06-11-2015 02/11/2015 Sumário UNIDADE TEMÁTICA 1 – Movimentos na Terra e no Espaço. Correção do 1º Teste de Avaliação. Movimentos no espaço. Os satélites geoestacionários. - O Movimentos de satélites. - Características e aplicações destes satélites. - Características do movimento dos satélites geoestacionários de acordo com as resultantes das forças e as condições iniciais do movimento: movimento circular com velocidade de módulo constante. 02/11/2015 Da Terra à Lua Movimentos no espaço Porque é que a Lua não cai para a Terra? A mesma questão se pode colocar para os satélites artificiais que orbitam no espaço! Os satélites não caem para a Terra porque no momento em que ficam sujeitos exclusivamente à ação da força gravítica terrestre possuem uma velocidade bem definida em módulo, direção e sentido. 1 06-11-2015 02/11/2015 Da Terra à Lua Como é que um satélite permanece em órbita? «Qualquer corpo abandonado em repouso e sujeito à atração gravítica terrestre cairá verticalmente para a Terra. No entanto, se for lançado com uma certa velocidade numa direção não vertical, irá atingir a superfície terrestre a uma distância tanto maior do ponto de lançamento, quanto maior for a velocidade que lhe for “Experiência” de Newton inicialmente comunicada.» Isaac Newton idealizou um canhão situado no cume de uma montanha. As balas eram projetadas praticamente paralelas à superfície da terra, a velocidades crescentes. Cada uma das balas caía na superfície da Terra, atraídas pela força gravítica, a distâncias cada vez maiores em relação ao canhão. Pensou: “Se a velocidade de lançamento da bala for suficientemente elevada, talvez a bala descreva uma trajetória circular, acompanhando a curvatura da Terra...” 02/11/2015 Da Terra à Lua Como é que um satélite permanece em órbita? Tal como Newton pensou, para que um satélite artificial seja colocado em órbita circular em torno da Terra, é necessário elevá-lo até uma certa altura (em relação à superfície terrestre) e imprimir-lhe uma velocidade bem determinada. Essa velocidade de lançamento terá de ser suficientemente grande para “vencer” a força gravítica. 2 06-11-2015 02/11/2015 Da Terra à Lua Lançamento de satélites Tal como no caso de um satélite artificial, a Lua descreve uma órbita praticamente circular em torno da Terra, sendo a força gravítica sempre perpendicular à velocidade (não realiza trabalho, logo não há variação de energia cinética). A velocidade varia em direção, mas não em módulo, porque a força gravítica é sempre A força gravítica é radial, perpendicular à velocidade. A velocidade tem um valor tal que permite o seu centrípeta e constante em intensidade. movimento em órbita. 02/11/2015 Da Terra à Lua Lançamento de satélites Os satélites não caem para a Terra porque no momento em que ficam sujeitos exclusivamente à ação gravítica terrestre possuem uma velocidade bem definida em módulo, direção e sentido. Consoante as velocidades com que são lançados, os projéteis executam trajetórias diferentes, podendo cair na Terra ou não, tal explicou Newton. 3 06-11-2015 02/11/2015 Da Terra à Lua Satélites geoestacionários «Um satélite geostacionário descreve, com velocidade de módulo constante, uma órbita em que se mantém constante a distância ao centro da terra.» Os satélites geoestacionários acompanham o movimento da Terra, permanecendo sempre acima do mesmo ponto da Terra. Para que isto aconteça é preciso que demorem 24 horas a dar uma volta completa, isto é, o mesmo tempo que a Terra demora no seu movimento de rotação. 02/11/2015 Da Terra à Lua Lançamento de satélites geostacionários Um satélite geostacionário é lançado com o auxílio de um foguetão, que o coloca a cerca de 36 000 km da superfície terrestre. Depois, pequenos “foguetes” auxiliares comunicam-lhe a velocidade adequada para ficar em órbita. Para que um corpo consiga escapar à força gravitacional terrestre, é necessário que adquira uma velocidade de valor muito elevado. Isto é conseguido com foguetões, os quais com a separação dos andares, fica com menor massa, permitindo atingir velocidades cada vez maiores. 4 06-11-2015 02/11/2015 Da Terra à Lua Características dos satélites geostacionários Órbita de um satélite de comunicações Um satélite de comunicações em órbita geostacionária surge sempre na mesma posição, relativamente à superfície terrestre. Isto porque o tempo que o satélite demora a orbitar a terra é igual ao período de rotação do nosso planeta. A velocidade para se manter nesta órbita é cerca de 11 100 km h -1. 02/11/2015 Da Terra à Lua As órbitas dos satélites As órbitas dos satélites dependem da função a que se destinam. 5 06-11-2015 02/11/2015 Da Terra à Lua As órbitas dos satélites As órbitas dos satélites dependem da função a que se destinam. 02/11/2015 Da Terra à Lua Aplicações dos satélites geostacionários 6 06-11-2015 02/11/2015 Da Terra à Lua Aplicações dos satélites geostacionários 02/11/2015 Da Terra à Lua • Movimento de um satélite em torno da Terra A única força que atua sobre um satélite geostacionário é a força gravitacional, o que provoca uma mudança constante da direção do vetor velocidade, embora não altere o seu valor (intensidade). • De acordo com estas condições, descreve-se o movimento de um satélite como sendo um movimento circular uniforme (m.r.u.). 7 06-11-2015 03/11/2015 Sumário UNIDADE TEMÁTICA 1 – Movimentos na Terra e no Espaço. Continuação da lição anterior. - Período e frequência. - Velocidade linear e velocidade angular. - Aceleração no movimento circular. Exemplos de aplicação. 03/11/2015 Da Terra à Lua O que são movimentos circulares? Um movimento circular, em mecânica clássica, é aquele em que o objeto ou ponto material se desloca numa trajetória circular. Uma força centrípeta que faz mudar de direção o vetor velocidade. Esta força é responsável pela chamada aceleração centrípeta, orientada para o centro da trajetória. Exemplos de trajetória circular: 8 06-11-2015 03/11/2015 Da Terra à Lua Características do movimento circular ? Quais são as características dos movimentos periódicos? Qual é a relação entre o período e a frequência? T 1 f 03/11/2015 Da Terra à Lua Movimento de um satélite em torno da Terra O valor de v não se altera mas a sua direção sim. Estando sujeito à ação de uma força, o satélite tem aceleração que se designa aceleração centrípeta (ou normal). Representa-se por ac ou an Características de ac: Sentido: centro da trajetória Direção: radial Intensidade: ??? 9 06-11-2015 03/11/2015 Da Terra à Lua Movimento de um satélite em torno da Terra COMO SE CALCULA aC ? aC v2 r v : velocidade linear (m.s-1) r : raio da trajetória (m) aC : aceleração centrípeta ou normal (m.s -2) Órbita circular 03/11/2015 Da Terra à Lua Movimento de um satélite em torno da Terra Velocidade orbital A 2ª Lei de Newton (FR = ma), permite obter a velocidade no movimento G Mm r2 v2 m r orbital de um satélite de massa m que descreve uma órbita circular em torno de um planeta de massa M. v orbital GM r MT = 5,98 x 1024 kg RT = 6,37 x 106 m 10 06-11-2015 03/11/2015 Da Terra à Lua Velocidade Angular VELOCIDADE ANGULAR É a grandeza cujo módulo mede a rapidez com que os ângulos são descritos. Representa-se por ω No intervalo de tempo correspondente a um período, T, realiza-se uma volta completa: Da = 2p. Então, ω : velocidade angular (rad.s-1) Δα : ângulo ao centro (rad) Δt : intervalo de tempo (s) 2p 2p f T 03/11/2015 Da Terra à Lua Velocidade Linear VELOCIDADE LINEAR No movimento circular de velocidade com módulo constante, são percorridos arcos de igual comprimento, Ds, em iguais intervalos de tempo ▬► a velocidade linear é constante. v Ds Ds1 Ds 2 ... Dt1 Dt 2 Dt 11 06-11-2015 03/11/2015 Da Terra à Lua Velocidade Angular e Velocidade Linear Relação entre as duas velocidades Da figura vemos que Ds Da r Dividindo por Dt, vem: v=r Tendo presente que = 2p / T, v r podemos ter 2p r T 03/11/2015 Da Terra à Lua A aceleração no movimento circular uniforme No movimento circular uniforme, o vetor aceleração é sempre dirigido para a concavidade da trajetória, uma vez que a velocidade do corpo é tangente à trajetória. A aceleração da partícula tem a direção e o sentido da resultante das forças que atuam sobre ela e, pela segunda lei de Newton, é dada por: aC v2 r 12 06-11-2015 03/11/2015 Cálculo da Velocidade Orbital para um satélite geostacionário Da Terra à Lua CÁLCULO DA VELOCIDADE ORBITAL - Período de rotação = 24 h - Altitude da sua órbita (sobre o equador) = 35 900 km Utilizando: v orbital GM r e 2π r v T G = 6,67 x 10-11 N m2 kg-2 MT = 5,98 x 1024 kg RT = 6,37 x 106 m Velocidade orbital: v ≈ 3,07 x 103 m s-1 03/11/2015 Da Terra à Lua Resumindo 13 06-11-2015 03/11/2015 Da Terra à Lua Exercício 1 Um satélite descreve uma órbita circular à altura de 400 km acima da superfície terrestre. G = 6,67 x 10-11 N m2 kg-2 O raio da Terra é aproximadamente de 6,4 x 106 m. MT = 5,98 x 1024 kg Calcule: a) O valor da aceleração da gravidade a esta distância. b) O valor da velocidade orbital do satélite. c) O tempo que o satélite demora a completar uma volta completa. d) Quantas órbitas o satélite descreve em 24 horas. Conclusão: Soluções: a) 8,63 m.s-2 b) 7,66 x 103 m s-1 c) 5,58 x 103 s d) 1,55 órbitas A velocidade do movimento orbital de um satélite depende da distância do satélite ao centro da Terra. Se orbitar perto da Terra, terá uma órbita de raio pequeno e uma alta velocidade. Consequentemente, o período do seu movimento será pequeno. A uma maior distância do centro da Terra, a velocidade orbital será menor, com um maior período. 03/11/2015 Da Terra à Lua Exercício 2 A Lua descreve uma órbita completa em torno da Terra em 27 dias e 8 horas. A distância Terra-Lua é de 384 000 km. Calcula: G = 6,67 x 10-11 N m2 kg-2 RT = 6,37 x 106 m a) O valor da velocidade angular da Lua. b) O valor da velocidade linear. Soluções: a) ω = 2,66 x 10-6 rad s-1 b) v = 1,04 x 103 m s-1 14 06-11-2015 03/11/2015 TPC 1. Fazer exercícios do livro, página 118. 15