uso de anticoagulantes. OBJETIVOS: 1. Comparar a técnica de compressão mecânica versus manual. 2. Verificar incidência das principais complicações vasculares comparada aos dois métodos de compressão. 3. Relacionar as complicações com as comorbidades. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de natureza descritiva exploratória, com aproximadamente 76 pacientes. Foi garantida a livre escolha de participação do paciente. Este estudo foi aprovado pelos comitês de ética do centro de diagnósticos cardiovascular e unianchieta. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A média de idade dos pacientes foram 55,9 anos, com desvio padrão de 11,9, sendo 42,1% do sexo feminino e 47,9% sexo masculino. As complicações encontradas na compressão mecânica (65,% dos pacientes) foram dor 14 (18,4%), hematoma 6 (7,9%). As comorbidades mais prevalentes nesse grupo foram HAS e tabagismo. A compressão manual (34,2% dos pacientes) apresentou dor 8 (10,5%), hematoma 3 (4%) e sangramentos 1 (1,3%). As comorbidades nesse grupo foram HAS, tabagismo e DM. Deve ser levada em consideração a razão e proporção entre os tipos de curativo. CONCLUSÃO: Concluímos que a compressão mecânica possui eficiência maior, comparada à compressão manual, levando em consideração a proporção dos métodos de compressão. Descritores: doenças cardiovasculares, Complicações, cateterismo. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 154 OS PRINCIPAIS ASPECTOS DA TRAQUEOSTOMIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Prof. Esp. Ademir Alves de Melo (UNIANCHIETA) Marianne Guimarães Pereira (UNIANCHIETA) INTRODUÇÃO: A traqueostomia na maioria das vezes está indicada nos pacientes com tempo prolongado de Ventilação mecânica. Refere-se ao procedimento cirúrgico que realiza uma abertura e exteriorização da luz traqueal sendo um dos procedimentos cirúrgicos mais comumente realizados em pacientes críticos nas unidades de terapia intensiva ( UTI). É um procedimento seguro, evita o transporte do paciente critico dentro do hospital e seus custos são menores comparados aos realizados no centro cirúrgico, reduzir o tempo de ventilação mecânica, e nas últimas décadas esses procedimentos vem cada vez mais sendo utilizados. OBJETIVO: Descrever os principais aspectos que favorece a realização da traqueostomia nos pacientes na unidade de terapia intensiva. METODOLOGIA: Estudo de revisão bibliográfica, realizado na base de dados, Lilacs, Medline, Scielo, nos últimos 10 anos,no mês de Janeiro a Agosto de 2011, encontrados 39 artigos,sendo que 23 na Lilacs, 16 Scielo e nenhum na Medline. Discussão: A um consenso entre os autores na realização na traqueostomia na UTI, trata-se de um procedimento seguro, reduz o tempo de ventilação mecânica e não influencia no tempo de internação hospitalar. A traqueostomia tem indicações indiscutíveis porem sua repercussão na comunicação e na deglutição é incontentável. CONCLUSÃO: A traqueostomia na UTI, demonstrou ser um procedimento seguro e com baixo índice de complicações. As principais implicações estão relacionadas na fisiologia da deglutição mecânica ou funcional e a traqueostomia precoce pode reduzir o tempo de ventilação mecânica porem não influência no tempo de internação hospitalar. Descritores: Traqueostomia, Unidade de Terapia Intensiva, Respiração Artificial. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 167 VITIMAS DE TRAUMA ATENDIDOS PELO SAMU NA REGIÃO DE JUNDIAÍ NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2011 Prof. Esp. Bruno Vilas Boas Dias (UNIANCHIETA) Elizabete Carvalho Azevedo Soares Enf. Sandro Aparecido Santos (UNIANCHIETA) Introdução: O SAMU-192 destina-se ao atendimento de urgência e emergência nas residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada gratuita para o telefone 192. Objetivos: Especificar o número de atendimentos conforme registro do banco de dados do SAMU realizados no primeiro semestre de 2011 e estratificar os casos de maior incidência relacionados as vitimas de trauma atendidos pelo SAMU na mesma época. Método: Trata-se de uma pesquisa do tipo quantitativa com levantamentos de dados estatísticos, amostral do primeiro semestre do ano de 2011, referentes aos traumas atendidos pelo SAMU de Jundiaí. Resultados e discussão: ocorreram ao todo 1884 acidentes por trauma sendo os de maior incidência: 252 colisões de carro, 390 quedas da própria altura e 494 acidentes de moto. No que se refere aos acidentes de transporte evidenciam-se a necessidade de se considerar políticas de prevenção e controle de acidentes de trânsito diferenciados com baixo custo e grande impacto. No tocante aos casos de queda da própria altura nos remete a pensar na incorporação de práticas voltadas para a identificação das condições que se configuram em fatores de risco, na correção do que é passível de tratamento e na orientação aos pacientes e familiares. Conclusão: Os acidentes por trauma corresponderam, no período estudado a 28,03% do total de atendimentos do SAMU. E os casos de maior incidência por sua vez, corresponderam a 60,29% do número total de traumas. Descritores: Ferimentos e Lesões; Traumatismo Múltiplo; Serviços Médicos de Emergência; Ambulâncias. I Simpósio Regional de Enfermagem de Jundiaí “Assistência de Enfermagem Segura: Experiências e Desafios” ID: 161 FEBRE E SUPERLOTAÇÃO DO PRONTO SOCORRO INFANTIL Márcia Eleny dos Santos Mendes (UNIANCHIETA) Prof. Eduardo Luiz Hoehne (UNIANCHIETA) Prof. Ms. Cristiano José Mendes Pinto (UNIANCHIETA) Estudos destacam que a superlotação dos serviços de emergência infantil se deve a desorganização do sistema de saúde, que condiciona a população à procura deste serviço de assistência terciária em detrimento do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Esse estudo teve como objetivo avaliar os motivos que levaram os pais ou responsáveis de crianças com febre a procurar atendimento no Pronto Socorro Infantil (PSI). A amostra da pesquisa totalizou 107 mães, pais ou responsáveis de crianças de 0 a 6 anos que aguardavam atendimento na sala de espera do PSI de um hospital universitário de uma cidade do interior do estado de São Paulo, e cuja queixa principal do atendimento era a febre da criança. Os sujeitos foram entrevistados individualmente, em local reservado, no horário da 8h às 17h durante quatorze dias úteis, por um dos pesquisadores que utilizou um formulário para entrevista desenvolvido para essa pesquisa. Foi constatado que 94,4% dos sujeitos possuem cadastro na UBS, mas 83,2% não procuraram a UBS antes de ir ao PSI. Quando questionados sobre encaminhamento prévio, 94,4% relataram ter procurado diretamente o PSI, 4,7% foram encaminhados pela UBS e 0,9% foram encaminhados por outra instituição. Dentre os sujeitos, 69,2% relataram procurar o PSI pelo rápido atendimento, 40,2% por considerarem a equipe mais eficiente, e 24,3% por acreditarem que a febre não seria resolvida na UBS, nesta questão podia citar mais de uma resposta. Estudos destacam que estruturalmente a rede de atenção primária é bem definida, mas o desafio é operacionalizar o funcionamento da rede progressiva de assistência, uma vez que o próprio usuário, dependendo do seu conceito de urgência e emergência, direciona o local para atendimento, consequentemente o PSI recebe um grande fluxo de crianças com queixas passíveis de resolver-se na UBS. Os resultados permitem concluir que os sujeitos procuraram o PSI alegando motivos relacionados à falta de organização e credibilidade das UBSs, além do desconhecimento das competências da atenção básica. Descritores: Criança; Febre; Atenção Primária à Saúde; Serviços Médicos de Emergência; Políticas Públicas de Saúde.