A CONTABILIDADE NACIONAL – RESUMO

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A CONTABILIDADE NACIONAL – RESUMO
 É indispensável conhecer a forma como têm evoluído os grandes indicadores de natureza económica e social, para
que os governos possam definir medidas de desenvolvimento estratégico para o país.
 A Contabilidade Nacional é um instrumento que permite diagnosticar a «saúde» de uma economia, seja em termos
económicos globais e sectoriais, seja em termos sociais.
 Os sistemas de Contabilidade Nacional correspondem a um conjunto de técnicas que permitem calcular o valor da
produção de um país.
 As primeiras iniciativas de determinação do valor da produção de um país vieram a originar, na década de 1950, o
Sistema Normalizado de Contabilidade Nacional, da Organização Europeia de Cooperação Económica (OECE).
 Entretanto, outros sistemas surgiram, nomeadamente o Sistema de Contas Nacionais da Organização das Nações
Unidas (ONU).
 Actualmente, em Portugal, vigora o Sistema Europeu de Contas Económicas Integradas (SEC), na sua versão mais
actualizada, a de 1995.
 A adopção, pelo nosso país, do SEC decorreu do processo de integração na União Europeia.
 A característica fundamental do SEC reside no facto de o valor da produção corresponder ao somatório do valor
acrescentado, por cada unidade de produção, durante o processo produtivo.
 Pode calcular-se o valor do produto segundo três ópticas: do produto, do rendimento e da despesa.
 A óptica do produto informa-nos sobre a origem e natureza da produção realizada.
 A óptica do rendimento explícita a forma como o rendimento criado é repartido pelos diferentes agentes económicos.
 A óptica da despesa indica-nos o destino dado ao produto realizado.
 O cálculo do valor do produto, pela óptica do produto, apresenta o problema da múltipla contagem.
 Bem de consumo intermédio é todo o bem que é incorporado noutros ou gasto durante o processo produtivo.
 Para ultrapassar o problema da múltipla contagem, determina-se o valor do produto pelo método dos valores
acrescentados ou pelo método dos produtos finais.
 O método dos valores acrescentados baseia-se na determinação do valor acrescentado, por cada unidade produtiva,
calculado através da diferença entre o valor das vendas e o valor das compras que foi necessário efectuar para
conseguir realizar a produção.
 Pelo método dos produtos finais, o valor do produto coincide com o valor das vendas, dos bens e serviços junto do
consumidor final.
 O somatório do valor acrescentado de todas as unidades produtivas, de um ramo de actividade, indica o valor do
produto desse ramo.
 O somatório dos valores acrescentados de todos os ramos de actividade (em número de 49) indica o valor do produto
interno de um país.
 O valor do produto é um valor bruto, se não lhe for deduzido o consumo de capital fixo.
 Por consumo de capital fixo entende-se o valor necessário para repor a capacidade produtiva de um país, de ano para
ano.
 O produto interno representa o valor do produto realizado dentro do território económico de um país, por unidades
produtivas residentes nesse país há, pelo menos, um ano.
 O produto torna-se nacional se, ao valor do produto interno, adicionarmos o valor dos rendimentos dos factores
produtivos de residentes, mas utilizados fora do território económico do país, e subtrairmos o valor dos rendimentos
dos factores produtivos não residentes no país, mas obtidos no seu território económico.
 O valor do produto pode ser determinado tendo em atenção os custos de produção no produtor, isto é, a custo de
factores, ou tendo em conta os preços de venda, isto é, a preços de mercado.
 O valor do produto pode ser determinado a preços correntes, isto é, ao preço do ano em que se realiza a produção, ou
a preços constantes, isto é, ao preço de um ano tomado por base.
 O valor do produto a preços correntes e a preços constantes é diferente, em virtude das alterações de preços dos bens
ao longo dos anos. A determinação do valor do produto, pela óptica do rendimento, permite perceber a parcela da
riqueza criada ao longo do processo produtivo entregue a cada agente económico.
 A determinação do valor do produto, pela óptica do rendimento, exige que se determine o valor das remunerações do
trabalho, os rendimentos de empresas e propriedades, o valor dos rendimentos do Resto do Mundo e os rendimentos
recebidos pelo Estado, sob a forma de impostos indirectos líquidos de subsídios concedidos à produção.
 O cálculo do valor do produto, pela óptica da despesa, determina-se a partir da forma como foi utilizada a produção
realizada.
 O cálculo do valor do produto, pela óptica da despesa, indica-nos o valor da Despesa Nacional.
 Na Contabilidade Nacional observa-se a igualdade Produto = Rendimento = Despesa.
 Existem actividades produtivas que não se enquadram na economia formal, isto é, que não são registadas, nem
contabilizadas.
 São três as situações usuais de não contabilização: o autoconsumo, o sector informal e a economia subterrânea.
 No quadro da economia formal ocorrem externalidades, isto é, efeitos não esperados da actividade, mas que a médio e
longo prazo se reflectem no bem-estar das populações e no processo produtivo.
In Introdução à Economia, 11º Ano, texto Editora
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