boletim técnico 2011 herculex* ie roundup

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BOLETIM TÉCNICO 2011
HERCULEX* I E ROUNDUP READY ® 2
Í
N
D
I
C
E
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
Visão geral HERCULEX* I
Modo de ação HERCULEX* I
Atividade biológica
Características dos insetos-pragas da cultura do milho
Informação ambiental
Roundup Ready® 2
Manejo de plantas daninhas na cultura do milho
Opções de manejo
Flexibilidade para adubação nitrogenada em cobertura
Roundup Ready® 2: Flexibilidade e alta tolerância
Flexibilidade com maior produtividade - Principais benefícios
Controle de plantas daninhas
Controle de plantas daninhas pré-colheita
Plantas voluntárias de milho - Duas opções de manejo
Práticas de manejo para prevenção da resistência
de plantas daninhas a herbicidas
Manejo de resistência de insetos - Plante Refúgio
Distribuição de refúgio nos campos de milho Bt
O que é a coexistência?
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
Referências relacionadas
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
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23
HERCULEX* I E ROUNDUP READY® 2
A Dow AgroSciences disponibilizará, em 2011, híbridos de milho com as tecnologias
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2, aliando a melhor tecnologia para o controle das principais
pragas da cultura do milho com a característica de tolerância ao Glifosato.
Elementos Genéticos e Características
Nomes da marca
Proteção Contra Insetos HERCULEX* I.
Sinônimos
HERCULEX* I, TC1507, milho Cry 1F
Origem do gene
Bacillus thuringiensis var. aizawai
Identificação dos genes
cry1F, pat**
cry1F
Nome das proteínas
Cry1F, PAT (fosfinotricina acetiltransferase)
Peso/Tamanho da proteína Cry1F
64kDa
Cultura
Milho (Zea mays)
Vetor
PHP8999
Evento
DAS-01507-1. Tc1507
**Gene marcador que expressa a proteína PAT (fosfinotricina acetiltransferase).
Elementos Genéticos e Características
Nomes da marca
Tolerância ao Glifosato Roundup Ready® 2
Sinônimos
RR2, NK603, CP4, CP4EPSPS
Origem do gene
Agrobacterium sp. cepa CP4
Identificação dos genes
CP4EPSPS
Nome das proteínas
CP4 5-enolpiruvilchimato-3-fosfato sintase
Cultura
Milho (Zea mays)
Vetor
LH82 x B73
Evento
NK603
Genética
Superior
Alto
Rendimento
*Marcas registradas e de propriedade de Dow AgroSciences.
Milho Roundup Ready® 2 é marca registrada da Monsanto Technology LLC.
03
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
VISÃO GERAL HERCULEX* I
O Bacillus thuringiensis (Bt) é uma bactéria comum do solo
e produz proteínas que possuem atividade sobre certas
larvas de insetos-pragas. Formulações de inseticidas à base
de Bt para pulverização e proteção de lavouras estão
disponíveis no mercado há pelo menos 40 anos, sendo
recentemente utilizadas em agricultura orgânica.
principais pragas do milho como Lagarta-do-cartucho,
Broca-do-colmo, Lagarta-elasmo e efeito de supressão em
Lagarta-rosca e Lagarta-da-espiga.
O HERCULEX* I oferece proteção completa contra danos
causados por pragas ao longo do ciclo, permitindo que as
plantas de milho se mantenham saudáveis e menos
suscetíveis a fatores ambientais de estresse durante o
período de cultivo. Consequentemente permitem que os
híbridos de milho expressem seu potencial máximo de
rendimento.
A partir dos anos 80, os genes responsáveis pela produção
dessas proteínas Bt foram isolados e transferidos com
sucesso para diferentes plantas, incluindo batata,
algodão, soja e milho.
As sementes de milho transgênico com Bt foram
aprovadas para uso comercial pela primeira vez em meados
dos anos 90.
O HERCULEX* I também pode reduzir itens de custo de
produção (ex.: mão de obra, combustível, equipamentos,
inseticidas) tipicamente necessários nos programas de
controle convencional de insetos.
Comparadas às formulações convencionais de pulverização
com Bt, as plantas transgênicas com proteínas Bt têm a
vantagem de oferecer maior proteção contra danos causados
por importantes insetos-pragas durante todo o ciclo da
planta.
A Tecnologia HERCULEX* I utiliza os benefícios do gene
cry1F e concede ao milho uma geração de plantas com
características novas de proteção contra insetos-pragas.
Esse produto foi desenvolvido através de uma colaboração
técnica entre a Dow AgroSciences LLC e a Pioneer Hi-Bred
International, Inc. O gene cry1F expressa uma proteína
cristal (Cry) com ação inseticida derivada do Bacillus
thuringiensis var. aizawai.
O HERCULEX* I garante um alto nível de proteção à
lavoura do produtor promovendo o controle efetivo das
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
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MODO DE AÇÃO HERCULEX* I
Cry1F
O modo de ação da proteína Cry1F no milho
HERCULEX* I é semelhante ao efeito de outros inseticidas
à base de Bt. A proteína Cry1F é uma delta-endotoxina que
precisa ser ingerida para que ocorra a morte do insetoalvo. Essa delta-endotoxina age pela ligação seletiva a
sítios específicos localizados na membrana do intestino
médio de lagartas de espécies suscetíveis. Após a ligação,
são formados poros que interrompem o fluxo de íons no
intestino médio, causando a paralisia do intestino e
consequentemente a morte da larva.
ligação no trato digestivo dos insetos-alvos. Existem
vários tipos de proteínas Bts com diferentes graus de
eficácia contra insetos-alvos que decorrem da existência de
ligações específicas dessas proteínas. Por outro lado,
como não existem sítios de ligação para as deltaendotoxinas de Bt na superfície de células intestinais de
mamíferos, animais e humanos, esses organismos não
são suscetíveis a essas proteínas.
PAT
A fosfinotricina acetiltransferase (PAT) é uma enzima
isolada da bactéria comum do solo Streptomyces
viridochromogenes, que confere tolerância ao glufosinato
de amônio, característica utilizada como marcador de
seleção do HERCULEX* I.
O Cry1F é letal, portanto, somente quando ingerido pelas
larvas de certos insetos lepidópteros, e sua especificidade
de ação é devido à presença de sítios específicos de
Proteína
solubilizada
Alimentação
HERCULEX* I
presente na
planta
Ligação a
receptores
Proteína
ativada
Morte
05
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
ATIVIDADE
BIOLÓGICA
CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS PRÉ-COLHEITA
O sistema Milho Roundup Ready® 2 propicia tranquilidade até a colheita
Nicosulfuron + Atrazina
(0,3L/ha / 2L/ha)
Roundup Ready Milho + Atrazina
(2L/ha / 3L/ha)
Protocolo de TD, Safrinha 10, Santa Helena/GO
PLANTAS VOLUNTÁRIAS* DE MILHO
DUAS OPÇÕES DE MANEJO
A proteína Cry1F é específica para larvas de espécies
lepidópteras consideradas pragas, incluindo a principal
praga do milho, Spodoptera frugiperda, e outras espécies
citadas na tabela abaixo. Esses insetos, quando não
controlados, podem causar danos significativos à cultura
do milho e reduzir a produção.
desenvolvimento da planta de milho, permitindo aos híbridos
de milho expressar seu total potencial de rendimento
genético.
Os dados disponíveis demonstram que os híbridos de milho
que expressam as toxinas Cry são menos vulneráveis a
danos na espiga e apresentam quantidade reduzida de
micotoxinas produzidas por fungos, aumentando, assim, a
qualidade do grão para alimentação humana e animal.
A proteína Cry1F do HERCULEX* I é expressa em
concentrações adequadas durante todos os estágios de
EFEITO DE HERCULEX* I NOS PRINCIPAIS INSETOS-PRAGAS DE MILHO
Nome científico
Nome comum
Efeito
Spodoptera frugiperda
Lagarta-do-cartucho
Controle
Diatraea saccharalis
Broca-do-colmo
Controle
Elasmopalpus lignosellus
Lagarta-elasmo
Controle
Agrotis ipsilon
Lagarta-rosca
Supressão
Helicoverpa zea
Lagarta-da-espiga
Supressão
*Plantas resistentes à aplicação de Roundup®.
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
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06
CARACTERÍSTICAS DOS INSETOS-PRAGAS
DA CULTURA DO MILHO
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
Dano
3 - 5 gerações antes da maturação da espiga.
Clima seco e quente reduz o ciclo da praga,
aumentando a infestação.
Ciclo de 30 a 50 dias.
Broca-do-colmo (Diatraea saccharalis)
Dano
Ataca o colmo, formando galerias - dano menos problemático.
Galerias circulares que seccionam o colmo.
Planta atacada “quebra fácil”.
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
Dano
Ovos junto às plantas ou no solo.
Adultos: 15 a 25 mm, coloração cinza.
25 dias (solo seco e temperatura elevada).
2 meses (solo úmido e temperatura baixa).
Lagartas marrons com anéis esverdeados
(interior da planta).
07
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
FLEXIBILIDADE
PARA
Lagarta-rosca (Agrotis
ipsilon)ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA
Estágios fenológicos e curva de absorção do nitrogênio
18
0
1
2
3
4
Dano
5
6
8
7
9
10
11
15
9
Ovos (5 dias): base6das plantas ou no solo.
Lagartas de hábito noturno ficam enroladas
e abrigadas no solo3 durante o dia. Saem para
se alimentar ao anoitecer.
2 a 3 folhas: 3 lagartas m2, perdas significativas.
4 semanas após a germinação (posturas feitas
sobre a planta): bloqueiam o cauleCurva
(coração
morto).
de absorção
do nitrogênio
Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)
Semanas após emergência
Dano
Adubação Nitrogenada
(V3 e V6)
Dias após polinização
Fonte: FANCELLI, 1986, adaptada de Hanway,
1966 e NEL & SMIT, 1978.
ROUNDUP READY® 2:
FLEXIBILIDADE E ALTA
TOLERÂNCIA
O ataque ocorre pela ponta da espiga.
Oviposição no cabelo do milho.
Recém eclodida come o cabelo do milho.
Milho Convencional
+
Herbicida
BoletimTécnico
Técnico2011
2011
Boletim
HERCULEX*I Ie eRoundup
RoundupReady®
Ready®22
HERCULEX*
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08
INFORMAÇÃO AMBIENTAL
Organismos não alvos
Vários invertebrados não alvos, como abelhas, joaninhas,
tesourinhas, foram testados em estudos de alimentação
em laboratório como parte dos estudos para registro do
HERCULEX* I. Nenhum efeito adverso foi observado nesses
organismos em concentrações de Cry1F muito maiores do
que os níveis encontrados no milho HERCULEX* I.
Metabolismo no solo
A proteína Cry1F é rapidamente degradada no solo,
minimizando o potencial de ser arrastada por lixiviação ou
exposição a organismos não alvos que habitam o solo.
A meia vida da proteína Cry1F em solos é de 1 a 3 dias,
baseado em bioensaio realizado com lagarta teste
(Heliothis virescens). Essa meia vida é comparável aos 4 - 7
dias encontrados em relatórios de pesquisa publicados para
outras proteínas Cry. A quantidade máxima estimada de
Cry1F em condições de campo após a colheita é de 0,023
mg/kg em solo seco, quantidade essa bem abaixo dos
níveis utilizados em estudos de toxicidade de organismos
não alvos.
Estudos de campo foram também realizados para se
determinar o impacto do milho HERCULEX* I em populações
de insetos não alvos em condições naturais. Os resultados
do efeito do milho HERCULEX* I foram comparados com
os do milho convencional em vários insetos benéficos,
incluindo joaninhas, vespas predadoras, carabídeos,
crisopídeos, aranhas e parasitoides. Os resultados desses
estudos de campo demonstraram que o milho HERCULEX* I
não teve efeito negativo nas populações desses artrópodes.
Um estudo de campo demonstrou que a proteína Cry1F não
se acumula em solos agrícolas.
Abelha (Apis mellifera)
Joaninha (Família coccinelidae)
09
Tesourinha (Doru luteipes)
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
No Brasil,
atender à
à Resolução
Normativa n 04
O produtor tem diferentes opções
deé preciso
manejo
sua escolha,
da
CTNBio,
que
trata
da
coexistência
das
tecnologias de
decidindo pela mais conveniente
para sua lavoura.
milho Bt e convencional.
Baseados nos resultados em
codornas, nenhum efeito
adverso deve ocorrer em aves
selvagens ou domésticas devido
a uma exposição eventual ou
acidental dessas espécies em
lavouras de milho HERCULEX* I.
Também não é esperado que
Opção
01
o milho
HERCULEX*
I possa
apresentar efeitos adversos a
peixes, devido ao baixo potencial de exposição e à ausência
de concentrações mensuráveis de Cry1F em dietas de
peixes comerciais.
o
Custódio Coimbra/ Ag. O Globo
Opções de Manejo
Cerrado
A ocorrência
de fluxo gênico do milho HERCULEX* I para
espécies exóticas é improvável, pois não ocorrem espécies
selvagens aparentadas e compatíveis no Brasil.
Planta invasora
O milho é uma planta domesticada que sobrevive no meio
ambiente somente com a ajuda do homem. O milho
HERCULEX* I não apresenta
diferenças agronômicas com
as plantas convencionais, não
tem alteração em seu ciclo
reprodutivo e não difere em
características morfológicas do
milho comum. Portanto, como seu
correspondente convencional, o
milho HERCULEX* I não tem
características de uma planta
invasora.
Polinização
Outra consideração importante de segurança ambiental
de uma planta, produto de biotecnologia, é demonstrar que
a polinização cruzada do organismo não traz efeito adverso
ao meio ambiente. A troca de genes entre o milho
HERCULEX* I e as outras cultivares de milho convencional
pode ocorrer em locais onde lavouras com os dois tipos de
milho são cultivadas muito próximas umas das outras.
RESULTADOS DE TESTES DAS PROTEÍNAS DO HERCULEX* I COM ORGANISMOS NÃO ALVOS
Estudo
Espécie
* Sul: 21 a 28 dias antes do plantio. Norte: 18 a 21 dias antes do plantio.
** A dose está associada ao tipo de planta daninha e nível de infestação.
Aquático
DAE - número de dias após a emergência da cultura.
Intervalo de segurança: 90 dias.
Valor
Pulga-d’água (Daphnia magna)
EC50 > 150 mg/L
Codorna americana
Sem efeitos adversos: não observado efeito de
concentração > 100.000 ppm ou 10% da dieta
Minhoca (Eisenia fetida)
Não observado efeito de concentração >
1,7mg/kg de solo seco
Desenvolvimento (larvas expostas a
uma dose única de pólen Cry1F ou
proteína purificada em sucrose)
Abelha (Apis mellifera)
LD50 > 5,6 pg Cry1F/larvas
Dieta, dose-limite
Larvas de Crisopídeo
(Chrysoperla carnea)
LC 50 > dieta de 480 pg Cry1F/g
Dieta, dose-limite
Adulto de Joaninha
(Hippodamia convergens)
LC50 > dieta de 480 pg Cry1F/g
Dieta, dose-limite
Adulto de Hymenoptera parasit
parasitoide
(Nasinia vitripennis)
LC50 > dieta de 320 pg Cry1F/g
Toxicidade oral aguda (proteína
purificada na dieta)
Lagartas de Borboleta-monarca
(Danaus plexippus)
Não observado efeito de concentração > dieta
de 10.000 ng/ml
Sobrevivência e reprodução
Colêmbolo (Folsomia candida)
Não observado efeito de concentração > 12,5 mg/kg
de solo
Toxicidade aguda de 48 horas
Aviário
Dieta contínua de 5 dias
Minhocas
Toxicidade aguda de 14 dias
Abelhas e insetos benéficos
Outros organismos não alvos
* Sul: 21 a 28 dias antes do plantio. Norte: 18 a 21 dias antes do plantio.
** A dose está associada ao tipo de planta daninha e nível de infestação.
DAE - númeroTécnica
de dias apósNacional
a emergência de
da cultura.
Comissão
Biossegurança (CTNBio)
Intervalo de segurança: 90 dias.
A
concluiu que HERCULEX* I não é potencialmente causador
de significativa degradação do meio ambiente ou de agravo à saúde humana e animal.
Boletim Técnico
Técnico 2011
2011
Boletim
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
14
10
ROUNDUP READY® 2
A primeira tecnologia de milho tolerante a
glifosato do mercado, que confere maior
segurança e flexibilidade no manejo de plantas
daninhas.
ausência de problemas com efeitos residuais nas culturas
em sucessão (Carry-over), entre outros (BARRY et al., 1992;
JOHNSON et al. 2000; TINGLE e CHANDLER, 2004; PLINESRNIC, 2005; NICOLAI et al., 2007).
O milho Roundup Ready® 2 (NK603) possui a característica
de tolerância ao glifosato, tecnologia de propriedade
exclusiva da Monsanto Technology LLC, aprovada pela
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio),
conforme o Parecer Técnico no 1596/2008. O milho
Roundup Ready® 2 foi desenvolvido como uma opção de
controle das plantas daninhas na cultura do milho
(WILLIAMS et al., 2000), através da produção de uma
forma da enzima 5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato sintase
(EPSPS) denominada CP4 EPSPS, que atua na via metabólica
do ácido chiquímico para a biossíntese de aminoácidos
aromáticos essenciais (triptofano, fenilalanina e tirosina)
em plantas e micro-organismos. A inibição dessa enzima
pela ação do glifosato em qualquer planta leva a uma
redução na produção desses aminoácidos aromáticos,
impedindo o seu desenvolvimento e causando a morte.
Vários estudos demonstraram que o milho Roundup Ready® 2
é equivalente ao milho convencional em relação à sua
segurança alimentar e ambiental. Esses estudos incluíram
a avaliação da atividade de proteína CP4 EPSPS e sua
homologia com a EPSPS representa a sua rápida
digestibilidade, a ausência de toxicidade e alergenicidade
que as EPSPS apresentam em geral e que a CP4 EPSPS
apresenta em particular.
A equivalência da composição do milho Roundup Ready® 2
com o milho convencional foi demonstrada através de
análises de componentes nutricionais, de grãos de milho e
silagem, enquanto a sua equivalência nutricional foi confirmada por estudos com animais.
Todos os estudos de campo, casa de vegetação e
laboratório demonstraram que o milho Roundup Ready® 2
é comparável ao milho convencional com respeito às suas
características reprodutivas, agronômicas, fenotípicas, de
segurança alimentar e ambiental, e outras. O milho
Roundup Ready® 2 se encontra aprovado em países como:
Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia,
Coreia do Sul, África do Sul, México, Filipinas, Taiwan,
Rússia, Singapura, Argentina, Honduras, União Europeia,
China, El Salvador e Colômbia, além do Brasil.
A via do ácido chiquímico não está presente em mamíferos,
aves, répteis e peixes, o que explica o seu baixo risco para
a saúde humana e o meio ambiente quando utilizado de
acordo com as recomendações de uso. Assim, o milho
Roundup Ready® 2, por produzir a enzima CP4 EPSPS
tolerante ao glifosato, permite a aplicação desse herbicida
(de ação sistêmica) em área total sobre a cultura do milho,
sem causar fitotoxicidade que comprometa o rendimento
da cultura, possibilitando o controle de um amplo espectro
de plantas daninhas monocotiledôneas, dicotiledôneas
anuais e perenes em diferentes estágios de desenvolvimento.
Além disso, o glifosato pode ser aplicado em diferentes
estágios de crescimento do milho Roundup Ready® 2
oferecendo flexibilidade no controle de plantas daninhas.
Outros benefícios apresentados pela tecnologia são o menor
impacto ambiental; a baixa toxicidade do glifosato; a
Existe, portanto, um histórico de uso seguro do milho
Roundup Ready® 2 desde 2000, quando foi aprovado nos
Estados Unidos sem nenhum efeito adverso à saúde
humana e animal e ao meio ambiente relatado até o momento.
No Brasil, a comercialização do milho Roundup Ready® 2
foi autorizada pelo Parecer Técnico no 1596/08 da CTNBio,
publicado no Diário Oficial da União em 14/10/2008.
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Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
Segurança da proteína CP4 EPSPS
A enzima CP4 EPSPS presente no milho Roundup Ready® 2
e que foi obtida a partir da bactéria Agrobacterium sp.
cepa CP4 é naturalmente tolerante ao glifosato. A avaliação
de segurança da enzima CP4 EPSPS em diversas culturas
tolerantes ao glifosato demonstrou que ela não causa
efeitos adversos ao meio ambiente e à saúde humana ou
animal. Essa avaliação incluiu estudos com a proteína
purificada e com as plantas que a expressam para avaliar
a presença de alterações em suas características (da
proteína e/ou da planta) que poderiam alterar seu impacto
ao meio ambiente.
aos alérgeneos conhecidos, estando presentes em níveis
muito baixos no milho Roundup Ready® 2. Essas proteínas
são provenientes da família de proteínas EPSPS, com longo
histórico de consumo.
Segurança ambiental do milho Roundup Ready® 2
A experiência acumulada com o plantio e o consumo de
culturas tolerantes ao glifosato (soja, canola, milho, algodão
e beterraba), desde 1995, representa um amplo
histórico de uso seguro. Durante esse período, nenhuma
evidência de efeitos adversos das culturas que expressam
a proteína CP4 EPSPS sobre organismos não alvos foi
relatada.
A característica de tolerância ao glifosato não altera
características morfológicas, agronômicas e reprodutivas
de plantas geneticamente modificadas contendo o gene
cp4 epsps.
O milho Roundup Ready® 2, por ser tolerante ao glifosato,
oferece aos produtores uma nova opção para o controle
de plantas daninhas na cultura do milho, além de
possibilitar inúmeros benefícios ambientais, como redução
do uso de herbicidas mais tóxicos; redução do número de
aplicações para controlar as plantas daninhas; uso do
plantio direto; melhor qualidade da água.
Segurança alimentar do milho Roundup Ready® 2
O milho Roundup Ready® 2 é tão seguro, saudável e
nutritivo quanto o milho convencional. A presença das
proteínas EPSPS na natureza e a sua função conhecida
aliada aos estudos diretos realizados com as duas formas
da proteína CP4 EPSPS expressas no milho Roundup
Ready® 2 (RIDLEY et al., 2002) demonstraram que elas
não representam um risco à segurança alimentar.
Manejo de plantas daninhas com o milho
Roundup Ready® 2
Com a introdução do milho Roundup Ready® 2 , uma nova
oportunidade de manejo é oferecida ao mercado. A nova
tecnologia associa uso do glifosato em pós-emergência
em diferentes estágios de crescimento da cultura e com
a flexibilidade de aplicação e o amplo espectro de ação
desse herbicida. Para obter sucesso, essa tecnologia deve
ser associada ao manejo integrado de plantas daninhas
ao plantio direto e à rotação de culturas.
Os resultados demonstraram a ausência de toxicidade em
mamíferos, a rápida degradação das proteínas CP4 EPSPS
e a perda da atividade enzimática em fluídos gástricos e
intestinais humanos simulados.
As proteínas CP4 EPSPS não são homólogas às toxinas ou
Perda de Produtividade (%)
PERÍODO CRÍTICO DE PREVENÇÃO DA INTERFERÊNCIA DA MATOCOMPETIÇÃO
NA CULTURA DO MILHO E EFEITO NA PRODUTIVIDADE
100
80
60
40
20
0
V0
V2
V4
V6
V8
PERÍODO CRÍTICO
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
V10
V12
V14
V16
Estágio fenológico
12
Entre os principais benefícios da tecnologia Roundup Ready® 2,
cita-se a seletividade do herbicida. Essa é a base para o
sucesso do controle químico de plantas daninhas na
agricultura e pode ser definida como a medida da resposta
diferencial de diversas espécies de plantas a um determinado
herbicida.
sobre o milho Roundup Ready® 2 não foram observadas. Em
sistemas de manejo de plantas daninhas na cultura do
milho utilizando herbicidas pós-emergentes (principalmente
os que não apresentam atividade residual), a escolha
adequada do momento de aplicação do herbicida, a dose
do produto a ser utilizada e o número de aplicações de um
tratamento herbicida são fundamentais para o ótimo manejo
das plantas daninhas.
Quanto maior a diferença de tolerância entre a cultura e a
planta daninha, maior a segurança de aplicação (OLIVEIRA
Jr., 2001). O conhecimento da seletividade é fundamental,
principalmente, quando o controle de plantas daninhas é
realizado com herbicidas aplicados na pós-emergência.
Alguns dos herbicidas mais utilizados na cultura do milho
até o momento apresentam problemas de seletividade.
Por exemplo, em experimentos conduzidos na ESALQ/USP,
sensíveis reduções de rendimento provocadas por grande
parte dos herbicidas recomendados para a cultura do milho
foram observadas. Entre eles, o nicossulfuron (0,5; 1,0 e
1,3 L/ha) isolado ou em uso associado com atrazina,
principalmente quando esses herbicidas foram aplicados
após a emissão da sexta ou sétima folha da planta de
milho, provocou alteração no número de fileiras por espiga,
número de grãos por fileira, e massa de mil grãos
(LOPEZ-OVEJERO, 2000).
Produtividade relativa do milho Roundup Ready® 2,
comparativamente ao milho convencional com
aplicação de herbicidas tradicionais*
kg/ha
6.800
6.700
4%
6%
1 Aplicação
Glifosato
2 Aplicações
Glifosato
6.600
6.500
6.400
6.300
6.200
Em trabalhos conduzidos na safra 2002/2003 por FERREIRA
NETO et al. (2005a,b,c), em diferentes localidades, reduções
de rendimento por consequência da aplicação de glifosato
Herbicidas
Tradicionais
Fonte: Depto. de Tecnologia – Monsanto Brasil – 32 ensaios
*Estudos de campo realizados com aprovação da Comissão Técnica Nacional
de Biossegurança (CTNBio)
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO
Dias Antes do Plantio
28
D
21
ou
14
Estágio Fenológico
7
D
0
D
V2
A
D
Dessecação antecipada*
1a
Aplicação de glifosato (pós-emergência)
+Atrazina/Atrazina+Simazina (pós emergência)*
2a
Sequencial de glifosato (pós-emergência)*
A
Aplicação em pré-emergência ou sequencial em
pós-emergência de Atrazina ou Atrazina+Simazina*
V3
V4
1a
A
V5
V6
2a
MANEJO PRÉ-PLANTIO:
Plantar Milho no Limpo
O número de aplicações, momento e
dosagem dependem do tipo de planta
daninha, nível de infestação e outras
situações adversas que podem exigir
e/ou permitir manejo específico.
Flexibilidade Havendo reinfestação de plantas daninhas, é possível uma dose complementar
de Roundup Ready® 2 Milho em aplicação sequencial. (Max. 2,0 L/ha).
*A dose está associada ao tipo de planta daninha e nível de infestação.
13
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
O produtor tem diferentes opções de manejo à sua escolha,
decidindo pela mais conveniente para sua lavoura.
Opções de Manejo Cerrado
Dessecação
antecipada*
Opção 01
CERRADO
Baixa/Média
infestação
Pré-emergência
Aplicação
complementar de
Roundup®, se
necessário, próxima
à data de plantio**
Aplicação Única até 30 DAE
1,2 a 2,25 L/ha de Roundup Ready
Milho®**
3L/ha aplicação sequencial com
Atrazina**
Esta aplicação é definida pelo
estágio e tipo de planta daninha.
As maiores perdas de produtividade
ocorrem devido à matocompetição
nos estágios iniciais da cultura
(de V2 a V6 no milho)
Avaliar a necessidade
de inseticida para
eliminar lagarta
resistente
O uso da Atrazina fornece o efeito
residual na aplicação em
pré-emergência
* Sul: 21 a 28 dias antes do plantio. Norte: 18 a 21 dias antes do plantio.
** A dose está associada ao tipo de planta daninha e nível de infestação.
DAE - número de dias após a emergência da cultura.
Intervalo de segurança: 90 dias.
Aplicação sequencial
Opção 02
Dessecação
antecipada*
CERRADO
Aplicação
complementar de
Roundup®, se
necessário, próxima
à data de plantio**
Alta infestação
germ. escalonada e
plantas de difícil
controle
Pré-emergência
1a Aplicação até 15 DAE
1,2 a 2,25 L/ha de Roundup Ready
Milho®**
Avaliar a necessidade
de inseticida para
eliminar lagarta
resistente
3L/ha Aplicação sequencial com
Atrazina**
Se necessário,
no máximo
2 L/ha de
Roundup Ready
Milho®
Esta aplicação é definida pelo
estágio e tipo de planta daninha.
As maiores perdas de produtividade
ocorrem devido à matocompetição
nos estágios iniciais da cultura
(de V2 a V6 no milho)
A soma das duas
aplicações de
glifosato não
pode ultrapassar
a dosagem de
3,5 L/ha
O uso da Atrazina fornece o efeito
residual na aplicação em
pré-emergência
* Sul: 21 a 28 dias antes do plantio. Norte: 18 a 21 dias antes do plantio.
** A dose está associada ao tipo de planta daninha e nível de infestação.
DAE - número de dias após a emergência da cultura.
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
Intervalo de segurança: 90 dias.
14
2a Aplicação
até 30 DAE
Opções de Manejo Sul
Opção 01
Dessecação
antecipada*
SUL
Aplicação
complementar de
Roundup®, se
necessário, próxima
à data de plantio**
Baixa/Média
infestação
Pré-emergência
Aplicação única
até 30 DAE
1,2 a 2,25 L/ha de Roundup Ready
Milho®**
3L/ha Aplicação sequencial com
Atrazina ou Atrazina+Simazina**
Esta aplicação é definida pelo
estágio e tipo de planta daninha.
As maiores perdas de produtividade
ocorrem devido à matocompetição
nos estágios iniciais da cultura
(de V2 a V6 no milho)
Avaliar a necessidade
de inseticida para
eliminar lagarta
resistente
O uso da Atrazina/Atrazina
+Simazina fornece o efeito residual
na aplicação em pré-emergência
*Sul: 21 a 28 dias antes do plantio. Norte: 18 a 21 dias antes do plantio.
**A dose está associada ao tipo de planta daninha e nível de infestação.
DAE - número de dias após a emergência da cultura.
Intervalo de segurança: 90 dias.
Aplicação sequencial
Opção 02
SUL
Alta infestação
germ. escalonada e
plantas de difícil
controle
Dessecação
antecipada*
Pré-emergência
2a Aplicação
até 30 DAE
1a Aplicação até 15 DAE
3L/ha Aplicação sequencial com
Atrazina ou Atrazina+Simazina**
Se necessário,
no máximo
2 L/ha de
Roundup Ready
Milho®
Esta aplicação é definida pelo
estágio e tipo de planta daninha.
As maiores perdas de produtividade
ocorrem devido à matocompetição
nos estágios iniciais da cultura
(de V2 a V6 no milho)
A soma das duas
aplicações de
glifosato não
pode ultrapassar
a dosagem de
3,5 L/ha
1,2 a 2,25 L/ha de Roundup Ready
Milho®**
Aplicação
complementar de
Roundup®, se
necessário, próxima
à data de plantio**
Avaliar a necessidade
de inseticida para
eliminar lagarta
resistente
O uso da Atrazina/Atrazina
+Simazina fornece o efeito residual
na aplicação em pré-emergência
*Sul: 21 a 28 dias antes do plantio. Norte: 18 a 21 dias antes do plantio.
**A dose está associada ao tipo de planta daninha e nível de infestação.
DAE - número de dias após a emergência da cultura.
Intervalo de segurança: 90 dias.
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Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
FLEXIBILIDADE PARA ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA
Estágios fenológicos e curva de absorção do nitrogênio
0
1
2
3
4
Dano
Definição do
5
6
Definição
da produção
tamanho da
potencial
espiga
Definição
do número
de fileiras
15
(%) Nutriente Absorvido
O sistema
Milho RR2
permite que a
adubação
nitrogenada em
cobertura no
milho seja
realizada no
melhor
momento.
18
12
7
8
9
10
Definição da
densidade do grão
9
6
3
Curva de absorção
do nitrogênio
9 a10
12
Dano
Adubação Nitrogenada
(V3 e V6)
Maturação Fisiol.
8
Farináceo duro
Grão leitoso
6
Grão farináceo
Florescimento
4
Semanas após emergência
Grão pastoso
Pendoamento
2
12 folhas
4 folhas
0
Fonte: Departamento de
Tecnologia Monsanto
8 folhas
Emergência
Germinação
Estágio Fenológico no milho:
Regiões quentes:
(pode mudar em 3 dias).
Regiões frias:
(pode mudar em 6 dias).
24
36
48
55
Dias após polinização
Fonte: FANCELLI, 1986, adaptada de Hanway,
1966 e NEL & SMIT, 1978.
ROUNDUP READY® 2:
FLEXIBILIDADE E ALTA
TOLERÂNCIA
O ataque ocorre pela ponta da espiga.
Milho Convencional
+
Herbicida
BoletimTécnico
Técnico2011
2011
Boletim
11
HERCULEX*I Ie eRoundup
RoundupReady®
Ready®22
HERCULEX*
16
08
FLEXIBILIDADE COM MAIOR PRODUTIVIDADE
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
SEGURANÇA
PRODUTIVIDADE
Redução da Fitotoxicidade*
Flexibilidade
Alta seletividade sem “fitotoxicidade”.
Permite uma aplicação sequencial no controle
de plantas daninhas quando necessário.
Menor risco em situações climáticas
adversas.
Redução no intervalo entre a adubação de
cobertura e a aplicação do herbicida.
Excelente controle
Amplo espectro no controle de ervas.
Maior tranquilidade até a colheita.
*A eficácia do Roundup Ready Milho® permite o manejo de plantas em
estágios mais avançados. Todavia, controle de plantas no estágio adequado
evita perdas pela matocompetição.
*Desde que seguidas as recomendações de bula do produto.
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
21 DIAS APÓS APLICAÇÃO
Podemos observar o melhor controle no sistema
Milho Roundup Ready® 2 no momento do fechamento da cultura
quando comparado a um sistema convencional.
Nicosulfuron + Atrazina
(0,3L/ha + 2L/ha)
Roundup Ready Milho + Atrazina
(2L/ha + 2L/ha)
Protocolo de TD, Safrinha 10, Santa Helena/GO
17
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
ATIVIDADE
BIOLÓGICA
CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS PRÉ-COLHEITA
O sistema Milho Roundup Ready® 2 propicia tranquilidade até a colheita
Nicosulfuron + Atrazina
(0,3L/ha / 2L/ha)
Roundup Ready Milho + Atrazina
(2L/ha / 3L/ha)
Protocolo de TD, Safrinha 10, Santa Helena/GO
PLANTAS VOLUNTÁRIAS* DE MILHO
DUAS OPÇÕES DE MANEJO
Opção A
Opção B
A proteína Cry1F é específica para larvas de espécies
lepidópteras consideradas pragas, incluindo a principal
praga do milho, Spodoptera frugiperda, e outras espécies
citadas
tabela abaixo.
Utilizarnaherbicidas
com Esses insetos, quando não
controlados,
podem
causar
danos significativos à cultura
ação graminicida
do milho e reduzir a produção.
desenvolvimento da planta de milho, permitindo aos híbridos
de milho expressar seu total potencial de rendimento
genético.
Utilizar herbicidas para o controle
Os dados disponíveis demonstram
que os híbridos de milho
de folhas estreitas
que expressam as toxinas Cry são menos vulneráveis a
danos na espiga e apresentam quantidade reduzida de
micotoxinas produzidas por fungos, aumentando, assim, a
qualidade do grão para alimentação humana e animal.
A proteína Cry1F do HERCULEX* I é expressa em
concentrações adequadas durante todos os estágios de
EFEITO DE HERCULEX* I NOS PRINCIPAIS INSETOS-PRAGAS DE MILHO
PLANTIO
20 DAE
Soja RR
*Plantas resistentes à aplicação de Roundup®.
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
18
06
30 DAE
40 DAE
Planta voluntária de Milho RR2
PRÁTICAS DE MANEJO PARA PREVENÇÃO DA
RESISTÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS A HERBICIDAS
Não deixe áreas em pousio: use práticas integradas de manejo de plantas daninhas durante o ano, focando
o manejo do banco de sementes (Rotação de culturas e coberturas).
Utilizar o manejo pós-colheita: utilização de associação de herbicidas com diferentes modos de ação.
Comece a cultura no limpo: faça um controle efetivo antecipadamente na dessecação e, se necessário,
use um pré-emergente em áreas de elevada pressão de plantas daninhas.
Utilizar a dose e o momento correto de aplicação do glifosato e produtos associados no seu sistema de
manejo, observando-se as melhores condições de aplicação.
Monitore os resultados da estratégia de manejo implementada, evitando o estabelecimento de populações
remanescentes de plantas daninhas na cultura.
Use as melhores práticas agronômicas para maximizar a competitividade da cultura com as plantas
daninhas, evitando-se também a dispersão de sementes pelos implementos agrícolas.
Proteja sua produtividade!
19
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
MANEJO DE RESISTÊNCIA DE INSETOS
O que é resistência de insetos?
A evolução da resistência de populações de
insetos-pragas às práticas de controle é uma
realidade. A resistência pode ser definida
como uma resposta à pressão de seleção, na
qual os insetos resistentes podem aumentar a
sua frequência dentro da população e
limitar a eficiência de diferentes métodos de controle ao
longo do tempo.
O objetivo do refúgio é preservar a eficiência e
consequentemente os benefícios da tecnologia
do milho Bt. O refúgio funciona como uma fonte
de indivíduos suscetíveis. Com a preservação
da característica de suscetibilidade, através da
redução de indivíduos resistentes, a proporção
de indivíduos suscetíveis é mantida e se previne
o desenvolvimento de resistência, preservando-se assim
a tecnologia Bt.
No caso específico do milho Bt, as lagartas naturalmente
resistentes podem sobreviver no campo e transmitir essa
característica para gerações futuras. Entretanto, o risco de
aumento da resistência pode ser minimizado com a adoção
de medidas apropriadas.
Recomendações para o plantio da área de refúgio
O tamanho do refúgio deve representar uma porcentagem
da área total de milho plantado em uma propriedade rural,
de acordo com o recomendado pelo fabricante.
VISÃO GERAL HERCULEX* I
A recomendação é de 10% da área plantada. Por exemplo:
em uma área de 10 hectares, 1 hectare é destinado ao
principais pragas do milho como Lagarta-do-cartucho,
plantio da área de refúgio com milho não Bt. Recomenda-se
Broca-do-colmo, Lagarta-elasmo e efeito de supressão em
que o refúgio seja plantado com um híbrido de ciclo vegetativo
Lagarta-rosca e Lagarta-da-espiga.
similar, o mais próximo possível e ao mesmo tempo que
o milho Bt.
O HERCULEX* I oferece proteção completa contra danos
causados por pragas ao longo do ciclo, permitindo que as
O refúgio deve ser formado por um bloco de milho não Bt
plantas de milho se mantenham saudáveis e menos
que se encontre a menos de 800 metros do milho Bt.
suscetíveis a fatores ambientais de estresse durante o
O refúgio deve ser plantado na mesma propriedade do
período de cultivo. Consequentemente permitem que os
cultivo do milho Bt e manejado pelo mesmo agricultor.
híbridos de milho expressem seu potencial máximo de
Não deve ser realizada a mistura de sementes de milho Bt com
rendimento.
milho não Bt.
A melhor maneira de preservar o benefício da tecnologia do
O Bacillus thuringiensis (Bt) é uma bactéria comum do solo
milho Bt é adotar o uso do refúgio como uma ferramenta do
e produz proteínas que possuem atividade sobre certas
Manejo de Resistência de Insetos (MRI), que é um conjunto
larvas de insetos-pragas. Formulações de inseticidas à base
de medidas que devem ser adotadas com o objetivo de
de Bt para pulverização e proteção de lavouras estão
reduzir a possibilidade de evolução da resistência na
disponíveis no mercado há pelo menos 40 anos, sendo
população de insetos-alvos.
recentemente utilizadas em agricultura orgânica.
O que é refúgio?
A partir dos anos 80, os genes responsáveis pela produção
A área de refúgio consiste no plantio de milho não Bt como
dessas proteínas Bt foram isolados e transferidos com
parte da área a ser plantada com milho Bt.
sucesso para diferentes plantas, incluindo batata,
algodão, soja e milho.
Saiba mais sobre o tema em www.planterefugio.com.br
As sementes de milho transgênico com Bt foram
aprovadas para uso comercial pela primeira vez em meados
dos anos 90.
O HERCULEX* I também pode reduzir itens de custo de
produção (ex.: mão de obra, combustível, equipamentos,
inseticidas) tipicamente necessários nos programas de
controle convencional de insetos.
Comparadas às formulações convencionais de pulverização
com Bt, as plantas transgênicas com proteínas Bt têm a
vantagem de oferecer maior proteção contra danos causados
por importantes insetos-pragas durante todo o ciclo da
planta.
A Tecnologia HERCULEX* I utiliza os benefícios do gene
cry1F e concede ao milho uma geração de plantas com
características novas de proteção contra insetos-pragas.
Esse produto foi desenvolvido através de uma colaboração
técnica entre a Dow AgroSciences LLC e a Pioneer Hi-Bred
International, Inc. O gene cry1F expressa uma proteína
cristal (Cry) com ação inseticida derivada do Bacillus
thuringiensis var. aizawai.
O HERCULEX* I garante um alto nível de proteção à
lavoura do produtor promovendo o controle efetivo das
Boletim
BoletimTécnico
Técnico2011
2011
HERCULEX*
Ready®
2 2
HERCULEX*I eI Roundup
e Roundup
Ready®
20
04
DISTRIBUIÇÃO
REFÚGIO NOS
MODO
DE AÇÃODE
HERCULEX*
I CAMPOS DE MILHO Bt
Opções de configuração de refúgio
Cry1F
O modo de ação da proteína Cry1F no milho
HERCULEX* I é semelhante ao efeito de outros inseticidas
à base de Bt. A proteína Cry1F é uma delta-endotoxina que
precisa ser ingerida para que ocorra a morte do insetoalvo. Essa delta-endotoxina age pela ligação seletiva a
sítios específicos localizados na membrana do intestino
médio de lagartas de espécies suscetíveis. Após a ligação,
são formados poros que interrompem o fluxo de íons no
intestino médio, causando a paralisia do intestino e
consequentemente800
a morte
m da larva.
Bloco
Plante
uma
área de
refúgio somente
na forma quando
de um bloco
de milho
O Cry1F
é letal,
portanto,
ingerido
pelas
convencional
adjacente
à
área
de
milho
Bt.
larvas de certos insetos lepidópteros, e sua especificidade
de ação é devido à presença de
800sítios
m específicos de
ligação no trato digestivo dos insetos-alvos. Existem
vários tipos de proteínas Bts com diferentes graus de
eficácia contra insetos-alvos que decorrem da existência de
ligações específicas dessas proteínas. Por outro lado,
como não existem sítios de ligação para as deltaendotoxinas de Bt na superfície de células intestinais de
mamíferos, animais e humanos, esses organismos não
são suscetíveis a essas proteínas.
PAT
A fosfinotricina acetiltransferase (PAT) é uma enzima
Perímetro
isolada da bactéria comum do solo Streptomyces
Plante
uma área de refúgio
na forma
do perímetro
ou 4 a 6
viridochromogenes,
que confere
tolerância
ao glufosinato
linhas
finais
do
campo
de
milho
Bt.
de amônio, característica utilizada como marcador de
seleção do HERCULEX* I.
Proteína
solubilizada
Alimentação
800 m
Faixas
Plante uma área de refúgio de 4 a 6 linhas de milho
convencional dentro da área de milho Bt.
HERCULEX* I
presente na
planta
Pivô central
800 m
Em conjunto com outra cultura
Plante uma área de refúgio de milho convencional até 800 m
da área de milho Bt.
ATENÇÃO:
Ligação aFaça primeiramente a semeadura da área de refúgio
com as sementes de milho não Bt.
receptores
Caso a população de pragas-alvos atinja o nível
de dano econômico na área de refúgio, o controle
Proteínaque não sejam
poderá ser realizado com inseticidas
formulados à base de Bt. ativada
800 m
Plante o refúgio na proporção recomendada pela
empresa produtora da semente dentro da área irrigada.
Refúgio
Observação
Milho Bt
Outra cultura
O plantio da área de refúgio não elimina a necessidade de atender à Norma de Coexistência - (Resolução
Normativa no 4, publicada em DOU no 163, de 23/08/2007, seção I, página 19) - estabelecida pela
Morte
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Para mais informações, acesse o site www.planterefugio.com.br ou consulte seu agrônomo.
05
21
Boletim
Boletim Técnico
Técnico 2011
2011
HERCULEX* II ee Roundup
Roundup Ready®
Ready® 22
HERCULEX*
O QUE É A COEXISTÊNCIA?
A Resolução Normativa no 4 da CTNBio dispõe sobre coexistência da tecnologia de milho Bt e convencional em território
nacional. É uma lei e deve ser respeitada pelos produtores que plantam milho produzido a partir da biotecnologia.
No caso de milho HERCULEX* I e Roundup Ready® 2, a coexistência se refere ao isolamento espacial dessa tecnologia
em campo de um produtor em relação ao milho convencional da lavoura de produtor vizinho.
Milho
Geneticamente
Modificado
1
Agricultor 2
Agricultor 1
Distância igual ou superior a 100 metros
entre a lavoura de milho geneticamente
modificado e a lavoura de milho convencional.
Milho
Convencional
100 m
(não transgênico)
ou
Milho
Geneticamente
Modificado
Porte e ciclo
vegetativo iguais
2
Agricultor 2
Agricultor 1
20 m
Distância de 20 metros entre as lavouras,
com bordadura de pelo menos 10 linhas
de milho convencional de porte e ciclo vegetativo
similares ao milho geneticamente modificado.
Milho
Convencional
(não transgênico)
10 linhas milho
convencional
HERCULEX* I E ROUNDUP READY® 2
O plantio de híbridos com as tecnologias HERCULEX* I e Roundup Ready® 2 deve atender à Área de Refúgio e obedecer
à Norma de Coexistência da seguinte maneira:
Área de Refúgio
Norma de Coexistência
10% da área de milho HR plantado com
milho RR2.
Boletim Técnico 2011
HERCULEX* I e Roundup Ready® 2
Distância de 100 m ou 20 m mais 10 fileiras
plantadas com milho convencional.
22
REFERÊNCIAS RELACIONADAS
Gill, S.S., Cowles, E.A. e Pietrantonio, P.V. 1. The mode of action
of Bacillus thuringiensis endotoxins. Ann. Rev. Entomol. 37:615-636.
Schnepf, E., Crickmore, N., Van Rie, J., Lereclus, D., Baum, J.,
Feitelson, J., Zeigler, D.R. e Dean, D.H. 1. Bacillus thuringiensis
and its pesticidal crystal proteins. Microbiol. Mol. Biol.
Rev. 62:775-806.
United States Department of Agriculture, Animal & Plant Health
Inspection Service. _001. Availability of determination of
non-regulated status for corn genetically engineered for insect
resistance and glufosinate herbicide tolerance (Docket Nº. 00-070-3).
Registro Federal. 66:157.
United States Environmental Protection Agency. _00_. Biopesticide
Registration Action Document (BRAD): Bacillus thuringiensis
Cry1F Corn. 56 páginas.
United States Environmental Protection Agency. _001. Pesticide
Fact Sheet: Bacillus thuringiensis subspecies Cry1F Protein and
the Genetic Material Necessary for Its Production
(Plasmid Insert PHI 8999) in Corn. 28 páginas.
United States Food and Drug Administration, Center for Food
Safety and Applied Nutrition. _001. Biotechnology Consultation
Note to the File BNF Nº. 000073 (B.t. Cry1F maize line 1507).
Boletim Técnico Milho Roundup Ready® 2 - Monsanto do Brasil 2011
Referências adicionais e informações sobre a Proteção Contra Insetos
HERCULEX* I em outras características Bt podem ser encontradas
no site da AGBIOS: http://www.agbios.com
*
*
HERCULEX* I e o logo de escudo do HERCULEX* I são marcas registradas da Dow AgroSciences.
HERCULEX* I Proteção Contra Insetos, tecnologia da Dow AgroSciences e da Pioneer Hi-Bred International, Inc.
Milho Roundup Ready® 2 é marca registrada da Monsanto Technology LLC.
0800 9401100
www.dowagro.com/br/produtos/sementes
Milho Roundup Ready® 2 é marca registrada da Monsanto Technology LLC.
*Marcas registradas e de propriedade de Dow AgroSciences. Cod. 11864/07/11
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