construir em vidro-1A Parte

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25-06-2010
CONSTRUIR EM VIDRO
Enquadramento | 1ª Parte
Nuno Valentim Lopes
Formação Contínua | Ordem do Arquitectos SRN
Palácio das Artes | Porto
“Trinta raios convergem no eixo da roda
e é o centro que a faz mover...
Molda-se a argila para fazer vasos
e é o vazio interior que os torna úteis...
Abrem-se portas e janelas nas paredes das casas
e é por esses espaços vazios que as habitamos...
O SER verifica a vantagem das coisas,
mas é pelo não ser que as utilizamos...
(Lao Tse)
“A história da Arquitectura é a história da luta pela janela (...).”
Le Corbusier
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Fonte: Silva, João P, Reflexos do Vidro, FAUP, 2006
Catedral de Chartres, Transepto Norte, c. 1240
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Fonte: Silva, João P, Reflexos do Vidro, FAUP, 2006
A produção de vidro „Crown‟, Encyclopédie, Diderot e D‟Alembert, 1773
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Fachadas em Heerengracht, Amsterdão, gravura do séc. XVIII | Tela „Rua em Delft‟, Jan Vermeer, c. 1657/58
Vão exterior e „Marquise‟ na arquitectura vernacular
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A produção de vidro plano (1773) e a Galeria dos Espelhos em Versailles (1678-84)
VIDRO E CAIXILHARIA DE MADEIRA NO EDIFICADO CORRENTE PORTUENSE
(SÉC XVII ao início do SÉC XX)
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A qualidade dos nossos centros históricos não resulta exclusivamente dum somatório de monumentos ou
edifícios singulares/excepcionais
É fundamentalmente o conjunto de edifícios de habitação corrente que, com uma grande unidade de
linguagem e coerência construtiva, formam ruas, quarteirões e áreas urbanas que os habitantes
(re)conhecem com uma identidade própria.
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1. Importância dos vãos na caracterização destes conjuntos: invariavelmente os edifícios procuram a luz
natural – as construções são altas e estreitas em lotes profundos, sendo as janelas para a rua e no tardoz
fundamentais a essa iluminação
2. Como consequência a superfície envidraçada é sistematicamente superior à superfície de parede
traduzindo-se em centenas de milhares de vãos e caixilharias com uma proporção, componentes e sistema
construtivo semelhantes
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3. O resultado é um efeito único, verdadeiramente orgânico, pleno de vibração entre luz e sombra...
4. As caixilharias são o prolongamento natural dos desenhos das próprias fachadas e corolário lógico do
sistema construtivo dos próprios edifícios, onde cada componente assume um papel fundamental
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5. As intervenções tornam-se desastrosas quando não são enquadradas pela exigência técnica e cultural que
as operações de reabilitação impõem aos intervenientes - projectistas, donos de obra e entidades
reguladoras
Edifício do início do século XX [1]
Edifício do início do século XX [1]
Edifício do início do século XX [1]
6. Este sistema de caixilharia persiste na 1ª metade do séc. XX como solução corrente, adaptando-se às
novas linguagens e materiais
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“Tratado de Ruação”
Projectos
(1760)
para
e as
novos
fachadas
traçados
das urbanos
Ruas de iluministas
Sto.
António(1764-1819)
e Clérigos [5]
[4]
Intervenções
na cidade
(1820-1872)
realizados
regularização
Rua de Sta. Catarina
[6]
Generalização deAcertos
uma tipologia
compara
umaa mesma
frente edaprofundidade
variável [5]
Do “Porto Iluminista” ao “Porto Liberal”: expansão urbana; alinhamentos radiais definidos pelos Almadas.
De uma cidade mercantil e pré-industrial à nova imagem urbana.
Planeamento do edificado e do espaço público: o cadastro, o sistema construtivo, a tipologia, as fachadas e
suas aberturas articuladas com a difícil topografia da cidade.
Sistema construtivo da habitação corrente portuense do sec. XIX [5]
Diversos tipos de lancis de vãos em cantaria de granito [7]
Pormenor de parede de fachada com vão de janela [7]
A influência da casa georgiana inglesa: alçados
da casacorrente
portuense
e georgiana
inglesa
A habitação
portuense
do séc.
XIX [7] e [5]
Sistema construtivo do edificado corrente da cidade do séc. XIX (casa burguesa portuense)
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Processo de fabricação de vidro cilíndrico: por sopro, balanço
e por rotação [8]
Instrumentos para a fabricação de vidro
plano em chapa no século XIX [8]
Construção de uma janela de guilhotina no início do séc XIX [8]
Janela de guilhotina difundida no séc. XVIII (ingleses): tecnologia do vidro
Na janela de duas folhas e bandeira permanece a expressão delicada e o próprio requinte de marcenaria.
Edifício do final do século XIX na Rua Sá da Bandeira
Janela de peito ou sacada com duas folhas de batente e bandeira: dimensão do envidraçado tecnicamente
impossível de atingir até essa data
Relação com o exterior: maior transparência e luz natural; portadas recolhidas na espessura de parede
Uma só solução de caixilharia resolve o desenho das janelas e portas de acesso às sacadas
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Levantamento geométrico objecto de estudo: janela de peito/sacada com duas folhas de batente e bandeira
Levantamento geométrico objecto de estudo: janela de peito/sacada com duas folhas de batente e bandeira.
Os diversos componentes do elemento construtivo e sua posição na espessura da alvenaria
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Permanência da caixilharia de madeira na cidade
Registo com cor das caixilharias de madeira existentes na R. Padre Luís Cabral [9]
Permanência da caixilharia de madeira na cidade
Registo com cor das caixilharias de madeira existentes na R. do Bonjardim [9]
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Permanência da caixilharia de madeira na cidade
Rua Sá da Bandeira
Permanência da caixilharia de madeira na cidade
Rua Sá da Bandeira
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Fonte: Silva, João P, Reflexos do Vidro, FAUP, 2006
Interior da Gare Saint-Lazare, „Chegada de um comboio‟, Claude Monet, 1877
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Palm House, Devon , J. C. Loudon, 1818-38 | Palm House, Londres, R. Turner/D. Burton, 1844-48
Passage Jouffroy, Paris, 1847 | Magasins La Samaritaine, Paris, Frantz Jourdain, 1906-07
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PALÁCIO DA BOLSA
Porto, 2007
Projecto de reabilitação das coberturas (incluindo Pátio das Nações), caixilharias e escadas do Salão Árabe
Prof. Vasco Peixoto de Freitas (coord), Nuno Valentim Lopes, Frederico Eça
I. O Pátio das Nações – Importância e Enquadramento no Palácio da Bolsa do Porto
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I. O Pátio das Nações – Importância e Enquadramento no Palácio da Bolsa do Porto
II. Caracterização da cobertura envidraçada do Pátio das Nações
O projecto da cobertura envidraçada do Pátio das Nações conta com
várias versões, tendo sido concluído por Tomás Soller
:“(…)Sendo uma das primeiras necessidades, no Edifício da Praça e
Tribunal do Comércio do Porto, a existência de um recinto espaçoso e
cómodo para nele se efectuarem as diferentes transacções comerciais,
aproveitei a ideia que já de há muito prevalecia, destinando para esse
fim o pátio ou átrio do edifício, exposto até agora, ao rigor das estações,
e projectando uma armação de ferro para a sua cobertura (…)”.
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II. Caracterização da cobertura envidraçada do Pátio das Nações
II. Caracterização da cobertura envidraçada do Pátio das Nações
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IV. Reabilitação arquitectónica e construtiva da cobertura envidraçada do pátio das Nações
IV. Reabilitação arquitectónica e construtiva da cobertura envidraçada do pátio das Nações
- Aplicação de novos painéis de vidro com características
mecânicas, energéticas e luminosas adequadas, do que se salienta
uma transmissão luminosa de 65% e um factor solar – g ≤ 0,40. O
princípio de fixação dos painéis de vidro à estrutura foi
reajustado, tendo-se colocado os painéis “topo a topo” e não
sobrepostos, como inicialmente se encontravam;
- Aplicação de um cobre-juntas em zinco na ligação dos vidros à
estrutura metálica, para protecção do mastique face às gaivotas
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IV. Reabilitação arquitectónica e construtiva da cobertura envidraçada do pátio das Nações
- Associado aos lanternins de iluminação / ventilação da cobertura do
Pátio das Nações foi instalado um sistema de ventilação comandado de
forma automática ou manual, para controlo das condições higrotérmicas,
de forma a minimizar o risco de condensações e o sobreaquecimento no
período de Verão. A intervenção consistiu no seguinte:
- As grelhas de ventilação dos lanternins foram substituídas por
caixilharias exteriores, projectantes motorizadas, fixadas à estrutura
metálica original;
- O sistema de controlo de abertura automática instalado é constituído
por um conjunto de actuadores eléctricos comandados por sondas
localizadas no interior do Pátio das Nações e no exterior do edifício;
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